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Curso: Direito
QUESTÃO Nº 11
Autor: Me. Frederico Alves da Silva
QUESTÃO Nº 12
Autor: Es. Edson Lucas Viana
QUESTÃO Nº 13
Autor: Me. André Luiz Aidar Alves
QUESTÃO Nº 14
Autor(a): Ma Ana Flávia Borges e Ma. Ana Paula Félix Gualberto
QUESTÃO Nº 15
Autor(a): Me.Marcelo Bareato
QUESTÃO Nº 16
Autor(a): Dr. Luiz Carlos Falconi
QUESTÃO Nº 17
Autor(a): Me. Eurípedes Clementino Ribeiro Júnior
QUESTÃO Nº 18
Autor(a): Me. Guelber Caetano Chaves
QUESTÃO Nº 19
Autor: Me. José Cristiano Leão Tolini
QUESTÃO Nº 20
Autor(a): Es. Sergio Luis Oliveira dos Santos
QUESTÃO Nº 21
Autor(a): Me. Carlos Henrique Reis Rochael
QUESTÃO Nº 22
Autor(a): Ma. Claudia Glênia Silva de Freitas
QUESTÃO Nº 23
Autor(a): Ma. Marcia Pimenta de Paiva
QUESTÃO Nº 24
Autor(a): Es. Cassiano Antônio Lemos P Junior
QUESTÃO Nº 25
Autor(a): Ma. Roberta Cristina de M. Siqueira
QUESTÃO Nº 26
Autor(a): Es. Luiz Antônio de Paula
QUESTÃO Nº 27
Autor(a): Ma. Larissa Priscila Passos Bareato
QUESTÃO Nº 28
Autor(a): Me. Paulo Henrique Faria Nunes
QUESTÃO Nº 29
Autor(a): Dr. José Antônio Tietzmann e Silva
QUESTÃO Nº 30
Autor(a): Dr. Clodoaldo Moreira dos Santos Junior
QUESTÃO Nº 31
Autor(a): Me. Cleiton Ricardo das Neves
QUESTÃO Nº 32
Autor(a): Me. Otávio Alves Forte
QUESTÃO Nº 33
Autores: Ma. Lúcia de Fátima Lôbo C. Amado e Marisvaldo Cortez Amado
QUESTÃO Nº 34
Autor(a): Dr. Ari Ferreira de Queiroz
QUESTÃO Nº 35
Autor(a): Es. Juliana Lourenço de Oliveira
QUESTÃO DISCURSIVA 03
Autor(a): Me. Rodrigo de Oliveira Caldas
QUESTÃO DISCURSIVA 04
Autor(a): Dra Eliane Romeiro
QUESTÃO DISCURSIVA 05
Autores: Dra. Marina Rubia Mendonça Lôbo, Es. Benjamim de Souza Lôbo Neto e Es.
Marina Santana de Lacerda
QUESTÃO Nº 11
Gabarito: B
Comentário:
O índio não possui propriedade das terras indígenas, apenas usufruto vidual.
Não será em nenhuma hipótese oportunizado aos índios a possibilidade de
transferência de terras aos particulares ou ao Poder Público. Assim, a alternativa está
totalmente incorreta. Ora, apesar de proprietária, a União não tem direitos de gozo e
fruição sobre essas terras. Ao contrário, tais direitos cabem, exclusivamente, às
comunidades indígenas, por meio do institutos da posse permanente e do usufruto
exclusivo (art. 231, §2º).
Além disso, a propriedade atribuída à União é decorrente de enumeração
constitucional. Porém, é a própria Constituição que atribui aos índios "direitos
originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam" (art. 231, caput).
Só há uma forma adequada de conciliar essas duas disposições: a União é
proprietária a título derivado, pois os direitos originários são de titularidade das
populações indígenas.
Referências:
QUESTÃO Nº 12
Tipo de questão:
Comentário:
Referências:
DIAS, Maria Berenice, Manual de direito das famílias / Maria Berenice Dias. – 12ª. ed.
rev. e atual. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2017.
QUESTÃO Nº 13
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____________________________________________________________________
Gabarito: D
Tipo de questão:
Comentário:
Referências:
QUESTÃO Nº 14
- Faz hoje dez anos que faleceu o pai desta menina, disse Anselmo apontando
para Adelaide. Como sabem o Dr. Bento Varela foi o meu melhor amigo, eu tenho
consciência de haver correspondido à sua afeição até aos últimos instantes. Sabem
que ele era um gênio excêntrico; toda a sua vida foi uma grande originalidade. Ideava
vinte projetos, qual mais grandioso, qual mais impossível, sem chegar ao cabo de
nenhum, porque o seu espírito criador tão depressa compunha uma cousa como
entrava a planear outra.
- O Bento morreu nos meus braços, e como derradeira prova de sua amizade confio-
me um papel com a declaração de que eu só abrisse em presença dos seus parentes
dez anos depois de sua morte. No caso de eu morrer, os meus herdeiros assumiriam
esta obrigação; em falta deles, o major, a Sra. Adelaide, enfim qualquer pessoa que
por laço de sangue estivesse ligada a ele. Enfim, se ninguém houvesse na classe
mencionada, ficava incumbido de um tabelião. Tudo isto havia eu declarado em
testamento, que vou reformar. O papel a que me refiro, tenho aqui no bolso.
Gabarito:E
Autoras: Ma. Ana Flavia Borges e Ma. Ana Paula Félix Gualberto
Comentário:
• A letra “A” não está correta quando afirma que o testamento hológrafo (expressão
que significa inteiramente escrito) é um ato imperfeito, pois o Código Civil prevê a
possibilidade de o testamento ser escrito de próprio punho pelo testador.
• A letra “B” não está correta, pois o Código Civil prevê no art. 1879 esta forma
especial de testamento onde não há testemunhas.
• A letra “C” não está correta porque, ao contrário do afirmado, houve a previsão
expressa de falecimento de Anselmo antes de Bento e que neste caso os herdeiros
de Anselmo assumiriam essa obrigação.
• A letra “D” não está correta porque os herdeiros necessários de Bento não são D.
Adelaide e o Major, mas apenas D. Adelaide, filha de Bento. O art. 1845 prevê quem
são os herdeiros necessários (descendentes, ascendentes e cônjuge). O juiz deveria,
sim, confirmar o testamento, após ouvido o MP. O art. 1879 declara expressamente
que a critério do juiz o testamento poderá ser confirmado.
Referências:
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: direito das sucessões. 8. ed.
São Paulo: Saraiva, 2016.
QUESTÃO Nº 15
Gabarito: D
Comentário:
Referências:
DOTTI, René Ariel. Bases e alternativas para o sistema de penas. São Paulo: RT,
1998.
QUESTÃO Nº 16
Comentário:
Referências:
GAGLIANO, Pablo Stolze &PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil
Civil, vol. III, - responsabilidade civil, São Paulo: Saraiva, 2008.
DIAS, Sergio Novais. Responsabilidade civil do advogado pela perda de uma chance.
São Paulo: Ltr, 1999.
QUESTÃO Nº 17
Gabarito: E
Comentário
A alternativa (A) mostra-se incorreta, uma vez que existem tipos denominados
justificantes, que exigem do juiz uma apreciação da situação justificadora, bem
como dos bens jurídicos em conflito. O Código Penal, em sua parte geral, menciona
taxativamente os tipos permissivos que constituem excludentes de licitude, sendo:
legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal e
exercício regular de direito. Assim, embora a conduta seja formalmente típica, essas
excludentes garantem uma justificativa capaz de remover o aspecto ilícito da ação.
A alternativa (B) mostra-se incorreta uma vez que a aplicação do referido
princípio não produz fatos penalmente atípicos, o que se reconhece é a insignificância
da punição de um fato típico para uma conduta ínfima.
A alternativa (C) mostra-se incorreta porque se contrapõe ao preceito aceitável
do princípio em tela, devendo-se entender contrariamente à assertiva, leia-se: o fato
típico, com o reconhecimento de sua insignificância, NÃO constitui violação relevante
ao bem jurídico tutelado, merecedor da tutela penal.
A alternativa (D) mostra-se incorreta, uma vez que a configuração da tipicidade
ocorre quando a conduta do sujeito se adequa perfeitamente à letra da lei, e não
apenas e tão somente das circunstâncias do caso concreto. Por se tratar de princípio
que afasta a tipicidade material do delito, os Tribunais Superiores pacificaram o
entendimento que para a correta aplicabilidade do princípio em tela, o julgador deve
verificar os seguintes requisitos: 1) mínima ofensividade da conduta do agente; 2)
nenhuma periculosidade social da ação; 3) reduzido grau de reprovabilidade do
comportamento; 4) inexpressividade da lesão jurídica provocada.
A alternativa (E) mostra-se CORRETA. No que tange a aplicabilidade
do princípio da insignificância no Direito Penal, faz-se necessário recorrermos a um
outro tema: a tipicidade, conforme a sua concepção formal e concepção material.
Do ponto de vista formal, a tipicidade se define exatamente quando o criminoso
se adequa à conduta ilícita, à conduta tipificada na lei penal, ou seja, é a mera
correspondência entre uma conduta da vida real e o tipo legal do crime, que consta
no ordenamento punitivo.
O tipo penal traz em si mesmo outra “variante” - o aspecto material da conduta.
Sob esse prisma não basta apenas que a conduta humana esteja descrita
formalmente na lei, tem-se que visualizar “algo mais”: se esse comportamento
humano foi, verdadeiramente, lesivo a bens jurídicos, moral ou patrimonial. Com isso,
considerar-se-iam atípicas condutas humanas que não lesem a vida em sociedade,
por serem tão ínfimas e insignificantes, não merecendo qualquer apreciação da
função judiciária. Na tipicidade material, incide o principio da insignificância,
afastando-a, logo o fato não possui tipicidade material, de sorte que inexiste o
primeiro elemento do crime (fato típico), e, por consequência, o próprio crime.
Nessa via, quando se reconhece a irrelevância penal da conduta ou de seu
resultado, apesar de haver tipicidade formal, a tutela penal é afastada, uma vez que
inexiste a tipicidade material.
A intervenção do Direito Penal apenas se justifica quando o bem jurídico
tutelado tenha sido exposto a um dano de significativa lesividade, em assim sendo,
não havendo a tipicidade material, mas apenas a formal, a conduta não possui
relevância jurídica, afastando-se, por consequência, a intervenção da tutela penal, em
face do postulado da intervenção mínima.
Assim, sob o enfoque hermenêutico, o princípio da insignificância pode ser visto
como instrumento de interpretação restritiva do tipo penal, tendo em vista que
restringe o âmbito de incidência da lei penal incriminadora e afasta a tipicidade
material.
É de se destacar que o Supremo Tribunal Federal pontuou critérios para
aplicação do principio em tela, vejamos:
Referências:
BITENCOURT, César Roberto. Tratado de Direito Penal. 8 ed. São Paulo: Editora
Saraiva, 2004, v.1.
CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal. 6 ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
MIRABETE, Júlio Fabbrini. Manual de direito penal, 7 ed. São Paulo: Atlas, volume
I, p. 171.
QUESTÃO Nº 18
I. A realização do Direitos Humanos não deve ser preocupação do Direito Penal, cujo
objetivo é prevenir a criminalidade e garantir a segurança social.
II. A prisão preventiva não viola os Direitos Humanos, uma vez que não afronta o
princípio da presunção de inocência.
III. A paridade de armas no processo penal não impede que seja dada ao direito de
defesa a tutela diferenciada em relação às prerrogativas da acusação.
IV. O sistema acusatório tem como uma de suas características de destaque a
iniciativa probatória nas mãos das partes, ou seja, a prevalência da inércia do juiz no
campo da prova.
Gabarito: C
Comentário:
Referências:
LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal: volume único. Salvador:
JusPodivm, 2016.
JESUS, Damásio Evangelista de. Direito penal, volume 1: parte geral. São Paulo:
Saraiva, 2009.
LOPES JR, Aury. Direito Processual Penal. São Paulo: Saraiva, 2012.
OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de Processo Penal. São Paulo: Atlas, 2012.
PRADO, Luiz Regis. Curso de direito penal brasileiro, volume 1: parte geral, arts. 1º a
120. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007.
ROXIN, Claus. Política Criminal y sistema del Derecho Penal, 2002.
ZAFFARONI, Eugenio Raul; PIERANGELI, José Henriuqe. Manual de direito penal
brasileiro, volume I: parte geral. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2006.
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo penal, 3º volume. São Paulo:
Saraiva, 2009.
QUESTÃO Nº 19
Art. 7º:
A. I e II.
B. I e IV.
C. III e IV.
D. I, II e III.
E. II, III e IV
Gabarito: B
Comentário:
Em primeiro lugar é preciso enfatizar que a Lei Maria da Penha (Lei
11.340/06), visa proteger quem precisa de proteção, no caso, a mulher.
De outro turno, importante frisar que a violência doméstica não é apenas a
física, mas também, a psicológica, sexual, patrimonial e moral (art. 7º, Lei 11.340/06).
O item I está correto porque está previsto no artigo 41 da Lei dos Juizados
Especiais Criminais, que diz: “Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica
e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei
no 9.099, de 26 de setembro de 1995”.
Desse modo, em casos de violência doméstica ou familiar são vedados os
institutos despenalizadores, como a transação penal e a suspensão condicional do
processo (art. 89, 9.099/95).
Ou seja, o rito dos juizados especiais foi instituído para as infrações de menor
potencial ofensivo, o que não se aplica em razão da complexidade e gravidade dos
crimes que envolvam violência doméstica e familiar contra a mulher.
Por fim, importante frisar que o Superior Tribunal de Justiça firmou
posicionamento de que não se aplicam os institutos acima nos casos em que incide a
Lei Maria da Penha: Dispõe a Súmula 536: “A suspensão condicional do processo e a
transação penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da
Penha”.
O item IV está correto já que não há previsão expressa trazida pela Lei
11.340/2006. Não existe crime de violência doméstica. O que existe são os crimes do
Código Penal que recebem o carimbo de ‘violência doméstica’.
Assim, a alínea f do inciso II do artigo 61 do Código Penal dispõe sobre as
circunstâncias genéricas que agravam a pena quando o crime for cometido “com
abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou
de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica”.
Portanto, não há previsão específica de tipicidade da conduta de violência
doméstica ou familiar contra a mulher, mas sim a agravante genérica do Código
Penal.
Referências:
QUESTÃO Nº 20
Gabarito: A
Comentário:
A questão exige essencialmente o conhecimento do tema “Improbidade
Administrativa” e algumas questões de natureza penal, bem como processual penal, e
para responder cada item são necessárias algumas informações iniciais.
Comportamento improbo é aquele eivado de má-fé, é o atuar ou omitir-se
desonestamente com finalidades espúrias, e, quando praticado no contexto público,
acarretará responsabilização para seu agente.
Nas palavras de FILHO, ROSA e JÚNIOR:
Numa primeira aproximação, improbidade administrativa é o
designativo técnico para a chamada corrupção administrativa, que,
sob diversas formas, promove o desvirtuamento da Administração
Pública e afronta os princípios nucleares da ordem jurídica (Estado
de Direito, Democrático e Republicano), revelando-se pela obtenção
de vantagens patrimoniais indevidas às expensas do erário, pelo
exercício nocivo das funções e empregos públicos, pelo tráfico de
influência nas esferas da Administração Pública e pelo favorecimento
de poucos em detrimento dos interesses da sociedade, mediante a
1
concessão de obséquios e privilégios ilícitos.
Nesta categoria estão os agentes que possuem algum vínculo formal com a
Administração Pública seja pelo exercício transitório ou permanente, com ou sem
remuneração, por exemplo:
OBSERVAÇÃO COMPLEMENTAR 1:
Importante salientar que este entendimento não pode ser
pacificamente ampliado para a esfera de responsabilização penal.
A lei 8.666/93, no artigo 89 prevê como delito a dispensa ou
inexigibilidade de licitação fora das hipóteses legais ou sem a observância das
formalidades.
Uma primeira corrente se posiciona no sentido de exigir a ocorrência
de evento danoso ao erário para a consumação do tipo - STJ e 2ª Turma do STF.
Já numa segunda corrente prevalecente na 1ª Turma do STF é
dispensada a demonstração do prejuízo.
OBSERVAÇÃO COMPLEMENTAR 2:
O Supremo Tribunal Federal recentemente decidiu sobre a
PRESCRITIBILIDADE – (Recurso Extraordinário nº 669.069) da ação de reparação
de danos à Fazenda Pública por ato ilícito, mas não modificou o caráter
imprescritível dos danos oriundos de atos de improbidade. Entretanto, no que tange
a improbidade, esse entendimento poderá no julgamento do Recurso Extraordinário
nº 852.475 pendente de julgamento. O estudioso deverá acompanhar o desenrolar
do debate.
Referências:
1. FILHO, Marino Pazzaglini; ROSA, Márcio Fernando Elias; JÚNIOR, Waldo Fazzo.
Improbidade Administrativa: Aspectos Jurídicos da defesa do patrimônio Público. São
Paulo: Atlas, 1999, p. 39.
2. NEVES, Daniel Amorim Assumpção; OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Manual
de improbidade administrativa. 2. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Método, 2014.
3. Marino Pazzaglini Filho, Lei de improbidade administrativa comentada, 2ª edição,
São Paulo: Atlas, 2005. p. 110.
4. REsp 1.352.035-RS, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 18/8/2015, DJe
8/9/2015.
5. http://www.stj.jus.br/SCON/jt/toc.jsp - ACESSO 13/06/2018
6. MEIRELLES, Hely Lopes, Direito Administrativo Brasileiro, ed. Revistas dos
Tribunais, 1990, SP, págs. p. 356)
7. Apud. NUCCI, Guilherme de Souza. Código de processo penal comentado. 4. ed.
revista, atualizada e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005, p. 121/122.
8. MIRABETE, Júlio Fabbrini,Manual de Direito Penal III, 19ª edição, página 295.
QUESTÃO Nº 21
A Administração Pública contratou, por meio de licitação pública, determinada
empresa para a execução de uma obra de engenharia. Em virtude de sucessivos
atrasos no pagamento, tornou-se inviável a conclusão da obra pela resilição do
contrato. Nova empresa foi contratada para a conclusão dos serviços, com dispensa
de licitação.
PORQUE
Gabarito: D
Comentário:
A Lei 8.666/93, ao tratar das situações que ensejam dispensa de licitação, prevê
em seu art. 24, inc. XI, que:
Marçal Justen Filho (Curso de Direito Administrativo, Ed. Rev. dos Tribunais, 11ª
ed., p. 546) é o doutrinador que abordou tal diferença semântica, ao mencionar que “o
art. 78 prevê casos, que melhor de rescisão por inadimplemento de uma das partes,
que melhor seriam qualificadas como causas de resilição.
Referências:
MARÇAL, Justen Filho. Curso de Direito Administrativo. 11 ed., São Paulo: Revista dos
tribunais, p. 546
QUESTÃO Nº 22
A. I, apenas.
B. III, apenas.
C. I e II, apenas.
D. II e III, apenas.
E. I, II e III.
Gabarito: B
Comentário:
II. Deve ser declarada à revelia da atividade Alfa S.A., razão pela qual não
poderá mais constar nos autos como Reclamada.
Referências:
CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das leis do trabalho. 38. ed. São
Paulo: Saraiva, 2013.
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 13. ed. São Paulo: LTr,
2018.
QUESTÃO Nº 23
A. Habeas data.
B. Ação civil pública.
C. Ação de indenização.
D. Mandado de segurança.
E. Termo de ajuste de conduta.
Gabarito: B
Comentário:
Não é o caso de habeas data (CF, art. 5º, LXXII, a e b), já que a questão não se
trata de medida que vise assegurar o conhecimento de informações relativas à
pessoa, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou
de caráter público, tampouco para a retificação de dados.
Não é o caso de mandado de segurança, (CF, art. 5º, LXIX), pois não há
pretensão de proteger direito líquido e certo violado por autoridade pública ou agente
de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
Referências:
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do trabalho. São Paulo:
Saraiva, 2018.
QUESTÃO Nº 24
A. I, apenas.
B. II, apenas.
C. I e III, apenas.
D. II e III, apenas.
E. I, II e III.
Gabarito: C
Tipo de questão:
Comentário:
A questão versa sobre um dos principais males enfrentados pela seara laboral, o
trabalho escravo.
Aliás, o trabalho sob condição análoga à de escravo está na mira não só do Direito
do Trabalho, mas também do Direito Penal que o capitula como crime para quem
explora esse tipo de atividade.
Pois bem, o exercício em comento não traz grandes dificuldades para sua
resolução.
Vejamos.
Toda forma de trabalho escravo é degradante, mas nem toda forma de trabalho
degradante é escravo. O fator principal de diferenciação é a liberdade. Quando há
cerceamento da liberdade, fala-se em trabalho escravo: é o caso do trabalho forçado
ou da restrição da locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou
preposto. Quando não houver afronta à liberdade, mas estiverem presentes
condições degradantes, como a jornada excessiva, a falta de segurança e higiene, ou
mesmo alimentação adequada, é o caso de trabalho degradante.
Referências:
CASSAR, V. B. Direito do Trabalho. Niterói, RJ: Impetus, 2011
QUESTÃO Nº 25
Gabarito: D
Comentário
Referências:
Nesse caso, qual seria a decisão correta a ser tomada pelo órgão administrativo
competente?
Gabarito: ANULADA
Comentário:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
(B) Indeferir o pedido formulado pelo comerciante, pois a cobrança de taxas não
exige prestação de serviço ou exercício do poder de polícia.
Um dos fatos geradores para a cobrança das taxas, conforme dispõe o caput do art.
77 do CTN, é o exercício regular do poder de polícia, ou, pela utilização efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis.
O erro está exatamente “NÃO exige”.
(C) Deferir o pedido formulado pelo comerciante, pois não houve o exercício
regular do poder de polícia de modo efetivo.
Se não existisse o órgão fiscalizatório em pleno funcionamento, realmente a
alternativa "C" estaria correta. Entretanto, o enunciado apenas menciona que o órgão
municipal não se dirigiu até o contribuinte, porém, existe o órgão de fiscalização.
Há diversos precedentes, o STF entendeu que não há necessidade de que todos os
contribuintes sejam fiscalizados "in loco", ou seja, é plenamente possível a
fiscalização por amostragem.
O inteiro teor da decisão proferida em sede de REPERCUSSÃO GERAL ilustra
claramente tal situação.
"Recurso Extraordinário 1. Repercussão geral reconhecida. 2.
Alegação de inconstitucionalidade da taxa de renovação de
localização e de funcionamento do Município de Porto Velho.
3. Suposta violação ao artigo 145, inciso II, da Constituição, ao
fundamento de não existir comprovação do efetivo exercício
do poder de polícia. 4. O texto constitucional diferencia as
taxas decorrentes do exercício do poder de polícia daquelas
de utilização de serviços específicos e divisíveis, facultando
apenas a estas a prestação potencial do serviço público. 5. A
regularidade do exercício do poder de polícia é imprescindível
para a cobrança da taxa de localização e fiscalização. 6. À luz
da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, a
existência do órgão administrativo não é condição para o
reconhecimento da constitucionalidade da cobrança da taxa
de localização e fiscalização, mas constitui um dos elementos
admitidos para se inferir o efetivo exercício do poder de
polícia, exigido constitucionalmente. Precedentes. 7. O
Tribunal de Justiça de Rondônia assentou que o Município de
Porto Velho, que criou a taxa objeto do litígio, é dotado de
aparato fiscal necessário ao exercício do poder de polícia. 8.
Configurada a existência de instrumentos necessários e do
efetivo exercício do poder de polícia. 9. É constitucional taxa
de renovação de funcionamento e localização municipal,
desde que efetivo o exercício do poder de polícia,
demonstrado pela existência de órgão e estrutura
competentes para o respectivo exercício, tal como verificado
na espécie quanto ao Município de Porto Velho/RO 10.
Recurso extraordinário ao qual se nega provimento.
(RE 588322, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal
Pleno, julgado em 16/06/2010, REPERCUSSÃO GERAL -
MÉRITO DJe-164 DIVULG 02-09-2010 PUBLIC 03-09-2010
EMENT VOL-02413-04 PP-00885 RTJ VOL-00224-01 PP-
00614 RIP v. 12, n. 63, 2010, p. 243-255 RT v. 99, n. 902,
2010, p. 149-157)
Para quem deseja pesquisar mais sobre o assunto, vale a pena conferir a
íntegra do acórdão acima citado, disponível no site do STF:
Fonte: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp…
REDIR.STF.JUS.BR
(E) Indeferir o pedido formulado pelo comerciante, pois não existe possibilidade
de anulação administrativa de lançamento de crédito tributário.
No controle do lançamento do crédito tributário, pode-se concluir de que houve erro
no procedimento administrativo do lançamento da taxa, o que acarretará na
possibilidade de anulação da exigência tributária.
Referências:
A. II, apenas
B. III, apenas
C. I e II, apenas
D. I e III, apenas
E. I, II, III
Gabarito: C
Comentário:
Referências:
AMARAL, Francisco. Direito Civil: introdução. Rio de Janeiro: Renovar, 2008.
MARQUES, Cláudia Lima; BESSA, Leonardo Roscoe. Manual de Direito do
Consumidor. São Paulo: RT, 2010.
CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Direito do Consumidor. São Paulo: Atlas,
2014.
FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil: parte
geral e LINDB. Salvador: Ed. JusPodivm, 2013. V. 1.
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil.
15. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. Vol. 1.
LÔBO, Paulo. Direito Civil: parte geral. São Paulo: Saraiva, 2012.
MIRAGEM, Bruno. Curso de Direito do Consumidor. São Paulo: RT, 2013.
QUESTÃO Nº 28
I. A natureza dos direitos humanos passou a ser uma hard law, com a ratificação do
Pacto Internacional dos Direitos Civis e políticos e do Pacto Internacional dos Direitos
Econômicos, Sociais e Culturais, ambos de 1966, além dos protocolos facultativos do
Pacto dos Direitos Civis e Políticos, que constituem a Carta Internacional dos Direitos
do Homem.
II. A declaração Universal dos Direitos Humanos possui eficácia jurídica vinculante,
tanto por revelar-se como uma interpretação autorizada pelo contido na Carta das
Nações Unidas, quanto por se constituir como direito consuetudinário internacional,
como defende parte considerável da doutrina, consubstanciando-se, ainda, a ideia de
que, para ser titular de direitos, basta ser nacional de qualquer Estado.
III. A respeito dos direitos civis, a Convenção Americana de Direitos Humanos
estabelece que ninguém deve ser constrangido a executar trabalho forçado ou
obrigatório, afora em decorrência de crime tipificado como hediondo pela legislação
do país que adotar essa punição específica para tal modalidade de crime, não
podendo, todavia, a respectiva pena ultrapassar 30 anos de reclusão.
A. I, apenas.
B. III, apenas.
C. I e II, apenas.
D. II e III, apenas.
E. I, II e III.
Gabarito: A
Comentário
1
NUNES, Paulo Henrique Faria. Direito internacional público: introdução crítica. Curitiba: Juruá, 2015, p.
65.
cumprimento da dita pena, imposta por juiz ou tribunal competente. O
trabalho forçado não deve afetar a dignidade nem a capacidade física e
intelectual do recluso.
3. Não constituem trabalhos forçados ou obrigatórios para os efeitos
deste artigo:
a. os trabalhos ou serviços normalmente exigidos de pessoa reclusa
em cumprimento de sentença ou resolução formal expedida pela
autoridade judiciária competente. Tais trabalhos ou serviços devem
ser executados sob a vigilância e controle das autoridades públicas,
e os indivíduos que os executarem não devem ser postos à
disposição de particulares, companhias ou pessoas jurídicas de
caráter privado;
b. o serviço militar e, nos países onde se admite a isenção por motivos
de consciência, o serviço nacional que a lei estabelecer em lugar
daquele;
c. o serviço imposto em casos de perigo ou calamidade que ameace a
existência ou o bem-estar da comunidade; e
d. o trabalho ou serviço que faça parte das obrigações cívicas normais.
Referências:
COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. 4. ed. São
Paulo: Saraiva, 2006.
MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Curso de direito internacional público. 11. ed. São
Paulo: Forense, 2018.
RAMOS, André de Carvalho. Curso de direitos humanos. 4. ed. São Paulo: Saraiva,
2017.
VARELLA, Marcelo Dias. Curso de direito internacional público. São Paulo: Saraiva.
QUESTÃO Nº 29
Gabarito: B
Comentário:
Referências:
MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. Sao Paulo: Malheiros,
2018.
SILVA, José Afonso da. Direito Ambiental Constitucional. 10. ed. São Paulo:
Malheiros, 2013.
QUESTÃO Nº 30
Gabarito: B
Comentário:
PORQUE
Obs: Recomendo que o aluno estude o artigo 225 da Constituição Federal de 1988
em sua integralidade.
Referências:
MEDEIROS, Fernanda Luiza Fontoura de; ROCHA, Marcelo Hugo da. Como se
preparar para o Exame da Ordem – Ambiental. 7. ed. São Paulo: Editora Método,
2015.
QUESTÃO Nº 31
Gabarito: C
Comentário:
Referências:
WOLKMER, Antônio Carlos. História do Direito no Brasil. 4ª ed, rev. Rio de Janeiro:
Forense, 2008.
TELES, Maria Amélia de Almeida. O que são os Direitos Humanos das Mulheres, ed.
Brasiliense, coleção Primeiros Passos.
QUESTÃO Nº 32
Gabarito: A
Comentário:
A prova foi realizada sob a égide da legislação processual civil de 1973 (Lei
nº 5.869/73), razão pela qual a resposta encontra respaldo naquela legislação e não
na atual, em vigor desde 18 de março de 2016 (Lei 13.105/2015). A resposta da prova
estava justificada no art. 95 do CPC/73, que encontra correspondente no art. 47 do
atual CPC/15.
O art. 47, do CPC/15, dispõe:
Referências:
CRAMER. Ronaldo. Art. 47. In: STRECK, Lenio Luiz; NUNES, Dierle; CUNHA,
Leonardo (orgs.). Comentários ao Código de Processo Civil. São Paulo: Saraiva,
2016, p. 110.
NERY JR., Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de Processo Civil
comentado e legislação extravagante. 9 ed., ver., atual. e ampl. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2006.
QUESTÃO Nº 33
Texto 1
Ninguém pode atualmente eximir-se da reflexividade que caracteriza o espírito
moderno. Seria absurdo, daqui por diante, confinar-se na ingenuidade e nos limites
tranquilizadores de uma tradição fechada sobre si mesma, no momento em que a
consciência moderna encontra-se apta a compreender a possibilidade de uma
múltipla relatividade de pontos de vista. Também nos habituamos, neste sentido, a
responder aos argumentos que nos expõem através de uma reflexão em que nos
colocamos deliberadamente na perspectiva do outro.
GADAMER, H-G. O problema da consciência histórica. Rio de janeiro: FGV, 2006 (adaptado).
Texto 2
O aparecimento de uma tomada de consciência histórica constitui uma das mais
importantes transformações pelas quais passaram as sociedades desde o início da
época moderna. Diante disso, conforme se depreende do conteúdo dos textos acima,
a atividade hermenêutica também deve ser repensada, podendo-se afirmar que ela
assume o papel de teoria do conhecimento jurídico.
Gabarito: E
Comentário:
Referências:
QUESTÃO Nº 34
BRASIL, Supremo Tribunal Federal. Ação Direta de Inconstitucionalidade 855-2 PARANÁ. Requerente:
Confederação Nacional do Comércio – CNC. Requerido: Governador do Estado do Paraná. Assembleia
Legislativa do Estado do Paraná. Relator: Ministro Gilmar Mendes. Brasília, 06 de março de 2008.
Gabarito: D
Comentário:
“A alternativa “A” está errada, pois a ementa da decisão diz respeito a vício
formal, enquanto o “princípio da razoabilidade”, em que se funda, diz respeito a
inconstitucionalidade material. Desse modo, sequer o item II confirma o item I.
Pela mesma razão, também está errada a alternativa “B”
Igualmente, errada a primeira parte da alternativa “C”, pois a Confederação
Nacional do Comércio não tem legitimidade universal para o controle concentrado de
constitucionalidade, senão meramente vinculada à pertinência temática, no sentido de
que somente pode ajuizar ação que interesse à sua categoria profissional. Quanto à
sua segunda parte, o erro consiste em afirmar ser falsa, quando, na verdade,
apresenta justamente as características da inconstitucionalidade material por violação
aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Mas, nesse ponto, como a
ementa, que trata de vício formal.
A primeira parte da alternativa “D” está correta, pois de fato a Confederação
Nacional do Comércio não legitimidade universal para o controle concentrado de
constitucionalidade, senão meramente vinculada à pertinência temática, no sentido de
que somente pode ajuizar ação que interesse à sua categoria profissional. Quanto à
sua segunda parte, correta, pois afirmar justamente as características da
inconstitucionalidade material por violação aos princípios da razoabilidade e
proporcionalidade. Mas, nesse ponto, como a ementa, que trata de vício formal.
Portanto, errada a alternativa “D”, haja vista ser falsa a primeira proposição falsa e
verdadeira a segunda, pelas razões expostas nas alternativas “C” e “D””.
Referências:
ALEXY, Robert. Constitucionalismo Discursivo. Tradução de Afonso Heck. 2. ed.
Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2008.
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 26. ed. São Paulo: Malheiros,
2015
QUESTÃO Nº 35
A. I.
B. II.
C. I e III
D. II e IV
E. III e IV
Gabarito: D
Comentário:
Referências:
JÚNIOR, Fredie Didier. Curso de Direito Processual Civil, Introdução ao Direito
Processual Civil, Parte Geral e Processo de Conhecimento. São Paulo. Editora
Juspodivm, 20ª Edição. 2018.
FIORELLI, José Osmir; FIORELLI, Maria Rosa; MALHADAS JUNIOR, Marcos Julio
Olivé. Mediação e Solução de Conflitos. São Paulo: Atlas, 2008.
ROSA, Conrado Paulino da. Desatando nós e criando laços: os novos desafios da
mediação familiar. Belo Horizonte: Del Rey, 2012.
QUESTÃO DISCURSIVA 3
Em uma união homoafetiva entre duas mulheres, uma delas teve um filho fruto
de inseminação artificial heteróloga. Passados dezesseis anos, mediante acordo de
dissolução de união estável homologado em juízo, em 10/02/2013, convencionou-se o
pagamento de verba alimentícia para o filho, correspondente a 20% do salário
percebido pela mãe biológica, não detentora da guarda. Em 20/01/2015, o filho
completou dezoito anos de idade. A mãe devedora dos alimentos propôs ação de
exoneração, afirmando que, além de ter atingido a maioridade, o filho passara a ser
bolsista de iniciação científica na Faculdade.
A. O filho tem direito à manutenção dos alimentos devidos pela mãe não
biológica? Apresente dois argumentos éticos-jurídicos para embasar sua
resposta.
Comentário:
2
(STF-Pleno, RE 898060/SC, rel. Min. LUIZ FUX).
3
FACHIN, Luis Edson. Comentários ao novo Código Civil, v. 18 (arts.
1.591 a 1.638); TEIXEIRA, Sálvio de Figueiredo (Coord.). Rio de
Janeiro: Forense, 2003. p. 23.
4
FACHIN, Luis Edson. Op. cit., p. 23.
5
DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 10 ed. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2015. p. 406.
6
Quando do julgamento do RE 898060, o STF fixou a seguinte tese
jurídica: “A paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro
Daí que esse filho gerado por inseminação artificial heteróloga mantém
vínculo de socioafetividade com a mãe não biológica, o que o legitima a pleitear dela
a prestação de alimentos. Cessado o poder familiar (CC, art. 1.630), ele está
legitimado a postular a verba alimentar com base no parentesco (CC, art. 1.695),
demonstrando que, a despeito da bolsa, "não tem bens suficientes, nem pode prover,
pelo seu trabalho, à própria mantença".
Referências:
DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 10 ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2015.
FACHIN, Luis Edson. Comentários ao novo Código Civil, v. 18 (arts. 1.591 a 1.638);
TEIXEIRA, Sálvio de Figueiredo (Coord.). Rio de Janeiro: Forense, 2003.
QUESTÃO DISCURSIVA 4
Comentário
Referências:
QUESTÃO DISCURSIVA 5
Resposta:
Autores: Dra. Marina Rubia Mendonça Lôbo, Es. Benjamim de Souza Lôbo Neto e Es.
Marina Santana de Lacerda
Comentário
7
GUERRA, Alexandre Dartanhan de Mello;BENACCHIO, Marcelo (coord.). Responsabilidade Civil. São
Paulo: Escola Paulista da Magistratura, 2015, p.54.
8
GOMES, Orlando. Obrigações. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
Quarta Turma, DJe 29/06/09).
Referências:
GERRA, Alexandre Dartanhan de Mello; BENACCHIO, Marcelo (coord.).
Responsabilidade Civil. São Paulo: Escola Paulista da Magistratura, 2015.
9
RODRIGUES, Sílvio. Direito Civil, 3 ed. São Paulo, 2007, pp.66-67.