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1.

INTRODUÇÃO

Os cloretos são íons bastante encontrados em águas de diferentes lugares, dentre os quais estão as
fontes, poços artesianos, açudes, barragens, etc. Tais íons conferem a essas águas o sabor salino, que
atribuem a nomenclatura “águas salobras” as mesmas.

As técnicas de titulometria argentométricas, que são técnicas de precipitação utilizando íons prata (Ag+)
como agente precipitante, são as mais utilizadas, atualmente, para a remoção de cloretos, ou seja, para
a diminuição da concentração dos mesmos em água.

Em laboratório três métodos são os mais utilizados para determinação das quantidades de cloretos em
soluções, sendo um deles o método de Mohr uma técnica argentométrica bastante utilizada, pois é
direta, ou seja, medindo apenas o volume da solução titulante consumido até a viragem de cor da
solução (utilizando como indicador uma solução a 5% de K2CrO4) e da precipitação das primeiras
moléculas de cromato de prata (Ag2CrO4) é possível calcular a quantidade de cloreto que há na
amostra, considerando também alguns limites nessa metodologia que compreende apenas volumetrias
que utilizem soluções na faixa de pH entre 6,5 e 10,5.

Vale salientar que para realizar esse tipo de titulação é necessário dar atenção a constante do produto
de solubilidade (Kps) dos produtos obtidos nas reações, ele é um controlador importante para definir as
titulações, pois quanto menor essa constante menos solúvel é o precipitado formado, lembrando que o
Kps depende de diversos fatores que devem ser considerados para o seu cálculo, como, por exemplo,
temperatura, pressão, efeito do pH, etc.

2.OBJETIVO

Determinar cloretos pelo método de Mohr em uma solução de cloreto de amônio (NH4Cl) preparada e
em água tratada (Boqueirão/torneira).

3.FUNDAMENTAÇÕES TEORICAS

Titulometria de precipitação - este tipo de titulometria baseia-se na formação de com postos pouco
solúveis. Este tipo de titulometria pode ser utilizado desde que a reação se processe em velocidade
adequada e possa se determinar o momento em que o ponto de equivalência for atingido. Os principais
indicadores utilizados nas titulações por precipitação são normalmente indicadores
específicos, podem ser corantes orgânicos que possuam caráter ácido ou básico.

3.1 Métodos titulométricos de precipitação existem vários métodos utilizados para determinação de
concentrações de analitos. Para a determinação de halogênios um método argentométrico é o de
maior importância. Os métodos se baseiam na utilização de um sal de prata (AgNO3) na titulação de
precipitação, onde formam sais pouco solúveis de prata. Dentre os métodos desenvolvidos, os mais
aplicados hoje em dia são os métodos de Mohr, Volhard e Fajans (cientistas que introduziram o conceito
e o uso de indicador de Adsorção). Normalmente utiliza-se soluções argentimétricas, como a solução
padrão de nitrato de prata e uma solução de tiocianato de potássio ou amônio. Métodos
argentimétricos AgNO3 ajudam na determinação de:
 Haletos (Cl-, Br-, I-)
 Pseudo-Haletos (SCN-, CN-, CNO-)
 Mercaptanas
 Ácidos Graxos

3.1.1 Método MohrO método de Mohr consiste num processo de deteção do ponto de final numa
volumetria de precipitação. Este método baseia-se na formação de um segundo precipitado. Na deteção
do ponto final utiliza-se como indicador um segundo precipitado, que inclua a partícula titulante. Esse
precipitado deve obedecer às seguintes condições: a sua cor dever ser completamente
diferente da do precipitado formado no decorrer da titulação, de modo a que a sua formação possa ser
detalhada visualmente, e deve começar a formar-se imediatamente a seguir à precipitação
completa do íon a titular, sendo necessário, para isso, que a sua solubilidade seja ligeiramente superior
à do precipitado formado na titulação.
O indicador (segundo precipitado) tem assim de ser devidamente escolhido, de modo que a sua
precipitação não se dê antes de atingido o ponto de equivalência, nem muito depois dele. No método
de Mohr, este tipo de indicador é normalmente aplicado na titulação do íon cloreto (Cl-),com o íon prata
(Ag+), sendo o indicador um precipitado vermelho de cromato de prata (Ag2CrO4). Para que o íon
cromato atue como indicador apropriado, não deve reagir com o íon prata antesda concentração deste
ter atingido o seu valor de equilíbrio, isto é, o íon prata tem de precipitarcompletamente o íon cloreto,
só depois se dá a formação do cromato de prata de cor vermelha. Oaparecimento desta cor no titulado,
muito diferente da cor branca do precipitado de cloreto de prata,indica o ponto final da titulação

Como este método se aplica numa argentometria, o pH do titulado dever ser inferior a 10.Contudo, o
meio ácido é também desfavorável à titulação. A titulação de Mohr deve ser realizada empH de 6,5 a 10
porque o íon cromato é a base conjugada do ácido crômico fraco. Consequentemente,em soluções mais
ácidas, a concentração dos íons cromato é muito pequena para se produzir oprecipitado nas
proximidades do ponto de equivalência. Deverá, assim, ser feito um ajuste de acidez.O método de Mohr
acontece por meio da precipitação fracionada, quando se adiciona um íon auma solução contendo dois
outros grupos capazes de formar sais pouco solúveis como primeiro, o salque começa a precipitar é
aquele cujo produto de solubilidade é sobre passado em primeiro lugar. Seo precipitado formado pelo
segundo íon é corado, então pode servir de indicador para a reação deprecipitação do primeiro, desde
que se possam ajustar as condições, tal que o composto coradosomente comece a se formar depois que
o outro tenha sido precipitado completamente. Na prática, o ponto final ocorre um pouco além do
ponto de equivalência, devido à necessidadede se adicionar excesso de Ag+ para precipitar Ag2CrO4 em
quantidade suficiente para ser notadovisualmente. Este método requer que uma titulação em branco
seja feita, para que o erro cometidona detecção do ponto final possa ser corrigido. O valor gasto na
prova do branco obtido deve sersubtraído do valor gasto na titulação.

3.1.2 Método Volhard Este método é considerado indireto, ou seja, utiliza-se um excesso dos íons Ag+
na solução etitula-se esse excesso com uma solução padrão de cianeto com íons Fe3+ como indicador.
Assim quea titulação é finalizada, o volume do reagente que contém prata (que precipitou
o haleto) édeterminado pela diferença entre volume total do reagente que continha prata e o volume
utilizadona titulação da prata, que contém cianeto. A solução problema é titulada com solução padrão
daAgNO3 em ligeiro excesso. Resumindo-se: O Ag+ residual (que não reagiu) é titulada em meio
ácido com solução auxiliar de KCNS(Tiocianeto de potássio), usando o íon Fe+3 como indicador.
Método de Volhard em meio ácido.

3.1.2 Método de Fajans Neste método, há o aparecimento ou desaparecimento (adsorção) de uma cor
na superfíciedo precipitado quando se utiliza a fluoresceína como reagente indicador. Em geral, tem-se
que ométodo é: Usado na determinação de Cl-; Em presença de um indicador de Adsorção
(Fluoresceína); Titulação com AgNO3 (solução padrão) em pH=7 da solução problema; O ponto de
equivalência é observado pela cor vermelho-rosado formada com a fluoresceínaagindo com os íons
Ag+ na primeira camada de adsorção sobre o precipitado de AgCl. A corvermelho-rosado
desaparece, sendo o In- descorado pelos íons CI-

A ênfase principal destes 3 métodos, Mohr, Volhard e Fajans, estão voltadas para a titulação deíons
haletos com Ag+, porém existe uma variedade de outras reações de precipitação que tambémsão úteis
em análise química.

METODOLOGIA

Na 1ª Parte – Preparação das soluções. Foi preparado a solução amostra 0,2006 g de cloreto de amônio
dissolvido com um pouco de água destilada e transferido para um balão de 100 mL.
Completou-se o volume do balão com água até o menisco. Foi pipetado uma alíquota de 25 mL da
solução amostra e transferir para um erlenmeyer de 250 mL, feito em duplicata. Adicionou-se a cada
amostra 4 gotas do indicador cromato de potássio a 5% e agitou-se. Verificou-se o pH da solução
amostra com o medidor de pH, a solução amostra continha um pH= 6,47, foi adicionado algumas gotas
de hidróxido de sódio para garantir uma faixa de pH para continuar o experimento pelo método de
Mohr, pH= 7,27. Foi colocar na bureta a solução titulante de AgNO3 0,05 N e aferiu-se.

Na 2ª Parte – Titulação. Foi titulado a solução amostra com a solução padrão AgNO3 até a mudança de
coloração para vermelho tijolo claro, anotando o volume de AgNO3 gasto. Repetiu-se o procedimento
com a alíquota duplicata. Tentando obter volumes próximos. Na 3ª Parte – Cálculos. Primeiro foi
calculado o volume médio de AgNO3 gasto. Depois calculou-se a concentração normal da alíquota
contendo a amostra titulada através da fórmula do Princípio da Equivalência:

3ª Parte - Cálculos

 Calculou-se a molaridade de cloretos na alíquota titulada:


 Calculou-se a concentração comum de cloretos na alíquota titulada:
 Calculou-se o ppm de cloretos na alíquota titulada
 Calculou-se a massa de cloretos na alíquota titulada:
 Calculou-se a porcentagem (%) de cloretos na alíquota:
 Calculou-se o erro relativo proporcional em relação as grandezas calculadas
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao adicionar o cromato de potássio, por ter uma coloração amarelada, a solução também adotou esta
cor, e ao titular no ponto de viragem, a solução ficou com uma coloração vermelha bem clara, indicando
o início da precipitação do cromato de prata e o fim da formação do cloreto de prata.

Vmed N M Ccl PPmCl- mCl- %CLl


3mL 0,0392 0,0392 1,3916 1391,6 0,034 69,6%

CONCLUSÃO

Pode-se determinar a concentração do íon cloreto através do método de Mohr pela precipitação
fracionada, observando o ponto de equivalência pelo inicio do segundo precipitado, encerrando assim a
titulação

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