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Estas folhas de apoio às aulas têm como objectivo facilitar o seu acompanhamento e
correspondem, em geral, à sequência e organização da exposição incluindo, ainda, a
resolução de problemas. São apontamentos de síntese que não dispensam a consulta de
restantes apontamentos da disciplina e da bibliografia proposta, onde deve ser realçado o
recente livro sobre Estruturas de Betão da autoria do Prof. Júlio Appleton.
Durante o ano lectivo 2003/2004 o Prof. Júlio Appleton com a Engª Carla Marchão,
organizaram a 1ª versão destas folhas de apoio às aulas. A estas foram sendo
introduzidas várias contribuições, mais directamente, dos Profs. José Camara, António
Costa, João Almeida, e Sérgio Cruz.
Ao longo destes últimos anos têm sido referidas na disciplina, em geral, as normas
europeias (Eurocódigos), já aprovadas na versão definitiva (EN) tendo algumas sido já
implementadas como normas portuguesas. Refira-se que, no entanto, não houve ainda
uma implementação formal a nível legislativo, sendo possível utilizar, no âmbito
profissional, em alternativa, a regulamentação nacional (REBAP – Regulamento de
Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado) ou a regulamentação europeia
(Eurocódigo 2 – Projecto de Estruturas de Betão).
1. ELEMENTOS PRÉ-ESFORÇADOS.................................................................................................... 1
1. ELEMENTOS PRÉ-ESFORÇADOS
1.1. INTRODUÇÃO
A actuação das cargas gera na viga um estado de tensão indicado na figura. Na zona
inferior as tensões de tracção originam a fendilhação do betão e a consequente perda de
rigidez da viga e aumento das flechas.
compressão
tracção
Este comportamento pode ser melhorado se for introduzida uma força de compressão
que vai originar uma redução das tensões de tracção e consequentemente uma menor
fendilhação e perda de rigidez da viga.
Essa força de compressão pode ser conseguida por meio de um cabo de aço tensionado
que transmite a força de tensionamento ao betão nas extremidades da viga.
A figura seguinte ilustra o efeito da força de compressão introduzida no betão por cabo de
pré-esforço colocado segundo o eixo da viga. O estado de tensão associado a esta força
de compressão é, portanto, uniforme.
1
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
P P
P compressão
tracção
efeito do pré-esforço
No primeiro caso, em que o cabo está centrado na secção, o pré-esforço necessário para
anular a tensão de tracção provocada pela carga q é elevado, conduzindo a um estado
de tensão resultante com elevadas tensões de compressão na fibra superior.
No segundo caso, com um cabo recto localizado junto à face inferior da viga, o estado de
tensão introduzido pelo pré-esforço é mais eficiente para contrariar as tensões
provocadas pela carga q e as tensões resultantes são mais baixas. Neste caso importa
salientar que o pré-esforço introduz um estado de deformação contrário ao da carga q
pelo que se consegue controlar melhor a deformação da viga.
2
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
No terceiro caso a forma do cabo faz com que para além do esforço axial do pré-esforço
seja introduzida na viga uma carga distribuída com sentido contrário ao da carga exterior
q. Com este traçado, para além dos efeitos referidos no caso anterior, existe também o
efeito de contrariar o esforço transverso provocado pela carga q. Refira-se que esta carga
distribuída no vão (carga equivalente ao pré-esforço no vão) gera efeitos, iguais mas de
sinal contrário, ao de um carregamento uniforme. Por exemplo, se esta carga equivalente
for igual às aplicadas a deformação da viga é nula.
Em geral, pretende-se que em serviço o nível das tensões de tracção na secção seja nulo
ou muito reduzido. Este nível de tensões é também condicionado por questões de
durabilidade pois os aços de alta resistência, por estarem fortemente tensionados, são
muito sensíveis à corrosão pelo que se deve evitar a formação de fendas ou, caso estas
venham a ocorrer, a sua abertura deve ser muito reduzida.
Importa ainda referir que a utilização e a exploração total dos aços de alta resistência na
capacidade resistente dos elementos estruturais só é viável se for introduzida uma
extensão inicial na armadura. Caso contrário não só a tensão resistente da armadura
dificilmente seria atingida por destruição prematura da aderência, como o comportamento
em serviço não seria aceitável devido à elevada abertura de fendas induzida pelas muito
altas extensões na armadura.
3
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Nos sistemas de pós-tensão o cabo de pré-esforço pode ter uma geometria curva a qual
é mais adequada para vigas contínuas.
Nos sistemas de pós-tensão aderentes as bainhas dos cabos são injectadas com calda
de cimento.
4
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Calda de cimento
Bainha
Fios ou cordões
As armaduras de pré-esforço são constituídas por aço de alta resistência, e podem ter as
seguintes formas:
Secção
Diâmetro
Designação nominal
2
[mm]
[cm ]
0.5” 0.987 12.7
0.6”N 1.4 15.2
0.6”S 1.5 15.7
Os cordões são compostos por fios, sendo os mais correntes os cordões de 7 fios obtidos
por 6 fios enrolados em torno de um fio central recto.
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7
7
varão de pré-esforço 32 mm
Uma vez que os aços de resistência mais elevada não apresentam patamar de cedência,
a tensão de cedência é caracterizada pelo valor característico da tensão limite
convencional de proporcionalidade a 0,1%, fp0,1k.
6
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Os aços de pré-esforço devem garantir um valor mínimo da extensão à força máxima uk
de 3,5%.
Exemplo: Y 1860 – aço de pré-esforço com valor nominal da tensão de rotura à tracção
igual a 1860 MPa
7
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Activas
Permitem o tensionamento
Passivas
Ficam embebidas no betão
De continuidade
Parte passiva, parte activa
(acoplamentos)
Metálicas
Plásticas
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O pré-esforço é, por definição, uma deformação imposta. Deste modo, a sua aplicação
em estruturas isostáticas não introduz esforços adicionais.
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+
-
+ Mpp = -
e
P0 + +
- P0 + P0
diagramas de extensões
Partindo de uma situação em que a viga está apoiada numa cofragem, a aplicação do
pré-esforço irá originar uma deformação para cima da viga (diagrama A). Nessa altura é
mobilizado o peso próprio da viga (diagrama B). O diagrama de deformação final C
resulta da sobreposição dos diagramas A e B.
Pxe M
P/A
(+) (-)
M (-) + +
e
P (-) (+)
diagramas de tensões
P Pe M
inf = - A - w +w
inf inf
P Pe M
sup = - A + w - w
sup sup
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Materiais:C25/30 ( = 2.5)
0.50 A400NR
A1600/1800
0.50
Para os dois tipos de aço indicados e admitindo que se pretende aplicar uma força de
pré-esforço P0’ = 3000 kN, calcule a área de aço necessária, bem como a força que ficará
instalada a longo prazo, considerando o efeito da fluência do betão.
P0'
P0' = 0.75 fpk As As = 0.75 f
pk
3000
Armadura ordinária: As = 104 = 100 cm2
0.75 400103
3000
Armadura de alta resistência: As = 104 = 22.2 cm2
0.75 1800103
P 3000 c 12
c(t0) = = = 12000 kN/m2 = 12 MPa c(t0) = = = 0.39 ‰
Ac 0.5 0.5 Ec 31103
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Materiais:C25/30
0.40 A400NR
A1600/1800
0.40
Para um esforço normal de dimensionamento Nsd = 1395 kN, calcule a área de armadura
necessária para verificar o estado limite último de tracção. Para cada solução calcule o
esforço normal de fendilhação do tirante (Ncr).
Caso 1
Nsd 1395
As = = 10-4 = 40 cm2
fyd 348103
Caso 2
Nsd 1395
Ap = = 10-4 = 10 cm2
fpyd 1600103 / 1.15
Ncr P Ah
Ah - Ac = fctm Ncr = Ah fctm + P Ac
200
0.42 + 31 1010-4
Ncr = 0.42 + 31 1010-4 2.6103 + 500
200
= 952.9 kN
0.42
Caso 3
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Nsd 1395
Ap = = 10-4 = 10 cm2
fpyd 1600103 / 1.15
200
0.42 + 31 1010-4
Ncr = 0.42 + 31 1010-4 2.6103 + 1000
200
= 1473.1 kN
0.42
Conclusão: A capacidade resistente do tirante é igual nos três casos. No que se refere à
fendilhação, verifica-se um melhor comportamento dos tirantes pré-esforçados
relativamente ao tirante de betão armado, e em particular no caso 3 em que a força de
pré-esforço é maior.
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Diagrama momento-curvatura
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L
A altura de uma viga pré-esforçada pode ser estimada a partir da relação h 15 a 20
Refira-se que esta estimativa é da ordem de 1.5 a 2 vezes superior ao corrente para uma
viga de betão armado, devido ao melhor controlo das deformações e facilidade de
pormenorização de armaduras, como atrás já referido.
A escolha do traçado dos cabos deve ser feita com base no diagrama de esforços das
cargas permanentes. Em geral o cabo de pré-esforço deve estar situado na zona
traccionada das secções ao longo da viga.
1.5 Øbainha
1.5 Øbainha
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Sempre que possível, nas extremidades, os cabos deverão situar-se dentro do núcleo
central da secção
O traçado do cabo (ou resultante dos cabos) deverá cruzar o centro de gravidade da
secção numa secção próxima da de momentos nulos das cargas permanentes (mas
só de uma forma qualitativa)
Notas:
ii) o ponto de inflexão do traçado está sobre a recta que une os pontos de
excentricidade máxima;
iii) O raio de curvatura dos cabos deve ser superior ao raio mínimo que,
simplificadamente pode ser obtido pela expressão Rmin [m]= 3 Pu (onde Pu
representa a força última em MN).
O valor da força útil de pré-esforço pode ser estimado através dos seguintes critérios:
pe = (0.8 a 0.9) cqp, tal que no final total = (1 + ) (cqp – pe) admissível
L L
com admissível 500 a 1000 (dependente da utilização da obra)
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Na prática, será preferível assegurar que nas secções do elemento não existem tracções
ao nível da fibra extrema que ficaria mais traccionada (ou menos comprimida) por efeito
dos esforços actuantes, com exclusão do pré-esforço.
De acordo com o EC2, a força máxima a aplicar num cabo de pré-esforço é dada pela
seguinte expressão
Pmáx = Ap p,máx
onde,
p,máx = min (0.8 fpk; 0.9 fp0,1k) e representa a tensão máxima a aplicar aos cordões
na altura da aplicação do pré-esforço.
Pós-tensão
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Pré-tensão
Este cálculo tem interesse, por exemplo, para aferir se as dimensões adoptadas para as
secções são suficientes para conduzir a uma pormenorização adequada das armaduras de
pré-esforço.
P
P0 = 0.86
P0
P0’ = 0.9
P0'
P0' = 0.75 Fpk Ap =
0.75 1860 103
Ap
nº de cordões = A
cordão
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EXERCÍCIO PE1
0.50
0.53 Materiais:C30/37
0.20
A400NR
0.30
0.80
A1670/1860 (baixa relaxação)
q
pp + rcp
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c) Qual o valor de P que seria necessário para garantir a condição c < fctk para
combinação frequente de acções nas secções B e C?
f) Qual o valor de P que seria necessário para contrariar 80% de deformação máxima
para a combinação de acções quase-permanentes?
g) Defina que tipo de cabo adopta e qual a força de puxe. Admita: P = 0.86 P0 e
P0 = 0.90 P’0. Admita que os cabos são tensionados a 0.75 fpk.
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ALÍNEA A)
Qcqp
p cqp
20.00 5.00
R1 R2
DEV 346.3
230.0
[kN]
(+) 40.0
(+)
(-)
413.8
DMF 675.0
[kNm] 8.00
(-)
(+)
1554.0
MC = 0 – R1 20 + 38 20 10 – 40 5 – 38 5 2.5 = 0 R1 = 346.3 kN
2
1.50 A = 0.61 m
2
I = 0.0524 m
0.37
I 0.0524 3
winf = v = 0.53 = 0.09886m
inf
G
0.38 I 0.0524
0.53 3
wsup = v = 0.37 = 0.1416m
sup
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Pxe M cqp
P/A
(+) (-)
M cqp (-) + +
P (-) (+)
ALÍNEA B)
1. Secção B
P x e MB
P / A
(+) (-)
MB (-) + +
P (-) (+)
P P e MB P P 0.38 1554
inf < 0 - A - w + w < 0 - 0.61 - 0.09886 + 0.09886 < 0
P > 2866.8 kN
2. Secção C
P x e MC
P / A
P (-) (+)
MC (-) + +
(+) (-)
P P e MC P P 0.22 675
sup < 0 - A - w + w < 0 - 0.61 - 0.1416 + 0.1416 < 0
P > 1492.9 kN
P > 2866.8 kN
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ALÍNEA C)
Qfr
pfr
20.00 5.00
R1 R2
DMF 825.0
[kNm] 8.00
(-)
(+)
1686.0
MB = 0 – R1 20 + 42 20 10 – 60 5 – 42 5 2.5 = 0 R1 = 378.8 kN
2. Secção B
P P e MB P P 0.38 1686
inf < fctk - A - w + w < fctk - 0.61 - 0.09886 + 0.09886 < 2 103
P > 2745.6 kN
3. Secção C
P P e MC P P 0.22 825
sup < fctk - A - w + w < fctk - 0.61 - 0.1416 + 0.01416 < 2 103
P > 1198.3 kN
P > 2745.6 kN
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y1
y2
y3
1) x y = ax2 + c
(y’ (0) = 0 b = 0)
y
2) y y = ax2
Determinação do parâmetro a
L/2 L/2 2f 4f
tg = L/2 = L
f 4f
i) y’ (L/2) = 2a L/2 = tg a = L2 ou
f 2
ii) y (L/2) = f a
L 4f
=fa= 2
2 L
1 8f
R = y" (x) = 2a = L2
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f2 e2
e1 f 1
L1 L2
O ponto de inflexão do traçado encontra-se na linha que une os extremos. Deste modo,
f1 e1 + e2 L1
= f1 = (e + e2) e f2 = (e2 + e1) – f1
L1 L1 + L2 L1 + L2 1
e
f
f
L1
L2
e-f e+f
tg = L = L (e – f) L2 = (e + f) L1 e L2 – f L2 = e L1 + f L1
1 2
e (L2 - L1)
f L1 + f L2 = e L2 – e L1 f (L1 + L2) = e (L2 – L1) f = L1 + L2
1.8.1. Acções exercidas sobre o cabo (situação em que se aplica a tensão nos
cabos simultaneamente nas duas extremidades)
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P tg
P P
e
Pe
d
d 1
ds = R d ds = R
R
d d
P 2 + (P + dP) 2 = q* ds
P q* ds P+dP d P
P d = q* ds q* = P ds ou q* =
R
d/2
ds
Notas:
d d d d
- ângulo muito pequeno sen 2 2 tg 2 e cos 2 1;
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L/2 L/2 d 2f 4f 8f
tg = 2 = L/2 = L d = L (1)
f ds L (2)
d 8f 8fP
ds = L2 q* =
L2
f
f
Q* tg = L
1
L1 f
Q* = P tg = P L
1
Q*
q*
q* = Q* / s
s
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Esforços
equivalentes
28
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P tg
G
P
x
e
Pe
P
y
N=-P
M=-Pe
V = - P tg
P.tg = Q
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ALÍNEA D)
(i) Parábola 1
y = ax2
8.00
y y(8) = 0.23 a 82 = 0.23
0.23
x a = 3.59375 10-3
(ii) Parábola 2
0.6
x
8.00
12.00
12 0.6
= x = 0.4
8 x
8.00 y = ax2
y
0.4 y (8) = 0.4 a = 6.25 10-3
x
y (x) = 6.25 10-3 x2
(iii) Parábola 3
x y = ax2
0.2
y y (4) = 0.2 a = 0.0125
4.00
y (x) = 0.0125 x2
30
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x y
0.12
y 1.00 4.00 x
y’ (1) = tg = 2 f
f tg =
0.12 + f
f 5
1.0
0.12 + f
2f= 5 10 f = 0.12 + f f = 0.01333 m
ALÍNEA E)
8 f P
q=
L2
Extremidade Esquerda
P tg = 57.5 kN
Extremidade Direita
tg = y’ (1) = 0.02667
P tg = 26.7 kN
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ALÍNEA F)
1 5pL4 L2
= EI 384 + 16 (M1 + M2)
Deste modo,
5 38 20 + 20 (0 - 675.0) = 0.036 m
4 2
1
=
3310 0.0524
6
384 16
A flecha elástica para o efeito de pré-esforço pode ser obtida considerando a actuação
das cargas equivalentes ao pré-esforço na viga. Deste modo, para P = 1000 kN (cargas
equivalentes calculadas na alínea anterior), obteve-se a seguinte deformada:
= 0.010 m
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Msd = g Mg + q Mq
0.85f cd
Fc
x 0.8x
LN Fc = 0.85 fcd 0.8 x b
Msd
fp0,1k
Fp = Ap fpd = Ap 1.15
Fp
Ap
As
Fs Fs = As fyd
b
P
Nota: No caso do cabo ser não aderente (monocordão, p.ex.) fpd = p =
Ap
Msd = g Mg + q Mq + Mpe
0.85f cd
Fc
x 0.8x
LN Fc = 0.85 fcd 0.8 x b
P
Fp = Ap (fpd - p) = Ap fpd -
P
e Msd Ap
Fp
Ap
As
Fs
Fs = As fyd
b
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INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Nota: No caso do cabo ser não aderente (monocordão, p.ex.) (fpd - p) = 0 Fp = 0
c 0.85f cd
Fc
x 0.8x
LN
Msd
Ap p p0 Fp
As
b s Fs
P
p = p + p0, com p0 =
Ap Ep
Se algum cabo não atingir a tensão de cálculo fpd, será necessário adoptar um método
iterativo (método geral)
c c (c)
x
LN M
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VRd VSd - P tg
Asw VSd - P tg
(i) Cálculo da armadura transversal: s = z cotg fyd
Vsd - P tg
0.6 1 - 250 fcd
fck
(ii) Verificação da tensão de compressão: c =
z bw sen cos
(iii) Consideração do efeito do esforço transverso nas armaduras longitudinais (no apoio
As fyd (Vsd - P tg ) cotg 1)
Notas:
bw,nom = bw – 0.5 Ø
bw,nom = bw – 1.2 Ø
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INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
ALÍNEA G)
P 2866.8
P0 = 0.86 = 0.86 = 3333.5 kN
P0 3333.5
P0’ = 0.9 = 0.9 = 3703.9 kN
P0'
P0' = 0.75 Fpk Ap = 104 = 26.6 cm2
0.75 1860 103
Ap 26.6
nº de cordões = A = 1.4 = 19 cordões 2 cabos de 10 cordões de 0.6"
cordão
ALÍNEA H)
150
70.5
A C
20.00 5.00
R1 R2
MB = 2731.5 kNm
Secção B
1.50
0.85f cd
Fc
LN 0.8x
Msd
Fp
Fs
fp0,1k 1670
Fp = Ap = 28 10-4 103 = 4066.1 kN
1.15 1.15
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INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Fc (0.85 - 0.4x) - Fp 0.10 = Msd 20400x (0.85 - 0.4x) = 2731.5 + 4066.1 0.10
x = 0.20 m
c
LN 0.20
p p0
s
Hipótese: c = 3.5‰
s 3.5‰
= s = 11.4‰
0.85 - 0.20 0.20
p 3.5‰
= p = 9.6‰
0.75 - 0.20 0.20
P 3050
p0 = A E = = 5.6‰
p p 2810-4
195106
Msd 2731.5
= b d2 f = = 0.162 = 0.181 ; As,tot = 117.3 cm2
cd 1.5 0.752 20 103
1670
As = As,tot – Asp, eq = 117.3 - 28 400 = 0.4 cm2
38
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ALÍNEA I)
150
70.5
20.00 5.00
623.4 1289.1
DEV 623.4
502.5
[kN]
(+) 150
(+)
(-)
786.6
DEVp
[kN] 286.4
(+)
( -) (-)
(-)
786.6
Notas:
Apoio A
balma 0.30
bainha 8 = 8 = 0.038 m bw =0.30 - 0.08 / 2 = 0.26 m
39
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Vsd 376.8
c = = = 4946 kN/m2 4.9 MPa
z bw sen cos 0.90.850.26sen 25cos 25
b z
+ cotg
2 2 b
cotg 1 = z = 0.5 z + 0.5 cotg
40
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d
P q* ds P+dP
dP
P - P - dP – P d = 0 dP = – P d = – d
P
P0 1 P0
dP =
- d Log P0 - Log P0' = - Log P ' = –
P0' P 0 0
P0
= e- P0 = P0’ e-
P0'
onde,
k representa o desvio angular parasita (valor máximo 0.01 m-1; geralmente 0.004 a
0.005m-1), que tem em consideração eventuais desvios no posicionamento dos
cabos de pré-esforço.
P0 (x) = P0’ e-( + k’x) (neste caso k’ = k e representa o coeficiente de atrito em recta)
41
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P0'
P
P0(x)
L x
– comprimento até onde se faz sentir as perdas por reentrada das cunhas
Admitindo que o diagrama de perdas por atrito é aproximadamente linear (cabo com
curvatura aproximadamente constante),
1
L =
dx = P dx Adiagrama = L Ep Ap
Ep Ap 0
dx =
0 0 Ep
P
= L Ep Ap
2
(1)
P
Como 2 = p P = 2 p
(2)
onde p representa a perda de pré-esforço por atrito, por metro (declive do diagrama)
2 p L Ep Ap
2 = L Ep Ap = p
(i) Cabo sem perdas por atrito, (em pré-esforço exterior, p.ex.)
L Ep Ap P L = L Ep Ap
P0'
P
L Ep Ap
P = L
L x
L – comprimento do cabo
42
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(ii) Se > L (verifica-se em cabos muito curtos, sendo nesse caso a perda de pré-esforço
mais condicionante)
L Ep A p PL–pLL=LEpAp
P0'
pL
P L
P = L Ep Ap + pL
L – comprimento do cabo
L x
Pel = Ap Ep j E(t)(t)
cm
c
onde,
Papós atrito
[kN]
L x [m]
Este valor permite um controlo eficaz, em obra, da tensão instalada nos cabos.
43
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ALÍNEA J)
1 2 3 4 5 6
Parábola 1 Parábola 2 Parábola 3 Par. 4 Recta
(i) Parábola 1
(ii) Parábola 2
(iii) Parábola 3
(iv) Parábola 4
44
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1ª Iteração
4000
3800
3600
3400
3200
3000
0 5 10 15 20 25
3906 - 3836.7
x = 8.0m p = 8 = 8.66 kN/m
2ª Iteração
4000
3800
3600
3400
3200
3000
0 5 10 15 20 25
3906 - 3651
x = 20.0m p = 20 = 12.75 kN/m (admitindo que a perda por atrito é
aproximadamente linear)
408.8 16.03
408.8
x = 8.03 x = 204.8 kN
204.8
0.8 408.8 16.03
0 8 16 16.03 x = 0.03 x = 0.8 kN
45
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Secção 2
15.25
+ (-) +
(+) (-)
2-1 11.2
Pel = 20 1.410-4 195106 =46.3 kN
22 33103
1 1 3906 + 3617.1
L = A E
L
P dx 6 25 = 0.172m
p p 0 28 10 195 10
-4
2
46
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P
= Ep cs A = Ep cs P = – Ep Ap cs
p
c c
c =
Ecm
P Ep c c Ap Ep c c
= Ep c A = E P = – Ecm
p cm
A perda de tensão por relaxação pode ser calculada através das seguintes expressões,
consoante a classe da armadura:
0.75 (1-)
Classe 1: pr = 0.8 5.39 1000 e6.7 1000
t
(i) pi 10-5
0.75 (1-)
Classe 2: pr = 0.8 0.66 1000 e9.1
t
(ii) pi 10-5
1000
0.75 (1-)
(iii) Classe 3: pr = 0.8 1.98 1000 e 8 t pi 10-5
1000
47
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onde,
= pi / fpk
48
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ALÍNEA L)
Secção 2
Considerando c = 2.5
Cálculo de c
15.25+14.75=30
Secção 2
3585.6
pi = = 1280.6MPa
28 10-4
pi 1280.6
= f = 1860 = 0.69
pk
49
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Deste modo, a verificação da segurança nas zonas das ancoragens consiste em limitar
as tensões de compressão localizadas no betão e dimensionar armaduras para absorção
das forças de tracção que surgem devido à acção da carga concentrada.
De acordo com o EC2 (parágrafo 6.7), o valor resistente da força concentrada, aplicada
com uma distribuição uniforme numa determinada área Ac0, pode ser determinado
através da expressão:
Ac1
FRdu = Ac0 fcd Ac0 3.0 fcd Ac0
50
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onde,
Ac0 representa a área sobre a qual se exerce directamente a força (área da placa de
ancoragem);
Ac1 representa a maior área homotética a Ac0, contida no contorno da peça, com o
mesmo centro de gravidade de Ac0 e cuja dimensão dos lados não pode exceder em
três vezes a dimensão dos lados correspondentes de Ac0. No caso da existência de
várias forças concentradas, as áreas correspondentes às várias forças não se
devem sobrepor.
De acordo com o parágrafo 8.10.3 do EC2, a avaliação das forças de tracção que surgem
devido à aplicação de forças concentradas deve ser efectuada recorrendo a modelos de
escoras e tirantes.
51
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Trajectórias
Trajectórias das das tensões
tensões Modelo
Modelo
Tracção Tirantes
Tracção
Compressão Tirantes
Escoras
Compressão Escoras
1.11.2.2. Caso de uma só ancoragem
P/2
P/2
a1
a0
P/2 P/2
De acordo com o Eurocódigo 2, a força de tracção para a qual as armaduras devem ser
dimensionadas, é dada pela expressão:
onde,
As armaduras devem, em cada direcção, ficar contidas num prisma de aresta a 1 e ser
repartidas em profundidade entre as cotas 0.1a1 e a1, tendo em consideração que a
resultante se situa à cota 0.4a1 e devem ser convenientemente amarradas de forma a
garantir o seu funcionamento eficiente ao longo do comprimento a1.
F a1
b a0
0.1a1
a1
Ft = Fc2
Fc2
a
e Fc1 = P
53
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
área de influência do
grupo de ancoragens
P
P
54
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Deste modo, além das armaduras necessárias para cada ancoragem individual, deve
dispor-se uma armadura junto à face do elemento, na direcção em causa, destinada a
absorver uma força de tracção igual a 0.2P.
É de notar que desde que existam vários cabos, estes não são pré-esforçados
simultaneamente, variando os esforços locais ao longo das operações de pré-esforço. O
plano de tensionamento deve ser escolhido por forma a evitar esforços momentâneos
exagerados, devendo a armadura ser dimensionada tendo em conta que podem existir
estados provisórios mais desfavoráveis do que o que surge no sistema final.
No caso de uma ancoragem interior, além das tensões transversais atrás mencionadas,
surgem tracções longitudinais atrás da ancoragem como resultado da deformação local
do betão. A resultante das tensões de tracção depende da relação entre a dimensão da
zona carregada e a largura da difusão dos efeitos localizados.
Considerando uma análise elástica que assuma igual rigidez do betão atrás e à frente da
ancoragem, a força de tracção deveria ser, pelo menos, igual a P/2. Contudo, a
experiência mostra que a força de tracção longitudinal pode ser considerada igual a P/4
pois, devido à fendilhação, a rigidez do betão atrás da ancoragem diminui, diminuindo
também a tensão instalada.
55
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Sempre que um cabo de pré-esforço muda de direcção, são introduzidas forças radiais
no betão quando o cabo é tensionado. Estas forças radiais actuam no plano de curvatura
e têm uma intensidade igual ao quociente entre a força de pré-esforço e o raio de
curvatura.
Embora estas forças sejam na generalidade das situações muito úteis, podem no entanto
causar diversos problemas, nomeadamente a rotura local do betão.
Nos casos em que os cabos estejam junto à face das peças e a sua curvatura provoque
forças de desvio dirigidas para o exterior é necessário dimensionar armadura transversal
para a absorção destas forças, devendo ser disposta em toda a zona em que actuem,
como se indica na planta abaixo.
eixo do cabo
56
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PORMENOR TRANSVERSAL
PORMENOR LONGITUDINAL
No caso em que a carga actue fora do núcleo central, as armaduras dimensionadas para
este efeito devem ser dispostas junto à face do betão ao longo de toda a sua dimensão e
convenientemente amarradas.
57
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ALÍNEA M)
0.37
0.30
0.38
0.23
0.30
0.33
0.38
0.38
0.19
FRdu 2636.6
fcd = = = 27754 kPa
Ac0 Ac1 / Ac0 0.252 0.382 / 0.252
58
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Ft1sd = 0.25 Fsd 1 - a = 0.25 2636.6 1- 0.4 = 247.2 kN As = 30 = 8.24 cm2
a0 0.25 247.2
1
59
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e1 e2
DMF pe P e2
(-) P e1
DEV pe P tg
(+)
(-)
P tg
P P
P e1 P e1
2P tg
P tg P tg
P P
P e1 P e1
Outros exemplos:
60
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e1 e2
P
P
P e1
P e2 ou
P tg q=P/R
P P
P e2 P e1
2)
xG2 xG1
xG2 - xG1
61
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Exemplos
Caso não existisse o apoio central (sistema base), a deformada da viga seria a abaixo
ilustrada.
DMFhip
DMF hip
(+)
(+)
DMFisost
DMF isost
(-)
(-)
PPe
e
2) Para um traçado dos cabos de pré-esforço parabólico, o raciocínio é semelhante.
62
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Deformada real
Reacções hiperestáticas
DEV hip
(+)
(-)
DMF hip
(+)
DMF isost
Pe
(-) (-)
(+)
63
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EXERCÍCIO PE2
14.00 14.00
5.00 7.00 2.00 2.00 7.00 5.00
g, q
1.00
e = 0.188 m e = 0.352 m e = 0.10 m
0.20
0.482 0.60
0.40
0.293P
0.1P (-) (-)
(+)
5.00
0.354P
64
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ALÍNEA A)
8 f P
q= L2
0.352 + 0.188 x
= x = 0.42 m
7+2 7
2f 2 0.252
P tg = L P = 5 P = 0.1008 P
P e = P 0.10
0.060 P
0.1008 P 0.0202 P
0.0171 P
P
ALÍNEA B)
65
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
14.00 14.00
24.5 p
(-)
A
(+) B (+)
13.75 p
5.00
Mcqp,A = 13.75 42.4 = 583.0 kNm ; Mcqp,B = 24.5 42.4 = 1038.8 kNm
2. Verificação da descompressão
1.00
2 2
A = 0.44 m ; I = 0.020 m
0.318
I 0.020 3
0.80 winf = v = 0.482 = 0.0415 m
inf
0.482
I 0.020 3
wsup = v = 0.318 = 0.063 m
sup
0.40
(ii) Secção A
Mpe MA
P/ A
(+) (-)
MA (-) + +
P (-) (+)
66
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(iii) Secção B
Mpe MB
P/ A
P (-) (+)
MB (-) + +
(+) (-)
P > 2089.4 kN
P 2089.4
P0' = - = = 2731.2 kN
0.90 0.85 0.90 0.85
P0' 2731.2
Ap = - 0.75 f = 104 = 19.58 cm2
pk 0.75 1860103
Ap 19.58
nº de cordões = = = 14 cordões
A1 cordão 1.4
ALÍNEA C)
4
1 2 3 5 6 7
Parábola 1 Parábola 2 Par. 3 Par. 3 Parábola 2 Parábola 1
67
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(i) Parábola 1
2f 2 0.252
1 tan 1 = L = 5 = 0.101
(ii) Parábola 2
2f 2 0.42
2 = L = 7 = 0.120
ALÍNEA D)
0.352P
0.1P (-) (-)
(+)
5.00 0.188P
5.00
(+)
0.059P
0.166P
68
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b
0.85f cd
Fc
x LN 0.8x
M'sd
Fp
Ap
As
Fs
fp0,1k 1670
Fp = Ap 1.15 = 19.610-4 1.15 103 = 2846.3 kN
Fc (0.75 - 0.4x) - Fp 0.08 = Msd 13600x (0.75 - 0.4x) = 1113.3 + 2846.3 0.08
x = 0.142 m
não é necessária armadura ordinária para verificar o estado limite último de flexão.
fctm 2.6
As,min = 0.26 f bt d = 0.26 400 0.40 0.75 104 = 5.07 cm2
yk
69
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As lajes são elementos estruturais que constituem os pisos e coberturas dos edifícios e
as plataformas de outro tipo de construções cuja função é formar superfícies planas
horizontais ou inclinadas possibilitando a circulação e a colocação de equipamentos.
As lajes são normalmente solicitadas por cargas perpendiculares ao seu plano médio.
Tratando-se de elementos em que as dimensões em planta são muito superiores à
espessura apresentam um comportamento bidimensional.
Nas figuras seguintes apresentam-se soluções tipo de lajes vigada e fungiforme (esta
com capiteis).
70
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Refira-se também que há muitas situações práticas em que as lajes nalgumas zonas se
apoiam em vigas e, noutras, directamente em pilares.
2.1.2. Constituição
Aligeiradas
Nervuradas
Vigotas pré-esforçadas
Perfis metálicos
Saliente-se, como se verá adiante, que as lajes têm sempre armaduras nas duas
direcções. Esta denominação usual tem a ver, como referido, com a forma principal de
comportamento.
Pré-fabricadas
71
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
2.2. PRÉ-DIMENSIONAMENTO
A espessura das lajes varia em função do vão. No que se refere a lajes maciças, em
geral, a sua espessura varia entre 0.12 m e 0.30 m. O valor inferior é, em geral
desaconselhável, até porque com as exigências actuais de recobrimento a sua eficiência
à flexão é muito reduzida, como se compreende. Por outro lado, para espessuras acima
dos 0.30 m, o recurso a soluções aligeiradas é quase obrigatório, no sentido de aliviar o
peso da solução. Excluem-se as zonas de capiteis onde o efeito do peso dessas zonas
na flexão é reduzido.
2.3.1.1. Flexão
Viga Laje
Numa laje, as armaduras de flexão são calculadas por metro de largura, ou seja,
considerando uma secção com 1 m de base, e altura igual à da laje.
72
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Nas lajes a ordem de grandeza dos momentos é, claramente, inferior ao das vigas, pois
como se compreende os esforços podem se distribuir por larguras maiores. O momento
flector reduzido () nas secções mais esforçadas estará, em geral, contido no intervalo
0.10 < 0.20. Nalguns casos poderá ser mesmo inferior a 0.10, sem inconveniente.
Relativamente ao valor superior não deverá ser ultrapassado, excluindo-se, nalgumas
situações, a zona de momentos negativos sobre os apoios directos em pilares (solução
fungiforme). Verifica-se, assim, que a ductilidade das lajes é uma característica intrínseca
da solução o que, como sabemos, representa uma mais valia importante do
comportamento, com vantagens conhecidas na verificação da segurança à rotura.
Em lajes, a transmissão de cargas para os apoios faz-se por efeito de arco e de consola,
conforme ilustrado nas figuras seguintes.
Efeito de arco
1
VD1
2
T T+ T
VD2
T
Efeito de consola
73
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
De acordo com o EC2, para elementos que não necessitam de armadura de esforço
transverso, adopta-se uma verificação com base numa expressão, validada
experimentalmente, mas que não é deduzível directamente de um mecanismo resistente,
como no caso das vigas, tal que:
Vsd VRd,c = [CRd,c k (100 L fck)1/3 + k1 cp] bw d (0.035 k3/2 fck1/2 + k1 cp) bw d
onde,
0.18
CRd,c =
c
200
k=1+ d ≤ 2 , com d em mm
AsL
1 = 0.02 (AsL representa a área de armadura de tracção, prolongando-se
bw d
não menos do que d + lb,d para além da secção considerada)
k1 = 0.15
Nsd
cp = A em MPa (Nsd representa o esforço normal devido a cargas aplicadas ou
c
74
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
2.3.2.1. Fendilhação
Esta matéria foi abordada na disciplina de Estruturas de Betão I para o caso das vigas.
Os procedimentos de cálculo para as lajes são idênticos, sendo, desde já, de referir que a
fendilhação, por flexão, das lajes é pouco condicionante devido à pequena altura da zona
traccionada.
Quadro 7.2N – Diâmetros máximos dos varões *s para controlo da fendilhação1
2
Tensão no aço Diâmetros máximos dos varões [mm]
[MPa] wk= 0,4 mm wk= 0,3 mm wk= 0,2 mm
160 40 32 25
200 32 25 16
240 20 16 12
280 16 12 8
320 12 10 6
360 10 8 5
400 8 6 4
450 6 5 -
NOTAS: 1. Os valores indicados no quadro baseiam-se nas seguintes hipóteses:
c = 25 mm; fct,eff = 2,9 MPa; hcr = 0,5 h; (h-d) = 0,1h; k1 = 0,8; k2 = 0,5; kc = 0,4; k = 1,0;
kt = 0,4
2. Para as combinações de acções apropriadas
75
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
1
Quadro 7.3N – Espaçamento máximo dos varões para controlo da fendilhação
2
Tensão no aço Espaçamento máximo dos varões [mm]
[MPa] wk=0,4 mm wk=0,3 mm wk=0,2 mm
160 300 300 200
200 300 250 150
240 250 200 100
280 200 150 50
320 150 100 -
360 100 50 -
O diâmetro máximo dos varões deverá ser modificado como se indica a seguir:
k c hcr
s s (fct,eff /2,9) (7.6N)
2(h-d)
s = s (fct,eff/2,9)hcr/(8(h-d)) (7.7N)
em que:
s diâmetro máximo dos varões indicado no Quadro 7.2N;
Quando toda a secção está sob tracção, h - d é a distância mínima do centro de gravidade das armaduras à
face do betão (no caso em que a disposição das armaduras não é simétrica, considerar-se as duas faces).
2.3.3. Deformação
A norma ISO 4356 apresenta, de uma forma exaustiva, valores limites para diferentes
tipos de utilização dos pisos. Para os casos correntes de edifícios de escritórios,
comerciais ou de habitação, o EC2 seguindo as recomendações da norma acima
referida, define os seguintes objectivos máximos de deformação, em função do vão:
L
250 para a deformação total devida combinação de acções quase-permanentes
76
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
L
500 para o incremento de deformação após construídas as paredes de alvenaria das
divisórias. Este limite será mais ou menos importante face à sensibilidade da solução
construtiva.
A forma directa consiste no cálculo da flecha a longo prazo (pelo Método dos
Coeficientes Globais, por exemplo) e comparação com os valores admissíveis.
Conforme preconizado no EC2, o cálculo das flechas poderá ser omitido, desde que se
respeitem os limites da relação vão / altura útil estabelecidos no Quadro 7.4N. Na
interpretação deste quadro, deve ter-se em atenção que:
77
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Quadro 7.4N – Valores básicos da relação vão/altura útil (l/d) para elementos de betão
armado sem esforço normal de compressão
Consola 0,4 6 8
NOTA 1: Em geral, os valores indicados são conservativos, e o cálculo poderá frequentemente revelar que é
possível utilizar elementos mais esbeltos.
NOTA 2: Para lajes armadas em duas direcções, a verificação deverá ser efectuada em relação ao menor
vão. Para lajes fungiformes deverá considerar-se o maior vão.
NOTA 3: Os limites indicados para lajes fungiformes correspondem, para a flecha a meio vão, a uma
limitação menos exigente do que a de vão/250. A experiência demonstrou que estes limites são satisfatórios.
Em lajes, por se tratar de elementos laminares (de pequena espessura), podem adoptar-
se recobrimentos inferiores, em 5 mm, aos geralmente adoptados no caso das vigas, ou
seja, 0.02 m a 0.04 m (caso de lajes em ambientes muito agressivos).
É necessário ter em atenção que o recobrimento adoptado não deve ser inferior ao
diâmetro das armaduras ordinárias (ou ao diâmetro equivalente dos seus agrupamentos).
78
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i) Armadura principal
s 0.35 m
A distância livre entre armaduras deve ser suficiente para permitir realizar a betonagem
em boas condições, assegurando-lhes um bom envolvimento pelo betão e as necessárias
condições de aderência.
A quantidade mínima de armadura a adoptar numa laje na direcção principal pode ser
calculada através da expressão seguinte:
fctm
As,min = 0.26 f bt d
yk
A quantidade máxima de armadura a adoptar, fora das secções de emenda, é dada por:
As,máx = 0.04 Ac
79
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80
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2.6.1. Definição
Lmaior
A relação entre vãos respeitar a condição Lmenor 2
81
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ly lx / ly 2
lx x
2.6.2. Pré-dimensionamento
Para sobrecargas correntes em edifícios (sc 5 kN/m2), a espessura das lajes armadas
numa direcção pode ser determinada a partir da seguinte relação:
L
h
25 a 30
Esta expressão tem por base o controlo indirecto da deformação e o nível de esforços na
laje.
As armaduras principais devem ser colocadas por forma a funcionarem com o maior
braço, tal como se encontra ilustrado nas figuras seguintes.
- -
As As,dist
+ +
As As,dist
long
Determinação da altura útil: d = h - c - 2 h – (0.025 a 0.03) m
Pelo facto das vigas de bordo impedirem a livre rotação da laje quando esta se deforma,
surgem tracções na face superior, nas zonas de ligação entre os dois elementos. Em
82
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geral, estas tracções não são contabilizadas no cálculo já que se despreza a rigidez de
torção das vigas no cálculo dos esforços em lajes. Caso não seja adoptada armadura
específica para este efeito podem surgir fendilhações, conforme se ilustra na figura
seguinte.
Deste modo, é necessário dispor de armadura na face superior da laje junto às vigas de
bordo, na direcção perpendicular às mesmas, cuja disposição se apresenta.
L/4
- -
As,apoio 0.2As,apoio
Num bordo livre de uma laje deve ser adoptada armadura longitudinal e transversal,
conforme ilustrado na figura seguinte.
2h
12
Para o reforço longitudinal do bordo livre pode ser utilizada a armadura longitudinal
superior ou inferior da laje.
83
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EXERCÍCIO L1
0.30
A'
1.53 0.17
0.20
Corte A-A'
0.20
1.40
- peso próprio;
84
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Resolução do Exercício L1
1. Modelo de cálculo
pdegraus
sc
rev pdegraus
pplaje pp /cos
pp
sc
rev
1.53
= arctg 2.7 = 29.5
Peso próprio
hdegrau 0.17
pdegraus = betão 2 = 25 2 = 2.13 kN/m2
ppLaje 5.0
Zona dos degraus: pp = + pdegraus = + 2.13 = 7.9 kN/m2
cos cos 29.5
2.2. Sobrecarga
85
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DEV
[kN/m]
45.1
25.1
(+)
(-)
25.1 45.1
DMF
[kNm/m]
(+)
49.1 49.1
66.0
Armadura principal
Msd 66.0
Msd = 66.0 kNm/m = = = 0.172 ; = 0.195
b d2 fcd 1.0 0.172 13.3103
fcd 13.3
As = b d2 f = 0.195 1.0 0.17 348 104 = 12.67 cm2/m
yd
Armadura de distribuição
Adoptam-se 8//0.20
Armadura mínima
fctm 2.2
As,min = 0.26 f bt d = 0.26 400 0.17 104 = 2.43 cm2/m
yk
86
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– +
As,apoio = máx {As,min, 0.25 As,vão} = 3.17 cm2/m Adoptam-se 8//0.15
+
0.25 0.25 As,vão = 0.25 12.67 = 3.17 cm2/m
0.18
VRd,c = CRd,c k (100 1 fck)1/3 bw d = 1.5 2.0 (1000.00820)1/3100017010-3 = =
102.8 kN
200 200
K=1+ d =1+ 170 = 2.08 ≥ 2.0 k = 2.0
AsL 13.410-4
1 = = = 0.008
bw d 0.17
VRd,c ≥ 0.035 k3/2 fck1/2 bw d = 0.035 2.03/2 201/2 1000 170 10-3 = 75.3 kN
Dado que Vsd,máx = 45 kN/m, está verificada a segurança ao E.L.U. de esforço transverso.
87
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A análise e dimensionamento das lajes vigadas pode ser efectuada recorrendo a modelos
elásticos ou a modelos plásticos.
Este tipo de análise foi abordado na disciplina de Análise de Estruturas I. Indicam-se aqui
as principais equações da análise elástica de lajes finas.
Equação de Lagrange
Equações de equilíbrio
vx(q) vy(q)
(V e q) + =q
x y
88
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Uma avaliação dos esforços elásticos nas lajes pode ser efectuada recorrendo a estas
tabelas de esforços ou a métodos numéricos como, por exemplo, o método dos
elementos finitos.
Nas figuras seguintes ilustram-se o tipo de tabelas que fornecem os valores dos
momentos flectores máximos no vão e nos apoios para lajes com diferentes condições de
apoio e diferentes relações de vãos, admitindo apoios indeformáveis. Refira-se que esta
é uma hipótese razoável, no caso do apoio das lajes em vigas mas tem as suas
limitações pois as vigas são necessariamente deformáveis.
89
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90
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Painel interior
Painel de bordo
Painel de canto
91
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4.00
6.00
6.00 6.00
92
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Importa salientar que na análise elástica a carga actuante é equilibrada com momentos
flectores e momentos torsores, conforme a equação de equilíbrio (M e q) atrás
apresentada.
No dimensionamento das armaduras das lajes este aspecto deve ser tido em conta, e
pode sê-lo de uma forma simplificada realizando o cálculo das armaduras para os
seguintes momentos flectores corrigidos:
m'sd, y = msd, y + |msd, xy| 0 A sy m'sd, y = msd, y - |msd, xy| 0 A sy
+ -
Verifica-se que os momentos torsores são nulos nas secções onde o momento flector é
máximo o que significa que as armaduras máximas são, em geral, calculadas apenas
para os momentos flectores, mas nas outras secções é necessário ter em conta a
presença dos momentos torsores.
Importa, ainda, referir que as tabelas de esforços elásticos fornecem soluções elásticas
considerando os apoios indeformáveis, como atrás mencionado. Todavia, estas
condições de apoio são pouco frequentes na prática e os esforços elásticos em lajes com
apoios deformáveis podem diferir significativamente dos esforços fornecidos pelas
tabelas.
No entanto, esta situação não se traduz num problema no dimensionamento das lajes
pois as soluções fornecidas satisfazem o equilíbrio e é sempre possível considerar a
redistribuição de esforços desde que a ductilidade seja assegurada, o que nas lajes é, em
geral, o caso.
93
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
A aplicação deste método deve ser realizada com cuidado pois é necessário
determinar o mecanismo de colapso que conduz à carga de rotura mínima.
qu,r
Campo das soluções estaticamente
admissíveis
94
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lx
ly my0
x
mx0
nos apoios: mx = 0 ; my = 0
x = lx/2 mx = 0 a = 4 / lx2
y = ly/2 my = 0 b = 4 / ly2
donde
obtém-se
isto é, a carga máxima é obtida pelo somatório da parcela da carga equilibrada segundo x
e y pelos momentos mRx e mRy, respectivamente:
95
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ou
Este método pode ser aplicado quer à avaliação da capacidade de carga de lajes
existentes quer ao dimensionamento das armaduras de lajes novas. No entanto, é
necessário ter presente que a sua aplicação pressupõe que existe ductilidade suficiente
das secções e que não ocorrem problemas de deficiente comportamento em serviço
nomeadamente no que se refere à fendilhação.
Se não se quiser considerar os momentos torsores para equilibrar a carga actuante q (mxy
= 0), a equação de equilíbrio toma a forma
96
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2 mx 2 my
+ = q
x2
y2
Pode então admitir-se que a carga é suportada em bandas nas direcções x e y, ou seja,
xm
2
= q
x
2
01
m2
y = (1 ) q
y
2
lx
(1- ) q
ly
q
q
escolha do modelo de cálculo e dos caminhos de carga a adoptar por forma a não
se afastar significativamente do comportamento elástico da laje;
97
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98
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Como as lajes não são, em geral, armadas transversalmente para o esforço transverso,
as roturas associadas a este tipo de esforço são frágeis. Se para uma determinada
situação se atinge primeiro a capacidade resistente ao esforço transverso a possibilidade
de redistribuição de esforços é praticamente nula e a aplicação do teorema estático deixa
de ser válida.
99
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Nas figuras seguintes ilustram-se estas situações para lajes com percentagens de
armadura entre 0.5% e 1.2% para um betão corrente C30/37 e aço A500 considerando os
três sistemas estáticos básicos.
l – vão da laje;
d – altura útil.
Como de pode verificar se a relação l/d é baixa ocorre primeiro a rotura por esforço
transverso (razão MV/MF inferior a um). Verifica-se que à medida que aumenta a
quantidade de armadura maior será o valor de l/d abaixo do qual ocorrem roturas por
esforço transverso.
100
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
2.8. PRÉ-DIMENSIONAMENTO
Para sobrecargas correntes em edifícios (sc 5 kN/m2), a espessura das lajes armadas
em duas direcções pode ser determinada a partir da seguinte relação:
L
h 25 a 35
Esta expressão tem por base o controlo indirecto da deformação e o nível de esforços na
laje.
Indicações mais detalhadas em relação ao valor de L/h podem ser vistas no Quadro 7.4N
do EC2.
101
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102
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
EXERCÍCIO L2
- peso próprio;
5.00
5.00
6.00 6.00
103
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RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO L2
2. Modelo de cálculo
Lmaior 6
Lmenor 5 = 1.2 2 Laje armada nas duas direcções
=
0.7q
(0.3 6 = 10.8 0.7 5 = 17.5)
2 2
5.00 0.3q
6.00
(i) Direcção x
6.00
3pL/8 5pL/8
DEV 9.5
[kN/m]
(+)
(-)
15.8
DMF 18.9
[kNm/m] (-)
(+)
10.6
104
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(ii) Direcção y
5.00
3pL/8 5pL/8
DEV 18.2
[kN/m]
(+)
(-)
30.3
DMF 30.3
[kNm/m] (-)
(+)
17.1
Msd As
Direcção 2
Armadura adoptada
[kNm/m] [cm /m]
-18.9 0.079 0.083 4.81
x
10.6 0.044 0.046 2.65
-30.3 0.126 0.138 7.96
y
17.1 0.071 0.075 4.33
Armadura mínima
fctm 2.6
As,min = 0.26 f bt d = 0.26 400 0.12 104 = 2.03 cm2/m
yk
Esta armadura deve ser colocada em todas as zonas (e direcções) onde a laje possa
estar traccionada.
Armaduras de distribuição
105
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(i) Direcção x
+
0.25 As,vão = 0.25 2.65 = 0.66 cm2/m
(ii) Direcção y
+
0.25 As,vão = 0.25 4.33 = 1.08 cm2/m
0.18
VRd,c = CRd,c k (100 1 fck)1/3 bw d = 2.0 (1000.00725)1/3100012010-3 = =
1.5
74.8 kN
200 200
K=1+ d =1+ 120 = 2.29 ≥ 2.0 k = 2.0
AsL 7.9610-4
1 = = = 0.007
bw d 0.17
VRd,c ≥ 0.035 k3/2 fck1/2 bw d = 0.035 2.03/2 251/2 1000 120 10-3 = 59.4 kN
Dado que Vsd,máx = 30.3 kN/m, está verificada a segurança ao E.L.U. de esforço
transverso.
106
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
R0 R0
R0 R0
Como, nas situações usuais, o deslocamento dos cantos está impedido (por vigas ou
paredes), surgem forças de reacção (R0), associadas a momentos torsores nas direcções
dos bordos.
A acção deste esforço produz uma superfície torsa “tipo sela de cavalo”, com curvatura
nas duas direcções, de sinais contrários.
A B'
A'
107
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
My Mx
M ii
M xy' M xy'
x Mx My y M xy'
M xy'
x, y - direcções principais |Mxy'| = |Mx| = |My|
Este comportamento provoca fendilhação nas faces superior e inferior das lajes, junto aos
cantos, conforme se ilustra na figura seguinte.
M-
M+
Importa referir que no caso do dimensionamento das lajes com base em métodos
plásticos, como o método das bandas, os momentos flectores atrás referidos não são
necessários ao equilíbrio das cargas pelo que podem ser desprezados na verificação da
segurança aos estados limites últimos. Todavia, é conveniente dispor-se de uma
armadura nestas zonas para efeito do controlo da fendilhação em serviço.
Considerem-se dois painéis de laje adjacentes com vãos diferentes, LA e LB, na direcção
x.
108
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
LA LB
A B
MAB
A B
MA MB
DMF MA
MB
Dado que a rigidez de torção da viga não é significativa, o momento MAB terá que ser o
mesmo, à esquerda e à direita. O momento MAB será intermédio entre MA e MB e
dependente da rigidez dos painéis adjacentes:
MAB = B MA + A MB
com,
KA 1/LA KB 1/LB
A = e B =
KA + KB 1/LA + 1/LB KB + KA 1/LB + 1/LA
MA + MB
MAB = máx 2
0.8 máx (MA, MB)
109
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Refere-se que não é necessária grande precisão no cálculo do momento MAB pois é
sempre possível explorar a redistribuição de esforços nas lajes. No entanto, a satisfação
do equilíbrio é essencial.
DMF MA M
M AB
MB
M/2
Trata-se de um problema semelhante ao que ocorre nas vigas e que foi abordado na
disciplina de Estruturas de Betão I.
Recorrendo a uma análise plástica facilmente se percebe que o momento global máximo
a equilibrar em cada painel de laje é igual qualquer que seja o carregamento dos painéis
adjacentes. As únicas questões que se podem colocar, e que devem ser analisadas caso
a caso, são relativas ao comportamento em serviço e à definição das secções de
dispensa de armaduras anteriormente referidas.
Quanto maior for a amplitude de variação do diagrama de momentos actuante maior será
o cuidado a ter na análise dos aspectos acima definidos. Essa amplitude de variação é
110
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
traduzida pelo valor da relação entre a sobrecarga e a carga permanente. Quanto maior
for este valor maior será a variação do diagrama de momentos e, por conseguinte,
maiores serão os cuidados necessários na pormenorização das armaduras.
Para ilustrar estes aspectos considere-se o exemplo de uma laje constituída por dois
painéis armados em uma direcção. Analisa-se uma faixa de laje com 1m de largura.
e = 0.20
m
1.
0
5.0 5.0
sc
1 cp
2 sc
cp
sc
3 cp
111
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
112
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Haverá que ter em atenção a dispensa das armaduras superiores de modo a contemplar
os casos de carga 2 e 3. O diagrama envolvente contemplando os vários casos de carga
é o seguinte
113
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
EXERCÍCIO L3
- peso próprio;
4.00
6.00
6.00 6.00
Dimensione as armaduras das lajes do piso, adoptando para materiais o betão C25/30 e
a armadura A400NR, das seguintes formas:
114
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO L3
Alínea a)
2. Painéis a calcular
Painel 1
6.00
Lmaior 6
Lmenor = 4 = 1.5 2
Painel 2
6.00
Lmaior 6
Lmenor = 6 = 1.0 2
6.00
Laje armada nas duas direcções
115
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3.1.Esforços elásticos
Painel 1
Mys a 6
= b = 4 = 1.5
b = 4.0 min
Mxs Mxv
p a2 = 13.9 62 = 500.4 kN
x
min
Myv p b2 = 13.9 42 = 222.4 kN
a = 6.0
Painel 2
y
min
Myv
Mys a 6
= b = 6 = 1.0
b = 6.0 min
Mxs Mxv
p a2 = p b2 = 500.4 kN
a = 6.0
116
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
My- 0.8 máx { M-y, painel 1 , M-y, painel 2} = 0.8 35 = 28.0 kNm/m My- = 29.1 kNm/m
M
DMF
M/2
M 35 - 29.1
2 = 2 = 3.0 kNm/m
10.5
5.0 17.9
29.1
16.5
13.5 35.0
Painel 1
Msd As
Direcção 2
Armadura adoptada
[kNm/m] [cm /m]
-17.9 0.074 0.079 4.54
x
5.0 0.021 0.022 1.25
-29.1 0.121 0.132 7.61
y
10.5 0.044 0.046 2.63
117
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Armadura mínima
fctm 2.6
As,min = 0.26 f bt d = 0.26 400 0.12 104 = 2.03 cm2/m
yk
Armaduras de distribuição
Armadura de canto
Painel 2
Msd As
Direcção 2
Armadura adoptada
[kNm/m] [cm /m]
-35.0 0.146 0.162 9.31
x
13.5 0.056 0.059 3.38
-29.1 0.121 0.132 7.61
y
16.5 0.069 0.072 4.17
Armaduras de distribuição
(i) Direcção x
+
0.25 As,vão = 0.25 3.38 = 0.85 cm2/m
(ii) Direcção y
+
0.25 As,vão = 0.25 4.17 = 1.04 cm2/m
118
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Armadura de canto
Alínea b)
1. Modelo de cálculo
Painel 1 Painel 2
0.5q
0.8q
0.5q
0.2q
x
x
Painel 1
(i) Direcção x
6.00
3pL/8 5pL/8
DEV 6.3
[kN/m]
(+)
(-)
10.4
DMF 12.5
[kNm/m] (-)
(+)
7.0
119
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
(ii) Direcção y
4.00
5pL/8 3pL/8
DEV 27.8
[kN/m]
(+)
(-)
16.7
22.2
DMF
[kNm/m] (-)
(+)
12.5
Painel 2
(i) Direcções x e y
6.00
3pL/8 5pL/8
DEV 15.8
[kN/m]
(+)
(-)
26.3
DMF 31.5
[kNm/m] (-)
(+)
17.7
My- 0.8 máx { M-y, painel 1 , M-y, painel 2} = 0.8 31.5 = 25.2 kNm/m My- = 26.8 kNm/m
120
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
M
DMF
M/2
M 31.5 - 26.8
2 = 2 = 2.4 kNm/m
12.5
7.0 12.5
26.8
20.1
17.7 31.5
121
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
PL
2
M+ = 0.0368pL2 ( = 0)
M+ = = 0.0625PL2
16
M+ = 0.0423pL2 ( = 0.15)
1.7 ( = 0)
Mplástico
Melástico =
1.5 ( = 0.15)
M- = 0.0515pL2 PL
2
M- = = 0.0417PL2
24
M+ = 0.0176pL2
p L2
0.0691pL 2 M+ = = 0.0208pL2
48
(pL2/ 16) 0.0625pL2
Melástico 0.0691
Mplástico = 0.0625 = 1.11
Conclusões:
122
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
EXERCÍCIO L4
- peso próprio;
5.00
5.00
6.00 6.00
123
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO L4
2. Modelo de cálculo
p 0.7p
A
5.00 0.3p
C B
6.00
Banda A Banda B
0.3 p 0.7 p
5.25 5.00
Banda C
p + R/1.5
5.00
124
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
2
Banda Msd [kNm/m] As [cm /m] Armadura adoptada
9.1 0.020 0.021 1.66
A
-16.3 0.036 0.037 2.96
19.5 0.043 0.045 3.55
B
-34.7 0.076 0.081 6.41
38.7 0.085 0.091 7.18
C
-68.8 0.151 0.169 13.35
Armadura mínima
fctm 2.6
As,min = 0.26 f bt d = 0.26 400 0.165 104 = 2.79 cm2/m
yk
Armaduras de distribuição
Armadura de canto
125
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
EXERCÍCIO L5
- peso próprio;
4.00
4.00
126
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
EXERCÍCIO L6
Planta inferior
6//0.20
6//0.20 6//0.20
4,00
10//0.125
8//0.15
0,8 0,8
7,00 4,00
Planta superior
8//0.10
4,00
1,00 1,00
7,00 4,00
Considerando que a laje tem uma espessura de 0.13 m e que é constituída por um betão
C20/25 e que as armaduras são em A400, determine a máxima sobrecarga que pode
actuar na laje, por forma a que esteja verificada a segurança ao estado limite último de
flexão.
127
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO L6
Armadura As MRd
Painel Direcção face 2
existente [cm /m] [kNm/m]
Painel 1
(i) Direcção x
DMF MRd -
2
pl /8
MRd +
(ii) Direcção y
p1,y L2 p1,y 42
MRd+ = 8 19.7 = 8 p1,y = 9.9 kN/m2
Painel 2
(i) Direcção x
(ii) Direcção y
p1,y L2 p2,y 42
MRd+ = 8 10.9 = 8 p2,y = 5.5 kN/m2
128
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
psd = 1.5 (3.3 + 2.0 + sc) = 12.7 kN/m2 scmáx = 3.2 kN/m2
129
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
L2 Limites máximos:
L1
b< 5
L1 L2
b< 4
b
(para uma abertura isolada)
L1
Limite máximo:
Se estes limites não forem excedidos, o dimensionamento das lajes pode ser efectuado
admitindo que não existem aberturas. As armaduras que forem interrompidas na zona da
abertura deverão ser colocadas como se indica em seguida.
130
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
As As/2
Asx
Asx/2
bx
bx Asy ay = + lb,d
2
by
by
ax ax = 2 + lb,d
Asy/2
ay
131
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
R R
ou
R1
R1 R2
R2
R1
R2 R2
132
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
1)
8.30 2.70
4.20
2.30
2)
3)
6.00
4.00
4.00
133
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
4)
1.50
4.00
1.50
5)
6)
5.00 1.50
1.50
4.00
134
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
7)
8)
15.00
5.00
15.00
5.00
135
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
9)
6.00
10)
4.00 2.50
3.00
6.00
11)
136
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
ls
ls
Sobreposição tipo
Armaduras superiores
137
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
138
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Armaduras inferiores
139
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Flexão
Punçoamento
Comportamento sísmico
A laje fungiforme é calculada quer para as acções verticais, quer para as acções
horizontais.
Maciças
Aligeiradas
140
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Ly
Ly Ly < Lx
Lx Lx
Considere-se o modelo de cálculo para a laje fungiforme que se ilustra na figura seguinte:
4 3 4
2 2
q
1 q 1 Ly
2 2
4 3 4
Lx
Rx Rx Ry Ry
Lx Ly
com
141
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Lx Ly
Rx = q e Ry = (1 – ) q
2 2
Direcção x Direcção y
Vão q Ly (1 - ) q Lx
Bandas 2 (1 - ) q Ly/2 2 q Lx/2
Total q Ly q Lx
Lmaior
Lajes maciças: h = 25 a 30 (+ < 0.18 ; - < 0.30)
Lmaior
Lajes aligeiradas: h = 20 a 25
Estas expressões têm por base o controlo indirecto da deformação e o nível de esforços
na laje (nomeadamente no que se refere ao punçoamento e flexão).
No quadro seguinte apresenta-se quer a gama de vãos em que se utiliza cada um dos
tipos de lajes fungiformes, quer as espessuras adoptadas em cada situação.
h [m]
Esbelteza
Laje fungiforme tipo L [m]
(L / h)
4 5 6 7 8 9 10 12 20
Laje maciça 25 a 30 0.15| 0.20 0.25
142
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
1) Considerar a estrutura, constituída pela laje e pelos pilares de apoio, dividida em dois
conjuntos independentes de pórticos em direcções ortogonais;
L2 /2 L2 /2 L2 /2 L2 /2
L1 /2
L1
L1 /2
L1 /2
L1
L1 /2
L2 L2
2) As cargas actuantes em cada pórtico correspondem à largura das suas travessas (não
se considera qualquer repartição de cargas entre pórticos ortogonais);
psd x L1
L2 L2
(pórtico na direcção x)
3) Após a determinação dos momentos flectores, estes devem ser distribuídos nas faixas
central e lateral, de acordo com as seguintes regras:
143
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
FAIXA LATERAL
min(L1;L2) /4
min(L1;L2) /4 FAIXA CENTRAL
FAIXA LATERAL
Nota: Para a análise às acções horizontais utiliza-se apenas 40% da largura da travessa
(40% da rigidez), por forma a reduzir os momentos flectores transmitidos entre a laje e o
pilar (modelo mais realista).
144
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
EXERCÍCIO L7
0.30
h = 0.25 m 5.00
0.50
0.50
5.00
0.30
6.00 6.00
145
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO L7
(i) Direcção x
1. Divisão em pórticos
Pórtico Lateral
2.50
5.00
Pórtico Intermédio
5.00
5.00
Pórtico Lateral
2.50
6.00 6.00
2. Modelo de cálculo
p sd x Lpórtico
6.00 6.00
2
DMF pl /8
[kNm]
(-)
(+) (+)
2 2
pl /14.2 pl /14.2
+ -
Pórtico Lpórtico [m] psd [kN/m] Msd [kNm] Msd [kNm]
Lateral 2.50 46.0 116.7 207.0
Intermédio 5.00 92.0 233.3 414.0
146
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
4. Distribuição de momentos
Msd Armadura
Faixa Sinal 2
[kNm/m] cm /m
+
M 51.3 0.063 0.067 7.05
Central -
M -124.2 0.154 0.171 18.09
+
M 41.9 0.052 0.054 5.70
Lateral -
M -41.4 0.051 0.053 5.63
147
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
2.18.9.Modelo de grelha
Vantagens
Desvantagens
(i) Discretização
Ly
d1 d2
Lx
h laje
b = d 1/2 + d 2/2
Em geral, para que não surjam momentos torsores nas barras (equilíbrio apenas com
momentos flectores), atribui-se às barras rigidez de torção nula (GJ = 0). Como
consequência, o modelo é mais flexível o que leva à obtenção de maiores deslocamentos
verticais do que os que na realidade se verificam.
148
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Mx
My My
Mx
mx = My / b e my = Mx /b
ii) Análise do pavimento, sendo o efeito dos pilares tido em conta nas condições
de fronteira
Vantagem
Desvantagem
(i) Discretização
Ly
a
Lx
149
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
hlaje
b
a
m'sd, y = msd, y + |msd, xy| 0 A sy m'sd, y = msd, y - |msd, xy| 0 A sy
+ -
150
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
EXERCÍCIO L8
Para a laje fungiforme do Exercício L7, considere o seguinte modelo de elementos finitos:
79 80 81 82 83 84 85
0.75
61 62 63 64 65 66
66 67 68 69 70 71 72
0.75
49 50 51 52 53 54
53 54 55 56 57 58 59
1.00
37 38 39 40 41 42
40 41 42 43 44 45 46
1.00
25 26 27 28 29 30
27 28 29 30 31 32 33
0.75
13 14 15 16 17 18
14 15 16 17 18 19 20
0.75
1 2 3 4 5 6
1 2 3 4 5 6 7
Os valores dos esforços obtidos nos nós, apresentam-se no quadro da página seguinte.
151
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Nó mxx [kNm/m] myy [kNm/m] mxy [kNm/m] vxz [kN/m] vyz [kN/m] Reacções[kN]
152
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO L8
Alínea a)
i) Direcção x
153
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
DMF 375.5
2
pl /8
p L2 375.5
8 = 2 + 225.7 = 413.5 kNm/m
225.7 p 62
8 = 413.5 p = 91.9 kN/m
6.00
6.00
ii) Direcção y
p L2 300.2 p 52
= + 194.5 = 344.6 kNm/m = 344.6 p = 110.3 kN/m
8 2 8
154
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Alínea b)
1.125
X3
2.75
X2
1.125
X1
(i) Direcção x
total
Linfluência msd, x msd, xy m’sd, x Msd,x Msd,x Lzona Msd,x
Zona Sinal Nó
[m] [kNm/m] [kNm/m] [kNm/m] [kNm] [kNm] [m] [kNm/m]
+
4 0.375 52.5 -4.8 57.3 21.5
M 58.0 1.125 51.6
17 0.75 45.1 -3.5 48.6 36.5
1
-
7 0.375 -168.1 0.0 -168.1 -63.0
M -105.8 1.125 -94.0
20 0.75 -57.1 0.0 -57.1 -42.8
30 0.875 40.6 -1.1 41.7 36.5
+
M 43 1.0 39.7 2.1 41.8 41.8 121.5 2.75 44.2
56 0.875 45.6 3.8 49.4 43.2
2
33 0.875 -30.8 0.0 -30.8 -27.0
-
M 46 1.0 -27.8 0.0 -27.8 -27.8 -99.7 2.75 -36.3
59 0.875 -51.3 0.0 -51.3 -44.9
+
69 0.75 50.1 2.8 52.9 39.7
M 59.2 1.125 52.6
82 0.375 52.1 0.0 52.1 19.5
3
-
72 0.75 -103.3 0.0 -103.3 -77.5
M -170.0 1.125 -151.1
85 0.375 -246.6 0.0 -246.6 -92.5
155
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
(ii) Direcção y
total
Linfluência msd, y msd, xy m’sd, y Msd,y Msd,y Lzona Msd,y
Zona Sinal Nó
[m] [kNm/m] [kNm/m] [kNm/m] [kNm] [kNm] [m] [kNm/m]
40 0.375 44.6 -5.4 50.0 18.8
+
M 41 0.75 35.4 -4.5 39.9 29.9 60.4 1.5 40.3
42 0.375 28.7 -2.4 31.1 11.7
1
79 0.375 -147.9 0.0 -147.9 -55.5
-
M 80 0.75 -39.1 0.0 -39.1 -29.3 -89.1 1.5 -59.4
81 0.375 -11.4 0.0 -11.4 -4.3
42 0.75 28.7 -2.4 31.1 23.3
+
M 43 1.5 23.8 2.1 25.9 38.9 90.7 3.0 30.2
44 0.75 33.1 4.9 38.0 28.5
2
81 0.75 -11.4 0.0 -11.4 -8.6
-
M 82 1.5 -3.5 0.0 -3.5 -5.3 -41.7 3.0 -13.9
83 0.75 -37.1 0.0 -37.1 -27.8
44 0.375 33.1 4.9 38.0 14.3
+
M 45 0.75 39.8 3.7 43.5 32.6 63.0 1.5 42.0
46 0.375 42.9 0.0 42.9 16.1
3
83 0.375 -37.1 0.0 -37.1 13.9
-
M 84 0.75 -90.4 0.0 -90.4 67.8 -169.5 1.5 -113.0
85 0.375 -234.1 0.0 -234.1 87.8
Msd Armadura
Direcção Zona Sinal 2
[kNm/m] cm /m
+
M 51.6 0.064 0.067 7.10
1 -
M -94.0 0.116 0.127 13.40
+
M 44.2 0.055 0.057 6.03
X 2 -
M -36.3 0.045 0.047 4.95
+
M 52.6 0.065 0.069 7.24
3 -
M -151.1 0.187 0.215 22.70
+
M 40.3 0.050 0.052 5.47
1 -
M -59.4 0.073 0.078 8.22
+
M 30.2 0.037 0.039 4.13
Y 2 -
M -13..9 0.017 0.018 3.30
+
M 42.0 0.052 0.054 5.72
3 -
M -113.0 0.140 0.155 16.34
156
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Fendas na rotura
(3)
157
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
(3)
(2)
(1)
Tentar que as dimensões da laje e pilar sejam tais que não haja necessidade de
armadura (vsd < vRd,c), em particular para as cargas verticais totais.
Se não for possível, prever capiteis (caso sejam esteticamente aceitáveis) por forma a
garantir que vsd < vRd,c.
Vsd
(i) Carga centrada: vsd = , u1 – perímetro básico de controlo
u1 d
158
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Vsd
(ii) Carga excêntrica: vsd = , ui – perímetro de controlo considerado
ui d
Definição: linha fechada que envolve a área carregada a uma distância não inferior a 2d e
cujo perímetro é mínimo.
Exemplos:
2d
2d
2d
2d
2d
2d
6d L 1L 2
Caso a abertura se encontre a uma distância superior a 6d, não é necessário considerá-
la para efeitos de verificação da segurança ao punçoamento.
159
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
onde,
200
k =1+ 2.0 com d em mm;
d
l = ly lz 0.02 (os valores ly e lz devem ser calculados como valores
médios, considerando uma largura de laje igual à largura do pilar mais 3d para
cada lado);
fck em MPa;
d d
hH
hH
lH lH
c c
160
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
r cont,ext r cont,int
d2 d1
2.5 d 1
2.19.8.Armaduras de punçoamento
onde,
A armadura de punçoamento pode ser constituída por varões inclinados ou por estribos,
sendo esta última a solução mais utilizada.
161
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
d/2 d
d/2 d
0.75d
É conveniente adoptar uma armadura inferior sobre o pilar, por forma a gerar um
mecanismo secundário de resistência, e evitar uma rotura em cadeia, caso se verifique
uma rotura por punçoamento num dos pilares.
Vsd
vsd = vRd,máx = 0.5 fcd
u0 d
= 0.6 1 - 250
fck
Conforme referido, o valor de cálculo do esforço de corte solicitante pode ser obtido pela
expressão
Vsd
vsd =
u1 d
162
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Pilares interiores
Msd u1
=1+ k V W
sd 1
onde,
c12
W1 = + c1 c2 + 4c2 d + 16d2 + 2 d c1
2
e
= 1 + 0.6 D + 4d
onde,
163
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Pilares de bordo
c2 2d
a = min (1.5d; 0.5c1)
c1
u1 u1
= u * + k W epar
1 1
onde,
c22
W1 = + c1 c2 + 4c1 d + 8d2 + 2 d c2
4
Msd u1
=1+ k V W
sd 1
164
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Pilares de canto
a 2d
c1
Msd u1
=1+ k
Vsd W 1
165
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
EXERCÍCIO L9
0.30
h = 0.25 m 5.00
0.50
0.50
5.00
0.30
6.00 6.00
166
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO L9
Alínea a)
vRd,c = CRd,c k (100 l fck)1/3 = 0.12 1.95 (100 0.0096 25)1/3 = 0.67 MPa
200
k=1+ 220 = 1.95 2.0
23.710-4 18.810-4
ly = 0.22 = 0.0108 ; lz = 0.22 = 0.0085
vRd,c = CRd,c k (100 l fck)1/3 = 0.12 1.95 (100 0.0029 25)1/3 = 0.45 MPa
3.310-4 12.710-4
ly = 0.22 = 0.0015 ; lz =
0.22 = 0.0058
vRd,c = CRd,c k (100 l fck)1/3 = 0.12 1.95 (100 0.0015 25)1/3 = 0.36 MPa
167
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Pilar central
d 265 mm h 0.30 m
Pilar de bordo
vRd,c = CRd,c k (100 l fck)1/3 = 0.12 1.88 (100 0.0025 25)1/3 = 0.416 MPa
200
k=1+ 260 = 1.88 2.0
3.310-4 12.710-4
ly = = 0.0013 ; lz = = 0.0049
0.26 0.26
Pilar central
fywd,ef = 250 + 0.25 d = 250 + 0.25 220 = 305 MPa fywd = 348 MPa
= 0.6 1 -
fck
= 0.6 1 -
25
= 0.54
250 250
168
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Pilar de bordo
= 0.6 1 -
fck
= 0.6 1 -
25
= 0.54
250 250
Alínea b)
Msd u1 75 4.76
= 1 + k V W = 1 + 0.6 708 2.28 = 1.13
sd 1
c12
W1 = 2 + c1 c2 + 4c2 d + 16d2 + 2 d c1 =
0.52
= + 0.52 + 4 0.5 0.22 + 16 0.222 + 2 0.22 0.5 = 2.28 m2
2
Vsd 708
vsd = = 1.13 = 764.0 kN/m2 vRd,c = 670 kN/m2
ui d 4.76 0.22
vRd,c = CRd,c k (100 l fck)1/3 = 0.12 1.80 (100 0.0068 25)1/3 = 0.555 MPa
200
k=1+ 310 = 1.80 2.0
23.710-4 18.810-4
ly = 0.31 = 0.0076 ; lz =
0.31 = 0.0061
169
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Msd u1 75 5.9
=1+ k = 1 + 0.6 = 1.11
Vsd W 1 708 3.51
c12
W1 = 2 + c1 c2 + 4c2 d + 16d2 + 2 d c1 =
0.52
2 + 0.5 + 4 0.5 0.31 + 16 0.31 + 2 0.31 0.5 = 3.51 m
2 2 2
=
Vsd 708
vsd = = 1.11 = 387.1 kN/m2 vRd,c = 555 kN/m2
ui d 5.9 0.31
Msd 58
msd = 0.75 L = 0.75 2.5 = 17.4 kNm/m
faixa central
Vsd 280
vsd = = = 583.8 kN/m2 vRd,c = 450 kN/m2
u1* d 2.18 0.22
d 276 mm h 0.35 m
Msd
msd = 0.75 L
faixa central
170
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
u1* = 0.3 + 2 2 0.22 = 0.99 m
Vsd 108
vsd = = = 495.9 kN/m2 vRd,c = 360 kN/m2
u1* d 0.99 0.22
d 287 mm h 0.35 m
171
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
EXERCÍCIO L10
Admitindo que a solução vazada corresponde a uma laje com 0.30 m de espessura e de
igual peso (relativamente à solução maciça), dimensione e pormenorize as armaduras
172
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
h – situação de uma denominada viga-parede (viga com uma relação l/h pequena)
173
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Figura 1 – Ilustração de zonas das estruturas de betão que têm um comportamento diferente do de peça linear
174
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
z
1
Figura 2 – Modelo (a) de campos de tensão e (b) de escoras e tirantes numa viga contínua de betão armado
175
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Fcd
Rd,max = A fcd (1.a)
c
ou
F
Rd,max = A 0.6 fcd (1.b)
c
com = 1 – fck/250.
176
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
A expressão 1.a deve ser utilizada quando não há tensões na direcção transversal (como
nas compressões por flexão) ou quando há compressão moderada, e a expressão 1.b se
há tracções transversais (como nas compressões inclinadas das almas das vigas).
FSd
As f
yd
Na figura 4 apresenta-se um caso tipo de uma zona D que se refere a uma consola curta,
sendo especialmente importante notar que:
a
FSd = PSd . z
T C
M
P
Também a transmissão ao apoio de uma carga concentrada aplicada numa viga, próxima
do apoio, segue um processo de transmissão semelhante. Na figura 5 está representada
essa transmissão em que, função da distância entre os eixos de aplicação da carga e do
apoio, se considera uma repartição adequada da força entre dois sistemas estruturais (o
primeiro semelhante ao considerado no caso anterior da consola curta, o segundo
177
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
z
T
R1 R2
R1
(i) Modelo 1 (ii) Modelo 2
(1 - ) P P
C C
z z
T T
(1 - ) R1 R1
z 1
Para 2 < a < 2 z = 3 2a - 1
z
1 2
Se a = z = 3 ; se a = 1.5 z = 3
Figura 5 – Esquema de transmissão de uma carga próxima do apoio com repartição da carga por dois
modelos complementares
Como se verifica, a modelação por escoras e tirantes do betão armado próximo da rotura,
para peças com comportamento unidimensional e geometria diversa, não é mais do que
a generalização do modelo de treliça da viga a situações particulares de geometria e/ou
carregamento.
178
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
N N
N/2 N/2
Fmáx
Fmáx
Figura 6 – Distribuição dos campos de tensão nas sapatas numa dada direcção e representação de um
modelo simples para determinação da força máxima nas armaduras.
O valor máximo destas tracções nas armaduras pode ser estimada com base num modelo
definido em termos resultantes como indicado na figura 6.b). Modelos para outros tipos de
carregamentos, em particular de esforços axiais com excentricidades, serão referidos no
capítulo referente às fundações. É, no entanto, importante compreender desde já que, tal
como numa laje fungiforme, as forças de tracção nas armaduras têm de ser dimensionadas
para o equilíbrio da totalidade das tensões no terreno numa e noutra direcção. É uma
questão básica de equilíbrio na transmissão das cargas do pilar ao terreno, ou se
quisermos pensar inversamente, do terreno ao pilar.
179
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
N/2
N/2
N/4
N/4
N/4
N/4
180
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
b) Ensoleiramento geral
c) Fundações profundas
TIPOS DE SAPATAS
Sapatas rígidas
a b Pré-dimensionamento:
N
M
Nraro
Área em planta: adm
AB
A-a A-a
H Altura: 4 H 2
181
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Sapatas flexíveis
N
a/4
N/2 N/2
Fc
d 0.9H
Ft
N/2
N/2 N/2
A
d
tg = A - a (1)
4
N/2
tg = Ft (2)
N (A - a)
Ft = 8d
Ft As Ft 1
As = = , sendo y a área carregada na direcção ortogonal.
fyd s fyd y
N
M
0.15a
Fc
d 0.9H
Ft
N
e N
x = 2 - e 2 = A - 2e
M A
e= N ;
d
tg = e - 0.35a (1)
N
tg = Ft (2)
N (e - 0.35a)
Ft =
d
s = f
Ft As Ft 1
As = f y , sendo y a área carregada na direcção ortogonal.
yd syd
183
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
a
N
M
0.15a
Fc
d 0.9H
Ft
R1
R2
R1
A/4
x
x = 2 - e 2 = A - 2e
M A
e= N ;
d
tg = (1)
A/4 - 0.35a
R1
tg = Ft (2)
R1 (A/4 - 0.35a)
Ft = d
N R1 A N
A - 2e = A / 2 R1 = 2 A - 2e
184
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
EXERCÍCIO S1
0.75
0.40 2.00
0.50
2.50
2.50
Os esforços na base do pilar, para cada uma das acções, são os seguintes:
Adopte para materiais C20/25 e A400NR e considere que a tensão admissível do solo é
de 3.0 kg/cm2 (300 kN/m2).
185
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO S1
1. Esforços de dimensionamento
a) Combinação 1
Msd,1 = 0
b) Combinação 2
2. Dimensionamento
2.1. Direcção x
(i) Combinação 1
N
Verificação da rigidez da sapata:
2.5 - 0.5
= 0.5 m 0.75 m
4
2.0 - 0.4
4 = 0.4 m 0.75 m
186
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
N
a/4
N/2 N/2
Fc
d 0.9H
Ft
N/2
N/2 N/2
A
d 0.68
tg = (A - a) / 4 = 2.5/4 - 0.5/4 = 1.36
Ft 551.5
As = = 104 = 15.85 cm2
fyd 348103
450
Nsd = 835 kN ; Msd = 450 kNm e = 835 = 0.539 m A / 4 = 2.5 / 4 = 0.625 m
Nsd 835
= A = = 294.0 kN/m2 450 kN/m2
carregada 1.42 2.0
187
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
0.68
tg = 0.625 - 0.175 = 1.51
R1 R1 735
tg = F Ft = = = 486.8 kN
t tg 1.51
Ft 486.8
As = = 104 = 14.0 cm2
fyd 348103
450
Nsd = 685 kN ; Msd = 450 kNm e = = 0.657 m A / 4 = 2.5 / 4 = 0.625 m
685
(tensões no solo em menos de metade da sapata)
Nsd 685
= A = = 287.8 kN/m2 450 kN/m2
carregada 1.19 2.0
0.68
tg = = 1.41
0.657 - 0.175
N N 685
tg = F Ft = = 1.41 = 485.8 kN
t tg
Ft 485.8
As = f = 104 = 13.96 cm2
yd 348103
188
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
2.2. Direcção y
N (A - a)
A carga é centrada para todas as combinações, logo Ft = 8d
(i) Combinação 1
1500 (2 - 0.4)
Ft = = 441.2 kN
8 0.68
835 (2 - 0.4)
Ft = = 245.6 kN
8 0.68
685 (2 - 0.4)
Ft = = 201.5 kN
8 0.68
189
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
EXERCÍCIO S2
Considere o sistema constituído por duas sapatas ligadas por um lintel, como indicado na
figura.
N 1 = 500 kN N 2 = 1000 kN
M 1 = 300 kNm M 1 = 500 kNm
0.50 0.50
0.70 0.80
190
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO S2
1. Modelo de cálculo
A B
R1 R2
0.50 4.50
Contribuição de N1
N1
A B
R1 R2
Contribuição de M1 e M2
M1 M2
A B
R1 R2
M1 + M2 M1 + M2
MB = 0 4.5 R1 - (M1 + M2) = 0 R1 = 4.5 ; R2 = - 4.5
191
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Cálculo de R1 e R2
3. Dimensionamento da sapata 1
(i) Direcção x
500
300
0.175
Fc
0.72 Ft
732.8
732.8
0.72
tg = = 1.07
1.5 / 2 - 0.15 0.5
R1 R1 732.8
tg = F Ft = = 1.07 = 684.9 kN
t tg
Ft 684.9
As = f = 104 = 19.68 cm2
syd 348 103
N1/2 N1/2
Fc
0.72
Ft
R1/2
R1/2 R1/2
192
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
d 0.72
tg = = = 1.8
( A - a) / 4 2.0/4 - 0.4/4
R1 / 2 R1 / 2 366.4
tg = Ft = = 1.8 = 203.6 kN
Ft tg
Ft 203.6
As = f = 104 = 5.85 cm2
yd 348 103
4. Dimensionamento da sapata 2
(i) Direcção x
N2 M2
0.175
N 2/2
Fc
0.72
Ft
R 2/2
R 2/2 R 2/2
0.72
tg = 2.5 / 4 + 0.175 = 0.9
R2 / 2 R2 / 2 1122.8 / 2
tg = Ft = = = 623.8 kN
Ft tg 0.9
Ft 623.8
3 10 = 17.9 cm
4 2
As = f =
yd 34810
d 0.72
tg = = = 1.8
( A - a) / 4 2.0/4 - 0.4/4
R2 / 2 R2 / 2 1122.8 / 2
tg = Ft = = = 311.9 kN
Ft tg 1.8
Ft 311.9
As = f = 104 = 8.96 cm2
yd 348 103
As = Ft 1 = 8.96 = 3.58 cm2/m
s fyd x 2.5
193
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
500 1000
300 500
732.8 767.2
0.50 4.50
DMF
[kNm]
550
300 550 233.3
(-)
(+)
500
233.3
500
550 + 500
Vsd = 4.5 = 233.3 kN
194
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
EXERCÍCIO S3
N sd = 5600 kN
M sd = 2160 kNm
0.80
3.00
1.20
c) Pormenorize as armaduras.
195
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO S3
ALÍNEA A)
ALÍNEA B)
(i) Direcção x
5600 kN
2160 kNm
0.28
Fc
1.10
Ft
2000
800 kN 2000 kN
1.10
tg = = 1.77
0.9 - 0.28
R R 2000
tg = F Ft = = 1.77 = 1129.9 kN
t tg
Ft 1129.9
As = f = 104 = 32.5 cm2
yd 348 103
1.10
tg = 0.9 - 0.2 = 1.57
R R 2000
tg = F Ft = = 1.57 = 1272.7 kN
t tg
Ft 1272.7
As = f = 104 = 36.6 cm2
yd 348 103
196
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA
fib : “Post-tensioning in buildings” 2005, (fib bulletins 31), International Federation for
Structural Concrete, Lausanne.
Muttoni, A., Schwartz, J., Thürlimann, B. 1998 : “Design of Concrete Structures With
Stress Fields”, Birkhäuser, Basel.
Schlaich, J., Schäfer, K., Jennewein, M. 1987 : “Toward a consistent design for structural
concrete”, PCI-Journ. Vol.32, No. 3, pp. 75-150.
Documentos Normativos
EN1992-1-1 2010 : “Projecto de estruturas de betão – Parte 1-1: Regras gerais e regras
para edifícios”, IPQ, Lisboa.
197
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – Ano lectivo 2013/2014 Estruturas de Betão II
Especificação LNEC E464 – Betões. Metodologia Prescritiva para a Vida Útil de Projecto
de 50 e de 100 anos face às Acções Ambientais.
198