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DENTÍSTICA EM ODONTOPEDIATRIA

Fase de adequação do comportamento:


Fase preventiva: Controle Dietético; Controle de Placa; Uso racional do fluor ; Adequação do meio
Fase restauradora: Odontologia de mínima intervenção
Fase de manutenção preventiva: Odontologia de mínima intervenção
Mínima intervenção: é uma filosofia de cuidado profissional baseada na detecção precoce da doença cárie e a
possibilidade de tratamento de reparo da seqüela da doença de forma menos invasiva possível. (BarcelosA,2015)
Termo minimamente invasivo (MI) :
Consiste em cinco elementos básicos no manejo da cárie dentária: Identificação dos fatores de risco em nível individual
(aula de cariologia); Implementação de estratégias preventivas individuais, (Atividade e Risco de Carie); Remineralização
de lesões não cavitadas (Flúor e Selante); Intervenção cirúrgica mínima em lesões cavitadas (Selantes e Dentística); Reparo
de restaurações defeituosas. (Carreira, AJ, 2011)
CONDIÇÃO CLÍNICA DO DENTE PLANO DE TRATAMENTO – Mínima Intervenção – MI
Hígido ou com Lesão em Esmalte ->Tratamento não invasivo - Observação e controle,- Selante ionomérico -Selante
resinoso (isolamento absoluto)
Lesão em dentina na oclusal : * Menos de 3 mm de diâmetro *Profundidade: metade do 1/3 externo da dentina.
Tratamento não invasivo : Selante resinoso; Resina flow ; Selante ionomérico
Lesão em dentina na proximal * Profundidade: metade do 1/3 externo da dentina desde que tenha abertura de no
máximo 3 mm de diâmetro Tratamento não invasivo : Selante resinoso ou ionomérico ; Resina flow Obs.: tratamento
recomendado pela literatura
Lesão em dentina na oclusal * Profundidade: 1/3 externo, médio ou profundo. Tratamento invasivo :
MI: Remoção de toda dentina infectada e da dentina afetada nas paredes circundantes
Lesão em dentina na proximal * Profundidade: terços externo, médio ou profundo . Tratamento invasivo MI: Remoção de
toda dentina infectada e remoção da dentina afetada nas paredes circundantes.
Tratamento invasivo:
Dentina: Afetada: Coloração mais acastanhada; Aspecto seco; Consistência endurecida; Ao ser curetada sai em lascas;
Matriz orgânica intacta; Passível de remineralização
Dentina: Infectada: Consistência amolecida; Coloração amarelada; Aspecto umedecido; Alta concentração de bactérias;
Degradação das fibras colágenas; Não é passível de remineralização ; Fácil remoção com colher de dentina; Remoção de
cárie/ Protocolo; Remoção total da dentina infectada : utilização de instrumento manual e se necessário uso de rotatório
para acesso a lesão.; Remoção total da dentina afetada nas paredes circundantes: uso de instrumento manual e ou
rotatório se necessário.
Materiais restauradores utilizados na MI: Resina composta; Ionômero de vidro convencional; Ionômero de vidro híbrido;
ISOLAMENTO ABSOLUTO ; VANTAGENS: Ajuda no controle da criança; Controle de saliva : exclusão de umidade;
Proporciona proteção dos tecidos moles; Visão ampla de trabalho; Conservação do meio asséptico: envolvimento pulpar;
Evita deglutição de material e instrumental
MATRIZES E PORTA MATRIZES: Porta matriz; Matriz soldada; Matriz em T; Unimatrix ( foto)
PROTEÇÃO PULPAR PARA RESTAURAÇÀO EM RESINA COMPOSTA
Cavidade rasa: Sistema adesivo +Resina foto
Cavidade média :Sistema adesivo + Resina foto
Cavidade profunda : Hidróxido de cálcio foto + sistema adesivo + resina; Hidróxido de cálcio foto + ionômero de vidro +
sistema adesivo + resina(restauração sanduiche)
*****O hidróxido de cálcio não deve ser usado como único agente forrador em dentes que recebem grande impacto
mastigatório.
PROTOCOLO PROTEÇÃO PULPAR TIPO SANDUICHE
1-Aplicação do cimento de Hidróxido de cálcio fotopolimerizável,nas paredes pulpar e axial 2.Aplica-se ácido poliacrilico a
10% na cavidade durante 15 segundos 3.Lavagem da cavidade e secagem sem desidratar 4. Manipulação(proporção
pó/líquido). e aplicação do ionômero com seringa centrix quando o mesmo estiver com o aspecto brilhante. 5. Proteção
imediata com uso de vaselina e ajuste oclusal. 6.Aguardar a presa total do ionômero durante 24 horas. 7.Na próxima
sessão rebaixar o ionômero para receber o material restaurador que pode ser Resina foto ou amalgama.
LITERATURA -REID et al, 1994 → a técnica sanduíche aberto com margem cavitária em esmalte, parece ser a mais
adequada para uso em molares decíduos: esta apresentou um nº menor de microinfiltações
TÉCNICA RESTAURADORA
Profilaxia: escova de Robsom e pedra pomes ou a própria escova de dentes do paciente; Anestésico tópico;; Anestesiar
o dente (infiltrativa ou regional); Preparo cavitário limitado a lesão de cárie; Isolamento absoluto;
Profilaxia com escova de Robsom e pedra pomes para remoção de qualquer oleosidade durante o preparo; Lavagem e
secagem da cavidade PROTEÇÃO PULPAR: conforme profundidade da cavidade; Condicionamento ácido total (esmalte 30
seg e dentina 15 seg) ; Lavagem abundante 30 seg.; Secagem ( bolinha de algodão para evitar a desidratação de dentina) ;
Aplicação do sistema adesivo conforme as recomendações do fabricante (03 passos - Ácido/Primer/ Bond) ;
Fotopolimerização por 20 seg.; Inserção da resina composta de forma incremental
Polimerização durante 40 seg.a cada incremento; Remoção do isolamento; Verificar a oclusão com auxilio de papel
articular; Acabamento→ remoção dos excessos de material → pontas diamantadas douradas ou brocas multilaminadas
para resina composta; Polimento com pontas de borrachas abrasivas , pontas de silicone tipo Enhance e disco soft- lex.
Pasta de Al2O2 e discos de feltro
ATENÇÃO: RESTAURAÇÃO DA FACE PROXIMAL:
Seleção e adaptação da matriz: matriz metálica podendo utilizar ; porta matriz, matriz soldada, matriz em T e matriz
seccionada; Adaptação da cunha
Inserção do material: Cimento de ionômero de vidro convencional: Ketac molar
Restauração de molares decíduos ( cavidade classe I pequena, sem esforços mastigatórios; classe III e V onde não
compromete a estética)
RESTAURAÇÃO COM IONÔMERODE VIDRO CONVENCIONAL
NOME COMERCIAL: Ketac molar; Remoção do tecido cariado; Aplicação do ácido poliacrilico ; Lavagem e secagem da
cavidade sem desidratar; Aplicação do ionômero (proporção pó/líquido); Compressão com uso de vaselina; Ajuste oclusal.
Cimento de ionômero de vidro modificado por resina (híbridos):
Nome comercial: vitremer ; Superfícies oclusais pequenas (dentes decíduos e permanentes); Superfícies proximais
pequenas (dentes decíduos)
VANTAGENS: Pode ser acomodado nas cavidades em uma única etapa ; Possui liberação de flúor.e dispensa
condicionamento ácido
TÉCNICA DE RESTAURAÇÃO COM VITREMER 1 - Profilaxia do preparo com mistura de pedra pomes e água 2 - Isolamento
do campo operatório( absoluto ou relativo ) 3 - Secagem da superfície 4 - Aplicação do PRIMER( 30seg) 5 - Polimerização
(20seg) 6 - Inserção do material ( após mistura do pó e líquido) 7 - Polimerização (40 seg) 8 - Aplicação do gloss 9 -
Polimerização (20 seg) 10 -Inspeção final ( teste de oclusão)
*************************ADEQUAÇÃO DE COMPORTAMENTO EM ODONTOPEDIATRIA:
Objetivo: orientar os profissionais de odonto pediatria quanto ao uso das técnicas não farmacológicas com a finalidade de
adaptação comportamento da criança. -estabelecer comunicação aliviar o medo E A ansiedade atendimento odontológico
de qualidade construir um relacionamento de confiança e promover uma atitude positiva.
FATORES QUE INFLUENCIAM NO COMPORTAMENTO DA CRIANÇA:
-Medo: pode ser analisado pode ser enfrentado.
-Ansiedade: sentimento de ameaça não possui objetivo estado de desamparo perda de direção com reações inadequadas
sem intenção.
-Criança: maturidade, experiência, personalidade, idade, nível cognitivo.
equipe odontológica: conhecimento/ experiência, habilidade/ personalidade, segurança /empatia, tempo de consulta,
paciência /intuição, comunicação eficaz /persuasão, controle /autoridade.
pais e responsáveis: relacionamento com a criança, ansiedade 6 do, desajustes familiares, atitude: preparo inadequado
para o primeiro encontro.
- comunicação: nível de desenvolvimento cognitivo:
quantidade de informação, ideia de estrutura conceitual, fazer o uso de vocabulário apropriado, intercâmbio de
informação: pedidos e promessas.
PROTELAR TRATAMENTO:
Pode ser adiado sob determinadas circunstâncias: considerar a urgência das necessidades para elaborar o plano de
tratamento; doença traumatismo do ou a infecção aguda-> PRONTO ATENDIMENTO.
* CONSENTIMENTO INFORMADO:
todas as decisões a respeito do uso das técnicas de adaptação de comportamento exceto uma abordagem linguística ou
comunicativa devem ser submetidas a compressão e aceitação dos pais.
FORMAS DE COMPORTAMENTO:
CLASSIFICAÇÃO DE FRANKL:
-Definitivamente negativa: (- -)
Rejeição extrema tratamento.
-negativa: (-)
relutância em aceitar o tratamento, reação negativa, mas não acentuada.
- positiva: (+)
Oscila entre a aceitação do tratamento e a reserva.
- definitivamente positivo: (++)
aprecia atendimento e mostra interesse nos procedimentos.
TÉCNICA DE ADAPTAÇÃO DE COMPORTAMENTO:
-Comunicação e abordagem linguística: dizer-mostrar-fazer (TSD); uso de modelos, controle de voz, comunicação não-
verbal, esforço positivo.
- presença e ausência da mãe; - estabilidade protetora -contenção; mão sobre a boca (home - hand over the mouth
exercise); técnicas farmacológicas: ansiolíticos, sedação com óxido nitroso oxigênio, anestesia geral.
*DIZER-MOSTRAR-FAZER (TSD)
envolve explicações verbais dos procedimentos em frases apropriadas no nível de compreensão da criança (dizer).
-demonstrações dos aspectos visuais, auditivos, ou fatos etapas do procedimento ( mostrar).
- sem desviar da explicação e demonstração, realiza-se o procedimento ( fazer).
OBJETIVO: ensinar os aspectos importantes da visita do antológica e familiarizar as crianças com os elementos do
consultório.
vou dar a resposta do paciente aos procedimentos através da dessensibilização ante expectativas bem definidas.
INDICAÇÕES: em todos os pacientes.
CONTROLE DE VOZ: alterações controladas de volume Dr ou do ritmo da voz para influenciar e dirigir o comportamento da
criança; deve ser explicado aos pais antes de seu uso a fim de impedir desconforto ou mal entendido.
OBJETIVOS: ganhar a atenção EA cooperação da criança; prevenir o comportamento negativo ou a recusa do paciente
conta e, estabelecer papéis apropriados na relação adulto criança.
INDICAÇÕES: todos os pacientes.
COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL: se estabelece através da postura expressão facial e linguagem corporal do profissional;
reforço para obtenção de um comportamento apropriado da criança.
OBJETIVOS: aumentar a eficácia de outras técnicas de abordagem comunicativa; ganharam manter a atenção e cooperação
da criança.
INDICAÇÕES: em todos os pacientes.
REFORÇO POSITIVO : É uma técnica eficaz em recompensar comportamentos desejados e assim fortalecer o retorno dos
mesmos;
*sociais: modulação positiva da voz, expressão facial, ou elogio verbal e demonstrações físicas apropriadas de afeto.
*Não sociais: lembrancinhas.
OBJETIVO: reforçar o comportamento desejado.
INDICAÇÕES: em todos os pacientes.
PRESENÇA MATERNA:
divergência de opinião; criança mal orientada no estabelecimento de limites pelos pais; necessidade de autodisciplina;
expectativas dos pais quanto ao comportamento da criança são fora da realidade; expectativas quanto ao CD como guia
são grandes.
OBJETIVOS: ganhar atenção da criança melhorar a colaboração; evitar o comportamento negativo ou a recusa ; estabelecer
papéis apropriados na relação C de criança; realçar com uma comunicação eficaz entre CD criança e os pais conde,
minimizar ansiedade e conseguir uma experiência ontológica positiva..
CONTRA INDICAÇÃO: pais que não tem desejo ou capacidade de dar apoio afetivo.
MÃO SOBRE A BOCA:
não deve ser usado como rotina; crianças de 3 a 6 anos com capacidade de comunicação; inaceitável em crianças muito
novas e maduras e com incapacidade física mental e emocional.
ESTABILIZAÇÃO PROTETORA:
CONTENÇÃO:
limitação da liberdade de movimentos da criança ou sem permissão a fim de diminuir o risco de ferimentos ao permitir a
conclusão segura do tratamento. Pode envolver: outra pessoa, um dispositivo de imobilização ou a combinação dos dois.
TÉCNICAS FARMACOLÓGICAS:
OBJETIVO:
promover bem-estar evitando traumatismos físicos e emocionais melhorando tratamento diminuindo o tempo de
exposição da criança ao procedimento.
INDICAÇÕES:
urgências em pacientes agitados e não cooperativos; paciente cronicamente agitados e com exacerbação dos sintomas
durante o tratamento; pacientes com retardo mental ou distúrbio psiquiátrico sem condições de cooperação; pacientes de
pouca idade.
SEDAÇÃO CONSCIENTE: ANSIOLÍTICOS: benzodiazepínicos (diazepam é midazolam) mas hidrato de cloral ; neozine.
ÓXIDO NITROSO + OXIGÊNIO; HIPNOSE.
*****************
CONTROLE DA DOR EM ODONTOPEDIATRIA:
ANESTÉSICO LOCAL: substância com capacidade de bloqueio temporário da condução de impulsos nervosos aferentes com
consequente perda de sensibilidade local sem deprimir o nível de consciência.
CLASSIFICAÇÃO:
- ésteres (cocaína) : procaína, cloroprocaína, tetracaína e benzocaína (pomada ou gel).
- amidas (lidocaína):,, bupivacaína.
ANESTESIA LOCAL: PRIMEIRO ELEITO NO CONTROLE DA DOR:
permite que o paciente permaneça despeito de cooperando, interfere muito pouco com a fisiologia normal, baixa
incidência de morbidade, técnicas fáceis de serem utilizadas, custo relativamente baixo, porcentagem de insucessos é
pequena, pode se alimentar normalmente antes da intervenção.
ANESTESIA LOCAL REQUISITOS PARA AÇÃO TERAPÊUTICA SATISFATÓRIA:
Especificidade de ação, reversibilidade, solubilidade em água ele pedisse, potência e baixa toxicidade, rápida efeito
insuficiente duração, não produzir reações alérgicas e idiossincrásica, estabilidade, estéreo.
CONSIDERAÇÕES:
indicações; preparação psicológica da criança; aspectos anátomo-fisiológicos: porosidade do osso menor volume corporal e
sanguíneo altura do forame pterigo mandibular.
DOSE: fórmula de Clark
DC= peso da criança kg x dose do adulto , dividido por 7°.
ORDEM DE ESCOLHA ANESTÉSICOS LOCAIS:
Lidocaína 2% ponto-e-vírgula map vai cair 2% dos pontos em contra indicação de vasoconstritor a 3% s/v; prilocaína 3% 2
pontos evitar em caso de anemia: metaemoglobinemia. pode ser uma opção em caso de restrição ao vasoconstritor (e não
é amina simpaticomimética
TÉCNICAS: cuidados:
*anestesia tópica por de, conhecimento da solução anestésica; uso de vasoconstritor; evitar injeção intramuscular onde,
injeção lentamente; menor volume concentração; reduzir a dose para 1/3 três se sedada ou debilitada; *estirar o lábio
pressionar levemente; agulha próximo ao ápice, Viseu voltado para o osso, não atingir o período osso; tracionar o lábio
sobre o bisel; a injeção do anestésico deve proceder a introdução lenta da agulha; dificultar a visualização da seringa.
ANESTESIA DE BLOQUEIO DE NERVO:
Dentes superiores: nível superior posterior e anterior.
Dentes inferiores: nervo alveolar inferior anterior.
observação: iniciar os procedimentos pela região superior posterior sempre que possível.
ANESTESIA INFILTRATIVA INTERCEPTAR OU INTERPAPILAR:
1-complementar de bloqueio de nervo.
2- procedimentos que envolvam apenas tecido gengival. Exemplo exodontia de resto radicular colocação de grampo para
isolamento absoluto ou matriz de aço e alectomia.
BLOQUEIO DE CAMPO:
Dentes posteriores inferiores: bloqueio do alveolar inferior posterior, lingual e bucinador, relações anatômicas.
ADAPTAÇÕES EM CRIANÇAS DEVIDO AS SEGUINTES VARIAÇÕES ANATÔMICAS:
ramo ascendente da mandíbula é mais curto em relação ao ramo horizontal; o diâmetro ântero-posterior é menor; quanto
mais jovem mais aberta o angulo goniaco fonte viva a linha oblíqua interna raramente está presente; o forame mandibular
na criança bem jovem pode estar situada inferiormente ao plano oclusal dos molares com aumento da idade ele recua e
sobe.
ACIDENTES E COMPLICAÇÕES LOCAIS :
-Reações tóxicas: úlcera traumática injeção intravascular trismo, reações alérgicas
- estímulo /depressão SNC:
Hematoma paralisia temporária fratura de agulha, antígeno/ anticorpo.

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