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PARATELA

TALITHA

REPRESENTAÇÕES
Um olhar discursivo sobre o
E POLÍTICAS DE paradidático Chega de bullying e
a educação para a diversidade

IDENTIDADE
ORIENTADORA: PROFª. DRª. MARIA JOSÉCORACINI
INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO

Bullying e cyberbullying
nas escolas
• Representações nas mídias e no ensino.
• Ampliação das discussões sobre bullying
e cyberbullying e revisão das práticas
pedagógicas.

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BASE TEÓRICA E
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METODOLÓGICA
BASE TEÓRICA E METODOLÓGICA

Pensamento discursivo-
desconstrutivo
(CORACINI, 2003;
2007; 2010; 2014; 2015)
• Sujeito constituído no e pelos discursos
(FOUCAULT, [1969] 2008; [1971] 1996).
• O eu é o outro (LACAN, [1961] 2003;
QUINET, 2012): identidade e
representação.

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METODOLOGIA
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METODOLOGIA

Registros & hipótese


• Chega de bullying: estudantes do ensino fundamental I.
• Pressuposto: as brincadeiras e atividades lúdicas apresentam traços
culturais dos locais onde são realizadas.
• Hipótese: trabalhamos com a hipótese de que, embora seja visada a
diversidade, as representações do material paradidático a respeito do
bullying e do cyberbullying são dicotômicas, polarizando sentidos,
homogeneizando sujeitos e apagando singularidades.

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METODOLOGIA

Perguntas de pesquisa
• Quais são as formações discursivas do bullying e do cyberbullying?
• Como são representados os envolvidos nesses atos de violência?
• Quais são os efeitos de uma educação para a diversidade ancorada
em políticas de identidade, como forma de controle do bullying e do
cyberbullying?

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ANÁLISE
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ANÁLISE

Vítimas, agressores e testemunhas


• Tricotomia que aparece nos capítulos dessas e de outras formas,
como em
- “quem sofre a perseguição” (CARTOON NETWORK, 2013, p. 17)
- “quem é perseguido(a)” (CARTOON NETWORK, 2013, p. 23)
- “quem persegue” (CARTOON NETWORK, 2013, pp. 18, 23),
- “os meninos e meninas que magoam, perseguem ou ameaçam outros e outras”
(CARTOON NETWORK, 2013, p. 20)
- “colegas que observam o que acontece” (CARTOON NETWORK, 2013, p. 23)

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Vítimas, agressores e testemunhas


• Discursos jurídicos e religiosos.
• Antigo direito germânico: registros da figura de vítima e de quem lhe causa um dano
(FOUCAULT, [1973] 2002).
• Bullying e cyberbullying: duelo entre alguém representado como mais forte e outro
como mais fraco.

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Vítimas, agressores e testemunhas


• Excerto: “Nesta apostila, aplicamos a palavra ‘vítima’ para descrever um(a) estudante
que está sendo intimidado(a) [...]” (CARTOON NETWORK, 2013, p. 7).
• Excerto: No entanto, ela não nos convence, já que frequentemente dá a ideia de
passividade ou debilidade. Não é assim que vemos os meninos e meninas que são
intimidados. Pelo contrário, são jovens ativos que defendem seus direitos e os dos
demais, e que têm toda possibilidade de mudança (CARTOON NETWORK, 2013, p.
7).
• Excerto: “[...] frequentemente e sem motivos claros” (CARTOON NETWORK, 2013,
p. 6).

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ANÁLISE

Vítimas, agressores e testemunhas


• Excerto: “[...] têm toda possibilidade de mudança” (CARTOON NETWORK, 2013,
p. 7).
• Excerto: “[...] tem intenção de magoar ou ameaçar um colega” (CARTOON
NETWORK, 2013, p. 6).
• Excerto: “[...] pode sentir que tem mais poder, força ou inteligência que a pessoa
perseguida” (CARTOON NETWORK, 2013, p. 6).
• Excerto: “A verdade é que os meninos e meninas que magoam, perseguem ou
ameaçam outros e outras não necessitam [de] muito para se inspirar se têm a
intenção de ferir ou deixar de lado alguém de seu círculo de amigos ou amigas.
Porém, precisam saber que isso se chama discriminar” (CARTOON NETWORK,
2013, p. 20).

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ANÁLISE

Vítimas, agressores e testemunhas


• Excerto: “[...] têm toda possibilidade de mudança” (CARTOON NETWORK,
2013, p. 7).
• Excerto: “[...] tem intenção de magoar ou ameaçar um colega” (CARTOON
NETWORK, 2013, p. 6).
• Excerto: “[...] pode sentir que tem mais poder, força ou inteligência que a pessoa
perseguida” (CARTOON NETWORK, 2013, p. 6).
• Excerto: “A verdade é que os meninos e meninas que magoam, perseguem ou
ameaçam outros e outras não necessitam [de] muito para se inspirar se têm a
intenção de ferir ou deixar de lado alguém de seu círculo de amigos ou amigas.
Porém, precisam saber que isso se chama discriminar” (CARTOON NETWORK,
2013, p. 20).

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Vítimas, agressores e testemunhas


• Excerto: “[...] Tente controlar seu medo ou raiva. O que persegue ou intimida gosta
de ver o efeito que causa em outras pessoas. Tente não ficar com raiva e recorra
aos adultos que podem ajudar” (CARTOON NETWORK, 2013, p. 25).
• Excerto: “Diga não! Junto com seus colegas, peça ao agressor ou à agressora que
pare de perseguir” (CARTOON NETWORK, 2013, p. 24).
• Excerto: “[...] ou ainda, se é testemunha de um ataque contra outros colegas,
amigos ou amigas, há várias coisas que você pode fazer para freá-lo. O melhor é
não ficar calado” (CARTOON NETWORK, 2013, p. 24).

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Vítimas, agressores e testemunhas


• Excerto: “sente medo de também ser agredido” (CARTOON NETWORK, 2013, p.
19).
• Excerto: “pode sentir culpa por não intervir para mudar a situação” (CARTOON
NETWORK, 2013, p. 19).

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CONSIDERAÇÕES
FINAIS
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Resultados
• Não há um ensino voltado para a diversidade nem para as diferenças, e sim para a
afirmação de identidades pré-determinadas pelos enunciadores, os quais as
associam aos sujeitos implicados nos atos de violência nas escolas, ignorando as
suas singularidades e os homogeneizando.
• Confirmação de nossa hipótese de pesquisa.
• O material, igualmente às práticas que estimula, não rompe com o pré-juízo e o
pré-conceito, repetindo dizeres precedentes.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARTOON NETWORK. 2013. Chega de bullying: estudantes do ensino fundamental I. Disponível em: www.chegadebullying.com.br. Acesso em: 1
de julho de 2018.

CORACINI, Maria José. A celebração do outro na constituição da identidade. Organon, Porto Alegre, v. 17, n. 35, pp. 202-220, 2003.

CORACINI, Maria José. A celebração do outro. Campinas: Mercado de Letras, 2007.

CORACINI, Maria José. Entre a modernidade e a pós-modernidade: discurso e ensino. Educação, Porto Alegre, v. 37, n. 3, set-dez/2014, pp. 400-
411.

CORACINI, Maria José. O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua estrangeira. 2 ed. Campinas: Pontes, (1995) 2002.

CORACINI, Maria José. Representações de professor entre o passado e o presente. Revista Reflexão e Ação, Santa Cruz do Sul, v. 23, n. 1, pp. 132-
161, jan/jun 2015.

CORACINI, Maria José. Vozes (des)ordenadas e (in)fames. In: MILANEZ, Nilton; GASPAR, Nádea Regina (orgs.). A (des)ordem do discurso. São
Paulo: Editora Contexto, 2010.

FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Trad. Luiz Felipe Baeta Neves. 7 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, (1969) 2008.

FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. Trad. Laura Fraga de Almeida Sampaio. 3 ed. São Paulo: Edições Loyola, (1971) 1996.

FOUCAULT, Michel. A verdade e as formas jurídicas. Trad. Roberto Cabral de Melo Machado e Eduardo Jardim Morais. Rio de Janeiro: NAU
Editora, (1973) 2002.

LACAN, Jacques. A identificação. Trad. Ivan Corrêa e Marcos Bagno. Recife: Centro de Estudos Freudianos do Recife, (1961) 2003.

QUINET, Antonio. Os outros em Lacan (eBook). Rio de Janeiro: Zahar, 2012.


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