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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

ESCOLA POLITÉCNICA DE PERNAMBUCO


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 1

Admir
Carlos Eduardo
Emmanuel Nascimento
Tássio

ENSAIO DE COMPRESSÃO
DE CORPOS-DE-PROVA

RECIFE
2010
Admir
Carlos Eduardo
Emmanuel Nascimento
Tássio

ENSAIO DE COMPRESSÃO
DE CORPOS-DE-PROVA

Trabalho acadêmico apresentado como


requisito para obtenção de nota parcial da
segunda unidade escolar da disciplina de
Materiais de Construção 1, ministrada no
curso de Engenharia Civil da Universidade de
Pernambuco pelos professores Dr. Ângelo
Just e Dra. Yêda Póvoas.

RECIFE
2010
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 05

2 OBJETIVO 05

3 METODOLOGIA 05

3.1 FERRAMENTAS NECESSÁRIAS PARA O ENSAIO 06

3.2 DETERMINÇÃO DO TRAÇO UNITÁRIO EM PESO (TUP) 06

3.3 DETERMINAÇÃO DAS QUANTIDADES DE MATERIAIS 07

3.4 PRODUÇÃO DO CONCRETO NA BETONEIRA 07

3.5 ENSAIO DE ABATIMENTO PRO TRONCO DE CONE (SLUMP TEST) 07

3.6 PRODUÇÃO E PREPARAÇÃO DOS CP’S 08

3.7 ENSAIO DE COMPRESSÃO 09

4 RESULTADOS 10

5 CONCLUSÃO 11
LISTA DE FOTOS

Foto 1 Colher metálica, Concha de pedreiro, Martelo e Balança

Foto 2 Equipamentos para o abatimento

Foto 3 Adição de água na betoneira

Foto 4 Adensamento na 3ª camada

Foto 5 Slump test ou Abatimento

Foto 6 Preparação dos Corpos de Prova

Foto 7 Capacete Emborrachado a frente dos corpos de provas rompidos com ele

Foto 8 Capeamento de Enxofre

Foto 9 Máquina de Ensaio a Compressão

Foto 10

Foto 11

Foto 12

Foto 13

Foto 14

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Resistência x Idade

Gráfico 2 Deformações elásticas, plásticas e de ruptura em função da tensão.


1. INTRODUÇÃO

As grandes exigências requeridas para um projeto é a resistência á compressão. Nesses


casos, o projetista deve especificar um material que possua boa resistência à compressão, que
não se deforme facilmente e que assegure boa precisão dimensional quando for solicitado por
esforços de compressão.
Compressão é um esforço axial que tende a provocar um encurtamento ou até o
rompimento do corpo submetido a este esforço. Em ensaios de compressão realizados em
concretos, são produzidos corpos-de-prova com dimensões padronizadas e são submetidos a
uma força axial distribuída de modo uniforme em toda seção transversal do corpo-de-prova.
Este tipo de compressão é o mais indicado para avaliar essas características de
materiais frágeis, como o caso do concreto.
Para este ensaio, foram utilizadas as dependências do Laboratório de Materiais para a
produção e execução do ensaio de compressão. Foi dividida a turma Q2 em dois grupos, com
valores da relação água/cimento diferentes para que se obtenha resultados distintos.

2. OBJETIVO

A necessidade da realização de ensaios técnicos se deve a manter uma padronização e


qualidade do concreto. Verifica a capacidade real de resistência de uma determinada
quantidade de concreto e assim, determina-se o melhor material a ser utilizado na obra devido à
disponibilidade do material.
Este relatório, juntamente com a aplicação prática, tem o objetivo de mostrar aos
estudantes desta disciplina aprendam sobre a metodologia e a realização de um ensaio
padronizado de compressão. Além disso, a elaboração do relatório proporciona um a
compreensão dos dados obtidos para uma análise para se encontrar as propriedades do
concreto ensaiado.

3. METODOLOGIA

3.1 FERRAMENTAS NECESSÁRIAS PARA O ENSAIO


Equipamentos ou ferramentas que foram utilizadas para a moldagem e a cura do
concreto:
• Betoneira ou misturador de concreto;
• Balança;
• Concha metálica;
• Colher de pedreiro;
• Martelo de cabeça emborrachada;
• Moldes cilíndricos de 10x20cm;
• Colarinho para preenchimento;
• Tronco de cone para abatimento;
• Haste de adensamento padronizado;
• Placa de base para abatimento.

Foto 1 - Colher metálica, Concha de pedreiro, Martelo e Balança

Foto 2 - Equipamentos para o abatimento


3.2 DETERMINAÇÃO DO TRAÇO UNITÁRIO EM PESO (TUP)

A partir das condições padrão estabelecidas pelo professor, deu-se prosseguimento a


determinação do traço a ser utilizado neste ensaio:
• a/c = 0,50; (relação água/cimento)
• A (%) = 9,5%; (relação água/materiais secos)
• α = 0,5; (teor de argamassa)

a
100 ×
A(%) = c = 100 × 0,50 = 50 → 10 = 50 → m = 50 − 1∴ m = 4
1+ m 1+ m 1+ m 1+ m 10

1+ a 1+ a 1+ a
α= = → 0,50 = → a = 0,50 × 5 − 1∴ a = 1,5
1+ m 1+ 4 5

m = a + b → b = m − a = 4 − 1,5 ∴ b = 2,5

Portanto, o traço fica: 1 : 1,5 : 2,5 : 0,5 (cimento, areia, brita e água, respectivamente).

3.3 DETERMINAÇÃO DAS QUANTIDADES DE MATERIAIS

O consumo de cimento e o total será dado pelas equações abaixo.

1000 − AI 1000 − 0 1000 kg


Ccim = = = ∴ Ccim = 429,3 3
m a 4 2,33 m
0,32 + + 0,32 + + 0,50
2,65 c 2,65

O volume dos corpos-de-prova de 10x20cm são:

Vtotal = 6 × VCP = 6 × π × 0,052 × 0,2 ∴Vtotal ≅ 0,009425m 3

Para facilitar nos cálculos, utilizaremos o Vtotal ≅ 0,01m 3 . Com isso, o consumo do
cimento para o volume dos CP’s será:
CcimCP = Ccim × Vtotal = 429,3 × 0,01∴ C cimCP ≅ 4,29kg

O cimento que será utilizado é o CPII-Z-32RS. Para que não falte materiais para o
preenchimento dos corpos-de-prova, utilizaremos 5.000 gramas de cimento, que através do
traço calculado têm-se:
• 5.000 g de cimento.
• 7.500 g de areia.
• 12.500 g de brita.
• 2.500 g de água.

3.4 PRODUÇÃO DO CONCRETO NA BETONEIRA

Após a pesagem dos materiais...

Foto 3 - Adição de água na betoneira

3.5 ENSAIO DE ABATIMENTO POR TRONCO DE CONE (SLUMP TEST)

Inicialmente, deve-se umedecer o tronco de cone e a placa de base. Durante o


preenchimento do molde, o operador deverá pressionar com os pés nas aletas do molde, a fim
de fixá-lo.
O molde deverá ser preenchido por 3 camadas e cada camada deverá ser adensada
com 25 golpes distribuídos uniformemente da haste padronizada. Para a última camada utiliza-
se um complemento auxiliar, conhecido como “colarinho”.
Foto 4 - Adensamento na 3ª camada

Limpar a placa da base e retirar o molde cuidadosamente na direção vertical. O


abatimento do tronco de cone será a distância da base superior do molde ao centro da base da
amostra, indicada através da régua.

Foto 5 - Slump test ou Abatimento

3.6 PRODUÇÃO E PREPARAÇÃO DOS CORPOS-DE-PROVA

Os corpos de prova que serão utilizados neste ensaio serão produzidos a partir de
moldes cilíndricos de altura igual ao dobro do diâmetro (neste caso serão utilizados moldes de
10x20 cm. Antes de proceder com o preenchimento dos moldes, foi aplicado um desmoldante.
O adensamento foi realizado com o auxílio da haste de adensamento, realizando-se em
3 camadas distribuídas uniformemente e por sobre cada camada foi aplicado 25 golpes
distribuídos por toda a camada. Para retirar as bolhas de ar que eventualmente podem ficar
alojadas, utiliza-se um martelo de cabeça emborrachada.
Após esse processo rasou-se com a colher de pedreiro a última camada, é identificado
cada corpo-de-prova e todos os seis são colocados na câmara úmida até o dia dos
rompimentos.

Foto 6 – Preparação dos Corpos de Prova

3.7 ENSAIO DE COMPRESSÃO

Os corpos-de-prova devem ser ensaiados imediatamente após a remoção do corpo-de-


prova do seu local de cura.
Para este ensaio, para a uniformização da base superior dos corpos de prova, serão
utilizados o capacete emborrachado (para 9 dias), o capeamento de enxofre (para 14 dias) e a
retífica (para 28 dias).
O capacete emborrachado é encaixado na base superior e depois, realizado o ensaio.

Foto 7 – Capacete Emborrachado a frente dos corpos de provas rompidos com ele
O capeamento com enxofre é realizado nas bases do corpo de prova.

Foto 8 - Capeamento de Enxofre

Na retífica, as bases dos corpos de prova são nivelados com auxílio de uma lixa.
A aparelhagem necessária para a execução é a maquina de ensaio a compressão. Os
corpos-de-prova devem ser posicionados de modo que seu eixo coincida com a máquina, de
modo que a resultante das forças passe pelo centro.
As faces dos pratos de carga e do corpo-de-prova foram limpas antes do corpo-de-prova
ser colocado em posição de ensaio. O ajuste da distância entre os pratos de compressão visa
facilitar a introdução e o alinhamento do corpo-de-prova entre os pratos, além de fixar o corpo
de prova na máquina. A carga foi aplicada continuamente, sem choque, até que o corpos de
prova rompessem.

Foto 9 – Máquina de Ensaio a compressão


4. RESULTADOS

O volume dos corpo-de-prova é calculado pela equação abaixo:

π ×d2 3,14 × (10) 2


AC = = ≅ 78,54cm 2
4 4
Para o cálculo da tensão (em Kg/cm2), faz-se:

F
τ=
AC
Onde F é a força de compressão.
Os resultados serão demonstrados em MPa, necessitando converter os valores de
tensão, utilizando a equação abaixo:

1 Kg
MPa = ×
10 cm 2
Os resultados serão demonstrados já em MPa. Por possíveis problemas na produção,
armazenamento e rompimento (tendem a reduzir a resistência), será utilizado o CP de maior
valor.
O primeiro ensaio foi realizado em nove dias, pelo fato de ter de ser utilizado o capacete
emborrachado. Por isso, ao invés do rompimento acontecer em sete dias, ocorreu aos nove.
As cargas de ruptura para os dois corpos-de-prova ensaiados nas primeiras idades
foram de 24,60MPa e 21,50MPa. Para os corpos-de-prova em 14 dias foram de 26,51MPa e
25,22MPa. Já nas últimas idades, os valores foram de 27,73MPa e de 28,02MPa.

Gráfico 1 – Resistência x Idade


5. CONCLUSÕES

A produção do concreto em si foi muito satisfatória, visto que foi nos apresentado os
conceitos vistos em sala de aula em um ambiente prático, motivando os alunos a adquirir
conhecimentos práticos e essenciais para um futuro engenheiro.
O ensaio de abatimento por tronco de cone, além de nos familiarizar com os
equipamentos, mostrou-se muito completo quando se trata de traços de concretagem.
A partir dos dados obtidos no ensaio, concluímos que os valores são satisfatórios e
esperados para o cimento utilizado (o CPII-Z-32RS), visto que a relação água/cimento utilizada
foi maior, reduzindo a resistência a compressão.
Para 28 dias, o cimento normalizado alcança 32MPa, enquanto que no ensaio realizado
alcançou 28,02MPa, uma variação de 3,98MPa ou de 14,2% da resistência normalizada.

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