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Introdução à filosofia

Uma investigação sobre o entendimento humano – David Hume (1711-1776).

 De onde se originam o nosso conteúdo cognitivo, o nosso conteúdo mental? Como


formamos conceitos e instauramos práticas de vida cotidianos?
 Ponto de partida de Hume: diferença entre sensação e memória: sensação é o
fenômeno vivo, forte; memória é lembrança que temos daquela sensação original (p.
33).
 Todos os nossos conteúdos cognitivos podem ser divididos em: pensamento ou ideia;
impressão (p. 34).
 Nosso conteúdo cognitivo depende inteiramente da experiência empírica e consiste
basicamente em trabalhar os materiais fornecidos pela experiência e captados por
nossos sentidos (p. 35).
 Método para avaliarmos se um conceito possui sentido ou não: comparação com a
impressão ou experiência material que ele procura significar. Se essa comparação não
é possível de ser feita, então o conceito não possui sentido (p. 39).
 Três formas de criação de ideias complexas: semelhança, contiguidade no tempo e no
espaço, causa e efeito (p. 42).
 A relação entre causa e efeito permite a formulação de conceitos e a instauração de
hábitos que nos orientam em nossa ação presente e futura a partir do que vivemos no
passado (e que permitiu a formação de nossos conteúdos cognitivos, mentais) (p. 45).
 Os dois únicos objetos de investigação racional humana são relações de ideias, isto é,
as matemáticas, e as questões de fato, ou seja, objetos empíricos. Matemáticas são
objetivas; objetos empíricos não (p. 53). Os antigos, aliás, cultivaram pouco o ramo da
ciência empírica, física (p. 54).
 As questões de fato, os objetos empíricos são conhecidos pela relação causa e efeito
apenas (p. 54); e nós chegamos ao conhecimento dessa relação apenas por causa da
experiência, não a partir de raciocínios a priori, como na matemática (p. 55-58).
Experiência como o fundamento de nossa formação conceitual. Sem experiência, sem
conhecimento.
 Observação e experiência são o a base para o conhecimento do mundo físico (p. 59).
 O hábito ou o costume que nos permite colocar a experiência e a relação entre causa e
efeito como a base para a construção de conceitos e de práticas.

 Importância do ceticismo para o aprimoramento dos costumes e do conhecimento


científico (p. 72).
 Somos muito ignorantes em termos de nosso conhecimento de tudo o que nos cerca;
nossas certezas são muito pequenas e parciais, e sempre são destruídas pelo progresso
da experiência – isso porque a experiência sempre nos dá noções parciais. O resultado
da filosofia é a constatação da cegueira e da debilidade humanas (p. 60).
 Isso é o contrário da filosofia platônica, que acreditava poder chegar ao conhecimento
da verdade última.
 Metafísica (filosofia abstrusa + superstição popular = fundamentalismo.
 Metafísica é obscura. Por quê? Porque acredita que seus conceitos tenham
objetividade sem conteúdo empírico.
 Diferença entre a priori versus a posteriori: conhecimento metafísico é conhecimento
a priori, independente da experiência empírica; conhecimento científico é
conhecimento a posteriori, isto é, que depende da experiência empírica.
 Empirismo: experiência é a base e o limite do conhecimento; nossa estrutura cognitiva
e nossos conteúdos cognitivos são moldados pelas experiências que temos. Mente é
um papel em branco, uma tábula rasa que é preenchida pela experiência.
 Somos seres físicos, materiais, dependentes das experiências cotidianas. Essa é a nossa
natureza, por assim dizer.

 Filosofia: pergunta, fundamentação da objetividade epistemológica e moral. Como


conhecemos o mundo que nos cerca? Como fundamentamos nossas ações morais.
 O que garante a objetividade de nossas crenças e de nossas práticas?
 Objetividade como condição do sentido.

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