Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Diabetes - Escola Da Especialidade
Diabetes - Escola Da Especialidade
ENDOCRINOLOGIA
MEDICINA
JOÃO ROQUE
CÓDIGO
Importante! Contradição!
Relembrando
Lógico
COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR
ESTRUTURA DO CAPÍTULO
1. Classificação e Etiologia
2. Epidemiologia
3. Diagnóstico
4. Fisiopatologia
5. Abordagem ao doente na prática clínica
6. Tratamento
7. Complicações Agudas
8. Abordagem do doente diabético em internamento
9. Considerações especiais sobre os doentes com Diabetes
10. Complicações Crónicas
1. Classificação e Etiologia
1. Classificação e Etiologia
2. Epidemiologia
3. Diagnóstico
4. Fisiopatologia
5. Abordagem ao doente na prática clínica
6. Tratamento
7. Complicações Agudas
8. Abordagem do doente diabético em internamento
9. Considerações especiais sobre os doentes com Diabetes
10. Complicações Crónicas
2. Epidemiologia
2013 382.000.000
A prevalência de DM tipo 2 está a aumentar MUITO MAIS RAPIDAMENTE que DM tipo 1
1985 30.000.000
=
PREVALÊNCIA
1. Classificação e Etiologia
2. Epidemiologia
3. Diagnóstico
4. Fisiopatologia
5. Abordagem ao doente na prática clínica
6. Tratamento
7. Complicações Agudas
8. Abordagem do doente diabético em internamento
9. Considerações especiais sobre os doentes com Diabetes
10. Complicações Crónicas
3. Diagnóstico e Rastreio
Diagnóstico
Rastreio
Glicemia em jejum ou HgA1C como rastreio para DM tipo 2 são recomendados por:
(1) Muitos diabéticos são assintomáticos
(2) Diabetes pode estar presente até 10 anos antes do diagnóstico
(3) Alguns diabéticos já têm 1 ou 2 complicações à data do diagnóstico
(4) O tratamento precoce pode alterar a história natural da doença
Factores de Risco
ESTRUTURA DO CAPÍTULO
1. Classificação e Etiologia
2. Epidemiologia
3. Diagnóstico
4. Fisiopatologia
5. Abordagem ao doente na prática clínica
6. Tratamento
7. Complicações Agudas
8. Abordagem do doente diabético em internamento
9. Considerações especiais sobre os doentes com Diabetes
10. Complicações Crónicas
4. Patogénse
Diabetes tipo 1
Diabetes tipo 1
→ Factores Genéticos Risco de DM tipo 1 é 10x superior se familiar com DM tipo 1.
→ Factores Imunológicos
1. Anticorpos Anti-Ilhéus (Anti-GAD, Anti-Insulina, Anti-IA-2/ICA-512, Anti-ZnT-8)
1. Utilizações possíveis:
1. Classificação da Diabetes como tipo 1
2. Identificação de não diabéticos em risco de desenvolver Diabetes tipo 1
2. Prevalência nos vários tipos de Diabetes:
1. Diabetes tipo 1: 85%
2. Diabetes tipo 2: 5-10%
3. Diabetes gestacional: <5%
→ Factores Ambientais
1. Nenhum com causalidade comprovada. Propostos: infecções virais; proteínas do leite de vaca.
4. Patogénse
Diabetes tipo 2
1. Factores Genéticos
1. FORTE componente genético
2. Concordância entre gémeos verdadeiros é de 70-90%
3. Se ambos os pais com DM tipo 2, risco de desenvolver é 40%
4. Propõe-se que os factores genéticos alterem a função/desenvolvimento dos ilhéus pancreáticos
2. Factores Ambientais
1. Obesidade
2. Alimentação
3. Actividade física
4. Peso à nascença (aumentado ou diminuído, o risco de DM tipo 2 é maior)
4. Patogénse
Diabetes tipo 2
Resistência à Insulina
↓Secreção Insulina
4. Patogénse
Diabetes tipo 2
A. Alterações do Metabolismo Muscular e do Tecido Adiposo; B. Aumento da produção de Glicose e Lípidos
↑Lipólise ↑ÁGL
Diabetes tipo 2
C. Diminuição da Secreção de Insulina
Factores Genéticos
F. Genéticos
↑ Secreção insulina
F. Ambientais ↑Resistência à insulina ↓ Secreção insulina
(transitório)
(obesidade)
↑AGL
Hiperglicemia
No início da DM tipo 2, função das células beta é de 50%.
Síndrome Metabólica
(1) Resistência à insulina (2) Hipertensão arterial (3) Dislipidemia (↓HDL ↑TGs)
(4) Obesidade central (5) DM tipo 2 ou intolerância glicose (6) Doença CVascular
4. Patogénse
Prevenção
Dieta + Exercício Físico (30min 5x/semana) mostrou REDUZIR PROGRESSÃO de IG/HGJ para DM tipo 2 em 58%
1. Classificação e Etiologia
2. Epidemiologia
3. Diagnóstico
4. Fisiopatologia
5. Abordagem ao doente na prática clínica
6. Tratamento
7. Complicações Agudas
8. Abordagem do doente diabético em internamento
9. Considerações especiais sobre os doentes com Diabetes
10. Complicações Crónicas
5. Abordagem ao doente na prática clínica
Sintomas de hiperglicemia: poliúria, polidipsia, perda de peso, fadiga, fraqueza, visão turva, infeções recorrentes, atraso na cicatrização.
Exame objetivo
Peso/IMC, Fundoscopia, Tensão arterial em ortostatismo, avaliação dos pés, pulsos periféricos e locais de administração de insulina.
TA>140/80mmHg é hipertensão.
Avaliação de pé diabético. ADA recomenda avaliação ANUAL (início na data do diagnóstico de DM tipo 2 / 5 anos após diagnóstico de DM tipo 1) com:
(1) Teste com monofilamento + (pelo menos um dos seguintes)
(2) Teste da sensibilidade vibratória / seu limiar
(3) Picada de agulha
(4) Reflexos osteotendinosos do tornozelo
5. Abordagem ao doente na prática clínica
Características mais comuns (1) Avaliar condições associadas à diabetes (creatinina, taxa
de filtração glomerular, albuminúria, perfil lipídico)
Formas Monogénicas
(1) Diagnóstico <30 anos (2) Ajudar na classificação quando necessário:
(2) Padrão de transmissão autossómica dominante (1) Anti-ICA podem ser úteis se fenótipo não é claro
(níveis de Insulina ou Péptido C geralmente não são
(3) Ausência de défice marcado de insulina úteis)
1. Classificação e Etiologia
2. Epidemiologia
3. Diagnóstico
4. Fisiopatologia
5. Abordagem ao doente na prática clínica
6. Tratamento
7. Complicações Agudas
8. Abordagem do doente diabético em internamento
9. Considerações especiais sobre os doentes com Diabetes
10. Complicações Crónicas
6. Tratamento
2. Objectivos
1. Resolver os sintomas associados à hiperglicemia (habitualmente desaparecem com glicemia <200mg/dL)
Equipa MULTIDISCIPLINAR
Definir OBJETIVO INDIVIDUAL (médico de família, endocrinologista,
nutricionista, psicólogo)
6. Tratamento
2. Objectivos
6. Tratamento
Neuropatia Diabética
Avaliação de pé diabético se:
(1) DM tipo 1: 5 anos após diagnóstico Repetir anualmente
(2) DM tipo 2: à data do diagnóstico
Rastreio de doença arterial coronária NÃO ESTÁ RECOMENDADO
Nefropatia Diabética
Componentes DM tipo 1 = DM tipo 2 = População em geral: fruta, vegetais, alimentos com fibra, baixa gordura
Índice glicémico: estimativa da elevação da glicemia após ingesta de determinada quantidade de um alimento.
Ingesta de alimentos com baixo índice glicémico DIMINUI as variações pós-prandiais de glicemia e MELHORA o controlo glicémico.
4. Terapêutica Nutricional
DM tipo 1 DM tipo 2
Objetivos: coordenar ingesta calórica com Objetivo: perda de peso + controlo de factores de
administração de insulina; risco cardiovasculares
Evitar ganho de peso associado à insulina.
↓ Hidratos de carbono
Contagem de Hidratos de Carbono +
+ Exercício físico aeróbio + resistência
Cálculo das unidades de insulina +
↑Fibra
5. Exercício Físico
DM tipo 1 DM tipo 2
Objetivo: aeróbio (150min/semana) divididos em 3 dias
+
Exercício de resistência
DM tipo 2 sob terapêutica oral 1-2x/dia (níveis de glicemia flutuam menos nestes doentes)
Monitorização contínua
→ Não evitam necessidade de glicemia capilar (têm que ser calibrados consoante esta)
→ Importantes para:
1. Identificar hipoglicemias assintomáticas
2. Doentes com hipoglicemias frequentes (alarmes)
3. Doentes que não atingem controlo glicémico adequado (hiperglicemias noturnas?)
6. Tratamento
HgA1C: reflecte glicemias dos passados 2-3 meses HgA1C inadequada: Alternativas:
(1) Hemoglobinopatias (1) Albumina glicada
→ Deve ser doseada:
(2) Anemias (2) Teste da Frutosamina
1. Avaliação inicial
2. Controlo adequado: pelo menos 2x/ano (3) Reticulocitose (glicemia 2 semanas)
3. Controlo inadequado: a cada 3 meses (4x/ano) (4) Transfusões
(5) Uremia
6. Tratamento
7. Terapêutica Farmacológica
7.1. Definição de um objectivo
HbA1C o mais próxima do normal possível SEM PROVOCAR hipoglicemia significativa.
Ter em conta:
(1) Idade do doente Jovem com DM tipo 1 HgA1C=6,5%
(2) Capacidade para implementar regimes complexos
Idoso dependente com múltiplas comorbilidades HgA1C=8,0-8,5%
(3) Presença de complicações da diabetes
(4) Doença cardiovascular conhecida Doença cardiovascular ou elevado risco HgA1C >=7,0%
(5) Capacidade para reconhecer sintomas de hipoglicemia
(6) Comorbilidades / Outros tratamentos Controlo glicémico mais apertado (HgA1C<6,0%) NÃO É benéfico
(7) Estilo de vida
(8) Suporte social
6. Tratamento
7. Terapêutica Farmacológica
7.2.1. Insulina – Preparações Existentes
Insulinas de Acção curta: cobertura prandial
Insulina Regular
(admin. <10min antes das refeições ou imediatamente após)
(30-45min antes)
Insulinas de Acção longa: necessidade basal
NPH vs Glargina:
- NPH início de acção mais tardio, tem pico, maior risco hipoglicemia
DM tipo 1
Insulina na DM tipo 2 DEVE SER ADMINSITRADA durante a noite (NPH)/ao deitar (NPH, glargina, detemir)
pois controla melhor a glicemia em jejum e a síntese hepática de glucose
Posteriormente é habitual também vir a ser necessária insulina rápida.
6. Tratamento
7. Terapêutica Farmacológica
7.3. Agonista Amilina
7. Terapêutica Farmacológica
7.5. Antidiabéticos orais + Agonistas GLP-1 (injectável)
↑Secreção Insulina (Secretagogos)
↓Produção Glucose Sulfunilureias (Gliclazida, Glimepirida)
Biguanidas (Metformina) Não Sulfonilureias (Nateglinida)
Metabolizadas no Fígado
Excretadas no Rim
Dosagem Indicações
Dose inicial baixa Titular a cada 1-2 semanas Mais eficazes se diabetes de início recente (<5 anos)!
6. Tratamento
↓Absorção intestinal glucose
Inibidores da α-glucosidase (Acarbose)
7. Terapêutica Farmacológica
7.5.3. Antidiabéticos orais – Inibidores da α-Glucosidase
Esquemas:
- Metformina
- Sulfonilureias
- Tiazolinedionas
A acção da GLP-1 é MAIOR com os Agonistas do receptor GLP-1 do que com os Inibidores DPP-IV
6. Tratamento
7. Terapêutica Farmacológica
7. Terapêutica Farmacológica
7.6. Decisão da terapêutica inicial na DM tipo 2
Hiperglicemia ligeira – moderada (GJ < 200-250mg/dL) Antidiabético oral em monoterapia
Hiperglicemia mais grave (GJ > 250mg/dL) Antidiabético oral em monoterapia »» +1
Hiperglicemia severa Pode ser usada insulina
Hiperglicemia sintomática Pode ser usada insulina
Secretagogos, Biguanidas, Agonistas GLP-1 e Tiazolinedionas melhoram controlo glicémico de forma semelhante (HgA1C<1-2%)
E são SUPERIORES aos inibidores da α-glucosidase, Inibidores DPP-IV e Inibidores SGLT-2.
6. Tratamento
7. Terapêutica Farmacológica
7.6. Decisão da terapêutica inicial na DM tipo 2
7. Terapêutica Farmacológica
7.7. Cirurgia Bariátrica
1. Vários estudos mostram EFICÁCIA BASTANTE SUPERIOR comparativamente a outros tratamentos hipoglicemiantes
em doentes com DM tipo 2 obesos.
1. Classificação e Etiologia
2. Epidemiologia
3. Diagnóstico
4. Fisiopatologia
5. Abordagem ao doente na prática clínica
6. Tratamento
7. Complicações Agudas
8. Abordagem do doente diabético em internamento
9. Considerações especiais sobre os doentes com Diabetes
10. Complicações Crónicas
7. Complicações Agudas
Cetoacidose Diabética
→ Mais frequente na DM tipo 1
→ Dosear cetonas em doentes com DM tipo 1 + Hiperglicemia >300mg/dL +/- Patologia aguda concomitante
Estado Hiperglicémico
Hiperosmolar
→ Mais frequente na DM tipo 2
7.1. Cetoacidose Diabética
1. Fisiopatologia
↑Gluconeogénese
↓Insulina ↓Utilização Glicose ↓Captação periférica de Glicose
↑Glicogenólise ↑ÁGL
↑Glucagon ↑Formação corpos cetónicos ↑Lipólise
(utilizados a nível periférico para produção de energia)
Neutralizados
pelo HCO3-
Acidose Metabólica
↓HCO3- ↑Ácido Láctico
(Anion Gap)
2. Manifestações Clínicas
→ Evolução em 24h
→ Avaliação laboratorial em todos os doentes com DM que
se apresentem com náuseas e vómitos!
(Kussmaul)
7.1. Cetoacidose Diabética
3. Avaliação Laboratorial
Hiperglicemia + Cetose + Acidose Metabólica
4. Tratamento
Desidratação
4. Tratamento
Insulina
Potássio
Reposição de HCO3- apenas se:
- Acidose severa (pH<7.0) e deve ser suspenso assim que pH>7.0
Reposição de Fosfato se <1mg/dL
Suspensão da perfusão
7.1. Cetoacidose Diabética
5. Complicações
Com tratamento adequado, taxa de mortalidade < 1%
Eventuais complicações: trombose venosa, hemorragia digestiva alta, ARDS, edema cerebral
6. Prevenção
Se doença ou diminuição do apetite:
Sintomas / Sinais
Presentes Ausentes
Desidratação grave Náuseas e Vómitos
Hipotensão Dor abdominal
Taquicardia Respiração de Kussmaul
Alteração do estado de consciência
Factor precipitante: EAM, AVC,
Sépsis, Pneumonia/outras infecções
→ Doente típico: Idoso + DM tipo 2 + História de poliúria e perda de peso prolongadas + Fraca ingesta de água + Confusão
7.2. Estado Hiperglicémico Hiperosmolar
2. Avaliação Laboratorial
Desidratação grave
Ausência de Cetose
A ausência de cetose está mal esclarecida. Propõe-se que se deva a um
défice apenas relativo de insulina (vs défice mais severo na DM tipo 1) ou
rácio insulina/glucagon que não favorece a cetogénese.
2. Avaliação Laboratorial
7.2. Estado Hiperglicémico Hiperosmolar
3. Tratamento
Muito semelhante ao tratamento da Cetoacidose diabética.
Principais diferenças:
→ Défice de fluidos é superior no EHH (9-10L) devido à evolução prolongada do quadro.
→ Doente mais idoso -> maior probabilidade de apresentar evento desencadeante grave ou comorbilidades importantes.
TAXA DE MORTALIDADE até 15%
→ Reposição volémica deve ser mais lenta, uma vez que a correcção demasiado rápida da osmolalidade pode agravar
o estado neurológico (1-3L nas primeiras 3h para estabilização hemodinâmica, o restante ao longo dos 2 dias seguintes).
→ Estes doentes deve ter alta ainda sob terapêutica com insulina. Alguns poderão posteriormente suspender.
ESTRUTURA DO CAPÍTULO
1. Classificação e Etiologia
2. Epidemiologia
3. Diagnóstico
4. Fisiopatologia
5. Abordagem ao doente na prática clínica
6. Tratamento
7. Complicações Agudas
8. Abordagem do doente diabético em internamento
9. Considerações especiais sobre os doentes com Diabetes
10. Complicações Crónicas
8. Abordagem ao doente diabético em internamento
1. Objectivos
Hiperglicemia (mesmo em doente não diabético) associa-se a PIOR PROGNÓSTICO em doentes internados.
Infecção, Cirurgia, Anestesia geral AUMENTAM cortisol, hormona de crescimento, catecolaminas e glucagon, o que
provoca AUMENTO das necessidades de glicose e AUMENTO da resistência à insulina.
2. Métodos
Metformina não deve ser utilizada se:
À admissão hospitalar, devem ser avaliados: 1. IC descompensada
HbA1C Função renal Ionograma Osmolalidade 2. Acidose
3. Agravamento da função renal
4. Utilização de meios de contraste
1. Antidiabéticos orais DEVEM SER SUSPENSOS.
Esquemas exclusivamente de insulina de acção rápida consoante glicemia capilar NÃO DEVEM SER UTILIZADOS.
ESTRUTURA DO CAPÍTULO
1. Classificação e Etiologia
2. Epidemiologia
3. Diagnóstico
4. Fisiopatologia
5. Abordagem ao doente na prática clínica
6. Tratamento
7. Complicações Agudas
8. Abordagem do doente diabético em internamento
9. Considerações especiais sobre os doentes com Diabetes
10. Complicações Crónicas
8. Considerações especiais sobre os doentes com diabetes
2. Glucocorticóides
1. ↑Resistência à insulina; ↓Secreção de insulina; ↑Gluconeogénese; ↓Glicólise; TRATAMENTO
Se Glicemia jejum normal
2. Agravamento do controlo glicémico em doentes com Diabetes; Antidiabéticos orais
3. Desenvolvimento de diabetes em doentes previamente sem esta patologia; Se Glicemia jejum >200mg/dL
Insulina
4. Alterações mais frequentes no período PÓS-PRANDIAL e habitualmente REVERSÍVEIS;
8. Considerações especiais sobre os doentes com diabetes
3. Saúde Reprodutiva
1. Período Pré-Concepcional
1. Capacidade reprodutiva em homens e mulheres com Diabetes ESTÁ NORMAL.
2. Deve ser normalizada a HgA1C antes da concepção (periódo após a fertilização é CRÍTICO, risco de
malformações é 4-10x superior nas mulheres com Diabetes mal controlada à data da concepção)
3. Saúde Reprodutiva
Diabetes na Gravidez
1. Tratamento: Alimentação +/- Insulina Antidiabéticos orais NÃO ESTÃO APROVADOS na gravidez
2. Filhos de mulheres com Diabetes Gestacional têm risco AUMENTADO de Obesidade e Diabetes na adolescência
ESTRUTURA DO CAPÍTULO
1. Classificação e Etiologia
2. Epidemiologia
3. Diagnóstico
4. Fisiopatologia
5. Abordagem ao doente na prática clínica
6. Tratamento
7. Complicações Agudas
8. Abordagem do doente diabético em internamento
9. Considerações especiais sobre os doentes com Diabetes
10. Complicações Crónicas
10. Complicações Crónicas
Diabetes é a PRINCIPAL CAUSA DE:
1. Amaurose no adulto
Tipo 1 = Tipo 2 2. Doença renal
3. Amputação não traumática de extremidades inferiores
Específicas da Diabetes
Diabetes tipo 2
Resumo
(1) Duração e nível de hiperglicemia CORRELACIONA-SE com o desenvolvimento de complicações.
(5) Pode haver factores genéticos implicados, uma vez que doentes com igual controlo glicémico e tensional
apresentam taxas de complicações diferentes.
10. Complicações Crónicas
PRINCIPAL CAUSA de amaurose
Efeito da Hiperglicemia Doente com Diabetes tem 25x MAIOR PROBABILIDADE de perder a visão
MUITO FRIÁVEIS
Hemorragia vítrea
Fibrose
Descolamento da retina
Nem todos os doentes com Retinopatia não proliferativa evoluem para o estádio proliferativo.
10. Complicações Crónicas
Presença de edema macular associa-se a uma probabilidade de 25% de perda moderada de visão em 3 anos.
Contribuem para o edema macular: (1) controlo glicémico e sua duração, (2) hipertensão e (3) nefropatia.
10. Complicações Crónicas
1. Prevenção (controlo glicémico e de HTA) – O MAIS EFICAZ; Menos eficaz quanto mais tarde iniciada.
Macroalbuminuria
(>300mg/24h)
Alterações irreversíveis
(controlo glicémico pode
já não atrasar progressão
da doença)
10. Complicações Crónicas
3. Nefropatia
3.2. Monitorização
Alguns doentes com Diabetes apresentam
1. Doseamento da Creatininemia e cálculo da TFG (anual) agravamento da função renal sem albuminúria
3. Nefropatia Objectivos:
Referenciar a Nefrologista se
1. Controlo glicémico
3.3. Tratamento TFG <60 mL/min/1,743m2.
2. Controlo de Tensão arterial
3. Administração de IECA ou ARA
4. Tratamento de eventual dislipidemia
Hiperglicemia
→ Na DRC terminal, as necessidades de insulina podem diminuir, uma vez que o rim é um órgão
onde há degradação da insulina.
→ Antidiabéticos orais também devem ser revistos (ex.: Sulfonilureias; Metformina)
4. Neuropatia
4.2. Tratamento O tratamento da Neuropatia diabética é POUCO eficaz.
Objectivos:
(1) Controlo glicémico
(2) Controlar factores de risco
(3) Evitar neurotoxinas (ex.: álcool)
(4) Evitar tabaco
(5) Suplementação vitamínica, se défices
Duloxetina e Pregabalina foram aprovadas para o tratamento da dor associada à neuropatia diabética.
10. Complicações Crónicas
5. Disfunção Gastrointestinal
5.1. Manifestações Clínicas e Tratamento
Gastroparésia Diarreia/Obstipação
Anorexia, náuseas, vómitos, saciedade prococe, flatulência Diarreia nocturna, alternando com obstipação
6. Disfunção Genito-urinária
6.1. Manifestações Clínicas e Tratamento
7. Doença Cardiovascular
7.1. Manifestações Clínicas e Tratamento
→ Doença arterial coronária em doentes diabéticos afecta habitualmente múltiplos vasos.
→ Risco cardiovascular é MAIOR quanto maior a duração da Diabetes.
Rastreio de Doença Arterial Coronária em doentes assintomáticos NÃO ESTÁ RECOMENDADO.
Factores de Risco: Tratamento:
(1) Hiperglicemia Não é diferente dos não diabéticos, mas resposta é pior
(2) Dislipidemia (maior taxa de reestenose, maior mortalidade).
(3) Hipertensão arterial
(4) Obesidade → IECA/ARA + Estatina + AAS + Beta-bloqueante
(5) Sedentarismo
(6) Tabagismo
AAS deve ser usado como PREVENÇÃO PRIMÁRIA em
(7) Micro e Macroalbuminúria
doentes com Diabetes e RCV>10%
(8) Disfunção plaquetar
(presença de pelo menos 1 factor de rismo)
(9) Disfunção endotelial
10. Complicações Crónicas
7. Doença Cardiovascular
7.2. Factores de Risco Cardiovasculares - Dislipidemia
7. Doença Cardiovascular
7.3. Factores de Risco Cardiovasculares - Hipertensão
→A Hipertensão acelera a evolução das complicações da diabetes (doença CV, nefropatia, retinopatia).
14-24%
Doença arterial periférica Infecção Amputação
10. Complicações Crónicas
Diabetes é a PRINCIPAL CAUSA de amputação não traumática
9. Infecções Diabetes altera (1) imunidade mediada por células, (2) função fagocítica e (3) vascularização.
Certas infecções graves ocorrem QUASE EXCLUSIVAMENTE nos doentes com Diabetes
1. Mucormicose rinocerebral
2. Infecções enfisematosas da vesícula biliar e do tracto urinário
3. Otite externa invasiva (Pseudomonas aeruginosa, rápida progressão para osteomielite e meningite)
Granuloma annulare e Sclerodema são mais frequentes nos doentes com Diabetes
Bibliografia utilizada:
ESCLARECIMENTO DE DÚVIDAS:
SUPORTE@PERGUNTASDAESPECIALIDADE.PT
DIABETES MELLITUS
ENDOCRINOLOGIA
MEDICINA
JOÃO ROQUE