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Introdução
Como Micropigmentadora, a alguns anos, fui descobrindo
muitas coisas na prática e correlacionando com o conteúdo
aprendido com meus Mestres, que foram generosos em
compartilhar suas experiências.
Patrícia Fraga
Há algum tempo vinha me questionando sobre o que acontecia com
o pigmento dentro da pele. O que acontecia depois de meses e anos?
Por que parecia que só os meus procedimentos com o passar dos anos
A verdade sobre não ficavam mais bonitos? Cadê aqueles fios finos? De cor linda?
Por que eles expandiram? Por que eles sumiam em alguns casos e outros
resultados Era isso mesmo, com o passar do tempo todas as sobrancelhas fica-
riam cinzas ou vermelhas. O fio a fio de hoje seria o esfumado de
amanhã.
Era isso então? Todo meu esforço em realizar um trabalho impecável,
seria um problema para eu resolver alguns anos à frente.
Mas junto com esta trágica notícia veio a solução. Existia uma forma
de fazer aquele procedimento durar mais tempo bonito na pele, desa-
parecer antes de ficar feio, ter um trabalho mais suave e bonito a
longo prazo.
E é este segredo que descobri que quero compartilhar com você!
Qual o resultado
que buscamos? Master Technique
A aplicação verdade é que 99% dos bons profissionais não tem dom
algum, eles desenvolveram uma habilidade. Essa é a boa
notícia. Se você faz parte daqueles profissionais que ralam
da técnica muito pra ficar bom em algo, você faz parte da maioria.
Micropigmentar é uma habilidade e habilidade se desenvolve.
Caso você não queira esperar anos para ter um bom de resultado de fios com dermó-
grafo e já queira aderir ao tebori, reforço que precisará de um dermógrafo de qualquer
forma para realizar duas técnicas: shadow (ou shading ou pontilhismo ou make up
shadow) e esfumada.
Mas a verdade é que é infinitamente mais fácil fazer com dermógrafo e isso é incontestável.
Então se você está iniciando na profissão eu acredito que ao seguir minhas recomenda-
ções ficará mais fácil alcançar bons resultados. E se você já tiver muita experiência na
área, você saberá tomar a melhor decisão.
No caso do tebori existe a forma de colocar
a lâmina corretamente, como mostra a imagem:
A posição correta
do aparelho utilizado.
Melhor a 90 ou a 45 graus?
Qual o ângulo correto de segurar o aparelho?
90 graus, esta é a resposta certa. Mas por quê?
Porque a chance de atingir a camada certa (derme) é muito
maior. Eu sou uma pessoa muito observadora, e comecei a me
indagar: por que alguns professores ensinavam o aluno a fazer
a 45 ou 60 graus?
Quando você já tem experiência, consegue sentir quando está
na camada certa, então tanto faz o ângulo que aplica, mas
quando está começando nem sequer entendemos o significado
da frase “sentir a derme”.
Por isso aplicar sempre a 90 graus perante a pele é o que vai ga-
rantir a implantação na camada correta. E será necessário tra-
balhar assim por muitos anos.
O que pode acontecer se não
aplicar na camada correta, no
posicionamento adequado?
No início da minha profissão, sentia muita di-
ficuldade na fixação. Nenhum procedimento
meu durava mais de 30 dias na pele da clien-
te. O que me gerava muita frustração.
Agora vou te explicar vindo. E isso implanta o fio de forma superficial, pois desenhando de forma
rápida na pele, o pigmento fica apenas na epiderme e não na derme, como
os por quês:
deveria. O correto seria fazer o micro vai e vem, indo e vindo em movimentos
bem pequenos, tipo em 10 tempos. No caso do tebori a velocidade de desenho
do fio é maior, visto que quanto mais devagar se realizar mais profundo ficará.
Pressão e velocidade acontecem juntos. Muito cuidado para não pressionar e
puxar, isso faz nascer as grandes cicatrizes.
3. Escolher a cor certa para cliente não é tão difícil quanto parece.
O importante é entender o conceito da Colorimetria e Pigmentologia. Este
assunto explico em mais detalhes no ebook de Colorimetria e para quem quer
se aprofundar, no curso online Top Expert Colorimetria. Aprendi que quando
sei escolher a cor para minha cliente sem medo, tenho um resultado melhor a
longo prazo.
4. Algumas peles são mais difíceis de implantar: peles
oleosas, porosas, mais grossas, envelhecidas sem
cuidado, desvitalizadas. Quando me deparei pela
primeira vez com um pele mais grossa, que parecia que
“Um outro fator
a agulha não entrava de jeito algum, fiquei sem saber o
que fazer. E assim apliquei mais pressão na mão, para
importante é o tipo da
ver se a agulha entrava. Nossa que erro o meu.
Adivinha o que aconteceu? técnica escolhida. ”
O pigmento até entrou na pele, mas depois de 30 dias a
cor do procedimento tinha assumido um tom meio
cinza, meio azul, meio chumbo. Pronto tinha atingido a 5. Fora o fato de que no início eu aplicava a técnica fio a
camada errada e provavelmente colocado mais fio com uma agulha de 3 pontas, o que obviamente
pigmento do que deveria. Dois grandes erros juntos. deixava meu fio absurdamente grosso, mesmo após ter
Mas depois descobri que eu poderia ter apenas aprendido a fazer com a agulha de uma ponta meus fios
aumentado a velocidade do dermógrafo e assim a ainda eram grossos ou expandiam. E depois de corrigir
agulha entraria com mais facilidade. o grau dos meus óculos e aderir ao uso da lupa, descobri
que na verdade eu fazia um fio ao lado um do outro.
Um outro fator importante é o tipo da técnica escolhida.
Eu achava que estava passando por cima, mas na
Em muitos casos destes tipos de pele o ideal não seria
verdade estava fazendo um fio duplo. Algo simples de
fazer fios e sim uma técnica shadow ou esfumada. E
corrigir, mas que exige muito treino, boa iluminação e
para o uso do tebori em peles mais difíceis pode ser
bons olhos.
usado a lâmina hard ou as lâminas com micro agulhas,
que por ter cada agulha com uma espessura mais fina,
são mais próximas e não “engancham” na pele.
6. Quantas passadas são ideais para implantar o pigmento? Uma, duas ou três? Porque
eu passava tantas vezes que não sabia nem ao certo quantas eram. E isso causava um
alto processo inflamatório, devido a agressão em excesso. E aí você já sabe: alta
agressão é igual a alto processo inflamatório que é igual a sair todo procedimento. Por
quê? Porque muitas células do sistema de defesa do organismo são acionadas e assim
conseguem expelir o pigmento. O ideal seria fazer tudo em uma passada para agredir
menos certo?
Não, ao contrário do que parece em uma passada também agredimos muito a pele,
pois ao abrir e implantar toda de uma vez é uma destruição da superfície. O correto é
fazer em duas passadas, a primeira abre “gentilmente” a pele e a segunda faz o
pigmento chegar no local adequado que é a derme. No caso do dermógrafo a própria
agulha faz o pigmento chegar na derme e no caso do tebori é necessário fazer a
deposição do pigmento em cima da abertura, massagear levemente e aguardar uns
minutos antes da retirada para o pigmento fixar.
7. Um dos grandes segredos para atingir bons resultados é esticar bem a pele,
segurando em 3 pontos. Assim o aparelho desliza sem travar e aplicamos menos
pressão, atingindo corretamente a camada da derme.
8. Me recordo o dia que uma amiga cliente me 10. Com a soma de todos estes fatores o que
disse que achou engraçado, após o período de acontecia era uma alta agressão. Desde os
cicatrização os fios ficaram pontinhos. E isso eu cuidados iniciais com a pele, produtos a serem
demorei muito tempo pra descobrir o que eu utilizados antes, durante e depois do
fazia de errado. Com a mão leve e o medo de procedimento, quanto à forma errada em
machucar a cliente observei pelos meus treinos, implantar o pigmento. Ao aprender a controlar
que ao desenhar o fio eu levantava e baixava a todos esses processos, utilizar produtos que
mão. Por isso ficava, aquele “pega, não pega, diminuem o processo inflamatório e agredir
pega, não pega”. E aprendi que ao encostar o minimamente a pele, a cada ano vejo que
aparelho na pele, para desenhar o fio, eu 9. Pior do que desaparecer todo meu procedimento minhas clientes voltam com cores mais bonitas,
deveria fazer uma pressão uniforme, do início durante o período de cicatrização, era quando um lado fios mais finos e menos expandidos.
ao fim. fixava e o outro não. Estranho, porque eram sempre as
sobrancelhas direitas que não pegavam. Será que havia
um aspecto em todo ser humano que as células do
sistema imunológico agiam mais de um lado do que do
outro? É claro que não, o erro era meu mesmo. Ao
mudar o lado da sobrancelha mudava também o peso
da mão, o posicionamento do aparelho e consequente o
resultado final. Isso acontece quando a posição do
aparelho não está correta, ou a posição da cliente não
está favorável. Existem várias formas do profissional se
posicionar e ter bons resultados. Não existe o certo e o
errado, existe o melhor para você. Observe qual o
melhor posicionamento para você manter a pressão
igual dos dois lados.
Aquele resultado que contei a você no
início deste e-book ainda acontece, pois
os procedimentos ficam cinzas devido a
degradação natural dos pigmentos,
conforme conversamos no ebook de
colorimetria.
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