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By My Skin

Cap.- 01

Cena - 01 Apartamento de Himoru

Um som estridente de despertador acorda o policial Himoru que estava encostado na


cadeira de sua pequena sala desde a ultima noite. Acordando meio desnorteado com o som, Himoru
procura o alarme ao qual estava na sua cama. Ao desativar o alarme ele olha para as horas
mostradas nele.

---10h00minh---

Nossa, pensou ele. Estou em cima da hora!

Às pressas, Himoru pega seu distintivo que estava em cima da mesa, pega seu terno e suas
chaves do apartamento e de seu carro.

Fechando a porta e descendo a escadaria em espiral enquanto fechava o zíper de sua calça, Himoru
só pensava em uma coisa, o caso ao qual conseguira a noite anterior.

Himoru: Que ansiedade!!!

Ao quase tropeçar nos últimos degraus da escadaria ele abre às pressas a porta da garagem
já apertando o botão para destrancar a porta do carro. Adentrando o carro ele liga o carro e pega o
celular em seu bolso vasculhando insavelmente um contato quando deparasse com um escrito
"Ishizo".

Achei!

Ao ligar para o contato ele pega o carro e sai da garagem adentrando a rua ao qual cruza seu prédio

Ishizo: Alo?

Himoru: Hey sou eu. O chefe já chegou??

Ishizo: Nope. Ele teve um problema no transito, então ele ainda vai chegar. Se você for rápido você
consegue chegar antes

Himoru: Beleza!

Fechando o celular Himoru foca-se na rua tentando lembrar os nomes destas que o levariam para a
delegacia.
Himoru: Beleza, se eu conseguir chegar mais cedo que ele, eu consigo pegar o trabalho.

Virando algumas ruas Himoru encara um congestionamento na frente de um cruzamento


entre duas grandes avenidas.

Deve ser esse o congestionamento que ele pegou, refletiu.

Pensando em uma via paralela a este congestionamento Himoru vira numa rua mais íngreme
e suja ao qual usuários de drogas viviam. Ela passa ao redor da avenida, lembrou. Não tem outro
jeito.

Adentrando a viela Himoru olha para as calçadas estreitas procurando algum usuário que
possa invadir o carro ou ate mesmo quebra-lo com pedras ou armas. Ao final da rua consegue este
notar o prédio da delegacia, acelerando o carro Himoru nota um carro prata grande parado na
esquina de uma das avenidas congestionadas. Deve ser o carro dele.

Ao chegar à frente da delegacia Himoru sai do carro trancando-o com o alarme apertando o
passo para entrar no ressinto. Adentrando a delegacia uma garota trajando um uniforme de
secretaria o aborda

Garota: Chegou antes dele hein? Eu disse que conseguiria.

Himoru: Valeu Ishizo, te devo uma tah?

Ishizo: Se achar meu irmão estamos quites

Himoru: Ok

Ambos pegam o elevador levando-os ao 3 andar.

Ishizo: Não foi fácil conseguir essa chance tah?! Então não vacila.

Himoru: Ok eu não vou

Ao sair do elevador no 3° andar, uma senhora que estava em uma das mesas de
atendimento de telefonema levanta e aborda ambos.

Senhora: Ele acabou de entrar no térreo

Himoru: Ok valeu

Senhora: Boa sorte!

Adentrando os pequenos escritórios do andar, Himoru e Ishizo encontram-se com uma porta
de vidro ao qual estava escrito "Escritório do Supervisor Tokuwo".

Ishizo: Eu vou deixar você aqui, preciso voltar para minha mesa.

Himoru: Valeu Ishizo.


Ao se afastar de Himoru, Ishizo retorna para o elevador ao qual esta com a porta trancada e
seu display mostra que este esta no 1° andar e subindo. Ao abrir as portas, um Homem calvo suado
vestindo um terno extremamente justo sai.

Ishizo: Bom dia chefe!

Tokuwo: O que tem de bom nele fora o transito que eu peguei?

Ishizo: Desculpe, com licença.

Tokuwo vai em direção a sua sala encarando Homoru com um olhar de mau humor enquanto o
elevador fecha com Ishizo dentro.

Tokuwo: Vamos, entre!

Abrindo a porta do escritório Tokuwo senta em sua cadeira enquanto Himoru senta numa
reservada a seus funcionários. Pegando um pouco de ar, Tokuwo pega um lenço de seda e passa em
seu rosto húmido pelo suor.

Tokuwo: Eu vou ser simples e pratico Himoru. Você quer este caso não?

Himoru: Sim

Tokuwo: Eu vou lhe passar a ficha e as documentações necessárias para refazer a investigação, como
a autorização para a segunda biopsia e por ai vai!!

Himoru: Agradeço Sr. Tokuwo

Tokuwo: Não me agradeça! Eu só estou fazendo isso para aquela garota parar de me encher o saco.

Pegando uns papeis em sua gaveta, Tokuwo começa a assinar várias autorizações, e apos
entregar elas a Himoru, ele fita este.

Tokuwo: Deixe estes com Ishizo. Porem o necrotério esta com problemas nos registros então terá
que ir lá pessoalmente

Himoru: Eu irei hoje mesmo lá então

Tokuwo: Agora pode ir!

Se retirando da sala, Himoru esboça um sorriso de orelha á orelha enquanto apressava o


passo para ir ao elevador.

Senhora: Eae conseguiu?

Himoru: Mole, mole

Senhora: Deixe os papéis comigo que eu passo para ela quando ela estiver livre esta bem?

Himoru: Sim, obrigado!


Pegando o elevador, Himoru para no 1° andar procurando Ishizo para dar as boas noticias,
quando nota ela assinando uns papeis.

Himoru: Consegui!!

Ishizo olha para ele alegre

Ishizo: Serio?!

Himoru: O troxa nem perguntou, só foi lá e assinou tudo.

Ishizo: Ainda bem que você esta de dispensa, senão ele iria enrolar mais um ano para isso!

Himoru: Eu vou lá no necrotério, depois a gente conversa tah?

Ishizo: Ok ok!

Saindo da delegacia, Himoru pega os documentos e entra no carro. Ligando este ele sai da
delegacia em direção ao necrotério.
Cena - 02 Necrotério

Ao chegar no necrotério, Homoru se aproxima da recepcionista ao qual esta organizando


uma papelada dentro da gaveta da mesa de recepção.

Homoru: Senhora?

Atendente: Sim?

Homoru: Meu nome é Hideo Homoru, sou policial da ctpp, vim para pedir uma segunda biópsia do
cadáver de Suzuki Hirawa.

Atendente: Ah sim! Espere um minuto

A atendente sai da cadeira e adentra o corredor interno do necrotério protegido por uma
porta de ferro

Atendente: Eu já vou chamar o médico que vai fazer a biópsia

Ao adentrar o corredor Himoru é incapaz de observa-la pelo fato de ter fechado a porta do
corredor. Minutos depois ela retorna com um homem magro e esguio trajando uma vestimenta
apropriada para biópsias

Medico: Você é o Himoru não?

Himoru: Sim

Medico: Pode vir!

Ultrapassando a porta de ferro Himoru se da de cara com um corredor relativamente


ingrime, com duas portas aos seus lados e uma continuação do corredor que o fazia virar à
esquerda. O médico adentra o corredor na frente guiando Himoru enquanto este olha pelas
pequenas vidraças colocadas na parte superior da porta.

Medico: A sala dos corpos é no final do corredor da esquerda

Olhando para as vidraças Himoru nota um cadáver aberto na porta no lado direito do
corredor.

Medico: O senhor me pegou em uma dissecação de um recém-chegado Sr.Himoru. Eu quero


terminar logo a sua dissecação para retornar a aquele corpo.
Ao virar à esquerda no final do corredor Himoru se vê em frente a uma única porta que
encerra o corredor, ao abrir a porta e adentrar a sala, um ar de morte junto com a baixa
temperatura domina o ressinto fazendo Himoru ter calafrios.

Himoru: Tem certeza de que esta a sala?

Medico: É o que consta nos registros.

O medico começa a analisar as gavetas dos cadáveres, comparando as numerações com a da


documentação.

Medico: Dizia que era o cadáver numero 244 de Ozaka e pelo que me lembro esta é a sala aonde
levam os corpos em excesso do cemitério de lá! Achei!

Ao puxar o cadáver do cofre, um ar forte de necrose impregna o ar.

Himoru: Nossa!

Himoru segura à ânsia de vomito tentando evitar de olhar o cadáver.

Era um cadáver de uma idosa, seu crânio estava parcialmente destronado e sua barriga
estava cheia de cortes que iam ate seus intestinos.

O medico pega a ficha de descrição de óbito e começa a ler enquanto Himoru encosta na
parede recompondo-se.

Medico: Suzuki Makami, 68 anos e solteira. Tiveram denuncias que ela havia sequestrado e
torturado um garoto de 13 anos há 7 meses. Ela havia torturado o garoto com um garfo de cozinha.
O policial Anani foi chamado para intervir na situação.

Himoru: Bem, eu sabia que ele tinha um bom porte físico

Medico: Não foi ele. Foi ela quem fez isso.

Tal noticia fez com que Himoru saísse da parede e fosse em direção ao cadáver, o analisando
de cima a baixo surpreso.

Himoru: Pera o que? Não acredito que essa senhora tenha conseguido esse feito. Esperava isso
vindo do Anani, não dela.

Medico: Bem, é o que eu vou constar hoje a noite na segunda biópsia

Um som no celular atrai a atençao de Himoru, fazendo-o atender este. A voz de Ishizo sai do
aparelho.

Ishizo: Você vai para o local do ocorrido agora?

Himoru: Não eu vou amanha. Teria como avisar o pessoal que eu vou la depois?

Ishizo: Eu aviso. Você vai levar o Anani?

Himoru: Sim eu vou pegar ele no caminho


Ishizo: Ok então.

Himoru: Teria como nos encontrarmos hoje?

Ishizo: Eu não sei não, eu to presa aqui com as papeladas e isso vai demorar muito.... Eu acho que só
a noite no seu apartamento se eu conseguir agilizar algumas coisas aqui.

Himoru: Ok então.

Ishizo: Tchauu.

Himoru encerra a ligação e volta a falar com o medico.

Himoru: Ahn, qual o seu nome senhor.

Médico: Me chame de Yosef

Himoru: Teria como você terminar isso para essa tarde? Pagaremos a mais se precisar

Yosef: Já fizeram uma primeira biopsia então a segunda será um pouco mais fácil. Relaxe eu envio
ainda hoje.

Himoru: Ok então, eu vou indo.

Yosef: Ok.

Saindo do necrotério Himoru encontra-se com o por do sol iluminando as ruas, ele liga o
carro e se retira do local.
Cena - 03 Apartamento á noite

Sentando ma mesma cadeira ao qual havia dormido naquele dia, Himoru pega uma bituca de
cigarro de dentro da caixa. Ascendendo o cigarro com o fosforo, uma luz escarlate da nicotina sendo
queimada reflete ma mesa negra enquanto Himoru toma uma bela tragada.

Himoru: Aaahhhh. Como é bom isso!

O som da campainha o desperta do pequeno prazer. Chegando ate a porta, ele olha pelo
olho magico e vê que era Ishizo trajando um vestido de seda azul marinho mais solto e leve do que
seu uniforme da delegacia.

Ishizo: Ola? É a Ishizo Himoru.

Himoru abre a porta.

Himoru: Oi, pode entrar Ishizo!

Ishizo: Heye!

Ishizo entra no apartamento colocando sua bolsa na mesa ela vai à cozinha pegar uma
garrafa d'agua.

Ishizo: Nossa, foi um milagre sair daquela mesa, eu estou realmente cansada.

Fechando a porta, Himoru volta a se sentar na cadeira pegando a caixa de cigarros ele os
oferece á Ishizo.

Himoru: Quer?

Ishizo: Valeu Boy.

Ascendendo o cigarro, uma fina fumaça emana do cigarro, desenhando o ar com tons de cinza.

Himoru: Os legumes estão quase prontos no forno, então so precisamos esperar.

Ishizo: Agradeço

Sentando-se de frente para Himoru, Ishizo abre uma garrafa de vinho enquanto se debruça
na mesa.
Ishizo: Então finalmente conseguimos o caso!

Himoru: Sim

Ishizo: Eu não acredito que depois de tanto tempo podemos descobrir aonde foi parar meu irmão!!

Himoru: Sim. Apos 7 meses de enrolação finalmente conseguimos convencer o chefe de me


autorizar a procurar-lo, mesmo que sendo de ferias....

Ishizo: Já avisou o Takada sobre isso?

Himoru: Eu aviso ele amanha quando for no apartamento dele

Ishizo: Lembra quando ele ficou com ciúmes por você estar afim de mim?

Himoru se levanta e vai em direção ao forno o abrindo

Himoru: Ah, mas fazer o que? Nós sempre fomos próximos um do outro tanto é que ele foi quem
convenceu o chefe a te contratar

Ishizo: Verdade

Himoru retorna a mesa com uma tábua de legumes assados

Himoru: Ele sempre foi um bom cara

Ichizo esboça um semblante triste em seu rosto enquanto toma uma taça.

Ishizo: Por que ele teve que ir justamente naquele incidente?

Himoru: Ele estava estagiando ainda, era a melhor chance dele.

Ishizo: Eu so espero que ainda haja tempo para acha-lo. Pelo menos seu corpo....

Himoru: Hey, relaxe. A gente vai encontrar ele vivo, custe o que custar

Ishizo olha para ele esboçando um semblante mais otimista

Ishizo: É, é verdade. Ele não iria querer a gente triste nessas situaçoes

Himoru estende sua taça em direção a dela

Himuro: Então, porque não ficamos como ele gostaria?

Ishizo: Bêbados e xingando ele

Himoru: Ao Anami!

Ishizo: Ao Anami!
Cena - 04 Apartamento de Takada

Com a luz do horizonte batendo o Japão no dia seguinte, Himoru para com seu carro em
frente á um condomínio de luxo perto de Asaka.

Porque ele tinha que ser grã-fino?! Refletiu ele em relação a seu amigo Takada.

Saindo de seu carro, Himoru adentra a recepção ao qual um jovem de cabelo curto o atende.

Atendente: Posso lhe ajudar?

Himoru: Ahnn... teria como você ligar para o numero 241?

Atendente: De quem o nome que quer falar com morador?

Himoru: Hideo Himoru

Atendente: Espere um minuto, este bem?

Discando os números no balcão o recepcionista pega o telefone colocado para avisar os


moradores

Atendente: Senhor? O Sr. Himoru deseja adentrar o prédio.

Takada: Ah sim, sim!! Deixe ele subir!

Atendente: Sim senhor

Takada: Mas avisa ele que eu estou dando uma faxina aqui em casa com minha filha.

Atendente: Entendido

O atendente coloca o telefone de volta ao gancho

Atendente: Pode entrar Sr. O numero do andar é 32

Himoru: Ok

Ao adentrar elevador, Himoru nota os folheamentos em bronze que cobriam as arestes


internas do elevador.

Himoru: Tsk.... Riquinho....


Ao chegar no 32 andar uma garota de 4 anos vestindo um vestido vermelho com rebordos
em verde o recebe com um abraço caloroso

Garota: TITIOOO!

Himoru: Sashikoo

Takada: Hey! Deixe seu tio tomar um folego filha!

Himoru ao sair do elevador com Sashico no colo vê Takada, seu amigo de trabalho vestindo
uma roupa de faxina feminino e em sua mão esquerda um spray de limpeza.

Himoru: Hey senhora, você deveria ser mais feia com estas roupas não?!

Takada: Ah cala a boca vai! Da um abraço aqui!

Himoru coloca Sashiko no chão dando um belo abraço.

Takada: Aproveitando as ferias?

Himoru: Com certeza Takada

Takada: Vem entre. Minha esposa saiu para trabalhar e precisamos de uma ajuda na faxina

Himoru: Ok então

Entrando no apartamento, Sashiko corre para o corredor que dava para o quarto do Takada
e sua esposa e retorna com uma escova de banheiro nova.

Sashiko: Banheiro é seu tio!

Himoru: Ok então….

Ao terminar a faxina Himoru senta no sofá da sala enquanto Takada e sua filha cozinham
alguma coisa juntos.

Takada: Então, o que veio fazer aqui Himoru?

Himoru: Vim pedir sua ajuda. A Ishizo conseguiu que liberassem o caso para mim e eu quero que
entre junto na investigação.

Takada: Serio? Oh que bom!

Takada coloca em três pratos a comida ainda quente e os estende no mês em frente ao sofá.

Takada: Oh claro que eu ajudo você... A distância é clara!

Himoru: Ah qual é Takada, você viu o quanto demorou para a gente pegar esse caso! Eu so consegui
ele agora por que estou de férias

Takada: Sinto muito cara, mas eu já discuti com minha esposa sobre não conseguir tempo para a
Sashiko, e eu quero aproveitar esse momento com ela!
Himoru: Mas é pela Ishizo Takada! Olha eu prometo que será rápido, este bem?

Takada: Não mesmo! Eu já decidi ficar com ela.

Himoru: E seu eu conseguir um aumento em seu salario? Sabe.... Por estarmos de ferias, sera fatal
uma promoção de cargo se formos excelentes nela...

Um mm. Se conseguir esse aumento provavelmente eu consigo parar de ficar sempre no


trabalho e ficar aqui, refletiu Takada. Uma pequena dor por uma felicidade duradoura.

Takada: .... Ok então. Eu entro, mas preciso esperar minha esposa chegar para poder ir. Me passa o
endereço do local que eu encontro com você lá as 22h00min.

Himoru: Ok então

Himoru anota o endereço numa caderneta no balcão da cozinha.

Sashiko: Já vai indo tio??

Himoru: Sim querida, eu tenho que ir.

Sashiko: Olha cuida bem do papai quando ele chegar lá está bem?

Himoru: está bem, minha querida.

Ao chegar no elevador Himoru olha para a porta do apartamento aonde estão Talada e
Sashiko despedindo-se.

Himoru: Não vai dar um beijo no seu tio?

Sashiko corre em direção a Himoru dando-lhe um abraço e um vejo na testa.

Takada: As 22:00h Himoru!!

Himoru: Tchau!

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