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Avaliação das Aprendizagens

Avaliação das Aprendizagens

Portfolio

Formação Pedagógica Contínua de Formadores

I.E.F.P. – Centro de formação Profissional de Braga


Março 2010
Elaborado por: Miguel Simões

Miguel Simões Página 1


Avaliação das Aprendizagens

ÍNDICE

Introdução 3

1 – Conceito de avaliação 4

Leituras escolhidas 1 – Compreender o Conceito de avaliação 4

Roteiro de trabalho 2 – Compreender o conceito de avaliação 4

2 – avaliação objectiva vs avaliação subjectiva 6

roteiro de trabalho 4 – interpretar a avaliação objectiva vs subjectiva 6

Roteiro de trabalho 5 – identificar medidas para minimizar os efeitos das causas da subjectividade na
avaliação 6

3 – avaliação formativa 9

roteiro de trabalho 6 – caracterizar a avaliação formativa e sumativa 9

Leituras escolhidas 3 – Caracterizar a avaliação formativa 9

4 – o erro como estratégia didáctica 11

ficha de apoio 10 – o erro como estratégia didáctica 11

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INTRODUÇÃO

Este portfólio é desenvolvido no âmbito da acção de formação “Avaliação das Aprendizagens”, que tem
como objectivo melhorar as competências e qualidades dos formadores em sessão, fazendo-os reflectir
sobre o seu desempenho e questionando os métodos e processos utilizados, muitas vezes tidos como
únicos e pouco falíveis. O objectivo é fazer o formador perceber que, existe sempre uma evolução das
técnicas e que há formas de adaptação a cada tipo de grupo.

Para que tivéssemos percepção a do quanto podemos melhorar as nossas formas de avaliação e
aprendizagem, partilhamos experiências vividas e formas de avaliação utilizadas, comparando-as com os
colegas e tirando conclusões sobre como melhorar o desempenho.

Na elaboração do Portfólio tomei em consideração para a selecção dos conteúdos e respectivos


documentos, os seguintes aspectos:

- Interesse dos conteúdos;

- Diversidade dos temas abordados;

- Contributo para a melhoria da eficácia do meu processo de ensino, enquanto formador.

Para a elaboração deste portfolio, utilizei a informação constante nos meus diários de aprendizagem, de
extrema importância, como ferramenta no auxílio do meu desenvolvimento na formação e na
concepção deste documento.

A frequência do curso, foi para mim, uma experiência enriquecedora, que contribuiu para o
enriquecimento do meu papel e chamou-me a atenção para aspectos importantes na formação, assim
como este portfolio, me levou a crescer como formador, valorizando ainda mais a avaliação formativa e
a auto-avaliação, sustentada na auto-reflexão.

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1 – CONCEITO DE AVALIAÇÃO

LEITURAS ESCOLHIDAS 1 – COMPREENDER O CONCEITO DE AVALIAÇÃO

ROTEIRO DE TRABALHO 2 – COMPREENDER O CONCEITO DE AVALIAÇÃO

O primeiro tema que escolhi foi o “Conceito de avaliação”, porque entendo que antes de qualquer
desenvolvimento do tema “Avaliação”, devemos reflectir sobre o verdadeiro significado desta palavra.

Isso foi, de resto, o que aconteceu durante a acção de formação, o que antes de tudo, nos foi proposto
que reflectíssemos sobre o seu significado. Assim e perante uma lista de definições de avaliação posta
em discussão, pudemos avaliar o seu significado mais profundo.

Perante as várias acepções da palavra “Avaliar”, pude aperceber-me que, o seu sentido tradicional, é
vista como uma acção de carácter punitivo, e nunca visto como uma forma natural de mostrar
conhecimento adquirido. Isto deve-se ao facto da nossa educação ter sido fundamentalmente baseada
na sua forma clássica e sentida dessa forma, como um meio de nos colocar à prova e de nos
prepararmos somente para ela, pois era efectuada em determinados momentos, dos quais éramos
previamente avisados.

Outro dos motivos pelos quais, sempre pensamos assim acerca da avaliação é porque, apesar de “errar
ser humano” tal não nos ser permitido socialmente, originando criticas negativas e destrutivas e não
sendo encarado como um processo normal, que leva ao conhecimento.

Fundamentalmente, a avaliação é a forma existente de “…julgar, estimar, situar, representar,


determinar, dar um conselho…”, por um lado, necessário para nos assegurarmos que os objectivos são
atingidos pelos formandos. Por outro, a forma de nos apercebermos quais as dificuldades de alguns e de
que formas poderemos contornar essas dificuldades, que muitas vezes são interpretadas como formas
punitivas para os menos “atentos”.

Daí que, quando nos propuseram o roteiro de trabalho 2, tivessem surgido as mais diversas opiniões
sobre as afirmações em análise, de acordo com as mais diversas vivências e diferentes áreas de
formação.

Dessas destaco:

- “Avaliar é medir a assimilação de um saber ou saber-fazer que foi objecto de aprendizagem”

- “Avaliar é fazer o balanço dos saberes adquiridos no fim de uma sequência de ensino-aprendizagem”

- “Avaliar é observar os/as formandos/as em situações de aprendizagem”

- “Avaliar é comparar os objectivos atingidos com os objectivos definidos.”

Com a realização deste trabalho e sua discussão em grupo, pudemos através das várias respostas,
chegar a alguns conceitos de avaliação e à distinção entre alguns conceitos mais rígidos e mais fechados,
nomeadamente, medição, selecção, classificação e certificação. Na verdade, a avaliação significa muito
mais que isto.

Podemos ver no texto “A questão da avaliação: a unidade de um modo de juízo” que existe um
desenvolvimento natural do que é avaliar e do seu verdadeiro significado ao longo dos tempos.

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Hoje, avaliar, é muito mais que um momento, muito mais que uma hora, onde se faz uma avaliação
sumativa. É um processo constante, activo, que perdura ao longo das sessões e que vai além de
“Determinar ou fixar o preço ou o valor de algo” e que, “…apreciação das consequências prováveis do
seu acto numa tal situação.” Avaliar é todo um processo contínuo, que conta com todo o processo de
formação na sua plenitude; comportamento, postura, participação, assiduidade, conhecimentos
transversais, competências, desenvolvimento e progressão em sala, actividades, e tudo o que vise o
desempenho futuro do avaliado.

Se antigamente, avaliar era um culminar, um ponto no extremo de uma recta, hoje é, sem dúvida, toda
a recta enquanto processo formativo.

Valoriza-se não a aquisição de conceitos e teorias incontestáveis, mas a reflexão e discussão sobre estas.
Valoriza-se o saber-fazer muito mais que o simples saber. E valoriza-se a execução em detrimento da
pura assimilação. Daqui o “emergir do qualitativo sobre o quantitativo”.

Avaliar é um processo dinâmico e essencial, que verifica o desenvolvimento do formando relativamente


a qualquer coisa que se espera dele (conhecimento ou competência), que o situa em relação a um nível
comparativo com os restantes e, que o julga, atribuindo-lhe um valor, para que possa haver uma
referência sobre esse indivíduo.

Dinâmico porque é constante, ininterrupto durante as sessões e essencial porque permite distinguir os
esforços e as aptidões de cada um.

Para uma avaliação ser o mais justa possível, deve ser diversificada, ou seja, originária de vários
instrumentos de avaliação, para que todos tenham a oportunidade de ter a forma de avaliação que mais
à vontade se sentem, assim como devemos acompanhar essa avaliação com critérios bem definidos e
sempre em constante melhoria.

Concluindo, o mal não está em avaliar, mas na forma como se faz a avaliação e na tentação de a tornar
uma arma.

Tendo em conta que como seres humanos, sofremos um processo de socialização, onde obtemos
valores, uma educação complementada com um ciclo escolar e inúmeras influências, o que nos
transforma num espelho, temos sempre tendência a julgar os outros pelos nossos parâmetros e valores,
e isso não pode ser a única “grelha de avaliação”. Temos que aprender a democratizar os sentimentos,
as avaliações segundo padrões, e principalmente, a respeitar outras opiniões. Devemos tentar suprimir
a formalidade e carga negativa da formação. Só assim se permite que a avaliação seja entendida na sua
plenitude, como um meio de atingir um objectivo e não como um fim que premeia uns e pune outros.

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2 – AVALIAÇÃO OBJECTIVA VS AVALIAÇÃO SUBJECTIVA

ROTEIRO DE TRABALHO 4 – INTERPRETAR A AVALIAÇÃO OBJECTIVA VS SUBJECTIVA

ROTEIRO DE TRABALHO 5 – IDENTIFICAR MEDIDAS PARA MINIMIZAR OS EFEITOS


DAS CAUSAS DA SUBJECTIVIDADE NA AVALIAÇÃO

O tema da avaliação objectiva e subjectiva foi um dos que mais interesse me despertou, por
constituírem dois aspectos muito importantes que acompanham a avaliação e que está sempre
presente durante o meu processo de avaliação e, eventualmente, preocupa todos aqueles que têm de
avaliar.

De facto, todos os dias me interrogo se estou ou não a ser objectivo nas avaliações que faço e esta é
uma questão para mim preocupante, por ter consciência que uma má avaliação pode ser injusta e ter
consequências graves.

Daí a razão de ter seleccionado como segundo tema de abordagem o Roteiro de Trabalho 4 “Interpretar
a avaliação objectiva vs subjectiva”.

Com a realização deste trabalho, pude compreender que o problema da objectividade está
grandemente ligado à concepção da avaliação como medida e necessariamente associado à procura da
fiabilidade e à procura do rigor, da exactidão e da equidade, segundo os quais, uma mesma prova
corrigida por duas pessoas diferentes deveria dar origem a resultados iguais.

Quanto à subjectividade, pude concluir que a mesma faz parte daquilo que nós somos como pessoas
humanas e que os fenómenos que têm a ver com a relação como outro, não são facilmente
controláveis. Por isso, por mais coerentes que queiramos ser, muitas vezes há coisas que nos
ultrapassam.

A realização desta actividade conduziu-me à identificação das causas da subjectividade da avaliação e


das medidas adequadas a minimizar os efeitos das mesmas.

Relativamente às causas da subjectividade divido-as em duas categorias, as que derivam do


“comportamento” e as ordem “técnica”:

Comportamentais

- Valores do formador - o seu entender em como deve ser a postura dos formandos em sessão e como
deverão proceder;

- Falta de conhecimentos para a elaboração de grelhas que permitam uma avaliação justa

- Estado de espírito – Muitas vezes, este altera o grau de tolerância influenciando negativamente as
avaliações dos formandos por quem não nutrimos tanta consideração;

- Primeiras impressões – afectam sempre nas decisões. Estas perduram ao longo do processo formativo
e muitas vezes, por muito que se esforce o formando, não consegue suprimir aquela postura de uma
“primeira sessão” e consequentemente, a impressão negativa que retivemos;

- Desconhecimento das motivações – Muitas vezes não nos preocupamos em saber o que motiva o
formando em frequentar um curso e quais os assuntos que mais lhe interessam desenvolver, assim
como a melhor forma de aprender;

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- Cansaço do formador;

- A avaliação “cega” – única e exclusivamente ao avaliar unicamente sob determinados parâmetros.

Técnicas

- Critérios de avaliação mal definidos – O formador não define ou não comunica os critérios de avaliação
de forma clara para que não hajam duvidas sobre o que se está a ser avaliado e quais os objectivos
desses conteúdos;

- Grelhas de avaliação e/ou outros instrumentos de avaliação mal construídos / definidos;

- Linguagem desajustada ao grupo – Uma barreira imensa na aquisição de conhecimentos. Se não


adaptarmos a linguagem ao grupo, correremos o risco de não sermos entendidos claramente e muitas
vezes mal interpretados.

De facto, existem factores que conferem alguma subjectividade à avaliação e que, apesar de ser
impossível retirá-la na sua totalidade, podemos munir-nos de formas que a atenuam bastante e que,
apesar de nunca lhe conseguirmos suprimir os nossos juízos de valores podemos aplicá-los de forma
justa e equitativa a todos os formandos em avaliação.

Assim é de extrema importância calcular todo o processo de formação e de avaliação previamente,


comunicar os critérios de avaliação ao grupo para que este se inteire dos objectivos e pontos relevantes
da aprendizagem.

Como formador entendo os meus valores como inquestionáveis e, caso encontre um formando que não
vá de encontro a esses mesmos valores poderei ser influenciado por isso na sua avaliação. Deverei ser
capaz de me concentrar nos pontos da aprendizagem, julgando e estimando unicamente os seus
conhecimentos obtidos, de acordo com os objectivos propostos previamente.

Quando confrontado com o Roteiro de Trabalho 5 “Identificar medidas para minimizar os efeitos das
causas da subjectividade na avaliação”, cheguei à conclusão que existem vários factores ou medidas que
podem ser levados em conta e que colmatam, em grande parte a natureza subjectiva da avaliação:

- Definir critérios de avaliação com a equipa formativa, o que faz atenuar os valores e o estado de
espírito, uma vez que são definidos previamente os parâmetros e que resultam de uma mistura de
juízos de valor e crenças dos vários elementos da equipa, resultando daí um consenso e uma
homogeneidade de avaliação;

- Testar os pré-requisitos para eliminar o desajustamento da linguagem e apercebermo-nos das


motivações de cada um dos formandos, podendo assim adaptar, não só a expressão oral, como também
os processos e instrumentos de avaliação ao grupo, por forma de simplificar o processo de
aprendizagem, aproximando-o com exercícios e formas de aprendizagem adaptadas à realidades deles.

- Criar grelhas de avaliação com a equipa formativa que possam ser validadas ao longo do processo e
que façam imperar uma homogeneidade de critérios entre todos os formadores. Assim existirá uma
coesão que transmitirá uma posição clara ao grupo e que só mostrará profissionalismo e um
planeamento prévio das acções.

- Comunicar os critérios aos formandos, para que não hajam dúvidas de como se vai chegar à avaliação
final.

Diversificar os instrumentos de avaliação para que todos os formandos tenham hipóteses de ter uma
avaliação justa, pois nem todos se sentem à vontade numa forma de avaliação específica.

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Os formandos, enquanto seres humanos, têm preferências e sentem-se mais à vontade em


determinadas formas de avaliação, não estando sempre de acordo com uma em particular. Isto é, uns
podem sentir-se à vontade ao realizar um teste teórico, enquanto outros se sentem mais à vontade em
avaliações práticas ou até mesmo em participar nas sessões e outros na realização de trabalhos.
Devemos portanto, enquanto formadores, adoptar várias formas de avaliação para dar oportunidade a
todos os grupos de formandos.

- Registar os vários momentos do formando, quer os bons, quer os maus para o podermos avaliar na sua
plenitude e desempenho, assim pesar os seus pontos fracos e fortes e traçar medidas comparativas com
os restantes membros do grupo.

- Peso dos instrumentos de avaliação, isto é, qual o valor que as formas e meios de avaliação têm. Qual
o mais importante e que vai mais de encontro aos objectivos da acção de formação. Estipular o peso de
cada um para que não haja dúvidas quanto à fórmula da nota final.

- Existe uma outra forma que evita a nossa influência quanto à permissividade ou contrariedade relativa
ao formando que está a ser avaliado. Esta acção é a correcção oculta, onde cobrimos o nome do
formando para não sabermos de quem se trata e assim não podermos fazer juízos de valor que
beneficiem ou prejudiquem inconscientemente o avaliado.

Relativamente a correcções, podemos ainda utilizar o sistema de corrigir pergunta a pergunta, o que nos
traduz uma maior percepção das respostas dadas e podermos estabelecer termos comparativos entre
os formandos.

Por outro lado, uma grande ajuda a reduzir a subjectividade da avaliação é o de efectuarmos as
correcções em várias fases, descansando e assim não prejudicando quem está a ser avaliado no fim,
uma vez que estamos cansados e temos propensão a ficarmos mais irritados.

Por fim, a avaliação deve ser feita não só ao formando como também ao formador, por forma a pesar a
nossa participação e desempenho nas sessões. Muitas vezes, não nos apercebemos que os conteúdos
não estão a ser assimilados na sua plenitude, pois o que é óbvio para nós não o é para quem não tem a
mesma área de formação o que origina desvios. Assim, o feedback dos formandos, se conseguido com
sinceridade, é uma forma de nos apercebermos e corrigirmos os desvios a tempo.

A avaliação deve ser um processo contínuo, que possibilite unidades de medida ao formador.

Concluindo, a transparência os processos, aliada à diversificação dos instrumentos de avaliação e à


repartição do poder pelas várias partes intervenientes, origina a supressão de subjectividade na
avaliação.

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3 – AVALIAÇÃO FORMATIVA

ROTEIRO DE TRABALHO 6 – CARACTERIZAR A AVALIAÇÃO FORMATIVA E SUMATIVA

LEITURAS ESCOLHIDAS 3 – CARACTERIZAR A AVALIAÇÃO FORMATIVA

A avaliação formativa foi outro tema desenvolvido e trabalhado durante esta acção e que me interessou
bastante, na medida em que tomei consciência de alguns aspectos muito importantes, nomeadamente,
da sua função pedagógica e orientadora do processo de aprendizagem e do papel activo que o
formando deve ter no processo de avaliação.

Esta consciencialização teve por base a realização da actividade proposta no Roteiro de Trabalho 6 e as
Leituras Escolhidas 3 “Caracterizar a avaliação formativa”, razão pela qual os seleccionei.

O roteiro de trabalho 6, levou-me a reflectir sobre a forma como vejo ambos os tipos de avaliação e a
forma como as utilizo.

A forma como eu descrevo as palavras F.O.R.M.A.T.I.V.A. e S.U.M.A.T.I.V.A em cada uma das letras que
as compõem, reflecte já uma aproximação do que deve ser cada uma delas na sua acepção.

Compus formativa com as palavras, Formar, Orientar, Regras, Moldar, Aperfeiçoar, Tecer/construir,
Instruir, Valorizar e Adaptar. Enquanto que sumativa foi composta pelas palavras, Somar, qUantificar,
Medir, Adicionar, noTa, fInal, Valor e Auscultar.

Esta composição de ambas as palavras, só por si, mostra um pouco a minha tendência inicial de
diferenciar ambas as formas de avaliação, uma vez que, por um lado, atribuo a conotação de aprender,
do saber-fazer e por outro, a quantificação, a medição. Estas correspondências advêm um pouco do
resultado das sessões e da sua contribuição na minha aprendizagem e reflexão.

Tive ainda a oportunidade de aprofundar o significado de ambas as palavras ao discutir em sala os


resultados dos restantes grupos, que apesar de terem a mesma conotação, algumas me pareceram
interessantes.

Destaco para Formativa:

- Fomentar, feedback;

- Orientadora;

- Reformuladora;

- Moldar, motivar;

- Abrangente, agir;

- Transversal, treino, identificar;

- Instrumentos, imaginação;

- Valorização;

- Autonomia, ancorar (conhecimentos);

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Para Sumativa, destaco:

- Selectiva;

- Única (momento);

- Medir, matemática (burocrática, clássica);

- QuAntificar;

- Totalitária;

- FInal;

- Valorizar;

- Adir.

Como podemos ver, “fomentar” a “aprendizagem”, ganhando prazer em aprender utilizando a forma
que mais se lhes “adapta”, “motivando-o”, pois o objectivo é fazer o formando pensar, “moldá-lo” para
pensar por ele.

Aqui o papel do formador é mais de “orientador” do que professor, utiliza os conteúdos e os


ensinamentos de uma forma “abrangente”, através do “treino” e da “identificação” de situações reais, o
que capacita o formando, “munindo-o” de conhecimentos “transversais”, que apelam à “imaginação” e
o tornam “autónomo” na vida activa.

Por outro lado, a avaliação sumativa, serve para “quantificar” e “medir” o nível dos formandos, é
realizada num momento “único” que impõe de forma “totalitária” o resultado, não levando em conta
todos os outros factores de aprendizagem, como a participação, trabalhos e etc… Simplesmente atribui
um “valor” que é a “adição” de todas as respostas correctas.

Também da análise das Leituras escolhidas 3 pude compreender melhor a avaliação formativa como um
processo de recolha continuada e sistemática de informação, que permite ao formador rever e fazer
reajustamentos nos programas e estratégias que se revelem necessárias e ao formando “medir” os seus
próprios progressos, de tal modo que ele próprio se situe e possa ter consciência do que sabe e das
dificuldades que tem, ao mesmo tempo que avalia se os meios escolhidos são os adequados.

A avaliação tem assim, uma função pedagógica no sentido de que deve orientar o formador e o
formando na revisão das estratégias, meios e modos de remediar ou enriquecer as aprendizagens. A
avaliação está, portanto, ao serviço da aprendizagem.

“Necessitamos aprender sobre e com a avaliação. Ela actua, então, ao serviço do conhecimento e da
aprendizagem, bem como dos interesses formativos aos quais essencialmente deve servir.”

Álvarez Méndez, J.M. (2002), Avaliar para conhecer, examinar para excluir, Artmed Editora, Porto
Alegre, Pag. 14.

Considero agora que, embora a avaliação continue a desempenhar muitas vezes a função de
classificação, selecção e certificação, que a própria estrutura do sistema impõe, todos nós devemos
esforçar no sentido de colocar em prática uma avaliação formativa, reconhecendo, no entanto, pela
minha experiência, que não é tarefa fácil por exigir um trabalho contínuo e sistemático por parte de
todos os intervenientes e exigir mais tempo.

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4 – O ERRO COMO ESTRATÉGIA DIDÁCTICA

FICHA DE APOIO 10 – O ERRO COMO ESTRATÉGIA DIDÁCTICA

Pensar no erro como estratégia didáctica foi bastante gratificante. Isso eu consegui através da análise da
ficha de apoio 10 – “O erro como estratégia didáctica”, tendo sido esse o motivo da escolha deste
documento.

De facto, perante o determinado erro, quase sempre somos levados a pensar que estamos perante uma
falta de aprendizagem. No entanto, hoje percebo, que o erro não pode ser encarado somente dessa
forma.

O erro não pode ser visto apenas como um indicador de falta de aprendizagem, mas sim, como uma
estratégia que nos ajuda na organização das acções, pela reflexão que provoca.

“Os erros, vistos anteriormente como sinais de insucesso ou pouca rentabilidade, passam agora a ser
encarados como fontes importantes de informação para o processo de ensino/aprendizagem.”

Leal, M. Leonor (1992), A avaliação da aprendizagem num contexto de inovação curricular, Pag. 46.

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