Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ensino Fundamental.
APRESENTAÇÃO ................................................................................................ 4
Ponto de Partida .................................................................................................... 5
Os Parâmetros Curriculares Nacionais ......................................................... 5
As avaliações em larga escala ...................................................................... 7
Livros didáticos versus a pesquisa em Educação Matemática ............................. 11
A Produção das tarefas para a Sala de Aula .................................................... 20
A elaboração das tarefas ............................................................................... 20
As Tarefas e sua aplicação para alunos do 6º ano .......................................... 24
Referências .......................................................................................................... 34
Sugestões de Leitura .......................................................................................... 34
Anexos .................................................................................................................. 36
Texto inicial ................................................................................................... 36
Tarefa 1 ....................................................................................................... 38
Tarefa 2 ....................................................................................................... 40
Tarefa 3 ....................................................................................................... 42
Tarefa 4 ....................................................................................................... 44
4
APRESENTAÇÃO
1
Modelo desenvolvido por Romulo Campos Lins. O leitor interessado em conhecer melhor o Modelo pode
buscar os diversos textos do autor citados nas Referências da dissertação.
2
De acordo com o Modelo dos Campos Semânticos Significado é tudo aquilo que uma pessoa pode dizer e diz
de um determinado objeto. Objeto é aquilo sobre o que se fala
5
Ponto de Partida
Os PCNs (1998) ressaltam que o aluno do terceiro ciclo, 11-12 anos, vive um
momento de mudanças em seu desenvolvimento físico, emocional e psicológico.
Essas mudanças repercutem no comportamento e podem se materializar através de
questionamentos e críticas. Além disso, o educando se depara com uma
organização curricular muito diferente da que era adotada anteriormente convivendo
com oito ou mais professores.
De acordo com os PCNs a retomada de conceitos de forma repetitiva,
desvinculada de situações cotidianas leva a um desinteresse por parte dos alunos
que passam a ver a matemática como algo inatingível e inútil. O documento enfatiza
a importância do uso de situações-problema no estudo dos números (BRASIL,
1998).
Com relação às operações destacam-se a importância de dar ênfase aos
diferentes significados de cada operação, às relações entre elas e à necessidade de
se contemplarem os variados tipos de cálculo – mental e escrito, exato e aproximado
(BRASIL, 1998).
De acordo com os PCNs, no terceiro ciclo, um dos objetivos da matemática é
desenvolver o pensamento numérico. Para alcançar esse objetivo o documento
sugere, entre outras, a exploração de situações de aprendizagem que proporcionem
ao aluno “resolver situações-problema envolvendo números naturais (...)” (BRASIL,
1998, p.64).
Os PCNs destacam que a memorização de regras e a execução de
algoritmos de forma mecânica devem dar lugar ao aperfeiçoamento de
procedimentos não-convencionais ou convencionais de cálculo, explorando
situações com números frequentes nas situações cotidianas em que estejam
presentes os aspectos qualitativos e quantitativos. O trabalho deve ser desenvolvido
no sentido de que respostas com justificativas sejam mais valorizadas do que
respostas exatas e corretas (BRASIL, 1998).
Uma orientação importante dos PCNs (1998) diz respeito às atividades
utilizadas para desenvolver o tema números e operações. Segundo o documento é
importante “privilegiar atividades que possibilitem ampliar o sentido numérico e a
compreensão do significado das operações, ou seja, atividades que permitam
estabelecer e reconhecer relações entre os diferentes tipos de número e entre as
diferentes operações” (BRASIL, 1998, p.96-97).
7
3
Documento que contém as orientações para a elaboração das questões.
4
De acordo com o documento PDE/ PROVA BRASIL (BRASIL, 2009, p. 106) há competências e
habilidades importantes como “utilizar procedimentos de cálculo mental”, embora constantes nos
PCNs, não possuem descritor correspondente nas matrizes de referência, pois não é possível avaliá-
los com o tipo de instrumento utilizado, prova escrita.
8
do 9º ano.
De acordo com orientações contidas em documentos oficiais, as matrizes de
referência têm a função de orientar a elaboração dos itens que compõem a Prova
Brasil e não devem servir como um guia de ensino a ser seguido pelos professores
(BRASIL, 2008).
Nosso foco, não tem como objetivo aprofundar este tema, mas não é difícil
imaginar que quanto mais os resultados da Prova Brasil impactar nas escolas, na
prática dos professores e nas cobranças decorrentes dos resultados, não há
dúvidas, os docentes começarão a treinar seus alunos tomando a matriz de
referência como guia. Sobre isso, vale mencionar o comentário de Lins (1999) sobre
avaliação, citando Hugh Burkhart, ele diz:
(...) a avaliação por provas (notas) é uma forma de que dispõe o
sistema escolar para impor objetivos ao processo educativo, esta
afirmação ele resume assim: “você consegue do sistema aquilo que diz
que vai avaliar”. Por exemplo, se você diz que na avaliação vai haver
problemas abertos, investigativos, os professores vão introduzir este
tópico em sala de aula. (LINS 1999, p.76)
9
E é o que parece que está acontecendo; pois conforme afirma Silva (2009), a
preocupação dos dirigentes e professores têm se voltado a uma “preparação para as
‘provas’ oficiais, pois o bom desempenho dos alunos se traduz em maiores
investimentos nas escolas e gratificações salariais aos educadores” (SILVA, 2009,
p.128), com isso as matrizes de referência desses exames, apesar das orientações
contrárias, acabam por se constituir em guias curriculares.
Soares (2011) também nos traz essa evidência em um estudo sobre o
SIMAVE (Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Básica). Segundo ele a
vinculação do prêmio de produtividade cujo valor a ser pago aos profissionais de
cada escola é vinculado ao resultado obtido nessa avaliação no ano anterior. E
afirma.
A avaliação do SIMAVE/Proeb vem interferindo e modificando a
disciplina Matemática desde sua constituição, o que se intensificou a partir
da instituição do “prêmio produtividade”, que gerou polêmicas e interesses
outros por estar relacionado à ganhos fincanceiros para todos os
professores e funcionários da escola (SOARES, 2011, p.107).
5
Figura 1 – Exemplo de Item do Pisa
Nossos comentários sobre Prova Brasil e Pisa tem como objetivo sugerir que
não estamos desconsiderando essas avaliações quando pensamos em propostas
5
Extraído de lista de itens disponibilizados na página do Inep (Disponível em
http://portal.inep.gov.br/internacional-novo-pisa-resultados )
11
6
Programa Nacional do Livro Didático. Programa do Ministério da Educação que garante a distribuição gratuita
de livros didáticos aos alunos das escolas públicas brasileiras.
13
quanto sobra ou quanto falta (DANTE, 2010; IEZZI, 2009; GIOVANNI JÚNIOR &
CASTRUCI, 2009).
O livro “A Conquista da Matemática”, o mais adotado pelas escolas públicas
em 2011, dá ênfase às ideias associadas à adição e subtração conforme é mostrado
no quadro abaixo.
específica para tratar os problemas onde dão orientações sobre os passos a serem
seguidos para a obtenção da resposta à questão. Imenes & Lellis (2009), por sua
vez, expõem os motivos pelos quais se deve empenhar em aprender a resolver
problemas.
Imenes e Lellis (2009) argumentam que a resolução de problemas contribui
para a aquisição de habilidades e para desenvolver raciocínios úteis na vida
profissional, social e familiar e para gerar concentração, compreensão da
Matemática e organização. Afirmam que resolver problemas de Matemática ajuda a
desenvolver autonomia, pois a prática leva à aquisição do hábito de pensar, e,
também, pode ser fonte de prazer uma vez que envolve desafios. Alegam que “não
é possível aprender Matemática sem resolver problemas, porque eles fazem parte
da essência da Matemática” (IMENES & LELLIS, 2009, p.65).
Os livros “Tudo é Matemática” (DANTE, 2010) e “A conquista da Matemática”
(GIOVANNI JÚNIOR&CASTRUCI, 2009) apresentam um conjunto de etapas a
serem seguidas para garantir a solução do problema.
A figura abaixo mostra a resolução de um exemplo de problema o livro “A
conquista da Matemática” destacando as etapas.
Dante (2010) não faz referência a Polya, porém as quatro primeiras etapas –
compreender o problema, planejar a solução, executar o que planejou e verificar se
resolveu corretamente o problema – do que ele chama de ‘roteiro que facilita a
resolução do problema’ são,em essência, as quatro etapas propostas por Polya.
Vide quadro abaixo:
Para Lilian Nasser (2004) nas salas de aula e nos livros-texto o que
encontramos “são listas intermináveis de problemas, quase sempre do mesmo tipo e
que podem ser resolvidos ‘conforme o modelo’” (NASSER, 2004, p.34). A autora
sugere que esses problemas sejam substituídos por problemas interessantes que
possam ser “explorados” e não simplesmente resolvidos, esclarecendo que “explorar
um problema significa procurar soluções alternativas, além da natural, e analisá-lo
sob diferentes pontos de vista matemáticos” (NASSER, 2004, p.34). Para essa
autora, inovação e criatividade por parte dos alunos devem ser incentivadas para
que o professor consiga promover com seus alunos a prática de “explorar”
problemas. Considera ainda que algumas atitudes são necessárias na prática
docente para que haja o desenvolvimento do espírito crítico e inovador, dentre elas,
aponta:
— dar chance aos alunos de tentar estratégias de solução por si próprios;
— aproveitar as ideias dos alunos, mesmo que não levem à resposta certa (não
usar apenas o certo ou errado como parâmetros de correção);
— deixar que eles criem perguntas,visando à compreensão do problema (em vez
de receber respostas prontas para perguntas que não fizeram);
— não mostrar soluções prontas e arrumadas, mas deixar que eles sintam todo o
raciocínio desenvolvido até chegar a elas (NASSER, 2004, p.37).
Tal prática, Vasconcelos observa, deve ser revista de modo a garantir que a
resolução de problemas seja resultado da compreensão e não da memorização de
regras.
Essa posição é compartilhada por Moreira e David (2005), pois para eles uma
questão fundamental para a aprendizagem da matemática escolar é o
“desenvolvimento de uma prática pedagógica visando à compreensão do fato, à
construção de justificativas que permitam ao aluno utilizá-lo de maneira coerente e
conveniente na sua vida escolar e extra-escolar” (MOREIRA & DAVID, 2005, p.23).
De acordo com Van de Walle (2001) citado por Onuchic & Allevato (2004), o
que caracteriza um problema é a inexistência de um método ou regras prescritas ou
memorizadas que levam a solução. Nessa perspectiva, a lista de exercícios
apresentadas nos livros didáticos não se constituem problemas, já que é possível
encontrar a solução seguindo um número fixo de etapas, e não contribuem com a
criação de estratégias próprias. A esse respeito, Selva (2003) comenta:
Nas escolas, frequentemente, pede-se aos alunos que resolvam problemas
utilizando estratégias que são cópias daquelas que foram previamente ensinadas,
com o objetivo de demonstrar conhecimento para o professor, que já sabe qual é a
resposta correta (SELVA, 2003, p.116).
ele sabe que a matemática que está por trás continua a mesma; mas para os alunos
é provável que ele não esteja vendo as coisas da mesma maneira.
maneira.
Para ilustrar essa situação, apresentamos uma sequência de três problemas
de um tópico denominado ‘resolvendo problemas’ do livro “A Conquista da
Matemática”, o mais adotado no PNLD 2011.
foram os motivos dessa opção: primeiro nosso interesse em atuar no paradoxo atual
que ocorre em nossas salas de aula: de um lado, cada dia mais nossos alunos
querem ler menos e por outro lado, as avaliações em larga escala incluem cada vez
mais textos que o aluno deve interpretar para chegar a um resultado.
III – as tarefas serão elaboradas a partir de contextos que permitam ao aluno
aprender matemática produzindo significados que vão além da matemática a partir
da análise do que os números podem trazer de informações. O contexto não será
usado com o intuito de motivar os alunos, mas para colocar o aluno em contato com
assuntos relevantes que possam propiciar reflexões e debates.
IV – as tarefas devem permitir que o aluno experiencie situações-problema
que não possuam apenas uma única resposta, que permita explicitar os diferentes
modos de produção de significados de cada um deles; além de estimular a sua
tomada de decisão em muitos momentos da atividade.
V – tecnicamente, seguindo uma conduta dos pesquisadores que tem o MCS
como referencial teórico, buscamos ao máximo que a tarefa tivesse como
características ser familiar ,no sentido de que o aluno deve conseguir falar a partir do
texto proposto, e não usual, no sentido de que o aluno deve fazer algum esforço
para resolvê-las. Essas características auxiliam muito na observação da produção
de significados de uma pessoa que se propõe a falar a partir daquele enunciado.
VI – a adição e a subtração de números naturais e os significados produzidos
para eles constitui a estrutura subjacente das tarefas.
O próximo passo, depois de fixar as características das tarefas foi
naturalmente a escolha do contexto. Dentre as opções consideradas optamos pelo
tema Água e os números associados ao seu consumo, desperdício e economia que
podem estar associado a hábitos adquiridos.
Depois de escolhida a temática, desenvolvemos uma série de pesquisas
sobre o assunto. Assim, a maioria dos dados utilizados na elaboração das tarefas
foram bem próximos do real, coletados em páginas da internet de companhias de
água e esgoto.
Finalmente, optamos por aplicar um conjunto de tarefas que formou um todo
coerente e que explorou ao máximo o tema, uma opção contrária àquela, que muitas
vezes aparece em livros didáticos, em que o contexto muda de um exercício para
outro.
24
duas duplas de alunos e para os alunos de uma turma 6º ano da rede municipal de
Juiz de Fora, na qual atuo como regente em 2011. Essa escola está localizada num
distrito rural e funciona em período integral. A turma tinha 29 alunos, porém, como
sempre há alunos faltosos nenhuma das atividades foi respondida por todos eles.
Tanto nas duplas como na sala de aula as tarefas foram respondidas
individualmente em fichas que continham os enunciados.
O trabalho das duplas foi filmado e suas falas foram transcritas para posterior
análise.
Em sala de aula os alunos foram observados e seus registros escritos foram
recolhidos. Após entregarem as fichas os alunos eram convidados a explicitar
oralmente para o grupo os significados produzidos. É importante destacar que o
objetivo desse momento era dar a oportunidade do aluno se expressar e não corrigir
as respostas apresentadas.
Para iniciar a atividade o aluno recebeu um pequeno texto com o objetivo de
introduzi-lo no tema. Ao final do texto foram apresentadas duas questões com o
objetivo de promover uma reflexão a respeito do assunto e conhecer um pouco mais
a respeito dos hábitos e costumes dos alunos e suas famílias. A seguir
apresentamos o texto e os questionamentos propostos.
TEXTO INICIAL
Nós moramos no planeta Terra, mas ele bem que poderia se chamar planeta água, já
que ele possui mais água do que terra.
25
Fonte:
http://plantasuculentasefolh
agensornamentais.blogspot.
com/2010/04/planeta-agua-
22-de-abrildia-da-mae.html
Figura 1
Figura 11 – Figura 1 do texto inicial das tarefas
Fonte:
http://www.monica.com.br/
parques/shop-
eld/agua.htm
Figura 2
Nas tarefas que faremos, existem informações sobre a água que gastamos
para suprir nossas necessidades básicas de higiene, de consumo e para manter
nossa saúde. Vamos fazer alguns cálculos. Os resultados poderão nos ajudar a
pensar sobre nosso consumo e sobre os hábitos que poderemos adquirir para
contribuir com a preservação da água.
Mas antes de começarmos, pense nas seguintes perguntas:
a) De que maneira desperdiçamos água em nossas casas?
b) Quais hábitos das pessoas podem levar a um grande consumo de água?
Fonte:
http://www.uniagua.
org.br/publichtml/we
bsite/default.asp?tp
=3&pag=dicas.htm
Figura 3
Vamos calcular:
a) Se em sua casa há três torneiras pingando, qual a quantidade de água que elas
estão desperdiçando?
b) Se você fechar a 1ª torneira de modo que ela não pingue, quantos litros de água
serão desperdiçados?
c) Se você fechar a 1ª e a 2ª torneiras de modo que elas não pinguem, quantos litros
de água serão desperdiçados? E economizados?
d) Qual é a quantidade de água que a 3ª torneira gasta mais que a 2ª torneira?
e) Se você conseguir fechar totalmente a 3ª torneira e apertar a 2ª torneira de forma
que ela fique pingando como a 1ª, quantos litros de água serão desperdiçados? E
economizados?
Em sala de aula os alunos foram orientados a responder individualmente, por
escrito, as fichas contendo as tarefas, no entanto, foi permitida a discussão das
questões em duplas. É importante esclarecer, porém, que alguns alunos que
sentaram juntos e explicitaram os significados produzidos ao colega apresentaram
respostas diferentes nas fichas.
Também no trabalho de duplas mesmo após prolongadas discussões
observamos que nem sempre os alunos deram as mesmas respostas.
Durante a elaboração dessa tarefa, além da questão da numeração das
torneiras na figura, discutimos se no item (a) a redação deveria ser ‘se em sua casa
há três torneiras como as da figura, qual a quantidade de água que elas estão
desperdiçando’ ou ‘se na sua casa há três torneiras pingando, uma de cada, qual a
28
quantidade de água que elas estão desperdiçando. Como nosso objetivo é ampliar
as possibilidades de produção de significados optamos pela redação apresentada.
A aplicação da tarefa 1 mostrou que o objetivo – estimular a produção de
significados dos alunos – foi contemplado, pois para alguns alunos as três torneiras
eram uma torneira de cada, para outros eram três torneiras que tem gotejamento
lento e houve aqueles que consideraram não ser possível responder a questão
argumentando que em sua casa as torneiras não pingam sugerindo que situações
reais podem influenciar na produção de significados para situações-problema na
sala de aula. É interessante observar que dentre os que optaram em responder
usando três torneiras iguais, escolheram a torneira que pinga menos. Nesse caso
cabe a pergunta: por que eles não consideraram três torneiras de gotejamento
contínuo?
Do nosso ponto de vista a escolha de um enunciado que possibilita mais de
uma resposta proporciona maior debate durante a comunicação de estratégias e
exige que o aluno faça uma escolha ao resolver a situação-problema. Outra
vantagem é a possibilidade de gerar outras situações-problema, pois podemos
propor ao aluno que escolheu responder usando três torneiras que goteja lento, por
exemplo, a questão ‘na minha casa tem três torneiras, uma de cada, quantos litros
de água estão desperdiçando?’.
Ao analisar as respostas dadas ao item (b) observamos que os alunos tiveram
o que poderíamos chamar de ‘coerência’ de raciocínio. Os que usaram três torneiras
iguais a primeira da figura responderam 800 L/mês e os que consideraram uma
torneira de cada 7 500 L/mês. Houve, porém, aluno que respondeu 1400 L/mês, ou
seja, considerou como primeira torneira a torneira desenhada mais à direita.
O exposto acima também permeou a produção de significados para os itens
(c), (d) e (e) o que nos permite sugerir que a tarefa cumpriu o seu papel. Além de
propiciar uma diversidade de produções de significados foi possível detectar a
maneira de operar dos alunos.
Na tarefa 2, após apresentar os hábitos matinais de dois meninos, os dados
numéricos relacionados a esses hábitos foram apresentados em uma tabela. Cabe
destacar que o primeiro e último itens não requisitam cálculos, pois o primeiro pede
uma transferência de dados e o último pede uma sugestão.
Pedro e Daniel possuem alguns hábitos parecidos e outros diferentes. Por exemplo,
toda manhã Pedro toma banho, mantendo o chuveiro aberto por 15 minutos. Durante
os 5 minutos em que escova os dentes, não fecha a torneira e ao fechá-la, sempre a
deixa pingando. Ao usar o vaso sanitário, joga papel no seu interior e aperta a
descarga por longo tempo.
Daniel também toma banho de manhã, porém mantém o chuveiro fechado enquanto
se ensaboa. Com esse hábito, 5 minutos de chuveiro aberto lhe bastam. Enquanto
escova os dentes, a torneira da pia fica fechada. E quando dá descarga, aperta a
válvula o suficiente para limpar o vaso, pois se lembra de seu pai recomendando para
não desperdiçar água.
Veja na tabela o consumo de Pedro e Daniel em algumas atividades diárias:
Consumo de água
a) Complete a tabela e calcule a quantidade de água, em litros, que cada um dos dois
meninos gasta numa manhã.
Pedro Daniel
Banho
Escovação
Descarga
Total
b) Qual dos dois meninos gasta mais água em uma manhã? Quantos litros a mais?
c) Pela tabela, que quantidade de água Pedro gasta a mais que Daniel durante o
banho, em dois dias?
d) Quantos litros de água Pedro gasta a mais que Daniel para escovar os dentes e ao
apertar a descarga?
30
Ser uma pessoa consciente pode ajudar muito na economia em casa, tanto de
água quanto de dinheiro.
Para evitar o desperdício, Juliana toma um banho de 10 minutos, fechando o
chuveiro ao ensaboar; gasta com banho 450 litros de água, por mês. Sempre fecha a
torneira enquanto escova os dentes gastando, por mês, uns, 90 litros de água. Não
utiliza o vaso sanitário como lixeira e aciona o suficiente a descarga para limpá-lo,
consumindo cerca de 900 litros de água por mês. E, principalmente, Juliana não deixa
as torneiras de sua casa pingando e evita, com isso, o desperdício de água.
o
1 – Adotando esses hábitos, quantos litros de água Juliana gasta mensalmente com
sua higiene pessoal?
o
2 – Fazendo uma estimativa do consumo de água mensal de três amigos Mateus,
Alan e Nilo, obteve-se o resultado da tabela abaixo.
Total
31
Responda:
Referências
Sugestões de leitura
Anexos
Fonte:
http://plantasuculentasefolhagensorn
amentais.blogspot.com/2010/04/plan
eta-agua-22-de-abrildia-da-mae.html
Figura 1
Fonte:
http://www.monica.com.br/parq
ues/shop-eld/agua.htm
Figura 2
Nas tarefas que faremos, existem informações sobre a água que gastamos
para suprir nossas necessidades básicas de higiene, de consumo e para manter
nossa saúde. Vamos fazer alguns cálculos. Os resultados poderão nos ajudar a
pensar sobre nosso consumo e sobre que hábitos poderemos tentar adquirir para
contribuir com a preservação da água.
Mas antes de começarmos, pense nas seguintes perguntas:
Fonte:
http://www.uniagua.
org.br/publichtml/we
bsite/default.asp?tp
=3&pag=dicas.htm
Figura 3
Vamos calcular:
a) Se em sua casa há três torneiras pingando, qual a quantidade de água que elas
estão desperdiçando?
b) Se você fechar a 1ª torneira de modo que ela não pingue, quantos litros de
água serão desperdiçados?
39
Consumo de água
Pedro Daniel
Banho
Escovação
Descarga
Total
41
b) Qual dos dois meninos gasta mais água em uma manhã? Quantos litros a
mais?
c) Pela tabela, que quantidade de água Pedro gasta a mais que Daniel,
durante o banho, em dois dias?
d) Quantos litros de água Pedro gasta a mais que Daniel para escovar os
dentes e ao apertar a descarga?
42
Ser uma pessoa consciente pode ajudar muito na economia em casa, tanto
de água quanto de dinheiro.
Para evitar o desperdício, Juliana toma um banho de 10 minutos, fechando o
chuveiro ao ensaboar; gasta com banho 450 litros de água, por mês. Sempre fecha
a torneira enquanto escova os dentes gastando, por mês, uns, 90 litros de água.
Não utiliza o vaso sanitário como lixeira e aciona o suficiente a descarga para limpá-
lo, consumindo cerca de 900 litros de água por mês. E, principalmente, Juliana não
deixa as torneiras de sua casa pingando e evita, com isso, o desperdício de água.
Total
b) Qual dos três amigos tem maior gasto de água? Ele gasta quantos litros a
mais que cada um de seus colegas?
Responda: