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Mágicas, Truques em Eletronica PDF
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BRAGA
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
Newton C. Braga
Mágicas, Truques e
Quebra-Cabeças com Eletrônica
PATROCÍNIO
Instituto NCB
www.newtoncbraga.com.br
leitor@newtoncbraga.com.br
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NEWTON C. BRAGA
Copyright by
INTITUTO NEWTON C BRAGA.
1ª edição
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
Índice
Índice.........................................................................................4
APRESENTAÇÃO..........................................................................6
LÂMPADA MÁGICA......................................................................7
-Como Funciona...............................................................8
-Montagem....................................................................10
-Prova e Uso..................................................................13
-Temas Transversais.......................................................15
LÂMPADA MÁGICA II.................................................................17
-Como Funciona.............................................................19
-Os Componentes...........................................................22
-Montagem....................................................................24
-Prova...........................................................................28
-Brincando com a lâmpada..............................................30
ABAJUR DE TOQUE....................................................................33
-Como Funciona.............................................................34
-Montagem ...................................................................36
-Prova e Uso..................................................................38
CHAVE SÔNICA.........................................................................40
-Como Funciona.............................................................41
-Montagem....................................................................44
-Prova e Uso..................................................................46
TELEPATIA ELETRÔNICA...........................................................50
-Como Funciona.............................................................51
-Montagem....................................................................52
-Prova e Uso..................................................................56
PISCA-PISCA MISTERIOSO........................................................59
-Os Componentes...........................................................64
-Montagem....................................................................65
-Prova e Operação..........................................................69
-A Origem do Mistério.....................................................70
ROLHA MÁGICA.........................................................................72
-Como Funciona ............................................................73
-Material........................................................................78
-Montagem....................................................................80
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NEWTON C. BRAGA
-Prova e Uso..................................................................83
GRILO ELETRÔNICO..................................................................85
-Como Funciona ............................................................85
-Montagem....................................................................86
-Prova e Uso..................................................................88
MOVIMENTO MISTERIOSO.........................................................89
SALTO MISTERIOSO..................................................................91
-Funcionamento.............................................................91
-Montagem....................................................................91
-Demonstração...............................................................93
O QUE FAZER COM UM ALTO-FALANTE VELHO............................94
-Som Misterioso.............................................................96
-Telégrafo......................................................................98
-Adivinhação do Pensamento...........................................98
-Pula-Pula......................................................................99
-Testando Capacitores Eletrolíticos..................................100
-Alto-Falante de Prova...................................................101
LÂMPADA DE RAIOS ...............................................................103
-Como Funciona ...........................................................104
-Montagem..................................................................108
-Prova e Uso................................................................112
O JOGO DA TRAVESSIA............................................................116
-Como Funciona ...........................................................118
-Montagem e Componentes............................................122
-Experimentando e Usando o Jogo..................................129
-Solução......................................................................130
QUEBRA-CABEÇAS ELETRÔNICO..............................................133
-Montagem..................................................................134
LUZ DESVANESCENTE CÍCLICA................................................138
-Suas características:....................................................139
-O Circuito...................................................................139
-Montagem..................................................................141
-Prova e Uso................................................................142
QUEBRA CABEÇAS CMOS.........................................................144
MOLA MÁGICA.........................................................................145
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
APRESENTAÇÃO
A eletrônica oferece aos mágicos ou simplesmente aos
leitores que gostam de truques uma infinidade de opções.
Normalmente as pessoas que assistem aos espetáculos não têm
condições de saber se existe eletrônica envolvida e mesmo que
saibam, não têm a mínima ideia de como ela funciona. Assim, os
leitores que dominarem um pouco da eletrônica podem construir
circuitos simples com componentes de fácil obtenção, e obter
resultados interessantes. Não é necessário usar nenhum
dispositivo de alta tecnologia ou de custo elevado para se tornar
um “mágico eletrônico” e é justamente isso que abordamos neste
livro.
Selecionamos então uma boa quantidade de projetos que
publicamos ao longo de nossa carreira de truques e mágicas com
circuitos que vão dos muitos simples, que podem ser usados por
estudantes e iniciantes, até alguns mais elaborados que exigem
um bom conhecimento de montagens e até mesmo o treinamento
de uma ou mais pessoas.
Os projetos são de todas as épocas, alguns com mais de
40 anos, mas de nossa autoria, quando muita coisa de eletrônica
era novidade, até os mais modernos, mas todos usando
componentes que ainda são comuns no nosso mercado e por isso
não devem oferecer dificuldades de obtenção.
Se você gosta de truques e mágicas e ainda tem uma
queda pela eletrônica este livro lhe dará algumas ideias
interessantes. Mais do que isso, muitas delas podem ser
aperfeiçoadas para usar recursos mais modernos como
microcontroladores, conexões wireless, tabletes, o computador e
muito mais.
Newton C. Braga
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NEWTON C. BRAGA
LÂMPADA MÁGICA
Uma montagem de muito efeito em feiras, eventos e
mesmo demonstrações feitas em salas de aula é a lâmpada
mágica. Você também pode usá-la para impressionar seus
amigos com seus “conhecimentos de eletrônica”. A lâmpada
mágica é uma lâmpada comum incandescente que acende com
um fósforo ou isqueiro e apaga com um sopro. Como isso é
possível é o que leitor vai ver neste artigo, e se quiser, poder
montar com poucos componentes de baixo custo.
Observação do autor: esta montagem dos anos 80 marcou
nosso trabalho, pois não foram poucos que a realizaram. De fato,
pelos efeitos obtidos em demonstrações trata-se de um projeto
muito interessante que pode ainda ser montado com muita
facilidade pelos componentes que utiliza.
Tudo que foge ao normal é atraente, principalmente
quando envolve mistério ou ainda um comportamento inusitado
para algo que é comum. A lâmpada mágica que escrevemos
neste artigo é um caso. Se bem que ela esteja ligada a uma
tomada de energia, o fato de podermos acendê-la com a chama
de um fósforo e apagá-la com um sopro é muito interessante e,
para quem não sabe como funciona, é intrigante.
O processo que usaremos para acender ou apagar a
lâmpada nada tem a ver com a era da eletrônica, pois é
exatamente o mesmo que se empregava com uma vela, lampião
ou lamparina: acenderemos a vela usando um fósforo ou isqueiro
e apagaremos com um sopro.
É claro que demonstrando isso para os amigos ou para
visitantes de uma feira, teremos neste projeto uma atração toda
especial e a curiosidade de saber como funciona pode render
muitos pontos positivos.
O circuito apresentado utiliza uma lâmpada comum de 15
a 60 W e funciona tanto na rede de 110 V como 220 V e sua
montagem é bastante simples.
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
-Como Funciona
É claro que o fogo não pode atingir o filamento de uma
lâmpada incandescente comum, assim recorremos a truques que
servem também para apagar a lâmpada, já que um sopro, como
todos sabem não pode atingir o filamento.
O que fazemos então é utiliza um circuito que vê a luz do
fósforo ou isqueiro para estabelecer então a corrente pela
lâmpada. Este circuito tem por base um LDR (Foto-Resistor) que
será instalado sob um pequeno furo, apontado diretamente para
a lâmpada e para o local onde deve ser posicionado o fósforo no
momento em que ela deve ser acesa, conforme mostra a figura 1.
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
LED. Esse resistor deve ser de 100 k ohms se a rede for de 220
V.
Para uma lâmpada até 40 W o SCR não precisa de
radiador de calor, mas para potências maiores será interessante
prender nesse componente uma chapinha de metal para ajudar a
dissipar o calor gerado.
Para que o efeito de mágica seja mais visível,
recomendamos usar uma lâmpada de vidro transparente, para
que todos vejam que no seu interior não existe nenhum truque.
-Montagem
Na figura 3 damos o diagrama completo da lâmpada
mágica.
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-Prova e Uso
Depois de conferir cuidadosamente a montagem, com
especial atenção para curto-circuitos, coloque uma lâmpada no
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
Figura 7 - posicionamento
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-Temas Transversais
A montagem desta lâmpada mágica pode ser inserida
como atividade prática ou para ilustrar aulas servindo de temas
transversais nas disciplinas de física.
O princípio de funcionamento dos LDRs, a propagação
retilínea da luz, realimentação e como funciona uma lâmpada
incandescente são alguns temas dos currículos que podem ser
lembrados com esta montagem.
Lista de Material
Semicondutores:
SCR – TIC106B (TIC106D) – Diodo Controlado de Silício ou SCR
D1 – 1N4002 ou equivalente – diodo de silício
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
Diversos:
X1 – Lâmpada incandescente de 15 a 60 W
LDR – Foto-Resistor (LDR) – comum
Placa de circuito impresso ou ponte de terminais, cabo de força,
soquete para a lâmpada, caixa para montagem, fios, parafusos e
porcas, solda, etc.
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LÂMPADA MÁGICA II
Divirta-se! Deixe seus amigos perplexos acendendo uma
lâmpada com um fósforo ou isqueiro e apagando-a com um
sopro! Isso mesmo, é uma lâmpada comum (incandescente), mas
que funciona como uma vela. Algo para você montar, apostar
com seus amigos que realmente existe e depois divertir-se a
valer diante de sua perplexidade.
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-Como Funciona
Já demos a entender na introdução que o segredo desta
lâmpada está num circuito que ”sente" a presença de luz de um
fósforo ou isqueiro nas suas proximidades.
Na verdade, o responsável, pela tarefa de ”ver" a luz do
fósforo ou isqueiro é um LDR (light dependent resistor) que é um
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Figura 3 – O LDR
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
-Os Componentes
Todos os componentes usados nesta montagem são
comuns em nosso mercado havendo a possibilidade até de
aproveitamento de velhos rádios, televisores ou outros fora de
uso.
Começamos com a caixa que pode ser de qualquer
material desde que, totalmente opaca (não deve passar luz de
modo algum). A caixa deve ser totalmente vedada, com exceção
do local onde vai o LDR para que a luz ambiente não prejudique o
seu funcionamento. Na figura 5 temos a nossa sugestão de caixa.
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-Montagem
Para a montagem você deve usar um soldador pequeno
(máximo 30 W); solda de boa qualidade, alicate de corte lateral,
alicate de ponta fina e chaves de fenda.
Comece preparando a caixa onde vai ser montado o
aparelho e fixando o suporte da lâmpada e o potenciômetro.
Passe o cabo de alimentação e dê um nó na sua ponta para que
ele não escape. Se a caixa for metálica ou de material fino, use
uma borracha de passagem para evitar que as bordas afiadas do
furo cortem o fio (figura 6).
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-Prova
Ligue o plugue na tomada. Coloque o dedo no furo que
deixa a luz incidir no LDR e ao mesmo tempo, vá girando o
potenciômetro que controla a sensibilidade até conseguir um
ponto pouco antes de a lâmpada acender.
Veja que, atuando sobre o controle de sensibilidade nestas
condições estando o aparelho bom, deve haver uma faixa em que
a lâmpada permanece apagada e outra em que ela permanece
acesa.
Em seguida, tire o dedo do furo e coloque a lâmpada
mágica numa posição em que a iluminação ambiente permita a
formação de uma sombra da própria lâmpada (dê preferência às
lâmpadas de vidro translúcido para melhor funcionamento) sobre
o furo, conforme mostra a figura 10.
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
LISTA DE MATERIAL
SCR - MCR106, IR106, C106 ou TIC106 - para 200 V se a
rede for de 110 V e para 400 V se a rede for de 220 V.
D1 - 1N4004 ou BY127 - diodo de silício
P1 - potenciômetro de 1M ou 2M2
R1 – 150 k x 1/8 W - resistor (marrom, verde, amarelo) –
110 V – 220 k x 1/8 W - resistor (vermelho, vermelho,
amarelo)
R2 - 15k x 1/8 W - resistor (marrom, verde, laranja)
LDR - Foto resistor comum LDR
L1 - lâmpada incandescente (15 à 100 W)
Diversos: cabo de alimentação, suporte para a lâmpada,
knob para o potenciômetro, pontes de terminas, caixa,
parafusos, porcas, borracha de passagem, fios, etc.
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ABAJUR DE TOQUE
Tocando em qualquer parte do abajur, a lâmpada acende e
assim permanece por um intervalo de tempo pré-determinado.
Também podemos usar o mesmo circuito para acender uma
lâmpada no teto, sem a necessidade de um interruptor que pode
ser difícil de localizar. Outras aplicações incluem o acionamento
de pequenas estufas ou motores universais por tempo pré-
determinado. O circuito funciona tanto na rede de 110 V como
220 V.
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
-Como Funciona
O circuito integrado 7555 ou TLC7555 consiste na versão
CMOS, ou seja, com transistores de efeito de campo na entrada,
do conhecido timer 555.
Os transistores de efeito de campo na entrada de disparo
(pino 2) conferem a este componente uma enorme sensibilidade.
Assim, o simples toque dos dedos neste pino,
convenientemente polarizado, faz com que a tensão caia a um
nível suficientemente baixo para provocar o seu disparo.
Na figura 1 temos a configuração básica de monoestável
para este componente.
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-Montagem
Começamos por dar o diagrama completo do aparelho na
figura 2.
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Figura 4 – O sensor
-Prova e Uso
A prova pode ser feita logo que o projeto esteja montado.
Basta ligar o aparelho na tomada, colocar P1 na posição de
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Lista de Material
Semicondutores:
CI-1 – 7555 – circuito integrado CMOS
SCR – TIC106B (110 V) ou TIC106D (220 V) – diodo controlado de
silício
D1 – 1N4004 ou 1N4007 – diodo de silício – ver texto
Z1 – Diodo zener de 9 V x 1 W
Capacitores:
C1 – 10 nF – capacitor cerâmico ou poliéster
C2 – 1 pF – capacitor cerâmico (ver texto)
C3 – 10 uF a 47 uF x 16 V – capacitor eletrolítico
C4 – 100 nF – capacitor cerâmico ou poliéster
C5 – 1000 uF x 16 V – capacitor eletrolítico
Diversos:
F1 – 4 A – fusível
L1 – Lâmpada incandescente comum até 200 W
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
CHAVE SÔNICA
Eis um projeto que encontra muitas aplicações práticas
interessantes: trata-se de um sistema sensor que pode disparar
um alarme, acender uma lâmpada, ativar um transmissor ou ligar
um gravador, ao menor som ambiente. Os radioamadores
poderão utilizar este circuito para eliminar a chave no microfone
(PTT), pois ao falar, sua própria voz desligará a recepção e
ativará o transmissor. A sensibilidade do aparelho é excelente e
sua montagem é bastante simples.
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Características do Circuito
Circuitos integrados: 2
Alimentação: 6 ou 12 V
Corrente de espera (tip.): 5 mA
Tipo de operação: monoestável
Faixa de tempos: 1 a 100 segundos
Carga máxima: 2 A
Tipo de microfone: 4 a 600 ohms (dinâmico)
-Como Funciona
Basicamente o sistema tem duas etapas: um sistema de
sensoriamento e um sistema de disparo.
O sistema de sensoriamento tem, como elemento
principal, um microfone dinâmico (que pode ser uma cápsula
telefônica, um microfone de gravador ou mesmo um pequeno
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-Montagem
O diagrama completo do aparelho é mostrado na figura 3.
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-Prova e Uso
Para a prova, podemos nos orientar pelo estalido que o
relé dá ao ser ativado, que também pode ser observado pela
movimentação dos contatos se o tipo for de invólucro plástico
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LISTA DE MATERIAL
CI-1 - CA3140 - circuito integrado
CI-2 - 555 - circuito integrado
Q1, Q2 - BC548 ou equivalentes - transistores NPN de uso geral
D1 - 1N4148 - diodo de silício de uso geral
MIC - microfone dinâmico de 200 a 600 ohms (ver texto)
K1 – 6 V ou 12 V microrrelé DIL
S1 - chave de 1 polo x 2 posições (ou H)
S2 - interruptor simples (ou conjugado a P1)
P1 - 4M7 - potenciômetro (Iin ou Iog)
P2 - 1M - potenciômetro (Iin ou Iog)
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
TELEPATIA ELETRÔNICA
Uma mágica simples, mas extremamente convincente, que
pode ser feita com recursos eletrônicos: um pequeno transmissor,
oculto em um radinho do tipo “Orelhinha” (*), escondido por
baixo do cabelo da parceira do telepata Com certeza vai fazer
sucesso em números de teatro e animação de festas, pois
ninguém vai descobrir de que modo “mensagens telepáticas” são
transmitidas.
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-Como Funciona
O leitor deve montar basicamente apenas o transmissor,
já que o receptor é um radinho tipo “orelhinha”, a ser fixado no
ouvido
O transmissor tem duas etapas: uma, osciladora de alta
frequência, que opera na faixa de ondas médias e que tem por
base um transmissor TlP31.
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-Montagem
Na Figura 2, temos o circuito completo do transmissor
telepático.
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Figura 5 – O manipulador
-Prova e Uso
A prova de funcionamento é feita com seu “orelhinha" ou
com qualquer outro rádio de ondas médias sintonizado num ponto
livre da faixa, ou seja, numa frequência em que não haja
estações.
Coloque o radinho a uma distância de uns 3 metros do
transmissor e acione S2.
Em seguida, aperte S1 e ajuste o variável CV até ouvir o
apito do transmissor claramente no radinho.
Se nada acontecer, confira as ligações de Q2 e
principalmente de L1. Veja também se não há algum problema
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CÓDIGO MORSE
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
LISTA DE MATERIAL
Q1, Q2 - BC548 ou equivalentes – Transistores NPN
Q3 - TIP31 ou equivalentes - transistor de potência NPN
L1 - Bobina de antena (ver texto)
CV - Capacitor variável para AM
S1 - Interruptor de pressão (ver texto)
S2 - Interruptor simples
B1 – 6 V - 4 pilhas pequenas
R1, R4 - 2k2 x 1/8 W - resistores (vermelho, vermelho, vermelho)
R3, R2 – 47 k x1/8 W - resistores (amarelo, violeta, laranja)
R5 - 8k2 x 1/8 W - resistor (cinza, vermelho, vermelho)
C1, C2 – 22 nF - capacitores cerâmicos (223)
C3 – 47 nF - capacitor cerâmico (473)
C4 – 100 nF - capacitor cerâmico (104)
Diversos: 1 rádio “Orelhinha“, ponte de terminais, suporte para 4
pilhas pequenas, caixa para montagem, solda, bastão de ferrite, fios
esmaltados ou comuns para enrolar a bobina, radiador de calor para
Q3 (optativo), etc.
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PISCA-PISCA MISTERIOSO
Existem muitos circuitos de pisca-pisca para o leitor
montar. O que oferecemos neste artigo, entretanto, é algo
interessante: um circuito experimental de potência que pode
alimentar lâmpadas de até 100 W que apresenta uma
característica incomum para o leitor estudar. Mesmo sem usar
foto-células ou transdutores semelhantes este circuito é sensível
à luz.
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Figura 5 – O SCR
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-Os Componentes
Os componentes usados nesta montagem são comuns,
não oferecendo dificuldade alguma de obtenção mesmo pelos
menos experientes.
Se a montagem for experimental, ela pode ser realizada
numa base de material isolante na qual serão fixados os
componentes.
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-Montagem
Para a montagem o leitor não precisará de nenhum
equipamento especial. As ferramentas são comuns: um soldador
de pequena potência (máximo 30 W), um alicate de corte lateral,
um alicate de ponta fina, chave de fendas e o que for necessário
para a realização da parte mecânica.
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-Prova e Operação
Estando o aparelho em perfeitas condições e não faltando
nada, coloque no suporte uma lâmpada de até 100 W e ligue o
cabo de alimentação à tomada.
Conforme os pontos em que os potenciômetros estiverem
ajustados o aparelho já poderá entrar em funcionamento com a
lâmpada neon e a lâmpada incandescente piscando
ritmadamente.
Se isso não acontecer, ajuste inicialmente o potenciômetro
P2 de 10 k até obter as piscadas da lâmpada neon e da lâmpada
principal. A seguir, ajuste o outro potenciômetro para obter a
frequência desejada para as piscadas.
Se apenas a lâmpada neon piscar, não se obtendo a
piscada da lâmpada incandescente que permanece acesa
continuamente é indicativo de que o SCR se encontra com
problemas devendo ser substituído.
Para obter maior frequência das piscadas o leitor pode
ligar em paralelo com o capacitor outro de mesmo valor, obtendo
com isso maior capacitância total.
Comprovado o funcionamento perfeito, ajuste o aparelho
para piscar a uma velocidade de uma piscada por segundo
aproximadamente.
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
-A Origem do Mistério
Já descobriu qual é o componente sensível à luz neste
pisca-pisca? Poderia o prezado leitor me dizer por que isso
acontece? Não? Então, neste caso aqui vão as explicações:
Sim, realmente, é a lâmpada neon que manifesta
sensibilidade à luz modificando o comportamento do circuito. A
razão disto está no seu próprio princípio de funcionamento, não
se constituindo mistério a não ser para os que não estejam
familiarizados com este componente.
A lâmpada neon ioniza e, portanto, acende porque a
tensão entre os eletrodos em seu interior atinge o valor
necessário a liberação dos elétrons do gás inerte (neon) existente
em seu interior.
Ora, a tensão que o gás precisa para ionizar depende
fundamentalmente da energia de ligação dos elétrons aos
átomos.
Esta energia, entretanto, pode não só ser suprida pela
tensão que é aplicada à lâmpada como também pela luz. Assim,
quando o gás se encontra iluminado, a tensão para ionizá-lo de
origem elétrica pode ser menor o que significa uma mudança nas
características elétricas do circuito, ou seja, em sua frequência.
Lista de Material
SCR - MCR106, IR106, TIC106 ou C06 -para 200 V se a rede for de
1110 V ou para 400 V se a rede for de 220 V.
NE-1 - lâmpada neon NE-2H ou equivalente
D1, D2 - 1N4004 ou BY127- diodos de silício
C1 - capacitor de poliéster metalizado 1 ou 1,5 uF x 250V
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
ROLHA MÁGICA
Mágicas e truques interessantes podem ser feitos com a
ajuda da eletrônica. Se você gosta de impressionar seus amigos
com truques e mágicas, por que não utilizar recursos eletrônicos?
Simples de montar, esta “mágica” sem dúvida deixará seus
amigos impressionados. Uma rolha que salta com um gesto seu,
mas que não obedece outras pessoas que não conhecem o
segredo.
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-Como Funciona
O segredo do salto da rolha está num dispositivo
denominado "solenoide", que nada mais é do que uma bobina
com muitas voltas de fio esmaltado fino enrolado em um núcleo
de metal livre, conforme mostra a figura 2.
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
Figura 2 – O solenoide
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-Material
O solenoide é o único componente que deve ser montado
pelo leitor.
Este solenoide consiste em aproximadamente 400 voltas
de fio esmaltado 28 enrolado em um carretel com as dimensões
dadas na figura 7.
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Figura 7 – O solenoide
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-Montagem
Para a montagem tudo que o leitor precisa é de um bom
soldador e algumas ferramentas adicionais comuns, conforme
dissemos na introdução.
Na figura 9 temos então o diagrama completo do aparelho.
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-Prova e Uso
Coloque o aparelho em funcionamento, deixando como
núcleo do solenoide um parafuso de 2,5 cm x 1/8, o qual deve
correr livremente no seu interior. O parafuso fica apenas com uns
0,5 cm de sua ponta para dentro do solenoide na posição de
repouso.
Ligue o aparelho na tomada e veja se o núcleo (parafuso)
do solenoide vibra.
Coloque o aparelho sob uma lâmpada na sala, de modo
que a luz incida quase verticalmente no LDR.
Ajuste o potenciômetro até que o parafuso pare de vibrar,
ficando em repouso, apoiado na parte inferior da peça que o
segura.
Passando a mão na frente do LDR de modo a fazer
sombra, o parafuso deve saltar. Colocando uma rolha no pequeno
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
Lista de Material
SCR - MCR106, C106, TIC106 ou IR106 para 400 V
D1 - 1N4004 ou 1N4007 - diodo de silício
LDR - LDR comum redondo
C1 - 16 ou 32 uF x 350 V - capacitor eletrolítico (para baixo de
chassi)
RI - 1k x 5 W - resistor de fio
R2 - 1M5 x 1/8 W - resistor (marrom, verde, verde)
P1 – 470 k potenciômetro
X1 - solenoide (ver texto)
Diversos: ponte de terminais, fio esmaltado, cabo de alimentação,
parafusos, porcas, caixa para montagem, etc.
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NEWTON C. BRAGA
GRILO ELETRÔNICO
Eis mais uma versão de um circuito que emite um som
semelhante ao grilo e que pode ser usado em brincadeiras,
brinquedos, animações, etc. Com ele podemos fazer brincadeiras
como deixá-lo nas proximidades de um vaso de flores ou mesmo
no jardim que todos terão a impressão de que existe um grilo de
verdade escondido. Se o vaso estiver numa sala, certamente
todos procurarão localizar o grilo e ficarão surpresos em descobrir
que se trata de um aparelho eletrônico.
Além desta simples brincadeira, este circuito também tem
outras finalidades práticas, que podem ser interessantes, como
por exemplo, ajudar na obtenção de efeitos sonoros num teatro,
onde haja uma cena noturna e seja preciso um fundo com o som
de grilos, ou ainda para fazer parte de um brinquedo, instalando-
o dentro de um inseto de madeira ou plástico.
Alimentado com uma bateria de 9 V, este grilo apresenta
um consumo de corrente muito baixo, o que representa uma boa
durabilidade para a fonte de energia.
Usamos dois 'integrados e o transdutor é um buzzer
cerâmico de pequenas dimensões, o que permite uma montagem
muito compacta para a unidade.
-Como Funciona
São usados dois integrados 555, que funcionam como
osciladores sendo que, um opera numa frequência muito baixa,
determinando os intervalos entre as emissões de som pelo
grilinho, e o outro, numa frequência da faixa de áudio no limite
superior, bastante agudo portanto, imitando, assim, o inseto.
No primeiro oscilador a duração do sinal e a interrupção
são dadas por R1, R2 e C1.
Alterações nos valores destes componentes podem ser
feitas de acordo com o som desejado.
Não deixe, entretanto, que R1 ou R2 seja menor que 2k2.
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
-Montagem
Na figura 1 temos o diagrama completo do aparelho.
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NEWTON C. BRAGA
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
-Prova e Uso
Ligando S1 deve haver emissão de som.
Não há qualquer ajuste a ser feito.
Se quiser alterar o som, mude os valores dos capacitores
C1 e C2.
Comprovado o funcionamento, basta fazer a instalação
definitiva e utilizar da melhor maneira o aparelho, lembrando que
o consumo de corrente é baixo e que ele pode ficar bastante
tempo ligado, sem problemas.
LISTA DE MATERIAL
CI-1, Cl-2 - 555 - circuitos integrados - timer
Buzzer - buzzer cerâmico comum
S1 - interruptor simples
Bi- 9 V - bateria
C1, C3 – 10 uF - capacitores eletrolíticos
C2 – 10 nF - capacitor cerâmico ou de poliéster
R1, R3, R4 - 22k - resistores (vermelho, vermelho, laranja)
R2 - 27k - resistor (vermelho, violeta, laranja)
Diversos: placa de circuito impresso ou matriz de contatos,
conector para bateria de 9 V, soquetes DlL de 8 pinos para os
integrados, caixa para montagem, fios, solda etc.
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NEWTON C. BRAGA
MOVIMENTO MISTERIOSO
Aperte um botão (S1) e uma agulha sem conexão elétrica
alguma se move misteriosamente. Esta montagem, baseada na
Experiência de Oersted pode servir como curiosidade ou em
demonstrações em feiras de ciências.
Quando S1 é pressionado, o capacitor que se carrega via
R1 se descarrega através de uma bobina criando assim um forte
campo magnético capaz de movimentar uma agulha colocada a
alguma distância.
Se o capacitor tiver um valor elevado e o circuito
alimentado com tensões de 6 a 9 V, o movimento pode ser
brusco mesmo a uma boa distância e a agulha pode dar diversas
voltas, numa espécie de motor magnético.
A bobina é formada por dois enrolamentos com 20 a 100
espiras de fio esmaltado fino numa pequena caixa que poderá ser
vista nas figuras seguintes. A agulha pode ser uma pequena
bússola. Assim, na figura 1 temos o diagrama para o
experimento.
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
Lista de Material
B1- 3 V – duas pilhas pequenas
R1 – 1 k ohms x 1/8 W- resistor – marrom, preto, vermelho
C1 – 470 uF a 1 500 uF (ou mesmo 2 200 uF) x 6 V ou mais –
capacitor eletrolítico
S1 – Interruptor de pressão
L1 – Bobina – ver texto
Diversos: ponte de terminais, agulha imantada, fios, suporte de
pilhas, solda, etc.
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NEWTON C. BRAGA
SALTO MISTERIOSO
Nesta experiência demonstramos de uma maneira curiosa
a conversão de energia elétrica em energia mecânica. Bolinhas de
papel são jogadas para cima na conversão da energia, obtida a
partir de uma pilha comum.
Na verdade, o ciclo de conversão de energia é maior com
a conversão de energia química em elétrica, elétrica em mecânica
no alto-falante, jogando bolinhas para cima e também com o
estalo audível que é produzido.
Temos ainda o armazenamento de energia elétrica num
capacitor, numa etapa intermediária.
-Funcionamento
No circuito apresentado, a pilha fornece energia elétrica a
um capacitor que então se carrega. Quando S é pressionado, a
energia armazenada no capacitor é transferida para o alto-falante
por uma forte corrente.
O resultado é o surgimento de uma força que impulsiona o
cone do alto-falante, fazendo com que ele lance pelotinhas de
papel ou grãos de feijão para cima e ainda produza som.
-Montagem
Na figura 1 temos o circuito eletrônico usado na
experiência.
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
Figura 1
Figura 2
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NEWTON C. BRAGA
-Demonstração
Encostando um fio no outro ou pressionando S1 deve
haver um estalido no alto-falante e as bolinhas devem saltar. Se
o salto for muito pequeno, inverta as ligações do alto-falante.
Faça um diagrama do aparelho e explique seu
funcionamento
Explique como funcionam os alto-falantes
Lista de Material:
C1 – 470 uF a 1 000 uF- capacitor eletrolítico
S1 – Interruptor de pressão
R1 – 470 ohms x 1/8 W- resistor – amarelo, violeta, marrom
B1- 4 pilhas pequenas
FTE- alto-falante de 4 ou 8 ohms,
Diversos:
Ponte de terminais, suporte de pilhas, fios, solda, bolinhas de papel,
isopor ou grãos de feijão.
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
-Som Misterioso
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
-Telégrafo
Na figura 5 temos o modo de se montar um telégrafo
experimental de duas vias usando dois alto-falantes.
-Adivinhação do Pensamento
Com o arranjo mostrado na figura 6 podemos fazer uma
mágica que consiste em adivinhar o número que uma pessoa
escreve num quadro, mesmo estando de olhos vendados.
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NEWTON C. BRAGA
-Pula-Pula
Este arranjo demonstra as vibrações do alto-falante
utilizando bolinhas de isopor ou ouro material leve no arranjo
mostrado na figura 7.
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
Figura 7 – O pula-pula
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NEWTON C. BRAGA
-Alto-Falante de Prova
Finalmente, você pode instalar seu alto-falante numa
pequena caixa acústica e ligar fios com garras aos seus terminais,
conforme mostra a figura 8.
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
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NEWTON C. BRAGA
LÂMPADA DE RAIOS
Uma montagem extremamente atraente quanto aos
efeitos, é a lâmpada ou abajur de raios. Uma lâmpada comum de
alta potência "gera" campos de alta tensão capazes de produzir
faíscas de grande porte, e até acender uma lâmpada fluorescente
sem contacto algum, pela simples aproximação! Esse verdadeiro
efeito "mágico" é excelente para demonstrações em palestras,
aulas, feiras de ciências e mesmo em festas. Já publicamos este
circuito em diversas versões, mas com a que apresentamos agora
é a que, mesmo usando componentes tradicionais, usamos em
nossas aulas e demonstrações. Assim, o que descrevemos é uma
versão bipolar tradicional da lâmpada de raios.
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
Características:
Tensão de alimentação: 110/220 VCA
Frequência de operação (alta tensão): 100 Hz a 10 kHz
Tensão na lâmpada (raios): 15 000 a 40 000 volts
Tensão no setor de baixa potência: 12 a 16V
Consumo: 50W (tip)
-Como Funciona
As lâmpadas incandescentes modernas (que já estão se
tornando obsoletas), para não se tornarem muito frágeis devido à
pressão atmosférica (externa), não têm o vácuo no seu interior.
Essas lâmpadas, em lugar disso, são cheias com uma
mistura de gases inertes como o neônio, argônio, e outros.
O resultado disso, é que, estando com uma pressão algo
baixa, esses gases se ionizam com certa facilidade quando
submetidos à alta tensão, quando então se tornam condutores
emitindo uma luminosidade cuja coloração depende de sua
natureza.
Assim, conforme a lâmpada, na ionização os "filetes" ou
raios ionizados podem ter coloração que vai do vermelho,
passando pelo verde e até chegando ao amarelo e azul.
Se a tensão aplicada nessa lâmpada for baixa, a corrente
só pode passar pelo seu filamento, aquecendo e havendo então a
emissão de luz, da forma convencional.
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
-Montagem
O diagrama completo do aparelho é mostrado na figura 3.
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
-Prova e Uso
Confira bem a montagem e, se tudo estiver em ordem,
coloque no soquete uma lâmpada de 150 W a 300 W comum. (*)
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
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NEWTON C. BRAGA
LISTA DE MATERIAL
Semicondutores:
CI-1 - 7812 - circuito integrado, regulador de tensão
CI-2 - 4093B - circuito integrado CMOS
Q1 - TIP31C - transistor NPN de potência
Q2 - BUY69A - transistor NPN de alta potência
D1, D2 - 1N5402 ou 1N5404 - diodos retificadores
Capacitores:
C1 - 4 700 uF/50V - eletrolítico
C2 - 100 uF/16V - eletrolítico
C3 - 10 nF - poliéster ou cerâmico
Diversos:
S1 - Interruptor simples
F1 - 2 A - fusível
T1 - Transformador com primário de acordo com a rede de energia
e secundário de 12+12 V ou 15+15 V com pelo menos 2A
T2 - Transformador de saída horizontal (flyback) de qualquer tipo -
ver texto
Placa de circuito impresso, cabo de alimentação, suporte de fusível,
soquete DIL para o circuito integrado CI-2, soquete para a lâmpada,
caixa de madeira de 22 x 22 x 16 cm, radiador de calor grande para
Q2, fio rígido, fio comum, botão para o potenciômetro, radiador
pequeno para Q1, solda, material para experiências (fluorescente,
lâmpada neon), etc.
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
O JOGO DA TRAVESSIA
Um homem, levando um lobo, uma cabra e um pé de
alface deseja atravessar um rio. Entretanto, só dispõe de um
barco que pode levar um dos "passageiros" de cada vez. Se levar
o lobo, a cabra come o pé de alface; se levar o pé de alface, o
lobo come a cabra. Como fazer para atravessar os três? Na
introdução resumimos o que se deseja desse jogo, na sua versão
original. Com o circuito que descrevemos, temos uma versão
eletrônica em que um circuito lógico dispara um alarme sempre
que uma situação indesejada for alcançada. Em suma, quando
houver a possibilidade de um comer o outro, o alarme tocará. A
função do jogador é, portanto, atravessar os três "passageiros"
sem deixar um comer o outro, levando apenas um de cada vez.
(figura 1)
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NEWTON C. BRAGA
Figura 1 – O problema
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
-Como Funciona
Podemos dizer que o nosso circuito consta basicamente de
um sistema lógico capaz de fornecer uma saída quando uma
situação indesejada é estabelecida, acionando com isso um
circuito oscilador que emite o som de alarme.
Cada potenciômetro pode ser deslocado para cima ou para
baixo, colocando suas extremidades num potencial bastante
baixo, já que os cursores se encontram ligados à terra (figura 3).
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NEWTON C. BRAGA
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
Figura 4 - O SCR
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NEWTON C. BRAGA
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
-Montagem e Componentes
Para a montagem deste jogo, o leitor necessitará das
ferramentas que normalmente são empregadas nos trabalhos de
eletrônica, ou seja, um ferro de soldar de pequena potência
(máximo de 30 Watts), solda de boa qualidade, um alicate de
corte, um alicate de ponta e chaves de fenda. As ferramentas
para a elaboração da caixa que alojará o aparelho também devem
ser consideradas neste caso.
Com relação aos componentes usados temos duas
observações a ser feitas:
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NEWTON C. BRAGA
b) O transformador do oscilador.
O transformador utilizado no circuito do oscilador é do tipo
miniatura encontrado normalmente nos circuito de saída de
rádios portáteis.
Esses transformadores possuem um primário com tomada
central com uma impedância entre 200 e 1.000 ohms e um
secundário de 8 ohms, ou seja, de acordo com o alto-falante
usado. (figura 7) Se na montagem, o oscilador' não desligar
quando volta de uma situação permitida, deve o leitor procurar
substituir um com características que melhor se adapte à
finalidade do projeto.
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
-Solução
a) Leve o homem e a cabra para a outra margem do rio,
pois ficando de um lado o lobo e o alface não acontece nada,
porque o lobo não come alface!
130
NEWTON C. BRAGA
LISTA DE MATERIAL
R1, R2, R3, R4 - 22 K ohms x 1/4 W - resistor (vermelho, vermelho,
laranja)
R5 – 10 K ohms x 1/4 W - resistor (marrom, preto, laranja)
R6 – 100 K ohms x 1/4 W - resistor (marrom, preto, amarelo).
R7 - 2,2 K ohms x 1/4 W - resistor (vermelho, vermelho, vermelho).
R8 – 47 K ohms - trimpot
P1, P2, P3, P4 - potenciômetros slide de 1M ohms ou 500 K ohms.
(470k)
D1, D2, D3, D4, D5, D6, D7, D8, D9 - diodos de silício comum
(1N914 ou equivalente).
SCR - TIC1 O6, MCR106, C1O6 - diodo controlado de silício para 50
V ou mais.
Q1 - BC307, BC308, BC309 - transistor. (BC547, 548 ou BC549)
T1 - transformador de saída para transistores (ver texto).
FTE - alto-falante de 8 ohms.
B1 - 2 pilhas pequenas ligadas em série.
S1 - Interruptor simples.
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
OBSERVAÇÕES
a) No caso da versão com chaves reversíveis,
em lugar de P1, P2, P3 e P4, devem ser
adquiridas:
Sa, Sb, Sc, Sd - chaves reversíveis 2 polos x
2 posições ou 1 polo por duas posições,
alavanca, faca ou deslizantes.
132
NEWTON C. BRAGA
QUEBRA-CABEÇAS ELETRÔNICO
Um jogo de paciência em que o competidor deve
encontrara combinação única de chaves que permita acender as
lâmpadas do painel. Para dificultar mais ainda o jogo, quando
você descobrir uma combinação, ela pode ser facilmente trocada.
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
-Montagem
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NEWTON C. BRAGA
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
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NEWTON C. BRAGA
Lista de Material
QUEBRA-CABEÇAS
L1 à L4 - lâmpadas de 6 V X 50 mA (Philips 7121 D ou equivalente)
(ver texto)
S1 à S10 - Chaves H deslizantes ou alavanca
S2- interruptor simples
B1 – 6 V - 4 pilhas médias
Diversos: caixa para a montagem, suporte para 4 pilhas, fios, solda,
etc.
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
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NEWTON C. BRAGA
-Suas características:
Carga máxima: 800 watts (110 V) 1 600 watts (220 V)
Faixa de tempos: 1 a 40 segundos
Tensões de alimentação: 110 ou 220 V CA
-O Circuito
O tempo que ocorre entre o início de um semiciclo da
alimentação e o ponto em que é gerado o pulso de disparo do
triac determina a potência que é aplicada à carga (lâmpada).
Se o pulso ocorrer com pequeno retardo, o disparo ocorre
no início do semiciclo e a maior potência é aplicada à carga.
No caso, esta carga é a lâmpada que acende com o
máximo brilho.
Se o pulso for aplicado no final do semiciclo, menos
potência é levada à carga e o brilho da lâmpada é menor (figura
2).
139
Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
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NEWTON C. BRAGA
-Montagem
Na figura 3 temos o diagrama completo de nosso aparelho.
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
-Prova e Uso
Para provar o aparelho, coloque uma lâmpada a partir de
5 watts como carga (L1), ligue a unidade e ajuste P1 para que
seja obtido o mínimo de brilho ou então aproximadamente 1/3 do
brilho máximo.
Depois ajuste P2 para obter ciclos de variação de brilho,
na frequência desejada.
Volte então a ajustar P1 para que a variação de brilho da
lâmpada ocorra entre o máximo e zero, com acendimento brusco.
142
NEWTON C. BRAGA
LISTA DE MATERIAL
Triac - TIC226 para 200 V se sua rede for de 110 V ou para 400 V
se sua rede for de 220 V
Q1, Q3 - 2N2646 - transistores unijunção
Q2 - BC548 ou equivalente - transistor NPN de uso geral
D1 - 1N4004 ou 1N4007 - diodo de silício
L1 - lâmpada até 800 watts na rede de 110 V e até 1600 watts na
rede de 220 V
P1, P2 - 100k - trimpots ou potenciômetros
F1 - fusível de 10 A
S1 - interruptor simples
R1, R2 – 33 k x 1 W - resistores (laranja, laranja, laranja) para a
rede de 110 V ou 56 k x 1 W - resistores (verde, azul, laranja) para
a rede de 220V
R3, R9 - 470 ohms x 1/8 W - resistores (amarelo, violeta, marrom)
R4 - 330 ohms x 1/8 W - resistor (laranja, laranja, marrom)
R5, R8 – 10 k x 1/8 W – resistores (marrom, preto, laranja)
R6 - 2k2 x 1/8 W - resistor (vermelho, vermelho, vermelho)
R7 – 100 k x 1/8 W - resistor (marrom, preto, amarelo)
R9 - 470 ohms x 1/8 W - resistor (amarelo, violeta, marrom)
Cl – 10 nF - capacitor cerâmico
C2 – 100 nF - capacitor cerâmico ou de poliéster
C3 – 1 000 uF x 25 V - capacitor eletrolítico
C4 – 100 uF x 25 V - Capacitor eletrolítico
Diversos: placa de circuito impresso, caixa para montagem, cabo
de alimentação, suporte para fusível, radiador de calor para o triac,
soquete para a lâmpada ou lâmpadas controladas, knobs para os
potenciômetros, fios, solda etc.
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
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NEWTON C. BRAGA
MOLA MÁGICA
Eis um circuito interessante para ser usado em
demonstrações de física envolvendo transformação de energia e
campos magnéticos. Na figura temos o diagrama de uma "mola
mágica" que funciona da seguinte maneira.
Quando o circuito é energizado a molda se encontra
distendida com a ponta encostando num sensor de metal. Nestas
condições o capacitor C carrega-se e o transistor é polarizado no
sentido de conduzir uma forte corrente que circula pela molda.
O resultado é que a mola se contrai, desfazendo o
contacto com o sensor. Depois de algum tempo, o capacitor que
retém a carga e polariza o transistor se descarrega cortando a
corrente no transistor. A mola se distende novamente e com isso
um novo contacto é estabelecido com nova contração.
Dimensionando bem o capacitor e a mola podemos fazê-la
contrair e distender num movimento contínuo. Uma mola típica
terá de 100 a 200 espiras de fio 28. Um resistor limitador de
corrente pode ser interessante para evitar o aquecimento tanto
do transistor como da própria mola.
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Mágicas, Truques e Quebra-Cabeças com Eletrônica
www.mouser.com
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