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 NAV

 NAVARRO, Federico. Metodologia da vegetoterapia caractero-analítica: sistemática,


semiótica, semiologia, semântica. São Paulo: Summus, 1!. " #.

Sumário
Pre$ácio %
&ntrodu'ão 1"
(iagnóstico e #ro)eto tera#*utico +1
O setting +%
Os actings, rea'es e ad-ert*ncias "%
As a/rea'es emocionais 01
Os sonos em -egetotera#ia 02
Actings es#eciais 0
Os actings das #rimeiras sesses: ou-idos/olos/oca 21
+3, "3 e 03 actings: olos e oca 2%
Actings do "3 e 03 n4-eis: #esco'o e tóra5 !%
Actings do 23 n4-el: dia$ragma %2
Actings do !3 n4-el: ad6men7 e do %3 n4-el: #8l-is 9 sesses $inais "
A semântica em -egetotera#ia %
A crise de trans$orma'ão caracterial ;matura'ão< em -egetotera#ia 9Adendo =
>iliogra$ia +

Pre$ácio

Aos meus $i8is alunos ?ortodo5os@, com muito a$eto.

ste li-ro nasce a#ós BuinCe anos de gesta'ãoD Eão longo tem#o #elo temor de
Bue, ao ?-ir  luC@, ele #udesse ser
ser ?de#redado@ e sel-agemente
sel-agemente utiliCado #or aBueles
aBueles
Bue ?se $aCem@ de tera#eutas reicianos sem o ?serem@, isto 8, sem nenum training
tera#*utico #essoal de ase, sem $orma'ão nem in$orma'ão teórico/#rática, sem ter 
 #assado #or um
um ?controle@, uma
uma su#er-isão, uma
uma didática.
>em ou mal, á o)e, #elo menos na &tália, um registro dos #sicotera#eutas, e, lá,
o risco de Bue $alei de-eria ser menorD Guando meu mestre Ola RaHnes, aluno,
colaorador e amigo de I. Reic, #ediu/ me Bue, como neuro#siBuiatra, #re#arasse e
 #ro#usesse uma metodologia #ara a -egetotera#ia caractero/anal4tica,
caractero/anal4tica, al8m de $icar 
lison)eado, a res#onsailidade da tare$a deu/me muito o Bue #ensar.
 NietCsce diCia Bue as coisas mais im#ortantes são os m8todos7 #enso Bue assim
8 #orBue eles de-em ter uma ase lógico/cient4$ica Bue #ossa com#ro-ar sua -alidade, e
 #orBue não se #ode con$iar em #ro#ostas decorrentes de uma #resun'ão narc4sica de
ti#o #aranóico, nem de alguma intui'ão mais ou menos sel-agem...
Sore o traalo de -egetotera#ia, só dis#omos de algumas indica'es do #ró#rio Reic
e de uma #ro#osta gen8rica no te5to de . >aHer.
Guanto  elaora'ão deste li-ro, Buero, em #rimeiro lugar, agradecer ao amigo F.
JeoKer, Bue na 8#oca ;á uns doCe anosD< a#reciou muito o en$oBue de meu traalo
cl4nico, -isando sistematiCar oser-a'es, t8cnicas e inter#reta'es em um discurso
unitário.
Perceo Bue um discurso, #ara ser -álido, de-e o-iamente ser cont4nuo, e #or isso
serão em/-indas as oser-a'es e sugestes Bue -enam com#lementar este traalo,
Bue escre-o em memória a Ola RaHnes, -4nculo a$eti-o com I. Reic, e dedico a meus
alunos ?$i8is@, #ró5imos e distantesD
%

O termo ?-egetotera#ia@ $oi aandonado #or Reic #elo de orgonotera#ia, mas


se o retom
retomoo 8 #orBue
#orBue,, como
como a orgono
orgonoter
tera#i
a#iaa ainda
ainda não
não está
está #ronta
#ronta #ara $orne
$ornecer 
cer 
instru
instrume
mento
ntoss tera#
tera#*ut
*utico
icoss com#ro
com#ro-ad
-ados,
os, os tera#e
tera#euta
utass reic
reician
ianos
os ;inclu
;inclusi-
si-ee os do
Loilege o$ OrgonomK< utiliCam, geralmente, a#enas a -egetotera#ia, cu)o a#rendiCado,
in$eliCmente, muitas -eCes 8 transmitido somente em trainings #essoais.
Outra moti-a'ão deste te5to 8 Bue, na atualidade, como )ustamente oser-ou
Lastel, são e-identes os limites ou a misti$ica'ão da #sicotera#ia -eral e o auso de
tantas ?#sicotera#ias cor#orais@, Bue #rometem $elicidade e em/estar...7
em/estar...7 e nesse âmito
se inserem #seudo/reicianos Bue, de Reic, com#reenderam em #ouco. Penso Bue só
um rigoroso res#eito  #rática cl4nica e ao #ensamento de Reic #ode dar os resultados
cl4n
cl4nic
ico/s
o/soc
ocia
iais
is dese
dese)a
)ado
dos7
s7 caso
caso cont
contrá
rári
rio,
o, -olt
-olta/s
a/see a cair
cair naBu
naBuel
elee ecle
ecleti
tism
smoo e
es#ontane4smo Bue o ?sistema@ aceita de om grado, #ara de#ois recu#erar, uma -eC
mais, a $al*ncia de uma #ro#osta de liera'ão umana #or sua en8$ica umaniCa'ãoD
A sociedade atual re#rime mais do Bue nunca a natureCa umana, e #or isso
assistimos  #sicologiCa'ão ou #siBuiatriCa'ão como res#osta a uma demanda real de
amadurecimento,
amadurecimento, e isto le-a a considerar a reelião ou a rendi'ão como uma doen'a.
O omem está #erdendo #rogressi-amente a#erce#'ão real, ou sei a, social, do
 #ró#rio cor#o e das necessidades
necessidades a ele ligadas, identi$icando/se sem#re mais com seu
 #a#el, e tenta adeBuar/se
adeBuar/se aos ritmos desse #a#el, em -eC de aos ritmos iológicos
ligados  sua iogra$ia ;Bue de-eria ser natural<, isto 8,  sua istória. Mma -eC Bue são
as massa
massass Bue determ
determina
inam
m o indi-i
indi-idua
dual,
l, segue
segue/se
/se Bue as in$orm
in$orma'
a'es
es distor
distorcid
cidas
as
incidem sore a $orma'ão, e esta se e5#ressa em emo'es sustitutas ou sustituti-as,
determinando, em rela'ão  classe e  cultura dominante, estruturas sociais e carateriais
dominantes, Bue constituem aBuela Bue 8 considerada normalidade.  o)e, em -eC de
-i-er, o omem ainda #rocura sore-i-er, mas, in$eliCmente, não #ela #ot*ncia, Bue 8
 aseada em ?umanidade@,
?umanidade@, ?umildade@ e ?umor@, mas #elo #elo #oder.
#oder.
stamos, assim, #erante a usca de certos -alores Bue t*m suas ra4Ces, como
sem#re, na estrutura emocional umana, Bue 8 uma estrutura caraterial. &ne-ita-elmente,
a re#ressão, em BualBuer $orma e n4-el, de um desen-ol-imento #sicoa$eti-o sadio
altera a e5#ressão, elemento de $undo de toda a temática reiciana.

5#lica/se Bue ao não #oder realiCar/se uma e5#ressão oriContal como e5#ansão,
a-erá necessariamente uma e5#ressão no sentido -ertical, #ara cima ;misticismo< ou
 #ara ai5o ;mecanicismo<.
;mecanicismo<.
(e acordo com S#inella, sustentar a -alidade da Mto#ia im#licará, cedo ou tarde,
o aalo da atual #irâmide social cu)o -8rtice ;#onto mais $raco<, #arado5almente, a#óia
a am#litude da aseD
Re#ortando/nos a ar5, uma -eC Bue o omem 8 a conseB*ncia de suas
rela'es, deduC/se Bue a neurose ;e at8 maisD< de cada um de nós nunca 8 #essoalmente
do indi-4duo, mas algo transmitido, como a emo$iliaD
Eoda
Eoda neurose 8 neurose do eu, e o eu, como diCia Freud, seguindo NietCsce, 8 o
nosso
nosso cor#o
cor#o77 #ortan
#ortanto,
to, como
como re#lic
re#licou
ou reici
reiciana
aname
mente
nte Amman
Ammaniti,iti, ?um indi-4
indi-4duo
duo,,
enBuanto não readBuire e não se rea#ro#ria do #ró#rio cor#o, di$icilmente conseguirá
adBuirir outros n4-eis de autonomia@. EraduCindo
EraduCindo isso em iologia, #odemos diCer Bue a
lierdade, como $ato 4ntimo, 8 a redescoerta dos #ró#rios iorritmos, Bue determinam
uma cinestesia $uncional.
(iscre#o: el cuer#o no es el Ko, es la e5#resión del
Ko cuando este es descuierto como LONSL&NL&A
V&VA  &NEJ&NE, S&N FORA. sto no es
misticismo, es V&VNL&A FALE&>J.
%

O termo ?-egetotera#ia@ $oi aandonado #or Reic #elo de orgonotera#ia, mas


se o retom
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#orBue,, como
como a orgono
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a#iaa ainda
ainda não
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#ronta #ara $orne
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*utico
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-ados,
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utass reic
reician
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os ;inclu
;inclusi-
si-ee os do
Loilege o$ OrgonomK< utiliCam, geralmente, a#enas a -egetotera#ia, cu)o a#rendiCado,
in$eliCmente, muitas -eCes 8 transmitido somente em trainings #essoais.
Outra moti-a'ão deste te5to 8 Bue, na atualidade, como )ustamente oser-ou
Lastel, são e-identes os limites ou a misti$ica'ão da #sicotera#ia -eral e o auso de
tantas ?#sicotera#ias cor#orais@, Bue #rometem $elicidade e em/estar...7
em/estar...7 e nesse âmito
se inserem #seudo/reicianos Bue, de Reic, com#reenderam em #ouco. Penso Bue só
um rigoroso res#eito  #rática cl4nica e ao #ensamento de Reic #ode dar os resultados
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ocia
iais
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)ado
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ecleti
tism
smoo e
es#ontane4smo Bue o ?sistema@ aceita de om grado, #ara de#ois recu#erar, uma -eC
mais, a $al*ncia de uma #ro#osta de liera'ão umana #or sua en8$ica umaniCa'ãoD
A sociedade atual re#rime mais do Bue nunca a natureCa umana, e #or isso
assistimos  #sicologiCa'ão ou #siBuiatriCa'ão como res#osta a uma demanda real de
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O omem está #erdendo #rogressi-amente a#erce#'ão real, ou sei a, social, do
 #ró#rio cor#o e das necessidades
necessidades a ele ligadas, identi$icando/se sem#re mais com seu
 #a#el, e tenta adeBuar/se
adeBuar/se aos ritmos desse #a#el, em -eC de aos ritmos iológicos
ligados  sua iogra$ia ;Bue de-eria ser natural<, isto 8,  sua istória. Mma -eC Bue são
as massa
massass Bue determ
determina
inam
m o indi-i
indi-idua
dual,
l, segue
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/se Bue as in$orm
in$orma'
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es distor
distorcid
cidas
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incidem sore a $orma'ão, e esta se e5#ressa em emo'es sustitutas ou sustituti-as,
determinando, em rela'ão  classe e  cultura dominante, estruturas sociais e carateriais
dominantes, Bue constituem aBuela Bue 8 considerada normalidade.  o)e, em -eC de
-i-er, o omem ainda #rocura sore-i-er, mas, in$eliCmente, não #ela #ot*ncia, Bue 8
 aseada em ?umanidade@,
?umanidade@, ?umildade@ e ?umor@, mas #elo #elo #oder.
#oder.
stamos, assim, #erante a usca de certos -alores Bue t*m suas ra4Ces, como
sem#re, na estrutura emocional umana, Bue 8 uma estrutura caraterial. &ne-ita-elmente,
a re#ressão, em BualBuer $orma e n4-el, de um desen-ol-imento #sicoa$eti-o sadio
altera a e5#ressão, elemento de $undo de toda a temática reiciana.

5#lica/se Bue ao não #oder realiCar/se uma e5#ressão oriContal como e5#ansão,
a-erá necessariamente uma e5#ressão no sentido -ertical, #ara cima ;misticismo< ou
 #ara ai5o ;mecanicismo<.
;mecanicismo<.
(e acordo com S#inella, sustentar a -alidade da Mto#ia im#licará, cedo ou tarde,
o aalo da atual #irâmide social cu)o -8rtice ;#onto mais $raco<, #arado5almente, a#óia
a am#litude da aseD
Re#ortando/nos a ar5, uma -eC Bue o omem 8 a conseB*ncia de suas
rela'es, deduC/se Bue a neurose ;e at8 maisD< de cada um de nós nunca 8 #essoalmente
do indi-4duo, mas algo transmitido, como a emo$iliaD
Eoda
Eoda neurose 8 neurose do eu, e o eu, como diCia Freud, seguindo NietCsce, 8 o
nosso
nosso cor#o
cor#o77 #ortan
#ortanto,
to, como
como re#lic
re#licou
ou reici
reiciana
aname
mente
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Ammaniti,iti, ?um indi-4
indi-4duo
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adBuirir outros n4-eis de autonomia@. EraduCindo
EraduCindo isso em iologia, #odemos diCer Bue a
lierdade, como $ato 4ntimo, 8 a redescoerta dos #ró#rios iorritmos, Bue determinam
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V&VA  &NEJ&NE, S&N FORA. sto no es
misticismo, es V&VNL&A FALE&>J.
A -ege
-egetotote
tera
ra#i
#iaa cara
caract
cter
ero/
o/an
anal
al4t
4tic
icaa tem
tem com
como escoesco#o
#o ;e m8to
m8todo
doD<
D< o
$uncionamento do ser -i-o #ara cegar ao caráter maduro, o caráter genital, Bue decerto
não 8 o estático e ?ada#tado@ descrito #or Fornari.
A -ege
-egeto
tote
tera
ra#i
#iaa cara
caract
cter
ero/a
o/ana
nal4
l4ti
tica
ca 8, #ort
#ortan
anto
to,, uma
uma -i-*
-i-*nc
ncia
ia de #rá5
#rá5is
is
emocional, Bue #ermite ao indi-4duo mudar a rela'ão e a -alora'ão do mundo #or meio
de uma -isão e um sentir naturais, e com isso cegar a um@ser com@ em -eC de um ?ser 
 #ara@. la não 8 uma t8cnica, ou se)a, mecânica, mas uma metodologia ligada 
dis#oniilidade Bue o tera#euta recu#erou com seu training #essoal, Buando su#erou a
rela'ão #rimária com a@mãe@, como a de$iniu Arieti. sse -4nculo de de#end*ncia,
inconsciente ;e, #ara os reicianos, o termo inconsciente 8 um ad)eti-o e nunca um
sustanti-o, um #ostulado, como #ara os $reudianosD<, e5#lica a enorme di$iculdade dos
tera#eutas sel-agens Bue o e5#loram e o -i-emD
A -egetotera#ia caractero/anal4tica não 8 uma t8cnica d.e liera'ão emocional, 8
mais um #ro)eto do Bue um #rograma7 8 uma tática #ara uma estrat8gia: aBuela uto#ia
Bue Reic #ro#6s nos seus te5tos e $oi retomada indiretamente, sem o saer, #or 
>asaglia o contato umano #ara reencontrar a alegria de -i-er, #ois só com ela será
 #oss4-el ?não se $aCer de outro@D
outro@D
At8 o)e, todas as outras tera#ias com#ensam o indi-4duo, mas não o $aCem recu#erar a
$uncionalidade do ser, Bue um om -egetotera#euta
-egetotera#euta conece como autograti$ica'ão
autograti$ica'ão real
a #artir da autogestão, #or dela ter tomado consci*ncia, e não a#enas conecimento, no
traalo Bue $eC durante seu training #essoal e de#ois didático, e Bue 8 #ermanenteD

 ó-i
ó-io,
o, entã
então,
o, o com
comat
atee rigo
rigoro
roso
so ;e no entaentant
ntoo não
não r4gi
r4gido
doD<
D< Bue
Bue uma
uma
-erdadeira e s8ria escola reiciana mo-e ao es#ontane4smo diletante nesse cam#o,
e5#ressão de irres#onsailidade associada  oni#ot*ncia narc4sica de todo imaturo de
orelada D
Se não $osse ;e 8D< #or temor  #resun'ão, #oderia diCer Bue nossa metodologia
reiciana ?cura@, entendendo #or cura Bue ela não se limita a analisar e a rela5ar ou
com#e
com#ensa
nsar,r, mas
mas Bue 9 con consid
sidera
erando
ndo todo
todo as#ec
as#ectoto da #sico#
#sico#ato
atolog
logia
ia como
como uma
uma
e5#res
e5# ressã
sãoo de imatur
imaturida
idade
de #sicol
#sicológi
ógica
ca e carate
carateria
riall ligada
ligada ao cor#o
cor#o 9 o traal
traalo
o
tera
tera#*
#*ut
utic
icoo com
com o cor#cor#oo #ro#
#ro#or
orci
cion
onaa sua
sua matu
maturara'ã
'ãoo $unc
$uncio
iona
nal,
l, ceg
cegan
ando
do 
genitaliCa'ão.
A isso se cega dissol-endo gradualmente, e não rom#endo -iolentamente, os
 loBueios energ8ticos
energ8ticos Bue constituem a coura'a #sicológica ancorada no cor#o,
$aCe
$aCend
ndo/
o/oo assim
ssim recu
recu#e
#era
rarr ;?se
;?sent
ntin
indo
do@<
@< o eu,eu, BueBue 8 cor#
cor#ór
óreo
eo,, e não
não a#en
a#enas
as
descarregando
descarregando as tenses emocionais Bue o alienam. &sso signi$ica reencontrar a energia
 loBueada ou mal in-estida, e utiliCá/la, no alan'o se5o/econ6mico, se5o/econ6mico, #ara a
trans$orma'ão das rela'es e5istenciais e, #ortanto, da sociedade atual7 #ara caminar 
rumo a uma sociedade em Bue o su#8r$luo não sir-a #ara com#ensar a $alta ou car*ncia
do necessário. m outros termos, uma #ro#osta de re-olu'ão/e-olu'ão Sociocultural
 #ermanente, ou se)a, dinâmica, Bue su#ra as necessidades
necessidades do omem, o)e com muita
$reB*ncia alienado e $raco, #orBue está #ri-ado de uma -erdadeira consci*ncia, e 8
-4tima de uma $alsa ou du#la consci*nciaD
A -egetotera#ia caractero/anal4tica, então, não #ri-ilegia somente o momento
tera#*utico, mas $ornece os elementos #ara a #re-en'ão da #sico#atologia, en$atiCando
o as#ecto dial8tico da -ida en$ocado na rela'ão omem/sociedade, o Bue não 8 $eito #or 
nenuma das outras tera#ias ditas #sicocor#orais.
ssa #ro#osi'ão da metodologia reiciana não 8 a Qnica di$eren'a das outras
tera#ias #sicocor#orais, de ins#ira'ão reiciana ou não, entre as Buais lemramos:
1< A estalt 9 de Pearls, #ara as #essoas inca#aCes de autocr4tica e de auto/análise, e
 #or isso necessitadas
necessitadas de auto/oser-a'ão
auto/oser-a'ão e de est4mulos intros#ecti-os #ara se
integrarem7
+< O grit
gritoo #rim
#rimal
al 9 de anoano--, em Bue
Bue se #ro#
#ro#e
e uma
uma regr
regres
essã
sãoo -i-e
-i-enc
ncia
iada
da
inconscientemente,
inconscientemente, ao #asso Bue, na -egetotera#ia, a regressão 8 consciente7

1=

"< O ioga 9 Bue não 8 uma tera#ia, mas 8 utiliCado como uma t8cnica tera#*utica Bue
im#e o autocontrole emocional, #ermitindo Bue a energia@sua@  cae'a, at8 atingir o
estágio da medita'ão, com conseBente astra'ão do indi-4duo do mundo da realidade.
Ao contrário, a -egetotera#ia -isa $aCer a energia@descer@
energia@descer@ #ara cegar  genitaliCa'ão
genitaliCa'ão do
indi-4duo, isto 8,  #ossiilidade ;#ot*ncia< do contato 4ntimo, Bue 8 diálogo. No ioga
não se ?sente@ a energia7 na -egetotera#ia á auto/gestão, e não controle, da energia
emocional7
0< A anti ginástica 9 de eCires/>erterat, na Bual,  #arte não se traalar a cae'a,
mais uma -eC a energia 8 conduCida, no cor#o, de ai5o #ara cima7
2< A e5#ressão
e5#ressão cor#oral t8cnicas Bue se im#em a/rea'es emocionais aBui e agora7
!< A >ioss4ntese 9 de >oadella, Bue tende a uni$icar as#ectos da -egetotera#ia com a
 ioenerg8tica
 ioenerg8tica de JoTen, utiliCando
utiliCando didaticamente
didaticamente inter#reta'es #sicanal4ticas7
#sicanal4ticas7
%< A ioenerg8tica 9 de JoTen, Bue se diC ins#irada em Reic, mas Bue, na realidade,
não le-a em considera'ão os sete n4-eis cor#orais indicados #or Reic7 não se #reocu#a
com a matura'ão caraterial, emora #ro#ona uma caracterologia ?sua@7 não destaca a
im#ortância da $un'ão do orgasmo7 não #ri-ilegia a #erce#'ão do cor#o. (i$eren'as
entre a -egetotera#ia e a ioenerg8tica:
ioenerg8tica:

Vegetotera#ia
&tiliCa massagem
Eraala com a #essoa deitada
Eraala da cae'a #ara os #8s
Eraala
Eraala metodologicamente
metodologicamente
Eraala o medo
Eraala
Eraala em #ro$undidade, sem -iol*ncia
stimula a/rea'es emocionais de dentro #ara $ora
U ati-a
Eem
Eem #or o)eti-o a genitaliCa'ão orgástica do indi-iduo, inserido na sociedade.

>ioenerg8tica
 Não utiliCa massagem
massagem
Eraala com a #essoa em #8
Eraala dos #8s #ara a cae'a
Eraala
Eraala sore os loBueios cor#orais #rinci#ais
Eraala a rai-a
Eraala
Eraala na su#er$4cie, com -iol*ncia
stimula rea'es emocionais de $ora #ara dentro
U reati-a
Eem
Eem #or o)eti-o o em/estar do indi-iduo, inde#endentemente da sociedade.
11

< A tera#ia neo/reiciana 9t8cnicas Bue #ressu#em Bue um ?no-o@ Reic, o)e,
traalaria de certa maneiraD As tera#ias neo/reicianas #odem #ro-ocar, no indi-4duo,
uma con$usão entre ser ?li-re@ e ser ?lierado@D
Para concluir, uma declara'ão Bue ou-i de algu8m Bue se tratou com #sicanálise:
?Os $reudianos te ensinam a corar, os reicianos te ensinam a sorrirD@.  -erdade. Se a
-ida 8 um dom, não #ode dei5ar de ser grati$icante, e as #ala-ras de Reic con$irmam
isso: ?O amor, o traalo e o conecimento são as $ontes da -ida7 de-em tam8m
go-erná/laD@.
Federico Na-arro

1+

&ntrodu'ão

A -ege
-egetotote
tera
ra#i
#iaa cara
caract
cter
ero/a
o/ana
nal4
l4ti
tica
ca 8 umauma meto metodo
dolo
logi
giaa tera
tera#*
#*ut
utic
icaa com
com
im#lica'es socioculturais, ou se)a, #ol4ticas ;não #artidáriasD<, cu)o esco#o 8 contriuir 
 #ara trans$ormar, gradual e #rogressi-amente,
#rogressi-amente, a condi'ão atual de nossa sociedade
;causa da #sico#atologia coleti-a em Bue nos encontramosD<.
ssa metodologia usa di-ersas t8cnicas, mas não 8 uma t8cnica de liera'ão
emocional: 8 uma tera#iaD
A -ege
-egetotote
tera
ra#i
#iaa 8 um tra traal
alo
o tera
tera#*
#*ut
utic
icoo Bue
Bue atua
atua sor
soree o sistsistem
emaa
neur
neuro-
o-eg
eget
etat
ati-
i-o7
o7 a anál
análisisee cara
caract
cter
eria
iall 8 um tra traal
alo
o de tran
trans$
s$or
orma
ma'ã
'ãoo de uma uma
caracterialidade #ara #roduCir sua matura'ão em caráter genital.
A a'ão no sistema neuro-egetati-o 8 e5ercida sore o tem#eramento7 a a'ão na
caracterialidade inter$ere nas tenses musculares #roduCidas #or loBueios da energia
-ital. , #ortanto, uma tera#ia energ8tica.
(isso decorre Bue o diagnóstico energ8tico 8 mais im#ortante do Bue o cl4nico:
certos indi-4duos de$inidos #or nossa escola como i#orgonóticos, isto 8, com car*ncia
no #atr
#atrim
im6n
6nioio ener
energ8
g8ti
tico
co do orgaorgani
nism
smo,o, não
não ote
oterã
rãoo nen
nenum
um ene
ene$4
$4ci
cioo com
com a
-egeto
-eg etoter
tera#
a#ia
ia se o tera#tera#eut
eutaa não aconse
aconsela
larr tera#i
tera#iasas energ
energ8ti
8ticas
cas con
con-er
-ergegente
ntess e
com#lementares. O-iamente não 8 #oss4-el traalar com a energia cor#oral se não
ou-er energia su$icienteD
&sso -ale #ara os indi-4duos Bue a#resentam um nQcleo #sicótico descoerto ou
uma i#atia #rimária. EaisEais indi-4duos t*m a#enas uma caracterialidade a#arente, #orBue,
como a caracterialidade 8 uma e5#ressão neuromuscular, a i#otonia muscular indica
de$ici*ncia energ8tica7
energ8tica7 não se trata de coura'a caracterial.

1"

O diagnó
diagnósti
stico
co de diston
distoniaia neu
neuro-
ro-eg
egeta
etati-
ti-a,
a, Bue tantas
tantas -eCes
-eCes acom
acom#an
#anaa o
diag
diagnó
nóststic
icoo cl4n
cl4nic
ico,
o, im#l
im#lic
ica,
a, do #ont #ontoo de -ist
-istaa iol
iológ
ógic
ico,
o, s4nd
s4ndro
rome
mess sem#
sem#re re
carac
caracter
teriCa
iCadas
das #or
#or um deseBu
deseBuil4il4ri
rioo entre
entre o sistem
sistemaa neu
neuro-
ro-ege
egetat
tati-o
i-o sim#á
sim#átic
ticoo e
 #arassim#ático.
 #arassim#ático. ssa altera'ão do sistema neuro-egetati-o,
neuro-egetati-o, res#onsá-el #or oa #arte
das sintomatologias, mant8m como causa e e$eito uma tensão neuromuscular
neuromuscular cr6nica em
-ários n4-eis cor#orais.
>asta uma massagem #ro$unda ;a massagem reiciana< #ara constatar Bue o
cor#
cor#oo de um #aci #acien
ente
te tem
tem tens
tense
ess musc
muscul
ular
ares
es cr6n
cr6nic
icas
as ;e,
;e, #ort
#ortan
anto
to,, rara
rarame
ment ntee
 #erceidas #elo indi-4duoD<, distriu4das em -ários n4-eis do cor#o, estaelecidas desde
o nascimento como de$esa contra situa'es estressantes ou $rustrantes, e Bue
determinam a coura'a muscular/caracterial.
ssas tenses musculares, e5#ressas em atitudes Bue con$erem ao cor#o uma
linguagem Bue #ode ser deci$rada, nascem de uma condi'ão de i#ertonia sim#ática
reati-a, #or mecanismos adren8rgicos de de$esa contra situa'es emocionais dolorosas.
(e $ato, o sistema sim#ático #reside as $un'es de de$esa ou $uga, cu)as e5#resses
motoras são loBueadas #or $en6menos de contra'ão cr6nica da musculatura. U #or isso
Bue #odemos diCer Bue, enBuanto a memória intelecti-a 8 $i5ada nas c8lulas ner-osas, a
memória emoti-a 8 inscrita nas estruturas musculares Bue e5#ressam determinada
emo'ão.
Lonsiderando Bue, #ara estaelecer condi'es de omeostase, 8 necessária uma
?s4ndrome de ada#ta'ão@ ;SelKe<, 8 ine-itá-el uma estrutura'ão no tem#o ;#ortanto,
istórica< do estado somato#sicológico do indi-4duo. Assim, estailiCa/se um con$lito
 #ara #ermanecer, se não $uncional, #elo menos $uncionante, da4 ser $alsa a dicotomia
soma/#siBue e $undamental a rela'ão indi-4duo/amiente, de-ido  a'ão dos im#rintings
e dos insigts.
ssas #remissas e5#licam a $al*ncia das tera#ias #sico$armacológicas, a menos
Bue se #retenda criar condi'es estáticas, re$or'ando as tenses musculares/emocionais
croniciCadas e, assim, remo-endo ainda mais #ara o $undo as tenses inconscientes Bue
estão na ase da s4ndrome, como em assinalou R. Rossi.
GualBuer tera#ia -eral ou limitadamente gestual só traC ene$4cio se ou-er a/rea'es
emocionais, com seus com#onentes neuro-egetati-os e e5#ressi-os7 caso contrário, a l
-eraliCa'ão #ura e sim#les im#e enormes di$iculdades  su#era'ão de conteQdos cuer#o
relacionados com as -i-*ncias associadas, es#ecialmente do #er4odo #r8/-eral. ste es un
 #er4odo, Bue tam8m inclui a -i-*ncia emocional $etal ;cu)a grande im#ortância 8 o)e disco
reconecida<, 8 $undamental #ara a escola reiciana, #orBue 8 -i-enciado #elo omem, duro.
como diCia Sartre, como emo'es #uras ;alegria e #raCer<, ligadas ao #arassim#ático, ou
como dor e retra'ão ;não como $uga, #orBue no in4cio da -ida á motilidade, mas não
moilidade<, ligadas ao sim#ático.

10

Formam/se assim elementos im#ortantes no inconsciente indi-idual, não como


e5#resses constitucionais, ereditárias ou inatas, mas como resultado de rea'es
 iológicas Bue incidem no ?terreno@ anátomo/$isiológico, #redis#ondo/o, desde o
nascimento ou mesmo antes, #ara determinadas #atologias.
Sore essas ases iológicas $undamenta/se a caracterologia e #sico#atologia
 #ro#osta #or Reic e Bue #rocuramos retomar, a#ro$undando/a com contriui'es
decorrentes dos no-os conecimentos cient4$icos e da e5#eri*ncia cl4nica.
Sore tais ases iológicas nasceu a tera#ia Bue I. Reic de$iniu como
-egetotera#ia caractero/anal4tica ;e Bue ele mesmo reatiCou de orgonotera#ia, Buando
se tornou #oss4-el demonstrar a ase energ8tica su)acente aos $en6menos iológicos<.
A -egetotera#ia dese)a curar o #aciente -alendo/se de determinadas inter-en'es
cor#orais ;actings< Bue #ro-ocam rea'es neuro-egetoemocionais e musculares ca#aCes
de reestruturar uma #sicoa$eti-idade sadia, considerada desde o nascimento de um
indi-4duo.

O reeBuil4rio neuro-egetati-o ;#or ati-a'ão do sistema neuro-egetati-o<,


acom#anado da análise do caráter ;e5#resso #ela linguagem cor#oral<, colocam o
indi-4duo em condi'es não a#enas de com#reender, mas #rinci#almente de ?sentir@ a
sua ca#acidade, ou se)a, o seu eu, e o seu ?ser no mundo@, como elemento dial8tico.
Portanto, 8 um de um discurso iográ$ico, #orBue, se as necessidades
e5istenciais #rimárias ;ar5<, ligadas  ase instinti-a do mam4$ero umano ;$ome,
sono, se5o< não $orem satis$eitas, deri-am disso $rustra'es, com os mecanismos
 #sicodinâmicos de de$esa ancorados no cor#o. Eais mecanismos nascem da liido
indi-idual, cu)a $or'a 8 a energia -ital, Bue as e5#eri*ncias deI. Reic ;com#ro-adasD<
demonstraram e5istir $isicamente.
Os mesmos #rinc4#ios energ8ticos estão na ase da medicina omeo#ática, da
acu#untura, da medicina indu e tietana, dos camados $en6menos #ara#sicológicos7 e
a energia 8 -is4-el na aura e no e$eito irlian.

12

Para tornar o cor#o -i-o, -ital e $uncional, essa energia de-e circular li-remente
da cae'a aos #8s e -ice/-ersa, e encontrar, em uma se5ualidade satis$atória e sadia ;não
a#enas genital<, sua -ia de descarga natural.
 No omem atual, essa energia 8 Buase sem#re carente ou mais ou menos
 loBueada, em um ou mais n4-eis cor#orais, em segmentos musculares Bue, retendo/a
como an8is contra4dos, im#edem sua oa circula'ão.
Os segmentos do cor#o $oram camados de ?n4-eis@ #or Reic, em nQmero de
sete:
13 n4-el W olos/ou-idos/nariC ;telerrece#tores<7
+X n4-el W oca7
"X n4-el W #esco'o7
03 n4-el W tóra5 ;inclusi-e os ra'os<7
23 n4-el W dia$ragma7
!3 n4-el W ad6men7 e
%3 n4-el W #8l-is ;inclusi-e as #ernas<.

 Nesses n4-eis 8 #oss4-el localiCar as instâncias #sicológicas@loBueadas@ ;e não


a#enas no sentido simólicoD< Bue #odem e5#ressar, na linguagem do cor#o, as
 #rolemáticas de um indi-4duo, mesmo Bue ele não -eraliCe ;o ma5ilar contra4do
indica rai-a contida, o #esco'o a$undado nos omros indica uma atitude de de$esa
cr6nica, e assim #or diante<.
 Nosso contato com a realidade se dá #or interm8dio da sensorialidade ;Buatro
dos sentidos estão localiCados nos dois #rimeiros n4-eis, e o tato, Bue tem origem
emriológica ectod8rmica, como o c8rero, 8 o nosso c8rero e5terno: as doen'as de
 #ele são aBuelas Bue e5#ressam di$iculdades de contato<.
Eoda a tera#ia reiciana aseia/se no contato Bue o indi-4duo #recisa ter consigo
mesmo e com os outros7 da4 a im#ortância das #ala-ras Bue come'am #elo #re$i5o ?co@
;cum W)unto<, #orBue signi$icam uma situa'ão dialógica, socialiCada: contato,
comunica'ão, com#aneiro, colaora'ão, coo#era'ão, comunão, coito ;co/ire W ir 
 )unto< etc.
A sensa'ão 8 o est4mulo Bue a emo'ão #roduC ;e5/mo-ere W mo-imento do interior #ara
o e5terior<, e #or isso, como os dois #rimeiros n4-eis $uncionam desde o nascimento, 8
e-idente a im#ortância, em -egetotera#ia, dos actings #ro#ostos #ara esses n4-eis, #ara
 #ro-ocar mani$esta'es emocionais e neuro-egetati-as ;Bue #odem ser analisadas com a
-eraliCa'ão da -i-*ncia, #ara tornar conscientes sensa'es ou estados de ânimo
 loBueados desde o #er4odo #r8/-eral<.
1!

Por meio de tais a/rea'es, a energia loBueada no n4-el muscular 8


descarregada, des$aCendo as tenses musculares e lierando o camino #ara a circula'ão
energ8tica. O #atrim6nio energ8tico, em sua maior #arte, 8 acumulado na musculatura
;AEP muscular< e o $uncionamento se realiCa mediante $en6menos de #otencial de
memrana com a ati-idade i6nica, #ortanto, energ8tica.
A im#ortância da $un'ão muscular #ara a #erce#'ão, em como a #ri-a'ão
sensorial, $oi demonstrada, na &tália, #or >uscaino ;rela'ão entre musculatura ocular e
alucina'es<, e, na Lali$órnia, #or acoson, Bue cegou a diCer, #arado5almente, mas
com acerto, Bue o omem #ensa com os mQsculosD
Consideramos que o homem vive com e por meio dos músculos, e as
correlações entre psiquismo e distúrbios neuromusculares o confirmam: se a nossa
natural agressividade (do latim ad-gredir  encostar, entrar em contato!, que "
fundamental para o desenvolvimento sadio, for frustrada, isto ", se a possibilidade
de e#press$o for reprimida (por fatores culturais, preconceitos educacionais,
ambiente estressante etc%!, ela ficar& emocional e energeticamente retida nos
músculos e encontrar&, como compensaç$o substitutiva ou funç$o reativa, a
necessidade de descarregar-se psicologicamente' essas descargas nunca s$o
satisfatrias e liberadoras, e por isso determinam estases energ"ticas em diferentes
níveis corporais, respons&veis, al"m do mais, pelas somati)ações, que s$o ob*eto da
somatopsicodin+mica%
Lom a -egetotera#ia caractero/anal4tica, o indi-4duo redescore seu
$uncionamento iológico aseado em seus iorritmos e cega  autoregula'ão, e,
 #ortanto, autogestão ;não controle< emocional, $undamento de uma -ida social sadia,
 #or ser natural, e sem nenuma tend*ncia a ideologiCar m4stico ou mecanicista, mesmo
no caso de ideologias #roclamadas@alternati-as@. Resta o $ato de Bue as ideologias
alternati-as #odem ser $acilmente reasor-idas #elo ?sistema@, mas as #ráticas
alternati-as, nãoD
m -egetotera#ia, 8 im#ortante ligar o Bue se diC ao Bue se $aC, o t8cnico com o
 #ol4tico, #ara reencontrar a coer*ncia e e-itar o risco de cair em um tecnicismo com $im
em si, ou em uma #rática #ol4tica Bue dei5a de lado o es#ec4$ico, ou se)a, o omemD

1%

Mma -eC Bue a -egetotera#ia adota o #ensamento $uncional, 8 necessário


sulinar Bue sua metodologia não #ode nem de-e ser a#licada de maneira mecanicista.
 Não se trata de ?e5erc4cios de ginástica@, mas de uma #ro#osta ca#aC de recu#erar, #or 
meio de mo-imentos musculares es#ec4$icos 9 sim#les, intencionais, ati-os9,
determinadas $un'es neuro#sicológicas ligadas  es$era emocional. &sto #ressu#e
res#eitar rigorosamente os tem#os dos actings, assim como sua $reB*ncia, cu)a dura'ão
8 #ro#4cia #ara determinar as a/rea'es Bue #ro-ocam o insigt #sicodinâmico.
Por isso 8 asolutamente necessário, #ara com#reender o signi$icado #sicológico
de cada acting, Bue o tera#euta se)a realmente reiciano.
&sso signi$ica Bue ele tena conclu4do seu training #essoal, #ara ser ca#aC de
 #oder ?sentir@ a emo'ão do indi-4duo em tera#ia ligada ao acting, #or t*/la
e5#erimentado em si mesmo.
U não a#enas desonesto, mas certamente #erigoso a#licar a metodologia de
maneira mecanicista ou sem le-ar em conta o #ercurso da circula'ão energ8tica, de cima
 #ara ai5o do cor#o: conduCindo a energia #ara o alto, corre/se o risco de $aCer e5#lodir 
o nQcleo #sicótico ?coerto@ e com#ensado, determinando uma crise descontrolada.
O res#eito rigoroso #elos tem#os dos actings nasce da e5#eri*ncia de Bue,
muitas -eCes, as a/rea'es emocionais se mani$estam no Qltimo minutoD As indica'es
sore a $reB*ncia dos actings de-em ser entendidas como #ro#osta m4nima. Se a
condi'ão daBuele n4-el ou segmento ainda não ti-er sido recu#erada, isto 8, se
 #ersistirem sensa'es desagradá-eis ou inc6modas, o acting de-e ser re#etido nas
sesses ulteriores.
A condi'ão de desloBueio realiCa/se Buando o indi-4duo, Bue no #rinc4#io
 #erceia aBuele acting como desagradá-el ou indi$erente ;a indi$eren'a  sensa'ão 8
uma de$esa a ser analisadaD<, #assa a senti/lo como agradá-el.
Oser-emos aBui a -alidade do #ensamento $uncional dos #ólos o#ostos: o tra'o
caracterial masoBuista comum a todos nós, muitas -eCes, nos le-a a trans$ormar o
 #raCer em des#raCer7 com a -egetotera#ia, temos a #ossiilidade de ?descorir@, #ela
re#eti'ão dos actings, Bue uma condi'ão desagradá-el #ode se tornar agradá-el ;ou se)a,
nos 8 inerente a #ot*ncia iológica de mudan'a, #orBue a $un'ão iológica 8
congenitamente #raCerosa, e só de#ois se de$ormaD<. ; isso #ro-a Bue o masoBuismo
$aC #arte da caracterialidade, não 8 iológico, como #ensa-a FreudD< Outro moti-o #elo
Bual 8 indis#ensá-el Bue o tera#euta tena conclu4do seu training de $orma'ão 8 Bue,
estando a caractenalidade inscrita no cor#o, durante a sessão, a análise do caráter 8 $eita
?lendo@ #ara o #aciente seus actings, isto 8, como eles são realiCados em determinados
momentos7 e isso #orBue cada acting ?signi$ica@ ;não simoliCaD< um as#ecto e um
momento da #ersonalidade em seu desen-ol-imento #sicoa$eti-o e5istencial e não 8,
 #ortanto, a#enas uma leitura estática do cor#o, mas tam8m de seu mo-imento
e5#ressi-o.

1

m -egetotera#ia, a -eraliCa'ão e a inter#reta'ão só são $eitas de#ois Bue o


indi-4duo le-ou a termo o acting Bue le $oi #ro#osto na sessão: #ergunta/se Bue
sensa'es ele e5#erimentou e a Bue as associou e, logo de#ois, #ergunta/se o Bue le
 #assou #ela mente durante o acting e o Bue isso recorda7 de#ois, se $or o#ortuno #ara a
análise caracterial, será le-ado a oser-ar como realiCou o acting e a rela'ão entre esta
e5#ressão e a caracterialidade.
Guando terminei meu training em #sicanálise com Je-i/>iancini, ele me disse
Bue, #ara ser um om #sicanalista, #recisa-a a#render tr*s coisas: ?scutar, escutar e
escutarD@. ina atual e5#eri*ncia em -egetotera#ia me le-a a diCer Bue, #ara ser um
 om -egetotera#euta, 8 #reciso a#render tr*s coisas: ?s#erar, es#erar e es#erar@D (ar 
tem#o ao tem#o, #ara Bue ocorram a trans$orma'ão e o amadurecimento caracterial.
Lomo diCia aoEs8/tung, não se #ode $aCer uma #lanta crescer #u5ando/a #ela #ontaD
 No meu #rimeiro encontro com -a Reic, Buando le e5#us as linas de todo o
traalo Bue #ro#una #ara nossa scola, seu comentário $oi: ?Penso Bue tudo isso
signi$ica ser -erdadeiramente ?#ós/reiciano@.  realmente este 8 o o)eti-o da mina
 #esBuisa e da mina contriui'ão #ara aBueles Bue acreditam e t*m $eno #ensamento de
I. Reic. Mm tera#euta reiciano, ou melor, de tend*ncia reiciana, como diCia com
 #recisão uma senora $rancesa, de-e conecer não só a metodologia da -egetotera#ia,
mas tam8m os elementos $undamentais do #ensamento $uncional, da orgonomia, da
 #sicologia e #sicodinâmicareiciana e #ós/reiciana, da caracterologia reiciana e #ós/
reiciana, da #sico#atologia e #siBuiatria $uncional, da somato#sicodinâmica e, al8m
disso, lemrar Bue na ase de toda #atologia á a emo'ão do medo. O medo 8 o
ostáculo a todo $uncionamento sadio do ser -i-o, 8 a causa de todo im#asse, de toda
resist*ncia, de toda -iol*ncia.
Para concluir, 8 im#ortante lemrar o Bue a$irma-a OsaTa: ?A teoria sem
 #rática 8 inQtil, a #rática sem teoria 8 muito #erigosa@.

1

(iagnóstico e #ro)eto tera#*utico

O diagnóstico em -egetotera#ia caractero/anal4tica #ro#orciona condi'es #ara


se criar um #ro)eto tera#*utico, a ser realiCado #or meio da metodologia.
A orgonotera#ia, da Bual $aC #arte a -egetotera#ia, reBuer não só o diagnóstico
cl4nico, mas soretudo o diagnóstico energ8tico.
Lomo indiBuei no Somato#sicodinâmica e no Laracterologia #ós/reiciana, á
cinco estruturas energ8ticas ;a se5ta, a do caráter maduro, 8o Bue se #retende encontrar 
ao t8rmino de uma tera#ia em/sucedidaD<:
A #rimeira estrutura 8 a de@i#orgonótica@, caracter4stica de um dano
emrionário, Bue se e-idencia no autismo ou no eBui-alente somático de tumores
malignos ;es#ecialmente in$antis<, irremedia-elmente incurá-eis.
A segunda estrutura 8 a de ?i#orgonia desorgonótica@, caracter4stica de um
dano $etal, Bue se e-idencia na #resen'a de um nQcleo #sicótico ;eYou no a#arecimento
 #recoce de mani$esta'es #sicóticas< ou no eBui-alente somático de tumores malignos
ou doen'as sist*micas eYou degenerati-as gra-es, Bue t*m alguma #ossiilidade de
recu#era'ão com tera#ias energ8ticas con-ergentes ;inclusi-e a -egetotera#ia, tendo em
-ista sua a'ão sore o sistema neuro-egetati-o<.
A terceira estrutura 8 a de ?desorgonia@, ou se)a, de uma carga energ8tica adeBuada ;ao
indi-4duo<, mas mal distriu4da, caracter4stica de um nQcleo #sicótico encoerto ;Bue
sem#re #ode e5#lodirD<, como as s4ndromes orderline ;lim4tro$es< com o eBui-alente
somático de doen'as sist*micas eYou degenerati-as com oas #ossiilidades de
recu#era'ão com tera#ias energ8ticas con-ergentes ;inclusi-e a -egetotera#ia<.

+1

A Buarta estrutura 8 a de ?i#erorgonia desorgonótica@, isto 8, #resen'a de uma


carga energ8tica e5cessi-a, mas mal distriu4da, caracter4stica da #siconeurose, com o
eBui-alente somático de doen'as somato#sicológicas, #ara as Buais a -egetotera#ia,
a#ro-ocar uma dessomatiCa'ão, traC -alioso resultado.
A Buinta estrutura 8 a de ?i#erorgonia@, caracter4stica da neurose, com o
eBui-alente somático em somatiCa'es, #ara as Buais a -egetotera#ia #ro#orciona
ótimos resultados.
O modelo tera#*utico Bue ins#ira o #ro)eto tera#*utico 8 a estrutura
omeoorgonótica do caráter genital, ou se)a, maduro, Bue a #ot*ncia orgástica de$ende
de BualBuer #atologiaD
Os instrumentos #ara o diagnóstico são: 1< a istória cl4nica ou anamnese7 +< a
massagem7 "<= teste E de Reic, o teste laoratorial de Vincent7 0< testes #sicológicos
como ?colorir $iguras@, Rorscarc E.A.E.L.A.E., Bue tam8m #odem ser #ro#ostos
 #ara acom#anar a e-olu'ão da tera#ia7 2< nos casos em Bue se $aC necessário o teste de
Eomatis >ernard ;#sico$onoaudiologia<7 e !< as #ró#rias sensa'es do;a< tera#euta.
1< A anamnese 9 de-e le-ar em considera'ão como $oi o #er4odo de gesta'ão da mãe
do #aciente7 como $oi o #arto ;nascimento do #aciente< 7como $oi a amamenta'ão e o
desmame7 Bual 8 o#osto do #aciente no nQmero de $ilos7 a rela'ão a$eti-a dos #ais,
entre eles e com o #aciente7 e-entuais di$iculdades escolares7 se ou-e #rolemas com a
mastura'ão7 a religião da $am4lia7 o e-entual credo #ol4tico da $am4lia7 as condi'es
econ6micas da $am4lia7 a 8#oca de in4cio e o desen-ol-imento das menstrua'es7 ouso
de óculos, em Bual idade e #or Bue7 a #rimeira e5#eri*ncia de se5ualidade genital7 a
ocu#a'ão do #aciente e se ele gosta do seu traalo7 o estado ci-il do #aciente e suas
rela'es com o;s< #arceiro;s<7 se tem $ilos, Buantos e Bual a rela'ão do #aciente com
seus #ais e com seus $ilos7 as doen'as mais im#ortantes Bue te-e na in$ância
;#articularmente ti$o, malária, meningite, de-ido aos seus re$le5os na $uncionalidade
cereral 9 nesses casos #edir eletroence$alogramaD<7 suas condi'es $4sicas atuais
;sono, a#etite, $un'es intestinais, a#etite se5ual 9 este, se satis$eito ou
não<7@e5#eri*ncias@ omosse5uais7 uso de drogas7 interesses socioculturais e #or Bue
Buer $aCer tera#ia. Je-a/se em conta não a#enas o Bue a #essoa diC, mas como o $aC.

++

+<assagem 9 8 a camada massagem reiciana. ssa massagem ;muitas -eCes


trans$ormada em mero rótulo comercial, ausando do nome de Reic< 8 t8cnica
diagnóstica e relati-amente tera#*utica. Por ser ?energ8tica@, de-e ser $eita...
energicamente: o tera#euta a#óia com $irmeCa as #ontas dos seus dedos sore as massas
musculares e moiliCa/as na dire'ão caudal. Os n4-eis loBueados ou com $orte tensão,
Buando sumetidos  massagem, #ro-ocam uma rea'ão desagradá-el ou dolorosa no
indi-4duo7 este 8 con-idado a se e5#ressar, sem $icar cerrando os dentes e agentando,
 ancando o ?erói@ ;masoBuista<D Lom a massagem, não a#enas o indi-4duo ?sente@ e
 #ercee suas tenses musculares, at8 então inad-ertidas, #or serem cr6nicas, mas
tam8m o tera#euta, Bue, ao localiCá/las, dá/se conta da magnitude dos loBueios
energ8ticos e de seu signi$icado, de acordo com o n4-el e o lado do cor#o em Bue se
situem ;lado esBuerdo, mãe7 lado direito #ai7 o contrário no canoto<. Posteriormente, a
massagem será $eita no come'o de cada sessão, #ara moiliCar a energia,
 #articularmente nos #acientes com nQcleo #sicótico, #ara $acilitar o contato. U
$undamental, em todos os casos, massagear os tr*s #rimeiros n4-eis, aBueles Bue
de$inimos como #r8/genitais ;Bue estão na ase istórico/iológica da #ersonalidade<,
at8 Bue termine o traalo tera#*utico com esses n4-eis.
"<= teste E de Reic está e5#licado no li-ro A io#atia do câncer. Seu o)eti-o #rinci#al
8 com#ro-ar a #redis#osi'ão degenerati-a sang4nea e, #ortanto, as io#atias. Eeste
laoratorial de Vincent 9 a ser $eito na sali-a, no sangue e na urina, mede: a< o #Z, isto
8, o 4ndice alcalino ou ácido, e5#resso #elo -alor em #rótons7 < a resist*ncia ;+Z,<, Bue
corres#onde, medindo os -alores em el8trons, ao #otencial de ó5ido/redu'ão, isto 8, a
 #ossiilidade de um ser -i-o receer e dar o5ig*nio ;ou se)a, el8trons<7 se o +11+ $or 
igual a + signi$ica Bue o sistema não 8 ca#aC de $i5ar =+ e isso 8 igual morteD7 c< a
resist*ncia, Bue de$ine o momento magn8tico ligado  mineraliCa'ão ;Buanto mais
mineraliCada $or a solu'ão, menor a resist*ncia, isto 8, a ca#acidade de um ?meio@
i6nico dei5ar/se atra-essar #or uma corrente el8trica<.
sse teste a-alia, #ortanto, o terreno ioenerg8tico de um indi-4duo, e a oser-a'ão
somato#sicodinâmica ligada a esse teste #ermitiu re-elar Bue a estrutura i#oorgonótica
a#resenta um terreno alcalino/o5idado, enBuanto a estrutura desorgonótica a#resenta um
terreno ácido o5idado7 a i#erorgonótica/desorgonótica, ácido/reduCido7 e a
i#erorgonótica, um terreno alcalino/reduCido.
+"

 No Bue diC res#eito  cl4nica, #ode/se considerar ou não a o#ortunidade de


tera#ias con-ergentes.
0< Eeste #sicológico de ?colorir $iguras@ 9 de mina autoria ;registrado no escritório
cient4$ico de Floren'a, &tália<, consiste em #ro#or ao indi-4duo escoler uma $igura em
um gru#o de cinco e a colorir. A $igura escolida, as cores usadas, o tem#o #ara colorir 
etc. $ornecem indica'es sore a #ersonalidade do indi-4duo. sse teste, re#etido em
inter-alos de tem#o no decorrer tera#ia, $ornece elementos #ara a-aliar a e-olu'ão da
tera#ia.
2< Eeste de audi'ão ;Eomatis e >ernard< 9 em cu)o diagrama 8 #oss4-el situar os -ários
n4-eis do cor#o e -eri$icar sua $uncionalidade segundo a intensidade do loBueio
energ8tico ocorrido durante a -ida intra e e5tra/uterina.
A integra'ão dos -ários dados #ossiilita um diagnóstico correto, e este #ermite
elaorar um #ro)eto tera#*utico #ara cada #aciente, indi-idualmente.
O #ro)eto tera#*utico 8 $undamentalmente energ8tico e, conseBentemente,
cl4nico.
A #ossiilidade de #oder identi$icar, em um #aciente, Bual 8 o seu ?loBueio@
energ8tico/#sicológico #rimiti-o, Bual 8 o loBueio #rinci#al e Bual;is< 8;são< o;s<
secundário;s<, indicará ao tera#euta a maior ou menor im#ortância de traalar em um
ou outro n4-el do cor#o, conecendo o signi$icado #sicológico e a #rolemática
associada aos -ários n4-eis.  #reciso lemrar Bue esses n4-eis não são a#enas
cont4guos, mas tam8m cont4nuos e, #or isso, muitas -eCes, á contamina'ão entre dois
n4-eis, O #ro)eto tera#*utico tem como modelo o caráter genital7 e #or isso a tera#ia
de-e le-ar  descoerta do amor, aBuele amor Bue de-eria ter sido a#reendido do cor#o
materno, e terminar, não com o #raCer, mas com a alegria de -i-er. A tera#ia #rocede
 #or eta#as, não #or metas determinadasD m tera#ia, o #aternalismo im#ede o
crescimento7 o mesmo acontece no caso da sedu'ão. Zá uma grande di$eren'a entre
 #aternalismo e dis#oniilidade. m tera#ia, 8 $undamental camar o #aciente de ?-oc*@
;assim como o #aciente ao tera#euta<, #ara re$or'ar o contato. Eudo isso signi$ica Bue a
-egetotera#ia 8 uma #esBuisa metódica, e não uma t8cnica, #ara conseguir o
amadurecimento das $un'es. A#ós cada sessão, -eri$ica/se no #aciente uma
?reatualiCa'ão@, 4ndice de sua trans$orma'ão.

+0

m -egetotera#ia, a es#era tera#*utica signi$ica es#erar a e5#lora'ão do


inconsciente ;ligado, como diC . angemi,  coura'aD<.
 No #ro)eto tera#*utico, cuidados es#eciais de-em ser tomados Buando se
traala com indi-4duos i#oorgonóticos, aBueles cu)a nota #atog*nica remonta ao
 #er4odo intra/uterino. São de #acientes com um nQcleo #sicótico, indi-4duos com ai5o
 #atrim6nio energ8tico, #ara os Buais a caracterialidade 8 totalmente su#er$icial e
instá-el. (ado Bue a -egetotera#ia traala como caráter, Bue 8 a estrutura
neuromuscular $ormada só a#ós o nascimento, #ode/se $aCer um traalo -álido a#enas
se ou-er #ossiilidade de carregar energeticamente esses #acientes: sem isso, as
inten'es tera#*uticas são mera -eleidade. Nesses casos, )unto com a -egetotera#ia, 8
 #reciso utiliCar o acumulador ou coertor org6nico, uma dieta energ8tica rica em certas
-itaminas ;em es#ecial a F< e a administra'ão da enCima #ero5idase ;SO(<. Saemos
Bue 8 só de#ois do nascimento Bue amadurece a $uncionalidade -isual, Bue $aC do
omem um mam4$ero ó#tico, ao #asso Bue, durante a -ida $etal, $oi um mam4$ero
acQstico. Por isso, 8 o#ortuno associar  -egetotera#ia, nesses casos, o@ou-ido
eletr6nico@ de Eomatis: as -ira'es energ8ticas do som a)udarão a integra'ão $uncional
dos tr*s c8reros ;ac Jean<.
Lomo -eremos adiante, a e5#lora'ão da $un'ão auditi-a na #rimeira sessão
 #oderá con$irmar ou não essa indica'ão. O ?ou-ido eletr6nico@ de >ernard #ara outros
casos.  mais: a #ro#osta metódica de . uill #ermite reconstituir a ca#acidade
e-oluti-a #resente nas estruturas emrionárias7 se os su#ortes -iratórios ;S.V.< ;na
realidade, nossas macromol8culas, entre as Buais =(NA< esti-erem muito $racos, 8
 #oss4-el animá/los com oas energias -iratórias ;.V.<.
As im#resses uterinas determinantes estruturam o tem#eramento, Bue 8
$a-ora-elmente in$luenciado com esses au54lios tera#*uticos, como ?ase@ sore a Bual
construir a #ersonalidade.
As inter-en'es tera#*uticas na -ida intra/uterina são $undamentais nestes casos,
e somente nestes, #ara de#ois estruturar uma caracterialidade.
F. (ragoto, . S. Pinuaga #ro#em t8cnicas de deri-a'ão oriental, com o
o)eti-o de $acilitar o contato intra/uterino e criar a maternagem na rela'ão tera#*utica.
Por8m, al8m do $ato de Bue, o-iamente, não de-eriam ser a#licadas em gru#o, ainda
não á #ara elas uma metodologia em de$inida.
 No #ro)eto tera#*utico de-e/se le-ar em considera'ão a ?audiodinâmica@, de L. Paolillo,
a ser utiliCada Buando o traalo tera#*utico cegar ao dia$ragma, #ara melor 
integra'ão energ8tica do indi-4duo no $im da tera#ia.

+2

U o#ortuno Bue o tera#euta tena #resente o Bue diCia #icuro: ?Se te a$astares
das sensa'es, não terás mais nada@.  o Bue diCiam os $ilóso$os escolásticos: ?Nada á
na mente Bue não tena estado antes nos sentidos@.
O #ro)eto tera#*utico tenderá a Bue o #aciente tena um modo de ser omog*neo
e simultâneo, segundo a indica'ão -álida de ao Es8/tung: ?indi-4duo[ coleti-idade[
indi-4duo@... claro e5em#lo de seu modo de #ensar $uncional reiciano. A tera#ia,
 #ortanto, cegará a #ro-ocar no indi-4duo uma lierta'ão lierada e não uma lierdade
lierada.
A -alidade e Bualidade do #ro)eto tera#*utico #ode ser -eri$icada considerando/
se o n4-el de grati$ica'ão #ro#orcionado #ela recu#era'ão $uncional durante a
reconstru'ão tera#*utica do desen-ol-imento #sicoa$eti-o do indi-4duo.
 o#ortuno lemrar Bue a -ida a$eti-a 8 com#ará-el a uma es#iral de #ercurso
centr4#eto, ao #asso Bue a -ida social 8 como uma es#iral de #ercurso centr4$ugo. No
 #ro)eto tera#*utico, de-e/se reiterar a necessidade de Bue os n4-eis cor#orais mais
en-ol-idos em cada caso receam um tem#o de ?traalo@ maior. &nclui/se no #ro)eto
tera#*utico a e-entual indica'ão, #elo -egetotera#euta, de tera#ias energ8ticas
con-ergentes e com#lementares, em como a recomenda'ão de não $aCer,
 #aralelamente, outras tera#ias de ti#o energ8tico Bue #ossam #erturar a e-olu'ão da
-egetotera#ia ;como o ioga, utiliCado im#ro#riamente como tera#iaD, a ioenerg8tica, a
acu#untura 9 nos casos de i#orgonia 9, a antiginástica etc.<.
O #ro)eto tera#*utico de-e induCir o indi-4duo a se Buerer em ;não
egoisticamenteD< e a se descul#ailiCar.

+!

O setting
O setting da -egetotera#ia caractero/anal4tica tem certas conota'es es#eciais:

1 <Amiente9 de-e ser su$icientemente es#a'oso e em are)ado, #ara se #oder colocar 
um di-ã #lano, sólido, relati-amente macio, sore o Bual o #aciente #ossa distender/se
con$orta-elmente. O di-ã de-e ter cerca de 2= cm de altura.
Lomo as sesses são muitas -eCes ?ruidosas@, se não $or #oss4-el a-er 
isolamento acQstico, o local de-e, #elo menos, estar em condi'ão de não #ro#agar 
e5cessi-amente o som. ;Mm tera#euta de Ná#oles, Bue atendia no t8rreo, deu com a
 #ol4cia na #orta, Bue $ora camada #or um -iCino assustado com o arulo da sessão.<
O traalo de-e ser $eito na #enumra, com tem#eratura não in$erior a +0X,
 #orBue a -egetotera#ia reBuer Bue o #aciente não use rou#as ou acessórios ;relógio,
 )óias etc.< no cor#o.
Para o traalo de -egetotera#ia, de-e/se dis#or de: a< len'os descartá-eis 
dis#osi'ão do #aciente Buando $orem necessários7 < um reci#iente #ara li5o, Bue #ossa
tam8m ser utiliCado em caso de -6mito do #aciente7 c< toalas #eBuenas, a o$erecer ao
 #aciente #ara realiCar o acting da ?mastiga'ão@7 d< uma lanterna de olso, #ara
realiCa'ão dos actings com luC sore os olos7 e< um o)eto le-e, não trans#arente, #ara
 #roteger um dos olos da luC, nos actings da #rimeira sessão7 torres de a'Qcar #ara
o$erecer ao #aciente, se ele ti-er sensa'ão de $ome, ao traalar com os actings da oca.

+%

A #oltrona do tera#euta de-e ser con$ortá-el, mó-el e, se #oss4-el, com a#oio


 #ara a cae'a.

+< odalidades 9 cada sessão dura mais ou menos uma ora e meia, e o tera#euta
tomará nota do traalo e$etuado #ara #oder #rogramar a sessão seguinte.
O #aciente de-e ser in$ormado de Bue as sesses Bue não $orem desmarcadas
com 0/+0 oras de anteced*ncia serão coradas e Bue os seus atrasos ;al8m do Bue, se
aituais, de-em ser analisadosD< não serão com#ensados. O atraso do tera#euta de-e
ser com#ensadoD
-itar in$ormar ou comunicar BualBuer coisa ao #aciente antes do in4cio da
sessão, #ara Bue não ocorra uma e-entual #olariCa'ão da sua aten'ão, o Bue #ode
?in$luenciar@ a sessão. Na medida do #oss4-el, atender um e-entual #edido de mudan'a
do dia ou orário da sessão.

"< Paciente 9 se o #aciente não conseguir tirar a rou#a em raCão do #udor ;o #udor $aC
 #arte da caracterialidade, eBui-ale  -ergona, ou se)a, ao medo de ser )ulgado,
associado ao sentimento de cul#a<, #ede/ se Bue ele se dis#a... dentro dos limites do
 #udor 9 em todo caso, Bue #elo menos os omens $iBuem de cueca e as muleres
$iBuem de calcina. &sto #ara #oder oser-ar as e-entuais rea'es musculares do cor#o
durante a realiCa'ão dos actings.
A e5#eri*ncia tera#*utica ensina Bue, muitas -eCes, mais #ara o $im da tera#ia,
Buando )á á um om contato com o seu #ró#rio cor#o ;Ou se)a, com o seu #ró#rio eu<,
o #aciente não tem mais -ergona, e tirar a rou#a torna/se um $ato natural e es#ontâneo.
O #aciente de-e $icar deitado no di-ã, com as #ernas doradas, de modo Bue os
 #8s $iBuem em a#oiados, e de-e res#eitar o ?aBui e agora@ mantendo os olos aertos
durante toda a tera#ia.
Lomo na #sicanálise, 8 #roiido $aCer -egetotera#ia com o mesmo tera#euta,
 #ara #essoas Bue tenam -4nculos a$eti-os entre si ou com o tera#euta.

0< Eera#euta 9 di-ersamente da #sicanálise, o tera#euta $ica sentado  direita do


 #aciente, a mais ou menos um metro de distância. Se o #aciente $or canoto ;sendo o
lado esBuerdo e5#ressão de $eminilidade<, o tera#euta senta/se  esBuerda. (urante o
traalo com os tr*s #rimeiros n4-eis ;os n4-eis #r8/genitais<, e-entuais a/rea'es
emocionais #enosas #ara o #aciente #oderão ser ali-iadas tranBiliCando/o -eralmente,
$aCendo/le car4cias, segurando sua mão, ara'ando/o a$etuosamente, mas sem#re
e-itando a'es de@tenderlo-e care@D

+

O acting interrom#ido #or resist*ncia do #aciente ou #or causa de uma a/rea'ão


de-e ser re#etido na sessão seguinte. Lomo regra geral, cada acting de-e ser re#etido
enBuanto não atingir seu o)eti-o, #ro-ocando uma rea'ãoYsensa'ão, agradá-el.
U im#ortante Bue o #aciente não tena medo de e5#ressar diretamente #ara o
tera#euta suas emo'es e e-entuais rea'es. Ola RaHnes diCia Bue o #aciente #ode at8
agredir o tera#euta, mas ;como terá sido a-isado no in4cio da tera#ia< este tem o direito
de se de$enderD Não $oi #or acaso Bue Rie$$ escre-eu: ?Se o tera#euta )unguiano 8 um
teólogo, o reiciano 8 um mártirD@.
Al8m disso, de-e/se a-isar Bue o tem#o Bue o #aciente le-a #ara tirar a rou#a e
de#ois #ara se -estir 8 contado no tem#o da sessãoD
A melor $orma de #agamento 8 ao $im de cada sessão, mas #ode ser $eito no
$im do m*s. elor mesmo seria #agamento mensal adiantadoD A $reB*ncia das
sesses ;de uma ora e meia< -aria con$orme a gra-idade do caso e a idade do #aciente.

2 <Sessão 9 são #roiidas as mani$esta'es ist8ricas, teatrais ;$reBentes em Buem


te-e e5#eri*ncia com ioenerg8ticaD<: serão admitidas Buando se cega ao traalo na
 #8l-is ;sede da isteria<.
Se o #aciente realiCar os actings -iolentamente, astará lemrá/lo ;como diCia
Freud em uma carta a instein, re$erindo/se a Zitler< Bue a -iol*ncia não eBui-ale 
 #ot*ncia.
O tera#euta Bue ti-er res#eito #ela deontologia não gra-ará uma sessão: a sessão
8 do #aciente e não do tera#euta. Se o #aciente, #or interesse seu, Buiser gra-ar sua
sessão, 8 ó-io Bue #ode $aC*/lo.
Eam8m na -egetotera#ia á ?$ugas@D A $uga do #aciente ;Buando não se de-e a
um erro tera#*uticoD< #ode ocorrer, muitas -eCes, Buando se traala com os olos, isto
8, com o medo de ?en5ergar@, ?sentir@, ?contatar@ a realidade. O #aciente não Buer 
tomar consci*ncia de seu nQcleo #sicótico, tem muito medo e então... $oge. Outra $uga 8
ligada ao traalo com o dia$ragma ;sede do masoBuismo<. Neste caso, a ansiedade 8
insu#ortá-el e o masoBuista 8 ca#aC de renunciar  cura, destruindo todo o traalo $eito
at8 entãoD
Guanto aos ?conselos@ do tera#euta, este recordará o ditado ?Não me d* conselos, sei
errar soCino@ e se asterá de res#onder ao #edi do de ?conselo@, mas, no come'o da
tera#ia, a-isará o #aciente Bue e-ite tomar decises relati-as  -ida a$eti-a e social at8
Bue o traalo de -egetotera#ia tena cegado ao dia$ragma.

+
!< (rogas 9 não á drogas le-es inócuas e drogas #esadas noci-as.  necessário
e5#licar #acientemente Bue toda droga 8 uma $uga da realidade, um #ara4so arti$icial
 #ara e-itar o descon$orto da realidade insu#ortá-el #ara um eu $raco. O #aciente de-e
ser a-isado de Bue a regra de astin*ncia de drogas será a#licada Buando terminar o
traalo com o tóra5, sede do eu, so #ena de sus#ensão da tera#iaD
(urante a sessão, o #aciente não #ode $umar7 o tera#euta... não de-eria $umar 9 
o $umo 8 um ansiol4tico, e o tera#euta #recisa ?traalar@ com a ansiedade do #aciente
no interesse deste. (urante a sessão, o #edido de ir ?$aCer 5i5i@ só 8 atendido se a
necessidade $or realmente urgenteD
 No come'o da sessão, 8 o#ortuno #erguntar ao #aciente ?como -ai indo@,
lemrando/le de Bue, se ?-ai mal@, 8, #arado5almente, um sinal #ositi-o, #ois signi$ica
Bue ele está reagindo  tera#ia. Mma tera#ia Bue, em certo momento, não coloBue o
 #aciente em crise, signi$ica Bue não está #ro-ocando nenuma mudan'a #sicológicaD
 No $im da sessão, 8 om #erguntar ao #aciente ?como está se sentindo@, #ara
e-entualmente tranBiliCá/lo e $aCer com Bue termine a sessão sem#re serenamente. m
casos e5ce#cionais, o #aciente #ode $aCer uma sessão su#lementar ao #re-isto: 8
necessário Bue ele a#renda a gerir soCino a sua ?neurose@ e e-itar a instaura'ão de uma
de#end*ncia #atológicaD

%< VeraliCa'ão e inter#reta'ão 9em -egetotera#ia, a -eraliCa'ão 8 $eita #erguntando


ao #aciente, a#ós ele realiCar um acting, Buais sensa'es e5#erimentou e se estas
$iCeram/no lemrar/se de alguma coisa e, #rinci#almente, se estas sensa'es $oram
 #raCerosas ou desagradá-eis7 de#ois, #ergunta/se o Bue le #assou #ela mente e se isso
le lemra alguma coisa. MtiliCa/se, #ois, o m8todo das associa'es. Se a -eraliCa'ão
$or uma racionaliCa'ão, isto será oser-ado ao #aciente. Se necessário, como análise
caracterial, $aC/se o #aciente oser-ar como ele e5ecutou o acting e a rela'ão entre esta
sua e5#ressão e sua caracterialidade. sta 8 a inter#reta'ão da sua linguagem cor#oral,
linguagem Bue tem uma leitura es#ec4$ica #ara cada acting, como -eremos adiante.

U im#ortante ter sem#re #resente Bue a #ala-ra/s4molo conduC a uma


inter#reta'ão su)eti-a, enBuanto a #ala-ra/sinal tem um signi$icado $uncional.

"=

 Nunca 8 #reciso dar duas inter#reta'es nem $aCer com Bue o #aciente )ogue $ora o seu
 #assado, mas Bue o integre. Os sinais de uma emo'ão caracteriCam a caracterialidade
indi-idual.
ais: nunca mentir #ara o #aciente7 diCer, no momento certo e da $orma correta,
a -erdade.
 Não criticar nem suestimar os disQrios.
Jemrar Bue os actings -erais de-em ser $eitos #elo #aciente usando sua l4ngua
materna.
O tera#euta de-e re)eitar a racionaliCa'ão das contradi'es, #ois deste modo elas
não são -i-enciadas emocionalmenteD Eoda contradi'ão 8 sinal de incoer*ncia.
 Na -egetotera#ia, a -eraliCa'ão tera#*utica usa o crit8rio analógico, e não o
crit8rio inter#retati-o. A inter#reta'ão reBuer racionaliCa'ão, 8 cultural, 8 su)eti-a #or 
 #arte do tera#euta, Bue assim assume um #a#el dirigente.

< Resist*ncias 9 ;a serem distinguidas de trans$er*ncia negati-a< se dão geralmente no


n4-el cor#oral.As mais comuns são:
a< Sonol*ncia ou at8 sono. Por8m, a sonol*ncia #ode ser $isiológica, no sentido de Bue,
como os actings de-em ser re#etidos, Buando o #aciente realiCou corretamente o acting
nas sesses anteriores e este se tomou agradá-el, rela5ante e re#ousante, isso #ode
induCir a um doce aandono e sonol*ncia, Bue não de-e ser considerada resist*ncia.
(i$erente 8 o caso da sonol*ncia ;ou at8 mesmo sonoD< Buando se está no come'o da
realiCa'ão de um acting, es#ecialmente com os olos. Neste caso, 8 o#ortuno inter#retar 
a resist*ncia como de$esa contra o medo ;do Bu*\< ou como mani$esta'ão de auto/
saotagem inconsciente da tera#ia, de natureCa masoBuista. Nessas circunstâncias, de-e/
se lemrar ao #aciente a im#ortância da alian'a tera#*utica: á um com#romisso de
lealdade latente entre o tera#euta e o #aciente #ara cum#rir o #ro)eto tera#*utico7 caso
contrário, a tera#ia será im#oss4-el e 8 inQtil continuar. &sso signi$ica reiterar a
res#onsailiCa'ão rec4#roca e analisar o signi$icado da demanda.
 < 5ecu'ão mecânica, como ginástica, dos actings, #ara os Buais não se reBuer 
 #er$ei'ão, mas ritmo, Bue #ermitirá Bue o #aciente ?entre@ no acting. satis$aCendo, ao
su#erá/lo, a sua@necessidade@ $rustrada.
A realiCa'ão mecânica, sem intencionalidade #sicológica, 8 um mecanismo de
de$esa de ti#o dissociati-o e de du#lica'ão, #or medo de #ro-ar as emo'es Bue ad-*m
com a ati-a'ão da sensorialidade.

"1

c< (ese)o neurótico de agir #ara saotar o acting. Eoda #ausa durante um acting 8
sem#re uma #ausa dinâmica. Eodo acting 8 t8cnica Bue $aC #arte de um m8todoD Para
ser sadio, o #aciente de-e ?sentir@ e de#ois ?com#reender@: com#reender sem sentir 8
 #sico#atológicoD
d< Erans$er*ncia, Bue #ode ser uma resist*ncia. Para o om resultado da tera#ia, 8
necessário ?agarrar/se@ a ela, não ao tera#euta. O tera#euta de-e e5#licar o #a#el Bue o
indi-4duo está atriuindo a ele. A rela'ão do tera#euta com o #aciente 8 real7 a do
 #aciente com o tera#euta, no come'o, 8 irreal, de#ois real.
Vale lemrar Bue as de$esas acaam destruindo aBuilo Bue se Bueria #rotegerD
e<A -eraliCa'ão e5cessi-a eBui-ale a uma racionaliCa'ão, Bue 8 uma resist*ncia.
$< A trans$er*ncia erótica 8 uma resist*ncia, mas s -eCes 8 uma maneira de ?#6r 
 #ro-a@ a $or'a do eu do tera#euta e a sua coer*ncia.

< Erans$er*ncia e contratrans$er*ncia 9 como diCia com )usteCa ung, toda rela'ão
e5istencial im#lica trans$er*ncia e contratrans$er*ncia. (i$erentemente da #sicanálise,
na -egetotera#ia, a trans$er*ncia não 8 a#enas inter#retati-a ;Bue coloca o tera#euta em
uma #osi'ão direti-a de ti#o autoritário, #orBue sem#re 8 ele Buem tem raCãoD<, mas 8
tam8m@discutida@, #ois, s -eCes, o #aciente #ode ter raCão e reagir com
uma@trans$er*ncia negati-a@7 neste caso, o -egetotera#euta de-erá umildemente
;umildade 8 saedoria e não umila'ãoD< registrar e reconecer isso.
Al8m disso, em -egetotera#ia, a trans$er*ncia se e5#ressa tam8m com o cor#oD
Re)eitando os actings, aorrecendo/se com os actings, não -eraliCando os actings,
ridiculariCando os actings, não su#ortando os actings, tendo medo dos actings.
. >rouillet $ala de trans$er*ncia cor#oral, ou se)a, Bue ?na trans$er*ncia o cor#o
dá a conecer algo Bue está no limite do -eraliCá-el e Bue de-e #oder ser conecido
 #elo tera#euta #or meio da em#atia, da intui'ão e da e5#eri*ncia #essoal Bue -i-enciou
em sua #ró#ria tera#ia@.
A linguagem do cor#o, na rela'ão trans$erencial, indica Bualidade e intensidade,
a #artir do grau de inadeBua'ão, ami-al*ncia, es$or'o, inconstância ou tenacidade com
Bue se realiCa um acting. Mm #aciente Bue antes e de#ois da sessão 8 es#ontâneo e está
 em  -ontade, mas Bue no di-ã $ica tenso e i#ert6nico, está certamente comunicando
alguma coisaD O tera#euta ocu#ado em decodi$icar a trans$er*ncia de um #aciente de-e
sem#re $icar atento  sua #ró#ria contratrans$er*nciaD

"+

Os as#ectos -erais e não/-erais da trans$er*ncia nunca estão se#arados durante uma


sessão de -egetotera#ia. (e-e/se distinguir a rela'ão trans$erencial da rela'ão real com
o tera#euta e da alian'a tera#*utica.
A im#ortância da trans$er*ncia reside no $ato de Bue ela ?are@ o sistema
$ecado de BualBuer #sico#atologia.
Reic sulinou Bue, no #rocedimento tera#*utico, inicialmente á uma $alsa
trans$er*ncia #ositi-a, seguida da trans$er*ncia negati-a e, $inalmente, acontece a
-erdadeira trans$er*ncia #ositi-a. &sso 8 -erdade, mas dado Bue o #ro)eto tera#*utico 8
uma re#ara'ão e uma recu#era'ão dos ?ons@ genitores, #ode at8 acontecer Bue não se
-eri$iBue, origatoriamente, a trans$er*ncia negati-a. &sto #ode ser e5#licado da
seguinte $orma: a ?coa'ão a re#etir@, do tera#euta, $aC o #aciente sentir, em certo
momento, a necessidade de Bue o tera#euta se) a -i-enciado não #ositi-amente. Por 
outro lado, se rela'ão tera#*utica #ermitir um contato com a ?mãe oa@ e o ?#ai om@ ;e
isso -ai de#ender de uma contratrans$er*ncia realmente amorosaD<, tudo será di$erenteD
m -egetotera#ia, a trans$er*ncia cor#oral 8 de natureCa energ8tica. O cor#o 8 o
modelo e5em#lar da estrutura es#ecial numa correla'ão entre as suas #artes e o todo e,
 #ortanto, como oser-a . PanHoT, 8 um modelo dial8tico.
O indi-4duo com nQcleo #sicótico, o i#oorgonótico, e5erce sore o tera#euta
um -am#irismo energ8tico. O #sicótico $oge da trans$er*ncia e utiliCa a a'ão em -eC das
 #ala-ras. A a'ão de-e ser ?adeBuada@7 caso contrário a #assagem  a'ão 8 o sintoma
mais gra-e dos $alsos tera#eutas, Bue a )usti$icam como@e5#ressão@ de uma ideologia D
A #assagem  a'ão de-e dar ao #aciente a sensa'ão de Bue o seu cor#o/#siBue tem
limites.  o#ortuno considerar as a'es cor#orais como en5erto de trans$er*ncia. Para
um #sicótico, cada #arte do seu cor#o 8 cor#o/#artes e totalidade. O doente mental
ser-e/se da #ossiilidade de dei5ar o cor#o #ara se re$ugiar no inconsciente, ou se)a, no
não/eu. as sair do cor#o ;)usti$icá-el no caso de um torturado, #ara não $alarD<, em
outros casos, 8 uma dana'ão, #orBue não se tem mais@casa@ nem in-ólucro #rotetor, e
aandonando o cor#o )oga/se $ora, )unto com as sensa'es, tam8m os sentimentos. O
omem sem cor#o não sae Buem 8, não tem identidade, e sem identidade nada e5iste.
Guando 8 o #aciente Buem #assa  a'ão como mo-imento tera#*utico, 8
o#ortuno lemrar/le: ?Voc* não #recisa de autoriCa'ão, 8 -oc* Bue está se #ermitindo
isso@. Mm indi-4duo sadio -i-e as emo'es de olos aertos.

""

eralmente, a trans$er*ncia se instaura sore a imagem do tera#euta, o Bual, re#etimos,


de-e e5#licar o #a#el Bue o #aciente le atriui. m -egetotera#ia, a trans$er*ncia
energ8tica 8 #rimeiro neuro-egetati-a e de#ois muscular.
 Na trans$er*ncia, #odemos encontrar, al8m de resist*ncia, tam8m as#ectos
regressi-os: #or isso 8 im#ortante a-aliar o #a#el da trans$er*ncia, o Bue torna
necessário ?tem#oriCar@ o inconsciente.
U #reciso, com a tera#ia, a#render a $alar claro, a comunicar, a se e5#ressar sem
medo, e a isso se cega traalando com ternura: a trans$orma'ão caracterial 8 uma
trans$orma'ão emocional e, #ortanto, do como comunicar.  comunicar não 8 só
in$ormarD
uitas -eCes, uma trans$er*ncia negati-a resol-e/se #or si só, se, gra'as 
dis#oniilidade do tera#euta, não ou-er contratrans$er*ncia negati-a em res#osta.
O -egetotera#euta de-e relacionar a trans$er*ncia ao acting Bue o $aC a#arecer.
L. Loelo lemra Bue, s -eCes, a atua'ão de um acting sustitui uma
lemran'a, e Bue os actings de cada n4-el #ro-ocam trans$er*ncias di$erentes, ligadas s
emo'es de como o #aciente -i-enciou as suas eta#as de desen-ol-imento #sicoa$eti-o.
(urante o traalo nos #rimeiros n4-eis, como acontece com o e*, surge a
necessidade de reconecimento. U o#ortuno nessas ocasies dar esse reconecimento. A
trans$er*ncia 8 uma condi'ão necessária #ara a e-olu'ão #ositi-a do tratamento, #ois
e5#rime a retomada da economia energ8tica do #aciente.
uitas -eCes, a trans$er*ncia 8 uma res#osta  contratrans$er*ncia ;da4 a
im#ortância da su#er-isãoD<7 em todo caso, 8 $undamental o com#ortamento do
tera#euta #erante os di-ersos ti#os de ?agressão@ do #aciente e da sua trans$er*ncia.
Su#erada a de$esa narc4sica do #aciente, trans$er*ncia e contratrans$er*ncia t*m ase
a$eti-a e intelectual.
O #aciente em tera#ia 8 um su)eito, e não um o)eto Bue se #ossa utiliCar #ara
satis$aCer necessidades do tera#euta e com#ensar suas #ró#rias $rustra'es a$eti-asD
 No decorrer da tera#ia, o a#arecimento de uma contratrans$er*ncia negati-a
-eri$ica/se, muitas -eCes, Buando não conseguimos eliminar, no #aciente, a #ro)e'ão dos
nossos... de$eitosD ;A #ala-ra ?de$eito@ não tem aBui conota'ão moralista, e5#rime
a#enas uma deilidadeD<
 Nesses casos, #rocuraremos comunicar ao #aciente como 8 im#ortante ser ?com@ e não
ser ?#ara@. Não e5iste indi-4duo isolado Bue este)a emD 5iste ainda uma $alsa
trans$er*ncia negati-a, #or e5em#lo, nos indi-4duos de se5o masculino ;#ara com o
tera#euta de se5o masculino<, Bue 8 sinal de uma ?coertura@ ed4#ica.

"0

A grati$ica'ão tera#*utica #ela su#era'ão de uma condi'ão de trans$er*ncia ;ou


de resist*ncia< de-e ser com#artilada e não a-aliada em en$oBue sadomasoBuista.
A -egetotera#ia 8 uma tera#ia emocional, e as emo'es não são nomes sonoros
ou Buantidades mensurá-eis, mas um sentir enraiCado no cor#o.
(a4 a im#ortância da intera'ão tera#euta/#aciente a $im de ?sentir@7 isso
signi$ica, es#ecialmente #ara o tera#euta, a im#ortância de amar a si mesmo7 caso
contrário, dominando os con$litos emocionais, ele os derramará sore o #aciente.
Portanto 8 indis#ensá-el uma emoti-idade não congelada, #ara ?sentir@ )unto com o
 #acienteD
Mma oa tera#ia 8 arte e não t8cnicaD
1=< Riscos #ara o tera#euta 9 todas as tera#ias e t8cnicas tera#*uticas Bue traalam
com ou sore o cor#o lidam, em Qltima análise, com a energia -ital do #aciente.
Saemos, #ela orgonomia ;e tam8m #elo #ensamento oriental<, Bue essa energia #ode
assumir, em rela'ão s #atologias, uma conota'ão negati-a ;(OR<, ca#aC de e5ercer má
in$lu*ncia sore o amiente e sore o tera#euta. Por isso, 8 o#ortuno #re-enir e-entuais
danos causados #ela energia negati-a, e #ara isso considero Qtil colocar um ioniCador no
amiente de traalo. Serrano escre-e: ?m maior ou menor medida, segundo as
condi'es de traalo e do tera#euta, se #roduCem sintomas relacionados com a doen'a,
do (OR e, #arado5almente, enBuanto o #aciente tende  -ida, nós -amos em dire'ão 
morte@.
Por isso, #enso Bue de-emos ser conscientes da necessidade de #re-enir esse
$en6meno e utiliCar meios Bue, $uncionalmente, nos d*em a #ossiilidade de
metaoliCar o (OR e mantenam nossa ca#acidade de carga energ8tica. ntre essas
medidas, )ulgo im#ortante detalar:
a< -entila'ão #ermanente do amiente de traalo, se)a com as )anelas aertas e com
uso de um -entilador, se)a com a utiliCa'ão de ar/condicionado7
 <  noite, are)ar ou la-ar as rou#as utiliCadas no traalo, em como os len'óis usados
no di-ã dos #acientes7
c< ingerir muito l4Buido. L. Ra#ael $ala em módicas doses de eida alcoólica7
d< ao $im de um dia de traalo, $aCer e5erc4cios ao ar li-re, ou caminar a#ós tomar um
 ano7

"2

e< eliminar do amiente o uso de relógios de BuartCo, em como $ontes eletromagn8ticas
ou de raios ]7
$< utiliCar o ORAL ;acumulador org6nico< sem (OR ou mesmo o (OR/uster7
g< $aCer #asseios: ?na natureCa@, com anos em áreas montanosas e utiliCar argila7
< ou-ir um ti#o de mQsica $iltrada ou com sonoridades orientais7 i< usar #eriodicamente
a sauna ou a câmara de isolamento sensorial ;L.A.S.<7
 )< seguindo o conselo de Na-arro, se ti-ermos -ários #acientes com caracter4sticas
(OR, distanciá/los durante o dia ou atender um #or dia, dei5ando o inter-alo de tem#o
 #ara #ermitir metaoliCar o (OR7
H< ter, #eriodicamente, rela'es se5uais satis$atórias7
l< comer #ouco nos dias de traalo ou ingerir alimentos com ai5o teor em calorias e
idratos de carono7
m< continuar, de tem#os em tem#os, a -egetotera#ia #essoal, #or toda a -ida7
n< realiCar tudo o Bue #ossa ser ?-ital@ #ara um tera#euta ;#intar, tocar um instrumento
etc.<.
Para concluir, lemro Bue o #ior tera#euta 8 o tera#euta morto: #ortanto, o
 #rinci#al e mais im#ortante #aciente de BualBuer tera#euta 8 ele #ró#rio.

"!

Os actings, rea'es e ad-ert*ncias

Para a recu#era'ão $uncional/$isiológica dos sete n4-eis cor#orais identi$icados


 #or Reic no cor#o umano, a -egetotera#ia utiliCa di$erentes actings.
O acting não 8 um e5erc4cio mecânico, de ginástica, como se costuma acreditar,
mas a #ro#osta de uma a'ão dinâmica, intencional, Bue o #aciente realiCa com
en-ol-imento de sua neuromuscularidade.
Os actings dos tr*s #rimeiros n4-eis ;em de$inidos #or . Origlia como n4-eis
 #r8/genitais< t*m a #eculiaridade de solicitar todos os ner-os cranianos, $a-orecendo sua
a'ão #arassim#aticot6nica.
Eais actings serão detalados mais adiante como res#ecti-o signi$icado
 #sicodinâmico e serão e5#ostas as #rinci#ais rea'es es#ec4$icas e a/rea'es
emocionais Bue #odem #ro-ocar. O mesmo será $eito #ara os actings de todos os outros
n4-eis.
Os actings dos dois #rimeiros n4-eis são actings de motilidade. Os do terceiro
n4-el sãoactings de eBuil4rio dinâmico, como #assagem aos actings de moilidade,
es#ec4$icos dos n4-eis sucessi-os.
Vamos tratar aBui das rea'es gerais aos actings ;$alaremos mais adiante das
es#ec4$icas a cada um deles<, ligadas  ati-a'ão do sistema neuro-egetati-o, assinalando
Bue como os n4-eis são cont4guos e cont4nuos, o traalo em um n4-el es#ec4$ico,
muitas -eCes, en-ol-e aBueles situados aai5o e acima. Por esse moti-o, o tera#euta
de-erá estar atento, durante a realiCa'ão de um acting, ao Bue #uder oser-ar #or conta
dos n4-eis cont4guos.
(urante a realiCa'ão do acting, o #aciente 8 con-idado a não -eraliCar, #ara
 #ermitir Bue ca#te as sensa'es e e-ite o contato entre mãos, )oelos e #8s, #ara não
 #ro-ocar um ?curto/circuito@ energ8tico aseado na lei $4sica sore a $un'ão das
?#ontas@.

"%

O acting tem um tem#o #ró#rio, Bue de-e ser res#eitado, #ara #oder ?entrar@ no
acting. (e-e ser realiCado em sil*ncio, res#irando normalmente.
O tera#euta só inter$ere se uma rea'ão $or insu#ortá-el #ara o #aciente. U
o#ortuno lemrar Bue a tem#eratura do amiente de traalo não de-e ser in$erior a +0X.
(e-e/se assinalar Bue todos os actings do ++ n4-el ;oca< contriuem #ara a
moiliCa'ão do ma5ilar, cu)a im#ortância $oi destacada #or Reic em seu Análise do
caráter.
As rea'es gerais mais $reBentes são:
1< Lalor 
+< Frio
"< Suor Buente e $rio
0< Ruor 
2< PalideC
!< s#irrar 
%< >oce)ar 
<Eossir 
< Náusea e -6mito
1=< edo ou temor 
11< Sonol*ncia
1+< Lorar ou lacrime)ar 
1"< ?Sensa'ão@ do n4-el
10< 5cita'ão se5ual
12< Vira'es musculares ou tremores
1!< o-imentos #eristálticos
1%< (ores musculares ou cãiras
1< Zesita'ão ou #er#le5idade
1< Vontade de urinar 
+=< Lansa'o
+1< Ansiedade ou angQstia
++< EristeCa
+"< Parestesias
+0< Sensa'es nos calcanares
+2< Sensa'es nos loos do ou-ido
+!< Sensa'ão de le-itar 
"

+%< Sensa'ão de unidade cor#oral


+< Sensa'ão de aandono agradá-el ou sensa'ão de cair 
+< Sensa'ão de ?rid4culo@
"=< Sensa'es contrastantes nas metades su#erior e in$erior do cor#o.

Algumas dessas rea'es são es#ec4$icas de determinados n4-eis cor#orais.


U im#ortante Bue, durante a realiCa'ão do acting, o #aciente mantena a#osi'ão,
deitado no di-ã, com as #ernas doradas, #8s a#oiados.
A aus*ncia de sensa'ão relatada #elo #aciente a#ós realiCar um acting, se
reiterada, al8m de #oder ser uma resist*ncia, 8 tam8m sinal da estrutura #sicológica do
indi-4duo. Pela e5#eri*ncia cl4nica, #udemos oser-ar Bue, geralmente:
a< o indi-4duo com nQcleo #sicótico ?sente@, mas não -eraliCa7
 < o indi-4duo orderline ?não sente@ e não -eraliCa7
c< o indi-4duo #siconeurótico ?não sente@, mas -eraliCa7
d< o indi-4duo neurótico ?sente@ e -eraliCa.
Outra ad-ert*ncia #ara o tera#euta 8 a de oser-ar como o #aciente $ica no di-ã,
se deitado tranBilamente ou se suas mãos e #8s $icam ?agarrados@ ao so$á.
m -egetotera#ia tam8m á rea'ão de ?$uga@ do #aciente, Bue geralmente se
-eri$ica no traalo com os olos ou com o dia$ragma7 a #rimeira #orBue o indi-4duo
não 8 ca#aC de tolerar a ?e5#ressão@ da emo'ão/medo, ligada aos olos7 e a segunda
 #orBue o traalo com o dia$ragma ataca o masoBuismo, e um ?om@ masoBuista não
tem realmente a inten'ão de sarar, então -ai saotando a e-olu'ão da sua tera#iaD
Outra rea'ão de $uga está associada ao traalo como #esco'o, o narcisismo7
mas, neste caso, 8 o tera#euta o res#onsá-el #ela $uga do #aciente, se atacar, direta ou
 #recocemente, o seu narcisismo. Lae lemrar Bue o narcisismo 8 um mecanismo de
de$esa Bue o #aciente de-e aandonar gradualmente. Voltaremos ao assunto.
 Nunca se de-e #ro#or ao #aciente um acting do n4-el #recedente Buele em Bue
 )á se ?traalou@ na mesma sessão7 isso será $eito na sessão seguinte, #ara res#eitar o
tra)eto da circula'ão energ8tica, da cae'a #ara os #8s.
A ad-ert*ncia mais im#ortante 8 a de res#eitar a #assagem de um acting ao seguinte, só
Buando o #rimeiro ti-er alcan'ado um resultado satis$atório, dissol-endo um loBueio,
 #ara e-itar Bue se $orme um ganco. anco 8 a #ersist*ncia de um loBueio, em um
n4-el não traalado e5austi-amente, Bue #ersistirá, intratá-el, mesmo se o #aciente
re#etir o #rocedimento tera#*utico.

"

A Qnica e5ce'ão #ode ser a resist*ncia ao traalo com os olos, Bue #oderá ser 
su#erada Buando se cega ao #esco'o ;de$esa narc4sicaD<7 8 #or isso Bue os actings dos
dois #rimeiros n4-eis de-em ser re#etidos )unto com os do #esco'o, como -eremos
adianteD

0=

As a/rea'es emocionais
Para com#reender as rea'es emocionais Bue #odem ser #ro-ocadas #or um
acting, 8 necessário a#ro$undar gloalmente o conceito de emo'ão.
Antes de BualBuer coisa, diga/se Bue a am#lia'ão do cam#o semântico de
?emo'ão@, ?a$eto@ e ?sentimento@ tem como conseB*ncia Bue, muitas -eCes, esses
conceitos se con$undem ou se sore#em.
A -egetotera#ia traala #ara reconstruir, de maneira $uncional, o
desen-ol-imento #sicoa$eti-o do indi-4duo e, #ortanto, traala #rinci#almente com as
emo'es. Re-endo a iliogra$ia das emo'es e a$etos, res#onsá-eis #elo
com#ortamento, 8 o#ortuno este longo #reâmulo antes de descre-er as a/rea'es
emocionais em geral ;#orBue o es#ec4$ico será descrito )unto com a sistemática dos
actings< e o #ensamento #ós/reiciano sore a #sicodinâmica desses conceitos.
Para isso, 8 #reciso #artir da de$ini'ão de instinto. O instinto de conser-a'ão da
-ida 8 Qnico, mas ele se e5#ressa de -ários modos.
O instinto não 8 uma modalidade de res#osta, como considera Iarren, mas uma
ati-idade ;não um com#ortamento, como #ensa Zilgard< Bue tende  $un'ão da -ida.
Lomo assinalou Reic, a -ida não tem o)eti-os, ela $unciona. &sso signi$ica Bue
a -ida 8, o de-ir 8, mesmo se a#arentemente #arece um #rogresso tem#oral. O tem#o 87
nossa limita'ão umana le-a a $alar de $uturo7 o $uturo não e5iste, e5iste um cont4nuo e
 #rogressi-o #resente ;o instante $ugaCD< ligado ao Losmo, ao Mni-erso Bue sem#re
e5istiu e sem#re e5istirá, como reitera a lei de Ja-oisierD

01

A teoria do >ig >ang 8 uma e5#lica'ão umana muito elegante, mas, antes do
>ig >ang, o Bue a-ia\  isso Bue e5istia, como e #or Bue e5istia\ ssa tautologia #ode
ser su#erada considerando/se o $en6meno -ida como uma mani$esta'ão do e no Losmo,
Bue se -eri$ica em eBuil4rio dinâmico, e #ortanto, energ8tico, como oser-aram
Prigogine, Frlic, (a-ido- e outros7 uma reciclagem energ8tica.
O atual ?momento@ umano 8 realmente um momento na istória, ou se)a, no
tem#o, do Mni-ersoD A #osi'ão esot8rica 8 el4ssima, $ascinante, e5#lica tantas coisas,
mas continua sendo um #roduto do Zomem, certamente não Qnico e soCino no
Mni-erso. Não saemos aonde a e-olu'ão umana conduCirá: o neo#alium tem Conas
?mudas@, Bue um dia ?$alarão@ e modi$icarão o omem atual7 como, em Bu*, não
 #odemos diCer. &sso e5ige Bue o omem este)a aerto e dis#on4-el #ara acreditar,
-eri$icando tudo o Bue 8 #ro#osto, dos OVN&S  e5tra/sensorialidade, mas sem cair no
misticismo ou no mecanicismoD
A caracter4stica de todo ser -i-o ;#lanta ou animal< 8 a sensiilidade, cu)a
mani$esta'ão $undamental 8 o instinto, Bue realiCa as condi'es de estailidade com
$en6menos de $eedacH. A sensiilidade, em uma ace#'ão mais am#la, 8 res#onsá-el
 #elo sentimento, Bue, #or sua -eC se mani$esta como a$eto ou como emo'ão. Pode/se
$ormular a i#ótese de Bue o instinto, Buando solicitado ;e de#ois e5#resso< do interior,
 #roduC sentimentos com moti-a'es a$eti-as7 Buando solicitado do e5terior, #roduC o
sentimento da emo'ão, Bue 8, #ortanto uma rea'ão. O sentimento 8, #ortanto, um
?sentir@ em distinto da cogni'ão e da -oli'ão, 8 um estado a$eti-o indeterminado, Bue
 #ro-oca um estado de necessidade: 8 a tradu'ão su)eti-a da Buantidade de energia
 #ulsional, Bue ;Freud< #ode so$rer con-ersão, deslocamento, trans$orma'ão, #ois
determina um estado de necessidade. &sso signi$ica Bue 8 uma ati-idade energ8tica
l4mica ;Bue estimula as $un'es re#tilianas< nos animais de sangue Buente. Nos outros
animais não á sentimentos, mas a#enas um estado de alarme, como res#osta instinti-a
da ati-a'ão do c8rero re#tiliano. Segundo a teoria das emo'es de ames/Jange, o
resultado direto da #erce#'ão do o)eto/est4mulo determina as e5#resses e as
modi$ica'es somáticas, e a sensa'ão dessas modi$ica'es 8 -i-enciada como emo'ão.
Mma con$usão conceitual ocorre Buando se de$ine a a$eti-idade como
ca#acidade de e5#erimentar sentimentos e emo'esD
A #artir do traalo de Prigogine e de sua escola sore a energia dos sistemas
 iológicos, Bue de-em ser dissi#ati-os, Fr^lic estudou as oscila'es eletr6nicas
de-idas aos momentos de des#olariCa'ão das mol8culas de mat8ria -i-a.

0+

As ondas eletr6nicas, descritas #or Fr^lic, Bue regulam as rea'es ioBu4micas de um


organismo e controlam o soma, Buando #erceidas su)eti-amente, coincidem com a
mani$esta'ão de uma emo'ão: todo cor#o -i-o 8 um sistema aerto, os outros cor#os
são sistemas $ecados.
Guanto s emo'es, digamos desde )á Bue os #sicólogos da Mni-ersidade de
&llinois ;MA< recoleram Buase seiscentos termos di$erentes em ingl*s #ara elas. Visto
Bue o -ocaulário 8 tão rico, 8 o#ortuno distinguir Buais são as emo'es #rimárias e
Buais as emo'es secundárias, Bue delas deri-am.
Eal como $oi e5#osto na teoria de (arTin, no desen-ol-imento e e5#ressão
emoti-a, 8 $undamental o #rinc4#io de o#osi'ão e de ant4tese. Mma emo'ão, o-iamente,
não #ode ser neutra7 será então agradá-el ou desagradá-el, #ositi-a ou negati-a.
mo'es #rimárias, #ositi-as ou negati-as, são o #raCer ou o medo, Bue são
e5#ressos $isiologicamente nas $un'es neuro-egetati-as do sistema #arassim#ático e
do sim#ático.
O #rinc4#io de ant4tese e5#lica #or Bue uma emoti-idade e5cessi-a limita a
a$eti-idade, enBuanto uma a$eti-idade e5cessi-a limita a emoti-idade.
As emo'es são e5#ressão de uma rea'ão, e os a$etos são e5#ressão de
moti-a'es, se considerarmos os sete n4-eis cor#orais identi$icados #or Reic, #odemos
situar esses sentimentos do seguinte modo:

13 n4-el ;olos, ou-idos, nariC<


mo'ão: 1< alarme +< medo "< terror 0< #ânico7
A$eto: 1< sur#resa +< es#anto "< emara'o 0< desorienta'ão.
+3 n4-el ;oca<
mo'ão: 1< como'ão +< no)o "< gosto 0< se#ara'ão 2< agressi-idade7
A$eto: 1< de#ressão +< ressentimento "< rai-a 0< a#ego 2< de#end*ncia.
"3 n4-el ;#esco'o<
mo'ão: 1< aandono +< medo de cair "< medo de morrer 0< inii'ão7
A$eto: 1< sim#atia +< anti#atia "< interesse 0< orgulo 2< isolamento.
03 n4-el ;tóra5<
mo'ão: 1< nostalgia +< ira "< angQstia7
A$eto: 1< tristeCa +< solidão "< $elicidade 0< amor/ódio 2< incerteCa !< ami-al*ncia.

0"

Lom ase no signi$icado io#sicológico de todos esses sentimentos, #ode/se


diCer Bue a emo'ão 8 $ilogen8tica, enBuanto o a$eto 8 ontogen8tico.
sse longo te5to #reliminar, antes de tratar das a/rea'es emocionais, 8 #ara
en$atiCar a im#ortância da -egetotera#ia como m8todo #sicocor#oral, enBuanto a análise
caracterial, soCina, 8 um #rocesso intelectual Bue não desloBueia as emo'es
ancoradas no cor#o ;acoson/>uscaino<. O controle racional das emo'es le-a 
angQstia, Bue muitas -eCes se mani$esta como angQstia e5istencial, tão@celerada@ #or 
certos $ilóso$os. U om lemrar o Bue diCia S#inoCa: ?O conecimento intelectual só
conduC  e-olu'ão e ao #rogresso se ou-er tam8m conecimento a$eti-o@. Não 8
 #oss4-el Bue um indi-4duo #ossa #ensar dis#ensando o cor#o e e5#erimentar emo'es
Bue não in-adam a consci*ncia7 a se#ara'ão eBui-ale ao conecimento mecanicista. U
e-idente, nesse caso, a dial8tica entre o omem e o amiente...
(e tudo Buanto $oi dito, $ica claro Bue as a/rea'es emocionais, em
-egetotera#ia, -eri$icam/se com a incid*ncia dos actings nos n4-eis cor#orais
es#ec4$icos. las serão descritas ao tratarmos dos actings.

23 n4-el ;dia$ragma<.
mo'ão: l< angQstia +< ansiedade7
A$eto: 1< ostilidade +< serenidade.
!3 n4-el ;ad6men<
mo'ão: 1< agita'ão +< deses#ero
A$eto: 1< dor +< cólera
%3 n4-el ;#8l-is<
mo'ão: 1< e5cita'ão +< a#ego "< #raCer 0< destruti-idade7
A$eto: 1< #ot*ncia +< moralismo/re#ressão "< autoritarismo.

00

Os sonos em -egetotera#ia

O training tera#*utico em -egetotera#ia sem#re acontece de olos aertos7 e


isso, al8m da im#ortância de res#eitar o ?aBui e agora@, tam8m #orBue, es#ecialmente
Buando se traala no #rimeiro n4-el, dá ao #aciente a #ossiilidade de entrar em
contato com seus $antasmas e suas $antasias.
Podemos com#arar os $antasmas aos #esadelos e, as $antasias, ao as#ecto@de
$ilme@ dos sonos de olos $ecados ;e, s -eCes, de olos aertosD<.
O tera#euta Bue conece a #sicodinâmica não tem di$iculdade #ara ?ler@, durante
a -eraliCa'ão, o signi$icado desses $antasmas ou $antasias7 #or isso, e-entuais sonos
do #aciente, relatados na sessão, serão le-ados em considera'ão somente se ti-erem
$orte carga emocional. as Buando a tera#ia cega ao desloBueio do 2+ n4-el ;o
dia$ragma, Bue 8 o mQsculo mais #ro$undoD<, os sonos do #aciente de-em ser le-ados
em considera'ão.A inter#reta'ão reiciana dos sonos tem as#ectos di$erentes da
$reudiana ou )unguiana, #orBue 8 #reciso relacionar o conteQdo do sono ao Bue o
cont8m, ou se)a, ao eu cor#oral.
Saemos Bue os animais tam8m sonam, mas só o omem, como animal
ó#tico, 8 ca#aC de simoliCar. O s4molo 8 a intelectualiCa'ão do sono, e tem a
 #eculiaridade de ser #essoal, ou se)a, cultural.
Mma oser-a'ão: os nossos sonos ;de olos $ecadosD< são ?iluminados@, e sua
luC 8 a nossa luminesc*ncia energ8tica interior.
Sore o sono ?reiciano@, de-e/se diCer Bue a iliogra$ia não registra, at8 o)e,
nenuma literatura a res#eito. Zá somente um traalo, da tera#euta #aulista . elo,
Bue aco muito -álido e do Bual re#roduCo oa #arte, a seguir:

02
O sono 8 um instrumento im#ortante em BualBuer #sicotera#ia. Na
-egetotera#ia, ele #ode tornar/se es#ecialmente Qtil #ara acelerar e a#ro$undar o
 #rocesso tera#*utico. A -egetotera#ia torna a #essoa sens4-el e consciente de seu
cor#o, de suas tenses e #osturas, assim como dos signi$icados emocionais de
tudo isso.
_ medida Bue os loBueios energ8ticos -ão sendo dissol-idos,
 #ossiilitando o $luir da energia #elo cor#o, ocorre um du#lo #rocesso
con-ergente. (e um lado, á desestrutura'ão, decorrente da desorganiCa'ão da
estrutura neurótica #ree5istente: o desmonte das de$esas do caráter #ro-oca
deseBuil4rio momentâneo. Loncomitantemente a essa desorganiCa'ão, ocorre
um $orte #rocesso de elaora'ão, de integra'ão e de rea)uste das no-as de$esas:
no n4-el #sicológico, o ?eu@ -ai $ortalecendo/se e admitindo no-os conteQdos,
tornando/se mais arangente7 no n4-el cor#oral, -ão ocorrendo #ro$undas e, s
-eCes, at8 drásticas trans$orma'es, Bue se re$letem na condi'ão geral do
organismo, na mudan'a do t6nus muscular, na dissolu'ão de tenses musculares,
na colora'ão da #ele, na tem#eratura do organismo etc. , como era de se
es#erar, tudo isso acaa re$letindo/se diretamente na #ostura cor#oral, Bue está
intimamente relacionada com a condi'ão muscular e com a situa'ão energ8tica
do organismo. Re$lete, #ortanto, o caráter.
Os sonos, alguns de modo es#ecial, são não somente indicadores
 #recisos desses #rocessos, mas constituem tam8m, eles #ró#rios, a $orma de
elaora'ão, integra'ão e, s -eCes, de desloBueio #ro#riamente dito.
FreBentemente, o #rocesso de desloBueio de um dado n4-el, acionado na
sessão tera#*utica, continua e se com#leta no momento do sono, em um
mo-imento natural do organismo em usca da saQde.
O sono #ro#icia um rela5amento muscular maior do Bue aBuele Bue 8
mantido #elo organismo durante o estado de -ig4lia. s#ecialmente no sono
R, $ase do sono em Bue ocorrem os sonos e Bue se caracteriCa #or certo ti#o
de ondas cererais acom#anadas #or rá#idos mo-imentos dos olos. Nessa
$ase, á um estado de grande rela5amento muscular, do #onto de -ista do t6nus e
do mo-imento, emora, so outros as#ectos, a)a muita ati-idade. Os olos, #or 
e5em#lo, agitam/se como se acom#anassem a a'ão do sono. FreBentemente,
a #essoa -ai se e5citando  medida Bue o enredo do sono se desen-ol-e. Sua
res#ira'ão #ode acelerar/se e o cora'ão dis#arar, emora o resto do cor#o
 #ermane'a imó-el. m R, ocorre alta e5cita'ão aut6noma, cereral e ocular,
ao mesmo tem#o em Bue á uma imoilidade e.rela5amento muscular. Andar e
$alar dormindo, geralmente, ocorrem em outra $ase do sono, a $ase +, em Bue não
á sonos.
_ medida Bue a #essoa entra em sono R e come'a a sonar, seus
 loBueios energ8ticos tendem ao rela5amento #arcial, dentro dos limites de sua
estrutura caracterológica, #ermitindo um maior $lu5o energ8tico. A um certo
momento, a #assagem da energia #ode ser interrom#ida ou di$icultada #or um
 loBueio mais $orte e Bue, #or isso, não este)a cedendo ao rela5amento natural
 #ro#iciado #elo sono. ssa situa'ão 8, então, re#resentada e elaorada no #ró#rio
conteQdo do sono.

0!
(essa $orma, o sono $ornece um@ma#a@ da situa'ão energ8tica e dos loBueios
do sonador7 mostra os loBueios e sua atual condi'ão7 indica, tam8m, os
n4-eis em Bue tais loBueios )á estão traalados e dissol-idos. La#tar tais
?dicas@ $ornecidas #elos sonos, traduCi/las em linguagem corrente e inter#retá/
las #ermite o má5imo a#ro-eitamento desse recurso natural de crescimento
 #essoal. O inconsciente e toda a #ersonalidade, em seus -ários as#ectos,
$ornecem #istas, indicam sa4das, a#resentam análises e s4nteses criati-as.
A tera#ia reiciana, ao desloBuear a energia nos -ários n4-eis do cor#o,
are #ossiilidades de no-as integra'es da #ersonalidade. Are es#a'os no-os
em Bue no-as s4nteses ra#idamente se a#resentam. Mma -eC desorganiCadas as
res#ostas neuróticas e estereoti#adas do indi-4duo, um -aCio, s -eCes inc6modo,
mas sem#re rico, se $aC. As res#ostas neuróticas estereoti#adas determinam
 #osturas cor#orais estruturadas, Bue, #or sua -eC, mant*m os loBueios e,
 #ortanto, o eBuil4rio neurótico, #or meio das tenses cr6nicas.
Os sonos #odem ser a#ro-eitados como instrumentos tera#*uticos #ara
$acilitar mudan'as #osturais rá#idas e consistentes com o #rocesso de mudan'a
da #ersonalidade. As mudan'as #osturais, #or sua -eC, #romo-em e re$letem o
desloBueio energ8tico de cada n4-el. O sono, $reBentemente, indica a@ora
certa@ de mudar de #ostura e, tam8m, Buais as #artes do cor#o e os mQsculos
en-ol-idos em uma determinada atitude de -ida. Analisarei adiante alguns
sonos, #ara esclarecer esses conceitos.
Se estamos $alando de #osturas cor#orais, estamos, 8 claro, $alando de
atitudes.  Qtil, então, $aCer uma re-e re$le5ão a res#eito disso.
Lomo disse antes, as atitudes, como #osturas na -ida, tam8m são
 #osturas cor#orais. Mma mudan'a de atitude im#lica trans$orma'es em tr*s
n4-eis: mental, emocional e cor#oral. No n4-el da mente, 8 im#ortante Bue se)am
localiCadas e e5#licitadas as imagens associadas Buela atitude Bue se dese)a
trans$ormar. U nesse momento Bue surgem as ?#ersonagens@ incor#oradas #or 
meio dessa atitude. uitas -eCes, essas #ersonagens são inconscientes e
re)eitadas #elo ego consciente. No n4-el das emo'es, os sentimentos ligados a
uma dada atitude #recisam $aCer/se #resentes e claros. , no n4-el cor#oral, 8
$undamental entender e localiCar a organiCa'ão muscular es#ec4$ica en-ol-ida
nas res#ostas geradas #or tal atitude.
Promo-er o desloBueio energ8tico dos -ários n4-eis do cor#o signi$ica
trans$ormar a #ersonalidade e, #ortanto, o cor#o. udan'as #osturais -ão
ocorrendo de $orma natural, emora, muitas -eCes, dramáticas #ela ra#ideC do
 #rocesso. Os sonos #odem #re#arar e $acilitar essas trans$orma'es nos tr*s
n4-eis: emocional, mental e $4sico.Ao mesmo tem#o, uma mudan'a de #ostura
 #romo-e e $acilita no-os desloBueios de no-os n4-eis, ao #ermitir o
rela5amento muscular e, #ortanto, #assagem e $lu5o de energia #ara no-os
n4-eis. No-as #osturas geram no-os sonos, Bue uscam com#letar o camino
energ8tico, desloBueando o cor#o, arindo no-as #ossiilidades. m s4ntese, os
sonos e seus conteQdos re$letem a istória e as Buestes atuais do cor#o e da
 #ersonalidade.
Situa'es in$antis estressantes dei5am suas marcas no cor#o so $orma
de tenses cr6nicas. Eais tenses limitam nossas res#ostas a cada momento da
-ida, condicionando nossa $orma t4#ica de res#onder, nossas #osturas cor#orais,
 #os turas diante da -ida, estilo de -ida. ABuilo Bue nos amea'ou no in4cio da
-ida continua amea'ando/nos o)e, como se o tem#o não ti-esse #assado, #or 
meio desse #rocesso armaCenado no organismo. Eais tenses determinam o
conteQdo latente do sono, do Bual $ala Freud.

0%

O sono #romo-e um rela5amento #ro$undo. A medida Bue o cor#o -ai


rela5ando, a energia -ital tende a $luir mais li-remente, at8 encontrar uma tensão
maior Bue o$ere'a resist*ncia. Lria/se, então, um con$lito $4sico, Bue a#arece de
alguma $orma nos s4molos do sono. O conteQdo do sono corres#onde a uma
tentati-a de o organismo elaorar o con$lito e, assim, #romo-er a dissolu'ão do
 loBueio Bue im#ede a #assagem de energia. _s -eCes, essa tentati-a 8 em/
sucedida e o loBueio cede, #ro-ocando sensa'es agradá-eis, integradoras.
Outras -eCes, isso não ocorre, e sore-*m ansiedade e sensa'es desagradá-eis,
caracteriCando assim o sono Bue 8 camado de #esadelo.

0

Actings es#eciais

 Na nossa metodologia da -egetotera#ia, á dois actings es#eciais #or sua


a#lica'ão: o acting das ?caretas@ e aBuele Bue, na g4ria da nossa scola, camamos de
?gato@ ;um ti#o de res#ira'ão nasal<.
U o#ortuno, a cada -eC Bue realiCar um acting ocular, #ro#or ao #aciente Bue
$a'a, #or uns dois minutos, todas as ?caretas@ Bue conseguir, ou se)a, estimulando os
mQsculos m4micos7 isso #ermite uma distriui'ão da energia em todo o rosto e, em
es#ecial, liga energeticamente o #rimeiro n4-el ao segundo.
O acting do ?gato@ consiste em ins#irar #elo nariC, de oca $ecada, e em
seguida e5#irar #elo nariC, mostrando os dentes, sem a#ertá/los7 $aCer uma #ausa e
re#etir7 o ?gato@ tam8m de-e ser $eito #or uns dois minutos.  uma res#ira'ão nasal,
so#rando, com a m4mica agressi-a de um $elino, Bue se re$lete no n4-el do ad6men, o
n4-el Bue #recede o s8timo ;o da genitalidade, da #8l-is<.
sse acting trans#orta a energia na dire'ão da #8l-is e, na nossa metodologia,
desde Bue se come'a o traalo com o segundo acting ;olos/oca<, de-e ser #ro#osto
no in4cio de cada sessão, durante toda a tera#ia, como detalaremos adiante.
A introdu'ão do acting do@gato@, Buando se #ro#e ao #aciente o segundo
acting, dos olos e oca, tem a seguinte moti-a'ão: todos os mam4$eros, imediatamente
a#ós o nascimento, se agarram ao seio materno, localiCado #elo ol$ato7 só o omem
?ci-iliCado@, de-ido a um #reconceito cient4$ico gra-4ssimo, 8 se#arado da mãe e tem de
es#erar mais ou menos +0 oras #ara iniciar o aleitamento. Neste momento, ele #oderá
$inalmente acionar o ol$ato em rela'ão ao uso do ico do seio.

0

&sso signi$ica Bue, -oltando a #ercorrer, com a -egetotera#ia, as $ases do


desen-ol-imento #sicoa$eti-o, 8 necessário res#eitar aBuilo Bue, in$eliCmente não
aconteceu ao indi-4duo no come'o da -ida, #ara #ermitir Bue re-i-encie seus estados
emocionais.
Lomo -eremos, o acting do ?gato@ durará mais tem#o nas Qltimas sesses da
tera#ia, como coad)u-ante ao a#arecimento do re$le5o do orgasmo.
2=

Os actings das #rimeiras sesses: ou-idos/olos/oca

Para melor com#reensão da metodologia, daremos a seguira descri'ão dos


actings, com as e5#lica'es inerentes a eles, como ocorre sistematicamente em uma
tera#ia: #rogressi-amente.
O Bue se descre-e a #artir daBui 8 uma indica'ão esBuemática, o m4nimo #ara
um traalo tera#*utico, #ois, e-identemente, os actings de cada sessão de-em ser 
re#etidos enBuanto o #aciente não mani$estar rea'es #ositi-as, isto 8, sensa'es
agradá-eis.
Os actings das duas #rimeiras sesses merecem uma descri'ão #articular, na
medida em Bue su#em a -i-*ncia da #assagem do #aciente da condi'ão $etal 
neonatal.

Primeira sessão
(e#ois da massagem no cor#o ;Bue de-e ser $eita sem#re no sentido da cae'a
 #ara os #8s<, o #aciente 8 con-idado a $icar deitado, com as #ernas doradas e os #8s
 em a#oiados no di-ã, recomendando/se Bue, durante toda a dura'ão da tera#ia, ele não
 )unte os #8s, nem os )oelos, nem as mãos ;#ara res#eitar a@lei $4sica das #ontas@,
e-itando o curto/circuito energ8ticoD<.
 No amiente em #enumra, o tera#euta, sentado s costas do #aciente, a#óia
suas mãos ?em conca@ sore as orelas dele. (urante o acting, Bue dura 12 minutos, os
olos do #aciente $icarão $ecados. Passados 12 minutos, as mãos são tiradas, de-agar, e
o tera#euta, sentado ao lado, #ergunta ao #aciente Buais as sensa'es Bue e5#erimentou,
e de#ois ?se alguma coisa le #assou #ela mente@ e se o acting $oi agradá-el ou
desagradá-el.

21

Signi$icado deste acting e rea'es: a #ri-a'ão sonora e luminosa #arcial coloca o


 #aciente em uma condi'ão mais ou menos semelante  $etal.As mãos em conca sore
os ou-idos, $reBentemente, #ro-ocam a mesma sensa'ão Bue se tem encostando ao
ou-ido uma conca grande, como o ?arulo@ do mar ;o $eto está imerso no l4Buido
amnióticoD<.
Se, com esse acting, o #aciente ti-er uma sensa'ão de mal/estar e não de
tranBilidade, 8 e-idente Bue a sua -ida $etal não $oi agradá-el7 muitas -eCes, neste
caso, o #aciente a#óia as mãos na região umilical, con$irmando o mal/estar -i-ido na
região da ?grande #rimeira oca@, con$orme a inter#reta'ão da Psico#atologia $uncional.
 e-idente e ó-io Bue, nesse caso, á um nQcleo #sicótico, Bue #oderá ser muito
 ene$iciado integrando/se  -egetotera#ia um tratamento com ou-ido eletr6nico. Erata/
sede indi-4duos i#oorgonóticos, #ara os Buais 8 necessário $ornecer, #or meio das
energias -iratórias do som ;al8m de outros a#ortes energ8ticos da orgonotera#ia< uma
carga de energia a ser ?traalada@ na -egetotera#ia. GualBuer outra t8cnica tera#*utica
cor#oral dirigida  -ida $etal #ermite tomar conecimento e consci*ncia da -i-*ncia
$etal, mas não dá ao indi-4duo a energia de Bue necessita.
Eerminado esse #rimeiro acting nos ou-idos, #assa/se a e5#lorar, com a luC, a
 #sicodinâmica $uncional dos dois olos, se#aradamente, lemrando Bue o olo esBuerdo
8 ?o da mãe@ e o olo direito 8 ?o do #ai@, de-ido  di$erente $uncionalidade cruCada
dos dois emis$8rios cererais ;#ara os canotos, e-identemente, 8 o contrário<. Ea#a/se
o olo direito #ara im#edir a -isão e con-ida/se o #aciente a $itar com o olo esBuerdo,
 #or 12 minutos, a $onte luminosa de uma lanterna de olso ;ti#o ?caneta@<, sem incidir 
com o $ei5e luminoso diretamente no olo, a uma distância de +2 cm. A#ós 12 minutos,
o #aciente $aC algumas caretas e #assa/se então  -eraliCa'ão.
Re#ete/se a mesma t8cnica #ara o olo direito e, de#ois, $itando a luC com os
dois olos. As rea'es -ariam do lacrime)amento ao medo.
Signi$icado deste acting: em #rimeiro lugar, cae assinalar Bue a utiliCa'ão da
luC no traalo com os olos 8 $undamental: a $onte luminosa estimula diretamente o
mQsculo ciliar, estimula a e#4$ise, im#edindo a #rodu'ão de melatonina, e ati-a a
i#ó$ise e toda a ati-idade cortical ;estimula'ão luminosa intermitente do
eletroence$alogramaD<.

2+

O im#acto com a luC 8 o Bue acontece no nascimento, e não de-eria ser estressante ;c$.
Parto sem -iol*ncia de JeoKer<7 caso contrário ;es#ecialmente se o rec8m/nascido $oi
então se#arado da mãe at8 suir o leiteD< #ro-oca sentimentos de medo, at8 angQstia de
aandono, O rec8m/ nascido então cora, mas sem lágrimas: á um est4mulo anormal ao
coro, Bue não encontra as glândulas lacrimais #re#aradas. &sto $aC com Bue os olos
$iBuem ceios de #ranto ine5#resso, Bue 8 a causa da -isão ?$iou@ caracter4stica do
astigmatismo ;#rimário<, Bue assim se instala.Voltaremos a este assunto mais adiante. O
lacrime)amento ou coro como rea'ão ao acting de $itar a luC são rea'es en8$icas,
como a/rea'ão dessa -i-*ncia neonatal.

Segunda sessão
(e#ois de $aCer a massagem ;lemrando Bue ela de-e ser $eita sem#re no sentido
da cae'a #ara os #8sD<, o tera#euta, sentado s costas do #aciente, coloca suas mãos
aertas ;?#lanas@< sore as orelas, e5ercendo #ressão sens4-el #or 12 minutos, de#ois
tira/as $aCendo/as escorregar, #ressionando, na dire'ão do #esco'o ;lemremos Bue 8
im#ortante continuar os actings dos ou-idos sem interru#'ão, mesmo Bue o #aciente
rea)a agitando/se no di-ã ou dando sinais de re)ei'ãoD<. Procede/se então  -eraliCa'ão.
 o#ortuno reiterar Bue, em -egetotera#ia, a -eraliCa'ão tera#*utica de-e ser de ti#o
analógico e o menos inter#retati-a #oss4-el7 a inter#reta'ão 8 su)eti-a do tera#euta,
induC  racionaliCa'ão e e5#ressa uma conduta direti-aD
Signi$icado deste acting: #rocurar recriar as condi'es -i-enciadas #elo
indi-4duo no momento do nascimento, Buando a cae'a #assa #ela estreiteCa do canal
-aginal. As rea'es do #aciente nos in$ormam como ocorreu e como $oi -i-enciado o
seu nascimento.
Pessoalmente, na tera#ia #ara o ou-ido, limito/me aos actings acima descritos.
R. Sassone #ro#e, #ara os ou-idos, cinco actings, com dura'ão de 2 minutos cada:
1< a memrana: mãos le-emente a#oiadas7
+< a conca: mãos a#oiadas em conca7
"<a #ulsa'ão: mãos le-emente a#oiadas e mo-idas, simulando o mo-imento da ca#a de
medusa7
0<a se#ara'ão: mãos a#oiadas em conca, a$astando/as e -oltando a encostá/las7

2"
2< o cam#o energ8tico: mãos imó-eis, a uma distância de "/2 cm, #ara Bue o cam#o da
cae'a do #aciente sinta o cam#o das mãos do tera#euta.
Eerminado o segundo acting #ara os ou-idos, #assa/se aos dos olos e da oca.
Os actings dos olos e da oca são associados, #ois, como )á assinalei, todo mam4$ero,
ao nascer, entra naturalmente em contato com a realidade com todos os seus sentidos7 o
mesmo não ocorre com o mam4$ero omem, Bue, in$eliCmente, 8 se#arado da mãe ao
nascer. Lom o m8todo da -egetotera#ia, #rocuramos #reencer esse ?-aCio@
neuro#sico$isiológico.
Para os olos: $itar com os dois olos o #onto luminoso da lanterna, a uma
distância de a#ro5imadamente +2 cm, durante 12 minutos7 de#ois, $aCer caretas #or dois
minutos, e #osteriormente a -eraliCa'ão. A#ós a -eraliCa'ão, #ro#e/se ao indi-4duo
Bue, mantendo os olos aertos ;lemro Bue toda a -egetotera#ia de-e ser $eita de olos
aertos: aBui e agoraD<, $iBue de oca aerta durante 12 minutos7 de#ois a -eraliCa'ão.
Volta/se então aos olos, sem usar a luC: o #aciente 8 con-idado a $itar um #onto no
teto, acima de sua cae'a, durante 12 minutos7 a seguir, $aCer caretas e de#ois
-eraliCar. A#ós isso, no-amente de oca aerta #or 12 minutos, e então -eraliCa'ão.
Assim termina a segunda sessão.
Signi$icado desses actings, rea'es, -eraliCa'ão: $itar #assi-amente um #onto luminoso
de-eria ser astante $ácil #ara o #aciente ;não muito #erturadoD<: 8 estimular a olar 
;-er não 8 intencionalD< uma realidade $ora de nós, ou se)a, o outro em rela'ão a si. Se
não ou-e estresse a#ós o nascimento, não á rea'es emocionais, e este acting 8
 astante $ácil #ara o #aciente7 mas se ou-e estresse do medo, este 8 re-i-enciado com
o acting, at8 determinar o coro e, muitas -eCes, Buando á um nQcleo #sicótico
im#ortante, a rea'ão #ode ser de terror, #ânico7 neste caso, o indi-4duo de-e ser 
tranBiliCado, segurando/se sua mão, acariciando seu rosto e seu #esco'o. Mma outra
rea'ão, e5#ressão de resist*ncia, consiste em girar a cae'a, origando o tera#euta a
acom#anar com a luC os olos do #aciente 9 e o tera#euta camará a aten'ão #ara
issoD Al8m disso, #ergunta/se ao #aciente se a luC se du#licou: -er duas luCes e5#rime
tend*ncia  dissocia'ão7 a realidade 8 uma ;uma só luC<, e en5ergar uma outra signi$ica
Bue o indi-4duo, Buando sua realidade 8 #enosa, tende a criar uma realidade $ict4cia e
$antasmática #ara se com#ensar7 mas Buando ?retorna@  realidade ?real@, esta le
 #arecerá ainda #ior, de#ois de sonar com uma outra realidade.

20

eralmente, de#ois desse acting, a -eraliCa'ão 8 #ouca: não #ode a-er 


lemran'as da -i-*ncia logo a#ós o nascimento, só as sensa'es desagradá-eis e
agradá-eis $ornecem elementos de a-alia'ão.
O mesmo acting, sem luC, #ressu#e a #rocura ati-a de um #onto no teto ;Bue na
realidade não e5isteD<, Bue 8 o nosso #onto de re$er*ncia. ArBuimedes )á diCia: ?(*em/
me um #onto de a#oio e le-antarei o mundoD@. sse #onto, Bue #ara os astigmáticos
;astigma< 8 sem#re muito di$4cil de conseguir, 8, em Qltima análise, a #ro)e'ão do@nosso
 #onto@ interior: o -erdadeiro #onto de a#oio de cada um de nós de-eria ser nós mesmosD
uitas -eCes, o #aciente se Buei5a de Bue não á um #onto #ara $itar no teto7
então, 8 o#ortuno con-idá/lo a #rocurar um, ?criando/o@ e e-itando #erd*/lo. Al8m de
lacrime)amento ou de coro ;rea'es #arassim#áticas #ositi-asD<, #odem mani$estar/se a
terror ou o medo ;Bue de-em ser tranBiliCadosD< ou a -isão de imagens ou de áreas
coloridas ;o #reto signi$ica de#ressão<. (ei5aremos o #aciente $alar das imagens
?-istas@ e das lemran'as associadas a elas. Jemro uma -eC mais a im#ortância de
 #ro#or ao #aciente Bue $a'a caretas #or uns dois minutos, a#ós cada -eC Bue se traala
com os olos.
Guanto  oca aerta, 8 e-idente Bue, como os #assarinos no nino, 8 uma
atitude de es#era #ara receer alimento na oca ;sugar<, Bue #ode dar uma sensa'ão
 #enosa, #odendo #ro-ocar secura na oca ;e5#ressão sim#aticot6nica do medo< ou
lacrime)amento, at8 coro.
`s -eCes, o #aciente #ode ter sensa'ão de $ome, e, neste caso, 8 o#ortuno Bue le
se)a dado um torrão de a'Qcar.
Se a oca $icar seca, 8 o#ortuno lemrar ao #aciente Bue isso 8 sinal de medo.
(o Bu*\ Pode não a-er res#osta, #or ser uma emo'ão muito arcaica.
A#ro-eito a o#ortunidade #ara insistir Bue, #essoalmente, com ase na mina
e5#eri*ncia #ro$issional, a emo'ão ásica do medo 8 res#onsá-el #elas resist*ncias e
 #elas mani$esta'es de trans$er*ncia negati-a ;e, #or Bue não, de contratrans$er*ncia
negati-a\D<.

Eerceira sessão
Legamos assim ;teoricamente, #ois #ode a-er necessidade de re#etir os actings< 
terceira sessão. (e#ois da massagem, o #aciente con-idado a $i5ar o olar no $oco
luminoso da lanterna, a uns +2 cm de distância, #or += minutos: de#ois $ará caretas #or 
uns dois minutos, e então a -eraliCa'ão.

22

Passa/se em seguida  oca, Bue de-e ser mantida aerta #or 12 minutos7 de#ois
a -eraliCa'ão.
Volta/se então aos olos, sem usar a luC: $itar um #onto no teto, #er#endicular 
cae'a, cuidando #ara não #erd*/lo, #or += minutos7 de#ois das caretas se $aC a
-eraliCa'ão.
Volta/se no-amente  oca, aerta #or mais 12 minutos, de#ois se $aC a
-eraliCa'ão.
Eermina assim a terceira sessão, cu)o signi$icado 8 id*ntico ao da #recedente, e
cu)as rea'es e -eraliCa'ão serão re-emente esclarecidos ao #aciente, como leitura
tera#*utica dos actings.

Guarta sessão
Lom a Buarta sessão, teoricamente ;ou se)a, se não ou-e rea'es ruidosasD<
termina o #rimeiro acting #ara os olos e a oca. A sessão come'a, de#ois da massagem,
$aCendo o #aciente $itar a luC #or +2 minutos7 de#ois as caretas e a -eraliCa'ão.
Passa/se então  oca, aerta #or 12 minutos7 de#ois a -eraliCa'ão. A essa
altura, se os actings transcorreram sem di$iculdade, #rocede/ se  integra'ão energ8tico/
$uncional dos n4-eis dos olos e da oca, #ro#ondo ao indi-4duo $itar #or +2 minutos,
sem luC, o #onto no teto, de oca aerta7 de#ois, um #ouco de caretas e a -eraliCa'ão.

2!

+3, "3 e 03 actings: olos e oca

A sessão inicial do segundo acting #ara os dois #rimeiros n4-eis caracteriCa/se


 #ela introdu'ão, logo no in4cio, de#ois da massagem, do acting camado do ?gato@.
sse segundo acting da -egetotera#ia #ro#e ao indi-4duo re-i-enciar a
amamenta'ão, e como saemos #ela e5#eri*ncia do #arto sem -iol*ncia Bue o rec8m/
nascido, Buando colocado sore o cor#o da mãe, #rocura com o ol$ato o ico do seio e
logo se agarra a ele, sugando, 8 ó-io Bue a res#ira'ão nasal 8 $undamental #ara ati-ar o
ol$ato. Ati-ando o ol$ato, a res#ira'ão nasal carrega a onda energ8tica do cor#o #ara o
ad6men e a Cona genital. Não 8 #or acaso Bue a maioria dos mam4$eros ?se #rocura e
se encosta@ com #reliminares aseadas no ceiro do outro ;#ara maiores detales, c$.
te5tos do Somato#sicodinâmica e do Laracterologia #ós/reicina<. A #artir desse
momento da seB*ncia tera#*utica, o acting do ?gato@ será $eito sem#re no in4cio de
cada sessão, at8 o t8rmino da tera#ia, sendo #rolongado nas Qltimas sesses7 at8 então,
será realiCado #or + ou " minutos, sem -eraliCa'ão, a#enas #erguntando ao #aciente se
 #ro-oca sensa'es agradá-eis ou desagradá-eis.
O segundo acting, #ara os olos, com au54lio da $onte luminosa, #ro#e ao
 #aciente os mo-imentos oculares da con-erg*ncia e da acomoda'ão: con-ida/se o
 #aciente a seguir o mo-imento da luC, Bue $ica a uma distância de a#ro5imadamente +2
cm entre os olos, mo-endo/se lentamente #ara a #onta do nariC e de#ois -oltando 
 #osi'ão #rimiti-a, ritmicamente.
O mo-imento luminoso #ro-oca no indi-4duo acomoda'ão e con-erg*ncia ocular  luC,
simulando o Bue S#itC descre-e sore o rec8m/nascido Bue, sugando, ola
alternadamente #ara o rosto da mãe e #ara o seio materno ;Bue está  altura da #onta do
seu nariC<.

2%

 Na #rimeira -eC, esse acting de-e ser $eito #or 12 minutos, seguido #or caretas e
-eraliCa'ão. Na -eC seguinte, #or += minutos e, na terceira, +2 ;sem#re com a luC<.
m seguida, -em o acting da oca, Bue consiste em esticar ritmicamente os
mQsculos laiais, acting Bue simula a suc'ão, durante 12 minutos, seguido de
-eraliCa'ão.
Volta/se então aos olos ;desta -eC, sem usar a luC<, #ro#ondo ao indi-4duo $itar 
alternadamente um #onto no teto ;sem#re o mesmo, e cuidando #ara não #erd*/lo< e a
 #onta do seu nariC, com amos os olos, durante 12 minutos.7 de#ois as caretas e a
-eraliCa'ão. sse acting 8 re#etido, na sessão seguinte, #or += minutos.
_s -eCes, alguns #acientes, #ara $ocaliCar melor a #onta do nariC, durante a
con-erg*ncia sem au5ilio da luC, colocam a #onta do dedo indicador na #onta do nariC,
como Bue #ara ?alongá/lo@. Nos #acientes de se5o masculino, isso 8 sinal, con$irmado
na -eraliCa'ão, de um #rolema de adolesc*ncia ou in$ância, de acarem #eBueno o
 #ró#rio #*nis ;D<7 e #ara as #acientes, 8 sinal de in-e)a do #*nisD
O segundo acting óculo/oral 8 $undamental em -egetotera#iaD Lom ele se
elimina o estraismo, Bue 8 sem#re de origem emocional/a$eti-a, como con$irma a
-eraliCa'ão do #aciente estráico.
(e#ois do acting ati-o dos olos, a sessão termina re#etindo o acting de sugar 
;12 minutos<, seguido de -eraliCa'ão.
 Na Qltima sessão desse segundo acting, de#ois de +2 minutos #ara os olos, com
luC, e de 12 minutos #ara aoca, #rocede/se  uni$ica'ão ati-a dos dois n4-eis, #ro#ondo
ao indi-4duo oser-ar alternadamente, durante +2 minutos, o #onto no teto e a #onta do
nariC e, concomitantemente, $aCer o acting de sugar, ad-ertindo #ara conseguir ritmo e
coordena'ão entre os mo-imentos oculares e laiais. Seguir/se/ão as caretas e a
-eraliCa'ão.
Signi$icado desse acting e rea'es: como )á $oi dito, esse segundo acting #ara os
dois #rimeiros n4-eis induC a re-i-enciar a amamenta'ão. uitas -eCes, á di$iculdade
na con-erg*ncia ocular e em coordenar os mo-imentos oculares e laiais, sinais Bue
e5#rimem uma amamenta'ão #erturada ou inadeBuada. A mio#ia 8 e5#ressa #ela
di$iculdade de acomoda'ão e con-erg*ncia ocular7 #or isso, a realiCa'ão satis$atória
desse acting ocular 8 curati-a #ara a mio#ia ;de-e/se aconselar o #aciente a re#etir o
acting ocular em casa, como e5erc4cio #ara os olos, e usar óculos o menos #oss4-el,
 #ara cegar  cura da mio#iaD<.

2

A rea'ão $4sica mais comum ao segundo acting 8 o lacrime)amento e at8 o coro7 a


rea'ão #sicológica 8 um sentimento de de#ressão, #or aus*ncia de ?alguma coisa@ ;a
grati$ica'ão da suc'ão<.
Se o indi-4duo sentir $ome, d*/le um torrão de a'Qcar.
A rea'ão #ositi-a a esse acting 8 uma sensa'ão agradá-el de calor nos olos e na
 oca, e um sentimento de #aC e em/estar, s -eCes com e5cita'ão se5ual.
Outro acting $undamental 8 o terceiro: 8 o acting ligado  -i-*ncia do desmame.
(e#ois da massagem e do acting do ?gato@ #or alguns minutos, #ro#e/se ao
 #aciente acom#anar com os olos, sem mo-er a cae'a, o #ercurso da $onte luminosa,
Bue, o tera#euta mo-e ritmicamente a +2 cm de distância dos olos, da direita #ara a
esBuerda, at8 o limite do omro, e -ice/-ersa. RealiCa/se um mo-imento de
lateraliCa'ão dos olos Bue, como nos demais actings oculares, de-erão aituar/se a
seguir um ritmo. (a #rimeira -eC o acting dura 12 minutos7 da segunda, +=7 e da
terceira, +2, sem#re com luC, e de#ois sem luC. A#ós o acting seguem as caretas #or uns
dois minutos, e de#ois a -eraliCa'ão.
(e#ois do traalo com a luC nos olos, #assa/se  oca: con-ida/ se o indi-4duo
a morder, mastigando, um retalo ou toala, #or 12 minutos, e de#ois #rocede/se 
-eraliCa'ão.
Passa/se então a re#etir o acting de lateraliCa'ão ocular, sem luC7 isto 8,
ati-amente, na #rimeira sessão do terceiro acting, durante 12 minutos, seguido de
caretas e -eraliCa'ão, e nas sesses seguintes, #or += minutos, e de#ois #or +2 minutos
;esta Qltima -eC associando o acting da oca/mastiga'ão<.
(e#ois do acting da lateraliCa'ão ocular sem luC, re#ete/se o da oca, sem#re
 #or 12 minutos, seguidos de -eraliCa'ão.
Signi$icado e rea'es desse acting: o acting de lateraliCa'ão do olar e o da
mastiga'ão remetem ao momento do desmame, o Bual, como se #ode deduCir na
maioria dos casos, ocorreu #recoce ou rusca ou -iolentamente, #ro-ocando no
indi-4duo descon$ian'a ;#ela@no-idade@ do áito de se alimentar, em -eC de sugar< e
rai-a ;#ela #erda do doce e Buente ico do seio<. &nstala/se assim a oralidade re#rimida.
 Não $oi #or acaso Bue S#itC descre-eu o $en6meno do estranamento #or -olta do nono
m*s, Bue coincide com o #er4odo do desmame.

2

A lateraliCa'ão do olar im#lica ?olar #ara@ e ?#roteger/se de@... t4#icos da


i#ermetro#ia, #ara a Bual esse acting 8 curati-oD
astigar mordendo a toala #ermite o a$oramento e a descarga da rai-a, na
8#oca ancorada nos masseteres, e Bue costuma gerar ansiedade. A mastiga'ão liera da
rumina'ão ossessi-a e da #ossessi-idade, mais do Bue do ciQme. As rea'es mais
comuns ao traalar com os olos são o medo ;do Bue 8 estranoD< e o lacrime)amento,
at8 o coro, #ela im#ressão -isual de estar #rocurando algo ou algu8m Bue não está mais
lá. A lateraliCa'ão do olar #ermite e5#lorar o #rimeiro elemento #sicológico da
instaura'ão da ami-al*ncia ;direita [ esBuerda<, assim como, #ara a oca, Buerer e ao
mesmo tem#o re)eitar a mastiga'ão. Lomo desmame, ati-a/se a neuromuscularidade, e
isso le-a ao ingresso do rec8m/nascido na caracterialidade
Rea'es $reBentes na oca são: sensa'ão desagradá-el de um cor#o estrano na
 oca, náusea at8 o -6mito, dor nos ma5ilares.
A rea'ão do -6mito 8 muito im#ortante: 8 sinal de dia$ragma loBueado no
sentido i#erorgonótico ;o loBueio dia$ragmático i#oorgonótico, caracter4stico de
nQcleo #sicótico $etal, não #ro-oca, na mastiga'ão/mordida, a rea'ão do -6mito<. O
 loBueio dia$ragmático Bue se e5#ressa no -6mito está ligado  omosse5ualidade
latente do indi-4duo, encontrada no orderline e, s -eCes, no #siconeurótico. A rea'ão
do -6mito 8 e5#ressão ami-alente da re)ei'ão do desmame, e, #ortanto, do dese)o de
 #ersistir na amamenta'ão em uma condi'ão simiótica7 #ortanto, incor#ora'ão da mãe
;seio/#*nis<, mas tam8m dese)o de eliminar ;-omitar< essa mãe incor#orada7 da4 o
tra'o omosse5ual. A associa'ão entre dia$ragma e omosse5ualidade será
e5tensamente tratada mais adiante, Buando $alaremos do traalo tera#*utico no 2 n4-el,
o dia$ragma.
U ó-io Bue esse acting da oca será re#etido at8 Bue a rea'ão se)a agradá-el
 #ara o #aciente. sse acting le-a o #aciente a re-i-er sua entrada na neuromuscularidade
intencional, isto 8, na sua caracterialidade U de im#ortância $undamental nos indi-4duos
 orderline, Bue são e5cessi-amente mo-idos #ela #ró#ria tem#eramentalidade #or causa
do nQcleo #sicótico ?encoerto@ Bue se originou durante o #er4odo neonatal ;c$. meu
li-ro sore Laracterologia #ós/reiciana<
Os Qltimos actings #ara os olos e a oca ;Buarto acting< são, res#ecti-amente,
girar os olos e mostrar os dentes.
A rota'ão dos olos re#resenta a $uncionalidade total do olar7 girar os olos 8 tomar 
 #osse do es#a'o circundante e, #ortanto, ligado ao es#a'o, o #arâmetro tem#o,
realiCando o ?aBui e agora@, de$ine o momento istórico da #essoa. ntre os mam4$eros,
só o omem 8 ca#aC de girar os olos intencionalmente, e só o omem tem o sentimento
da istória.

!=

O omem de o)e 8 de$inido sa#iens, mas  luC dos acontecimentos atuais, 8 um


atriuto astante otimistaD
A meu -er, o omem 8 Zomo istoricus, ca#aC de construir a istória, realiCando
o nascimento do Zomo #rogressi-us, como es#era o trans$ormismo e-oluti-o de
Eeilard de Lardin, con$irmado #elas mais recentes descoertas cient4$icas.
irar os olos #ermite istoriciCar nossa -ista e sua #sico#atologia, #ois no
momento em Bue olamos #ara o alto, ou se)a, #ara trás, somos ca#aCes de olar o
 #assado7 Buando olamos lateralmente estamos olando o #resente7 Buando olamos
 #ara a $rente e #ara ai5o, olamos o $uturo.
sse acting en-ol-e o amadurecimento $uncional dos mQsculos oculares e
$unciona muito em na tera#ia da e#ile#sia essencial ;somatiCa'ão muscular de um
nQcleo #sicótico neonatal<, nas mani$esta'es ist8ricas, #articularmente as
somatiCa'es, e na #resio#ia ;-ista cansada<.
A #ro#ósito, de-e/se oser-ar Bue não 8 #or acaso Bue a #resio#ia come'a a#ós
os 0= anos, #orBue ;emora a medicina o$icial a considere ?$isiológica@<, enBuanto os
outros distQrios -isuais estão ligados ao #er4odo tem#eramental da -ida ;enorme
in$lu*ncia do sistema neuro-egetati-oD<, a #resio#ia 8 t4#ica da caracterialidade:
Buando a crian'a #assa da motilidade  moilidade, Buase sem#re 8 solicitada a andar 
soCina, criando um estado ansioso #ela necessidade de $or'ar #rematuramente a
aBuisi'ão da Buarta dimensão, o es#a'o/tem#o. Por -olta dos 0= anos ;?nel meCCo dei
cammin di nostra -ita@, nas #ala-ras de (ante<, ad-8m geralmente a crise e5istencial
caracteriCada #ela necessidade de $aCer um alan'o da nossa -ida, #assado. #resente e
$uturo, e isso in$lui na muscularidade ocular, de modo análogo  deamula'ão $or'ada,
 #ro-ocando ansiedade #ara #oder ?-er o $uturo@D ste acting, #ortanto, cura a
 #resio#iaD ;Nem todos os adultos $icam ?$isiologicamente@ com a -ista cansadaD<
Mma outra considera'ão sore a rota'ão dos olos nos le-a a #ensar Bue $oi ela o
in4cio da ominiCa'ão, e não o ad-ento da #ala-ra ;Bue só de#ois da rota'ão dos olos
se torna consciente, e #osteriormente simólicaD<, #orBue o ?#rimeiro@ omem Bue
adBuiriu a #ostura 4#ede, ao ?olar em -olta@, #erguntou/se ?de onde -eno, onde
estou, aonde -ou, Buem sou...@ e oser-ou a imensidão do c8u com a rota'ão dos
olosD...

!1

A rota'ão am#la dos olos de-e ser $eita  direita ;no sentido orário< #or 
 #acientes de se5o masculino e no sentido anti/orário #elos de se5o $eminino7 ao
contrário #or indi-4duos canotos. A di$eren'a e5#lica/se #ela necessidade de integra'ão
$uncional dos dois emis$8rios cererais, Bue #recisam de um eBuil4rio #ara e-itar os
e5cessos de ?$eminilidade@ no omem e de ?masculinidade@ na muler. Os tem#os são
os mesmos: com a a)uda da luC, #rogressi-amente, de 12 at8 +2 minutos7 e a mesma
coisa sem luC, reser-ando uma Qltima sessão #ara o acting ocular acom#anado #elo da
 oca, Bue ;neste Buarto acting< consiste em $ecar os dentes sem a#ertar e mostrá/los7
isso resulta num #rognatismo tem#orário, Bue moiliCa intensamente a mand4ula.
O tem#o #ara o acting da oca 8 sem#re de 12 minutos, com e5ce'ão do acting
$inal, associado aos olos, Bue será, #ortanto, de +2 minutos.
Signi$icado e rea'ão desses actings: al8m do Bue $oi dito sore a rota'ão dos
olos, 8 o#ortuno acrescentar Bue a intro)e'ão -isual do es#a'o/tem#o 8 determinante na
tera#ia da e#ile#sia, doen'a em Bue a #erda dessa dimensão caracteriCa a crise
e#il8#tica, em sua #eculiar #erda da consci*ncia. ais ainda, o acting da rota'ão dos
olos adBuire o signi$icado de est4mulo ao amadurecimento do com#onente ist8rico de
um indi-4duo, #ois 8 este a causa da du#lica'ão ist8rica, como $uga da realidade.
&sso e5#lica a tend*ncia s iluses, muito $reBente no ist8rico, Bue #recisa
a#render a im#ortância do ?aBui e agora@ e, #ortanto, uma -eC Bue as somatiCa'es são
con-erses cor#orais de con$litualidade, este acting 8 muito e$icaC nesses casos. A
rota'ão dos olos determina tomar consci*ncia e a cogni'ão do esBuema cor#oral.
Mma das rea'es mais comuns a esse acting, como 8 e5#ressa na -eraliCa'ão, 8
a di$iculdade de certos #acientes em conseguir olar em uma dire'ão determinada
durante a sua realiCa'ão, geralmente #or causa de uma@sensa'ão@ de medo, Bue,
o-iamente, de-e ser analisada com crit8rio analógico e não inter#retati-o, regra de
ouro da -egetotera#ia. Outras -eCes, á a sensa'ão de um cisco em um dos olos, o Bue
 #ermite a análise #sicológica.
Guanto  oca, mostrar os dentes tem dois signi$icados: 8 uma mensagem social,
ou se)a, sorrir ;olar #ara<, ou amea'ar uma de$esa destruti-a7 duas $ormas de
agressi-idade, a erótica e a destruti-a, como de$esa. ostrar os dentes como sorriso 8
atitude e5clusi-a dos mam4$eros ;Buem tem e5#eri*ncia sae Bue gato, cacorro, ca-alo,
macaco etc. são ca#aCes de sorrir, a seu modo. Rir )á 8 outra coisa...<.

!+

A rea'ão mais comum 8 uma -ira'ão da mand4ula, e5#ressão de descarga da


tensão Bue, s -eCes, #ode #ro-ocar um #ranto Bue esta-a re#rimido, ou sensa'ão de
$rio de natureCa neuro-egetati-a.
ais adiante, $alaremos da semântica, gloalmente.
Semiologia dos actings dos dois #rimeiros n4-eis: a semiologia ;leitura dos
sinais< nasce da semiótica ;oser-a'ão dos sinais< Bue cada #aciente #ro#e #or meio da
e5#ressão muscular do seu com#ortamento.
A semântica ;inter#reta'ão correta do signi$icado das #ala-ras e das $rases de
uma linguagem< 8 #articular a cada indi-4duo e, in$eliCmente, muitas -eCes, Buando mal
em#regada, dá origem a inter#reta'es eBui-ocadas das mensagens da comunica'ão ou
a uma intro)e'ão simólica errada, res#onsá-el #or res#ostas $alsas ou inadeBuadas aos
est4mulos amientais, como #ode ser con$irmado #or BualBuer om #sicolingista.
Antes de resumir os actings dos dois #rimeiros n4-eis ;ou-idos, olos, nariC,
 oca 9 mQsculos mim8ticos<, sulinando os #rinci#ais tra'os oser-ados na
-egetotera#ia, 8 #reciso considerar alguns as#ectos gloais de um #aciente em tera#ia.
Mm #aciente #ode a#resentar medo ou retic*ncia e at8 re)eitar a massagem: 8
sinal e-idente de di$iculdade ou de medo do contato, caracter4stico de uma condi'ão
 #sicótica.
O #sicótico #recisa de contato, e #or isso o tera#euta de-erá estaelecer com ele,
durante algumas sesses, um contato -eral #ara tranBiliCá/lo, #rocurando $aCer com
Bue, durante o diálogo, o #aciente estaele'a o contato com o olar. Se o #aciente
recusar o diálogo, as #rimeiras sesses serão silenciosasD Lomo diCem os #sicólogos
russos, asta o e$eito da #resen'a do tera#euta7 esta #resen'a e5erce uma $un'ão
tera#*utica muito im#ortante: a instaura'ão de um cam#o energ8tico semelante ao
cam#o $usional na -ida intra/uterina. (e#ois, com uma a#ro5ima'ão muito sua-e, o
tera#euta #oderá #ro#or e $aCer a massagem, a Bual, nesses casos, de-erá ser realiCada
 #or -árias sesses cont4nuas antes de #ro#or os actings.
Outros #acientes $icam de olos $ecados durante a massagem: 8 sinal de medo
do Bue #ode acontecer, aBui e agora, na realidade.
Alguns #acientes #odem não e5#ressar as sensa'es desagradá-eis ou dolorosas
Bue a massagem #ode #ro-ocar em determinadas Conas com grande tensão muscular: 8
um sinal de #assi-idade masoBuista.

!"

m alguns #acientes, a massagem em determinadas Conas dei5a #ele


a-ermelada: 8 sinal de e5cessi-a carga energ8tica daBuela Cona.
Zá algumas oser-a'es gerais de semiologia, relacionadas com #ostura do
 #aciente deitado no di-ã7 #or e5em#lo, se ele se ?agarra@ ao di-ã com as mãos ou com
os dedos dos #8s, 8 sinal de medo de cair, e5#rimindo má distriui'ão energ8tica no
cor#o. A tend*ncia de le-ar as mãos  nuca #ara a#oiar a cae'a e5#rime um tra'o
ist8rico: o #aciente $ica@de es#ectador@ dele mesmo7 a tend*ncia de esticar os ra'os
como um ?cruci$i5o@ e5#rime um tra'o masoBuista de resigna'ão e #assi-idade7 a
tend*ncia de erguer os #8s do so$á 8 um dese)o de se ausentar da realidade7 a tend*ncia
de agitar as #ernas e5#rime uma ansiedade tiial7 a tend*ncia de -eraliCar de ru'os 8
clássica no masoBuismo7 a tend*ncia de erguer a cae'a 8 um sinal narc4sico de
 loBueio do #esco'o.
O #aciente Bue, em -eC de #ro#riamente -eraliCar, $ala e5cessi-amente, está
usando a linguagem como resist*ncia racional. O #aciente esitante em tirar a rou#a tem
-ergona do seu cor#o: a -ergona 8 medo do )ulgamento, e o cor#o 8 o nosso euD O
 #aciente $riorento e5#ressa um tra'o masoBuista7 o ?calorento@ 8 um i#erorgonótico,
muitas -eCes um #siconeurótico.
Antes de e5aminar, um #or um, os actings dos dois #rimeiros n4-eis, 8 o#ortuno
assinalar Bue esses actings en-ol-em todos os doCe ner-os cranianos, estimulando a
ati-idade #arassim#aticot6nica e, em #articular, lemrar Bue só utiliCando a luC #ode/se
alcan'ar o mQsculo ciliar ;al8m do e$eito estimulante Bue a luC #ro-oca diretamente no
córte5 cereral, como demonstra o eletroence$alograma<.
Al8m disso, de-e/se ter #resente, #ara a semântica do #aciente, Bue este, com o
Bue diC, muitas -eCes nos dá indica'es do n4-el cor#oral Bue, no momento, está mais
en-ol-ido na sua dinâmica e5istencial. Por e5em#lo, um #aciente Bue diC Bue está
con$uso, e5#ressa uma mensagem de necessidade de ?$i5ar um #onto@, de estigmatiCar o
seu ?aBui e agora@7 um #aciente Bue diC ?não consigo@ manda uma mensagem
de#ressi-a7 um #aciente Bue diC Bue ?está indeciso@ e5#ressa ami-al*ncia7 um outro
Bue lamenta Bue ?não dá tem#o@ 8 um ansioso, e assim #or diante.
Ve)amos agora, um #or um, os actings dos dois #rimeiros n4-eis:
A di$iculdade #ara $i5ar um #onto ou sua du#lica'ão 8 sinal de tend*ncia a #erder o
contato com a realidade e de ?-agar@ com os olos, nos olos, #ara um mundo
$antasmático, #ara $ugir da realidade, -i-enciada como amea'adora, caracter4stica do
nQcleo #sicótico. A reclama'ão de Bue no teto não á um #onto #ara #oder $i5ar o olar 
8 a di$iculdade #ara ter um #onto de re$er*ncia $ora de nós, Bue nada mais 8 senão
 #ro)e'ão do nosso #ró#rio eu, Buando o #aciente o tem.

!0

A du#lica'ão da luC e5#ressa a tend*ncia do #aciente a -i-er duas realidades,


uma o)eti-a e outra su)eti-a, $antasmática e tranBiliCadora, Buando a realidade
o)eti-a 8 desagradá-el.
A oca aerta #ode #ro-ocar secura na garganta, sinal de medo ou ansiedade da
es#era ;no rec8m/nascido, a es#era do ico do seioD<7 s -eCes a#arece dor nos
masseteres, como e5#ressão de rai-a re#rimida e medo de se e5#ressar ;arir a oca
 #ara $alarD<.
Sentir/se rid4culo realiCando o acting ;e o mesmo -ale #ara os outros< 8 sinal de
de$esa ;resist*ncia< narc4sica, associada ao temor do )u4Co reati-o a uma -alora'ão
e5agerada ;#atológica< do #ró#rio eu, o Bual, inconscientemente, não 8 colaorador, mas
com#etiti-oD
 No segundo acting, a di$iculdade de con-erg*ncia 8 muito im#ortante. O olo
Bue des-ia de-e ser #acientemente ?reeducado@ #elo tera#euta, com o au54lio da luC,
 #ara #ermitir Bue o #aciente #ossa olar sem amigidade o #onto $ora ;o não/eu, o
in$inito, o astrato, o s4molo da mãe< e a #ró#ria #onta do nariC ;o eu, o $inito, o si
mesmo concreto<. Mma oa acomoda'ão e con-erg*ncia #ermite saer identi$icar/se e
desidenti$icar/se, indis#ensá-eis #ara Buem tem a inten'ão de se tornar um
-egetotera#eutaD
sse acting costuma #ro-ocar coro ou uma a/rea'ão de sentimentos
de#ressi-os, e a ca#acidade de #oder oser-ar a #onta do nariC sem#re traC um
sentimento #raCeroso e grati$icante.
Para a oca, simular a suc'ão s -eCes #ode ser di$4cil, mas re#etindo o acting
essa di$iculdade 8 su#erada. (e-e/se e-itar Bue, nesse acting, o #aciente assuma o
controle do ar, isto 8, ins#ire intencionalmente: o acting tem a -er somente com o
mo-imento dos mQsculos laiaisD `s -eCes, o #aciente -eraliCa uma sensa'ão de $ome,
Bue 8 o#ortuno satis$aCer o$erecendo um torrão de a'QcarD
Por -eCes, acontece a e5cita'ão genital ;con$irmando o #rocesso de
amadurecimento genital, em conseB*ncia da oralidade satis$atória<.
`s -eCes, o #aciente tende a adormecer, ou adormece mesmo: se não $or uma resist*ncia
aitual a ser analisada, #ode ser um com#ortamento análogo ao do e* satis$eito, Bue,
rela5ado, adormece. Nesse caso, de-e/se #erguntar ao #aciente se no re-e #er4odo de
sono ele sonou ou não, e considerar o conteQdo do sono, es#ecialmente se $oi
agradá-el ou desagradá-el. eralmente, o sono como resist*ncia a#arece logo no
come'o de um acting7 Buando 8 gradual e o #aciente ?luta@ contra, 8 e5#ressão da
instaura'ão da #arassim#aticotonia #ro-ocada #elo acting.

!2

 No terceiro acting, #ara os olos: a di$iculdade de se adeBuar ao mo-imento


r4tmico da luC, na lateraliCa'ão do olar, e5#ressa uma condi'ão de ansiedade remo-ida
e controlada7 lacrime)amento ou coro são medo do outro ;o ?estrano@ de S#itC< ou
rai-a reati-a a uma condi'ão de im#ot*ncia. A tend*ncia a mo-er a cae'a #ara seguir 
os mo-imentos oculares 8 um sinal de loBueio ocular com#ensado #ela a'ão do
 #esco'o ;"3 n4-el<. A tend*ncia de adormecer #ode ser de-ida a mecanismos de auto/
i#nose, como s -eCes acontece ao $i5ar o #onto. A lateraliCa'ão ?toca@ a origem da
ami-al*ncia.
Para a oca: a re)ei'ão ou relutância em aceitar mastigar a toala, mordendo, 8,
analogamente, re-i-enciar o desmame mal$eito, Bue induC no e* no)o, descon$ian'a,
re)ei'ão de ?incor#orar@ algo desconecido em -eC do ico do seio, como conseBente
medo, rai-a, im#ot*ncia #ara se o#or, com a de$esa de ?a#ertar os dentes@ e o
surgimento de ansiedade.
`s -eCes, a re)ei'ão 8 e5#ressa em náusea ou -6mito: á uma rusca
moiliCa'ão do dia$ragma ;23 n4-el<, sem#re i#erorgonótico. Nesse caso, como se
-eri$ica nos indi-4duos orderline, ;L$. Laracterologia #ós/reiciana<, o -6mito 8
tam8m uma tentati-a de e5#elir o nQcleo omosse5ual #atente ou latente, determinado
 #ela necessidade de identi$icar/se com a imagem materna, intro)etada mediante
incor#ora'ão do seio@om@ ou@mau@ ;di$eren'a entre a omosse5ualidade masculina e
$eminina<. Lomo diCia com )usteCa uma #sicanalista americana, 8 mais $ácil@tirar@ um
 #*nis $antasmático de uma muler do Bue instaurar um #*nis real em um omemD sse
acting tam8m e-idencia as origens da ami-al*ncia: aceitar ou re)eitar morder,
mastigar a toala7 al8m disso, 8 e-idente ele #ermite descarregar a rai-a Bue está
ancorada nos masseteres.
 No Buarto acting: a rota'ão dos olos, seguindo a $onte luminosa, de-e ser o
mais am#la #oss4-el. A di$iculdade do #aciente em olar #ara o mundo Bue o circunda,
muitas -eCes, 8 ind4cio de temor e resist*ncia a tomar consci*ncia de seu ?ser@ istórico,
dos seus limites, das suas #ers#ecti-as, do seu ?ser no mundo@.
Algumas -eCes, na realiCa'ão sem luC, á a tend*ncia a ?escotomiCar@ ou $aCer a
rota'ão ?aos soBuinos@, ou ?#ular@ uma angula'ão ocular7 tudo isso de-e ser elaorado
na -eraliCa'ão. Na oca, a di$iculdade de mostrar os dentes, sinal de agressi-idade ou
e5#ressão de sorriso, indica di$iculdade de socialiCa'ão.
!!

Actings do "3e 03 n4-eis: #esco'o e tóra5

Lomo )á ilustramos no Somato#sicodinâmica, o n4-el do #esco'o re-este/se de


im#ortância $undamental na -egetotera#ia, tanto Buanto o n4-el dos olos e do
dia$ragma.
O loBueio energ8tico do #esco'o ;i#oorgonótico ou i#erorgonótico<
a#resenta/se em #raticamente todos indi-4duos, dada a necessidade, #or moti-os
 iossociais, de ter de atuar, desde a mais tenra idade, mecanismos de de$esa narc4sica,
os Buais, com o tem#o, tendem a se croniciCar.
Al8m das considera'es e5#ressas em outras oras ;c$. Somato#sicodinâmica e
Laracterologia#ós/reiciana<, anátomo/$isiologicamente, o #esco'o 8 a área mais
-ulnerá-el do nosso cor#o ;como se con$irma no carat*D<.
m -egetotera#ia, 8 im#ortante ?-incular energeticamente@ o #esco'o ;"3 n4-el<
aos dois n4-eis acima ;olos e oca W 1 e + n4-eis< e ao n4-el aai5o ;tóra5 W 03 n4-el<, e,
 #or isso, o #rocedimento tera#*utico 8 realiCado em dois tem#os.
O #rimeiro tem#o arange atuar, em sesses sucessi-as, a #ro#osta de re#etir 
;de#ois da massagem e do acting do ?gato@< o acting de $itar um #onto no teto, sem#re o
mesmo, de oca aerta, durante +2 minutos7 de#ois as caretas e a -eraliCa'ão.
 #osteriormente, -*m os actings es#ec4$icos #ara o #esco'o, Bue são dois: o #aciente 8
sua-emente colocado com a cae'a@sus#ensa@ #ara $ora da eira do di-ã,  altura dos
omros. (e-e/se recomendar ao #aciente #ara nunca le-antar ruscamente a cae'a
dessa #osi'ão ;á o #erigo de uma li#otimia, ligada  estimula'ão dos centros
neuro-egetati-os do #esco'o<. ssa #osi'ão será mantida #or 12 minutos, emora,
muitas -eCes, na #rimeira sessão, se)a muito dolorosa e #ro-oBue rea'es desagradá-eis,
con$orme descre-emos adiante.

!%

 ó-io Bue, nesse caso, o #aciente tem todo o direito de se Buei5ar, gritar, corar,
5ingar o tera#euta de ?sádico@ e ?naCista@ etc.D Se não ou-er necessidade a#arente de
interrom#er o acting, ele de-e durar 12 minutos7 de#ois, o tera#euta, a-isando o
 #aciente #ara não se mo-er, não se le-antar, le-a a cae'a do indi-4duo de -olta ao di-ã,
 #u5ando o cor#o #elos #ulsos ou #elos tornoCelos. FaC/se então a -eraliCa'ão.A4 -em o
segundo acting do #esco'o, Bue consiste em #ro#or ao #aciente a rota'ão da cae'a,
alternadamente, #ara a direita e #ara a esBuerda, diCendo@não@  direita e  esBuerda,
 #or 12 minutos7 de#ois 8 a -eraliCa'ão, aconselando ao #aciente a ir arindo e
$ecando as mãos enBuanto $ala.
A sessão seguinte inclui ;de#ois da massagem e do@gato@< a re#eti'ão do
segundo acting ocular/oral ;$i5ar alternadamente um #onto no teto, sem#re o mesmo, e
a #onta do nariC, com os dois olos, )unto com o mo-imento laial de suc'ão<, seguido
 #elos dois actings do #esco'o. Sem#re acom#anados da -eraliCa'ão.
A seguir, #ro#e/se ;de#ois da massagem e do ?gato@< o terceiro acting ocular/
oral ;olar, e não -er, o má5imo #oss4-el  direita e  esBuerda, sem me5er a cae'a e,
ao mesmo tem#o, mastigar, mordendo, uma toala<, seguido dos actings do #esco'o,
sem#re acom#anados da -eraliCa'ão.
U im#ortante lemrar Bue, a #artir desse terceiro acting do #esco'o, toda -eC Bue
o #aciente traalar com a cae'a #ara $ora do di-ã, de#ois de 2 minutos nessa #osi'ão,
$ar/se/á uma re-e -eraliCa'ão e se con-ida o indi-4duo a -ocaliCar a -ogal ?a@ ;se $or 
muler< ou ?o@ ;se $or omem<, #rolongando a sonoriCa'ão o má5imo #oss4-el. A
-ocaliCa'ão durante o acting do #esco'o $oi um om enriBuecimento da metodologia,
 #ro#osto #or . Origlia.
A -ocaliCa'ão dura 2 minutos7 de#ois, re#ete/se a -eraliCa'ão e recoloca/se o
 #aciente com a cae'a no di-ã, #ara #roceder ao segundo acting do #esco'o.
A seguir ;de#ois da massagem e do ?gato@<, o Buarto acting ocular/oral ;rota'ão dos
olos #or +2 minutos, mostrando os dentes, sem me5er a cae'a< e de#ois os actings do
 #esco'o, com -ocaliCa'ão e, como sem#re, a -eraliCa'ão. Guando esse #rimeiro tem#o
transcorrer agrada-elmente #ara o #aciente, #assa/se, como descre-eremos adiante, aos
actings do #esco'o seguidos #elos do tóra5 ;0n4-el<, constituindo o segundo tem#o.

!

Signi$icado e rea'es dos actings do #esco'o: o desloBueio do #esco'o 8


$undamental. Lomo )á e5#licamos am#lamente em outra ora ;c$. Laracterologia #ós/
reiciana<, no #esco'o está ancorado o narcisismo, em seus -ários as#ectos ;#rimiti-o/
 #rimário, secundário<. Ficar com a cae'a sus#ensa #ara $ora do di-ã, emora #ossa
 #arecer uma #osi'ão desagradá-el, ao contrário, Buando se consegue o desloBueio,
 #ro#orciona uma sensa'ão de agradá-el aandono, #ortanto re#ousante. Permanecer 12
minutos nessa #osi'ão, ? merc*@ do tera#euta, com a garganta ?e5#osta@, lemra a
atitude do loo, Bue, Buando sente Bue $oi derrotado ao lutar com outro loo, o$erece a
garganta ao outro, como sinal de aceita'ão da derrota, dis#osto a ser estra'alado at8 a
morteD No caso es#ec4$ico, o loo -itorioso nunca estra'ala o -encido e se a$asta
satis$eito. &n$eliCmente, só o animal umano 8 ca#aC de estra'alar seu semelanteD
5#or o #esco'o ao outro -itorioso 8 sinal de grande umildade e, #ortanto, de
dignidade.
 No n4-el do #esco'o estão inscritos os tr*s ?@ sulinados #or um #sicólogo
americano: ?umildade, umanidade e umor@. sse #rimeiro acting do #esco'o incide
$ortemente sore a im#ortância de ser ca#aC de se aandonar, isto 8, de #erder o
autocontrole, ostáculo asilar #ara a realiCa'ão do aandono na #ot*ncia orgástica, e
 #ermite a #assagem da energia da cae'a #ara o resto do cor#o. O #esco'o de-eria ser 
uma #onte cont4nua entre teoria ;cae'a< e #rá5is ;cor#o< na dial8tica cor#o/mente.
A rea'ão mais comum a esse acting 8 a sensa'ão de dor, s -eCes muito $orte,
mas Bue -ai desa#arecendo gradual e #rogressi-amente. Guase sem#re o indi-4duo
-eraliCa o medo de cair ou sensa'es de náusea Bue #odem #ro-ocar -6mito. Neste
caso, 8 necessário a)udar o #aciente #ara Bue a rea'ão se)a o menos rusca #oss4-el, e
tranBiliCá/lo a$etuosamente #ara Bue não tena medo. O medo de morrer 8 análogo ao
orgasmo, do aandono, am#lamente descrito na ora de Reic, assim como o medo de
cair ;c$. >io#atia do câncer<, Bue indica um estado de desorgonia, de deseBuil4rio
energ8tico nos -ários n4-eis cor#orais.
Outra sensa'ão #oss4-el 8 ter o nariC ostru4do, e isso indica a #resen'a de
energia e5cessi-a no n4-el ocular, Bue tende a ser descarregada atra-8s das -ias
lacrimais nasais. Outras -eCes, o #aciente #ode corar, lemrando situa'es e5istenciais
ligadas  ?$erida@ narc4sisca.

!

`s -eCes, o #aciente 8 ca#aC de adormecer, ou #orBue alcan'ou uma condi'ão de


agradá-el aandono ou #orBue, se o #esco'o $or i#oorgonótico, á uma condi'ão de
?$le5iilidade c8rea@. Mma dor interesca#ular signi$ica Bue o #aciente está ?aotoado@ 
recusa de e5#rimir alguma coisa. O signi$icado e as rea'es do segundo acting do
 #esco'o ;girar alternadamente a cae'a  direita e  esBuerda, diCendo ?não@< remetem a
S#itC, Bue a$irma-a Bue o ?não@ 8 e5#ressão im#ortante na $orma'ão do reu. Por isso 8
im#ortant4ssimo Bue o ?não@ se)a -eraliCado na l4ngua materna do #aciente. O mesmo
-ale #ara o@eu@ Bue o #aciente será de#ois con-idado a e5#ressar, Buando se ?traalar@
com o tóra5 ;03 n4-el<.
U ó-io o signi$icado do ?não@,da maneira como $or #ronunciado: ai5ino,
claramente, com esita'ão, gritando, corando, ironicamente etc. A -eraliCa'ão de#ois
do acting esclarecerá conteQdos e emo'es. U im#ortante lemrar ao #aciente Bue diCer 
?não@ não 8 uma nega'ão, mas uma a$irma'ão do #ró#rio #onto de -ista, no sentido
dial8tico: 8 um ?não@ dialógico, não de$ensi-oD Lomo em diCia RaHnes: ?Mma #essoa
inca#aC de diCer bnão não 8 ondosa, 8 um $racoD@.
U o#ortuno assinalar Bue os actings -erais #odem ser $eitos aos erros ou com
muita -iol*ncia. Nesse caso, no $im, -ale a #ena lemrar ao #aciente o Bue Freud
escre-eu em uma carta a instein, em 1":
?Na uro#a á algu8m Bue con$unde -iol*ncia com #ot*nciaD@, #ois, #ara
a$irmar uma coisa, não 8 #reciso ser -iolento, asta ser $irme, claro, direto.
Sore a semiótica e a semiologia dos actings em geral, aco muito interessante a
oser-a'ão de um colega, . angemi, Bue assinala como o mesmo acting, iniciado
mecânica, automaticamente ;e5#ressão do c8rero re#tiliano<, #ouco a #ouco -ai se
modi$icando e se@corindo@ emocionalmente ;e5#ressão do c8rero l4mico<, #ara
concluir serena, clara, linearmente ;e5#ressão do neocórte5<.
O segundo tem#o com#orta o traalo con)unto #esco'o/tóra5, em sesses
sucessi-as, #ara #romo-er o desloBueio energ8tico.
O #rocedimento metodológico 8 assim sistematiCado:

1< (e#ois do acting do ?gato@, o #aciente $ica deitado no di-ã, coma cae'a #ara $ora, 
altura dos omros ;como anteriormente<7 a#ós 2 minutos ;sem#re nessa #osi'ão<, $aC
uma re-e -eraliCa'ão e 8 con-idado  -ocaliCa'ão #rolongada da -ogal ?a@, #ara o
se5o $eminino, ou@o@, #arao se5o masculino, durante 2 minutos, e de#ois de-e
-eraliCar, nos 2 minutos restantes, o Bue essa -ocaliCa'ão le trou5e.

%=

(e#ois disso, o #aciente -olta a se deitar no di-ã e $aC rota'ão da cae'a  direita e 
esBuerda, diCendo ?não@7 de#ois -eraliCa. (urante a -eraliCa'ão, 8 con-idado a arir 
e $ecar as mãos, com as costas delas a#oiadas no di-ã, isso se o seu tóra5 $or 
i#oorgonótico ;#ois assim ele ?#ega@ energia< ou, se o tóra5 $or i#erorgonótico, com
os ra'os no di-ã, mas com os antera'os erguidos e o dorso das mãos #ara cima,
arindo e $ecando/as #ara ai5o ;#ara ?descarregar@ energia<7 tudo durante 12 minutos,
com -eraliCa'ão nos Qltimos momentos do acting, #erguntando ao #aciente se suas
mãos estão Buentes e os dedos $le54-eis ou não. Segue/se então o acting de ater os
 #unos no di-ã: o #aciente 8 con-idado a erguer os ra'os #er#endicularmente ao
omro e, sem dorar os coto-elos, a#ertando os #unos, ater no di-ã durante 12
minutos, diCendo ?eu@7 de#ois, o #aciente $ica com os ra'os le-antados e estendidos
 #ara cima, com as #almas #ara dentro e os dedos esticados #aralelamente aos ra'os, e
$aC a -eraliCa'ão. O #aciente manterá essa #osi'ão, com os ra'os estendidos #ara
cima e com as #almas das mãos #ara dentro, durante 12 minutos, com -eraliCa'ão nos
Qltimos minutos, #erguntando se os ra'os e as mãos estão le-es, se estão Buentes ou
$rios. ste modelo de sessão será $eito, #elo menos, tr*s -eCes consecuti-as.
+< Mma sessão do mesmo ti#o7 só Bue, em -eC de socar diCendo ?eu@, o #aciente de-e
socar diCendo ?não@. sse ti#o de sessão tam8m será re#etido #elo menos tr*s -eCes.
"< Re#ete/se a mesma sessão, #elo menos tr*s -eCes, #ro#ondo ao #aciente ater 
no-amente, agora diCendo ?eu@.
Signi$icado e rea'es dos actings torácicos: o signi$icado dos actings torácicos 8
diretamente #ro#orcional  sua im#ortância. O tóra5 8 a sede da ami-al*ncia a$eti-a e
da identidade do eu indi-idual7 no tóra5 residem o ódio e o amor7 #or isso, a
$uncionalidade torácica 8 determinante no amadurecimento caracterial. No tóra5
encontramos a tristeCa, sentimento em di$erente da de#ressão.
>ater os #unos diCendo ?eu@ 8 a$irmar a #ró#ria identidade iológica,
identidade geralmente ausente e con$usa ;omosse5ualidade #atente< nos indi-4duos
com nQcleo #sicótico, Bue t*m um ?#seudo/eu@7 ou, como ocorre com os indi-4duos
 orderline, á uma identidade muito $raca, com#ensada, coerta #or um ideal do eu.

%1

sse #rimeiro socar diCendo ?eu@ 8 re$or'ar o ?eu@ intra#s4Buico, a rela'ão consigo
mesmo no as#ecto #sicoiológico de um ?eu@ $eminino ou masculino. Aceitar o #ró#rio
?eu@ e-ita Bue o indi-4duo o com#ense com o #a#el social do seu ?eu@. Al8m disso, esse
acting #ro-oca uma descarga do ódio e are o camino #ara o acting das mãos
estendidas, Bue signi$icam dis#oniilidade, aceita'ão, aertura a$eti-a, es#era amorosa,
-itória. Socar diCendo ?não@ dá ao indi-4duo a ca#acidade de e5#ressar um ?não@
de$ensi-o ;de#ois de ter a#rendido a e5#ressar, girando a cae'a e diCendo ?não@, o
?não@ dialógico<, #assando ;se $or o casoD<  a'ão.
(ar socos com o segundo ?eu@ ;de#ois de t*/lo $eito com o ?não@< signi$ica
e5#ressar o ?eu@ inter#s4Buico, ou se)a, o ?eu@ social, o #a#el. O #rimeiro ?eu@
re#resenta o nome de atismo do indi-4duo, o #ró#rio indi-4duo, enBuanto o segundo
?eu@ re#resenta o nome de $am4lia, o sorenome. &sto 8 muito em e5#resso na l4ngua
$rancesa, com o uso de ?moi@ e do ?)e@7 em italiano, usa/se ?io@ #ara amas as
situa'es.
Os actings de socar moiliCam a energia torácica, e no tóra5 está o timo, a
glândula -oltada #ara a ati-idade imunológica, e5#ressão iológica da ca#acidade de ser 
e de se de$ender. Não 8 #or acaso Bue os $en6menos de re)ei'ão nos trans#lantes
signi$icam Bue o organismo reconece algo de estrano a si mesmo e o re)eita.A
de$ici*ncia imunológica da A&(S está ligada  $ragilidade do eu,  de$ici*ncia do timo,
sem a Bual a doen'a não se mani$esta. ssa de$ici*ncia ;c$. Laracterologia #ós/
reiciana< 8 muito marcante, em certos indi-4duos ;com nQcleo #sicótico, escassa
identidade, omosse5ualidade latente ou #atente<, desde o nascimento, e #or isso 8 um
erro $alar de ?s4ndrome de imunode$ici*ncia adBuirida@.
m muitos indi-4duos ;orderline, com eu $rágil, omosse5ualidade #atente, s
-eCes atenuada #ara latente<, a soro#ositi-idade  A&(S #ode regredir mediante re$or'o
 io#sicológico do eu, com -egetotera#ia aliada a tera#ias energ8ticas con-ergentes,
energiCando e ati-ando a $uncionalidade do timo.
As rea'es mais comuns a esses tr*s actings são:

a< Aertura e $ecamento das mãos: #ode ser en8rgico ou $raco, #ode #redominar o arir 
ou o $ecar, e tudo isso indica a atitude e5istencial do indi-4duo no dar e receer, #egar 
e largar, na sua tend*ncia a #ossuir e reter ou  generosidade e5cessi-a, dis#ersi-a.
uitas -eCes, esse acting #ro-oca dor nos mQsculos, )á i#ert6nicos, dos
antera'os.
%+

 < Lomo o #aciente dá socos: se com $or'a, #assi-amente, deilmente ;e o $aremos


oser-ar isso no âmito da sua #sicodinâmica<7 como os dedos se $ecam em #uno: se
$icam semi/aertos, $rou5os, #ortanto, com menor $or'a, se o #olegar $ica #reso entre os
outros dedos ;necessidade oral de conser-ar o o)eto de transi'ão< ;c$.
Somato#sicodinâmica, sore a e#ile#sia< ou se o #olegar $ica $irme, re$or'ando o
$ecamento do #uno7 como o #aciente e5#rime o@eu@ e o@não@: ai5ino, aos erros,
sarcasticamente, corando, com $irmeCa, serenamente ;e o $aremos oser-ar isso, com a
-eraliCa'ão, no âmito da sua caracterialidade<7 se o #aciente #ronuncia o ?eu@ e o
?não@ Buando o #uno ate no di-ã, tudo em, mas se os e5#ressa Buando os ra'os
estão le-antados, $aremos com Bue oser-e a dissocia'ão entre o #ensamento e5#resso e
a a'ão. uitas -eCes, o #aciente Bue ?não tem #ulso@ e-idencia mo-imentos ?$rou5os@
do #ulso. Lomo o #aciente coloca as mãos estendidas #ara cima: se as #almas das mãos
esti-erem -oltadas #ara a $rente, 8 clara uma #osi'ão de rendi'ão ou de de$esa do outro
ou das circunstâncias e5istenciais ;e o $aremos oser-ar isso<7 se nessa #osi'ão os dedos
$icam dorados #ara dentro, #or temor de@ir #ara@.
uitas -eCes, o acting das mãos estendidas #ara cima le-a a -eraliCar 
sentimentos associados ao isolamento ;Bue geralmente se con$unde semanticamente
com a solidão<, com mani$esta'es de ansiedade. A ansiedade ;Bue 8 sem#re ansiedade
de es#era< está ligada ao dia$ragma, como -eremos adiante, e esse acting 8 o -4nculo
entre os actings torácicos e os do dia$ragma.
O estado de ânimo dos ra'os estendidos relemra a ansiedade, de-ida ao
sentimento de cul#a ;dia$ragmático< Bue o indi-4duo e5#erimentou nos momentos de
?necessário@ isolamento #ara se masturar.
A mastura'ão 8 um $en6meno natural de todos os animais de sangue Buente
;inclusi-e as a-esD< e ser-e #ara descarregar ;energeticamente< o e5cesso de tensão
determinado #ela e5cita'ão, #ara Bue esta não se trans$orme em agita'ãoD
uitas -eCes, com as mãos estendidas #ara cima, o #aciente tem como rea'ão a
sensa'ão de ter entre as mãos ?uma es#8cie de ola@: 8 a sensa'ão do cam#o energ8tico
entre as duas mãos7 outras -eCes, a sensa'ão 8 de ?uma $or'a@ em#urrando as mãos #ara
o alto, como se esti-esse le-itando.
ssa sensa'ão de le-eCa, como Bue de ?le-itar@, 8 $reBente no $im da tera#ia7 ela
e5#ressa uma oa distriui'ão energ8tica, cegando a #raCerosa sensa'ão de unidade e
armonia cor#oral, em um conte5to de $usão cósmica.

%"

Ola RaHnes diCia Bue, enBuanto o training autógeno de ScultC dá ao indi-4duo a


sensa'ão do #eso do cor#o, a -egetotera#ia dá a sensa'ão de le-eCa: a #essoa ?se sente@
energeticamente e ?e5#erimenta@ sua tend*ncia a con$luir no cosmo.

%0

Actings do 23 n4-el: dia$ragma

Os actings do dia$ragma são centrados na res#ira'ão. á Bue todos res#iramos,


teoricamente não de-eria a-er di$iculdades, mas, #elo contrário, res#irar ?em@ 8 a
coisa mais di$4cil. Eodos res#iramos, mas como res#iramos\ eralmente, #ensa/se Bue a
 #ausa res#iratória de-eria acontecer entre a ins#ira'ão e a e5#ira'ão, mas não 8 assim: a
 #ausa res#iratória de-e ser $eita a#ós a e5#ira'ão.Ao ins#irar, a #essoa incor#ora
o5ig*nio ;Bue os glóulos -ermelos do sangue -eiculam #or todo o organismo, como
alimento energ8tico< e ao e5#irar, elimina gás car6nico, resultante do cataolismo. A
 #ausa a#ós a e5#ira'ão #ermite a distriui'ão do o5ig*nio no organismo, at8 ser 
necessário asor-er no-o o5ig*nio, de#ois no-amente a e5#ira'ão e a #ausa, e assim #or 
diante.
Al8m do acting do ?gato@ Bue, como )á dissemos, terá $un'ão es#ec4$ica no $im
da tera#ia e Bue, $eito #or alguns minutos no in4cio de cada sessão, estimula a ati-a'ão
dia$ragmática, no #rocedimento tera#*utico segundo a nossa metodologia 8 muito
im#ortante ?amarrar@ #rogressi-amente o 2 n4-el, o dia$ragma, aos n4-eis su#eriores, )á
?traalados@. Por isso, a #rimeira sessão do dia$ragma #ode ser sintetiCada da seguinte
$orma:
1< acting do ?gato@ #or alguns minutos, ?caretas@7
+< acting ocular do #onto $i5o no teto, de oca aerta, durante +2 minutos, seguido #or 
alguns minutos de@caretas@ e da -eraliCa'ão7
"<res#ira'ão sim#les: o indi-4duo ins#ira todo o arBue $or ca#aC e imediatamente o
e5#ira, de oca aerta, -ocaliCando, durante a e5#ira'ão, a -ogal ?a@: a...7 o
momento da e5#ira'ão 8 acom#anado #or aai5amento dos omros, #ara #ermitir o
com#leto es-aCiamento torácico/#ulmonar7 de#ois a #ausa ;cu)o tem#o -aria muito de
um #aciente #ara outro<.

%2

A#ós a #ausa, no-amente ins#ira'ão com#leta, e e5#ira'ão imediata, diCendo ?a@,


aai5ando os omros, #ausa, e assim #or diante. sse acting res#iratório tem dura'ão de
12 minutos, seguido da -eraliCa'ão.
Lomo a sessão dura uma ora e meia, o tem#o restante será utiliCado ;12  12
minutos< #ara realiCar os actings do !3 n4-el ;ad6men< e do %+ n4-el ;#8l-is<, Bue serão
descritos adiante.
 Na segunda sessão do dia$ragma, a seB*ncia 8 a mesma, só Bue os actings
oculares e da oca são da acomoda'ão/con-erg*ncia e da suc'ão, sem#re durante +2
minutos, seguidos de caretas e -eraliCa'ão, antes de #assar aos 12 minutos da
res#ira'ão sim#les dia$ragmática, como $oi indicado, e de#ois aos actings de !+ e %+
n4-eis.
A terceira sessão do dia$ragma 8 di$erente. (e#ois Bue o #aciente $eC #or +2
minutos o terceiro acting ocular ;lateraliCa'ão do olar<,)unto com o da oca ;mastigar a
toala, mordendo<, seguido das caretas e -eraliCa'ão, #ro#e/se nesta sessão a
res#ira'ão de remador: o #aciente segura as #ernas doradas e unidas, com as mãos, 
altura dos )oelos, ra'os esticados7 então ins#ira, #u5ando os )oelos  altura do #eito e
a4 e5#ira, -ocaliCando o ?a@, arindo as #ernas #ara $ora, sem#re com os #8s )untos #ara
então )untar as #ernas no-amente $aC a #ausa. (e#ois re#ete o mo-imento, res#irando
da mesma maneira, #rocurando o seu melor ritmo, durante 12 minutos. U im#ortante
res#eitar as #ausas de#ois de cada e5#ira'ão. Passados 12 minutos, #rocede/se 
-eraliCa'ão, Bue será seguida #elos actings do !+ e %+ n4-eis, como descrito adiante.
 Na sessão seguinte, o acting óculo/oral será o da rota'ão dos olos, mostrando
os dentes ;como e5#licado anteriormente< #or +2 minutos, de#ois caretas e -eraliCa'ão
e então, #ara o dia$ragma, no-amente a ?res#ira'ão de remador@, seguida #elos actings
dos dois Qltimos n4-eis ;sem#re com -eraliCa'ão<.
(essa maneira teremos ligado a $un'ão dos dois #rimeiros n4-eis com o
dia$ragma ;23 n4-el<.
A seguir, -amos ?unir@ a $un'ão do "3 n4-el ;#esco'o< com o dia$ragma,
 #rocedendo da seguinte $orma:
1< acting do ?gato@ #or alguns minutos7
+< cae'a ?largada@ #ara $ora da eira do di-ã #or 12 minutos, com -ocaliCa'ão ;como
anteriormente descrito #ara os actings do #esco'o< da -ogal ?a@ #ara as muleres e@o@
 #ara os omens7 de#ois a -eraliCa'ão7

%!

"< -olta  #osi'ão deitada no di-ã e, durante 12 minutos, -ocaliCa'ão do ?não@ girando a
cae'a #ara a direita e #ara a esBuerda7 de#ois a -eraliCa'ão7
0< res#ira'ão de remador #or 12 minutos e -eraliCa'ão7
2< e !< actings dos !3 e %3 n4-eis com res#ecti-a -eraliCa'ão.
(e#ois de desem#enada de modo ?satis$atório@ esse ti#o de sessão, #elo menos
um #ar de -eCes, #ara ?ligar@ o #esco'o, agora )unto com o tóra5, ao dia$ragma, a sessão
seguinte de-e ser assim realiCada:
1< acting do ?gato@ #or alguns minutos7
+< acting da cae'a #ara $ora do di-ã, com -ocaliCa'ão, #or 12 minutos e -eraliCa'ão7
"< ?-oltando@ o #aciente ao di-ã, ele 8 con-idado a le-antar os
 ra'os,#er#endicularmente aos omros e, sem dorar os coto-elos, socar com os #unos
no di-ã, diCendo ?não@, concomitantemente  rota'ão da cae'a o má5imo #oss4-el 
direita e  esBuerda 9ateros #unos ao #ronunciar o@não ?.A dura'ão disso 8 de 12
minutos mais -eraliCa'ão, na Bual os ra'os $icarão estendidos #ara o alto, com as
 #almas das mãos -oltadas #ara dentro.
0< Res#ira'ão de remador, #or 12 minutos, mais -eraliCa'ão7
2< e !< Actings dos !3 e %3 n4-eis e res#ecti-a -eraliCa'ão.
sse ti#o de sessão tam8m será $eito #elo menos mais umas duas -eCes, mesmo
Bue )á se)a@satis$atório@, ?grati$icante@.
As sesses sucessi-as com o dia$ragma incluem a e5ecu'ão do acting ?$inal@ e
mais im#ortante da -egetotera#ia, aBuele Bue Reic camou de ?medusa@.
sse acting merece, #ortanto, uma e5#lica'ão detalada, #orBue geralmente 8 na
e5ecu'ão desse acting res#iratório Bue a#arece o ?re$le5o do orgasmo@.
&lustremos então o acting da ?medusa@, antes de retomarmos a sistemática das
sesses do dia$ragma.
?edusa@: indi-4duo deitado no di-ã, com as #ernas doradas e )untas, #8s
 )untos a#oiados sore o di-ã. Olos aertos ;lemremos Bue todo o tratamento de
-egetotera#ia de-e ser $eito de olos aertos: ?aBui e agora@D<.
O indi-4duo ins#ira $undo e logo e5#ira, -ocaliCando/o ?a@ durante todo o tem#o
da e5#ira'ão7 concomitantemente desce os omros, ergue a #8l-is do di-ã, arindo as
 #ernas e, nessa #osi'ão, $aC a #ausa.

%%

Retoma o $6lego ;ins#ira< $ecando as #ernas e, imediatamente, e5#ira com o ?a@,


descendo os omros e erguendo os Buadris, arindo as #ernas, e, nessa #osi'ão, -olta a
$aCer a #ausa. Assim sucessi-amente, #or cerca 12 minutos, #rocurando seguir um ritmo
 #ró#rio, #essoal. (e#ois disso, a -eraliCa'ão.
A #artir desse momento, a seB*ncia da sessão 8 a seguinte:
1< acting do ?gato@ #or alguns minutos7
+< acting de arir e $ecar as mãos #or 12 minutos, sendo os Qltimos dedicados 
-eraliCa'ão7
"< acting de socar diCendo ?eu@ ;o ?eu intra#s4Buico@< #or 12 minutos7
0< acting das mãos #ara o alto #or 12 minutos, sendo os #rimeiros e os Qltimos minutos
dedicados  -eraliCa'ão7
2< acting da res#ira'ão de ?medusa@ #or 12 minutos, seguido da -eraliCa'ão7
!< e %< actings dos !3 e %3 n4-eis, seguidos da res#ecti-a -eraliCa'ão.
 Na sessão seguinte, em -eC do acting de socar diCendo ?eu@, sustitui/se com o
acting de socar ?não@, e na #ró5ima sessão -olta/se a socar o ?eu@ ;dessa -eC trata/se do
?eu inter#s4Buico@<.
Legamos assim ao $im da tera#ia, #ara a Bual só $altam algumas sesses #ara os
Qltimos n4-eis, como ilustraremos adiante, de#ois de descre-er os actings dos !+ e %+
n4-eis.
Oser-a'es sore os actings res#iratórios ;dia$ragma<: os actings da res#ira'ão,
o-iamente, sem#re en-ol-em o dia$ragma, mas 8 o#ortuno lemrar, como assinala a
neuro$isiologia, Bue a res#ira'ão não 8 e5clusi-amente dia$ragmática.
(e $ato, temos uma res#ira'ão esca#ular e nucal, em Bue a ati-idade
dia$ragmática 8 a)udada e re$or'ada #ela a'ão dos mQsculos occi#ital, escaleno, es#inal
e esca#ular7 e uma res#ira'ão #8l-icoadominal, #ela inter-en'ão dos mQsculos
trans-ersos, #articularmente im#ortantes na e5#ira'ão. Jemremos Bue o ad6men e a
 #8l-is t*m estreitas rela'es, de ti#o agonista/antagonista, com o #er4neo, camado de
?dia$ragma de ai5o@.
(e-e/se sulinar Bue a -egetotera#ia insiste #articularmente na $un'ão e5#irató
ria. A ansiedade, denominador comum de toda #atologia ;não somente da
 #sico#atologia<, condiciona o indi-4duo a ter uma atitude res#iratória de ti#o
ins#iratório, em detrimento da e5#ira'ão ;Reic considera-a a ca#acidade de e5#ira'ão
um teste #ara a ansiedadeD<.

%

;Mma digressão: no en$oBue #sicodinâmico, o áito de $umar 8 inter#retado como


ligado  oralidade, mas muitas -eCes de-e/se  necessidade do $umante de conseguir 
uma e5#ira'ão melor: $umar origa a e5#irar a $uma'aD &sso e5#lica a di$iculdade de
certas #essoas de #arar de $umar, e a utiliCa'ão da loelina ;e5citante res#iratório<,
como coad)u-ante nas t8cnicas #ara largar o cigarroD<
Re-isando os actings res#iratórios, #odemos considerar Bue:
1< o acting do ?gato@ age direta e ati-amente sore o dia$ragma7
+< O acting da ?res#ira'ão sim#les@, descendo os omros, age ati-amente sore a
res#ira'ão nucal e esca#ular, al8m do dia$ragma7
"< O acting da ?res#ira'ão do remador@ age ati-amente sore a res#ira'ão nucal,
esca#ular e dia$ragmática, e #assi-amente sore a res#ira'ão #8l-ica7
0< O acting da ?res#ira'ão de medusa@ age direta e ati-amente sore todos os
com#onentes res#iratórios.
A $isiologia o$icial ensina Bue os atos res#iratórios são de a#ro5imadamente de
doCe #or minuto. A e5#eri*ncia cl4nica indica, como oser-a Zirc$eld e con$irma a
-egetotera#ia, um má5imo de seis atos res#iratórios -álidos #or minuto. Lomo nas
outras $un'es iológicas, 8 ó-io Bue cada indi-4duo tem o seu ritmo ;cronoiologia
ligada aos ritmos cosmo/telQricosD<, #ara o Bual a constitui'ão cor#oral 8 determinante,
e, #ortanto, os atos res#iratórios -álidos #odem ser at8 menos de seis. ais de seis atos
res#iratórios #or minuto são um sinal de estado ansioso ;s -eCes encoerto ou, s
-eCes, ?em@ controlado #or certo ti#o de caracterialidade<.
(e-e/se oser-ar Bue, es#ecialmente na ?res#ira'ão de medusa@, o #esco'o 8
le-ado em e5tensão #osterior, enBuanto, ao se cegar ao re$le5o do orgasmo, ele 8
$letido #ara a $rente, ritmicamente.
Signi$icado e rea'es aos actings: como descre-emos detaladamente em
Laracterologia #ós/reiciana e Somato#sicodin6mica, o dia$ragma ;23 n4-el<, en-ol-ido
nos actings res#iratórios, 8 a sede da ansiedade ;Bue #ode se trans$ormar em angQstia<,
e5#ressão do tra'o masoBuista de todo indi-4duo. A #ersonalidade neurótica
;#arado5almente, a mais sadia Bue atualmente nos 8 dado encontrar, em termos
 #ercentuais< caracteriCa/se a#enas #elo masoBuismoD

%

(esloBuear o dia$ragma, a#rendendo a res#irar em, signi$ica ter -ia li-re #ara
a aBuisi'ão do caráter genital, o caráter maduro, Buando serão tam8m desloBueados
os !3 e %3 n4-eis.
Lomo saemos, o masoBuista 8 Buem aceita, so$re e tolera o sadismo de outro,
mas... at8 ?certo #onto@, Buando e5#lode ;s -eCes #erigosamenteD<.
Gual 8 esse ?certo #onto@\  o #onto má5imo Bue ele #ode se #ermitir reter o $6lego na
ins#ira'ão7 a4 8 origado a e5#irar, ou se)a, e5#lodir.
O masoBuista 8 algu8m ca#aC de trans$ormar o #raCer em des#raCer, e, #ortanto,
a essa altura da tera#ia, muitas -eCes reage mani$estando o masoBuismo em seu
com#ortamento:
1< não consegue $aCer os actings, #or considerá/los di$4ceis ;sicD<, ou, s -eCes,
mani$esta sonol*ncia e at8 cai no sonoD7
+< come'a a corar, #ara Bue o tera#euta tena #ena dele ;e o tera#euta, no interesse do
 #aciente, não se dei5a como-erD<7
"< a atitude serena e $irme do tera#euta $aCem e5#lodir a sua ostilidade aertamente ou
com um com#ortamento de saotagem  tera#ia. Nesse caso, o tera#euta lemra Bue
isso im#ede a conclusão da tera#ia, Bue )á está #raticamente no $im7
0< o #aciente -eraliCa sua descon$ian'a do tera#euta, da tera#ia, de si mesmo, se
lamenta e reclama, #ara assim agredir direta e indiretamente o tera#euta e im#edir a
tera#ia.
Se essa atitude do #aciente #ersistir #or mais de duas ou tr*s sesses, 8 #reciso
Bue o tera#euta lemre como o masoBuista, inconscientemente, sente #raCer nas
$rustra'es, mas... at8 certo #onto ;D<,e #or isso 8 #reciso $rustrá/lo energicamente. m
certos casos, 8 salutar ao #aciente a amea'a de interrom#er a tera#ia, #ara Bue ele -olte
a colaorar. U $undamental Bue o #aciente a#renda a res#eitar a #ausa res#iratória, #ara
e-itar, al8m do mais, uma inQtil i#er#n8ia ;Bue 8 anti$isiológicaD<: na mQsica, a #ausa 8
$undamental #ara a armonia musicalD
Mma rea'ão muito $reBente e de om signi$icado 8 o oce)o
;#arassim#aticotonia<. O tra'o ist8rico do #aciente muitas -eCes se mani$esta com
coro alternado com riso.
Mma oa rea'ão motora 8 a tend*ncia da #8l-is de erguer/se durante a e5#ira'ão,
 em como a sensa'ão de calor di$uso no cor#o.
uitas -eCes, o a#arecimento de mo-imentos in-oluntários ou cãiras #ro-oca
dores ou medo. O medo de-e ser sem#re tranBiliCado ;8 o medo do orgasmo, de Bue
$ala-a Reic<.
=

ais es#eci$icamente, uma di$iculdade no acting do ?gato@ e5#ressa o temor de


ser agressi-o7 uma di$iculdade na ?res#ira'ão sim#les@ e5#ressa a #resen'a de uma
condi'ão ansiosa7 uma di$iculdade na ?res#ira'ão do remador@ 8 sinal de inadeBua'ão
na coordena'ão motora do cor#o7 uma di$iculdade na ?res#ira'ão da medusa@, al8m de
inadeBua'ão na coordena'ão, 8 sinal de medo de se aandonar, se soltar, e ser 
armoniosamente r4tmicoD
_s -eCes, como rea'ão  res#ira'ão, á tosse, arroto, náusea, dor na oca do
est6mago, acentua'ão da #eristalse, $latul*ncia ;a esse res#eito 8 o#ortuno lemrar ao
 #aciente Bue a $latul*ncia 8 e5#ressão do cor#o, como BualBuer outra, e #ortanto, ele
não de-e se en-ergonarD<.
A sensa'ão de unidade e de armonia cor#oral, como a de@le-ita'ão@, são sinais
de desloBueio dia$ragmático.
Lomo se -*, a di-ersidade das rea'es le-a a considerar como #ode ser muito
-ariada a -eraliCa'ão ;a$ora seus conteQdos es#ec4$icosD<.
erece aten'ão es#ecial algo Bue, $reBentemente, acontece com o #aciente
durante o desloBueio do dia$ragma, Buando ele está ?eliminando@ da sua
caracterialidade o tra'o masoBuista. A ?e5#losão@ do masoBuismo #ro-oca, muitas
-eCes, sua momentânea e5acera'ão, Bue se mani$esta em:
1< esBuecimento de coisas cotidianas, mesmo im#ortantes7
+< atitudes e com#ortamentos auto/lesi-os7
"< #erda de ca-es, dineiro ou o)etos7
0< com#ortamentos inadeBuados, atos $alos, ga$es, la#sos, somatiCa'es inc6modas,
auto/reai5amento7
2< temor de #rosseguir a tera#ia, Bue 8 ?menos#reCada@, tend*ncia a $aCer rea#arecer 
alguma sintomatologia re#rimida, de#ressão ansiosa etc.
Eodas essas mani$esta'es de masoBuismo são e5#resses da destacada auto/
saotagem do masoBuista, Bue cega a #onto de ?$ugir@ da tera#ia em Buando ela
entrou na $ase $inal. O tera#euta de-e tranBiliCar o #aciente, recomendando/le Bue
tena... ?#aci*ncia@, e #re-eni/lo de tudo o Bue, e-entualmente, #ossa acontecer.
Assim como 8 $undamental não tomar decises im#ortantes durante a tera#ia, 8
ainda mais Buando a tera#ia cegou ao dia$ragmaD Lomo oser-a >aHer, esse momento
8 o mais delicado e #erigoso da tera#iaD

1

Jemremos Bue o masoBuista 8 um indi-4duo Bue tem tend*ncia a ?im#lodir@,


 #ara de#ois ?e5#lodir@ destruti-amente. O traalo no dia$ragma
 #rocurará@administrar@ a e5#losão, tal como@administra@ a energia nuclear em um
reator at6mico7 senão a sQita $issão do átomo 8 como uma oma at6mica, com suas
terr4-eis conseB*nciasD
A #rolemática da omosse5ualidade ;#atente e latente< de um #aciente em geral
8 e5#ressa com a -eraliCa'ão do traalo no dia$ragma.
U tare$a do tera#euta, modelo de eterosse5ualidade, indagar a moti-a'ão, #ara
a)udar o #aciente a su#erá/la.

+

Actings do !3 n4-el: ad6men7 e do %3 n4-el: #8l-is  sesses $inais


Lomo )á dissemos, os actings do !3 n4-el ;e o do %3< são #ro#ostos ao #aciente
Buando se inicia o ?traalo@ no dia$ragma. Passemos agora  descri'ão.
O acting do ?gato@ estimula indiretamente o !3 n4-el7 o acting es#ec4$ico do
n4-el 8 camado de acting do ?rao@.
O ?rao@ consiste ;com as #ernas doradas e a#oiadas no di-ã< em erguer 
somente a #8l-is e, sem reter o $6lego, mo-imentá/la r4tmica e trans-ersalmente,
 alan'ando alternadamente #ara o alto,  direita e  esBuerda, #or 12 minutos, seguidos
da -eraliCa'ão.
sse acting, o-iamente, ati-a tam8m a #8l-is, se lemrarmos Bue as -4sceras
adominais são se#aradas das #8l-icas #ela ca-idade #eritonal, Bue -ai oliBuamente de
cima #ara ai5o e #ara trás.
sse acting 8 seguido daBuele es#ec4$ico da #8l-is ;%3 n4-el<, Bue 8 o de
?cutar@: de#ois do ?rao@, o #aciente estica as #ernas sore o di-ã e, $le5ionando os
 #8s, mas sem dorar os )oelos, )oga as #ernas, alternadamente, #ara o alto, dando
cutes na dire'ão do teto, diCendo ?não@ cada -eC Bue le-antar uma das #ernas, e de#ois
dei5ando/a cair #assi-amente sore o di-ã. sse acting tam8m dura 12 minutos,
seguido da -eraliCa'ão. A #ro#ósito do acting do ?rao@, -ale a #ena lemrar Bue
conta-a o Bue Reic diCia: ?Fa'am amor, mas res#iremD@.
Signi$icado e rea'es desses actings: com o ?rao@, moiliCa/se e ati-a/se
energeticamente o ad6men e a #8l-is. A moilidade sacro/lomar ;res#onsá-el #ela
artrose lomar, Buando á loBueio, assim como o #esco'o #ela artrose cer-icalD< $aC o
su)eito a#render Bue o mo-imento natural, no ato amoroso, 8 trans-ersal, como Bue
 alan'ando a #8l-is, e não longitudinal, com im#ulso ântero/#osterior7 o mo-imento
de-e ser r4tmico, armonioso, doce, #ara se ?com#enetrar@ com o #arceiro e aandonar/
se sem medo, nem autocontrole. As tenses da #8l-is são sinal da re#ressão se5ual, do
medo da castra'ão.

"

A rea'ão mais comum ao ?rao@ 8 a sensa'ão de calor di$uso no cor#o ;s -eCes
só as #ernas e #8s são #erceidos como $rios.., sinal de loBueio energ8tico< e dor nos
memros in$eriores, es#ecialmente nos mQsculos adutores das co5as ;os ?guardiães da
-irgindade@<.
nBuanto o acting não se tornar agradá-el, o #aciente -eraliCa essas sensa'es
se Buei5ando da di$iculdade de conseguir um om ritmo7 outras -eCes ;8 ó-ioD<,
-eraliCa $antasias ou lemran'as ligadas  se5ualidade genital.
O acting de ?cutar@ 8 es#ec4$ico #ara descarregar o medo inscrito na #8l-is. (ar 
cutes #ara o alto, diCendo@não@, 8 re-oltar/se contra a incum*ncia de um su#erego
Bue induC o medo do )ulgamento, #elo Bual se 8 #unido com a castra'ão. eralmente, o
?castrador@ do omem 8 o #ai7 da muler, 8 a mãe ;a menos Bue se tena tido uma mãe
$álicaD<, e isto #ode ser lido na di$eren'a Bue se oser-a no acting da #erna direita e da
esBuerda. Lomo se e5#ressa o ?não@ ;e, como sem#re, isto de-e ser oser-ado ao
 #acienteD< tam8m 8 sinal eloBente.
ntre as rea'es mais comuns, á, s -eCes, o surgimento de cãiras ;#or 
e5cesso de energia não descarregada<, a sensa'ão de Bue as #ernas estão muito #esadas
;mais tarde se tornarão le-esD<, a tend*ncia a diCer ?não@ Buando o #8 ate de -olta no
di-ã ;8 como ater o #8 no cão diCendo ?não@, e5#ressão in$antil de reelião e
?irra@D<, a sensa'ão de calor com suor Buente.  sem#re o#ortuno lemrar ao #aciente a
im#ortância de ?encontrar@ o seu #ró#rio ritmo, #essoal, de cutar.
 Nas -eraliCa'es surgem lemran'as de -i-*ncias no con$ronto com a
autoridade re#ressora, ou #raCer de #oder ?mandar #ara aBuele lugar@, com os cutes,
 #essoas ou situa'es o#ressoras.
O acting do cute solta a tensão dos mQsculos dorsais onde se acumula a
agressi-idade negati-a #ara com o mundo.

As sesses $inais da -egetotera#ia

As Qltimas sesses do tratamento -egetotera#*utico são dedicadas aos tr*s Qltimos


n4-eis, #ri-ilegiando a $uncionalidade res#iratória. A seB*ncia dessas sesses 8 a
seguinte:
1<. acting do ?gato@ #or 1= minutos, seguido da -eraliCa'ão7

0

+< acting da ?res#ira'ão de remador@ #or 12 minutos, seguido da -eraliCa'ão7


"< acting do ?rao@ #or 12 minutos, seguido da -eraliCa'ão7
0< acting de ?cutar@ #or 12 minutos, seguido da -eraliCa'ão7
2< acting da ?medusa@ #or 12 minutos, seguido da -eraliCa'ão7
O surgimento do re$le5o orgástico anuncia/se #or mo-imentos in-oluntários,
r4tmicos ;mo-imentos #r8/orgásticos< durante os actings res#iratórios e do ?rao@. A
sessão 8 re#etida -árias -eCes, at8 surgir o re$le5o do orgasmo: o re$le5o orgástico
a#arece como e5#ressão de um dia$ragma desloBueado e encontra tam8m
desloBueados os n4-eis adominal e #8l-ico, ou se)a, em condi'es $uncionais Bue
 #ermitem uma li-re circula'ão energ8tica #ara a Cona genital. Anuncia/se com
mo-imentos dia$ragmáticos in-oluntários, Bue surgem durante a #ausa e se estendem
 #ara o alto e #ara ai5o do cor#o. `s -eCes, o indi-4duo $ica mara-ilado, mas, mais
$reBentemente, com medo. edo de #erder o autocontrole, Bue 8 o de desmaiar ou de
morrerD A$ora Bue, res#irando, não 8 #oss4-el morrer ;D<, 8 o medo de estar diante de um
$en6meno desconecidoD
O re$le5o do orgasmo não 8 o orgasmo, mas o sinal de Bue, com a tera#ia, o
 #aciente alcan'ou a #otencialidade orgástica, Bue sua ioenergia, 8 ca#aC de circular 
sem os ostáculos dos loBueios nos -ários n4-eis, da cae'a aos #8s7 ao #asso Bue o
orgasmo 8 uma con-ulsão unitária e in-oluntária de todo o organismo, no auge do
am#le5o genital7 o re$le5o do orgasmo 8 o a#arecimento de mo-imentos in-oluntários,
unitários, Bue, #artindo do dia$ragma ;#le5o solar< distriuem/se #ara cima e #ara ai5o
do cor#o, dando uma sensa'ão de #raCeroso aandono e, s -eCes, uma ?sua-e@
e5cita'ão se5ual. O #aciente com e5cita'ão se5ual #ode e5#ressar o dese)o de se
masturar, #or Bue não\ Só Bue, #or uma Buestão de ?om senso@, 8 con-idado a $aC*/lo
$ora da sessãoD  e-idente Bue um tera#euta s8rio nunca se dei5ará en-ol-er no dese)o
se5ual de um #acienteD  Buestão de trans$er*ncia ;ou de contratrans$er*ncia<, a analisar 
;e le-ar  su#er-isãoD<.
A -eraliCa'ão dessa rea'ão, muitas -eCes, 8 incomunicá-el #ara o #aciente: 8
como estar em ?outro mundo@, 8 um ?sentir@ cósmico, 8 como ?sair $ora da #ele@ etc.
FreBentemente, assiste/se a um #ranto sua-e de alegria, e não o coro triste Bue #ode
acom#anar o ?#raCer@ ligado  im#ot*ncia orgástica. U e-idente Bue, #ara atingir o
re$le5o orgástico, de-e/se #ressu#or uma oa carga energ8tica do indi-4duo, Bue desse
modo será armoniosa e #raCerosamente descarregada.

2
sse 8 o momento $inal de uma oa -egetotera#ia caractero/anal4tica, 8 o
o)eti-o Bue se #ro#e a tera#ia #ara cegar ao caráter genital, o caráter maduro, Bue
$ará do omem um ser realmente umaniCado, como dese)a-a ScTeitCerD

!

A semântica em -egetotera#ia

Assim como a semiótica, e conseBentemente a semiologia, tam8m a semântica


re-este/se de grande im#ortância na -egetotera#ia. A maneira aitual de um indi-4duo
se e5#ressar 8 mani$esta'ão da sua caracterialidade,  Bual estão ligados ;8 o#ortuno
lemrarD< os seus -alores e5istenciais7 al8m disso, a #ossiilidade de decodi$icar o modo
de $alar de um #aciente em seu corres#ondente somático dá ao tera#euta uma ca-e de
inter-en'ão #ara ?traalar@ determinados n4-eis cor#orais. Acrescente/se a isso a
$un'ão reeducati-a Bue, como diCia Freud, de-er ins#irar BualBuer tera#ia e Bue, no
 #ensamento #ol4tico reiciano, 8 $undamental se Bueremos Bue, com a tera#ia, um
indi-4duo se res#onsailiCe não a#enas #or ele mesmo, mas tam8m diante da
coleti-idade7 da4 a necessidade de esclarecer o -alor semântico da linguagem, #ara uma
 oa comunica'ão e #ara uma -isão do mundo melor.  ó-io Bue uma semântica e5ata
$acilita e #ermite uma comunica'ão realD
Lada #aciente, ao $alar, e5#ressa sua maneira #essoal, indi-idual, de inter#retar,
categoriCar, simoliCar, intelectualiCar a realidade. uitas -eCes, á con$usão entre os
conceitos, como usar a #ala-ra ?#ot*ncia@ em -eC de ?#oder@, ou ?de#ressão@ em -eC de
?tristeCa@ etc.
U im#ortante #restar aten'ão nas intercala'es no discurso de um #aciente:
aBuele Bue re#ete muito ?como se@ está comunicando a temática da ilusão, cu)a solu'ão
está ligada ao Buarto acting ocular ;rota'ão<7 um outro Bue diC com $reB*ncia@não
consigo@ está e5#ressando sua de#ressi-idade, ligada ao segundo acting ocular/oral, o
Bual, #ortanto, de-e ser continuado ou retomado #elo tera#euta #ara su#erar essa
condi'ão7 o Bue relata estar ?con$uso@ está #recisando estigmatiCar, ?$ocaliCar@ a tare$a
 #ara o #rimeiro acting ocular.

%

U im#ortante distinguir o #aciente con$uso do ?indeciso@, Bue comunica ami-al*ncia: a


con$usão re$ere/se ao #onto $i5o, a indecisão ;ami-al*ncia< nasce da $uncionalidade
de$iciente, ligada ao terceiro acting ocular/oral, #ara de#ois se ancorar no n4-el torácico
;03 n4-el<.
Sore o n4-el corres#ondente cor#oral  $ala #odem/se citar -ários e5em#los: o
13 n4-el a#arece em $rases relati-as a #restar aten'ão, a escutar ou $icar atento, ao coro,
ao sono,  con$usão mental ou  intui'ão ;$are)arD<,  curiosidade, aos ceiros7 o +3 n4-el
nos $ala da alimenta'ão, do #aladar, de $alar, de amea'ar, de criticar, de $alar mal7 o "3
n4-el está ligado a $rases sore autocontrole, orgulo, medo de #erdera cae'a7 o 03
n4-el: assumir res#onsailidade ;omros<, ami-al*ncia, a$eti-idade7 o 23 n4-el conta
$rases ligadas ao masoBuismo,  ansiedade,  #ressa,  coragem ;$4gado<, ao rancor, 
ostilidade7 o !3 n4-el,  #assionalidade, ao cansa'o ;rins<7 o %3 n4-el 8 re$erenciado em
$rases ligadas ao mo-imento ;correr, #rogredir<, ao se5o,  #rocria'ão,  -ergona, 
 #rote'ão.
(e-e/se oser-ar Bue todas as #ala-ras Bue come'am com o #re$i5o ?co@
re$erem/se  sociailidade, e Bue o uso e5cessi-o de ad)eti-os está ligado  a$eti-idade,
ao #asso Bue o uso de ad-8rios está ligado ao sentido de tem#o7 os ad-8rios ?sem#re@
e ?nunca@ são #arado5ais, #ois e5#rimem o conceito de eternidade. uitas -eCes, em
rela'ão  sua -i-*ncia e5istencial, o #aciente $ala, a res#eito de decises, ou a'es, ou
comunica'es Bue dese)aria $aCer: ?não teno coragem de...@, e nesse caso será om Bue
ele a#renda a diCer ?estou com medo de...@: a coragem será reser-ada #ara algo
e5ce#cionalD
Guando se usa só a linguagem não temos uma comunica'ão #lena, #ois ela se
utiliCa de muitos outros sinais. A res#eito da rela'ão #ensamento/linguagem, 8
necessário Bue o ?signo@, e, #ortanto, o ?sinal@, se)a a #remissa ling4stica Bue #oderá se
realiCar como #ala-ra ;dada #ela interioriCa'ão #ela crian'a, #ara criar sua #ró#ria
linguagem interna<.
_ medida Bue o âmito semântico se am#lia, surgem os s4molos, Bue são ligados ao
amiente sociocultural, e Bue #or isso são, muitas -eCes, eBu4-ocos. m -egetotera#ia,
onde a inter#reta'ão se reduC ao essencial, #rocura/se uma e5#lica'ão istoricamente
-álida. m geral, a -eraliCa'ão ?reiciana@ não #recisa de inter#reta'ão simólica, mas
da inter#reta'ão analógica, uma -eC Bue está ligada a situa'es e5istenciais emocionais
do #aciente, #ortanto a$eti-as e iologicamente inseri das na gestualidade e no
com#ortamento, como comunica'ão com a realidade.



Reic diCia Bue, s -eCes, uma sessão #ode transcorrer sem #ala-ras, #orBue 8
 om Bue o indi-4duo se torne ca#aC de encontrar, atra-8s das sensa'es e emo'es, o
contato e a comunica'ão consigo mesmo.
Se, com a media'ão do tera#euta, conseguirmos $alar conosco e $ormos ca#aCes
de nos escutarmos e de ?sentir@ o estado imaturo da nossa caracterialidade, isto #oderá
ser enormemente #roduti-o.
A comunica'ão de-e ser sem#re direta, clara7 am#liar ou restringir o âmito
semântico com#orta sem#re eBu4-ocos e dQ-idas.
Para tal $im, tenamos em mente Bue, #ara o indi-4duo com nQcleo #sicótico, o
tera#euta de-e ter um ?e$eito incuadora@7 #ara o orderline, de-e ter uma $un'ão
materna ;maternagem<7 #ara o #siconeurórico, $un'ão #arental7 #ara o neurótico, $un'ão
amigá-el.



A crise de trans$orma'ão caracterial ;matura'ão< em -egetotera#ia


Adendo

m #sicotera#ia ;e mais ainda em somato#sicotera#ia<, o tratamento, #ara ser 


e$icaC, de-e colocar o #aciente em crise. A #ala-ra crise tem, geralmente, um
signi$icado semântico de -alor negati-o, mas isto 8 um erro. Eoda crise 8 a #remissa
 #ara um no-o arran)o ;um go-erno entra em crise #orBue 8 inca#aC de resol-er certos
 #rolemas Bue, e-entualmente, serão resol-idos #elo go-erno seguinteD<, e o mesmo se
dá com a matura'ão caracterial. A e5#eri*ncia cl4nica nos diC Bue um indi-4duo com um
nQcleo #sicótico ;c$. Laracterologia #ós/reiciana<, com -egetotera#ia ;mais tera#ias
energ8ticas con-ergentes< entra em crise ;ou $oge da tera#ia< durante o traalo nos
olos, #ara de#ois recom#or/se em #osi'es orderline. O indi-4duo orderline entra em
crise durante o traalo com a oca, #ara cegar a uma condi'ão #siconeurótica. O
 #siconeurótico entra em crise durante o traalo com o #esco'o ou com o dia$ragma,
 #ara então recom#or/se numa condi'ão neurótica. O neurótico entra em crise durante o
traalo com o dia$ragma #ara a$inal alcan'ar a situa'ão do caráter genital.
Lada crise 8 su#era'ão de uma condi'ão de medo. O medo ;terror/#ânico< do
nQcleo #sicótico, ligado aos olos, 8 o medo de morrer7 o do orderline ;ligado  oca< 8
o medo de não #oder sore-i-er #or causa de uma temida de#ressão de ti#o suicida7 no
 #siconeurótico, o medo 8 de #erder os mecanismos de de$esa contra a castra'ão7 no
neurótico, o medo 8 medo do orgasmo, -i-enciado como #erda do eu.
Eoda a -egetotera#ia traala com a emo'ão do medo, consciente ou
inconsciente, em suas -árias maneiras de se mani$estar.

=

U claro Bue, se um al#inista Buiser alcan'ar o #ico de uma montana, terá de


en$rentar a escalada, com todos os riscos Bue com#orta, mas se ti-er a sorte de contar 
com um guia e5#erimentado, certamente alcan'ará sua meta.
O tera#euta 8 como um Virg4lio guiando seu #aciente (ante do in$erno de seu
mal/estar, #assando #or um #urgatório tera#*utico, at8 des#edir/se, dei5ando/o s #ortas
do #ara4so Bue, #ara nós, 8 a #ot*ncia orgástica do caráter genital, o caráter maduroD
O #rocesso de matura'ão caracterial $aC um indi-4duo com nQcleo #sicótico se
trans$ormar numa condi'ão orderline7 uma condi'ão orderline trans$orma/se em
 #siconeurose e esta em neurose. (a condi'ão neurótica #assa/se  situa'ão genital
caracterial.

A(N(O
Recentemente, $oram sugeridos, #or -egetotera#eutas da SOR ;scola
uro#8ia de Orgonomia< alguns actings adicionais aos descritos neste li-ro:
1< M. Jierati #ro#e, #ara #acientes com nQcleo #sicótico, traalar nos olos com um
$undo musical energiCante.
+< L. Paolillo #ro#e, de#ois de terminar o traalo no tóra5, acrescentar dois actings: o
 #rimeiro camado de ?$erramentas@ e o segundo, de ?rota'ão dos omros@.
"< R. Sassone #ro#e a rota'ão da cae'a,  direita e  esBuerda, em sincronia com os
mo-imentos do ?rao@.
Eodo no-o acting Bue tena signi$icado neuro#sico$isiológico será em/-indo 
metodologia Bue descre-emos como esBuema ásico #ara a -egetotera#ia.

1

>iliogra$ia

AAN&E&,  .&nter-ento al Seminario di Psico#atoiog4a. Mni-er. FirenCe, 1%.


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