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pressupostos.
O termo "Programação" vem da computação e diz respeito à instalação de um plano ou
estratégia, de um programa em nosso sistema neurológico. Isto significa que nós
condicionamos nosso cérebro, nós o programamos para obter um resultado específico.
Por exemplo, para aprender a dirigir um automóvel, inicialmente praticamos por partes
e depois, com o tempo e com a prática, a habilidade toda se torna automática.
Portanto, um programa fornece um caminho ao nosso sistema neurológico, indicando-
lhe a direção a seguir, e este caminho é fortalecido pela prática e enfraquecido pela ausência
desta. Vale ressaltar que nós possuímos programas para tudo, inclusive para nos sentirmos
felizes ou tristes.
Um exemplo extremo de um programa é a fobia (medos intensos, incontroláveis,
geralmente desproporcionais aos elementos que os causam, como o medo de baratas, ratos,
medo de altura). Uma fobia também acontece através de um condicionamento, em que uma
emoção intensa á associada a um objeto, animal ou situação, o qual, a partir de então, terá o
poder de causar aquela emoção.
O termo "Neuro" refere-se ao sistema nervoso, através do qual recebemos e
processamos informações que chegam pelos cinco sentidos: visual, auditivo, táctil-
proprioceptivo, olfativo e gustativo.
O termo: "Lingüística" diz respeito à linguagem verbal e não verbal, através das quais
as informações recebidas são codificadas, organizadas e recebem significados. Inclui imagens,
sons / palavras, sensações / sentimentos, sabores e odores. Simplificando muito, poderíamos
dizer que é o que nos permite "traduzir" as informações recebidas.
O termo: "Lingüística" está relacionado também ao modelo de linguagem que um
indivíduo possui, e que lhe permite interagir com o mundo exterior. Este modelo amplia ou
reduz a compreensão do indivíduo com relação a realidade externa. Quando muito
empobrecido,, dificultará o contato com o mundo e o indivíduo representará a si mesmo como
tendo poucas opções para enfrentar as mais diversas situações. Isto porque nós não
reagimos à realidade, mas sim a representação que fazemos dela. Para compreender, ampliar
ou modificar o modelo de alguém, a PNL conta com o... “Meta Modelo de Linguagem”.
Exemplificando o termo todo, tomemos novamente a habilidade de dirigir automóvel.
Um Programa nos permite fazê-lo automaticamente. Neuro: nós vemos (placas de trânsito,
cruzamentos, outros carros), ouvimos (sons do motor, buzinas), sentimos (uma trepidação no
volante, o contato com o pé na embreagem, etc.). Lingüística: os sons, as imagens e as
sensações / sentimentos são traduzidos para que tenha significado para nós. Desta forma, um
som estridente é automaticamente reconhecido como o som de uma buzina e nos lembramos
de que buzinas são usadas para alertar alguém. Estas associações ocorrem rapidamente e em
geral não as percebemos da forma seqüencial como a que estamos utilizando neste exemplo.
Atualmente podemos observar um crescimento na utilização da PNL e uma certa
popularização de suas técnicas e pressupostos. A mídia e profissionais inescrupulosos vêm se
encarregando de divulgá-la como verdadeira panacéia ligada ao poder do pensamento
positivo.
Lembramos ainda que a PNL foi desenvolvida por Richard Bandler e por John Grinder,
que nos mostram principalmente os padrões existentes na experiência subjetiva humana e
também que habilidades são aprendidas, e não dons ou talentos de nascença. Ou seja, eles
enfatizaram sempre um trabalho concreto na busca de um objetivo. Interessa-se em mostrar
o que se deve fazer para adquirir uma habilidade.
Vemos, portanto que não existe substituto para o trabalho real, objetivo, e que se os
resultados da PNL são espantosos, todavia não são mágicos, no sentido de que seguem um
caminho, uma seqüência, que pode ser descrito, aprendidos e repetidos por outras pessoas.
Tais resultados são baseados na observação e descrição de padrões que são
universais, ou seja, encontrados em todas as pessoas. É por este motivo que a PNL, produz
bons resultados e em tempos menores que os geralmente usados por outras abordagens.
O Meta Modelo de Linguagem
Todos nós possuímos um modelo de linguagem que nos permite interagir com o
mundo. Linguagem aqui quer dizer tudo o que utilizamos para representar a experiência:
imagens, sons, palavras, sensações, sentimentos. Não há como pensar em algo sem usar pelo
menos um dos elementos acima.
Por exemplo, se tomarmos a palavra "pipoca" veremos que ela nos traz a imagem que
fazemos de uma ou várias pipocas, talvez a lembrança do sabor e até do som ao mastigá-las.
Todavia, a linguagem não é a experiência, mas uma representação da experiência,
assim como um mapa não é o território que o representa. Isto quer dizer que nós não
reagimos as coisas em si, mas às representações que fazemos delas.
Para exemplificar o que dissemos acima, citaremos os esquimós que têm cerca de doze
palavras para designar neve: neve que cai, neve no chão, neve que serve para construir casa,
etc. Para outras pessoas, a neve será sempre a mesma. Mas para os esquimós, o fato de
possuírem palavras diferente para a neve significa que eles são capazes de fazer distinções
muito sutis entre os tipos de neve, o que lhes permite agir com maior número de escolhas em
seu mundo.
Um outro exemplo seria o de duas pessoas recusadas para uma vaga numa empresa. A
primeira representou o fato como decorrente de sua incapacidade, de sua falta de experiência
e de sua inadequação ao cargo. A segunda representou o mesmo fato como algo corriqueiro,
podendo até ter achado que não foi escolhida por estar superqualificada para o cargo.
Nenhuma das duas sabe o real motivo pelo qual foi recusada, mas cada uma delas
representou a recusa a seu modo, de acordo com o seu "mapa", que é produto de
experiências, emoções e aprendizagens passadas.
Como pudemos constatar nos dois exemplos, um mapa amplia ou reduz as
possibilidades de alguém.
As pessoas formam seus mapas a partir de suas experiências, tanto internas como
externas. Sendo assim, se não é possível mudar os fatos, a PNL nos ensina como mudar a
experiência subjetiva, a representação que as pessoas têm do mundo e de si mesmas. Isto é
possível através do ‘Meta Modelo de Linguagem’, que vai reconectar a linguagem à
experiência, vai buscar a mensagem oculta, as crenças que existem por trás de palavras e
frases.
Retomando o exemplo da recusa para um emprego, imaginemos que a primeira pessoa
disse: "Eu fui rejeitada porque sempre fico medo nessas situações.". Alguém experiente no
uso do Meta Modelo de Linguagem perceberia as lacunas existentes na frase, ou seja, há
omissões, generalizações e distorções (consulte o próximo artigo) nela que o emissor
provavelmente não percebe conscientemente. Para ele, as coisas são da maneira como
afirmou e ele talvez não veja como poderiam ser diferentes.
As informações suprimidas poderiam ser recuperadas com perguntas como: "Você tem
Medo do quê?", "Você sempre fica com medo?". "Em algumas dessas ocasiões você não
sentiu?", "Então você acredita que se não sentisse medo não seria recusado?" e assim por
diante. À medida que se vai questionando, vai-se modificando o mapa da outra pessoa, que é
obrigada a completá-lo, a preencher suas lacunas, a atualizá-lo. Como conseqüência ela
passará a ter outro tipo de representação, que por sua vez levará a um resultado
comportamental diferente.
O Meta Modelo compreende um conjunto de instrumentos com os quais se pode
construir uma comunicação melhor. Ele pergunta o que, como e quem, em resposta à
comunicação do emissor.
Ao utilizar o ‘Meta Modelo’ é necessário estar atento às próprias representações
internas. Assim se alguém nos diz: "Meus filhos me aborrecem", não é possível formar um
quadro completo da situação. É necessário perguntar "como". "Como especificamente seus
filhos o aborrecem?". Por outro lado, se assumirmos que conhecemos o significado preciso de
"aborrecem", com base apenas em nossa experiência, então na verdade estaremos
encaixando tal pessoa em nosso modelo de mundo, em nosso mapa, esquecendo-nos do
mapa dela.
Lembramos que o objetivo do Meta Modelo, é reconectar a representação à
experiência, o que equivale a dar nome às coisas e fatos.
Ao questionarmos, por exemplo, a palavra "medo", procuraremos reconectar a palavra
(representação) à experiência real de sentir medo. Imaginando que as palavras são como
pastas de um imenso arquivo, há pessoas que arquivam na pasta "medo" experiências que
seriam melhor arquivadas em outras pastas.
Não se trata de abordar teoricamente e dissociadamente as situações e sensações,
como em algumas abordagens terapêuticas, mas sim de um instrumento que nos permite
modificar as representações internas de uma pessoa, nos permite clarear pontos, completar
mapas.
Fobias
Uma fobia consiste basicamente num medo intenso, incontrolável e por vezes
insuportável à pessoa que o experimenta, sendo desproporcional em relação aos elementos
que o causam. Desta forma, há indivíduos com fobias de altura, escuridão, lugares fechados,
lugares abertos, aviões, água, elevadores, etc.
Uma reação fóbica ocorre de forma instantânea, automática, diante de um estímulo
externo (o elemento causador da fobia). O indivíduo poderá experimentar taquicardia
(coração batendo acelerado), falta de ar, transpiração excessiva ("suar frio"), dentre outros
sintomas.
O medo em geral não pode ser explicado pelo indivíduo que conscientemente não
entende por que o sente e talvez até o considere ilógico. Isto porque o medo está associado a
experiência traumática passadas ( ou, as vezes, a experiências traumáticas projetadas no
futuro) que estão fora da consciência do indivíduo.
Para compreende o aspecto aparentemente ilógico de uma fobia, imaginemos um
homem forte, corajoso, um campeão de boxe por exemplo, que todavia, se vê totalmente
aniquilado quando entra num elevador. A um mero espectador, a cena seria incompreensível:
como um homem tão forte pode ter medo de algo tão inofensivo ?
Contudo, trata-se de uma reação intensa aprendida no passado, talvez na infância
quando o homem associou o medo ao elevador, ou por tem passado por uma experiência
traumática envolvendo elevadores, ou mesmo por tê-la apenas imaginária.
Note-se que as fobias muitas vezes se formam na infância porque este é um período
em que a poucos recursos, poucas vivências em relação à experiência traumática. A fobia
também pode ter inicio em outros momentos da vida, nos quais o indivíduo está
temporariamente sem recursos, fragilizado, experimentando uma emoção muito forte (como
por exemplo um assalto, a perda de alguém muito próximo).
Da mesma forma que um determinado aroma ou uma música nos lembram uma
pessoa, ou um momento de nossas vidas, uma fobia também é uma associação entre uma
sensação e um estímulo.
Na formação da fobia participam os processos de omissão, distorção e generalização.
Omissão porque partes da experiência original (ou a experiência toda) são eliminadas
da consciência.
Distorção porque em geral a representação da experiência não corresponde ao que
ocorreu na realidade. Por exemplo, um indivíduo com fobia de ratos pode ter um dia
imaginado ratos devorando-o, quando na verdade um rato apenas havia passado perto dele.
Pode ainda formar imagens (geralmente inconscientes) imensas, aterrorizantes, muito
coloridas e próximas de um ou mais ratos, e reviver a experiência traumática como se
estivesse passando por ela novamente.
A generalização acontece em virtude de que o indivíduo vai apresentar a reação
fóbica sempre que estiver diante do objeto causador da fobia, em todas as situações e
ambientes.
As reações fóbicas em geral acontecem quando as pessoas formam imagens da
situação que causou a fobia como se estivessem nelas, associadamente (ainda que não se
dêem conta disso). Quando uma pessoa se recorda de um fato estando associada nele, seus
sentimentos estão contidos no próprio fato. Porém quando as pessoas vêem a si mesmas
passando pela experiência, dissociadamente, como se assistissem a um filme, têm
sentimentos sobre o que vêem. Neste caso, há uma certa distância entre o indivíduo e o fato.
A associação e a dissociação, conforme a descrição acima, são técnica bastante úteis
utilizadas pela PNL. Convidamos o leitor a experimentá-las com suas próprias lembranças.
Imagine, por exemplo, a experiência de estar andando numa Montanha-Russa - se já esteve
numa antes - ou outra experiência pela qual já tenha passado. Passe um filme da situação de
forma que possa se ver passando pela experiência. Agora "entre" dentro do filme, associe-se,
passe pela experiência como se ela estivesse acontecendo agora e experimente a diferença.
Você poderá usar estas técnicas em inúmeras situações de sua vida. A dissociação, quando se
lembrar de fatos desagradáveis, evitando assim passar pela situação novamente e sentir-se
mal em conseqüência disto. A associação para recuperar sensações agradáveis.
Na cura da fobia, a PNL utiliza basicamente a dissociação no processo de desfazer a
associação entre o estímulo e a sensação (a resposta fóbica). isto em geral é feito de formas
simples seguras e rápidas lembrando que uma das formas através das quais aprendemos é a
rapidez (a outra é a repetição).
Ressaltamos que a PNL não se ocupa do conteúdo da fobia, mas da sua forma, seu
processo. Por este motivo, não se perde em intermináveis interpretações e explicações sobre
o porquê um indivíduo é fóbico.
Todavia, o indivíduo é considerado como um todo, ou seja, são verificadas outras
questões que podem estar influenciando a fobia. Como exemplo, citamos os ganho
secundário, que ocorrem quando o indivíduo obtém vantagens a partir de seu problema,
como atenção e carinho. Enquanto não for resolvida esta questão, ele não será curado da
fobia.
Reimpressão (Reimprint)
Uma impressão (Imprint) ocorre quando um indivíduo passa por uma experiência
significativa, à qual associa forte emoção e a partir dela forma uma ou mais crenças.
Para a PNL, o que importa não é o conteúdo da experiência, mas sim a crença ou
impressão gerada a partir da mesma. Dito de outra forma importa o significado que o
indivíduo atribui à experiência, as conclusões a que chegou.
O conceito de impressão foi proposto por Konrad Lorenz, que estudou o
comportamento dos patos no momento em que saíam do ovo. Neste momento, eles
imprimiam a figura materna, de forma que o que quer que fosse que se movesse, e que
estivesse perto no momento em que saíam do ovo, passava a ser seguido e "se tornava" a
mãe dos patinhos.
Lorenz verificou que os patinho "imprimiram" as botas que ele usava no momento em
que saíram do ovo os patinhos passaram então a segui-lo ele tentou apresentá-los à mãe-
pata, mas eles a ignoravam e continuavam a seguí-lo.
Lorenz acreditava que as impressões ocorriam em momentos importantes do
desenvolvimento neurológico e que não era possível alterá-las posteriormente.
Timothy Leary estudou o fenômeno da impressão nos seres humanos e descobriu que
estes possuem um sistema nervoso mais sofisticado que o dos patos, e por este motivo o
conteúdo das impressões poderia ser acessado e reprogramado (Reimpresso).
Leary também identificou períodos críticos no desenvolvimento dos seres humanos. As
impressões ocorridas neste períodos geravam crenças básicas, que moldavam a
personalidade e inteligência do indivíduo: crenças sobre ligações sentimentais bem-estar,
destreza intelectual, papel social, etc.
As impressões podem ser experiências "positivas", que geram crenças úteis, ou
experiências traumáticas, que conduzem a crenças limitantes. Na maioria das vezes, elas
incluem pessoas significativas, que inconscientemente podem ter servido de modelo.
A diferença entre uma impressão e uma lembrança ruim, tal como uma fobia, é que na
impressão associa-se uma crença à lembrança, em geral uma crença de identidade (do tipo
"eu sou": fraco, forte, capaz, incapaz, etc.).
A técnica da reimpressão (reimprint) utilizada pela PNL parte da crença e da sensação
associada à impressão, como forma de guiar o indivíduo de volta ao passado, até o momento
em que passou pela experiência de impressão. Esta é uma forma de regressão que ao
contrário de certas intervenções feitas por outras obordagens terapêuticas, é feita
conscientemente com o indivíduo "acordado" e totalmente no controle da situação. De volta
ao fato, ele pode descobrir que recursos ele e as demais pessoas envolvidas teriam precisado
naquela época para que ele não se sentisse daquela maneira.
A reimpressão é usada no tratamento de traumas, crenças limitantes sentimentos e
comportamentos persistentes na vida adulta (como timidez, insegurança, agressividade, etc.)
e em alguns casos de fobia.
Ela permite retroceder no tempo e descobrir a experiência geradora de tais crenças,
sentimentos e comportamentos, os quais o indivíduo não consegue alterar pelo simples
esforço consciente e compreensão intelectual.
O indivíduo não poderá apagar os fatos que compões a sua história mas poderá mudar
seu ponto de vista a respeito deles. Seria como reviver aquela experiência só que agora
levando consigo toda a vivência e os recursos obtidos ao longo dos anos.
Palavras Processuais
(Desconheço a fonte)