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INTRODUÇÃO
Os crentes dos dias atuais têm perdido o temor e o senso da majestade de Deus. A lição deste
trimestre e em especial a lição desta semana, é uma ótima oportunidade de levar nos alunos a
uma reflexão e quem sabe começarmos a resgatarmos o apreço pela reverência e a sublimidade
do glorioso e poderoso Deus. Se o cristão não compreende os atributos básicos de Deus, suas
perspectivas em qualquer outra área serão afetadas. A Bíblia está repleta de declarações sobre a
grandeza do nosso Deus: “Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu
glorificado em santidade, admirável em louvores, realizando maravilhas?” (Êx 15.11). Veja ainda:
Is 40.18; 46.9; 2 Sm 7.22; Sl 89.6-8; 147.5; Dn 4.3; Ml 1.11.
a) Onipresença (tudo presente) - Deus age em todos os lugares e possui pleno conhecimento
de tudo quanto ocorre em todos os lugares. Não há um só lugar universo e na eternidade onde
Deus não possa estar. Toda magnitude e grandeza do universo são reduzidos a proporções
microscópicos e se desnuda diante dos olhos do Deus (Sl 139.7-12; Jr 23.23-24). Embora Ele
esteja presente em todo e qualquer lugar, isto não significa que Ele habita em todo e qualquer
lugar. A Bíblia designa o céu como o ponto mais elevado da habitação de Deus (Sl 139.8). Ele
está no céu como lugar de sua eterna habitação e como local do seu trono. será sempre um
desafio tentar compreender como Deus, que habita na eternidade, se compraz em habitar no
coração do homem (Is 57.15);
b) Onisciência (toda ciência ou todo conhecimento) - É compreendida pela capacidade que
Deus tem de saber todas as coisas e nada há que Ele não saiba (Jó 11.7-8; Sl 147.4; Mt 10.29-
30). Por este atributo Deus conhece todas as coisas no tempo, no espaço e na eternidade. Tudo
quanto pode ser conhecido, Ele conhece. Ele não precisa arrazoar ou pesquisar as coisas, pois,
seu conhecimento, seja do passado, do presente, ou do futuro é instantâneo. Embora Deus saiba
tudo que está por acontecer conosco. Sua presciência não intervem no que a pessoa fará do seu
livre arbítrio e nem os obriga a escolher este ou aquele destino (Is 48.5-8).
c) Onipotência (todo poder) - É aquele atributo por meio do qual Ele pode realizar ou fazer
acontecer tudo que Ele deseja (Gn 18.14; Sl 33.9; Lc 12.16-21; Ef 3.20). O Seu poder só está
sujeito a uma lei: O Seu Querer. Seu poder não está condicionado e nem pode ser limitado por
qualquer pessoa que não o Seu querer (Sl 115.3; Dn 4.35). Do alto da majestade do seu trono,
nos céus, Deus faz tudo que lhe apraz (Is 43.3). O seu poder se eleva acima de todas as forças
da terra e do inferno. Toda a natureza está sujeita à direção e controle divino. Todos estão
sujeitos à sua vontade.
d) Eterno (transcende a todas as limitações temporais) - Deus é o único ser que é
absolutamente eterno, pois sua existência não conhece nem princípio e nem fim de dias. Deus
existe por si mesmo (Jo 5.26).
e) Imutabilidade (perfeição por meio do qual Deus não está sujeito a qualquer mudança) -
Isto quer dizer que Ele é para sempre o mesmo, por isto, está isento de toda e qualquer mudança
em seu Ser, em seus propósitos e em suas promessas. Quando a Bíblia menciona Deus se
arrependendo evidentemente é só maneira humana de falar. Na realidade a mudança não é em
Deus, mas no homem e nas suas relações para com Ele (Gn 6.6; Jn 3.10). Deus permanece o
mesmo quanto ao seu caráter.
a) Amor - Descrever ou definir esse atributo (Amor ágape = Amor Sacrificial) é uma tarefa
difícil. Certas passagens da Bíblia dão a entender que o amor de Deus é de tal natureza que
garante um constante interesse no bem está físico e espiritual de suas criaturas, ao ponto de
levá-lo a fazer um sacrifício além da concepção humana para revelar esse amor.
* Graça - A graça é o amor que ultrapassa tudo quanto se possa exigir do amor. É Deus
baixando-se e estendendo a mão, inclinando-se desde as alturas de sua majestade, a fim de
tocar e segurar àqueles que só merecem o seu castigo. Graça na linguagem específica das
Escrituras é o seu amor imerecido para com os que perderam o direito, e estão por natureza
debaixo de um julgamento para condenação. É uma dádiva gratuita da Generosidade de Deus
para com alguém que não tem o direito de reclamá-la.
* Longanimidade - Pleno ato de tolerância para com os maus e perversos. No original hebraico é
traduzido por “lento para a ira”. Entendemos assim, longanimidade é aquele amor de Deus, em
virtude do qual Ele suporta aos obstinados e perverso pecador. Os pecadores passam dias e dias
zombando e criticando da pessoa de Deus, mais por causa de sua longanimidade Ele acaba
ainda sendo salvo (Rm 2.4).
* Misericórdia - É o amor para com os que sofrem aflições, independente de seus merecimentos.
Deus se mostra compassivo e piedoso para com os que se acham em estado de miséria
espiritual, sempre pronto a socorrê-los. Apesar de grande e insondável, a misericórdia não pode
ser considerada o oposto da sua justiça, e tão pouco como algo que o anule.
b) SANTIDADE - A Santidade de Deus significa a sua absoluta pureza moral. Ele não pode pecar
nem tolerar o pecado. A ideia fundamental da santidade moral de Deus é também a de
“separação”, porém neste caso é separação do mal moral, isto é, do pecado. É por isso que exige
que tudo quanto está associado à sua Pessoa seja santo.
* Justiça - Justiça é a santidade de Deus em Ação. Esta qualidade garante que Deus dará e fará
ao homem exatamente o que ele merece. Deus não só trata justamente como também requer
justiça. Portanto, ela se revela no castigo dos ímpios (Justiça Punitiva) e na recompensa dos
justos (Justiça Remunerativa).
* Retidão - Deus sempre faz o que é reto. Ele se move por uma vereda de equidade e retidão
absoluta e perfeita. São Elas que nos assegura que seremos transportados até as eras eternas,
bem como, nos tornam certos que seremos destruídos se não nos propusermos também a trilhar
por essas veredas. Só os puros e retos será dado o direito de permanecer diante do Senhor (Sl
24.3-6).
3.2. Conhecendo os atributos de Deus, podemos estar mais preparados contra heresias e
falsos ensinos.
O profeta Oseias disse: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento” (Os 4.6).
Não são poucos os crentes que, por não conhecerem a Palavra de Deus, ainda hoje estão sendo
“destruídos” e levados por falsos mestres e ventos de heresias. Paulo ensinando aos efésios diz:
“Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina,
pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente” (Ef 4.14). Que possamos
nos atentar para o conselho do nosso Senhor através do Profeta Jeremias e entender que o
nosso maior motivo de orgulho deve ser o de conhecê-Lo, quer seja pela sua natureza, quer seja
pelos seus atributos (Jr 9.23,24). Um conhecimento que envolve relacionamento e
comprometimento com a verdade revelada.
CONCLUSÃO
Deus é aquele que faz todas as coisas conforme o conselho da Sua vontade [Ef 1.11]. Os Seus
atributos são inegáveis e não tem como discordar das Suas perfeições.