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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL JAIME DE ALTAVILA - FEJAL

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAUDE – CCBS


CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA

LEISHIMANIOSE

DISCENTES:
ANDRÉ LUÍS
BRENO CRUZ
DJACY SOARES
IAN BARBOSA
MICHELL BARBOSA
PAULO LINCOLN

MACEIÓ/AL
2017
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL JAIME DE ALTAVILA - FEJAL
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAUDE – CCBS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA

LEISHIMANIOSE

Trabalho Acadêmico
apresentado ao componente
curricular disciplina de Mecanismo de
agressão e defesa II, solicitado pela
Prof.ª Anansa, como requisito parcial
para composição da segunda nota
avaliativa.

MACEIÓ/AL
2017
LEISHMANIOSE

1. INTRODUÇÃO
As leishmanioses são doenças onde protozoários do gênero Leishmania. Infectam
o homem e animais. Este protozoário apresenta-se em duas formas ativas:
 Flagelada denominada promastigota, que habita o trato digestivo do inseto
vetor e em alguns meios de cultura artificiais;
 Aflagelada ou amastigota, ela é intracelular obrigatória, encontrada
habitando as células do sistema fagocitário dos hospedeiros vertebrados.
As leishmanioses estão distribuídas em dois grandes grupos:
 O primeiro é o causador da leishmaniose tegumentar (leishmaniose cutânea,
muco-cutânea e cutânea difusa), onde os protozoários envolvidos são Leishmania
mexicana, L. brasiliensis e L. tropica FOGANHOLI & ZAPPA (2011).
 O segundo grupo, é de maior interesse pela gravidade e alta mortalidade
nos casos, ela é responsável pela leishmaniose visceral ou popularmente chamada de
“calazar”, os protozoários causadores dessa enfermidade são os dos grupos L. donovani
e L. chagasi, sendo este último apenas encontrada no Brasil.
A leishmaniose é uma infecção zoonótica que afeta animais selvagens, animais
domésticos e o homem. Os animais selvagens representam os verdadeiros reservatórios,
enquanto que o homem é considerado um hospedeiro acidental. FOGANHOLI & ZAPPA
(2011).

2. AGENTE ETIOLÓGICO
A Leishmaniose é causada por um parasita pertencente à ordem Kinetoplastida e
à Família Trypanosomatidae. São flagelados com reprodução binária.
Os hospedeiros destes parasitos são divididos de duas formas:
 Hospedeiros vertebrados adquirindo as formas promastigota e amastigota;
Hospedeiros invertebrados que adquirem as formas promastigota, amastigota,
paramastigota e promastigota metaciclícos GONTIJO & MELO (2004).

3. TRANSMISSÃO
É transmitida através de mosquitos comuns que gostam de viver em ambientes
ricos em matéria orgânica e baixa luminosidade, tais como galinheiros, chiqueiros e
também em ambientes residenciais. Ambos os sexos dos mosquitos do gênero
flebótomideos necessitam de carboidratos que sugam das plantas, mas apenas as fêmeas
necessitam de sangue para o desenvolvimento dos ovos. MARINHO et al. (2012)
A Leishmania compreende protozoários parasitas com um ciclo de vida digenético
(heteroxênico), encontrados de forma alternadas em hospedeiros vertebrados e insetos
vetores, esses últimos sendo responsáveis pela transmissão dos parasitas de um
mamífero a outro. GONTIJO & MELO (2004).
A transmissão do parasita para o homem e outros hospedeiros mamíferos
acontece através da picada de fêmeas de dípteros da família Psychodidae, sub-família
Phebotominae, conhecidos genericamente por flebotomíneos. A Lutzomyia (Lutzomyia)
longipalpis é a principal espécie transmissora da L. chagasi no Brasil. Recentemente no
Mato grosso do Sul observou-se L. cruzi como vetor transmissor da leishmaniose. Dihl
et al. (2014).

4. CICLO BIOLÓGICO
O ciclo do flebótomineo, inicia-se quando as fêmeas flebótomineas infectadas
contaminam o hospedeiro vertebrado ao realizarem seu repasto sanguíneo, liberando as
formas promastigota metaciclíca do parasito juntamente com sua saliva. Na epiderme do
hospedeiro, estas formas são fagocitadas por células do sistema mononuclear fagocitário.
Nos macrófagos, no vacúolo parasitóforo, diferenciam-se em amastigotas e multiplicam-
se intensamente até o rompimento dos mesmos, ocorrendo à liberação destas formas que
serão fagocitadas por novos macrófagos num processo contínuo, ocorrendo à
disseminação hematogênica para outros tecidos ricos em células do sistema mononuclear
fagocitário, como linfonodos, fígado, baço e medula óssea. Dihl et al. (2014)
A atividade máxima deste mosquito inicia-se aproximadamente ao entardecer
indo até por volta das 23 horas. No interior das residências o L. longipalpis é encontrado
em repouso, principalmente nas paredes dos dormitórios até o amanhecer. Fora das
residências, sua atividade ocorre nos abrigos de animais domésticos, incluindo os canis.
A infecção do vetor ocorre quando as fêmeas, ao sugarem o sangue de mamíferos
infectados, ingerem macrófagos parasitados na forma de amastigotas da leishmania. No
trato digestivo anterior ocorre o rompimento dos macrófagos liberando essas formas.
Ocorreentão, reprodução por divisão binária e diferencia-se. MARINHO et al. (2012).
5. TRATAMENTO

5.1 EM CÃES
Desde julho de 2008 a portaria n 1426, proíbe o tratamento de leishmaniose visceral
canina com produtos de uso humano ou não registrado no Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento.
Até o momento, não existe nenhum fármaco ou esquema terapêutico garantidos da
eficácia do tratamento canino, bem como a redução de risco de transmissão; devido ao
alto risco de indução a seleção de cepas resistentes aos medicamentos disponíveis para o
tratamento das leishmanioses em seres humanos. FOGANHOLI & ZAPPA (2011).

5.2 EM SERES HUMANOS


O tratamento em humanos é feito com fármacos antimoniais pentavalentes. No
Brasil o Sistema Único de Saúde (SUS) fornece esse medicamento, que deve ser aplicado
diariamente durante um período de no mínimo vinte dias e no máximo quarenta dias.
O tratamento com antimonial deve ser feito, porém o paciente pode apresentar
efeitos tóxicos no rim, fígado e pâncreas, mas, sobretudo no coração podendo nesses
casos acarretar arritmias que podem ser graves e até fatais. Para o caso de uma terapêutica
primária não tão eficaz uma segunda escolha é feita, através de: Anfotericina B,
Aminosidina, Pentamidina e Imunoterapias com Interferon. FOGANHOLI & ZAPPA
(2011).

6. EPIDEMIOLOGIA
Com uma diminuição no espaço ecológico do vetor, a disseminação de endemias
é facilitada. A transmissão da doença vem sendo descrita em vários municípios de todas
as regiões do Brasil, exceto na região Sul. Na América Latina, a doença já foi descrita em
pelo menos 12 países sendo que 90% dos casos ocorreram no Brasil, especialmente na
região Nordeste. Na década de 90, aproximadamente 90% dos casos notificados de
leishmaniose visceral ocorreram na região Nordeste.
À medida que a doença se expandiu para as outras regiões e atingiram áreas
urbanas e periurbana, esta situação veio se modificando e, no período de 2000 a 2002, a
região Nordeste já apresentava uma redução para 77% dos casos. GONTIJO & MELO
(2004).
7. BIBLIOGRAFIA

 DIHL, Rafael l Rodrigues et al. PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE


LEISHMANIOSE VISCERAL. Rev. Saúde em Foco, Teresina, v. 2, n. 1, p.75-82, 1
ago. 2014. Trimestral.

 FOGANHOLI, Josiane Nobre; ZAPPA, Vanessa. IMPORTÂNCIA DA


LEISHMANIOSE NA SAÚDE PÚBLICA. Revista Científica Eletrônica de Medicina
Veterinária, São Paulo, v. 17, n. 9, p.1-45, 01 jul. 2011. Semestral.

 GONTIJO, Célia Maria Ferreira; MELO, Maria Norma. Leishmaniose Visceral


no Brasil: quadro atual, desafios e perspectivas. Rev. Bras. Epidemiologia, Minas
Gerais, v. 7, n. 3, p.339-345, 01 out. 2004. Mensal.

 MARINHO, Maria Jocileide de Medeiros et al. LEISHMANIOSE VISCERAL


HUMANA: DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO. Biomol, Rio Grande do Norte,
p.1-9, 09 jul. 2012. Mensal.

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