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Laboratório 1: Diodos
1 Objetivos
Este Laboratório tem como objetivo familiarizar o aluno com o uso do diodo, apresentar algumas aplicações clássicas
de diodos em circuitos, bem como fazer com que o aluno reflita sobre possı́veis usos destes circuitos na prática da
Engenharia. A seguir são apresentados alguns conceitos necessários para a realização do experimento.
2 Introdução
2.1 Diodos
Diodo é um bipolo passivo não linear, composto por um cristal semicondutor dopado de forma a ter uma junção pn.
A maioria dos diodos têm uma marcação no seu corpo indicando o lado do catodo (-). O traço no componente indica
o lado do traço no circuito.
anodo (+)
anodo (+)
P
N catodo (-)
O diodo é um bipolo que se comporta diferentemente quando está polarizado direta ou reversamente:
Polarização direta: A junção permite a passagem de corrente sem oferecer muita resistência, contanto que a tensão
no diodo seja comparável à barreira de potencial vk .
Polarização reversa: A junção não permite a passagem de corrente, contanto que a tensão reversa no diodo não
ultrapasse a tensão de ruptura vrup .
+ -
- +
Vamos neste laboratório considerar duas aproximações para o comportamento de um diodo, o modelo ideal e o
modelo com barreira de potencial.
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não conduz
não conduz (circuito aberto)
(circuito aberto)
polarização direta
polarização conduz com facilidade polarização pol. conduz com facilidade
reversa (curto-circuito) reversa direta (curto-circuito)
0.3 V se Germânio
vk = (1)
0.7 V se Silı́cio
Ceifadores positivos
Neste tipo de ceifador, a tensão na carga vc (saı́da) apresentará apenas a parte negativa do sinal de entrada. A
Figura 5a apresenta um ceifador positivo, considerando o modelo ideal de diodo. Se considerarmos o modelo com
barreira de potencial vk do diodo, o sinal de saı́da será ceifado apenas quando a tensão de entrada for superior a vk ,
como pode ser visto na Figura 5b.
(a) Circuito ceifador positivo com um diodo ideal. (b) Saı́da do circuito ceifador positivo com
modelo de diodo com barreira de potencial.
Ceifadores negativos
Neste tipo de ceifador, a tensão na carga vc (saı́da) apresentará apenas a parte positiva do sinal de entrada. A
Figura 6a apresenta um ceifador negativo, considerando o modelo ideal de diodo. Se considerarmos o modelo com
barreira de potencial vk do diodo, o sinal de saı́da será ceifado apenas quando a tensão de entrada for inferior a −vk ,
como pode ser visto na Figura 6b.
(a) Circuito ceifador negativo com um diodo ideal. (b) Saı́da do circuito ceifador negativo com
modelo de diodo com barreira de potencial.
Ceifadores polarizados
Neste tipo de ceifador, podemos ajustar a tensão de corte, ajustando o valor da tensão da fonte Ebias .
ideal
(a) Circuito grampeador positivo com um diodo ideal. (b) Saı́da do circuito grampeador positivo
com modelo de diodo com barreira de
potencial.
2.4 LED
LEDs (light-emitting diodes) são diodos especiais, capazes de emitir luz quando polarizados diretamente. A intensidade
luminosa do LED depende da corrente que o percorre. O LED emite luz apenas quando polarizado diretamente.
O circuito da Figura 9 é tı́pico para o acendimento de um LED. Note que a fonte de tensão Vs está polarizando
diretamente o LED e o resistor tem função de limitar a corrente que passa pelo LED para evitar que queime. É
importante sempre utilizar um resistor limitador de corrente em série com um LED para que a corrente não exceda
o limite permitido. Você irá queimar o LED se esquecer o resistor!
resistor limitador
de corrente
fonte polarizando
diretamente o LED
Para a maioria dos LEDs, a tensão da barreira de potencial vk é diferente dos demais diodos e depende da cor do
LED. Na maioria dos diodos, a tensão está entre 1.5 V a 3.5 V, enquanto que a corrente que eles suportam fica entre
10 mA e 50 mA.
3 Laboratório
3.1 Lista de material
Cada grupo irá receber:
1. Seja metódico: monte o circuito somente após ter feito o diagrama do circuito completo (incluindo chaves e LEDs)
2. Verifique se o fio não está rompido antes de usá-lo. Segure pelos terminais e tracione levemente, com pequenos trancos.
3. Comece conectando os terminais de Vcc e terra (esquecimento frequente), com cabinhos curtos.
4. Verifique se a trilhas laterais da sua protoboard não são interrompidas na metade! Algumas protoboards são assim e os
alunos perdem muito tempo até perceber. SEMPRE VERIFIQUE ISTO.
5. Para um CI da famı́lia TTL, entradas deixadas em aberto equivalem a entradas em nı́vel lógico 1.
ATIVIDADE 1: LED
Nesta primeira atividade montaremos uma circuito com um diodo emissor de luz (LED) utilizando uma fonte CC, um
potenciômetro, um resistor e dois LED de cores diferentes.
Procedimento experimental
1) Meça a resistência do resistor de R1 = 300 Ω com o multı́metro. Ajuste o potenciômetro para R2 = 5 kΩ e anote o
valor obtido.
Observação: Lembre-se que a resistência é ajustada entre um dos terminais das pontas e o do centro! Para evitar
erros na montagem do circuito, enrole um pouco o outro terminal que não estiver utilizando.
R1 = R2 =
Dica: Caso você não se lembre quais terminais da fonte devem ser utilizadas, configure os 5 V e então verifique,
com auxı́lio do multı́metro, quais dos terminais da fonte está fornecendo a tensão.
Checkpoint #1: Chame o professor para avaliar a montagem. Não passe deste ponto sem autorização.
4) Ligue a fonte de alimentação e verifique se o LED acende.
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vkred =
6) Desligue a fonte CC e substitua o LED vermelho pelo LED verde. Ligue novamente a fonte CC e meça a barreira
de potencial do LED verde vkgreen .
vkgreen =
7) Varie livremente o potenciômetro e verifique o que acontece com a intensidade luminosa no LED.
Para o relatório
1. Relate o valor de todas as resistências e potenciais medidos
2. Calcule a corrente que passa pelo LED quando o brilho é máximo e quando o brilho é mı́nimo. Faça esses cálculos
para as duas cores de LED.
Procedimento experimental
R=
3) Ajuste o gerador de sinais para uma saı́da senoidal fs = 100 Hz e amplitude vs = 5 Vpp , sem offset. Observação:
Antes de fazer ao ajuste da fonte, não se esqueça de passar a configuração da impedância de saı́da do gerador de
sinais para ”HIGH Z” No gerador de sinais (Botão Top Menu→output menu→load impedance→High Z).
4) Conecte o canal 1 do osciloscópio para medir a tensão na saı́da do gerador de funções vin (t) e o canal 2 para medir
a tensão sobre o diodo vout (t). Verifique se o ganho das pontas está correta no osciloscópio. Configurar os canais
do osciloscópio em acoplamento DC (Botão numérico do canal→coupling→DC)
Checkpoint #2: Chame o professor para avaliar a montagem. Não passe deste ponto sem autorização.
5) Ligue a saı́da do gerador de sinais.
6) No osciloscópio, procure ajustar a escala temporal do osciloscópio de modo que apareçam de 5 a 10 perı́odos dos
sinais. Ajuste também a escala vertical do sinal de saı́da para que a oscilação ocupe em torno de 70% do display.
Verifique que as escalas verticais estão iguais.
7) Salve o gráfico do osciloscópio em um pendrive. Para isso, selecione o botão save, configure o tipo de arquivo salvo
(primeiro item do menu) como imagem, selecione o formato que deseja salvar e aperte o ultimo botão do menu
para gravar a imagem no pendrive.
8) Utilize o cursor do osciloscópio para medir vk . Veja a Figura 5b. Para utilizar o cursor, selecione o botão cursors,
selecione o canal e o tipo de cursor (neste caso é Amplitude) e utilize o botão de ajuste superior para colocar o
cursor sobre no centro do platô do sinal de vout
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vk =
Para o relatório
1) Discuta se o valor de vk medido está de acordo com o esperado, baseando-se na teoria apresentada em sala.
Considere o modelo de diodo com barreira de potencial.
2) Explique por que a região de corte do sinal de saı́da não apresenta um platô totalmente reto. Considere o modelo
de diodo real para a análise.
3) Utilizando-se o modelo de diodo com barreira de potencial, como seria o gráfico teórico do sinal vout (t) do circuito
da Figura 11 para um sinal de entrada senoidal ±5 V? Faça um esboço. Ele corresponde ao encontrado no
experimento? Quais as diferenças
4) Faça esboços dos gráficos dos sinais vout (t) do circuito da Figura 11 teórico se os sinais de entrada vin (t) fossem (i)
onda quadrada e (ii) onda triangular, ambas de amplitude máxima ±5 V.
Procedimento experimental
Checkpoint #3: Chame o professor para avaliar a montagem. Não passe deste ponto sem autorização.
4) Ligue a saı́da do gerador de sinais e a fonte CC. E(V) vcorte (V) E(V) vcorte (V)
5) Meça o valor de vcorte e anote seu valor na tabela a seguir, no espaço +2.5 -1.0
correspondente. Para tal, observe a Figura 7b. Salve uma imagem +2.0 -1.5
da tela do osciloscópio utilizando o mesmo procedimento utilizado na
+1.5 -2.0
atividade anterior.
+1.0 -2.5
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6) A tensão da fonte CC deverá ser variada conforme a tabela acima. Em cada passo, salve os gráficos em seu pendrive
e meça, com o auxı́lio do cursor, o valor de tensão de corte (vcorte ), completando a tabela.
ATENÇÃO: Note que não é possı́vel ajustar tensões negativas na fonte CC, portanto, para se variar de −1 V a
−2.5 V, será necessário inverter os cabos da fonte.
Para o relatório
1) Mostre os valores medidos de vcorte da tabela.
2) Monte o gráfico vcorte em função de E, com os dados da tabela e ajuste uma reta aos pontos obtidos.
3) Relacione a reta obtida com o conteúdo visto em sala.
Procedimento experimental
C= Rajustado =
Figura 14: Circuito grampeador.
2) Monte o circuito apresentado na Figura 14. Utilize o diodo de pequenos sinais nesta atividade. Durante
a montagem, mantenha a saı́da do gerador de sinais desligada (há um botão logo acima do conector de saı́da do
gerador que desliga a saı́da). Atenção: A saı́da do gerador de sinais só deve ser ligada no item 5. Não ligue antes!.
3) Ajuste o gerador de sinais para uma saı́da senoidal fs = 40 kHz e amplitude vs = 10 Vpp , sem offset. Observação:
Antes de fazer ao ajuste da fonte, não se esqueça de passar a configuração da impedância de saı́da do gerador de
sinais para ”HIGH Z” No gerador de sinais (Botão Top Menu→output menu→load impedance→High Z).
4) Conecte o canal 1 do osciloscópio para medir a tensão na saı́da do gerador de funções vin (t) e o canal 2 para medir
a tensão sobre o diodo vout (t). Verifique se o ganho das pontas está correta no osciloscópio. Configurar os canais
do osciloscópio em acoplamento DC (Botão numérico do canal→coupling→DC)
Checkpoint #4: Chame o professor para avaliar a montagem. Não passe deste ponto sem autorização.
5) Ligue a saı́da do gerador de sinais.
6) No osciloscópio, procure ajustar a escala temporal do osciloscópio de modo que apareçam de 5 a 10 perı́odos dos
sinais. Ajuste também a escala vertical do sinal de saı́da para que a oscilação ocupe em torno de 70% do display.
Verifique que as escalas verticais estão iguais.
7) Meça |vk | com o cursor. Para tal, observe a Figura 8b.
|vk | =
Para o relatório
1) Verifique se a constante de tempo do circuito é maior que 100 vezes o perı́odo do sinal.
2) O funcionamento do circuito grampeador do experimento está de acordo com a teoria descrita em sala? Faça uma
pesquisa sobre usos do circuito grampeador (o termo em inglês é clamping circuit)