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A aplicação de revestimentos asfálticos deve ser precedida por ensaios que permitam a obtenção do
teor (ou quantidade) de ligante a ser utilizado na mistura, para que a mesma se enquadre dentro de
especificações que são definidas com a finalidade de evitar desagregação prematura da mistura, por
falta de ligante, ou superfícies escorregadias e deformáveis, por excesso de ligante.
Ensaio Marshall
– Preparação dos corpos de prova
– Agregado e asfalto são aquecidos separadamente, até temperatura especificada;
– Agregado e asfalto são misturados, mantendo-se a temperatura da mistura;
– A mistura é colocada em molde aquecido e compactada com soquete de 10 libras
de peso (4,54Kg), caindo de uma altura de 18” (45,72 cm).
– Compactação
– Aplicar 75 golpes do soquete por face do cp (corpo de prova)
– Devem ser moldados 3 corpos de prova para cada teor de ligante utilizado na
dosagem
– Os corpos de prova são cilíndricos, com 4” (10,16 cm) de diâmetro e 2½”
(6,35 cm) de altura.
– Execução do ensaio
– Após a compactação, deve-se esperar que os corpos de prova esfriem, para então
realizar sua extrusão, retirando-os do molde metálico
– Em seguida os corpos de prova devem ser pesados ao ar e imersos, para
determinação de seu peso específico aparente (se necessário devem ser parafinados
antes da determinação do peso imerso)
– Devem ser realizadas medidas de seu diâmetro e de sua altura, com paquímetro (3
medidas de cada, para se chegar a uma média confiável)
– Os corpos de prova devem ser colocados em banho-maria a 60ºC, por 40 min
– Imediatamente após a retirada do banho-maria, devem ser levados à prensa do
aparelho Marshall, sendo a carga aplicada continuamente ao longo da superfície do
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cilindro (compressão diametral), à média de 2” (50,8 mm) por minuto, até o
rompimento.
– A carga máxima aplicada que provoca o rompimento do cp = valor da estabilidade
Marshall (em Kgf)
– A deformação sofrida pelo corpo de prova até o momento da ruptura (deformação
máxima) é o valor da fluência. A unidade de fluência é 0,01” (um centésimo de
polegada = 0,254 mm) ou 0,1 mm (um décimo de milímetro).
% ag % af % f % b 100 100
+ + + = D=
d ag d af df db D % ag % af % f % b
+ + +
d ag d af df db
Onde
ag – agregado graúdo
af – agregado fino
f – filler ou material de enchimento
b – betume ou asfalto
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RELAÇÃO BETUME VAZIOS (RBV): é a relação entre o volume de betume e o volume total de
vazios
100 x Vb
RBV =
VAM
ESTABILIDADE: é a carga (kgf) sob a qual o corpo de prova rompe quando submetido à
compressão diametral
FLUÊNCIA: é a deformação (em 0,01" ou 0,1 mm) que o corpo de prova sofre quando rompe no
ensaio de compressão diametral
A faixa usada deve ser aquela cujo diâmetro máximo for igual ou inferior a 2/3 da espessura da
camada.
Após fixada a granulometria da mistura, calcular o teor provável de asfalto através do método da
superfície específica:
0,17 x G + 0,33 x g + 2,3 x A + 12 x a + 135 x f
S=
100
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S = superfície específica do agregado, em m2/kg
G = % retida na # 9,52 mm
g = % passada na # 9,52 mm e retida na # 4,76 mm
A = % passada na # 4,76 mm e retida na # 0,297 mm
a = % passada na # 0,297 mm e retida na # 0,075 mm
f = % passada na # 0,075 mm
Onde
m = módulo de riqueza (3,75 - 4,00)
TCA= teor de betume em relação à massa de agregado
Corrigir o teor de asfalto devido à densidade do agregado mineral, segundo a seguinte expressão:
T
T'ca = 2,65 x ca
d
am
Onde
dam = densidade real média ponderada (se os agregados forem diferentes, ponderam-se suas
densidades)
100 x T'ca
Pca =
100 + T'ca
Estimado o teor provável de asfalto (Pca), moldar baterias de 3 corpos de prova para cada um dos
seguintes teores: Pca, Pca ± 0,5% e Pca ± 1,0%.
Com a densidade teórica (D), calcular o volume de vazios (Vv) para cada teor
D-d
Vv = 100 ×
D
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Calcular o volume de betume (Vb) para cada teor
d × %b
Vb =
db
Com Vv e Vb, calcular a relação betume vazios (RBV) para cada teor
100 × Vb 100 × Vb
RBV = =
(Vb + Vv ) VAM
Densidade
Estabilidade
Volume de Vazios
RBV
Fluência
% de asfalto
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Exemplo planilha dosagem Marshall
% % peso peso volume dens. dens. def. do cte. do carga corr. E F Vv Vb VAM RBV
cp asf. agreg. ao ar imerso aparente teórica anel anel (Kgf) (Kgf) (0,1 mm) (%) (%) (%) (%)
1
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Tabela – Correção da estabilidade em função da espessura do corpo de prova (Anexo
Normativo)
Espessura Fator Espessura Fator Espessura Fator
(mm) (mm) (mm)
50,8 1,47 56,3 1,22 64,3 0,98
51,0 1,45 56,6 1,21 64,7 0,97
51,2 1,44 56,8 1,20 65,1 0,96
51,6 1,43 57,12 1,19 65,6 0,95
51,8 1,42 57,4 1,18 66,1 0,94
52,0 1,41 57,7 1,17 66,7 0,93
52,2 1,40 58,1 1,16 67,1 0,92
52,4 1,39 58,4 1,15 67,5 0,91
52,6 1,38 58,7 1,14 67,9 0,90
52,9 1,37 59,0 1,13 68,3 0,89
53,1 1,36 59,3 1,12 68,8 0,88
53,3 1,35 59,7 1,11 69,3 0,87
53,5 1,34 60,0 1,10 69,9 0,86
53,8 1,33 60,3 1,09 70,3 0,85
54,0 1,32 60,6 1,08 70,8 0,84
54,2 1,31 60,9 1,07 71,4 0,83
54,5 1,30 61,1 1,06 72,2 0,82
54,7 1,29 61,4 1,05 73,0 0,81
54,9 1,28 61,9 1,04 73,5 0,80
55,1 1,27 62,3 1,03 74,0 0,79
55,4 1,26 62,7 1,02 74,6 0,78
55,6 1,25 63,1 1,01 75,4 0,77
55,8 1,24 63,5 1,00 76,2 0,76
56,1 1,23 63,9 0,99