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Conheça o Tesouro Nacional |

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CONHEÇA O TESOURO NACIONAL

1ª Edição
Brasília, 2011
MINISTÉRIO DA FAZENDA
Ministro, Guido Mantega
Secretário-Executivo, Nelson Barbosa

SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL


Secretário, Arno Hugo Augustin Filho

SUBSECRETÁRIOS
Assuntos Corporativos, Líscio Fábio de Brasil Camargo
Contabilidade Pública, Gilvan da Silva Dantas
Dívida Pública, Paulo Fontoura Valle
Planejamento e Estatísticas Fiscais, Cleber Ubiratan de Oliveira
Política Fiscal, Marcus Pereira Aucélio
Relações Financeiras Intergovernamentais, Eduardo Coutinho Guerra

COORDENAÇÃO-GERAL DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL


Coordenador-Geral, Manuel Augusto Alves Silva
Coordenador, Lélio Trida Sene
Gerente de Informação, Fabricio Moura Moreira
Gerente de Informação Substituto, Sheila Benjuino de Carvalho
Responsável Técnico, Guilherme Rocha da Silva
Editoração Eletrônica, Fábio Rogério Antunes

geifo.codin.df.stn@fazenda.gov.br
APRESENTAÇÃO

Com esta publicação apresentamos o Tesouro Nacional, uma insti-


tuição jovem, com atribuições essenciais para a saúde econômico-
financeira e o desenvolvimento do País.

Em sua breve história, o Tesouro Nacional desenvolveu projetos de des-


taque, como a gestão da Dívida Pública Federal, o Sistema Integrado
de Administração Financeira (SIAFI) e o aperfeiçoamento das relações
financeiras com Estados e Municípios. Mais recentemente, podem ser
destacadas a criação do Fundo Soberano do Brasil e a análise econô-
mico-fiscal dos Projetos de Investimentos Públicos.

Esta primeira edição do “Conheça o Tesouro Nacional” inicia-se com


um histórico dos 25 anos da instituição. Em seguida, apresentamos a
atual estrutura da Secretaria, inclusive o trabalho da área corporativa,
que proporciona às atividades finalísticas do órgão soluções em TI e
em desenvolvimento institucional. Finalizamos o livreto apresentando as
principais atribuições do Tesouro Nacional.

Arno Hugo Augustin Filho


Secretário do Tesouro Nacional
ÍNDICE

Histórico da Secretaria do Tesouro Nacional....................................9

O Tesouro Nacional hoje..............................................................11


Missão e Valores..................................................................11
Marca Tesouro.....................................................................12
Organograma.....................................................................12

Subsecretarias..............................................................................14
Subsecretaria de Assuntos Corporativos.................................14
Subsecretaria de Política Fiscal..............................................14
Subsecretaria da Dívida Pública............................................15
Subsecretaria de Relações Financeiras Intergovernamentais.....16
Subsecretaria de Planejamento e Estatísticas Fiscais................17
Subsecretaria de Contabilidade Pública.................................18

Gestão Institucional......................................................................19
Planejamento......................................................................19
Gestão de Processos............................................................20
Gestão de Pessoas...............................................................21
Comunicação Institucional....................................................23
Gestão Estratégica de TI.......................................................26

Atribuições do Tesouro Nacional...................................................28


CADIN................................................................................28
Contabilidade Governamental..............................................28
Dívida Pública Federal..........................................................30
Empresas Estatais.................................................................32
Estados e Municípios............................................................34
Estatísticas Fiscais.................................................................36
Financiamento às atividades agropecuárias, agroindustriais,
industriais e habitacionais.....................................................37
Financiamento às Exportações..............................................38
Fundo Soberano do Brasil....................................................39
Fundos Federais...................................................................40
Guia de Recolhimento da União...........................................42
Haveres Contratuais.............................................................43
Investimento Público.............................................................44
Política Fiscal.......................................................................45
Programação Financeira.......................................................45
SIAFI...................................................................................46
Sistema de Operações do Tesouro Nacional..........................47
Tesouro Direto.....................................................................47
Transferências Governamentais.............................................49
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HISTÓRICO DA SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL

Ao longo de sua existência, a Secretaria do Tesouro Nacional foi ao


mesmo tempo a evolução da institucionalidade de gestão e o aperfei-
çoamento dos controles do gasto público no Brasil. Sua criação, em
1986, como órgão central dos Sistemas de Administração Financeira
Federal e de Contabilidade Federal, inaugurou um processo de moder-
nização institucional que colocou a execução da política fiscal no Brasil
no estado da arte dos grandes países democráticos.

Desde a sua criação, a STN teve alguns marcos importantes: a reunifi-


cação orçamentária a partir do fim da conta movimento, a implantação
do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal
(SIAFI), a elevação da gestão da dívida pública mobiliária federal in-
terna pelo Tesouro Nacional, a proibição de financiamento do Tesouro
pelo Banco Central e a renegociação da dívida externa pública, que
delimitaram o formato atual da relação entre políticas monetária, cam-
bial, fiscal e de dívida pública.

A partir do ano de 2000, as atribuições da STN foram aprofundadas


pela aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal que, entre outros as-
pectos, reforçou o relacionamento com as esferas subnacionais no ge-
renciamento do ajuste fiscal e nos limites de endividamento público. Já
no ano de 2005, a Secretaria assumiu a gestão da dívida pública exter-
na da União, até então conduzida pelo Banco Central. Também ficou
a cargo do Tesouro normatizar os aspectos contábeis e patrimoniais do
Governo Federal com vistas à consolidação das contas públicas.

Nos próximos anos, o Tesouro colaborará para que o País avance na


direção do desenvolvimento sustentável com estabilidade e crescimento
do bem-estar social.

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Construção da Esplanada dos Ministérios. A capital federal foi fundada em 21 de abril de 1960 pelo então presi-
dente da República Juscelino Kubitschek. Foto: Acervo do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF).

O Gabinete do Secretário do Tesouro Nacional está localizado no Edifício Sede do Ministério da Fazenda,
em Brasília. Foto: Acervo do Tesouro Nacional.

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O TESOURO NACIONAL HOJE

Missão
O Tesouro Nacional tem como missão defender o cidadão-contribuinte,
de hoje e de amanhã, por meio da busca permanente do equilíbrio di-
nâmico entre receitas e despesas e da transparência do gasto público.

Valores
São valores da Secretaria do Tesouro Nacional:
• participação efetiva da definição da política de financiamento do
setor público;
• eficiência na administração da dívida pública, interna e externa;
• empenho na recuperação dos haveres do Tesouro Nacional;
• garantia da transparência do gasto público.

As Coordenações-Gerais da Secretaria do Tesouro Nacional encontram-se no Edifício Anexo do Ministério


da Fazenda, em Brasília. Foto: Acervo do Tesouro Nacional.

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Marca Tesouro
Com importante papel no desempenho de atividades voltadas para finan-
ças públicas, a Secretaria do Tesouro Nacional promove ações para o
fortalecimento da sua imagem junto aos seus diferentes públicos. Agente
do equilíbrio econômico, o Tesouro tem como premissas de atuação a
eficácia e a modernidade, aliadas à sobriedade requerida ao órgão.

Nossa marca, formada por um símbolo combinado com logotipo, é


o elemento visual identificador da Secretaria do Tesouro Nacional do
Ministério da Fazenda. A disposição dos elementos gráficos que com-
põem o símbolo transmite o ideário do equilíbrio das Contas Públicas.
O primeiro (em amarelo) representando a Receita, o segundo (em ver-
de), a Despesa e o terceiro, apoiado sobre estes, figurando o perfeito
Equilíbrio Econômico.

Aplicação vertical da logomarca do Tesouro Nacional, criada em 1998.

Organograma
Atualmente a Secretaria do Tesouro Nacional está dividida em 6 Subsecre-
tarias: de Assuntos Corporativos, de Política Fiscal, da Dívida Pública, de
Relações Financeiras e Intergovernamentais, de Planejamento e Estatísticas
Fiscais e de Contabilidade Pública.

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Adicionalmente fazem parte da estrutura da STN a Assessoria Econômi-


ca (ASSEC) e a Coordenação-Geral de Gestão de Riscos Operacionais
(COGER).

Organograma da Secretaria do Tesouro Nacional.

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SUBSECRETARIAS

Subsecretaria de Assuntos Corporativos


Responsável pela gestão da Secretaria, no que tange a gestão das pesso-
as, gestão dos processos organizacionais, estrutura organizacional, ges-
tão da informação, gestão estratégica e gestão orçamentária e financeira
da STN. Planeja e coordena as atividades relativas à tecnologia da infor-
mação. É responsável também pela definição, implementação, gerência,
manutenção e regulamentação do uso do SIAFI, bem como dos demais
sistemas e da infraestrutura tecnológica sob responsabilidade da STN.

A Subsecretaria é composta pelas seguintes Coordenações-Gerais:


• Coordenação-Geral de Desenvolvimento Institucional (CODIN);
• Coordenação-Geral de Sistemas e Tecnologia de Informação (COSIS).

Subsecretaria de Política Fiscal


É responsável pelo equilíbrio financeiro do Tesouro Nacional. Responsá-
vel, ainda, pela orientação, normatização, acompanhamento, sistemati-
zação e a padronização da execução da despesa pública e pela gestão
da Conta Única, bem como pela formulação da política de financiamen-
to da despesa pública e dos fundos e dos programas oficiais que estejam
sob responsabilidade do Tesouro Nacional. Efetua o acompanhamento

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das matérias societárias relativas às empresas estatais das quais a União


tenha participação, das operaç ões de crédito agrícola, de fomento às
exportações. Acompanha os investimentos da União e a gestão do Fun-
do Garantidor de Parcerias Público-Privadas (FGP).

É composta pelas seguintes Coordenações-Gerais:


• Coordenação-Geral de Análise Econômico-Fiscal de Projetos de
Investimento Público (COAPI);
• Coordenação-Geral de Programação Financeira (COFIN);
• Coordenação-Geral de Participações Societárias (COPAR);
• Coordenação-Geral das Operações de Crédito do Tesouro Nacional
(COPEC);
• Coordenação-Geral de Gerenciamento de Fundos e Operações
Fiscais (COFIS).

Subsecretaria da Dívida Pública


É responsável pela gestão da Dívida Pública Federal (interna e externa).
Nesse sentido, elabora o planejamento de curto, médio e longo prazos
e conduz as estratégias de financiamento interno e externo da União.

Coordena o relacionamento institucional com participantes dos merca-


dos financeiros, formadores de opinião, imprensa, agências de classi-

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ficação de risco e órgãos de governo no que se refere à Dívida Pública


Federal, acompanha e propõe normas reguladoras e disciplinadoras do
mercado de títulos públicos, articulando com as Subsecretarias Fiscais
sobre temas por elas coordenados que afetem direta ou indiretamente
a gestão da Dívida Pública Federal.

A Subsecretaria é composta pelas seguintes Coordenações-Gerais:


• Coordenação Geral de Controle da Dívida Pública (CODIV);
• Coordenação-Geral de Planejamento Estratégico da Dívida Pública
(COGEP);
• Coordenação-Geral de Operações da Dívida Pública (CODIP).

Subsecretaria de Relações Financeiras Intergovernamentais


Responsável pelas relações financeiras entre a União e os Estados e
Municípios. Para tanto, administra os haveres financeiros do Tesouro
Nacional junto aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, mo-
nitorando os Programas de Reestruturação e Ajuste Fiscal dos Estados
e demais compromissos fiscais assumidos por entes federados em con-
tratos firmados com a União.

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Verifica os limites e condições para a realização de operações de cré-


dito pelos entes federados, bem como a concessão de garantias da
União a esses entes e realiza controle das transferências constitucionais
e convênios firmados entre a União e os Estados, Distrito Federal e
Municípios.

É composta pelas seguintes Coordenações-Gerais:


• Coordenação-Geral de Haveres Financeiros (COAFI);
• Coordenação-Geral das Relações e Análise Financeira dos Estados e
Municípios (COREM);
• Coordenação-Geral de Operações de Crédito de Estados e Municí-
pios (COPEM);
• Coordenação-Geral de Análise e Informações das Transferências Fi-
nanceiras Intergovernamentais (COINT).

Subsecretaria de Planejamento e Estatísticas Fiscais


Coordena a elaboração, edição e divulgação de estatística e indicadores
fiscais, demonstrativos e relatórios, visando adequar o sistema brasileiro de
estatísticas fiscais às melhores práticas internacionais. Promove estudos e
pesquisas em matéria fiscal. Elabora cenários de médio e longo prazo das
finanças públicas. É responsável pela gestão do Fundo Soberano do Brasil,

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com vistas a promover os investimentos em ativos no Brasil e no exterior,


formar poupança pública, mitigar efeitos dos ciclos econômicos e fomentar
projetos de interesse estratégico do País.

Composta pelas seguintes Coordenações-Gerais:


• Coordenação-Geral de Estudos Econômico-Fiscais (CESEF);
• Coordenação-Geral de Gestão do Fundo Soberano do Brasil (COFSB).

Subsecretaria de Contabilidade Pública


É responsável pela supervisão, contabilização e avaliação dos atos e
fatos de gestão orçamentária, financeira e patrimonial da União. Coor-
dena a edição e manutenção de manuais e instruções de procedimen-
tos contábeis e de responsabilidade fiscal, do Plano de Contas Apli-
cado ao Setor Público (PCASP) e o processo de registro padronizado
dos atos e fatos da Administração Pública. Define os procedimentos
relacionados com a disponibilização de informações da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, para fins de responsa-
bilidade, transparência, controle da gestão fiscal e aplicação de restri-
ções. Estabelece normas e procedimentos contábeis para os órgãos e
entidades da Administração Pública, promovendo o acompanhamento,
a sistematização e a padronização da execução contábil. Mantém um
sistema de custos que permite a avaliação e o acompanhamento da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial.

Composta pelas seguintes Coordenações-Gerais:


• Coordenação-Geral de Normas de Contabilidade Aplicadas a
Federação (CCONF);
• Coordenação-Geral de Contabilidade da União (CCONT).

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GESTÃO INSTITUCIONAL

As atividades de gestão institucional da Secretaria do Tesouro Nacional


são conduzidas pela Coordenação-Geral de Desenvolvimento Institu-
cional, tendo sob sua responsabilidade os macroprocessos de gestão
de pessoas, gestão da comunicação organizacional, gestão de logísti-
ca e execução financeira e o suporte ao planejamento, modernização
e organização do Tesouro Nacional.

Planejamento
O Tesouro Nacional tem promovido nos últimos anos a consolidação de
uma nova metodologia de Planejamento Institucional, de forma a obter
maior alinhamento estratégico entre as ações desenvolvidas em suas
diversas unidades organizacionais, atuando proativamente perante os
problemas e desafios a serem enfrentados no cotidiano da Instituição.
As Subsecretarias da STN participam de diversos seminários internos,
com o apoio de moderadores externos especializados em planejamen-
to, para definir objetivos estratégicos, assim como metas anuais e ini-
ciativas institucionais a serem empreendidas para o seu alcance.

Após um grande esforço coletivo e participativo em prol do objetivo co-


mum de desenvolvimento organizacional, concluiu-se com sucesso o 1º
Ciclo de Planejamento Institucional da STN em dezembro de 2009, a
partir da validação e divulgação do plano para 2010 a 2014. Em se-
quência, no ano de 2010, iniciou-se o processo de monitoramento e
avaliação da gestão institucional do Tesouro Nacional, contando com o
desenvolvimento e implantação do sistema de gestão estratégica da STN,
o Strategía, acompanhado de uma série de novas práticas de gestão vol-
tadas para o controle do desempenho institucional, baseando-se sempre
nas definições acordadas durante o processo de planejamento.

Todas essas ações se fundamentam nos esforços da Secretaria do Te-


souro Nacional para a consolidação de um modelo gerencial cada vez
mais aderente às modernas práticas de gestão pública.

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Gestão de Processos
A Gestão de Processos Organizacionais do Tesouro Nacional tem como
objetivo implementar ações que promovam, de forma sistematizada, o
diagnóstico, a proposição, a implantação, a monitoração e a avalia-
ção contínua de melhorias dos serviços que a instituição presta e das
condições de trabalho de seus servidores, no intuito de conduzi-la à
excelência de sua gestão.

Para atender a este objetivo a Secretaria do Tesouro Nacional executa


projetos de análise e proposição de melhorias, com a participação de
equipe técnica formada por servidores da área institucional (CODIN),
de tecnologia (COSIS) e de riscos operacionais (COGER), e conta ain-
da com Analistas de Processos para as atividades de planejamento,
controle e manutenção do ciclo de melhoria contínua de processos.

Na busca da melhor forma de execução das atividades utiliza-se o ma-


peamento de processos como ferramenta de apoio, minimizando pro-
blemas, gargalos e ineficiências. O resultado buscado é a melhoria do
desempenho da organização para alcançar seus objetivos.

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Sob a ótica da gestão de Riscos Operacionais, o mapeamento de pro-


cessos é um insumo para a avaliação dos riscos inerentes a cada ativi-
dade do processo. Sob a ótica da área de TI, os mapas de processos
são insumos para o desenvolvimento de sistemas e adequação dos
ativos de TI às necessidades da STN.

Gestão de Pessoas
Nosso corpo funcional é formado, essencialmente, pela Carreira Finan-
ças e Controle, composta pelos cargos de Analista de Finanças e Con-
trole, nível superior, e de Técnico de Finanças e Controle, nível médio.

Na gestão do nosso capital humano, nos organizamos em duas uni-


dades: o Núcleo de Desenvolvimento de Recursos Humanos, respon-
sável por incrementar continuamente a estratégia de RH e por oferecer
soluções em gestão de pessoas; e a Gerência de Recursos Humanos,
que atua na execução e na condução das atividades que envolvem os
diferentes subsistemas de RH.

A atuação conjunta dessas áreas tem nos conduzido a um novo pata-


mar de maturidade em gestão de RH. Abaixo, destacamos as ações
mais relevantes.

Concurso Público - Constituído de duas etapas: provas e títulos; e cur-


so de formação, segmentadas em áreas de conhecimento (Econômico-
Financeira, Contábil-Financeira, Tecnologia da Informação e Desenvol-
vimento Institucional). Após a nomeação, alocamos os servidores nas
unidades do Tesouro com base na análise de perfis.

Gestão por Competências - Adotamos modelo que integra, sob um


único referencial teórico, os diferentes subsistemas de RH, por meio do
mapeamento das funções profissionais e de suas competências técnicas
e comportamentais, possibilitando a otimização dos processos de RH, a
identificação e alocação dos talentos da organização, a estruturação da

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trilha de carreira, a supressão dos gaps de competências, a implementa-


ção de plano de mobilidade meritocrático e de sucessão planejada.

Capacitação - Dedicamos especial atenção à capacitação de nossos


servidores, situando o Tesouro como órgão de excelência na adminis-
tração das finanças públicas. Optamos por uma filosofia de educação
permanente, que impulsiona os servidores na busca constante de co-
nhecimentos e idéias inovadoras. Para tanto, promovemos quatro abor-
dagens diferenciadas de capacitação: cursos abertos (do mercado) e
fechados (ad hoc), cursos de pós-graduação (especialização, mestrado
e doutorado) e cursos internacionais.

Mobilidade Interna - Além de permuta e liberação de servidores, re-


alizamos, anualmente, Processo Integrado de Mobilidade Interna, no
qual são ofertadas vagas em funções de trabalho de todas as unidades
do Tesouro. A mobilidade interna é incentivada pelo regulamento que
assegura a movimentação de pelo menos um servidor por unidade.

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Mobilidade Externa - Favorecemos o intercâmbio de conhecimentos e


experiências na Administração Pública, por meio de normas relacionadas
à movimentação externa dos integrantes da Carreira lotados no Tesouro
Nacional, que nos permitem ceder até 10% de nosso quadro funcional
para outros órgãos da Administração Pública Direta e Indireta.

Sucessão - Realizamos seleção interna para a escolha dos servido-


res que ocuparão cargos de direção e assessoramento superiores,
DAS 1 a DAS 4. A seleção compreende duas etapas: Avaliação
Curricular, ocasião em que a qualificação técnica do candidato é
verificada em comparação com a função de trabalho pleiteada, e
entrevista, por meio da qual verificamos os requisitos comporta-
mentais essenciais ao exercício daquela função.

Clima Organizacional - Por meio de pesquisa sobre a percepção do


corpo funcional sobre o ambiente de trabalho, somos capazes de auxi-
liar gestores e servidores a visualizarem as oportunidades de melhoria
no ambiente relacional, na comunicação, nos perfis de liderança, no
suporte organizacional e no tocante à sua valorização. É nessa oportu-
nidade que, conjuntamente, discutimos ações para correção do rumo
institucional.

Ética - Formalizamos nosso compromisso público com a ética e a trans-


parência por meio do Código de Ética e de Padrões de Conduta dos
Servidores da STN, como forma de particularizar as diretrizes estabe-
lecidas pela legislação superior da Administração Pública Federal às
especificidades do Tesouro Nacional.

Comunicação Institucional
O Tesouro Nacional alinha sua estratégia de comunicação aos obje-
tivos institucionais, atendendo também aos anseios da sociedade por
informações e transparência sobre as contas públicas do Governo Fe-
deral. Apresentamos a seguir algumas ações de comunicação.

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Prêmio Tesouro Nacional - Criado em 1996, como parte da come-


moração dos 10 anos da Secretaria, o Prêmio Tesouro Nacional tem
a finalidade de estimular a pesquisa na área de Finanças Públicas,
reconhecendo os trabalhos de qualidade técnica e aplicabilidade na
Administração Pública.

O concurso é realizado anualmente pela Escola de Administração Fa-


zendária (ESAF) e conta com patrocínios de instituições que apóiam a
iniciativa. Podem participar trabalhos individuais e em grupo, de candi-
datos de qualquer nacionalidade que sejam formados ou que estejam
cursando, no mínimo, o último ano da graduação em qualquer área.

Logomarca do Prêmio Tesouro Nacional

Com os temas propostos no regulamento, a monografia do candidato


deve apresentar enfoque atual e versar sobre a realidade brasileira, po-
dendo ser aplicada aos três níveis de governo: União, Estados e Muni-
cípios, simultaneamente ou separadamente. A cada ano os temas são
atualizados conforme o delinear do cenário econômico. A entrega das
premiações é feita em solenidade, sendo premiados os três primeiros
colocados em cada tema, os quais ainda têm direito a certificado de ven-
cedor, além da publicação da monografia. O concurso também premia
três menções honrosas com certificado e publicação do trabalho.

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Mais que incentivo à reflexão e à pesquisa, o Prêmio Tesouro Nacional


de Monografia representa a busca permanente de idéias e análises
científicas voltadas ao aperfeiçoamento da gestão das Finanças Públi-
cas no Brasil.

Publicações do Tesouro Nacional - A Secretaria do Tesouro divulga,


todos os anos, publicações com o resultado de suas atividades em di-
versas áreas de atuação.

Manuais de Contabilidade do Tesouro Nacional

Seguem algumas das publicações que são divulgadas no sítio do Te-


souro Nacional, visando acesso fácil e igualitário aos interessados e
obedecendo ao princípio da economicidade da Administração Pública.
Ao lado do título das publicações, destacamos as Coordenações-Ge-
rais responsáveis:
• Balanço do Tesouro Direto (COGEP);
• Balanço Geral da União (CCONT);
• Manuais Técnicos de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CCONT);
• Manual da Guia de Recolhimento Da União (COFIN);
• Plano Anual de Financiamento da Dívida Pública Federal (COGEP);

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• Relatório Anual da Dívida Pública Federal (COGEP);


• Relatório de Gestão Fiscal (CCONT);
• Relatório Mensal da Dívida Pública Federal (CODIV);
• Relatório Resumido da Execução Orçamentária do Governo Federal
(CCONT);
• Resultado do Tesouro Nacional (CESEF);
• Resultados de Leilões (CODIP).

Gestão Estratégica de TI
A Secretaria do Tesouro Nacional, como órgão central da execução finan-
ceira e orçamentária do Governo Federal, sempre teve sua atuação apoiada
por uma plataforma tecnológica de grande complexidade e importância.

O alinhamento das ações de TI aos objetivos estratégicos da organi-


zação é fator crítico para o sucesso de grande parte das iniciativas e
projetos que o Tesouro Nacional empreende. Assim, a maturidade em
governança de Tecnologia da Informação é determinante para a efi-

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cácia e a eficiência dos serviços prestados pela Secretaria do Tesouro


Nacional aos diversos órgãos da Administração Pública Federal, bem
como à sociedade brasileira e internacional.

O alinhamento das principais ações de TI realizadas no âmbito do Te-


souro Nacional é proporcionado atualmente por três principais iniciati-
vas: a atuação do Comitê de Análise de Demandas do SIAFI; a atuação
do Comitê Diretivo de Tecnologia da Informação; e a execução do
processo de planejamento estratégico institucional. Estes fóruns contam
com a participação da alta direção da instituição e dos gestores de TI,
propiciando a priorização de ações de maneira integrada entre as áre-
as de negócio e a área de tecnologia.

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ATRIBUIÇÕES DO TESOURO NACIONAL

CADIN
O Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público
Federal (CADIN) é um banco de dados que contém os nomes de pes-
soas físicas e jurídicas em débito para com órgãos e entidades federais,
a quem cabe realizar as inclusões e exclusões de registros. De acor-
do com a Lei nº 10.522/2002, compete ao Tesouro Nacional expedir
orientações de natureza normativa sobre o Cadastro, e ao Banco Cen-
tral do Brasil administrar e disponibilizar, por meio do SISBACEN, as
informações que compõem o banco de dados.

Contabilidade Governamental
A Secretaria do Tesouro Nacional, na condição de órgão central de
Contabilidade Federal, atua junto à sociedade de modo a definir e nor-
matizar procedimentos que possibilitem a evidenciação orçamentária,
financeira e patrimonial dos entes da Administração Pública, bem como
a padronização dos demonstrativos estabelecidos pela LRF. Caminha,
assim, ao encontro de uma harmonização contábil de toda a Federa-
ção, atendendo à base legal, aos princípios da Ciência Contábil e aos
esforços na convergência às Normas Internacionais de Contabilidade
Aplicadas ao Setor Público, destacando-se as seguintes atribuições:

Elaboração de Demonstrativos Contábeis - O Tesouro Nacional ela-


bora o Balanço Geral da União (BGU), o Relatório Resumido da Execu-
ção Orçamentária (RREO) e o Relatório de Gestão Fiscal (RGF). O BGU
integra a Prestação de Contas do Presidente da República e traz informa-
ções sobre a execução orçamentária, a situação patrimonial e financeira
da União. O RREO e RGF são elaborados para atender às exigências
da Lei de Responsabilidade Fiscal. O primeiro é publicado mensalmente
e apresenta, de forma resumida, a execução orçamentária da União. O
segundo é publicado a cada quatro meses e informa, entre outros, os
limites da despesa com pessoal da União.

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Sistema de Informações de Custos do Governo Federal - A Secreta-


ria também gerencia as atividades referentes à implantação do Sistema
de Informação de Custos, bem como à prestação de apoio técnico aos
órgãos da União para melhoria da qualidade da informação de custos.

Normas e Procedimentos Contábeis e de Gestão Fiscal - À STN


compete gerenciar as atividades referentes à elaboração de normas e
procedimentos contábeis visando à consolidação das contas públicas,
ao Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP), ao Manual de
Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), e à convergência aos
padrões internacionais de contabilidade aplicados ao setor público, além
de coordenar o Grupo Técnico de Procedimentos Contábeis (GTCON).

Compete também gerenciar as atividades referentes à elaboração de


normas e procedimentos visando à padronização dos relatórios e de-
monstrativos de gestão fiscal, ao Manual de Demonstrativos Fiscais
(MDF), bem como referentes ao cumprimento dos dispositivos da Lei
Complementar nº 101, de 2000, e de outras normas gerais, além de
coordenar o Grupo Técnico de Padronização de Relatórios (GTREL).

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Consolidação e Transparência das Contas Públicas - O Tesouro


Nacional gerencia as atividades de sistematização, definição, coorde-
nação e acompanhamento dos procedimentos de consolidação das
contas públicas da Federação, com vistas à elaboração do Balanço
do Setor Público Nacional e sua divulgação ao pleno conhecimento
e acompanhamento da sociedade de informações sobre a execução
orçamentária e financeira.

Dívida Pública Federal (DPF)


Assim como o bom uso do crédito por um cidadão facilita o alcance
de grandes conquistas, o endividamento público, se bem administrado,
permite ampliar o bem-estar da sociedade e o bom funcionamento da
economia.

As receitas e as despesas de um governo passam por ciclos e sofrem


choques freqüentes. Na ausência do crédito público, estes teriam de ser
absorvidos por aumentos inesperados nos impostos do governo ou em
cortes excessivos de gastos. Além disso, o acesso ao endividamento pú-
blico permite atender a despesas emergenciais (tais como as relaciona-
das a calamidades públicas, desastres naturais e guerras) e assegurar o
financiamento tempestivo de grandes projetos com horizonte de retorno
no médio e no longo prazo (na área de infra-estrutura, por exemplo).

O endividamento público pode exercer funções ainda mais amplas


para o bom funcionamento da economia, auxiliando a condução da
política monetária e favorecendo a consolidação do sistema financeiro.
Títulos públicos são instrumentos essenciais na atuação diária do Ban-
co Central para o controle da liquidez de mercado e para o alcance de
seu objetivo de garantir a estabilidade da moeda, além de representa-
rem referencial importante para emissões de títulos privados. O desen-
volvimento do mercado de títulos, público e privado, pode ampliar a
eficiência do sistema financeiro na alocação de recursos e fortalecer a
estabilidade financeira e macroeconômica de um país.

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Plano Anual de Financiamento e Relatório Anual da Dívida Pública Federal

No caso do Governo Federal, suas condições de financiamento es-


tão intimamente relacionadas à sua credibilidade, à sua capacidade
de pagamento e à qualidade de gestão da dívida. Quanto aos dois
primeiros, estas são fortalecidas por intermédio de bons fundamentos
econômicos, associados a políticas fiscal, monetária e cambial pruden-
tes. É por intermédio de uma política fiscal equilibrada que se garante
a confiança de uma trajetória sustentável de endividamento.

No Brasil, o Tesouro Nacional é o órgão responsável pela administra-


ção das dívidas públicas doméstica e externa. Do ponto de vista da
estrutura institucional, o Tesouro Nacional implantou um novo modelo
de administração da dívida pública, que visa obter ganhos substanciais
no processo de administração da dívida por meio da padronização
dos controles operacionais, do monitoramento dos riscos globais e da
separação das funções de planejamento de curto e longo prazo.

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Objetivos e Diretrizes da DPF - Os objetivos da gestão da Dívida Pú-


blica Federal consistem em suprir de forma eficiente as necessidades de
financiamento do Governo Federal, ao menor custo de financiamento
no longo prazo, respeitando a manutenção de níveis prudentes de ris-
co. Adicionalmente, busca-se contribuir para o bom funcionamento do
mercado de títulos públicos.

As diretrizes que norteiam a gestão da DPF, observadas as condições de


mercado, são: aumento do prazo médio do estoque e suavização da
estrutura de vencimentos; substituição gradual dos títulos remunerados
pela taxa SELIC por títulos com rentabilidade prefixada ou vinculada a
índices de preços; aperfeiçoamento do perfil da Dívida Pública Federal
Externa (DPFe), por meio de emissões de títulos com prazos de referência
(benchmarks), programa de resgate antecipado e operações estrutura-
das; incentivo ao desenvolvimento da estrutura a termo de taxas de juros
para títulos públicos federais nos mercados interno e externo e ampliação
da base de investidores.

Os objetivos, as diretrizes e os resultados da atuação do Tesouro Nacional


estão explícitos e podem ser monitorados por meio de várias publicações pe-
riódicas, disponibilizadas ao público em nosso sítio na internet. Destacam-se
o Plano Anual de Financiamento e Relatórios Anual e Mensal da DPF.

Empresas Estatais
O Tesouro Nacional é o responsável pela administração dos valores mobili-
ários representativos de participações da União e seus respectivos rendimen-
tos e direitos. Essas participações são compostas por investimentos estraté-
gicos em empresas públicas e sociedades de economia mista federais, cotas
em fundos específicos e organismos internacionais, bem como participações
minoritárias em empresas públicas estaduais e sociedades privadas.

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Plataforma P-52 (Agência Petrobras)

A administração de haveres mobiliários não se restringe ao controle das


participações, mas envolve uma atuação efetiva nas decisões inerentes
ao acionista ou cotista, seja na condição de controlador ou minoritário.
As manifestações desta Secretaria se processam normalmente no âm-
bito da assembléia geral, órgão de instância máxima que têm poderes
para decidir todos os negócios relativos ao objeto da companhia.

A atuação das empresas estatais federais está voltada para a explora-


ção de atividades econômicas, bem como para a prestação de serviços
públicos, principalmente nos seguintes setores: petróleo e gás, energia
elétrica, transporte, sistema financeiro, agricultura e abastecimento, co-
municação e ciência e tecnologia.

Outra atribuição desta Secretaria é indicar, acompanhar, orientar e


avaliar a atuação dos representantes do Tesouro Nacional nos conse-

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| Conheça o Tesouro Nacional

lhos fiscais ou órgãos equivalentes das empresas estatais federais e de


outras entidades, inclusive empresas de cujo capital a União participe
minoritariamente. Trata-se de relevante instrumento na defesa dos inte-
resses da União, na condição de acionista, assim como dos contribuin-
tes e de toda a sociedade, de um modo geral.

Estados e Municípios
Operações de Crédito de Estados e Municípios - O Tesouro Nacio-
nal também é responsável pela verificação dos limites e condições para
contratação de operações de crédito por parte de Estados e Municípios.
Tal atribuição deriva de diversos dispositivos legais, dentre eles a Lei de
Responsabilidade Fiscal e alguns normativos do Senado Federal.

Cidade de Goiás (GO). Foto: Rui Faquini (Embratur)

Entende-se por operações de crédito aquelas relativas aos contratos de


financiamento, empréstimo ou mútuo. A legislação englobou no mes-

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Conheça o Tesouro Nacional |

mo conceito as operações “assemelhadas”, tais como a compra finan-


ciada de bens ou serviços, o arrendamento mercantil e as operações de
derivativos financeiros. Incluem-se também nessa categoria operações
realizadas com instituição não financeira.

Por exemplo, caso algum ente decida utilizar linha de financiamento de


uma instituição financeira para adquirir máquinas e equipamentos, tal
operação de crédito deverá ser analisada e obter parecer favorável do
Tesouro Nacional para que possa ser concretizada.

Concessão de garantias - Cabe também ao Tesouro Nacional, ava-


liar as garantias oferecidas por estados e municípios em contrapartida
às garantias que lhes forem prestadas pela União, as chamadas contra-
garantias. Nesse caso, o Tesouro Nacional deve examinar a suficiência
e a liquidez dos bens e direitos oferecidos à União para esse fim, e
providenciar a celebração de contrato pertinente.

Acompanhamento de Programas de Ajuste - Em meados da década


de 90, a crise financeira dos Estados chegara a um ponto crítico. Após
sucessivos refinanciamentos realizados pela União, fazia-se necessário
um plano de ajuste duradouro das finanças estaduais, que debelasse
as causas do endividamento irresponsável e incentivasse a adesão a
compromissos de austeridade fiscal. Entre as diversas medidas tomadas
pela União, coube à STN coordenar o último grande refinanciamento
da dívida estadual (Lei nº 9.496/97), que exigiu como contrapartida
um pacto de atendimento de metas fiscais. Um “Programa de Reestrutu-
ração e Ajuste Fiscal” foi assinado por cada um dos 25 Estados que re-
financiaram suas dívidas (somente Amapá e Tocantins não o fizeram).

O Programa institui, para cada ano de um triênio, metas e compro-


missos cujo cumprimento é avaliado anualmente pela STN. Também
anualmente, é possível atualizar as metas para um novo triênio. As
propostas de metas fiscais apresentadas pelos Estados e Distrito Fede-

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| Conheça o Tesouro Nacional

ral são avaliadas pelo Ministério da Fazenda, que se manifesta após


a análise técnica da STN. O objetivo é preservar a solvência do ente
federado, mantendo sua capacidade de honrar os compromissos assu-
midos contratualmente.

Anteriores à própria Lei de Responsabilidade Fiscal, os Programas de Re-


estruturação e Ajuste Fiscal têm sido instrumento importante de indução
à responsabilidade nas finanças estaduais. Eles estimulam a divulgação
pelos Estados de informações relevantes acerca de sua gestão e das po-
líticas públicas por eles implementadas, especialmente das relacionadas
às operações de crédito e às principais metas fiscais propostas.

Ao longo de sua existência, os resultados alcançados foram significativos


e se demonstram pela contribuição dos Estados ao esforço fiscal do setor
público como um todo, bem como pela redução do seu endividamen-
to. Tal desempenho e a melhoria das condições macroeconômicas têm
permitido aos Estados a recomposição da sua capacidade de contratar
novos empréstimos de forma responsável – de maneira a contribuir, in-
clusive, para o aumento do nível geral de investimentos no País. Dessa
maneira, o Tesouro Nacional compartilha os benefícios da estabilidade
econômica entre os entes subnacionais que se esforçaram e que mantém
uma situação fiscal equilibrada.

Estatísticas Fiscais
A Secretaria ainda elabora e consolida projeções fiscais de médio e
longo prazo, visando contribuir para a definição de diretrizes que orien-
tem a formulação da programação financeira do Tesouro Nacional.
Desenvolve e aperfeiçoa os métodos de apuração das estatísticas de
finanças públicas do Brasil, promovendo a introdução em nosso país
das melhores práticas e padrões internacionais e divulgando-as entre
os demais entes da Federação.

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O Tesouro também apura e divulga as estatísticas referentes às finan-


ças públicas do Brasil, em obediência a disposições legais e acordos
internacionais. Destaca-se, nesse campo, a publicação mensal do
Resultado Primário do Tesouro Nacional, disponível em nosso sítio
na internet.

Financiamento às Atividades Agropecuárias, Agroindustriais,


Industriais e Habitacionais
O Tesouro Nacional realiza, por meio das instituições financeiras,
financiamentos voltados para o fomento das atividades agropecu-
árias, agroindustriais, industriais e habitacionais. Essas operações
têm como característica peculiar o fato de terem encargos finan-
ceiros diferenciados (a menor) daqueles praticados pelo mercado,
envolvendo subvenção econômica sob a modalidade de equali-
zação de taxas de juros e de preços, e concessão de bônus de
adimplência.

Nesse contexto destacam-se as operações realizadas no âmbito do Pro-


grama Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF),
Aquisições do Governo Federal (AGF), Custeio Agropecuário, Garan-

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tia e Sustentação de Preços, Subvenções Econômicas no âmbito do


Programa de Sustentação do Investimento (PSI-BNDES) e do Programa
Minha Casa, Minha Vida, entre outras.

Fonte: ApexBrasil

Financiamento às Exportações (PROEX)


O Tesouro Nacional, por meio do Programa de Financiamento às
Exportações (PROEX), proporciona aos exportadores de bens e servi-
ços brasileiros condições de financiamento equivalentes às do mer-
cado mundial.

O PROEX dispõe de duas modalidades de assistência creditícia: financia-


mento, modalidade de crédito ao exportador (supplier’s credit) ou ao im-
portador (buyer’s credit) para pagamento à vista ao exportador; e equa-
lização de Taxas de Juros, onde o Tesouro assume parte dos encargos
financeiros nos financiamentos concedidos por instituições financeiras,

38
Conheça o Tesouro Nacional |

por meio do pagamento de equalização, tornando os encargos financei-


ros compatíveis com os praticados internacionalmente.

Fonte: ApexBrasil

Fundo Soberano Brasileiro


O Fundo Soberano do Brasil é um fundo especial criado pela Lei
nº 11.887, de 2008, e regulamentado pelo Decreto nº 7.055,
de 2009, para promover investimentos em ativos no Brasil e no
exterior, assim como formar e gerir poupança pública para miti-
gar os efeitos de ciclos econômicos sobre a economia brasileira e
estimular projetos de interesse estratégico do Brasil localizados no
exterior.

A gestão do Fundo Soberano do Brasil, que compreende o exercício dos


direitos inerentes a seu patrimônio e a operacionalização de atos que
se relacionem ao cumprimento de seus fins, é de responsabilidade da

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| Conheça o Tesouro Nacional

Secretaria do Tesouro Nacional desde o advento do Decreto nº 6.764,


posteriormente substituído pelo Decreto nº 7.050, ambos de 2009.

À Secretaria do Tesouro Nacional compete também a função de asses-


soramento ao Conselho Deliberativo do Fundo Soberano do Brasil, ór-
gão máximo de deliberação composto pelo Ministro da Fazenda, pelo
Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e pelo Presidente do
Banco Central, e ao qual cabe orientar a aplicação e o resgate dos
recursos do Fundo, aprovar projetos de interesse estratégico nacional a
serem financiados com seus recursos, e definir os limites de exposição
de suas aplicações por classe de ativos, entre outras atribuições previs-
tas no Decreto nº 7.113, de 2010, que o instituiu.

Fundos Federais
A STN acompanha a gestão de vários fundos federais com vistas a miti-
gar os riscos de passivo contingente e buscar a eficácia e transparência
dos recursos públicos. Dentre os diversos Fundos acompanhados, des-
tacam-se o Fundo de Compensação das Variações Salariais (FCVS), o
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o Fundo PIS-PASEP.

FCVS - O FCVS foi criado na década de 60, pelo extinto Banco Nacional
da Habitação (BNH), com o objetivo de propiciar a cobertura do saldo
devedor residual dos contratos de financiamento do Sistema Financeiro
da Habitação (SFH) acaso existente após o término do prazo contratual.

Em virtude do desequilíbrio contratual ocasionado pelo descompasso


existente entre os reajustes do saldo devedor e das prestações dos fi-
nanciamentos, ocasionados por fatores como hiperinflação e sub-rea-
justamento aos mutuários, o FCVS transformou-se numa das grandes
dívidas de nossa economia. Assim, a partir de 1996, a União foi auto-
rizada a assumir este passivo, por meio da emissão de títulos públicos
denominados CVS.

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Além disso, a STN exerce a função de Secretaria-Executiva do Con-


selho Curador do FCVS (CCFCVS), instância a quem compete deter-
minar normas e diretrizes para regência do Fundo. Em 1988, o FCVS
tornou-se responsável pela garantia do equilíbrio da Apólice do Seguro
Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação (SH/SFH), na qual a
STN também participa ativamente da gestão. Atualmente, encontram-
se averbados nesta apólice cerca de 450 mil contratos.

FGTS - O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), criado


pela Lei nº 5.107, de 1966, constitui-se em um fundo de natureza
privada, sem personalidade jurídica e sob gestão pública, destinado
à formação de patrimônio para o trabalhador e seus recursos são
direcionados a fomentar políticas públicas por meio de financiamento
de programas de habitação popular, de saneamento básico e de in-
fraestrutura urbana.

A participação da STN no sistema FGTS decorre basicamente de três


razões: de forma direta, na representação do Ministério da Fazenda no
órgão colegiado do fundo; análise do risco de crédito nas aplicações
efetuadas até 1º de junho de 2001, que foi atribuído à União; e acom-
panhamento da garantia dada pelo Governo Federal aos saldos das
contas vinculadas do Fundo, nos termos do §4º do art. 13 da Lei no
8036, de 1990.

Fundo PIS-PASEP - O Fundo PIS-PASEP, criado pela Lei Complementar


nº 26, de 1975, é um fundo constituído pelos valores do Programa de
Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do
Servidor Público (PASEP), existentes em 30 de junho de 1976. Os obje-
tivos iniciais do PIS e do PASEP, de integrar o trabalhador da iniciativa

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privada e o servidor público à vida e ao desenvolvimento das organiza-


ções e assegurar a formação progressiva de um patrimônio individual,
foram modificados pela Constituição de 1988, que determinou que a
arrecadação em nome dos Programas fosse destinada ao custeio dos
Programas do Seguro-Desemprego e do Abono Salarial. Os patrimô-
nios acumulados no PIS e no PASEP arrecadados até a promulgação da
Constituição foram preservados em benefício dos cotistas, com fidelida-
de aos objetivos originais de formação de patrimônio do trabalhador.

A gestão do Fundo é de responsabilidade do Conselho Diretor do Fun-


do PIS-PASEP, vinculado à STN, a quem cabe prover os recursos huma-
nos, financeiros e materiais necessários ao seu funcionamento.

Guia de Recolhimento da União (GRU)


A Guia de Recolhimento da União é um documento instituído pela
Secretaria do Tesouro Nacional para que os órgãos da Administração
Pública Federal arrecadem suas receitas, tais como taxa de inscrição
em concursos públicos, receita de serviços administrativos, entre outras.
A GRU não pode ser utilizada para arrecadação das receitas adminis-
tradas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

A STN, como órgão gestor da arrecadação por meio de GRU, normati-


za seu uso e orienta os órgãos para que controlem e gerenciem os valo-
res arrecadados. Por meio da GRU, a arrecadação e sua contabilização
passaram a ocorrer concomitantemente, permitindo maior controle.

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Existem dois tipos de GRU: a GRU Simples e a GRU Cobrança, cada


qual com uma aplicação específica. A GRU Simples pode ser emitida
através do site do Tesouro Nacional ou pelo site do próprio órgão pú-
blico favorecido do pagamento e seu pagamento deve ser efetuado ex-
clusivamente no Banco do Brasil. Já a GRU Cobrança é utilizada pelos
órgãos que previamente já sabem quem são seus contribuintes, dessa
forma o próprio órgão emite o boleto em nome do recolhedor. Esse
boleto de cobrança pode ser pago em qualquer banco e se assemelha
aos utilizados para pagamento de condomínios, aluguéis, escolas, etc.

Haveres Contratuais
Os haveres contratuais são créditos da União junto a Estados, Municípios, e
entidades a eles vinculadas, originários da reestruturação de dívida externa
garantida pela União, de refinanciamento de dívidas, de empréstimos desti-
nados à modernização fiscal, de aquisição de direitos sobre compensações
financeiras, e de outros programas regidos por legislação específica.

Como gestor de tais ativos, cabe ao Tesouro Nacional coordenar e


controlar, junto aos agentes financeiros, a atualização dos saldos de-
vedores e o recebimento dos valores devidos, bem como manter os
registros contábeis pertinentes no SIAFI.

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Os valores recebidos dos devedores são destinados à amortização da


Dívida Pública Mobiliária Federal Interna.

Investimento Público
O investimento público, especialmente o realizado em infraestrutura, é
essencial para sustentar o crescimento da economia brasileira a médio
e longo prazo, com reflexos positivos inclusive sobre a política fiscal.

A Secretaria do Tesouro Nacional integra diferentes instâncias e pro-


cessos de Governo relacionados ao investimento público, participando
das atividades de seleção, avaliação e monitoramento de projetos de
investimento público, de forma a contribuir para a melhoria da quali-
dade do gasto público. Estas instâncias e processos contemplam dife-
rentes modalidades de execução dos investimentos públicos realizados:
diretamente pela União; de forma descentralizada (com o repasse de
recursos financeiros para os demais entes da federação) ou por meio
de empresas públicas federais, fundos públicos e concessões federais.

Fonte: ApexBrasil

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Política Fiscal
O Tesouro Nacional acompanha a formulação e a execução da polí-
tica fiscal, visando identificar riscos ao cumprimento das metas fiscais
do setor público. Além disso, realiza e fomenta estudos em temas eco-
nômico-fiscais que subsidiem o planejamento e as decisões da política
fiscal no médio e longo prazos, visando contribuir para a melhoria das
condições de sustentabilidade das contas públicas.

Programação Financeira
A Secretaria do Tesouro Nacional também tem as atribuições de ge-
renciar a Conta Única do Tesouro Nacional, de zelar pelo equilíbrio
financeiro do Tesouro Nacional, de atuar como órgão central do siste-
ma de administração financeira do Governo Federal, além de propor e
executar a programação financeira da União.

Nesse sentido, compete à STN o planejamento dos fluxos de entrada


e saída de recursos da Conta Única, atribuição fundamental para o
bom gerenciamento das finanças públicas. Para isso, o Tesouro Na-
cional elabora e executa a programação financeira mensal e anual do
Governo Central, por meio do acompanhamento, apuração e previsão
de todas as receitas e despesas da União, estabelecendo limites para
a execução financeira, com vistas ao cumprimento das metas de Resul-
tado Primário fixadas na Lei de Diretrizes Orçamentárias e em decreto
anual de programação orçamentária e financeira. Por meio do atingi-
mento dessas metas de resultado o Governo Federal obtém o equilí-
brio necessário entre a realização dos gastos e as receitas públicas e
o controle do endividamento público, viabilizando a administração da
dívida pública.

É por meio do Decreto de Programação Orçamentária e Financeira


que a STN adequa o fluxo de pagamento de despesas obrigatórias e
discricionárias à efetiva arrecadação que ingressa nos cofres públicos,
bem como estabelece mecanismos de controle de gastos que viabili-

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zam o alcance dos objetivos das políticas públicas desenvolvidas, com


responsabilidade fiscal. Assim, o Tesouro Nacional administra a Conta
Única do Governo Federal de forma a disponibilizar recursos para a
realização dos serviços públicos sem prejudicar o equilíbrio financeiro.

Cumpre ao Tesouro Nacional, como órgão central do Sistema de Ad-


ministração Financeira da União, promover as liberações de recursos
a todos os órgãos da Administração Pública Federal, levando em con-
sideração as necessidades financeiras dos mesmos para executar seus
programas de trabalho e as metas fiscais a serem atingidas, bem como
proceder na distribuição de receitas constitucionais e legais destinadas
aos Estados, ao DF e aos Municípios.

Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo


Federal (SIAFI)
O Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal
foi implantado pelo Tesouro Nacional em 1987 para suprir o Governo
Federal de um instrumento eficaz no controle e acompanhamento dos
gastos públicos.

Atualmente, o cidadão tem a facilidade de acessar as receitas e des-


pesas da União diretamente e em qualquer parte do mundo, por meio

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de Consultas disponíveis no sítio do Tesouro Nacional e no Portal da


Transparência da Controladoria-Geral da União, ambos carregados
com dados extraídos do SIAFI.

Sistema de Operações do Tesouro Nacional (SOTN)


Todas as receitas e despesas do Governo Federal transitam pela Conta
Única do Tesouro Nacional, a qual é administrada pela Secretaria do
Tesouro Nacional, ou seja, todo débito e crédito nessa conta é monito-
rado pela Secretaria, por meio do SOTN.

A participação da STN, no Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), por


meio do SOTN, permite liquidações de pagamentos, direto na Con-
ta Única do Tesouro Nacional, sem intermediações financeiras. Assim,
desde agosto de 2002, é possível a quitação de tributos, taxas e paga-
mentos em geral diretamente para o Tesouro Nacional.

Dentro do SPB, o Tesouro Nacional comunica-se com o Banco Central


e com todas as Instituições Financeiras integrantes do STR (Sistema de
Transferência de Reserva) para movimentar os recursos.

O SOTN entrou em produção em julho de 2009 e permitiu, entre outras,


as seguintes evoluções: a manutenção de relação direta com os partici-
pantes da RSFN, sem dependência do BACEN; o aprimoramento da ges-
tão da Conta Única, mediante monitoramento online da movimentação e
controle de saldo e a separação do sistema financeiro do sistema contábil,
possibilitando a conciliação financeira independente da conciliação con-
tábil, e garantindo que a movimentação da Conta Única não seja prejudi-
cada no caso de indisponibilidade do sistema contábil (SIAFI).

Tesouro Direto
Um dos principais programas do Tesouro Nacional no que tange à
Dívida Pública Federal é o Tesouro Direto, que possibilita a aquisição
de títulos públicos por pessoas físicas pela internet. Basta o investidor

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se associar a um dos vários agentes de custódia disponíveis (bancos


ou corretoras). Em funcionamento desde 2002, o programa possui os
seguintes objetivos: democratizar o acesso a investimentos em títulos
federais; incentivar a formação de poupança de longo prazo e facilitar
o acesso às informações sobre a administração e a estrutura da dívida
pública federal brasileira.

No Tesouro Direto, o próprio investidor gerencia seus investimentos,


que podem ser de curto, médio ou longo prazo (por exemplo: de 1 a
40 anos). É um investimento com flexibilidade de prazos e rendimentos
(prefixados, atrelados a índice de preços ou à taxa Selic), alta rentabili-
dade e liquidez semanal. O investidor pode resgatar os títulos antes do
vencimento pelo seu valor de mercado, uma vez que o Tesouro Nacio-
nal garante a recompra dos títulos todas as quartas-feiras.

O rendimento da aplicação em títulos públicos possui baixos custos e é


bastante competitivo se comparado com as outras aplicações financei-
ras de renda fixa existentes no mercado. As taxas de administração e de
custódia são baixas (algumas corretoras não cobram por seus serviços)
e o Imposto de Renda só é cobrado no momento da venda ou venci-
mento do título (quanto aos títulos que pagam cupom de juros, também
é descontado Imposto de Renda no pagamento do cupom).

O Tesouro Direto é marcado por baixos custos e elevada flexibilidade,


dando a chance aos investidores de adequarem seus investimentos aos
seus objetivos pessoais. Todas as informações sobre o Programa po-
dem ser encontradas em www.tesourodireto.gov.br.

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Transferências Governamentais
Transferências Constitucionais e Legais - As transferências constitucionais
e legais são parcelas de recursos arrecadados pela União que são distribuídas
aos Estados, Distrito Federal e Municípios por determinação da Constituição
Federal e de Leis Federais. O Tesouro Nacional divulga anualmente as
estimativas individualizadas das transferências constitucionais e legais para
o exercício subseqüente. Mensalmente, divulga também as estimativas
trimestrais, relatórios e boletins destas transferências. Todas as informações
sobre o assunto estão disponíveis no sítio do Tesouro Nacional.

Foto: Sandra Cláudia Bastos

Transferências Voluntárias - Transferência Voluntária é, de acordo com o


caput do artigo 25 da Lei de Responsabilidade Fiscal, a entrega de recursos
correntes ou de capital a outro Ente da Federação, a título de cooperação,
auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação consti-
tucional, legal ou que não sejam destinados ao Sistema Único de Saúde.

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Para a realização de transferências voluntárias pela União, foram esta-


belecidas diversas exigências legais e constitucionais, cujo atendimen-
to, pelos Entes da Federação, é pré-condição para a celebração de
convênios e contratos de repasse.

CAUC - A Secretaria do Tesouro Nacional desenvolveu e gerencia


um sistema informatizado denominado Cadastro Único de Convê-
nio (CAUC) que presta serviços aos gestores dos Órgãos e Entidades
Concedentes, no sentido de simplificar a verificação do cumprimento
da maior parte daquelas exigências pelos potenciais convenentes e
Entes Federativos beneficiários de transferências voluntárias de recur-
sos da União.

O CAUC pesquisa e transcreve, diariamente, as informações disponibi-


lizadas nos cadastros ou sistemas de registro de adimplência mantidos
por Órgãos ou Entidades Federais ou sistemas subsidiários de informa-
ções do Governo Federal que contenham informações declaratórias de
natureza contábil, financeira ou fiscal.

As informações do CAUC sobre a situação dos Entes da Federação


(Estados, Distrito Federal e Municípios) podem ser acessadas no Portal
do Tesouro Nacional.

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