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FACULDADE CATÓLICA DE POUSO ALEGRE

NATAN FELIPE DA SILVA

A ABERTURA NA VIDA INTELECTUAL SEGUNDO JOÃO


BATISTA LIBÂNIO

POUSO ALEGRE
2019
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NATAN FELIPE DA SILVA

A ABERTURA NA VIDA INTELECTUAL SEGUNDO JOÃO


BATISTA LIBÂNIO

Trabalho de resumo do quinto capítulo da


obra Introdução à vida intelectual de
João Batista Libânio apresentado à
disciplina de Metodologia Científica do
Curso de Bacharelado em Filosofia, da
Faculdade Católica de Pouso Alegre,
orientado pelo Prof. Dr. Pe. Daniel
Santini Rodrigues.

POUSO ALEGRE
2019
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SUMÁRIO

1. ABERTURA
1.1 ABERTURA NO NÍVEL CULTURAL............................................................................... 4
1.2 ABERTURA NO NÍVEL AFETIVO................................................................................... 5
1.3 ABERTURA NO NÍVEL TEOLOGAL............................................................................... 6
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INTRODUÇÃO

O presente resumo visa estimular o leitor a desenvolver sua intelectualidade a partir


da abertura ao diferente, ao novo e ao questionamento, ou seja, a vida intelectual se dá, dentre
outras maneiras, na abertura ao desconhecido. Isso posto Libânio busca no quinto capítulo de
seu livro evitar o atrofiamento intelectual evidenciando os níveis de abertura que,
necessariamente se manifestam pela verdade.
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1.1 ABERTURA NO NÍVEL CULTURAL

No nível cultural, pode-se dizer que é impossível separar cultura e tradição, pois, o
que move uma cultura é uma tradição como elemento essencial da mesma. A tradição por si só
não impulsiona o processo de reflexão, pela repetitividade acaba por anular a busca do novo.
Nesse contexto a abertura é a capacidade de estimular a crítica da tradição, do costume e do
comum. O que motiva todo esse processo é a busca da verdade. (LIBÂNIO, 2002, p. 81)
Desse caminho a ortodoxia1 e a concepção relativista2 não podem de modo algum
fazerem parte, sendo as duas concepções extremas e não-dialéticas. Porém, a dialética se mostra
eficaz, porque torna possível o diálogo, levando ambas as partes a construindo novas sínteses e
verdades. Outro modo eficaz, porém, abstrato a priori, é a teoria quântica, a qual trabalha com
o ser e o não ser da realidade. (LIBÂNIO, 2002, p. 82)
Quando o indivíduo atinge a idade adulta o risco maior, segundo o autor, é a
ortodoxia, em contrapartida, por conta do aparente brilho que a verdade pela verdade traz na
juventude, o agravante é o relativismo. Isso posto, a abertura cultural é a relação entre tradição
e novidade sem ignorar as particularidades de cada uma. A abertura intelectual em si lida com
a crise e a criação de paradigmas. (LIBÂNIO, 2002, p. 83)

1
Ortodoxia: Apego a ideias, princípios e situações estabelecidos; aversão a tudo o que é novo. (MICHAELIS, 2019)
2
Concepção relativista ou relativismo: Ponto de vista segundo o qual todo conhecimento é relativo, dependendo
do contexto situacional, que pode variar conforme as circunstâncias, não sendo possível considerá-lo verdade
absoluta. (MICHAELIS, 2019)
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1.2 ABERTURA NO NÍVEL AFETIVO

Pensar é algo nato do ser humano. E, por isso, a abertura se dá também na


afetividade o gostar ou não de determinado assunto. Por isso “a experiência ensina como
em muitas discussões ideológicas os fatores afetivos são mais relevantes que os
intelectuais.” (LIBÂNIO, 2002, p. 85).
A experiência nos educa a pensar que em “bate-bocas” ideológicos o que prevalece
é a afetividade com o tema. (LIBÂNIO, 2002, p. 85)
“A abertura só é possível na liberdade. E não há liberdade lá onde atuam o medo e
a insegurança inconscientes.” (LIBÂNIO, 2002, p. 85).
Nesse processo o individualismo e o autoritarismo atrapalham muito, o
conhecimento não pode de modo algum ser fechado porque não se aprecia determinado
tema.
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1.3 ABERTURA NO NÍVEL TEOLOGAL

Na perspectiva de fé pode-se dizer que cada indivíduo tem a sua concepção e que
necessariamente ele se fecha a novas visões sobre seu próprio credo. Prefere-se manter no
conhecimento já adquirido. (LIBÂNIO, 2002, p. 87)
Também faz parte do ser humano a busca pelo transcendente, a mesma pode
interferir no rendimento intelectual do indivíduo. (LIBÂNIO, 2002, p. 87) Para o autor, sob
a ótica teologal o homem pode reagir ao novo de 3 maneiras diferentes: fechando-se, fechar-
se a outras correntes de pensamento e abrindo-se de forma radical, com fé e amor, pois é no
amor que a fé se intensifica.
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CONCLUSÃO

A abertura é um processo árduo mas, se é feito contemplando a quebra de


paradigmas culturais e tradicionais, cultivando o respeito pelo trabalho de outrem, e se
permitindo-se a novas maneiras de pensar criando e cultivando sua harmonia espiritual,
intelectiva e afetiva propondo-se a absorver os conteúdos, consegue nutrir cada vez mais
seus conhecimentos sobre a realidade.
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REFERÊNCIAS

MICHAELIS. Dicionário online Michaelis, 01 mai. 2019. Disponível em


<https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/ortodoxia/>.
Acesso em 01 mai. 2019.

LIBÂNIO, J. B. Introdução à vida intelectual. São Paulo: Loyola, 2002.

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