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Superintendente
Rev. Daniel A. Silva

Secretário da SEREP
Pr. Davi Miguel dos Santos

Subsecretário da SEREP
Pb. Wilson Matias

Editor Assistente
Pb. Wilson Matias

Escritor
Pr. Joalisson Silvestre – Pres. do Campo ICPI São Caetano - PE

Equipe Revisora
Juany C. Campos (Gramatical)
Conselho de Doutrina Culto e Liturgia (Teológico)

Diagrama / Design
Marcelo Henrique Pinto

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É proibido a cópia deste sem


autorização da SEREP

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SANTIDADE: A essência de Deus........................... 01
CHAMADOS À Santidade.....................................09
CAMINHANDO EM Santidade...............................16
A SANTIFICAÇÃO E a renúncia............................. 23
TEMOR A DEUS: A BASE De uma vida santa........ 29
A ATUAÇÃO DO ESPÍRITO Santo em nós................ 34
ÚNICA REGRA DE Fé e prática............................. 40
REAVALIANDO A NOSSA Vida cristã................... 45
PECADOS DE Concupiscência.............................. 52

A MODERNIDADE, o mundanismo e a nossa fé.... 57


CONSERVANDO A SANTIDADE na igreja............. 62
O EFEITO DA SANTIFICAÇÃO na vida...................68
ADORAÇÃO E SERVIÇO, Marcas de quem é Santo.. 74
Q ue a santidade é importante, todos nós
sabemos. Se você analisar, nos últimos
tempos presenciamos inúmeros eventos
chamando os crentes ao retorno à santificação.
Biblicamente tal preocupação é salutar, pois sem
santificação ninguém verá ao Senhor (Hb 12.14). A
santidade é algo urgente em nosso tempo, e não
deve ser negociada por nenhuma hipótese. Nesta
revista desenvolveremos uma compreensão desde
a explicação bíblica da santidade como um atributo
de Deus, a santificação como uma ação em nós, da
parte de Deus, gerando mudanças estruturais e
espirituais, internas e práticas. Que Deus neste
trimestre nos ajude em sua graça a desenvolver uma
aprendizagem saudável e bíblica. E se me cabe, é
preciso atentar que “uma das coisas mais
importantes que podemos fazer como professores
da Escola Bíblica Dominical é procurar obter o
máximo de nossos alunos. Não existe aluno algum
que praticamente seja um caso perdido, sem
esperança, pois sempre podemos descobrir nele
brilhantes possibilidades. Não há nenhum tão
medíocre que não tenha em si alguma qualidade
para a qual possamos apelar” (PRICE, 1980). Bom
trimestre.

EQUIPE SEREP
SANTIDADE: A ESSÊNCIA
DE DEUS
Texto Básico: Isaías 6.1-7
Lição Texto Áureo: “Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses?
Segunda quem é como tu glorificado em santidade, admirável
em louvores, realizando maravilhas?” (Êx 15.11).

Sl 145 Introdução
Terça Conteúdo aluno

1Jo 4.8
Subsídio Teológico I
Quarta A EXISTÊNCIA DE DEUS

Rm 1.25 Os seres humanos estejam onde estiverem, em qualquer


parte do mundo podem ter, e geralmente têm, uma
Quinta intuição íntima da existência de Deus (Sl 19.1-4; Rm 1.20).
Todavia, existem também aquelas pessoas que negam a
Gn 18.25 existência do Altíssimo. Mergulhadas na insensatez (Sl 10.1-
4; 14.1), fazem uma supressão obstinada da verdade (Rm
Sexta 1.18,23,25,28,32).
Com o crente, porém é diferente, nele, a intuição íntima de
Deus se torna cada dia mais profunda e distinta. O crente o
Pv 30.5
compreende como Pai amoroso (Rm 8.15), o crente tem a
convicção de que é filho de Deus (Rm 8.16), Jesus passa a ser
Sábado
o centro da vida do crente (Jo 14.23; Ef 3.17; Fp 3.8,10; Cl 1.27;
1Pe 1.8).
1Jo 4.7.8 Existem também as evidências das Escrituras e da
natureza. Toda a Bíblia é escrita com o pressuposto da
Domingo existência de Deus, e não com o intuito de provar sua
existência, logo, suas declarações são diretas e claras (Gn
Is 53
01
1.1; 32.30). que sopra em nossa face, nos
Sendo assim, a crença em Deus (ou provando sua evidente existência,
deuses) é um fenômeno universal. assim é Deus.
Todos os povos em todos os
tempos e épocas manifestaram Vamos lançar mão de alguns
crença em uma divindade superior, argumentos racionais em favor da
através das suas observações e existência de Deus:
experiências, de forma intuitiva e
racional. A realidade religiosa está Argumento cosmológico
intrínseca na alma do ser humano,
não podendo ele viver sem a ideia Este argumento baseia-se na lei de
de Deus (Sl 19.1-4; Rm 1.19,20). causa e efeito; nesta linha de
Ainda podemos dizer que a pensamento tudo quanto existe
existência de Deus é uma verdade tem uma causa adequada e
primária ou fundamental, por suficiente. Se o mundo existe como
causa de sua universalidade, um efeito logo, é necessário que se
necessidade, e autoevidência. São tenha uma causa que seja
conhecidas como verdades suficientemente adequada para
primárias ou fundamentais: o explicar sua existência. A causa
tempo, o espaço, o número, causa geralmente nunca é menor do que
e efeito, bem e mal. o efeito, logo, a causa para a
existência do universo tem de ser
Deus é universal, porque em infinita e inteligente. Deus como
qualquer cultura, povo ou época se causa primeira de todas as coisas, é
encontra a crença em um ser necessário para que se possa
soberano, invisível, mas real. explicar a origem, preservação e
continuidade de toda a criação (Sl
Deus é necessário, as questões 19.1-6; Rm 1.20; Mt 6.26-30).
fundamentais que envolvem o
pensamento e a vida humana não Argumento ontológico
têm sentido sem a ideia de Deus.
Deus é definido como um ser maior
Deus é autoevidente, ou seja, não do que qualquer coisa que se possa
depende de nada nem de ninguém imaginar. Segundo os defensores
para se revelar a si. É como o vento do argumento, a ideia de um Ser
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absoluto está inerentemente trazê-lo à existência.
presente na alma humana. Da
constituição da natureza da alma Argumento do consenso universal
humana podemos concluir que
Deus realmente existe. Este Este argumento deriva da exis-
argumento é considerado o mais tência de Deus na universalidade
fraco entre os estudiosos. da religião. Não há notícia de que
tenha havido qualquer tribo no
Argumento moral mundo, por mais remota que
fosse, que não tenha tido uma
Este argumento baseia-se na religião, mesmo que estas não
natureza moral do homem. O ser pudessem entender corretamente
humano tem consciência do bem e sobre Deus, ou que os deuses por
do mal, e do seu dever de evitar o elas adorados não fossem
mal e praticar o bem (Rm 2.14,15). A verdadeiros. O fator religião está
nossa constituição moral, que nos inserido na alma humana. A
faz saber o que é certo e o que é religião é inescapável no ser
errado, leva-nos a entender que humano.
nenhum governo moral seria
possível se não houvesse alguém Podemos então concluir que estes
que imprimisse essa moralidade argumentos racionais são válidos,
em nós. Esse alguém é Deus. pois, o universo tem Deus como
causa; toda a criação dá provas de
Argumento teleológico um planejamento inteligente;
Deus é realmente maior do que
Este argumento defende que há qualquer coisa que se possa
um propósito específico para a imaginar; e também Ele nos deu
existência do universo, portanto, um senso comum do certo e do
deve haver alguém que tenha errado; e ainda, o processo
estabelecido este propósito, e este religioso é uma realidade à qual
alguém só pode ser Deus. Tudo o nenhum povo já existente
que existe é para um fim definido, escapou. Porém sabemos que
o mundo não é desorganizado nem qualquer argumento racional, por
caótico, só alguém perfeito e mais bem-elaborado que seja, é
maior do que o mundo poderia incapaz de gerar fé verdadeira, e
03
satisfazer mentes e corações
Subsídio Teológico II
corrompidos pelo engano e predis-
postos a combater a existência de O objetivo aqui é levar o aluno a
Deus. As Escrituras afirmam que pensar em Deus como ponto
“... o deus deste século cegou o central de nossa argumentação
entendimento dos incrédulos, sobre santidade, e subsequente, o
para que não lhes resplandeça a padrão exato da santidade.
luz do evangelho da glória de
Cristo” (2Co 4.4). Outra afirmação SUBSÍDIO TEOLÓGICO (Referente
contundente é que a sabedoria aos demais tópicos)
deste mundo não é capaz de
conhecer a Deus, “Visto como, na O CARÁTER E OS ATRIBUTOS DE
sabedoria de Deus, o mundo não o DEUS.
conheceu por sua própria sabe-
doria, aprouve a Deus salvar os Embora o conhecimento de Deus
que creem pela loucura da prega- seja proporcional ao que Ele revela
ção” (1Co 1.21). Só Deus com sua de si, os atributos de Deus revelam
infinita misericórdia pode abrir os quem Deus é e como funciona o seu
olhos da incredulidade humana, caráter. As Escrituras revelam a
curando-nos de nossa cegueira, mente de Deus, abrem os nossos
para que possamos crer em Deus e olhos para que o vejamos de
em Jesus Cristo, obedecendo as maneira correta.
Santas Escrituras (Rm 9.14-16; Ef
2.8,9). Os nomes de Deus – Na Bíblia o
nome de uma pessoa é a descrição
Trecho do Manual de Doutrina da do seu caráter. Da mesma forma,
ICPI os nomes bíblicos de Deus são
diversas descrições do seu caráter.
Por mais que sejam diversificados
os termos pelos quais Deus é
Quem é Deus? tratado, fruto das percepções e
emoções humanas, podemos
notar que sempre apontam para
Conteúdo aluno
uma característica peculiar do ser e
do caráter do Altíssimo. Na Bíblia

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Deus é comparado a um leão (Is existir, ou para qualquer outra
31.4), a uma águia (Dt 32.11), a um coisa. Deus é totalmente
cordeiro (Is 53.7), a uma galinha independente e autossuficiente.
(Mt 23.37), ao sol (Sl 84.11), à “O Deus que fez o mundo e tudo o
estrela da manhã (Ap 22.16), a uma que nele existe, sendo ele Senhor
rocha (Dt 32.4), a um refúgio (Sl do céu e da terra, não habita em
119.114), a uma torre (Pv 18.10), a s a n t u á r i o s fe i t o s p o r m ã o s
uma sombra (Sl 91.1), a um escudo humanas; nem é servido por mãos
(Sl 84.11), a um santuário (Ap humanas, como se de alguma
21.22). Nas Escrituras Deus também coisa precisasse; pois ele mesmo é
é chamado de noivo (Is 61.10), quem a todos dá vida, respiração e
marido (Is 54.5), pai (Dt 32.6), juiz e tudo mais” (At 17.24,25). “Quem
rei (Is 33.22), homem de guerra (Êx primeiro me deu a mim, para que
15.3), arquiteto e edificador (Hb eu haja de retribuir-lhe? Pois o que
11.10), pastor (Sl 23.1), médico (Êx está debaixo de todos os céus é
15.26), e assim por diante. meu” (Jó 41.11).

ATRIBUTOS INCOMUNICÁVEIS DE 2. Imutabilidade. Deus é imutável


DEUS no seu ser, nas suas perfeições, nos
seus propósitos e nas suas
Temos como atributos incomu- promessas. “Em tempos remotos,
nicáveis de Deus aqueles aspectos lançaste os fundamentos da terra;
de seu ser e pessoa que não são e os céus são obra das tuas mãos.
compartilhados com o ser Eles perecerão, mas tu perma-
humano. neces; todos eles envelhecerão
como uma veste, como roupa os
1. Independência. “Deus não mudarás, e serão mudados. Tu,
precisa de nós nem do restante da porém, és sempre o mesmo, e os
criação para nada; porém, tanto teus anos jamais terão fim” (Sl
nós quanto o restante da criação 102.25-27). “Porque eu, o SENHOR,
podemos glorificá-lo e dar-lhe não mudo; por isso, vós, ó filhos de
alegria” (Grudem). Jacó, não sois consumidos” (Ml
As Escrituras afirmam categori- 3.6). “Toda boa dádiva e todo dom
camente que Deus não depende de perfeito são lá do alto, descendo
nenhuma parte da criação para do Pai das luzes, em quem não
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pode existir variação ou sombra modo não se limita ao espaço. O
de mudança” (Tg 1.17). No fato de que Deus não pode ser
decorrer de toda a Escritura pode- limitado pelo espaço é evidente
mos ver essa verdade a respeito de quando se percebe que Ele mesmo
Deus surgindo das mais variadas o criou: “No princípio, criou Deus
realidades e contextos. Ela tam- os céus e a terra” (Gn 1.1); também
bém serve para confirmar a inalte- vemos a Escritura testificando da
rabilidade dos propósitos e presença de Deus em toda parte do
promessas de Deus (Nm 23.19; 1Sm espaço e da criação (Sl 139.7-9; Jr
15.29; Sl 33.11; Is 46.6-11; Mt 13.35; 23.23,24; At 17.28).
25.34; Ef 1.4,11; 3.9,11; 1Pe 1.19,20;
Ap 13.8). 5. Onipotência. Onipotência é a
infinidade de Deus em relação ao
3. Eternidade. “Deus não tem poder; significa que Deus tudo
princípio nem fim nem sucessão pode. A onipotência de Deus pode
de momentos no seu próprio ser, e ser considerada sob dois aspectos:
percebe todo o tempo com igual o físico e o moral. O físico significa
realismo” (Grudem). Deus é que Deus tem todo o poder no
eterno no seu próprio ser, logo, universo e é mais poderoso do que
não tem princípio nem fim. “Antes tudo aquilo que Ele criou. Deus não
que os montes nascessem e se está sujeito às leis físicas da
formas-sem a terra e o mundo, de natureza. O moral reza que Ele tem
eternidade a eternidade, tu és poder suficiente para não ser
Deus” (Sl 90.2). “Eis que Deus é atingido pelo mal e também para
grande, e não o podemos compre- não errar. E logicamente sendo
ender; o número dos seus anos Todo-Poderoso, tem poder para
não se pode calcular” (Jó 36.26). fazer o bem que desejar (Jó 11.10; Sl
Podemos enxergar a expressão 135.6; Is 43.13; Mt 19.26; Lc 1.37).
dessa verdade em várias outras
passagens, tais como Êxodo 3.14; 6. Unidade. Este atributo destaca a
Salmo 90.4; Isaías 46.9,10; unidade e a unicidade de Deus, ou
Apocalipse 1.8. seja, Deus é um e é único. A unidade
de Deus implica também em que
4. Onipresença. Assim como Deus não há divisão ou conflito no ser ou
não se limita ao tempo, de igual na natureza de Deus. Trata-se de
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uma unidade interior e qualitativa existência” (Grudem).
do Ser divino (Dt 6.4; 1Rs 8.60; Is
44.6; 1Co 8.6; Ef 4.5,6; 1Tm 2.5). Invisibilidade – Deus é invisível.
Este atributo consiste no fato de
ATRIBUTOS COMUNICÁVEIS DE que nós não podemos ver a essên-
DEUS - Temos como atributos cia integral de Deus humanamente
comunicáveis de Deus aqueles falando. Muitas passagens bíblicas
aspectos de seu ser e pessoa que confirmam que Deus não pode ser
são em certa medida comparti- visto (Êx 33.20; Jo 1.18; 6.46; 1Tm
lhados com o ser humano. 1.17; 6.16; 1Jo 4.12). Sabemos,
porém, que Deus se revela a nós
A - Atributos que descrevem o ser por meio das coisas visíveis e
de Deus. criadas. Concluímos então que
apesar de não podermos ver Deus
Espiritualidade – Deus é de carne é em sua essência integral, o vemos
osso? Qual o material que compõe de várias maneiras através de
o Ser divino? Essa é a pergunta que manifestações visíveis (teofanias),
muitos fazem a respeito de Deus. e também através de elementos da
Podemos então responder com criação que podem analogica-
segurança que “Deus é espírito” mente nos fazer ver Deus (Gn 1.27;
(Jo 4.24), e Ele mesmo proíbe seu 18.1-3; Êx 13.21,22; Rm 1.20).
povo de compará-lo com qualquer
elemento ou coisa da criação (Êx B – Atributos mentais
20.4-6). Deus almeja que as
pessoas o concebam como Ele é, e Conhecimento (onisciência) -
fica irado quando sua glória é “Deus conhece plenamente a si
diminuída (Dt 4.23,24). “Dizer que mesmo e todas as coisas reais e
Deus tem como atributo a espiri- possíveis num ato simples e eter-
tualidade é dizer que ele existe no” (Grudem). “Tens tu notícia do
como ser que não é feito de equilíbrio das nuvens e das
matéria, que não tem partes nem maravilhas daquele que é perfeito
dimensões, impossível de ser em conhecimento?” (Jó 37.16).
percebido pelos nossos sentidos “Pois, se o nosso coração nos
corpóreos, e mais excelente do acusar, certamente, Deus é maior
que qualquer outro tipo de do que o nosso coração e conhece
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todas as coisas” (1Jo 3.20). O Veracidade (e fidelidade) - “A
Salmo 139 é uma pérola de veracidade divina implica que Ele
revelação do maravilhoso conheci- é o Deus verdadeiro, e que todo o
mento de Deus: “Sabes quando seu conhecimento e todas as suas
me assento e quando me levanto; palavras são ao mesmo tempo
de longe penet ras os meu s verdadeiros e o parâmetro defini-
pensamentos” (vs. 1,2); “Ainda a tivo da verdade” (Grudem).
palavra não me chegou à língua, e
tu Senhor, já a conheces toda” (v. Fidedigno - Muitas vezes é usado
4); “Os teus olhos me viram a nas Escrituras como sinônimo de
substância ainda informe, e no teu “verdade” ou “confiança” de
livro foram escritos todos os meus Deus, ou em Deus. “Eis a Rocha!
dias, cada um deles escrito e Suas obras são perfeitas, porque
determinado, quando nenhum todos os seus caminhos são juízo;
deles havia ainda” (v. 16). Deus é fidelidade, e não há nele
injustiça; é justo e reto” (Dt 32.4).
Sabedoria – A sabedoria de Deus Deus sempre fará aquilo que diz e
testifica que suas ações e decisões promete (Nm 23.19; 2Sm 7.28).
sempre são as mais corretas e
sábias, trazendo sempre os melho- C – Atributos morais Grudem
res resultados, e usando os
melhores meios possíveis para que Bondade – Deus é bom porque Ele
sua vontade e propósito se esta- é perfeitamente tudo aquilo que
beleçam. “Não! Com Deus está a deve ser como Deus. Deus é bom
sabedoria e a força; ele tem porque é perfeição absoluta.
conselho e entendimento” (Jó Sendo assim, tudo o que Deus faz é
12.13). “Que variedade, SENHOR, digno de aprovação. “Porque o
nas tuas obras! Todas com sabe- SENHOR é bom, a sua misericórdia
doria as fizeste; cheia está a terra dura para sempre, e, de geração
das tuas riquezas” (Sl 104.24). “Ao em geração, a sua fidelidade” (Sl
Deus único e sábio seja dada glória, 100.5); “Oh! Provai e vede que o
por meio de Jesus Cristo, pelos SENHOR é bom; bem-aventurado
séculos dos séculos. Amém!” (Rm o homem que nele se refugia” (Sl
16.27). 34.8).

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Amor - O amor de Deus é aquele clemente e longânimo e grande
atributo pelo qual Ele busca conti- em misericórdia e fidelidade” (Êx
nuamente comunicar-se com os 34.6). “O SENHOR é misericor-
seres racionais, promovendo o seu dioso e compassivo; longânimo e
bem-estar e atraindo-os à sua assaz benigno” (Sl 103.8).
presença. Segundo Wayne Gru-
dem: “Dizer que Deus é amor é Santidade – Deus é absolutamente
dizer que ele se doa eternamente distinto de todas as suas criaturas,
aos outros”. “Aquele que não ama está exaltado acima delas em
não conhece a Deus, pois Deus é majestade infinita, e separado de
amor” (1Jo 4.8). “Mas Deus prova todo o mal moral, isto é, o pecado.
o seu próprio amor para conosco A santidade de Deus significa que
pelo fato de ter Cristo morrido por Ele é absolutamente perfeito em
nós, sendo nós ainda pecadores” tudo. Logo, o Deus santo está
(Rm 5.8). separado de todo e qualquer
pecado e dedica-se a buscar sua
Misericórdia, graça, paciência - A própria honra (Sl 71.22; 89.18; 99.9;
'misericórdia de Deus' é a bondade Is 6.3).
divina para com os angustiados e
aflitos, que não recebem o mal que Retidão e Justiça – Por justiça
deveriam; A 'graça' de Deus é a queremos dizer a retidão do
bondade divina para com aqueles caráter de Deus e de tudo que Ele
que não a merecem nem fizeram faz. Não há injustiça nas suas ações.
nada para que pudessem merecê- Tudo Deus faz segundo o seu
la; e a 'paciência' é a bondade de próprio caráter que é santo. Assim,
Deus em sustar a punição daqueles o conceito de justiça divina toma
que permanecem no pecado e na por base a própria natureza de
teimosia por muito tempo. Nas Deus, que constitui o mais elevado
Escrituras essas três caracte- padrão possível, pelo qual todas as
rísticas do caráter de Deus são outras leis são julgadas “Longe de
muitas vezes mencionadas junta- ti o fazeres tal coisa, matares o
mente, ou dentro do mesmo justo com o ímpio, como se o justo
contexto. “E, passando o SENHOR fosse igual ao ímpio; longe de ti.
por diante dele, clamou: SENHOR, Não fará justiça o Juiz de toda a
SENHOR Deus compassivo, terra?” (Gn 18.25). “Eis a Rocha!
09
Suas obras são perfeitas, porque que se acenda contra eles o meu
todos os seus caminhos são juízo; furor, e eu os consuma; e de ti farei
Deus é fidelidade, e não há nele uma grande nação” (Êx 32.9,10).
injustiça; é justo e reto” (Dt 32.4). “Lembrai-vos e não vos esqueçais
“Buscai, pois, em primeiro lugar, o de que muito provocastes à ira o
seu reino e a sua justiça, e todas SENHOR, vosso Deus, no deserto;
estas coisas vos serão acres- desde o dia em que saístes do
centadas” (Mt 6.33). Egito até que chegastes a este
lugar, rebeldes fostes contra o
Zelo – Dizer que Deus é zeloso é SENHOR; pois, em Horebe, tanto
asseverar que Ele busca continua- provo-castes à ira o SENHOR, que
mente proteger sua honra, palavra a ira do SENHOR se acendeu
e propósitos. “Por amor de mim, contra vós para vos destruir” (Dt
por amor de mim, é que faço isto; 9.7,8). Ainda existem aqueles
porque como seria profanado o atributos que estão ligados à von-
meu nome? A minha glória não a tade e à excelência do Altíssimo.
dou a outrem” (Is 48.11). Deus Por questões de espaço posso
espera que o seu zelo reverbere no somente citá-los para posterior
coração dos seus servos, principal- pesquisa dos leitores.
mente nas questões relacionadas
com a Sua obra. “Porque zelo por Atributos de propósito – Vontade,
vós com zelo de Deus; visto que Liberdade, Onipotência.
vos tenho preparado para vos
apresentar como virgem pura a Atributos de síntese – Perfeição,
um só esposo, que é Cristo” (2Co Bem-aventurança, Beleza, Glória.
11.2).
(Trecho retirado do Manual de
Ira – Dizer que a ira é atributo de Doutrina da ICPI)
Deus é afirmar que Ele reprova
intensamente todo pecado. A
Bíblia testifica com muita fre- Como conhecer
quência da ira de Deus. “Disse mais a Deus?
o SENHOR a Moisés: Tenho visto
este povo, e eis que é povo de dura Conteúdo aluno
cerviz. Agora, pois, deixa-me, para
10
Sinopse do Tópico (II) Conteúdo aluno
Explicar os caminhos para
conhecer a Deus e o resultado
dessa aproximação. Sinopse do Tópico (V)
Explicar a relação entre amor e
justiça, e a ação de Deus em nós
Os atributos por meio da santificação.
de Deus
Conteúdo aluno

Deus é Santo, tememos e treme-


Sinopse do Tópico (III)
mos diante desta afirmação! E
Explicar de forma resumida os
que tenhamos o mesmo senti-
atributos de Deus, para que
possamos introduzir a santidade mento de Isaías ao contemplar a
de Deus como um atributo dEle. santa glória de Deus e os serafins
adorando dizendo: “Santo,
Santo, Santo é o Senhor”, o
A Santidade sentimento de que somos mise-
de Deus ráveis e indignos de sua graça,
que imerecidamente a nós é
Conteúdo aluno oferecida. Que ao menos que Ele
toque em nossos lábios em nada
seremos diferentes dos demais.
Sinopse do Tópico (IV) Glórias a Deus que o sacrifício de
Iniciar o assunto sobre santidade Cristo satisfez a justiça do nosso
para que sirva de base das demais bom Deus. Seja louvado o miseri-
lições. cordioso Deus, que ofereceu por
seu santo amor seu Santo Filho
para morrer por nós, homens e
Santo amor, mulheres impuros.
santa justiça
11
CHAMADOS À
SANTIDADE
Texto Básico: 1 Pedro 1.13-16
Lição Texto Áureo: “A vontade de Deus é que vocês sejam
Segunda santificados” (1Ts 4.3a).

Hb 12.1-20 Introdução
Terça Conteúdo aluno

Êx 19.1-25
Subsídio Teológico I
Quarta
O ESPÍRITO SANTO NO NOVO NASCIMENTO E NA
SANTIFICAÇÃO
Rm 12.9-21
O Espírito Santo é quem convence o ser humano de seus
Quinta pecados e, por sua graça e poder, opera a regeneração ou o
novo nascimento que dá aptidão ao homem e à mulher
Ef 1.3-14 para receber a vida eterna. É Ele quem purifica e restaura no
indivíduo decaído a imagem de Deus e o torna apto a ser
Sexta imitador de Jesus Cristo, o Filho de Deus, e a fazer parte de
Seu corpo, isto é, da comunidade dos santos, a Igreja do
Cl 3.1-11 Senhor na Terra. De semelhante modo, conduz a pessoa a
assumir a justiça divina, em forma de boas obras, sobre si e
Sábado a aguardar alegremente o juízo de Deus sobre toda a
humanidade. Na conversão, o indivíduo passa a ser
habitação do Consolador, isto é, cheio do Espírito Santo. O
1Ts 4.1-8
novo nascimento é fruto da graça de Deus operada no
Domingo homem pelo Espírito Santo, a partir da morte de Jesus
Cristo pelos pecados da humanidade. O mesmo Espírito é
quem provoca na pessoa gerada de novo a experiência
1Pe 3.8-18
12
instantânea da santificação (santi- O agente de
ficação posicional), ou seja, a
segunda e definitiva obra da graça santificação
no ser humano. Santificar-se quer
dizer separar-se dos rudimentos
Conteúdo aluno
do mundo e dedicar-se à vontade
de Deus revelada em Seu Filho;
abandonar o pecado e submeter- Sinopse do Tópico (II)
se às ordens do Espírito do Senhor. Explicar quem efetua a santi-
Apesar de instantânea (posi- ficação e que não é uma ação
cional), a santificação estabelece humana, mas divina.
um processo contínuo e gradual
(progressivo) de aperfeiçoa-
mento, de conformação à imagem
As fases da
de Jesus, até que aconteça a volta santificação
de Jesus Cristo e a ressurreição e
glorificação (santificação defini- Conteúdo aluno
tiva). (Êx 31.13; Mc 1.15; Jo 3.5,6;
16.7-11; 17.17; Rm 8.16; 12.1,13; 1Co
3.16; 2Co 5.17; 7.9; Ef 1.4; 3.16; 4.24; Sinopse do Tópico (III)
Fp 3.12,14; 1Ts 5.23; 1Pe 1.16). Explicar o processo da santi-
ficação em nós.
Trecho do Manual de Doutrina.

Deus o
O Pecador e o chamado nosso padrão
de Deus à santidade
Conteúdo aluno
Conteúdo aluno

Sinopse do Tópico (IV)


Sinopse do Tópico (I) Explicar Deus como padrão de
Explicar que Deus quer se apro- nossa santidade.
ximar do pecador, o regenerando
e santificando.
13
Por que precisamos ser santos?
Por que Ele nos chama à
santidade? Quem é o agente de
santificação em nós? Como
acontece a santificação? Quem é
nosso padrão? Lembra que foram
essas as perguntas que fizermos
na introdução? Acredito que
agora você pode responder com
muito mais facilidade. Em
primeiro lugar, precisamos ser
santos, porque nascemos em
pecado, nossos atos são peca-
minosos e nossa essência é
corrompida. O chamado de Deus
vem sobre nós para nos santificar
e nos posicionar fora do domínio
das trevas, com uma vida no reino
de Deus. Em segundo lugar, a
santificação acontece instan-
tânea e gradualmente, nos
qualificando como santos, nos
fazendo prosseguir em santidade
até o momento da glorificação. E
por fim, sem nunca perder a visão
de que o nosso padrão de santi-
ficação não são nossas regras
institucionais, mas Deus revelado
nas Escrituras, a nossa única
regra de fé e prática.

14
CAMINHANDO EM
SANTIDADE
Texto Básico: 1 Tessalonicenses 4.1-5
Lição Texto Áureo: “Porquanto para isto mesmo fostes chamados,
Segunda pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos
exemplo para seguirdes os seus passos” (1Pe 2.21).

Lv 11.44,45 Introdução
Terça Conteúdo aluno

1Pe 2.5-9
Subsídio Teológico I
Quarta “A superficialidade é a maldição de nosso tempo. A
doutrina da satisfação instantânea é, antes de tudo, um
Sl 119 problema espiritual. A necessidade urgente hoje não é de
um maior número de pessoas inteligentes, ou dotadas, mas
Quinta de pessoas profundas. As disciplinas clássicas da vida
espiritual convidam-nos a passar do viver na superfície para
Sl 51.1,2 o viver nas profundezas. Elas nos chamam para explorar os
recônditos interiores do reino espiritual. Que sejamos a
Sexta resposta a um mundo vazio. John Woolman aconselhou: “É
bom que vos aprofundeis, para que possais sentir e
entender os sentimentos das pessoas.” Não devemos ser
1Ts 4-1.5
levados a crer que as disciplinas são para os gigantes
espirituais e, por isso, estejam além de nosso alcance; ou
Sábado
para os contemplativos que devotam todo o tempo à
oração e à meditação. Longe disso. Na intenção de Deus, as
1Pe 2.21-24 disciplinas da vida espiritual são para seres humanos
comuns: pessoas que têm empregos, que cuidam dos
Domingo filhos, que lavam pratos e cortam grama. Na realidade, as
disciplinas são mais bem exercidas no meio de nossas
Hb 12.14
15
atividades normais diárias. Se elas
devem ter qualquer efeito
Sinopse do Tópico (I)
transformador, o efeito deve Explicar a confissão e o arrepen-
encontrar-se nas conjunturas dimento como caminhos iniciais
comuns da vida humana: em das Disciplinas Espirituais.
nossos relacionamentos com o
marido ou com a esposa, com O cristão, a oração
nossos irmãos e irmãs, ou com
nossos amigos e vizinhos. Nem
e o jejum
deveríamos pensar nas disciplinas Conteúdo aluno
espirituais como uma tarefa
ingrata e monótona que visa a
exterminar o riso da face da terra.
Alegria é nota dominante de todas Sinopse do Tópico (II)
as disciplinas. O objetivo das Explicar a importância essencial
disciplinas é o livramento da sufo- da oração.
cante escravidão ao autointeresse
e ao medo. Quando a disposição Leitura da
interior de alguém é libertada de
tudo quanto o subjuga, dificil- bíblia e meditação
mente se pode descrever essa
situação como tarefa ingrata e Conteúdo aluno
monótona. Cantar, dançar, até
mesmo gritar, caracterizam as
disciplinas da vida espiritual”. Sinopse do Tópico (III)
A importância da leitura da Bíblia
e a meditação no texto sagrado.
A confissão e o
arrependimento
Conteúdo aluno Queridos irmãos, a caminhada
em santificação consiste em
vivermos para Deus O conhe-

16
cendo, e prosseguindo em
conhecê-Lo (Os 6.3). Uma vez
santificados por obra e graça do
Senhor, não temos mérito algum
no que diz respeito à santifi-
cação. As ações realizadas, após a
santificação efetuada pelo
Espírito Santo, serão resultantes
desta. Desse modo, a nova vida e
mentalidade regenerada através
de Cristo nos fazem adquirir
novos hábitos de vida. Pros-
trando-se, não apenas os joelhos
diante de Deus, mas com a mente
através de uma Inteligência
Humilhada e de uma Ortodoxia
Humilde. Que Deus continue nos
abençoando, nos dê força e nos
capacite para desenvolvermos a
santificação em temor e tremor
diante dEle, submetendo nosso
coração e nossa mente ao Deus
das Escrituras.

17
A SANTIFICAÇÃO E
A RENÚNCIA
Texto Básico: 1 João 2.3-6
Lição Texto Áureo: “Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém
Segunda quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a
sua cruz, e siga-me” (Mt 16.24).

Lc 44.33 Introdução
Terça Conteúdo aluno

Fp 3.13,14
Subsídio Teológico I
Quarta “Quando lemos as histórias relatadas na Bíblia, nos
deparamos com um número muito grande de homens e
1Pe 2.1 mulheres que se destacaram pelo seu relacionamento
com Deus. Pessoas às quais Deus usou poderosamente na
Quinta construção e na direção do seu povo. Um olhar mais
atento revela que “todos” cresceram nos seus relaciona-
Jo 15.18,19 mentos com Deus através de uma vida marcada pela
“renúncia e obediência”. Assim como em muitas áreas da
Sexta vida precisamos “abrir mão” de algumas coisas para
conquistar outras, na “vida espiritual” não é diferente,
precisamos fazer o mesmo. Não basta querer Jesus como
1Jo 17.15-18
“Salvador” é preciso fazer dEle nosso “Senhor” e para isso
é necessário trilhar pelo caminho da “renúncia e
Sábado
obediência”. Para se tornar alguém que ficou conhecido
como “amigo de Deus” (cf. Is 41.8), Abraão teve que
1Co 2.12 “renunciar” à situação “cômoda” que tinha na sua terra,
partindo para uma terra que nem mesmo conhecia pelo
Domingo prazer de obedecer a Deus. Moisés, que desfrutava dos
benefícios de viver nos palácios do faraó, “renunciou a
Gl 1.8
18
tudo” preferindo ser “igual” aos grande valor”, Deus espera que
seus irmãos hebreus. Em obe- “renunciemos” ao que for neces-
diência, retornou ao Egito sário para obter algo melhor, para
tornando-se o instrumento de que cresçamos no conhecimento
Deus na libertação do seu povo. de quem é Jesus e experimen-
Ana, em um momento de profunda temos a bênção de viver uma vida
tristeza, orou a Deus pedindo que de obediência”.
Ele lhe concedesse a bênção de
tornar-se mãe, ao que Ele atendeu.
Como “gratidão” pela bênção que A renúncia
havia recebido, ela “renuncia” o atinge você!
privilégio de ver seu filho Samuel
crescer, entregando-o a Deus para Conteúdo aluno
que o servisse no templo. Paulo,
apóstolo, considerou como “es-
terco” (cf. Fp 3.8) tudo que possuía
e aprendera “renunciando” à vida Sinopse do Tópico (I)
que levava antes do encontro que Explicar a necessidade de renun-
tivera com Cristo. Em obediência, ciarmos e apresentar o termo na
foi guiado pelas mãos, já que ficara base da lição.
cego, até a cidade de Damasco
onde teve os olhos abertos “enxer-
gando” a beleza do evangelho de Renunciando a um
Jesus Cristo. Jesus, nosso maior
exemplo, “renunciou” sua deida-
falso evangelho
de fazendo-se homem de dores (cf. Conteúdo aluno
Is 53.3). Foi e tem sido nosso
modelo de obediência, pois “por
obediência”, levou sobre si nossos
pecados deixando-se crucificar e Sinopse do Tópico (II)
ser morto por amor a nós. Os O cristão renunciando ao mundo.
exemplos bíblicos de “renúncia e
obediência” estão diante de nós.
Assim como um “tesouro escon-
dido”; assim como uma “pérola de
19
Renunciando
o mundo
Conteúdo aluno

Sinopse do Tópico (III)


Renunciando a um falso Evan-
gelho. Explicar o quão danoso
pode ser um falso evangelho.

Santidade é indissociável da
prática de renúncias, seja na
esfera pessoal, do mundo ou do
Evangelho. Não podemos
permitir que haja brechas em
nossa santidade, precisamos
estar atentos às ciladas do Diabo,
que tenta a todo custo nos
conduzir por caminhos que
satisfaçam os nossos desejos e
individualismo, nos afastando de
Deus, de sua santidade, e, por
fim, do céu. Que Deus nos dê
graça para resistirmos às afron-
tas de nossa carne, do mundo e
dos que pregam um falso evan-
gelho. O evangelho verdadeiro é
o que a Bíblia ensina.

20
TEMOR A DEUS: A BASE
DE UMA VIDA SANTA
Texto Básico: 1 Pedro 1.14-17
Lição Texto Áureo: “Amados, visto que temos essas promessas,
Segunda purifiquemo-nos de tudo o que contamina o corpo e o
espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus”
(2Co 7.1).
1Pe 1.17
Introdução
Terça
Conteúdo aluno
1Pe 2.17

Quarta
Subsídio Teológico I
“Tanto o hebraico como o grego usam uma palavra
idêntica para “temor”, embora ela possua dois sentidos
Pv 1.7 distintos nas Escrituras. (Devo fazer um parêntese e
mencionar que o hebraico tem muitas palavras diferentes
Quinta para “temor”, mas a mais frequentemente usada possui os
mesmos dois significados do grego). Um dos sentidos é ter
Tg 3.15-18 “medo” ou “terror”. Esse sentido é o mais comum entre
nós. Se eu temo algo, estou com terror. O outro sentido
Sexta pode ser mais bem traduzido por palavras como
“reverência, respeito, espanto”. Particularmente, prefiro
1Jo 4.18 a palavra “espanto” e penso que esse significado se
aproxima bastante da ideia bíblica. [...] No Salmo 119.120 as
Sábado Escrituras se mostram claras em relação ao fato de que a
palavra significa “terror” ou “medo”. Que isso é
verdadeiro fica evidente, em primeiro lugar, pelo fato de
2Co 7.1
que o salmista canta sobre sua “carne” arrepiando-se por
Domingo causa do temor. Nossa carne é nossa natureza do ponto de
vista do pecado e da fraqueza que a caracteriza. Que nossa
carne deve tremer por temor a Deus é compreensível
1Co 4.18
21
porque Deus é um Deus santo e O Temor do Senhor
justo, que odeia o pecado e o pune
severamente nesta vida e na vida
é a chave do
por vir. Nossa carne treme diante tesouro de Deus
de Deus! Mas, em segundo lugar, é
claro que a palavra usada no Salmo Conteúdo aluno
119.120 significa medo porque o
versículo é um exemplo de parale-
lismo hebraico em que a primeira e Sinopse do Tópico (I)
segunda parte dele se explicam Explicar que o temor a Deus é a
mutuamente. A segunda parte diz, base para desenvolver a fé em
“temo os teus juízos”. Facilmente Cristo, e receber dEle as bênçãos.
se nota como elas desenvolvem
uma à outra mais plenamente. No
Novo Testamento a mesma ideia é Temor é mais
en c o n tr ad a em 1 J o ão 4. 1 8 . que respeito
Quando o apóstolo fala aqui de
amor, ele se refere ao amor de Deus Conteúdo aluno
por nós, não ao nosso amor por ele.
Se conhecemos o amor de Deus por
nós, nunca precisamos ter medo
dele. Nem podemos ter medo dele. Sinopse do Tópico (II)
Como podemos ter medo de A ideia é ampliar o temor a Deus,
chegar à presença daquele que nos mais que reverência.
ama? O amor lança fora o medo.
Se, por outro lado, não conhe-
cemos o amor de Deus, então Temor não
temos medo dele, porque somos,
em nós mesmos, pecadores que é medo!
certamente receberão o justo Conteúdo aluno
castigo pelo pecado”. Prof.
Herman C. Hanko.

Sinopse do Tópico (II)


Diferenciar temor de medo.
22
Queridos, que Deus nos ajude e
nos capacite, que nos leve ao
conhecimento de sua santidade a
cada dia. Que venhamos ter em
mente a necessidade de sermos
aperfeiçoados pelo Espírito de
Deus. Isto não irá retirar de nós a
possibilidade de pecar. Todavia,
nos fará entender de uma vez
que o pecado se contrapõe à
santidade de Deus. Precisamos
nos arrepender e consagrar o
nosso ser a Ele, com todo temor e
reverência. Deus o abençoe!

23
A ATUAÇÃO DO ESPÍRITO
SANTO EM NÓS
Texto Básico: João 16.1-14
Lição Texto Áureo: “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do
Segunda Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que
não sois de vós mesmos?” (1Co 6.19).

Mt 3.13-17 Introdução
Terça Conteúdo aluno

At 19.1-7
Subsídio Teológico I
Quarta
Os Discípulos no Novo Testamento: Antes do Pentecostes
No Novo Testamento, o Espírito Santo se concentrava,
At 6.1-7 principalmente, antes do Pentecostes, na obra de Jesus.
Umas poucas pessoas no Novo Testamento receberam uma
Quinta capacitação especial do Espírito Santo antes do
Pentecostes para uma finalidade específica:
At 5.3,4 João Batista (Lc 1.15);
Os pais de João Batista (Lc 1.41);
Sexta Maria, mãe de Jesus (Mt 1.18,20);
Simeão (Lc 2.25).
2Co 3.18
O Espírito Santo não trabalhou diretamente com os
Sábado discípulos, a não ser em ocasiões especiais quando foram
enviados por Jesus a fim de ministrar (Mt 10.1; Mc 3.13; Lc 9.1
e 10.19). Estes trechos das Escrituras indicam que à medida
At 8.26-40
que Jesus enviava os discípulos para ministrar, deu-lhes
Domingo autoridade para operar milagres em Seu nome.
Anteriormente, vimos que Jesus recebeu autoridade do
Espírito Santo. Deu esta mesma autoridade aos discípulos
At 10.9-12
24
para o propósito do ministério. começaram a falar noutras
Durante a maior parte do tempo, línguas, conforme o Espírito Santo
os discípulos estavam com Jesus. lhes concedia que falassem” (At
Ele era o seu Mestre divino. 2.1-4).
Observam-no, escutavam-no e
procuravam imitá-lo, mas fracas- Foi exatamente como João Batista
saram frequentemente. Ele podia e Jesus haviam predito. Estavam
estar com eles durante aquele sendo batizados com o Espírito
tempo, mas não neles. Não podiam Santo e com fogo (Mt 3.11; At 1.5).
compartilhar plenamente do Jesus lhes prometera que falariam
poder que repousava sobre Ele a em novas línguas, e assim estava
não ser depois da Sua morte e a c o n t e c e n d o a o fa l a r e m a s
ressurreição. Conforme o apóstolo palavras que o Espírito Santo lhes
João escreveu mais tarde: “Ora, dera (Mc 16.17).
isto ele disse a respeito do Espírito
que haviam de receber os que nele Havia milhares de judeus tementes
cressem; pois o Espírito ainda não a Deus reunidos em Jerusalém
fora dado, porque Jesus ainda não vindos de todas as nações em
tinha sido glorificado” (Jo 7.39). derredor. Vieram para a festa do
Pentecostes. Quando ouviram o
Os Discípulos no Novo Testa- som no cenáculo, ajuntou-se uma
mento: No Pentecostes grande multidão. Esta multidão
Finalmente, chegou o dia que Jesus ficou desnorteada porque cada
prometera: pessoa ouvia alguém falando na
sua língua. “Não são galileus todos
“... estavam todos reunidos no estes homens que estão falando?
mesmo lugar. De repente, veio do Como, pois os ouvimos, cada um,
céu um ruído, como que de um na nossa própria língua em que
vento impetuoso, e encheu toda a somos nascidos? (At 2.7,8).
casa onde estavam sentados. E
lhes apareceram umas línguas Alguns zombavam deles e dis-
como que de fogo, que se seram que tinham bebido vinho
distribuíam, e sobre cada um em excesso. Mas Pedro levantou-
deles pousou uma. E todos se e explicou o que tinha acon-
ficaram cheios do Espírito Santo e tecido. Pregou que Cristo estava
25
vivo e que este era o cumprimento testemunhas eficazes; o sucesso
da Sua promessa de enviar o dos discípulos depois do Pente-
Espírito Santo. costes está resumido em Hebreus
Muitos foram convencidos e 2.4: “Testificando Deus junta-
exclamavam: mente com eles, por sinais e
prodígios, e por múltiplos
“... Que faremos irmãos? Pedro milagres e dons do Espírito Santo,
então lhes respondeu: Arre- d i st ri bu í d os segu nd o a su a
pendei-vos, e cada um de vós seja vontade”.
batizado em nome de Jesus Cristo,
para remissão de vossos pecados Pedro é um exemplo excelente
e recebereis o dom do Espírito daquilo que aconteceu antes e
Santo”. (At 2.37,38). "... De sorte depois do Pentecostes:
que foram batizados os que a) Pedro antes do Pentecostes
receberam a sua palavra; e
naquele dia agregaram-se quase 1. Impulsivo, agia sem pensar –
três mil almas” (At 2.1-41). (Mt 14.28; 17.4; Jo 21.7).

Os Discípulos no Novo Testa- 2. Cheio de contradições:


mento: Depois do Pentecostes a) Presunçoso - (Mt 16.22; Jo 13.8;
O poder do Pentecostes não 18.10). Tímido e negligente -
cessou quando o dia do Pente- (Mt 14.30; 26.69-72).
costes passou. Aquele dia foi b) Tanto egoísta quanto abne-
apenas o começo da era da ativi- gado - (Mt 19.27; Mc 1.18).
dade especial do Espírito Santo. c) Às vezes tinha discernimento
Mediante a morte e a ressurreição espiritual e noutras ocasiões
de Cristo, o caminho fora aberto demonstrava uma falta de
para o Espírito Santo vir habitar entendimento das verdades
nos corações dos crentes. espirituais - (Jo 6.68; Mt 15.15;
16).
O dia de Pentecostes trouxera o d) Fez duas confissões de fé em
batismo no Espírito Santo, aquele Cristo (Mt 16.16; Jo 6.69).
revestimento de poder especial Sentiu-se culpado por chegar
que, segundo o que Jesus a Cristo (negligentemente)
prometeu, os tornaria em Suas (Mc 14.67-71). Seguiu-o de
26
longe (Mt 26.58). 3. Operou milagres (At 3.7; 5.15;
9.34,40);
3. Associava-se com homens
ímpios (Jo 18.18). 4. Era corajoso e destemido (At
19.20; 5.28,29,40,42);
4. Negou a Cristo (Mc 14.70,71).
Na tarde da ressurreição Jesus 5. Era um encorajamento e um
apareceu aos seus discípulos e lhes bom exemplo para a Igreja
deu uma antecipação daquilo que Primitiva em sofrimentos (1Pe);
estava para vir. “... Assoprou sobre
eles e disse-lhes: Recebei o Espírito 6. Deu instruções à Igreja a
Santo” (Jo 20.22). respeito dos falsos mestres e dos
Muitas pessoas veem neste zombadores (2Pe).
mandamento uma referência à
obra do Espírito Santo na O reavivamento que começou em
regeneração, porque Ele é o agente Jerusalém quando Pedro pregou
ativo na regeneração. Este ato seu sermão poderoso no dia de
confirmou que Ele tinha consu- Pentecostes, foi levado a Samaria
mado Sua obra de restaurar o por um diácono chamado Filipe,
homem a Deus. Naquela ocasião, cheio do Espírito Santo. As pessoas
no entanto, não os batizou no creram na mensagem do
Espírito Santo. Quando Jesus Evangelho, foram batizadas nas
encontrou-se com eles mais tarde, águas, e muitos milagres foram
referiu-se ao batismo no Espírito realizados; mesmo assim ninguém
Santo como um evento ainda foi batizado no Espírito Santo. "...
futuro (At 1.4,8). Então lhes impuseram as mãos, e
b) Pedro depois do Pentecostes eles receberam o Espírito Santo"
(At 8.4-17).
1. Tornou-se um pregador e líder O próximo recebimento do Espí-
poderoso da Igreja Primitiva (At 1- rito Santo a ser registrado foi por
7; 10-12); Saulo de Tarso, recém-convertido,
que ficou sendo Paulo. Quando
2. Fez uma confissão poderosa de Ananias orou por ele, Saulo ficou
Cristo (Jo 1.42; Mt 16.18; At 1.8); cheio do Espírito Santo, e se tornou
o grande apóstolo dos gentios (At
27
9.17). (At 19.1-7).
O primeiro contato pentecostal Os apóstolos Pedro e Paulo
com os gentios, no entanto, foi juntamente com Tiago, João e
feito pelo apóstolo Pedro. O Judas, foram capacitados pelo
Espírito enviou Pedro, contra a sua Espírito Santo a nos dar as
própria vontade, à casa de Epístolas do Novo Testamento, o
Cornélio. Enquanto pregava para guia cristão à vida no Espírito. O
uma multidão de gentios, o testemunho poderoso deles, que
Espírito Santo caiu sobre todos os receberam pela plenitude do
que ouviram a sua mensagem. Espírito Santo, ainda está a
Pedro ficou atônito porque os ministrar nos nossos dias.
ouviu falar línguas exatamente
como acontecera no dia de
Pentecostes. Mais tarde, quando A obra do Espírito Santo
se defendia diante dos irmãos em nós
judeus, Pedro relembrou a
pregação de João Batista, que Conteúdo aluno
Jesus os batizaria no Espírito
Santo. Identificou a experiência
dos gentios com aquele batismo Sinopse do Tópico (I)
(At 10.1-11,18). Tratar acerca da ação do Espírito
Santo em nós e como isto implica
Vinte anos mais tarde, o apóstolo na transformação de nossa vida e
Paulo visitou a cidade de Éfeso e caráter.
achou ali alguns discípulos. A sua
primeira pergunta registrada na
narrativa foi: “Recebestes vós já o O Batismo com o
Espírito Santo quando crestes? Espírito Santo
Responderam-lhe eles: Não, nem
sequer ouvimos que haja Espírito Conteúdo aluno
Santo...”. Paulo ensinou-os,
batizou-os em nome do Senhor
Jesus, e lhes impôs as mãos. Veio Sinopse do Tópico (II)
sobre eles o Espírito Santo; e Tratar sobre a Doutrina do Batis-
falavam línguas, e profetizavam mo no Espírito Santo, reafir-
28
mando como sendo um traço da
nossa identidade.

A obra do Espírito Santo


na igreja
Conteúdo aluno

Sinopse do Tópico (III)


Explicar sobre a atuação do
Espírito Santo na edificação da
Igreja.

Somos uma Igreja que crê na


atuação direta e constante do
Espírito Santo em nós desde o ato
da conversão, nos capacitando e
aperfeiçoando nos caminhos da
graça, nos fazendo crescer e
desenvolver espiritualmente. Ele
não é uma força, muito menos
um sentimento, é uma pessoa, é
divino, é Deus. Não nos esque-
çamos da importância de viver-
mos em comunhão com Ele, o
ouvindo e dEle dependendo em
toda situação. Pois isso é neces-
sário para a nossa vida e caráter.
Deus o abençoe.
29
ÚNICA REGRA DE
FÉ E PRÁTICA
Texto Básico: 2 Timóteo 3.14-17
Lição Texto Áureo: “Lâmpada para os meus pés é a
Segunda tua palavra” (Sl 119.105).

Jr 36.1,2 Introdução
Terça Conteúdo aluno

2Pe 3.2
Subsídio Teológico I
Quarta “ÚNICA REGRA DE FÉ”

Mc 7.13 Antes de tudo precisamos conceituar fé. O Novo


Testamento, dentre outras, fala da fé salvadora, que é a fé
Quinta confiança em Jesus como Salvador (Jo 3.16-18; 1.12; Rm 10.11-
13, dentre outros). Outro sentido que aparece no Novo
Jo 10.35 Testamento é fé, sistema de ensinos e doutrinas. Está
registrado, em Atos 6.7 que grande número de sacerdotes
Sexta obedecia à fé. Outro sentido é o de fé na verdade, fé
confiança. Seja qual for o tipo de fé em foco, a Bíblia é a
nossa regra. Fé salvadora. Ninguém poderá crer em Cristo
Hb 4.12
como Salvador, se a Bíblia não lhe diz que Ele é o Salvador e
como se deve proceder. A salvação é pela graça, mediante a
Sábado
fé (Ef 2.8-10). É assim que a Bíblia diz. Portanto, qualquer
outro tipo de informação sobre salvação, por mais antigo
Js 1.8 que seja, não funciona, pois só a Bíblia, a Palavra de Deus,
pode regular estas coisas. A direção da fé. Fé em milagres,
Domingo fé em pessoas, fé em entidades, tudo isso só pode ser
regulado pela Bíblia. Se ela autoriza, nós obedecemos; se
2Pe 1.19-21
30
ela não autoriza, nós não obede- é prática. Nosso culto deve ser de
cemos. Para nós, não valem acordo com os princípios bíblicos.
tradições de Santo Agostinho, de Dizemos princípios, e não modelo,
Santo Anselmo, de São Thomas de p o r q u e o m o d e l o d o Ve l h o
Aquino, ou qualquer outro. Não Testamento tem que ser adaptado
valem bulas, encíclicas, e outros à luz do modelo do Novo Testa-
documentos de autoridade Papal. mento. O sistema de altares,
Para nós, só a Bíblia é regra de fé. holocaustos e sacerdotes, foi
As indulgências, por exemplo, que substituído por Cristo, o último
sugiram na Idade Média, baseadas cordeiro e o nosso eterno sacer-
na teoria de que alguém poderia dote. Nossa adoração deve ser de
sair do PURGATÓRIO e ir para o acordo com a Bíblia: em espírito e
céu, com base no saldo positivo às em verdade (Jo 4.21-24). Daí nossa
obras de certos santos – indul- liturgia deve ser pautada também
gências que eram vendidas a alto por princípios bíblicos e não por
preço para ricaços, por ordem do princípios pagãos, como é o caso
Papa, nada valem, pois não estão da Igreja Católica, que herdou todo
baseadas na Bíblia, na Palavra de um aparato do paganismo. Nosso
Deus. As visões de Joseph Smith, louvor deve ser nos moldes
que resultaram no mormonismo, bíblicos. Louvor com palavras (lCr
com as famosas placas de ouro, ou 29.10-20), com orações e com
as visões de qualquer outro cânticos. Nossos cânticos devem
fundador de religião, nada valem ser espirituais (Cl 3.15,16; 1Co
para nós. Só a Bíblia, a Palavra de 14.26), isto é, de natureza
Deus, é regra para a nossa fé. espiritual, que brotam da vida
ÚNICA REGRA DE PRÁTICA Quando espiritual, da experiência
somos salvos pela fé, entramos espiritual, e não de natureza mun-
num sistema de vida espiritual, e dana, que brota da vida mundana,
essa fé se realiza em práticas. do pecado. Nós devemos ter um
Assim é que praticamos o culto a novo cântico (Sl 33.3), que brota da
Deus, pela fé. Louvamos a Deus, nova vida (Sl 95.1; 105.2). Nossa
damos-lhe graças, cantamos, conduta cristã deve ser de acordo
oramos. Relacionamo-nos com os com os princípios bíblicos (1Co
crentes e as Igrejas; realizamos a 10.33; 16.13; Fp 4.8). A conduta, a
obra de Deus pela Igreja. Tudo isto ética do mundo, muda. Os padrões
31
morais mudam, mas nós, na nossa Conteúdo aluno
vida prática, como pessoas
novamente nascidas, temos que
continuar com os mesmos padrões
da Palavra de Deus. Muitos hoje Sinopse do Tópico (II)
querem fazer as coisas de Deus no Tratar sobre o perigo do liberalis-
mesmo modelo do mundo. Muitas mo teológico.
coisas que as Igrejas praticam hoje
não resistem a uma confrontação
bíblica. Nossa única regra de Tolerância e
prática cristã é a Bíblia, a Palavra esfriamento espiritual
de Deus (1Jo 2.15-17; Rm 12.1,2)
Conteúdo aluno
https://blogdoarildo.wordpress.c
om/2011/03/04/a-biblia-como-
unica-regra-de-fe-e-pratica/
Sinopse do Tópico (III)
Se tolerarmos o pecado perde-
Valorizando remos a sensibilidade para com o
Espírito Santo e sua palavra.
a Doutrina Perderemos o fervor.
Conteúdo aluno

Sinopse do Tópico (I) Lembro-me de um texto de Myer


Tratar sobre a necessidade da
Pearlman em seu livro "Conhe-
valorização da doutrina em
cendo as Doutrinas Bíblicas"
tempos de distanciamento da
(2006, p 14) que reflete como
verdade bíblica.
seria nossa vida sem as Escri-
turas. Seríamos “[…] profun-
damente desconhecedores do
O liberalismo nosso Criador, da criação do
teológico mundo que habitamos, da origem
e dos progenitores da raça, como
32
também do nosso futuro destino, na nossa única regra de fé e
e nos subordinaria para sempre ao prática, até o momento em que
domínio do capricho, das dúvidas nosso Salvador Jesus vier nos
e da concepção visionária. A buscar para o céu de glória.
destruição deste Livro nos privaria
da religião cristã, com todos os
seus confortos espirituais, espe-
ranças e perspectivas animadoras,
e no lugar desses, nada nos
deixaria a não ser a penumbra
triste da infidelidade e as mons-
truosas sombras do paganismo. A
destruição deste Livro despo-
voaria o céu, fechando para
sempre suas portas contra a
miserável posteridade de Adão,
restaurando ao rei dos terrores o
seu aguilhão; enterraria no
mesmo túmulo que recebe os
nossos corpos, todos os que antes
de nós morreram, e deixando a
nós o mesmo triste destino. Enfim,
a destruição deste Livro nos
roubaria de uma vez tudo quanto
evita que a nossa existência se
tome a maior das maldições;
cobriria o sol; secaria o oceano e
removeria a atmosfera do mundo
moral, e degradaria o homem a
ponto de ele ter ciúmes da posição
dos próprios animais.”

Amados, o nosso conforto é que


em Cristo continuaremos firmes
33
REAVALIANDO A NOSSA
VIDA CRISTÃ
Texto Básico: 2 Pedro 2.1-9
Lição Texto Áureo:
Segunda

Rm 12.2

Terça Introdução
Mt 9.4 Conteúdo aluno

Quarta
Subsídio Teológico I
Ap 3.4,5 Comportamento do Crente

Quinta Uma vez que o crente recebe a justificação por meio de


Jesus Cristo, deve andar “de modo digno da vocação a que
Mt 16.16-18 fostes chamados”. Isso será demonstrado através de sua
conduta, o seu viver diário. A Palavra de Deus nos fornece
Sexta inúmeros modelos para aplicarmos em nossa vida.
Devemos ser cidadãos dignos. A conduta do crente deve
Mt 6.12-15 refletir a de uma pessoa transformada, que foi lapidada
pelo poder do Espírito Santo. Somente por meio da Palavra
Sábado de Deus é que iremos saber se o comportamento do crente
é correto ou não. Baseados nisso, iremos verificar alguns
princípios que, se forem seguidos, com toda certeza farão
2Tm 2.20-2
uma grande diferença na vida daquele que praticar, bem
Domingo como na vida das pessoas que estão à sua volta. Há uma
grande necessidade de mantermos uma conduta exemplar.
Para tanto, é mister grande empenho para atingir tal
2Dt 4.39
34
objetivo. Somos exortados, pela mensagem, mas como um meio de
Palavra de Deus, como deve ser a envolver-se no relacionamento
nossa conduta “para que vos íntimo com Deus. O único meio.
torneis irrepreensíveis e sinceros,
filhos de Deus inculpáveis no meio
de uma geração pervertida e Cuidado
corrupta, na qual resplandeceis com o pecado
como luzeiros no mundo”
Conteúdo aluno
(Fp 2.15). https://vivos.com.br/
comportamento-do-crente/
Analisando as
nossas obras
Convencidos Conteúdo aluno
ou convertidos
Conteúdo aluno Cuidado com
a mágoa
Sinopse do Tópico (I) Conteúdo aluno
Confrontar sobre a necessidade
de ser convertido, participante do
evangelho, muito mais que Sinopse do Tópico (III, IV e V)
ouvinte. Confrontar sobre a necessidade
de ser convertido, participante do
O evangelho evangelho, muito mais que
ouvinte.
relacional
Conteúdo aluno

Sinopse do Tópico (II) Conta-se que certo soldado do


Explicar sobre o evangelho como Exército do Imperador Alexan-
algo muito maior que uma dre, o Grande, com medo da
35
batalha tenta se esquivar de ir à
luta. Alexandre ao encontrá-lo
lhe faz a seguinte pergunta:
“Qual é o seu nome?” Pronta-
mente o soldado respondeu:
“Alexandre, meu rei”. Então lhe
disse o rei: “Soldado, mude seu
nome ou venha lutar”. Em outras
palavras, era-lhe necessário o
autoexame. Como dissemos, a
autoavaliação nos faz reconhe-
cer nossos limites, mas também
nossas potencialidades para
avançar e nos aperfeiçoar em
nossa vida espiritual. Você é
cristão, não pode parar. Se você
há muito tempo não reflete sobre
isto, comece hoje! “Examine-se,
pois o homem a si mesmo”. Caso
perceba que caminha por trilhas
distantes do que preceituam as
Sagradas Letras, volte, reco-
mece, é possível. Seja alguém
convertido, se relacione com
Deus, busque dele uma intimi-
dade profunda e sincera, uma
ligação eterna. Cuidado com o
pecado, com a mágoa. Seja fiel,
honre a Deus, honre sua Igreja,
honre sua fé. Deus o abençoe,
meu irmão.

36
PECADOS DE
CONCUPISCÊNCIA
Texto Básico: Tiago 1.10-18
Lição Texto Áureo: ‘‘Porque tudo o que há no mundo, a
Segunda concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a
soberba da vida, não é do pai, mas do mundo” (Jo 2.16).

Gn 1.27 Introdução
Terça Conteúdo aluno

Gn 3.16,17
Subsídio Teológico I
Quarta
A CONCUPISCÊNCIA – Que é concupiscência? No dicionário
lemos que concupiscência é GRANDE DESEJO DE BENS OU
1Co 10.12 GOZOS MATERIAIS, APETITE SENSUAL. Vamos ver o que a
Bíblia fala sobre a concupiscência.
Quinta
1. A concupiscência é um vício próprio da carne e se opõe à
2Tm 3.2,4 obra do Espírito Santo na vida do cristão. O apóstolo Paulo
nos exorta dizendo: “Andai em Espírito e não cumprireis a
Sexta concupiscência da carne, porque a carne cobiça contra o
Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um
Gn 3.6 ao outro para que não façais o que quereis” (Gl 5.16,17).

Sábado 2. A fonte da corrupção deste mundo é a concupiscência.


Ouçamos Pedro: “Jesus nos deu grandíssimas e preciosas
Rm 8.5-8 promessas, para que por elas fiquemos participantes da
natureza divina, havendo escapado da corrupção, que
Domingo pela concupiscência há no mundo” (2Pe 1.4).

Tg 1.14,15
37
3. A concupiscência é coisa vil, e grandíssimas e preciosas
não poderia ser colocada no promessas, para que por elas
homem por Deus. “Mortificai, pois fiquemos participantes da na-
os vossos membros, que estão tureza divina, havendo escapado
sobre a Terra; a prostituição, a da corrupção, que pela concupis-
impureza, o apetite desordenado, cência há no mundo” (2Pe 1.4).
A VIL CONCUPISCÊNCIA, e a
avareza, que é idolatria” (Cl 3.5). 3. A concupiscência é coisa vil, e
não poderia ser colocada no
4. A concupiscência é escarne- homem por Deus. “Mortificai, pois
cedora do próprio Deus. A os vossos membros, que estão
CONCUPISCÊNCIA – Que é sobre a Terra; a prostituição, a
concupiscência? No dicionário impureza, o apetite desordenado,
lemos que concupiscência é A VIL CONCUPISCÊNCIA, e a
GRANDE DESEJO DE BENS OU avareza, que é idolatria” (Cl 3.5).
G O Z O S M AT E R I A I S , A P E T I T E
SENSUAL. Vamos ver o que a Bíblia 4. A concupiscência é escarne-
fala sobre a concupiscência. cedora do próprio Deus. “Nos
últimos dias virão escarne-
1. A concupiscência é um vício cedores, andando segundo as
próprio da carne e se opõe à obra suas próprias concupiscências, e
do Espírito Santo na vida do dizendo: Onde está a promessa da
cristão. O apóstolo Paulo nos sua vinda?” (2Pe 3.3,4). Os
e x o r t a d i z e n d o : “A n d a i e m apóstolos predisseram que no
Espírito e não cumprireis a concu- último tempo haveria escarne-
piscência da carne, porque a carne cedores que andariam segundo as
cobiça contra o Espírito, e o suas ímpias concupiscências.
Espírito contra a carne; e estes “Estes são os que causam divisões,
opõem-se um ao outro para que sensuais, que não têm o Espírito”
não façais o que quereis” (Gl (Jd 19).
5.16,17).
5. A concupiscência é um cativeiro
2. A fonte da corrupção deste carnal e satânico, e não há no
mundo é a concupiscência. Ouça- homem condições para se livrar
m o s P e d r o : “J e s u s n o s d e u dela. Só Jesus Cristo pode livrar o
38
homem desse poder corruptor. o povo de Israel murmurou contra
Paulo declarou: “Porque também Jeová pela falta de comida,
nós éramos noutro tempo durante a peregrinação no de-
insensatos, desobedientes, serto, Deus mandou o maná, e
extraviados, servindo a várias também codornizes. O povo saciou
concupiscências e deleites, a sua fome, mas diz o texto
vivendo em malícia e inveja, sagrado que, estando a carne entre
odiosos, odiando-nos uns aos os seus dentes, antes que fosse
outros” (Tt 3.3). “Porque deste mastigada, se acendeu a ira de
número são os que se introduzem Jeová, e os feriu com uma praga
pelas casas, e levam cativas mui grande. E o nome daquele
mulheres néscias carregadas de lugar se chamou Quibrote-
pecados, levadas de várias con- Hataavá, que traduzido é: SEPUL-
cupiscências” (2Tm 3.6). CRO DA CONCUPISCÊNCIA (Nm 11.1-
7, 31-35). “Mas cada um é tentado,
6. A concupiscência faz o pecado quando atraído e engodado pela
reinar sobre nós. “Assim também sua própria concupiscência.
vós, considerai-vos mortos para o Depois, havendo a concupiscência
pecado, mas vivos para Deus em concebido, dá à luz o pecado; e o
Cristo Jesus nosso Senhor. Não pecado, sendo consumado, gera a
reine portanto o pecado em vosso morte” (Tg 1.14,15). A concupis-
corpo mortal, para lhe obecede- cência faz das pessoas sepulcros
cerdes em suas concupiscências, ambulantes, pois quem a tem está
nem tampouco apresenteis os condenado à morte.
vossos membros ao pecado por
instrumentos de iniquidade” (Rm 8. As coisas imundas da carne
6.11-13). estão ligadas à concupiscência.
“Os injustos estão reservados
7. A concupiscência é assassina da para o dia do juízo, para serem
alma, Pedro é quem afirma essa castigados; mas principalmente
verdade: “Amados, peço-vos aqueles que segundo a carne
como a peregrinos e forasteiros, andam em concupiscências de
que vos abstenhais das concupis- imundícia” (2Pe 2.9,10).
cências carnais, que combatem
contra a alma” (1Pe 2.11). Quando
39
9. O Deus e Pai de nosso Senhor nos uns aos outros” (Tt 3.3).
Jesus Cristo é contra a concupis- “Porque deste número são os que
cência. “Para que, no tempo que se introduzem pelas casas, e
vos resta na carne, não vivais mais levam cativas mulheres néscias
segundo as concupiscências dos carregadas de pecados, levadas
homens, mas segundo a vontade de várias concupiscências” (2Tm
de Deus, porque já é bastante que 3.6).
no tempo passado da vida
fizéssemos a vontade dos gentios, 6. A concupiscência faz o pecado
andando em dissoluções, reinar sobre nós. “Assim também
concupiscências, borrachices, vós, considerai-vos mortos para o
glutonarias, bebedices, e abomi- pecado, mas vivos para Deus em
náveis idolatrias” (1Pe 4.2,30). Cristo Jesus nosso Senhor. Não
reine portanto o pecado em vosso
http://www.verdadesbiblicas.com corpo mortal, para lhe obecede-
.br/?p=282 (2Pe 3.3,4). Os cerdes em suas concupiscências,
apóstolos predisseram que no nem tampouco apresenteis os
último tempo haveria escarne- vossos membros ao pecado por
cedores que andariam segundo as instrumentos de iniquidade” (Rm
suas ímpias concupiscências. 6.11-13).
“Estes são os que causam divisões,
sensuais, que não têm o Espírito” 7. A concupiscência é assassina da
(Jd 19). alma, Pedro é quem afirma essa
verdade: “Amados, peço-vos
5. A concupiscência é um cativeiro como a peregrinos e forasteiros,
carnal e satânico, e não há no que vos abstenhais das concupis-
homem condições para se livrar cências carnais, que combatem
dela. Só Jesus Cristo pode livrar o contra a alma” (1Pe 2.11). Quando
homem desse poder corruptor. o povo de Israel murmurou contra
Paulo declarou: “Porque também Jeová pela falta de comida, du-
nós éramos noutro tempo rante a peregrinação no deserto,
insensatos, desobedientes, extra- Deus mandou o maná, e também
viados, servindo a várias concupis- codornizes. O povo saciou a sua
cências e deleites, vivendo em fome, mas diz o texto sagrado que,
malícia e inveja, odiosos, odiando- estando a carne entre os seus
40
dentes, antes que fosse mastigada, fizéssemos a vontade dos gentios,
se acendeu a ira de Jeová, e os feriu andando em dissoluções, con-
com uma praga mui grande. E o cupiscências, borrachices, gluto-
nome daquele lugar se chamou narias, bebedices, e abomináveis
Quibrote-Hataavá, que traduzido idolatrias” (1Pe 4.2,30).
é: SEPULCRO DA CONCUPISCÊNCIA
(Nm 11.1-7, 31-35). “Mas cada um é http://www.verdadesbiblicas.com.br/?p=
tentado, quando atraído e 282
engodado pela sua própria
concupiscência. Depois, havendo
a concupiscência concebido, dá à Concupiscência
luz o pecado; e o pecado, sendo da carne
consumado, gera a morte” (Tg
1.14,15). A concupiscência faz das Conteúdo aluno
pessoas sepulcros ambulantes,
pois quem a tem está condenado à
morte. Sinopse do Tópico (I)
Explicar o conceito de Concupis-
8. As coisas imundas da carne
cência.
estão ligadas à concupiscência.
“Os injustos estão reservados
para o dia do juízo, para serem Concupiscência
casti-gados; mas principalmente dos olhos
aqueles que segundo a carne
andam em concupiscências de Conteúdo aluno
imundícia” (2Pe 2.9,10).

9. O Deus e Pai de nosso Senhor Sinopse do Tópico (II)


Jesus Cristo é contra a concupis- Explicar a concupiscência dos
cência. “Para que, no tempo que olhos e seus perigos
vos resta na carne, não vivais mais
segundo as concupiscências dos
homens, mas segundo a vontade Soberba
de Deus, porque já é bastante que da vida
no tempo passado da vida
41
caiu, levante-se, ainda há espe-
Conteúdo aluno rança. Ao que está em pé, olhe e
não caia. Mas em todo o tempo,
vigiemos e oremos, porque na
Sinopse do Tópico (III) verdade, o espírito está pronto,
mas a carne é fraca.
Faça o aluno entender o que é a
soberba da vida.

Como
Vencer
Conteúdo aluno

Sinopse do Tópico (IV)


Explicar quais os caminhos para
vencer as concupiscências da
carne e os males a que eles nos
conduzem.

Amado irmão, não há como


vencer o que há no mundo sem o
auxílio do Espírito Santo. Talvez
alguém que esteja lendo esta
lição tenha percebido erros que
não enxergava em sua vida
espiritual, seja com os olhos, a
carne e a soberba. O caminho que
deve ser trilhado é o de arre-
pendimento e mudança. Ao que
42
A MODERNIDADE, O
MUNDANISMO E A NOSSA FÉ
Texto Básico: 1 Corintios 1.20,21
Lição Texto Áureo: “Não se amoldem ao padrão deste mundo,
Segunda mas transformem-se pela renovação da sua mente, para
que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2)
Tg 4.4
Introdução
Terça
Conteúdo aluno
1Jo 2.16,17

Quarta Subsídio Teológico I


“Modernidade Sólida x Modernidade Líquida”
Tg 1.10-18
Bauman utiliza a metáfora da liquidez para fazer um
Quinta contraponto com os tempos da certeza que seriam
identificados pelo estado sólido. Na modernidade sólida, as
Mt 5.13,14 instituições eram firmes, existia a segurança no trabalho e
um salário que permitia ao indivíduo viver com dignidade.
Sexta Com isto, se construiu um sistema baseado na raciona-
lidade, onde era importante que o indivíduo se adequasse à
sociedade onde estava inserido. A religião e o nacionalismo
Jo 16.33
davam um sentido para a comunidade e um sentimento de
pertencimento. Assim, o ser humano construía sua
Sábado
identidade a partir dessas referências. Há, no entanto, uma
mudança nos anos 60 e 70 quando se começam a
1Co 2.12 enfraquecer as instituições que forneciam as claves para o
indivíduo construir sua identidade como as crenças
Domingo religiosas, a família e a escola. Devido à concorrência dos
mercados e ao aumento da competitividade, o indivíduo
Cl 2.8
43
deixa de ter certezas. Desta Conteúdo aluno
maneira, todas aquelas verdades
que a modernidade sólida tinha
como imutáveis são questionadas.
Por isso, na modernidade líquida, Sinopse do Tópico (I)
esses conceitos estão em perma- Fazer os alunos entenderem o
nente adaptação, pois se adaptam conceito de modernidade e suas
ao meio onde estão inseridos. Sem implicações.
referências externas e numa
sociedade onde tudo é permitido
(ao menos em teoria), os O mundanismo
indivíduos têm que construir sua
Conteúdo aluno
identidade a partir da sua
experiência pessoal. Isso gera a
angústia e o desconforto já
preconizados por Jean Paul Sartre, Sinopse do Tópico (II)
mas também uma sensação de Explicar o conceito de munda-
liberdade, onde o indivíduo tem a nismo a luz da Bíblia.
responsabilidade total dos seus
atos. Confira no quadro abaixo um
resumo das diferenças entre a
Vivendo
modernidade sólida e líquida. na contramão
https://www.todamateria.com.br/moder Conteúdo aluno
nidade-liquida/

Sinopse do Tópico (III)


Entendendo Explicar que a Igreja sempre está
a modernidade na direção contrária do mundo.
Vivemos na Contramão do
Conteúdo aluno mundo.

Modernidade
líquida
44
ortodoxa seja acompanhada por
uma ortopraxia. Só assim o
mundo verá em nós, a cada
Em meio a uma sociedade onde
passo, gesto e voz, Cristo. Que
os valores, os princípios, os
Deus, com sua infinita miseri-
diversos “ethos” e disposições
córdia, nos preserve de forma
modificam-se de forma cons-
simples, serena e convicta, de
tante, como areia que se esvazia
nossa sólida fé e fundamento, a
entre os dedos, a Igreja de Cristo,
Bíblia. Que entre os relativismos,
como “coluna e baluarte da
“achismos” e liquidez do mundo
verdade”, precisa “atentar com
moderno apresentemos a Bíblia,
mais diligência para as coisas que
como alimento para a alma
já temos ouvido, para que em
humana, regra de fé e prática,
tempo algum nos desviemos
para vida e existência. Deus vos
delas” (Hb 2.1). A segurança,
abençoe.
solidez e firmamento para nossa
vida, estão na Palavra de Deus.
Abdicar dela, é envolver-se de
“corpo inteiro” numa dinâmica
humana e natural, sem sensibili-
dade para com a verdade bíblica.
Como fundamento sólido, a
partir e sobre ela, sejamos
ortodoxos, preocupados
"profundamente com a verdade,
defender e compartilhar essa
verdade de forma compassiva e
humilde."Assim sendo, en-
quanto o mundo apresenta-nos
uma realidade líquida e constan-
temente mutável, apresentamos
fundamentos inabaláveis, justos
e divinos. Precisamos, mais do
que nunca, que a perspectiva

45
CONSERVANDO A SANTIDADE
NA IGREJA
Texto Básico: Efésios 2.11-22
Lição Texto Áureo:
Segunda

Sl 119.1-82 Introdução
Terça Conteúdo aluno

Tm 1.13,14
Subsídio Teológico I
Quarta

Mc 4.16-20

Quinta

2Pe 2.1-9

Sexta

Jo 17.17

Sábado

Ef 4.1-3

Domingo

1Pe 1.15
46
processo é imprescindível que o
Conservando a doutrina mesmo entenda seu erro, tenha
Conteúdo aluno consciência de culpa e a aceite
humildemente para que possa
cumpri-la de forma efetiva,
Conversando a aprendendo com seus erros e
buscando a melhor maneira de
liturgia corrigi-los. A igreja não pode fugir
dessa responsabilidade sob o
Conteúdo aluno risco de permitir seu próprio
desvirtuamento e o mal feito por
um contamine os demais.
Conversando a
unidade
Conteúdo aluno

Como vimos, a disciplina é bíblica


e necessária para o bom anda-
mento da Igreja. Com ela,
combatemos o fermento dentro
da igreja e trabalhamos no que se
refere ao nosso alcance para
manter a Igreja pura diante de
Deus e da comunidade. Todavia,
entendemos que sua neces-
sidade impõe à Igreja a forma
certa de aplicá-la, sempre com
misericórdia buscando a reabili-
tação do transgressor e nesse
47
O EFEITO DA SANTIFICAÇÃO
NA VIDA
Texto Básico: Hebreus 12.14-16
Lição Texto Áureo:
Segunda

Hb 2.11 Introdução
Terça Conteúdo aluno

1Co 1.2,3
Subsídio Teológico I
Quarta

Ef 4.28

Quinta

Ef 4.7-13

Sexta

1Jo 2.6

Sábado

1Ts 4.3

Domingo

Gl 5.19-25
48
A Santificação nos entrega Torna-nos
a certeza da salvação discípulos
Conteúdo aluno Conteúdo aluno

Sinopse do Tópico (I) Sinopse do Tópico (III)

A santificação gera uma


nova mentalidade
A santificação nos aproxima de
para a vida Cristo por sua graça. Nele, toda
nossa vida é redirecionada sendo
Conteúdo aluno modificada nossa mentalidade,
possuindo a certeza da salvação e
nos fazendo parecidos com
Sinopse do Tópico (II) Cristo. Os seus efeitos são
internos no que concerne à nova
mentalidade, a certeza de
salvação, a intimidade com Deus.
Porém, é prática, pois leva ao
relacionamento com o outro,
estabelecendo diferenciação
49
pela transformação que ocorreu.
O discípulo enxerga o mundo
diferente, com a certeza de saber
para onde vai, e o que deve fazer.
O verdadeiro discípulo é santo
em um mundo corrompido, é fiel
em meio aos infiéis, e vai para o
céu, não por mérito próprio, mas
porque Deus o regenerou,
justificou e o santificou.

50
ADORAÇÃO E SERVIÇO,
MARCAS DE QUEM É SANTO
Texto Básico: Romanos 12.1
Lição Texto Áureo: “Deus é espírito, e é necessário que os seus
Segunda adoradores o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.24).

Sl 145 Introdução
Terça Conteúdo aluno

1Co 10.31
Subsídio Teológico I
Quarta “Existem basicamente duas marcas principais que
identificam a adoração cristã primitiva do ponto de vista
Sl 29.2 de seu contexto religioso: 1) Cristo é reverenciado como
divino juntamente com Deus e, 2) a adoração de todos os
Quinta outros deuses é rejeitada. Analisaremos no capítulo
seguinte a primeira dessas duas características. Nosso
Jo 4.21-23 debate neste capítulo parte da premissa proposta pela
segunda marca de identificação, a exclusividade que
Sexta caracterizava a adoração cristã primitiva, o que para
Wayne Meeks: “talvez seja a característica mais estranha
do cristianismo, bem como do judaísmo, aos olhos de um
Is 29.13
pagão comum. Da tradição judaica da época, o
cristianismo primitivo herdou uma adoração monoteísta
Sábado
exclusivista que exigia de seus adeptos a renúncia ao culto
prestado a outros deuses. Os judeus cristãos, pelo menos
Ap 4.11 nas primeiras décadas do cristianismo, parece terem
continuado a participar das atividades religiosas do
Domingo templo e da sinagoga e dos eventos em Jerusalém (i.e, das
festas anuais, como a Páscoa, da oração no templo, dos
Cl 2.18,19
51
sacrifícios). Paulo, o apóstolo aos em relatos de outros grupos
gentios, continuou firme no religiosos da Era Romana, fica
relacionamento que mantinha evidente que a exuberância, a
com os judeus e deixou isso muito alegria, a sensação de encontro
claro na disposição que com o divino e até mesmo um
demonstrou várias vezes em se forte êxtase religioso eram, não
submeter aos castigos físicos raro, buscados pelos devotos e
impostos pela sinagoga a quem cultivados de várias maneiras nos
violasse a religiosidade judaica cultos. Os grupos cristãos não
por meio de atos não tinham à disposição a variedade
especificados conforme decisão de recursos a que recorriam
das autoridades da sinagoga (2Co outros grupos (e que, em séculos
11.24). Em outras palavras, pelo subsequentes, seriam
menos nessa etapa dos apropriados também pelo
primórdios, a exclusividade da cristianismo) para dar aos
adoração cristã não compreendia devotos experiências religiosas
a renúncia à participação na marcantes ou, pelo menos, uma
adoração judaica. Isso ocorria sensação de maravilhamento (p.
pelo motivo óbvio de que o Deus ex., cerimônias sofisticadas ou
dos cristãos primitivos era templos imponentes), mas é
identificado com o Deus do Antigo evidente que o fervor religioso
Testamento e de Israel, o Deus sempre caracterizou a adoração
adorado na sinagoga e no templo cristã primitiva e teria sido, ao
de Jerusalém. Contudo, a mesmo tempo, característica
participação em atividades de atraente e importante dos cultos
grupos religiosos pagãos era coisa cristãos. Na verdade, o forte
completamente distinta”. p. 55-56 fervor religioso na adoração pode
“A ideia dos dons divinos, dos ter ajudado a compensar outras
carismas do Espírito de vários atividades religiosas das quais
tipos, juntamente com outros aquelas pessoas tinham aberto
conceitos e afirmações religiosos mão, e pode ter ajudado a
expressos na proclamação e na preservar o compromisso com a
instrução cristã primitiva, exclusividade cristã na adoração.
impregnou de fervor a adoração Com base na discussão de Paulo
dos primeiros tempos. Com base sobre os problemas das práticas
52
de adoração em Corinto, é possível que ele tivesse em mente
possível ter uma ideia muito nítida os cultos de adoração como
do fervor que às vezes se cenário dessas bênçãos divinas.
manifestava, mas de um modo Em Colossenses 3.16 e Efésios 5.18-
que o apóstolo julgava infrutífero. 20, o ensino inspirado, a
As inúmeras atividades admoestação e o cantar com
relacionadas ao culto men- gratidão “salmos, hinos e cânticos
cionadas em 1 Coríntios 14.26 espirituais” a Deus devem ser
fazem referência, todas elas, a t o d o s e n t e n d i d o s ,
adoradores cuja inspiração e provavelmente, como fenômenos
exaltação vinham diretamente de da adoração coletiva que ilustram
Deus. Não apenas “revelação” e a exaltação e o fervor religiosos
“língua ou interpretação”, mas buscados nos grupos cristãos
também “hino” e “palavra de primitivos. Em 1 Tessalonicenses
instrução” devem, provavel- 5.19-21, Paulo insiste com os
mente, ser considerados cristãos de Tessalônica, dizendo-
contribuições espontâneas que se lhes: “Não apagueis o Espírito”.
acreditava serem inspiradas pelo Pede a eles também que deem
Espírito Santo. Há uma lista ainda espaço à profecia (embora com a
maior de fenômenos em 1 distinção apropriada entre
Coríntios 12.4-11, com manifestações espirituais boas e
mani fest ações di vi nament e ruins). Também nesse caso, é a
inspiradas de sabedoria, reunião de adoração que o
conhecimento, profecia e apóstolo tem em mente para a
variedade de línguas, dons de expressão de tais manifestações
curar e operação de milagres, bem de fervor religioso”. p. 64 - 65
como “o dom de discernir HURTADO, W. Larry. As origens da
espíritos” (que pode estar adoração cristã: O caráter da
associado ao exorcismo). Além devoção no ambiente da Igreja
disso, quando em Gálatas 3.5 primitiva. Tradução A. G. Mendes,
Paulo desafia os cristãos da São Paulo: Editora Vida nova,
Galácia a dizer qual seria a base, 2011.
na opinião deles, das
manifestações do Espírito e dos
milagres operados entre eles, é
53
O conceito bíblico Isto implica ir além das reuniões e
cultos, me conduzindo e agindo
de Adoração cotidianamente para a glória de
Deus, onde meus talentos e ações
Conteúdo aluno devem refletir minha ado-ração e
serviço ao Senhor. Que esta lição
sirva de alerta e encora-jamento
Sinopse do Tópico (I) para nos entregarmos ao Deus
Apresentar os princípios de uma Triúno constantemente como
verdadeira adoração. oferta viva, santa e agradável a
Ele, O servindo e O amando com
toda força e entendimento.
Adoração
como serviço
Conteúdo aluno

O culto racional
a vida prostrando-se
diante de Deus
Conteúdo aluno

O sentimento que tenho todas as


vezes que me debruço a pensar
sobre a adoração, é que preciso
da ajuda do Espírito de Deus para
adorar a Deus de forma autên-
tica, agradável, consciente,
intensamente e em santidade.

54
Bibliografia
STRONG, Augustus Hopkins. Teologia Sistemática de Strong. Edição 2003. São
Paulo: Hagnos, 2003.

GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática de Grudem, Atual e Exaustiva. Edição


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CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática de Chafer. Edição 2003. São Paulo:
Editora Hagnos, 2003.

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