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ODONTOPEDIATRIA

 Início da Erupção- 06 meses –completa a dentição aproximadamente 30 meses quando


se dá a oclusão dos 2º molares
 Esfoliação e Substituição – 06 a 13 anos
 Esmalte menos calcificado – facilitando progressão de cárie
 Esmalte é mais permeável (o grau de permeabilidade é diminuído após o início da
reabsorção radicular.
 Prismas de esmalte na região cervical direcionam-se para oclusal ou incisal / dentes
permanentes para gengival;
 Esmalte superficial aprismático;
 Espessura de esmalte – 0,5 a 1,0 mm
 Cor: branca azulada – branco leitoso;
 Distância Mésio - Distal maior do que a altura cervico –oclusal;
 Diâmetro vestíbulo –lingual menor que o diâmetro cervical;
 Constrição no colo;
 Área de contato entre molares decíduos é ampla e elíptica – no terço cervical. (Nos
permanentes é próxima do terço oclusal)

DENTÍSTICA EM ODONTOPEDIATRIA
Fase de adequação do comportamento:
Fase preventiva:
 Controle Dietético  Uso racional do flúor

 Controle de Placa  Adequação do meio

Fase restauradora:
Odontologia de mínima intervenção
Fase de manutenção preventiva:
Odontologia de mínima intervenção
Mínima intervenção é uma filosofia de cuidado profissional baseada na detecção precoce da
doença cárie e a possibilidade de tratamento de reparo da sequela da doença de forma menos
invasiva possível.
(Barcelos A,2015)
Termo minimamente invasivo (MI) é um conceito relativamente novo. Consiste em
cinco elementos básicos no manejo da cárie dentária:
 Identificação dos fatores de risco em nível individual (aula de cariologia)

 Implementação de estratégias preventivas individuais, (Atividade e Risco de Carie)

 Remineralização de lesões não cavitadas (Flúor e Selante)

 Intervenção cirúrgica mínima em lesões cavitadas (Selantes e Dentística)

 Reparo de restaurações defeituosas.

(Carreira, AJ, 2011)

CONDIÇÃO CLÍNICA DO DENTE PLANO DE TRATAMENTO – Mínima Intervenção – MI

Hígido ou com Lesão em Esmalte Tratamento não invasivo


- Observação e controle,
- Selante ionomérico
- Selante resinoso (isolamento absoluto)

Lesão em dentina na oclusal Tratamento não invasivo


* Menos de 3 mm de diâmetro Selante resinoso
*Profundidade: metade do 1/3 externo da dentina. Resina flow
Selante ionomérico

Lesão em dentina na proximal Tratamento não invasivo


* Profundidade: metade do 1/3 externo da dentina Selante resinoso ou ionomérico
desde que tenha abertura de no máximo 3 mm de
Resina flow
diâmetro
Obs.: tratamento recomendado pela literatura

Lesão em dentina na oclusal Tratamento invasivo


* Profundidade: 1/3 externo, médio ou profundo. MI: Remoção de toda dentina infectada e da dentina afetada nas paredes circ

Lesão em dentina na proximal Tratamento invasivo


* Profundidade: terços externo, médio ou profundo MI: Remoção de toda dentina infectada e remoção da dentina afetada nas pa

Tratamento invasivo:
Dentina Afetada:
 Coloração mais acastanhada  Consistência endurecida

 Aspecto seco  Ao ser curetada sai em lascas


 Matriz orgânica intacta  Passível de remineralização

Dentina Infectada:
 Consistência amolecida  Degradação das fibras colágenas

 Coloração amarelada  Não é passível de remineralização

 Aspecto umedecido  Fácil remoção com colher de


dentina
 Alta concentração de bactérias

Remoção de cárie/ Protocolo


 Remoção total da dentina infectada: utilização de instrumento manual e se necessário
uso de rotatório para acesso a lesão.

 Remoção total da dentina afetada nas paredes circundantes: uso de instrumento manual
e ou rotatório se necessário.

Materiais restauradores utilizados na MI:


 Resina composta

 Ionômero de vidro convencional

 Ionômero de vidro híbrido

ISOLAMENTO ABSOLUTO
VANTAGENS:
 Ajuda no controle da criança  Visão ampla de trabalho

 Controle de saliva: exclusão de  Conservação do meio asséptico:


umidade envolvimento pulpar

 Proporciona proteção dos tecidos  Evita deglutição de material e


moles instrumental

MATRIZES E PORTA MATRIZES


 Porta matriz

 Matriz soldada  Matriz em T

 Unimatrix (foto)
PROTEÇÃO PULPAR PARA RESTAURAÇÀO EM RESINA COMPOSTA
 Cavidade rasa:

Sistema adesivo +Resina foto


 Cavidade média:

Sistema adesivo + Resina foto


 Cavidade profunda:

Hidróxido de cálcio foto + sistema adesivo + resina


Hidróxido de cálcio foto + ionômero de vidro + sistema adesivo + resina (restauração
sanduiche)
*****O hidróxido de cálcio não deve ser usado como único agente forrador em dentes que
recebem grande impacto mastigatório.
PROTOCOLO PROTEÇÃO PULPAR TIPO SANDUICHE
1-Aplicação do cimento de Hidróxido de cálcio fotopolimerizável, nas paredes pulpar e axial
2.Aplica-se ácido poliacrilico a 10% na cavidade durante 15 segundos
3.Lavagem da cavidade e secagem sem desidratar
4. Manipulação (proporção pó/líquido). E aplicação do ionômero com seringa centrix quando o
mesmo estiver com o aspecto brilhante.
5. Proteção imediata com uso de vaselina e ajuste oclusal.
6.Aguardar a presa total do ionômero durante 24 horas.
7.Na próxima sessão rebaixar o ionômero para receber o material restaurador que pode ser
Resina foto ou amalgama.
LITERATURA -REID et al, 1994 → a técnica sanduíche aberto com margem cavitária em
esmalte, parece ser a mais adequada para uso em molares decíduos: esta apresentou um nº
menor de microinfiltações
TÉCNICA RESTAURADORA
 Profilaxia: escova de Robsom e pedra pomes ou a própria escova de dentes do
paciente

 Anestésico tópico;

 Anestesiar o dente (infiltrativa ou regional);

 Preparo cavitário limitado a lesão de cárie;

 Isolamento absoluto;

 Profilaxia com escova de Robsom e pedra pomes para remoção de qualquer oleosidade
durante o preparo

 Lavagem e secagem da cavidade


 PROTEÇÃO PULPAR: conforme profundidade da cavidade

 Condicionamento ácido total (esmalte 30 seg e dentina 15 seg)

 Lavagem abundante 30 seg.

 Secagem (bolinha de algodão para evitar a desidratação de dentina)

 Aplicação do sistema adesivo conforme as recomendações do fabricante (03 passos -


Ácido/Primer/ Bond)

 Fotopolimerização por 20 seg.

 Inserção da resina composta de forma incremental

 Polimerização durante 40 seg. a cada incremento

 Remoção do isolamento

 Verificar a oclusão com auxílio de papel articular

 Acabamento→ remoção dos excessos de material → pontas diamantadas douradas ou


brocas multilaminadas para resina composta

 Polimento com pontas de borrachas abrasivas, pontas de silicone tipo Enhance e disco
soft- lex. Pasta de Al2O2 e discos de feltro

ATENÇÃO: RESTAURAÇÃO DA FACE PROXIMAL:


 Seleção e adaptação da matriz: matriz metálica podendo utilizar porta matriz, matriz
soldada, matriz em T e matriz seccionada

 Adaptação da cunha

 Inserção do material:

Cimento de ionômero de vidro convencional:


Ketac molar
 Restauração de molares decíduos (cavidade classe I pequena, sem esforços
mastigatórios; classe III e V onde não compromete a estética)

RESTAURAÇÃO COM IONÔMERODE VIDRO CONVENCIONAL


NOME COMERCIAL: Ketac molar
 Remoção do tecido cariado

 Aplicação do ácido poliacrilico

 Lavagem e secagem da cavidade sem desidratar

 Aplicação do ionômero (proporção pó/líquido)

 Compressão com uso de vaselina


 Ajuste oclusal.

Cimento de ionômero de vidro modificado por resina (híbridos):


Nome comercial: vitremer
 Superfícies oclusais pequenas (dentes decíduos e permanentes)

 Superfícies proximais pequenas (dentes decíduos)

VANTAGENS:
 Pode ser acomodado nas cavidades em uma única etapa

 Possui liberação de flúor. E dispensa condicionamento ácido

TÉCNICA DE RESTAURAÇÃO COM VITREMER


1 - Profilaxia do preparo com mistura de pedra pomes e água
2 - Isolamento do campo operatório (absoluto ou relativo)
3 - Secagem da superfície
4 - Aplicação do PRIMER(30seg)
5 - Polimerização (20seg)
6 - Inserção do material (após mistura do pó e líquido)
7 - Polimerização (40 seg)
8 - Aplicação do gloss.
9 - Polimerização (20 seg)
10 -Inspeção final (teste de oclusão)

ADEQUAÇÃO DE COMPORTAMENTO
OBJETIVO
Orientar os profissionais de odontopediatria quanto ao uso de técnicas não farmacológicas,
com a finalidade de adaptação do comportamento da criança.
 Estabelecer comunicação, aliviar o medo e a ansiedade, atendimento
odontológico de qualidade, construir um relacionamento de confiança e
promover uma atitude positiva.
FATORES QUE INFLUENCIAM NO COMPORTAMENTO DA CRIANÇA
Medo:
Objeto definido Pode ser enfrentado
Pode ser analisado
Ansiedade:
Não possui objeto
Sentimento de ameaça
Estado de desamparo
Perda de direção com reações inadequadas sem intenção

FATORES QUE INFLUENCIAM NO COMPORTAMENTO DA CRIANÇA


1. Criança: 2. Equipe odontológica
 Maturidade;  Conhecimento/experiência
 Experiência;  Habilidade/personalidade
 Personalidade;  Segurança/empatia
 Idade  Tempo de consulta
 Nível cognitivo  Paciência/intuição
 Comunicação eficaz/persuasão
 Controle/Autoridade

3. Pais ou responsáveis
 Relacionamento com a criança;
 Ansiedade e medos;
 Desajustes familiares;
 Atitude: preparo inadequado para o primeiro encontro.

COMUNICAÇÃO

• Nível de desenvolvimento cognitivo


 Quantidade de informação
 Ideia se estrutura conceitual
 Fazer uso de vocabulário apropriado
 Intercambio da Informação:
“Pedidos e promessas”

PROTELAR O TRATAMENTO

Pode ser adiado sob determinadas circunstâncias


– Considerar a urgência das necessidades para elaborar o plano de tratamento
– Doença, traumatismo, dor ou a infecção aguda

PRONTO ATENDIMENTO

CONSENTIMENTO INFORMADO

 Todas as decisões a respeito do uso das técnicas de adaptação do comportamento


(exceto a abordagem linguística ou comunicativa), devem ser submetidas à
compreensão e à aceitação dos pais.

FORMAS DE COMPORTAMENTO
CLASSIFICAÇÃO DE FRANKL
 Definitivamente negativo: -- (Rejeição extrema ao tratamento)
 Negativo: - (Relutância em aceitar o tratamento, reação negativa, mas não acentuada)
 Positivo: + (Ocila entre a aceitação do tratamento e a reserva)
 Definitivamente positivo: ++ (Aprecia o atendimento e mostra interesse nos
procedimentos.)
TÉCNICA DE ADAPTAÇÃO DO COMPORTAMENTO
 Comunicação e Abordagem linguística:
 Dizer-Mostrar –Fazer (TSD); Uso de modelos; Controle de Voz; Comunicação não
Verbal; Reforço Positivo
 Presença/Ausência da Mãe
 Estabilização Protetora - Contenção
 Mão sobre a boca (HOME – hand over the mouth exercise);
 Técnicas farmacológicas
 Ansiolíticos, Sedação com Oxido Nitroso/oxigênio, Anestesia Geral
Comunicação e Abordagem linguística

DIZER – MOSTRAR – FAZER (TSD)


• Envolve explicações verbais dos procedimentos em frases apropriadas ao nível de
compreensão da criança –DIZER
• Demonstrações dos aspectos visuais, auditivos, olfativos e táteis do procedimento –
MOSTRAR
• Sem desviar da explicação e demonstração, realiza-se o procedimento - FAZER

– Objetivos:
• Ensinar os aspectos importantes da visita odontológica e familiarizar a criança com os
elementos do consultório
• Moldar a resposta do paciente aos procedimentos através da dessensibilização ante
expectativas bem definidas
– Indicações: em todos os pacientes

CONTROLE DE VOZ
– Alteração controlada do volume, do tom ou do ritmo da voz para influenciar e dirigir o
comportamento da criança;
– Deve ser explicada aos pais antes de seu uso a fim de impedir desconforto ou mal-
entendido.

– Objetivos:
• Ganhar a atenção e a cooperação da criança;
• Prevenir o comportamento negativo ou a recusa do paciente;
• Estabelecer papeis apropriados na relação “adulto-criança”

Indicações: todos os pacientes

COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL


– Se estabelece através da postura, expressão facial e linguagem corporal do profissional;
– Reforço para obtenção de um comportamento apropriado da criança.

– Objetivos:
• Aumentar a eficácia de outras técnicas de abordagem comunicativa;
• Ganhar ou manter a atenção e cooperação da criança.
– Indicações: em todos os pacientes

REFORÇO POSITIVO
– É uma técnica eficaz em recompensar comportamentos desejados e, assim, fortalecer o
retorno dos mesmos;
• Sociais: modulação positiva da voz, expressão facial, o elogio verbal e demonstrações
físicas apropriadas de afeto
• Não sociais: lembrancinhas

• Objetivo:
– Reforçar o comportamento desejado
– Indicações: em todos os pacientes

PRESENÇA MATERNA
• Divergência de Opinião;
• Crianças mal orientadas no estabelecimento de limites pelos pais;
• Necessidade de autodisciplina;
• Expectativas dos pais quanto ao comportamento da criança são fora da realidade;
• Expectativas quanto ao CD como guia são grandes

Objetivos:
– Ganhar a atenção da criança e melhorar a colaboração;
– Evitar o comportamento negativo ou a recusa;
– Estabelecer papeis apropriados na relação CD-criança;
– Realçar uma comunicação eficaz entre CD, criança e os pais
– Minimizar a ansiedade e conseguir uma experiência odontológica positiva
Contra -Indicações: Pais que não têm desejo ou capacidade de dar apoio afetivo

MÃO SOBRE A BOCA


• Não deve ser usado como rotina
• Crianças de 3 a 6 anos com capacidade de comunicação.
Inaceitável em crianças muito novas, imaturas e com incapacidade física, mental ou emocional.

ESTABILIZAÇÃO PROTETORA

• CONTENÇÃO:
– Limitação da liberdade de movimentos da criança, com ou sem permissão, afim de diminuir o
risco de ferimento ao permitir a conclusão segura do tratamento
– Pode envolver:
• Outra pessoa, um dispositivo de imobilização ou a combinação dos dois.

TÉCNICAS FARMACOLÓGICAS
OBJETIVO
Promover bem estar, evitando traumatismos físicos e emocionais, melhorando o
tratamento e diminuindo o tempo de exposição da criança ao procedimento

INDICAÇÕES
 Urgências em pacientes agitados e não cooperativos;
 Paciente cronicamente agitados e com exacerbação dos sintomas durante o tratamento;
 Pacientes com retardo mental ou distúrbio psiquiátrico sem condições de cooperação;
 Pacientes de pouca idade.

SEDAÇÃO CONSCIENTE
 Ansiolíticos:
 Benzodiazepínicos (diazepan e midazolan) + hidrato de cloral
 Neozine
 Óxido nitroso + oxigênio
 Hipnose

CONTROLE DA DOR

ANESTÉSICO LOCAL
Substâncias com capacidade de bloqueio temporário da condução de impulsos nervosos
aferentes com consequente perda de sensibilidade local, sem deprimir o nível de
consciência.

Classificação:
 Ésteres (cocaína): Procaína, cloroprocaína, tetracaína e benzocaína (pomadas ou gel)
 Amidas (lidocaína): Prilocaína, mepivacaína, bupivacaína

ANESTESIA LOCAL
• Primeiro eleito no controle da dor:
• Permite que o paciente permaneça desperto e cooperando
• Interfere muito pouco com a fisiologia normal
• Baixa incidência de morbidade
• Técnicas fáceis de serem utilizadas
• Percentagem de insucessos é pequena
• Pode alimentar-se normalmente antes da intervenção

• Requisitos para ação terapêutica satisfatória:


• Especificidade de ação
• Reversibilidade
• Solubilidade em água e lípides
• Potência e baixa toxidade
• Rápido efeito e suficiente duração
• Não produzir reações alérgicas e idiossincrásicas
• Estabilidade
• Estéril
• Custo relativamente baixo

CONSIDERAÇÕES
 Indicações
 Preparação psicológica da criança
 Aspectos anatomo-fisiológicos:
 Porosidade do osso
 Menor volume corporal e sanguíneo
 Altura do forame pterigo-mandibular

DOSAGEM UTILIZADA NA CRIANÇA

Fórmula de Clark
D C= peso da criança(Kg) x dose do adulto
70
* Considera- se a dose máxima do adulto de 5 a 8 tubetes.
 Ordem de escolha:
 Lidocaína 2%
 Mepivacaína 2%: em contra-indicação de vasoconstritor a 3% s/v
 Prilocaína 3%: evitar em caso de anemia: metaemoglobinemia. Pode ser uma
opção em caso de restrição ao vasoconstritor (não é amina simpaticomimética)

TÉCNICAS

 Cuidados:
 Anestesia tópica
 Conhecimento da solução anestésica
 Uso de vasoconstritor
 Evitar injeção intramuscular e lentamente
 Menor volume e concentração
 Reduzir a dose para 1/3 se sedada ou debilitada

Técnica Infiltrativa/Supraperiostal
 Técnica
 Estirar o lábio pressionar levemente
 Agulha próxima ao ápice, bisel voltado para o osso, não atingir periósteo
 Tracionar o lábio sobre o bisel
 A injeção do anestésico deve preceder a introdução lenta da agulha
 Dificultar a visualização da seringa

Dentes superiores e anteriores inferiores

OBS:
 Iniciar os procedimentos pela região superior posterior sempre que possível
 Pode ser indicada para dentes posteriores inferiores

Anestesia Interseptal ou interpapilar

1. Complementar da infiltrativa;
2. Procedimentos que envolvam apenas o tecido gengival.
Ex: exodontia de resto radicular, colocação de grampo para isolamento absoluto ou
matriz de aço.

Anestesia Regional Pterigo-mandibular


DENTES POSTERIORES INFERIORES
*Bloqueio do nervo alveolar inferior
*Relações anatômicas
*Métodos direto e indireto

 Adaptações em crianças devido às seguintes variações anatômicas:


 Ramo ascendente é mais curto em relação ao ramo horizontal;
 O diâmetro antero-posterior é menor;
 Quanto mais jovem mais aberto é o ângulo goníaco;
 A linha oblíqua interna raramente está presente;
 A espinha de Spix ou língula na criança bem jovem pode estar situada
inferiormente ao plano oclusal dos molares. Com o aumento da idade ela recua
e sobe.

ACIDENTES E COMPLICAÇÕES LOCAIS

Reações toxicas Estimulação/ Depressão SNC


 Úlcera Traumática  Hematoma
 Injeção intravascular  Paralisia temporária
 Trismo  Fratura de agulha
 Reações alérgicas Antígeno/Anticorpo

Sedação Consciente/Óxido Nitroso


ANESTESIA GERAL
• Indicada em casos extremos nos quais os outros métodos não tiveram sucesso.
Justificada pela segurança do profissional e paciente e pela necessidade do
tratamento.
• Necessita autorização por escrito dos pais. Pode ser realizada a nível ambulatorial
ou hospitalar.
TERAPIA PULPAR EM DENTES DECÍDUOS
Tratamento bem sucedido de dente com envolvimento pulpar

Condição de normalidade

Componente útil da dentição decídua e permanente jovem


DENTES DECÍDUOS
Alimentação Deglutição Fonação
Harmonia estética Prevenção de hábitos Prevenção de maloclusões
corporal
Guia de erupção Manutenção de espaço
Respiração
TERAPIA PULPAR EM DENTES DECIDUOS
 Considerações anatômicas: dente
 Considerações biológicas/histológicas: polpa
 Recursos auxiliares de diagnóstico
PROCEDIMENTOS CLINICOS
 Manutenção da polpa íntegra:
Capeamento pulpar direto e indireto
 Manutenção da polpa radicular:
Pulpotomia
 Manutenção do dente - tratamento endodôntico:
Biopulpectomia e necropulpectomia
CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS

 Camada mais fina de esmalte 1/3 menos que permanente


 Presença do germe do sucessor permanente
 Reabsorção interradicular e apical
 Canais interradiculares no soalho da câmara pulpar
 Cornos pulpares + amplos e próximos a sup. Externa

O ASSOALHO DA CÂMARA PULPAR DOS DENTES DECÍDUOS SE PRESENTA


POROSO.

TERAPIA PULPAR EM DENTES DECÍDUOS DENTE DECÍDUO INFECTADO

 Parada de desenvolvimento do germe do permanente sucessor


 Alterações da odontogênese
 Formação de cisto dentígero

ANATOMIA RADICULAR
Rizólise irregular
CICLO VITAL DOS DENTES DECÍDUOS
 Lâmina dentária
 Crescimento: Iniciação – Proliferação – Histo e morfodiferenciação – Aposição
– Mineralização
 Erupção
 Rizólise
 Esfoliação

Início: por volta da 6a. semana vida Intra Uterina


Início calcificação dos dentes decíduos: por volta do 40 mês – vida Intra Uterina
60 mês – vida Intra Uterina aproximadamente todos os dentes decíduos iniciaram calcificação
12 meses de idade – finalização da calcificação
RIZOGÊNESE
 Rica em elementos celulares
 Rica em estruturas vasculares
 Atividade metabólica aumentada

PROCESSO DE ORGANIZAÇÃO DA RAIZ


RIZÓLISE
 Diminuição do nº de células
 Degeneração dos filetes nervosos
 Diminuição do nº de estruturas vasculares
 Atividade metabólica aumentada

PROCESSO DE DESORGANIZAÇÃO DA RAIZ

 Tempo de vida da polpa: 8,3 a 9,6 anos


o Crescimento do órgão pulpar
o Maturação Pulpar
o Regressão Pulpar

Coroa Raiz Polpa


Formação Vida média Rizólise
Dente jovem Reabsorção
Polpa jovem Dente velho
Polpa velha

REAÇÃO PULPAR
 Saúde e idade da polpa.
 “Polpas jovens, principalmente de dentes decíduos, têm um alto potencial de reparo.”
“Potencial reparador da polpa do dente decíduo, parece diminuir à medida que
progride o processo de rizólise, devido a alterações histológicas próprias do
envelhecimento pulpar.”
CLINICO
RADIOGRÁFICO SUCESSO

HISTOLOGICO
DIAGNÓSTICO DA CONDIÇÃO PULPAR
“Embora auxiliado pela radiografia, elemento de grande valor auxiliar, ele será mais clínico e
realizado durante o ato da intervenção.”
EXAME CLÍNICO
 DENTES – Aspecto da lesão cariosa
DENTINA INFECTADA
Compreende as zonas necróticas, de desmineralização avançada e de invasão bacteriana;
• Consistência amolecida • Alta concentração de bactérias
• Coloração amarelada • Degradação das fibras colágenas
• Aspecto umedecido . Fácil remoção com colher de dentina
NÃO É PASSÍVEL DE REMINERALIZAÇÃO

 DENTES – Aspecto da lesão cariosa


DENTINA AFETADA
Compreende as zonas de desmineralização inicial, de esclerose dentinária e a dentina reacional.
• Coloração mais acastanhada • Ao ser curetada sai em lascas
• Aspecto seco • Matriz orgânica intacta
• Consistência endurecida
PASSÍVEL DE REMINERALIZAÇÃO
RECURSOS AUXILIARES DE DIAGNÓSTICO
CONDIÇÕES FÍSICAS DO PACIENTE
 ANAMNESE: História da dor: provocada ou espontânea
 EXAME CLÍNICO: Tecido duro – Dente: cor, mobilidade???
Dentina: consistência, característica, cor
Tecidos moles: presença de fístula, abscesso
 Polpa: Idade e estado (sadia X inflamada, contaminada) características da polpa:
sangramento (persistência), cor.
 Exame radiográfico periapical: rizogênese e rizólise, patologias periapicais...
 Fatores Sistêmicos
Obs.: NÃO SE REALIZA TESTES DE VITALIDADE PULPAR COM O PACIENTE
INFANTIL: ELÉTRICO, TESTES TÉRMICOS, FRIO, QUENTE. NÃO SE FAZ
PERCUSSÃO.
CAPEAMENTO PULPAR INDIRETO
“Técnica em que toda dentina cariada, exceto aquela que poderia expor a polpa, é removida, e
um medicamento é colocado sobre a dentina cariada remanescente”.
Indicações
Estado e Idade
Lesões cariosas profundas próximas à polpa:
 Dor provocada por estímulo externo
Polpa
 Ausência de mobilidade anormal
 Ausência de alteração radiográfica
Contra- indicações
 Dor espontânea
 Evidências clínicas ou radiográficas de alterações patológicas no periodonto.

TÉCNICA OPERATÓRIA
1. Radiografia
2. Anestesia
3. Isolamento absoluto
4. Remoção de cárie inicial
5. Uso do material capeador:
Hidróxido de cálcio cimento
6. Selamento provisório
7. Observação – 6 a 8 semanas
8. Remoção do selamento e evidenciação dos resultados
9. Restauração definitiva
10. Proservação
MÍNIMA INTERVENÇÃO
Paralisar a doença controle dos fatores etiológicos
... o responsável pela progressão das lesões de cárie são as bactérias presentes no biofilme, que
permanecem sobre a lesão estimulando a sua progressão, e não as presentes dentro da lesão de
cárie.
CAPEAMENTO PULPAR DIRETO
Técnica que consiste no tratamento adequado da polpa exposta mediante um correto
diagnóstico.
INDICAÇÃO
 Pequenas exposições mecânicas ou traumáticas quando as condições são adequadas
para proporcionar resposta pulpar favorável.
 Idade da polpa
“Tecido pulpar jovem é capaz de se reparar após agressão ou irritação.”
Polpas mais velhas tornam-se fibrosadas e com volume reduzido, além de apresentarem
calcificação aumentada.
FATORES A CONSIDERAR
 ESTADO DA POLPA
“Polpas inflamadas, frente à tratamento pulpar, exibem alterações patológicas mais intensas e
mais frequentes do que as não inflamadas.”
 CONTAMINAÇÃO
“O prognóstico é muito menos favorável, se for tentado o capeamento de uma polpa que
sabidamente apresente inflamação e\ou infecção por cárie ou trauma.”
 TAMANHO DA EXPOSIÇÃO PULPAR
“Pequenas exposições com um bom suprimento sanguíneo, exibem melhor potencial de
reparação.”
 DOR

“... Dor de dente espontânea frequentemente significa degeneração extensa da polpa.”


 FATORES SISTÊMICOS
TÉCNICA OPERATÓRIA
1. Radiografia 5. Uso do material capeador:
2. Anestesia Pasta hidróxido de cálcio p.a.+ soro
fisiológico
3. Isolamento absoluto
Cimento hidróxido de cálcio
4. Irrigação – soro fisiológico
6. Restauração
7. Proservação

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