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contemporâneo
Palestrante: Profº André Machado Maya1
Aluna: Maria Benedita Froes Sousa2
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Doutor e mestre em ciências criminais (PUCRS). Professor de graduação e mestrado na faculdade de
direito da fundação Escola Superior do Ministério Público. Sócio fundador do IBRASPP. Advogado
criminalista.
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Graduanda do 6º período do curso de Direito da Universidade CEUMA.
ter imparcialidade do juiz. Imparcialidade é a ausência de interesses prévios a
uma das hipóteses, de acusação ou de defesa. O julgador precisa ter isenção da
condução do processo. Tanto o promotor quanto o defensor tem as mesmas
condições, isso é um processo com paridade de armas, com igualdade, é um
processo em que o juiz dá às partes as mesmas oportunidades. O juiz deve ter
a mesma distância em relação ao promotor e a defesa, isso que o faz
equidistante. O juiz não pode favorecer nenhuma das partes. Regras que nos
permite evitar perdas da imparcialidade no processo. Impedimento e suspeição:
O juiz não pode ser casado com a promotora e o advogado não pode ser marido
da juíza.
Nessas hipóteses há perda concreta de imparcialidade. Por isso que
existe a teoria da aparência. Não basta ser imparcial, tem que ser imparcial.
Existem situações em que é provável a perda da imparcialidade. Havendo duvida
sobre a perda da imparcialidade, o juiz tem que sair do processo. Essas são
técnicas para efetivar o direito de ser julgado por um juiz imparcial. Uma coisa
são as hipóteses subjetivas de suspeição e impedimentos, outra coisa é o juiz
agir a preencher lacunas deixadas pelas partes. A gestão da acusação tem que
ser da acusação e não do juiz.
A função do MP não pode ser só de acusar, ele tem que produzir provas
sobre aquilo que alega, pois essa responsabilidade não pode ser passada para
o juiz. A nossa legislação processual é do positivismo, e nós insistimos em
aplicar o CPP e não A CF. O código de processo penal deveria ser interpretado
conforme a CF, mas muitas vezes estamos fazendo o contrário. Atualmente
estamos em ambiente em que a política tomou conta. A gente precisa voltar a
discutir o direito, temos que enfrentar a situação diante desse momento
improvisado. Nesse ambiente de insegurança, de globalização, sociedade de
risco etc, as coisas viralizam. Nesse contexto o crime é noticiado de uma forma
muito rápida e a mídia são grupos privados que precisam de lucro, não é à toa
que Beccaria já criticava isso, porque notícia de crime vende. O juiz passa a ser
um defensor da sociedade contra o crime. Precisamos encontrar soluções para
que crie um ambiente para que o processo seja mais garantista.
Desse modo o judiciário vai entrando cada vez mais na seara que em tese
seria do legislativo. As funções de acusar, defender e julgar são muito nobres. A
sentença é um produto do promotor, defesa e juiz, portanto a sentença é
democrática, não pode ser um ato exclusivo do juiz. Uma sentença como ato
exclusivo do juiz é autoritária. Portanto o processo deve ser uma participação da
acusação, defesa e do juiz.