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Allan Kardec
APOSTILA 06 (DOENÇAS E CURAS)
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APOSTILAS 6 (doenças e curas)
"Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os
assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido. Esses fluidos
exercem sobre o perispírito uma ação tanto mais direta, quanto, por sua expansão e sua
irradiação, o perispírito com eles se confunde."
"Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo
material com que se acha em contato molecular. Se os eflúvios são de boa natureza, o
corpo ressente uma impressão salutar; se são maus, a impressão é penosa. Se são
permanentes e enérgicos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas; não é outra
a causa de certas enfermidades." Allan Kardec
1. A doença não acontece por acaso, ela tem uma origem espiritual.
De fato, não podemos atribuir ao acaso a doença que nos atinja, pois não existe acaso no
Universo, que é inteiramente regido por leis divinas, naturais, perfeitas e imutáveis.
A origem espiritual da doença explica-se assim:
a) a ação insuficiente ou desequilibrada do espírito (do próprio enfermo ou por influência de
outrem, como na obsessão) poderá prejudicar o perispírito, desarmonizando-o, deixando-o
em carência vibratória;
b) como o perispírito influi sobre o corpo físico, com o qual está em íntima e constante
relação, transmitirá a ele essa desarmonia ou carência vibratória;
c) o corpo, por sua vez, ficando prejudicado, apresentará a doença, ou permitirá a eclosão
daquela que já trazia em estado potencial, ou não conseguirá evitar que se instale a que lhe
vier do exterior.
Portanto, ainda que não tenha causa evidente ou pareça ser somente um problema físico, a
doença sempre tem, basicamente, uma origem espiritual, sendo que a causa poderá ter se dado
na existência atual ou em encarnação anterior.
Jesus afirmava haver relação espírito-corpo nas enfermidades quando, ao curar alguém, lhe
dizia: "os teus pecados estão perdoados." Por "pecados" entendemos "desequilíbrios
espirituais", cujos efeitos Jesus sanava.
Para nos prevenirmos espiritualmente das enfermidades, além de cuidar do corpo, cultivemos os
bons pensamentos e sentimentos, e pratiquemos somente o bem e nunca o mal.
Se, apesar de nossos cuidados, a enfermidade aparecer:
a) Encaremo-la como um alerta ou uma advertência quanto à nossa conduta atual, ou, como
conseqüência do passado exigindo reajuste para voltarmos ao equilíbrio;
b) Não compliquemos mais a situação com tristeza e desânimo, revolta ou agressividade;
c) Busquemos na Medicina e nos recursos espirituais o alívio possível e, quem sabe, até
mesmo a cura;
"Se Deus não houvesse querido que os sofrimentos corporais se dissipassem ou abrandassem em
certos casos, não teria posto ao nosso alcance meios de cura."
"A esse respeito, a sua solicitude, em conformidade com o instinto de conservação, indica que é
dever nosso procurar esses meios e aplicá-los."
". . . façamos o que de nós depende para melhorarmos as nossas condições atuais."
d) Procuremos nos conscientizar quanto ao que causou a enfermidade e modifiquemos para
melhor o nosso comportamento (a fim de evitar o prosseguimento do mal e sem instalação
mais profunda); apliquemo-nos no bom emprego de nossas possibilidades de ação, apesar
das limitações que a enfermidade nos imponha (a fim de compensar o desequilíbrio já
causado, manter o equilíbrio nas áreas não comprometidas e adquirir merecimento para ser
socorrido espiritualmente.
"Não peques mais, para que não te suceda algo pior." - Jesus
A CURA PELA AÇÃO FLUÍDICA
O agente da cura pode ser um encarnado ou desencarnado pois todos os espíritos tem no
seu próprio perispírito um reservatório de fluidos (bons ou maus) e os emanam podendo
direcioná-los a outros seres.
Os fluidos bons podem servir como agente terapêutico.
É muito comum a faculdade de curar por influência fluídica e pode desenvolver-se por
meio do exercício.
Quem estiver saudável e equilibrado pode beneficiar fluidicamente os enfermos (com passes,
irradiações, água fluidificada, etc.)
Aprendendo e executando, desenvolverá seu potencial de ação sobre os fluidos.
A mediunidade de cura, porém, bem mais rara, é espontânea e se caracteriza "pela energia
e instantaneidade da ação."
O médium de cura age "pelo simples contato, pela imposição das mãos, pelo olhar, por um
gesto, mesmo sem o concurso de qualquer medicamento."
A fé é uma força atrativa; quem não a possui, opõe à corrente fluídica uma força repulsiva ou,
pelo menos de inércia, que paralisa ou dificulta a ação fluídica.
Podemos entender, agora, porque Jesus, ao curar alguém, dizia: "Se tiverdes fé" ou "A tua fé te
salvou."
Os efeitos curadores
Na cura por efeitos físicos, a alteração é no corpo, visível de imediato, passível de constatação
pelos sentidos físicos ou aparelhamento material.
Obs.: A produção de efeito físico requer ectoplasma, que só o encarnado emana; ele mesmo o
emprega na cura ou serve de fonte para que um espírito realize o efeito físico curador.
Na ação sobre o perispírito, a cura só poderá ser avaliada depois, pelos efeitos que vierem a
ocorrer no corpo físico, posteriormente.
"Fundada em leis naturais", a faculdade de curar "tem limites traçados pelas mesmas." A ação
fluídica pode: "dar sensibilidade a um órgão existente, fazer dissolver e desaparecer um
obstáculo ao movimento e à percepção, cicatrizar uma ferida, porque então o fluido se torna
um verdadeiro agente terapêutico; mas é evidente que não pode remediar a ausência ou a
destruição de um órgão."
"Há, pois, doenças fundamentalmente incuráveis, e seria ilusão crer que a mediunidade
curadora vá livrar a humanidade de todas as suas enfermidades."
"Se, porém, mau grado aos nossos esforços, não o conseguirmos (ficar curados), devemos
suportar com resignação os nossos passageiros males." (ESE)
"Lembremo-nos de que lesões e chagas, frustrações e defeitos em nossa forma externa são
remédios da alma que nós mesmos pedimos à farmácia de Deus." (Emmanuel)
Jesus curou um grupo de 10 leprosos e apenas um retornou para agradecer. O Mestre indagou:
- Não foram dez os limpos? Onde estão os outros nove? (Lc 17:17)
Jesus não fazia questão do agradecimento pessoal. Mas quis ensinar:
a) A cura sempre representa uma concessão da misericórdia divina, que permitiu recebêssemos
de outrem recursos para nos refazermos e sairmos da situação dolorosa e prejudicial em que
estávamos.
b) Quem é curado precisa reconhecer isso e ser grato a Deus e a quem se fez intermediário
dessa bênção. Não ser grato pela cura revela que a pessoa não entendeu quanto lhe foi
concedido e, provavelmente, não saberá valorizar nem conservar a bênção recebida. A falta
de gratidão ante a cura física revela que a pessoa ainda não alcançou a cura mais importante
e definitiva: a do espírito.
Encontrando no Templo ao paralítico que havia curado no tanque em Betesda, Jesus lhe diz:
- Olha que já estás curado; não peques mais para que não te suceda alguma coisa pior. (Jo
5:14).
Restabelecido o equilíbrio fluídico, é preciso que a pessoa o mantenha pelos bons pensamentos,
sentimentos e atos. Senão, poderá gerar novas lesões orgânicas ou predisposição para
enfermidades.
A cura do corpo só se consolidará e terá um caráter mais duradouro se corrigirmos nossas atuais
condições materiais e espirituais, que geraram a enfermidade.
Mesmo assim, será uma cura temporária, porque o corpo não dura para sempre e, um dia, todos
iremos desencarnar.
No livro "Nos Domínios da Mediunidade", André Luiz nos mostra uma senhora que
chega ao Centro Espírita com o ventre volumoso e semblante dolorido a procura do
passe como ajuda. O Espírito Conrado explica para André Luiz e outros Espíritos que ali
estavam analisando o caso que, a mulher estava com icterícia complicada, seu fígado
estava comprometido, e que nasceu de terrível acesso de cólera, em que ela se
envolveu no reduto doméstico. Ela sentiu extrema irritação, e adquiriu hepatite, da
qual a icterícia é a conseqüência. E, segundo Aulus, a cura seria impossível, porque os
órgãos e vasos estavam comprometidos, e a mente dela precisaria reanimar. Porque o
passe, como explica Aulus, é importante contribuição para quem saiba recebê-lo, com
o respeito e a confiança que o valorizam. Em outras palavras, sem fé as irradiações
magnéticas não penetram o veículo orgânico. Quando Jesus curava ele dizia “a tua fé
te curou”, assim, Ele queria dizer que aquela pessoa curou-se porque estava receptiva
para a doação de magnetismo.
Diz Joanna de Ângelis no livro "Dias Gloriosos": ". . . O Espírito está sempre enviando
mensagens de variado teor a todos os setores do corpo físico pelo qual se manifesta.
Quando essas emissões são constituídas de idéias otimistas, pacificadoras, alegres,
embora não ruidosas, surgem as respostas saudáveis no corpo, que se apresenta
dinâmico, jovial, tendo preservados os seus equipamentos. Quando, no entanto, são
carregadas de energia deletéria, depressiva, inconformista, perturbadora, os efeitos
apresentam-se danosos, agredindo as defesas imunológicas e desarticulando os
mecanismos de equilíbrio que respondem pela saúde." Como vemos, o pensamento
desempenha uma função importante no conjunto existencial do ser humano,
percorrendo todas as células, particularmente as do sistema nervoso, que mantêm
perfeito intercâmbio com as do imunológico. Portanto, a cura verdadeira e definitiva é
a do espírito. "Curai os enfermos", pedia Jesus aos seus discípulos, mas completava:
"Anunciai-lhes: A vós outros está próximo o reino de Deus." (Lc 10:9). Jesus pediu que
seus discípulos não apenas curasse corpos mas orientassem os enfermos para o
entendimento e cumprimento das leis de Deus. Porque a verdadeira cura, a do
espírito, não se dá apenas pela supressão dos sintomas da doença física, a qual é tão
somente uma conseqüência. A verdadeira saúde é o equilíbrio e a paz que, em
espírito, soubermos manter onde, quando, como e com quem estivermos. E só
depende de nosso ajuste espiritual às leis divinas. Reforma íntima, esforço para o bem,
com o cultivo da fé, do estudo, da oração e da fraternidade, são o maior preventivo de
enfermidades e o melhor fator de segurança para o nosso bem estar. Empenhemo-nos
em curar males físicos, se possível. Lembremos, porém, que o Espiritismo "cura
sobretudo as moléstias morais". Não queiramos dar maior importância à cura de
corpos do que ao fim principal do Espiritismo, que é "tornar melhores aqueles que o
compreendem". Por isso, não nos descuidemos do que pensamos, do que aspiramos,
do que falamos e de como agimos. Nossa identificação emocional externará vibrações
que se vincularão a outras de igual teor vibratório. Muitas vezes enfrentaremos
campos psíquicos minados por cargas viciadas e perigosas, imantadas por seres
espirituais perversos e doentios que se utilizam de outras para nos atingir e prejudicar.
Somente poderemos nos conduzir nessas batalhas com os recursos morais que provêm
das nossas energias psíquicas. Como disse Joanna de Ângelis: "As tuas forças mentais
devem ser cuidadas, ampliadas, aplicadas na elaboração de novas condutas para ti e
para o mundo sob a inspiração de Jesus-Cristo, cuja existência na Terra foi sempre
vivida em perfeita sintonia com Deus, de Quem auria forças para o desempenho do
ministério a que se entregou, e para manter o poder sobre as Entidades do mal,
carregadas de energia destrutiva, que Ele muitas vezes enfrentou."
04 - QUAL A CAUSA DOS SOFRIMENTOS?
Precisamos compreender que, nós não estamos neste planeta estagiando em uma
colônia de férias, nem desfrutando de viagem turística.
Segundo a definição da Doutrina Espírita, vivemos num Planeta de Expiações e Provas
onde os moradores são devedores perante a lei divina e a “DOR” é a representante da
Justiça Divina. Ela cobra nossas dívidas do passado e testa aquisições do presente.
Kardec comenta longamente no cap. V, nos itens 4 a 10 no O Evangelho segundo o
Espiritismo, que as causas dos males que enfrentamos estão na vida atual e na vida
passada. Vejamos:
CAUSAS ATUAIS: exprimem equívocos do presente. Exemplo: nosso corpo físico é uma
incrível máquina de peças vivas de que nos servimos para evoluir. O problema são os
maus-tratos a que a submetemos, em vários aspectos: alimentação: quando excessiva
ou inadequada, altera a química orgânica, acumula gordura, provoca distúrbios
gástricos, digestivos, circulatórios, hormonais; exercício: vida sedentária é caminho da
obesidade, da obstrução das artérias, da indisposição física; repouso: déficit de sono
traz cansaço, debilita o sistema imunológico, perturba a memória, favorece a evolução
de doenças variadas; vícios: fumo, álcool, drogas que causam desarranjos graves,
degenerativos, aniquiladores; sentimentos: prepotência, luxúria, pessimismo, ódio,
rancor, ressentimento, mágoa, preguiça, desânimo, angústia, revide, inveja, falta de
perdão, vingança, egoísmo, orgulho, violência, ganância, etc., que pressionam nosso
psiquismo, repercutindo na máquina física como contundentes agressões. Esses
fatores complicam a existência. Culpamos o destino, a família, a sociedade, a Vida....há
até quem culpe Deus. No entanto, se bem observarmos, a origem está em nós
mesmos, no comportamento, na maneira de ser.
CAUSAS ANTERIORES: dizem respeito a equívocos do passado, em pretéritas
existências, gerando os males presentes, atendendo aos princípios de causa e efeito
que nos regem. Limitações físicas congênitas, mortes prematuras, enfermidades
graves, família difícil, problemas financeiros, dificuldades profissionais e variadas
outras situações, se não justificadas pelo “hoje”, tem sua origem no comportamento
desajustado do “ontem”. Atingem, não raro, pessoas caridosas, de bons princípios,
que não fazem mal a ninguém. Se não fosse a reencarnação seria difícil acreditar que
Deus é justo. Há espíritos evoluidos que pedem resgates difícies para acelerar sua
evolução; outros reencarnam para ajudar uma família, um grupo, um país, etc,. No
caso de Jesus, ele não tinha débitos, mas encarnou para trazer ensinamentos
importante para os habitantes do planeta. Neste caso, ele não sofreu por dever algo à
lei divina, mas pela ignorância dos habitantes do planeta. Mas, não devemos esquecer
que as cobranças cármicas são sempre compatíveis com nossa capacidade de resgate.
"Deus não dá um fardo maior que podemos carregar" (ICo, 10:13). O pagamento é
em suaves prestações e não precisa ser através da dor, pode ser através do amor: "o
amor cobre multidões de pecados" (I Pedro, 4:8). Mas, o que devemos entender é
que, devemos pagar e não adquirir novas dívidas.
A medicina do futuro será essencialmente profilática.
Antes de receitar medicamentos, que cuidam de efeitos, os médicos deverão
identificar as causas no comportamento do paciente.
O que faz, o que pensa, o que sente, o que come, como se exercita, como dorme,
como trabalha, como se relaciona com as pessoas, os sentimentos que cultiva, etc.
E lhe prescreverão não só medicamentos, mas também atitudes, corrigindo a postura
existencial para que a saúde se estabeleça.
Joanna de Ângelis disse: “A dor é a ausência do amor.” Ela quis dizer que, enquanto
não aprendermos a amar nosso corpo físico, o próximo e a tudo que convivemos neste
planeta continuaremos a adoecer e, consequentemente, sofreremos. Se não for nesta
encarnação será em outras. Renasceremos quantas vezes forem necessárias para
aprendermos a AMAR.
05 - AIDS NA VISÃO ESPÍRITA
Certa vez, um casal aproximou-se ao Chico, o pai sustentando uma criança de ano e
meio nos braços, acompanhando por distinto medico espírita de Uberaba. A mãe
permaneceu a meia distância, em mutismo total, embora com alguma aflição no
semblante. O médico, adiantando-se, explicou o caso ao Chico:
- A criança, desde que nasceu, sofre sucessivas convulsões, tendo que ficar sob o
controle de medicamento, permanecendo dormindo a maior parte do tempo, em
consequência, mal consegue engatinhar e não fala.
Após dialogarem durante alguns minutos. O Chico perguntou ao nosso confrade a que
diagnostico havia chegado.
- Para mim, trata-se de um caso de AUTISMO – respondeu ele.
O Chico disse que o diagnostico lhe parecia bastante acertado, mas que convinha
diminuir o anticonvulsivos mesmo que tal medida, a principio, intensificasse os
ataques. Explicou, detalhadamente, as contra indicações do medicamento no
organismo infantil. Recomendou passes.
- Vamos orar- concluiu.
O casal saiu visivelmente mais confortado, mas, segurando o braço do médico nosso
confrade. Chico Explicou a todos que estávamos ali mais próximos:
- “o AUTISMO”, é um caso muito sério, podendo ser considerado uma verdadeira
calamidade. Tanto envolve crianças quanto adultos...
E o Chico falou ao médico:
- É preciso que os pais dessa criança conversem muito com ela, principalmente a
mãe. É necessário chamar o espírito para o corpo. Se não agirmos assim, muitos
espíritos não permaneceram na carne, porque a reencarnação para eles é muito
dolorosa. Evidentemente que não conseguimos registrar tudo, mas a essência do
assunto é o que está exposto aqui.
O espírito daquela criança sacudia o corpo que convulsionava, na ânsia de libertar-se
(desencarnar)...
Sem dúvida, era preciso convencer o Espírito a ficar. Tentar dizer-lhe que a Terra não é
cruel assim... Que precisamos trabalhar pela melhoria do homem.
E O DIREITO DA MULHER? O direito da mulher está em escolher ser ou não ser mãe.
Este direito ela o exerce, com a ajuda dos recursos que a ciência tem proporcionado.
Mas, depois da concepção, este direito passa a ser também, de outro ser, que é o
nascituro, que busca o direito a vida. Reconhecemos que a mulher que gera um feto
deficiente precisa de ajuda psicológica por um período. Mas seria importante que
inclinasse seu coração à compaixão e à misericórdia, encontrando o real significado da
vida. Até porque essas crianças podem ser amamentadas, reagem aos carinhos e,
óbvio, criam vínculos com os seus pais .
O que a mulher que gera um anencéfalo deve perguntar é: "Por que fui escolhida para
gerar um filho anencéfalo?" A mulher não deve esquecer que tem, na maternidade, a
dádiva de ser a co-criadora de Deus. Quem não tem estrutura para suportar os
imprevistos de uma gestação, não deve engravidar. Diz Divaldo Franco: "(...) o
“anencéfalo” tem vida breve ou nenhuma. Assim sendo, por que interromper o
processo reparador que a vida impõe ao espírito que se reencarna com essa
deficiência? Será justo impedi-lo de evoluir, por egoísmo da gestante? (...) é torturante
para a mãe que carrega no ventre um ser que não viverá, mais trata-se de um
sofrimento programado pelas Soberanas Leis da Vida".
Compilação de Rudymara
09 - DEPRESSÃO NA VISÃO ESPÍRITA
Orientação:
Procure ajuda médica, mas:
- Mexa-se. Desenvolva atividades. Ninguém “cai na fossa”; geralmente entramos
nela quando renunciamos a uma vida ativa e empreendedora.
- Policie sua casa mental. Estados depressivos começam, com insinuantes idéias
infelizes.
- Ainda que não se sinta disposto, cultive a convivência com familiares, amigos,
colegas de profissão. O isolamento contraria a natureza sociável do ser humano,
favorecendo a instalação de desajustes íntimos.
COMPILAÇÃO DE RUDYMARA
10 - SÍNDROME DO PÂNICO NA VISÃO ESPÍRITA
Outro distúrbio que tem atingido níveis alarmantes é a síndrome do pânico. Qual a
explicação que o Espiritismo oferece para esse transtorno?
Divaldo Franco: (...) O nome pânico vem do deus Pan, que na tradição grega
apresenta-se com metade do corpo com forma humana e a outra com modulagem
caprina. O deus Pan era guardador das montanhas da Arcádia e, quando alguém
adentrava nos seus domínios, ele aparecia, produzindo no visitante o estado de
pânico, palavra essa derivada do seu nome. Portanto, é um distúrbio muito antigo.
Que fazer? Orar. Ter a certeza de que ela é de breve curso, procurar respirar
profundamente, acalmar-se, vincular-se a Deus, rogar a proteção dos Espíritos nobres.
Assim, lentamente, dá-se uma descarga de adrenalina, procedente das glândulas
supra-renais, e o indivíduo refaz-se, passando aquele período mais doloroso, fazendo
simultaneamente a terapêutica com um psiquiatra e, de acordo com a psicogênese,
um psicólogo ou psicanalista. Nada obstante, eu sugeriria pessoalmente que a pessoa
procurasse também as terapêuticas espíritas, quais as das boas palavras, das reuniões
doutrinárias, do conhecimento de si mesmo, dos passes ou bioenergia, da água
magnetizada e, por extensão, do socorro que os bons Espíritos propiciam através das
reuniões mediúnicas de desobsessão, que dispensam a presença dos pacientes.
11 - SÍNDROME DE DOWN NA VISÃO ESPÍRITA
Todo efeito tem uma causa. Logo, deduzimos haver uma causa para que esses espíritos
vivam tal experiência, causa justa, levando-se em consideração a infinita bondade e
justiça de Deus.
Todos os obstáculos que não resultem de ações na vida atual procedem de atitudes
nas reencarnações passadas.
A Providência Divina permite que determinados espíritos reencarnem nesta condição,
para aprenderem uma grande lição através do constrangimento a que ficam sujeitos,
totalmente impossibilitados de se manifestarem normalmente.
Os amigos espirituais alertam: a imensa maioria dos casos de crianças portadoras de
deficiência física e/ou mental são aqueles que se voltaram contra si mesmos, buscando
o fim de dificuldades, na porta ilusória do suicídio. Ou então, são indivíduos que em
encarnação passada abusaram da inteligência, de seu saber, para o mal, para enganar
os outros, explorando-lhes a ignorância ou a boa-fé, inventores de engenhos de morte
ou os que estragaram seus corpos carnais cultivando o vício.
O remorso, aliado aos prejuízos causados pelo ato infeliz, faz que o espírito não
disponha de condições nem de méritos para reencarnar num corpo físico isento de
quaisquer lesões. Sabemos que o perispírito é um arquivo minucioso e implacável de
nossos menores atos bons e maus. Os excepcionais, quando reencarnam, trazem
gravados em seus cérebros espirituais o mal que maquinaram contra seu próximo e,
pela lei da causa e do efeito, contra si mesmos. Porque, todo mal que praticarmos
contra o próximo, somos nós os primeiros lesados. Pois bem, para tirarem essa crosta
maléfica que o perispírito deles guardam, só há um meio: "reencarnarem". E o corpo
de carne funciona então como um filtro através do qual se escoará aquele lodo moral
que ali se formou; esse lodo só deixará a inteligência do excepcional funcionar
normalmente depois de se ter escoado por completo, ou seja, limpado o perispírito
porque, enquanto houver um resquício desse lodo moral ali depositado, a inteligência
não funcionará direito embaraçada por ele.
"QUAL A PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA DÍVIDA?" Os pais, como em qualquer ambiente
doméstico, trazem vínculos profundos com seus filhos, carregando uma parte dos
motivos que ocasionaram a queda desses espíritos, e, como tal, devem lutar e sofrer
com eles. Por outro lado, podem ser espíritos com grande capacidade de amar que
voltaram a Terra, para amparar essas criaturas em tão difícil experiência reparatória.
"QUAL A PERCEPÇÃO DA CRIANÇA EXCEPCIONAL? Não pensemos que a existência
como excepcional seja perdida em termos de aprendizado. O espírito sofre não poder
manifestar-se, contudo mantém todas as suas faculdades e gradativamente aprenderá
a não utilizá-las mal. Crianças excepcionais significam, muitas vezes, o retorno de
grandes intelectuais, gênios que caíram no orgulho e no abuso. Os mentores da vida
maior elucidaram a Kardec: "A superioridade moral nem sempre guarda proporção
com a superioridade intelectual". Sobretudo, quando fora do corpo, tem - de acordo
com o grau evolutivo de cada um - percepção da situação e da prova a que estão
submetidos. Chico Xavier elucida como se sentem e como são tratadas: "Sentem e
ouvem, registram e sabem de que modo são tratadas; elas são profundamente
lúcidas na intimidade do próprio ser".
E QUANDO HÁ REJEIÇÃO DOS PAIS? Infelizmente, existem pessoas que se julgam
despreparadas para superarem determinados testes, passando a agir de maneira
irresponsável, fugindo às próprias obrigações para com os mecanismos da lei de causa
e efeito. Semelhante fuga ocasiona o agravamento do problema, comprometendo
toda a programação reencarnatória, adiando, não raro, para muito longe, a reparação
e a retomada do crescimento espiritual. Quando Deus nos confiar semelhante tarefa,
utilizemos o recurso incondicional do Evangelho, a nos preparar e auxiliar em
quaisquer testes, superando, desde os menores obstáculos, até as montanhas das
grandes provas. Não fujamos dos testes que nos apresentam. Pais espíritas, toda prova
no lar é bafejo da confiança que desce dos "Céus", gravando em nossos corações - à
custa de lutas e alegrias, sofrimentos e satisfação - a legenda divina do amor e da
justiça, da bondade e da misericórdia, que, proferida pelo meigo Rabi da Galiléia, ainda
ecoa na acústica de nossas almas: "Todas as vezes que isso fizestes a um destes mais
pequeninos dos meus irmãos, foi a mim mesmo que o fizestes".
Esta pergunta foi feita por Allan Kardec aos Espíritos. E está no Livro dos Médiuns, cap.
XIV, item 176, pergunta nº 8. E a resposta foi a seguinte: "SIM, ÀS VEZES DEUS O
PERMITE. MAS TALVEZ O BEM DO DOENTE ESTEJA EM CONTINUAR SOFRENDO E
ENTÃO SE PENSA QUE A PRECE NÃO FOI OUVIDA.” E para explicar melhor esta
resposta, o Espírito Irmão X, através da psicografia de Chico Xavier conta uma bela
história no livro “Luz Acima”: “Ildefonso era filho de D. Malvina Chaves, que há quatro
anos encontrava-se semi-acamado; preso à situação difícil, assemelhava-se a um
cordeiro. Ele parecia gostar das preces maternas, dedicava-se à leitura edificante e
sabia conversar, respeitoso e gentil, encorajando quem o visitava. Malvina o
contemplava comovidamente, e pedia através da prece ao Médico Divino, a cura para
o filho. As lágrimas do sublime coração materno sufocavam as palavras na garganta,
emocionando os amigos espirituais que a assistiam em silêncio. No propósito de obter
a concessão celeste, a prestativa senhora comprometeu-se em trabalhar ainda mais
em prol do próximo. D. Malvina visitava moribundos, amparava sofredores, protegia
crianças abandonadas e arriscava a própria saúde praticando a caridade, conquistando
prestigiosos colaboradores no plano invisível. Entidades espirituais intercediam pela
mãe virtuosa implorando diariamente pela cura de Ildefonso. E explicavam que na
hipótese de o enfermo não merecer a graça, que fosse considerado os méritos da mãe,
mulher admirável na fé e no devotamento. Os pedidos se multiplicaram tanto que, um
dia, a ordem chegou do Mais Alto, determinando que o jovem fosse reajustado. Os
trabalhadores invisíveis, felizes, aguardaram o momento adequado; e quando surgiu
um médium notável, no setor da tarefa curativa, a Senhora Chaves foi inspirada a
conduzir o filho até ele. A mãezinha estava confiante. Então, o servo da saúde humana,
cercado de Espíritos amorosos, agradeceu, orou, impôs as mãos sobre o hemiplégico e
transmitiu, vigorosamente, os fluidos regenerativos dos benfeitores desencarnados.
Em breves dias, o prodígio estava realizado. Ildefonso recuperou o equilíbrio orgânico,
integralmente. E a mãe, feliz, celebrou a bênção, multiplicando serviços de compaixão
fraterna e gestos de elevada renovação espiritual. Após um mês, Dona Malvina
começou a desiludir-se. Ildefonso, curado, era outro homem. Perdeu o amor pelas
coisas sagradas. Pronunciava palavrões de minuto a minuto. Convidado à prece, dizia,
indelicado, que a religião era material de enfermarias e asilos e que não era doente
nem velho para ocupar-se de semelhante serviço. Trocava o dia pela noite, tamanha
era a pressa de ir para as noitadas barulhentas. Suas despesas desordenadas não
tinham fim. Se a mãezinha pedia mudança de atitudes, sorria, zombava, declarando a
intenção de recuperar o tempo que perdera através de espreguiçadeiras, remédios e
injeções. Com 10 meses era um transviado autêntico. Embriagava-se todas as noites,
voltava ao lar nos braços de amigos e, chegou a falsificar a assinatura de um tio em
escandaloso saque de grande proporções. A generosa mãe não sabia como resolver o
problema do filho rebelde e ingrato. Queixas surgiam de toda parte. A abnegada mãe
via-se aflita e estonteada, sem saber como reajustar a situação, quando, certa noite,
pedindo ao filho embriagado que lhe respeitasse os cabelos brancos, foi por ele
agredida a pancadas que lhe provocaram angustiosas feridas no coração. Sem palavras
de revolta, D. Malvina, procurou seu quarto, em silêncio, e rogou em prece pelo
FUTURO ESPIRITUAL de seu filho. Ela compreendeu os planos sábios e justos de Deus.
Então, intensa luminosidade espiritual resplandecia em torno de sua cabeça venerável.
E uma nova bênção desceu do Mais Alto e, com surpresa de todos, no dia imediato,
Ildefonso acordou paralítico.”
Deus ouve nossos pedidos. Mas talvez O BEM ESTEJA EM CONTINUAR SOFRENDO,
como disseram os Espíritos. Como explica Allan Kardec no O Evangelho segundo o
Espiritismo, cap. XXVIII, prefácio da prece 26: “PODEMOS PEDIR A DEUS FAVORES
TERRENOS E ELE PODE NOS CONCEDER, QUANDO TENHAM UM FIM ÚTIL E SÉRIO.
MAS, COMO A UTILIDADE DAS COISAS SEMPRE A JULGAMOS DO NOSSO PONTO DE
VISTA E COMO AS NOSSAS VISTAS SE CIRCUNSCREVEM AO PRESENTE, NEM SEMPRE
VEMOS O LADO MAU DO QUE DESEJAMOS, DEUS, QUE VÊ MUITO MELHOR DO QUE
NÓS E QUE SÓ O NOSSO BEM QUER, PODE RECUSAR O QUE PEDIMOS, COMO UM
PAI NEGA AO FILHO O QUE LHE SEJA PREJUDICIAL. SE NÃO NOS É CONCEDIDO O QUE
PEDIMOS, NÃO DEVEMOS POR ISSO ENTREGAR-NOS AO DESÂNIMO; DEVEMOS
PENSAR, AO CONTRÁRIO, QUE A PRIVAÇÃO DO QUE DESEJAMOS NOS É IMPOSTA
COMO PROVA, OU COMO EXPIAÇÃO, E QUE A NOSSA RECOMPENSA SERÁ
PROPORCIONAL À RESIGNAÇÃO COM QUE A HOUVERMOS SUPORTADO.”
Rudymara
13 - POR QUE EXISTEM DOENÇAS?
A doença não acontece por acaso, ela tem uma origem espiritual? De fato, não
podemos atribuir ao acaso a doença que nos atinja, pois não existe acaso no Universo,
que é inteiramente regido por leis divinas, naturais, perfeitas e imutáveis. Ainda que
não tenha causa evidente ou pareça ser somente um problema físico, a doença sempre
tem, basicamente, uma origem espiritual, sendo que a causa poderá ter se dado na
existência atual ou em encarnação anterior. A doença guarda relação com o estado
evolutivo do ser? Sim. É devido ao nosso atual estágio de evolução que: Nascemos na
Terra, mundo em que a matéria é grosseira e há doenças. Ex.: gripe, catapora, etc.;
Aproveitamos para reencarnar em determinada família em que a hereditariedade
causa certa doença ou a ela predispõe, para ressarcir débitos (a não ser que tenhamos
condições espirituais para superá-las, podendo nos tornar auxiliares de nossos
familiares). Ex.: cegueira; Trazemos, em nosso perispírito, determinação ou
predisposição para alguma doença, como conseqüência da ação espiritual por nós
exercida em vidas anteriores. Ex: quem lesou o seu pulmão com o cigarro, estará
predisposto a doenças relacionadas com o pulmão, como asma, bronquite,
tuberculose, etc.; Habitamos obrigatoriamente em determinado meio ambiente, que é
favorável ou não a enfermidades; Sabemos ou não como cuidar do corpo, prevenir
enfermidades, e a isso nos aplicamos ou não.
Kardec: "As doenças fazem parte das provas e vicissitudes da vida terrena são
inerentes à grosseria da nossa natureza material e à inferioridade do mundo que
habitamos. As paixões e excessos de toda ordem semeiam em nós gérmens malsãos, às
vezes hereditários."
É, ainda, conforme nossa evolução espiritual que: Exercemos efeitos fluídicos bons ou
maus sobre o nosso perispírito, que repercutem no corpo físico; Atraímos bons
espíritos, que nos influenciam com seus fluidos benéficos, ou espíritos maus,
sofredores, de fluidos maléficos ou enfermiços.
Para nós, espíritos encarnados na Terra, as doenças ainda continuarão a ser fato
inevitável, porque inerentes ao nosso presente estado evolutivo, por enquanto
necessário ao nosso desenvolvimento intelecto-moral. O Espiritismo não só nos
informa sobre a origem espiritual das doenças. Revela-nos, também, os meios
espirituais de as prevenir, superar ou suportar. Quando é que a enfermidade tende a
aparecer? Quando nos perturbamos ou desequilibramos física ou espiritualmente, de
modo intenso e demorado (por nós mesmos ou sob influência alheia), pois com o
desgaste fluídico ou a assimilação de fluidos maus (de outros ou do ambiente) a
resistência natural é quebrada, ficando o organismo mais exposto à eclosão de
enfermidade ou a contraí-las do exterior. Como evitar enfermidades? Para nos
prevenirmos espiritualmente das enfermidades, além de cuidar do corpo, cultivemos
os bons pensamentos e sentimentos, e pratiquemos somente o bem e nunca o mal. E
se, apesar de nossos cuidados, a enfermidade aparecer? Encaremo-la como um alerta
ou uma advertência quanto à nossa conduta atual, ou, como conseqüência do passado
exigindo reajuste para voltarmos ao equilíbrio; Não compliquemos mais a situação
com tristeza e desânimo, revolta ou agressividade; Busquemos na Medicina e nos
recursos espirituais o alívio possível e, quem sabe, até mesmo a cura; "Se Deus não
houvesse querido que os sofrimentos corporais se dissipassem ou abrandassem em
certos casos, não teria posto ao nosso alcance meios de cura."; Procuremos nos
conscientizar quanto ao que causou a enfermidade e modifiquemos para melhor o
nosso comportamento (a fim de evitar o prosseguimento do mal e sem instalação mais
profunda); apliquemo-nos no bom emprego de nossas possibilidades de ação, apesar
das limitações que a enfermidade nos imponha a fim de compensar o desequilíbrio já
causado, manter o equilíbrio nas áreas não comprometidas e adquirir merecimento
para ser socorrido espiritualmente.
"Não peques mais, para que não te suceda algo pior." - Jesus
14 - AS DOENÇAS SÃO CAUSAS OU CONSEQUENCIAS?
Tentaremos explicar usando esta história: “Joel era um verdadeiro cristão, sempre
empenhado em ajudar o semelhante, tanto na atividade profissional, como no lar, na
organização assistencial, no Centro Espírita. Mas o Céu tinha outros planos para ele.
Joel retornou à Espiritualidade, vitimado por um acidente de trânsito. Foi um rude
golpe para o movimento espírita local, e particularmente para Sara, sua esposa, que
não conseguia aceitar a separação. Questionava ela: "HÁ TANTOS CRIMINOSOS,
TANTOS INCONSEQUENTES EGOÍSTAS, CUJA MORTE SERIA UM BENEFÍCIO PARA A
HUMANIDADE, PORQUE LOGO MEU MARIDO, UM HOMEM DIGNO E NOBRE, TÃO ÚTIL
A TANTA GENTE?” Mergulhada na depressão, recusava-se a retornar à normalidade,
alimentando a perigosa idéia de que seria preferível morrer. Até que certa noite, na
reunião mediúnica da qual participava, um generoso benfeitor espiritual disse-lhe:
"SARA, SUA INCONFORMAÇÃO É INCOMPATIVEL COM SEUS CONHECIMENTOS. VOCÊ
SABE QUE NADA OCORRE POR ACASO.” Angustiada argumentou: "SEI QUE EXISTEM
PROBLEMAS CÁRMICOS ENVOLVENDO SITUAÇÕES DESSA NATUREZA, MAS TENHO
APRENDIDO QUE O BEM QUE EXERCITAMOS HOJE NEUTRALIZA O MAL QUE
PRATICAMOS ONTEM. E, CONSIDERANDO QUE JOEL ERA PRECIOSO INSTRUMENTO DA
ESPIRITUALIDADE NA TERRA, PORQUE NÃO LHE FOI PRESERVADA A VIDA? NÃO SERIA
JUSTO DEIXÁ-LO RESGATAR SEUS DÉBITOS COM O ESFORÇO DA CARIDADE, EM QUE
PONTIFICOU COMO DEVOTO SERVIDOR DO CRISTO?” O mentor aguardou por alguns
instantes, até que fossem menos abundantes as lágrimas, e explicou sereno: "SEU
ARGUMENTO É PONDERÁVEL, MAS EQUIVOCADO, PORQUE VOCÊ DESCONHECE A
EXTENSÃO DOS COMPROMISSOS DE JOEL. SEU DESENCARNE, MUITO MAIS QUE O
CUMPRIMENTO DA JUSTIÇA, FOI UM ATO DE MISERICÓRDIA QUE BENEFICIOU NÃO
APENAS ELE, MAS SOBRETUDO, VOCÊ.” Sara disse: "NÃO ESTOU ENTENDENDO.” O
mentor, então, explicou: “SEGUNDO COMPROMISSOS QUE AMBOS ASSUMIRAM NO
PASSADO, JOEL DEVERIA SOFRER DERRAME CEREBRAL QUE O SUJEITARIA A UMA VIDA
VEGETATIVA, PRISIONEIRO DE UM CORPO INERTE, INCOMUNICÁVEL. VOCÊ CUIDARIA
DELE POR APROXIMADAMENTE 10 ANOS. TENDO EM VISTA OS MÉRITOS DE SEU
MARIDO, FOI-LHE POUPADA A DOLOROSA EXPERIÊNCIA E ELE RETORNOU À
ESPIRITUALIDADE, DE ONDE CONTINUA A AJUDÁ-LA NOS ENCARGOS QUE LHE
COMPETEM, CONFORME SUA PROGRAMAÇÃO DE VIDA. ELE PEDE-LHE QUE SUPERE O
PESADELO DA SEPARAÇÃO COM O SONHO DE GLORIOSO REENCONTRO NA
IMORTALIDADE.” A partir desse dia Sara readquiriu a disposição de viver, enfrentando
com serenidade e coragem seus compromissos, lembrando sempre que ela e o marido
haviam recebido uma grande dádiva do Céu.”
CONCLUSÃO: “Muitas pessoas questionam os acontecimentos difíceis e dolorosos,
enveredando por caminhos de rebeldia e desalentos que lhes multiplicam os
sofrimentos. As pessoas vêem a desgraça na miséria, na lareira sem fogo, nas lágrimas,
no féretro (caixão de defunto) que se acompanha com o coração partido, na angústia
da traição, na privação do orgulhoso que desejava vestir-se de púrpura e esconde sua
nudez nos farrapos da vaidade. Tudo isso, e muitas outras coisas, chamam de
desgraça, na linguagem humana. Sim, realmente é a desgraça, para aqueles que nada
vêem além do presente. A tempestade, que despedaça as árvores, é visto como
desgraça. No entanto, ela purifica a atmosfera, dissipando os miasmas insalubres que
poderiam causar a morte. Para julgar uma coisa, é necessário, portanto, ver-lhe as
conseqüências. É assim que, para julgar o que é realmente felicidade ou desgraça para
o homem, é necessário transportar-se para além desta vida, porque é lá que as
conseqüências se manifestam. Aos olhos materialistas, o que é desgraça no presente, é
compensação na vida futura. Tenham esperança, vocês que choram!” (O Evangelho
segundo o Espiritismo, cap. V, item 24, escrito pelo Espírito Delphine de Girardin)
Esta história e texto demonstram que o Espiritismo é esclarecedor, consolador e
comprovador de que Deus é justo, bom e perfeito. E que as obras básicas são
complementadas por depoimentos e ensinamentos de Espíritos desencarnados que
voltam para contar suas vivências através da psicografia. Cabe a nós observar a
experiência deles para tomarmos como exemplo e para não errarmos no mesmo
ponto.
18 - O PASSE ESPÍRITA CURA?
Sim. Quando ministrado e recebido com fé, o passe é capaz de produzir verdadeiros
prodígios. Ele têm como objetivo o reequilíbrio do corpo físico e espiritual. Mas é
preciso esclarecer que a cura não acontece em todos os casos. Ás vezes, o bem do
doente está em continuar sofrendo. Por isso devemos explicar, segundo a visão
espírita, porque ficamos doentes, porque uns conseguem curar-se e outros não, etc.
Para que os que não alcançarem a cura, não saiam decepcionados achando que o
Espiritismo é uma religião de charlatães. No Cap. 21, do livro "Entre a Terra e o Céu"
diz: "Um dia, o homem ensinará ao homem, consoante as instruções do Divino
Médico, que a cura de todos os males reside nele próprio. A percentagem quase
total das enfermidades humanas guarda origem no psiquismo. Orgulho, vaidade,
tirania, egoísmo, preguiça e crueldade são vícios da mente, gerando perturbações e
doenças em seus instrumentos de expressão." Porque com a cura física, muitas
pessoas se atiram de novo ao desregramento, voltando a se prejudicarem. Mas quem
aprende que precisa se aprimorar espiritualmente na prática do Bem e nisso se
empenha, quer alcance ou não a cura do corpo, encontrará o caminho para a cura
verdadeira e duradoura, a manutenção do equilíbrio em seu espírito imortal. Portanto,
empenhemo-nos em curar males físicos, se possível. Mas lembremos, porém, que o
Espiritismo “cura sobretudo as moléstias morais”. Não queiramos dar maior
importância à cura de corpos do que ao fim principal do Espiritismo, que é “tornar
melhores aqueles que o compreendem.” CADA CENTRO ESPÍRITA TEM UM MÉTODO
DE APLICAR O PASSE? Alguns sim, mas o movimento espírita, como todo movimento é
conduzido por humanos, cada qual num grau de evolução, conseqüentemente, a
interpretação será conforme seu entendimento. Mas, José Herculano Pires no livro
“Obsessão, O Passe e a Doutrinação” explica que: “o passe espírita não comporta as
encenações e gesticulações que hoje envolvem alguns teóricos improvisados,
geralmente ligados a antigas correntes espiritualistas de origem mágica ou feiticista.
Os espíritos realmente elevados não aprovam nem ensinam essas coisas, mas à prece
e a imposição das mãos.” MAS, ANDRÉ LUIZ NARRA EM VÁRIOS LIVROS, COMO POR
EXEMPLO “NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE” CAP. 17, A APLICAÇÃO DE PASSES
LONGITUDINAIS. POR QUE NÃO FAZER O MESMO? Precisamos compreender que o
ângulo de observação de André Luiz é do plano espiritual. Quando ele se refere a outro
tipo de passe, os “passistas” são sempre espíritos desencarnados, que podem ver o
funcionamento de nossos órgãos, o que para nós, encarnados, não é possível. Além do
mais, como disse J. Herculano Pires:“a técnica do passe não pertence a nós, mas
exclusivamente aos Espíritos Superiores. Só eles conhecem a situação real do paciente,
as possibilidades de ajudá-lo em face de seus compromissos nas provas, a natureza dos
fluidos de que o paciente necessita e assim por diante.” Por exemplo: quando
tomamos um comprimido para dor de cabeça, este não precisa ir para a cabeça para
agir. Assim é o PASSE, que é aplicado no alto da cabeça (coronário), e os espíritos se
encarregam em levar os fluidos ao local do corpo necessitado. O PASSE ESPÍRITA
UTILIZA MACA? Não. Este método é utilizado na terapia holística chamada Reiki. Os
adeptos desta terapia acham as filas de espera do passe espírita muito impessoal. Por
isso, utilizam maca, onde o paciente recebe energia com hora marcada, música
relaxante e essências aromáticas. O PASSE REIKI TAMBÉM CURA? Sim, também faz os
doentes saírem física e mentalmente recuperados. Deus não beneficia só os espíritas
ou os freqüentadores da casa espírita. Cabe a nós, espíritas, respeitarmos as mais
diversas modalidades e formas de cura. São meios úteis de minimizar o sofrimento
alheio. SE É BOM, POR QUE O ESPIRITISMO NÃO ADOTA TAL MÉTODO? Porque o
passe espírita também é bom e para ser bom aprendemos que não precisa de recursos
materiais. Os espíritas precisam ajudar a renovação das idéias religiosas e não
conseguirão isso, se ocultar o que já conhecem e se cederem sempre aos atuais
costumes ou novidades. Além do que, o espírita tem o dever de não ficar preso às
fórmulas religiosas que nada mais lhe significam como: maca, lâmpadas coloridas, etc.,
que fazem função de amuletos. Divaldo numa entrevista dada ao Correio Espírita disse:
“deve-se evitar, quanto possível, a exposição de lâmpadas coloridas, no pressuposto
de realizar-se ação cromoterapêutica.” Vejamos o que disse José Herculano Pires, no
mesmo livro acima citado: “Todas essas tolices decorrem essencialmente do apego
humano às formas de atividades materiais. O passista consciente, conhecedor da
doutrina e suficientemente humilde compreende que ele pouco sabe a respeito dos
fluidos espirituais, e o que pensa saber é simples pretensão orgulhosa, limite-se à
função mediúnica de intermediário. Muitas vezes os Espíritos recomendam que não
façam movimentos com as mãos e os braços para não atrapalhar os passes.”
Ultimamente estamos encontrando muitas novidades no meio espírita. Há, por
exemplo, quem acredite que a desobsessão e o passe espírita pararam no tempo,
conseqüentemente, precisam de ajuda. Perguntemos: ALLAN KARDEC ESTÁ
ULTRAPASSADO? J. Herculano Pires responde: “O Kardec superado, dos espíritas
pretensiosos dos nossos dias está sempre na dianteira das conquistas atuais. O
Espiritismo é a Ciência e acima de tudo a Ciência que antecipou e deu nascimento a
todas as Ciências do Paranormal, desde as mais esquecidas tentativas científicas do
passado até a Metapsíquica de Richet e a Parapsicologia atual de Rhine e McDougal.
Qualquer descoberta nova e válida dessas Ciências tem as suas raízes no O Livro dos
Espíritos. Todos os acessórios ligados à prática tradicional do passe devem ser banidos
dos Centros Espíritas sérios. O que nos cabe fazer nessa hora de transição da
Civilização Terrena não é inventar novidades doutrinárias, mas penetrar no
conhecimento real da doutrina, com o devido respeito ao homem (Kardec) de ciências
e cientista eminente que a elaborou, na mais perfeita sintonia com o pensamento dos
Espíritos Superiores.”).
Então, queremos esclarecer, que não somos contra métodos, técnicas, rituais, etc.,
adotados por outras seitas, religiões, terapias holísticas ou alternativas. A Doutrina
nunca diz ser “contra” alguma coisa, no máximo “não é favorável”. Ela nunca diz “não
pode”, no máximo diz “não deve”. Pregamos o livre arbítrio, portanto, temos
obrigação de exercê-lo. Mas, não é por respeitarmos que as adotaremos. Não
queremos impor aquilo que acreditamos a ninguém, mas não queremos que nos
imponham o que não aceitamos. Não gostaríamos de ver implantado na Casa Espírita o
que não pertence a ela. Mas aquele que acredita ser certo o que pratica, não deve se
melindrar com opinião contrária, “a cada um segundo sua consciência”. Portanto,
gostaríamos que todos compreendessem que não escrevemos para criticar, ofender,
brigar, até porque este não é o intuito da Doutrina Espírita. Escrever textos espíritas e
omitir o que o “Espiritismo” prega para não desagradar este ou aquele, seria covardia
da nossa parte e falta de caridade com o Espiritismo. Apenas utilizamos este meio de
comunicação para tirarmos dúvidas e divulgarmos a Doutrina dos Espíritos como ela é
aos espíritas, não-espíritas, simpatizantes e até não-simpatizantes. “A maior caridade
que podemos fazer ao Espiritismo é sua divulgação”, disse Emmanuel. Portanto, a
pratiquemos com respeito e responsabilidade.
19 - CURAS ESPIRITUAIS
André Luiz, conta no livro “Missionários na Luz”, cap. 12, a história de um Espírito que,
em sua última encarnação, cometeu revoltante crime, assassinando um pobre homem
a facadas na região do estômago. Este ato impensado levou este Espírito a grandes
aflições, porque a vítima desencarnada o obsedou dia a dia até sua desencarnação. E
após sua desencarnação, além do remorso natural, foi para regiões umbralinas,
sofrendo ali grandes aflições também. Depois de muito tempo, quando estava
consciente do erro que cometeu, ajudou sua vítima "diminuindo" assim seu débito.
Então, para reparar de vez o crime, ele pediu que, na sua nova encarnação,
desencadeasse nele, uma úlcera de importância que começaria a incomodá-lo logo
que chegasse à maioridade física. Carregaria a própria ferida, conquistando, dia a dia, a
necessária renovação. Sofreria e lutaria incessantemente, desde a eclosão da úlcera
até sua desencarnação.
OBSERVAÇÃO DE RUDYMARA: Pedimos tanto para Deus, e damos tão pouco daquilo
que Ele nos pede. Queremos tanto que Ele escute nossos pedidos, mas nos fazemos de
surdos aos pedidos Dele para nós. Queremos que Ele faça a nossa vontade, mas nós
pouco fazemos a vontade Dele.
Mesmo assim, Ele nos dá meios para ressarcirmos nossos tropeços, nos mandando
dizer através de Jesus que: “O amor cobre a multidão dos pecados”, ou seja, todo o
Bem que praticarmos, diminuiremos a multidão de erros que praticamos no passado e
no presente, dessa e da outra encarnação.
21 - ESTIGMA NA VISÃO ESPÍRITA
Richard Simonetti
23 – A MELHORA DA MORTE
Chico visitou durante muitos anos um jovem que tinha o corpo totalmente
deformado e que morava num barraco à beira de uma mata. O estado de
alienado mental era completo. A mãe deste jovem era também muito doente e o
Chico a ajudava a banhá-lo, alimentá-lo e a fazer a limpeza do pequeno cômodo
em que morava.
O quadro era tão estarrecedor que, numa de suas visitas em que um grupo de
pessoas o acompanhava, um médico perguntou ao Chico:
- Nem mesmo neste caso a eutanásia seria perdoável?
Chico respondeu:
- Não creio doutor. Esse nosso irmão, em sua última encarnação, tinha muito
poder. Perseguiu, prejudicou e com torturas desumanas tirou a vida de muitas
pessoas. Algumas o perdoaram, outras não e o perseguiram durante toda sua
vida. Aguardaram o seu desencarne e, assim que ele deixou o corpo, eles o
agarraram e o torturaram de todas as maneiras durante muitos anos. Este corpo
disforme e mutilado representa uma bênção para ele. Foi o único jeito que a
providência divina encontrou para escondê-lo de seus inimigos. Quando mais
tempo agüentar, melhor será. Com o passar dos anos, muitos de seus inimigos o
terão perdoado. Outros terão reencarnado. Aplicar a eutanásia seria devolvê-lo
às mãos de seus inimigos para que continuassem a torturá-lo.
- E como resgatará ele seus crimes? – Perguntou o médico.
- O irmão X costumava dizer que Deus usa o tempo e não a violência. - respondeu
Chico Xavier
Diante da dor e do sofrimento, ouvimos pessoas dizendo: “Eu não acho justo
tanto sofrimento!” Quem afirma isto, está achando indiretamente, que Deus
é injusto.
São Luiz, no Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V, item 28 diz: “Quem
nos dá o direito de prejudicar os planos de Deus? (Se aquela pessoa
sofre, é porque está ressarcindo no corpo, os débitos e liberta-se dos
erros do passado). Será que Deus não pode deixar uma pessoa
chegar à beira da morte, para depois curá-la, com a finalidade de
fazer com que aquela pessoa examine a si mesmo lhe dando a chance
de modificar seu modo de pensar e agir? Ninguém pode dizer que
uma pessoa moribunda está perto do fim, porque a ciência, comete
erros nas suas previsões. Sabemos que há casos que podemos
considerar, desesperador. Mas se não há nenhuma esperança
possível, lembremos que há doente que se reanima e recobra suas
faculdades por alguns instantes. Essa hora é concedida por Deus, e
pode ser de grande importância, porque o Espírito pode ter um
súbito clarão de arrependimento que poupam muitos tormentos.
Um minuto apenas pode poupar muitas lágrimas no futuro.”
Portanto: Matar nunca!
Nossa encarnação é planejada minuciosamente.
Nós formamos corpos físicos, quem dá vida ao corpo físico é Deus. Por isso, não
temos o direito de destruí-la. Seja através do aborto, do suicídio, da pena de
morte, eutanásia . . .
"Que os conhecimentos médicos vigentes possam ajudar os que se
acham à beira da desencarnação, facilitando-lhe um tranqüilo
retorno ao Invisível sem comprometimento negativo de médicos,
enfermagem ou familiares." - Raul Teixeira
30 – POR QUE FRANCISCO DE ASSIS SOFREU TANTO?
“Se você acredita que franqueza rude pode ajudar a alguém, observe o
que ocorre com a planta a que você atire água fervente.” – André Luiz,
psicografia de Chico Xavier
Cada espírito é uma história. Alguns suicidas sentem-se presos ao corpo de tal modo que, leva-
os a ver e sentir os efeitos da decomposição; outros vão para as regiões umbralinas (região
destinada a esgotamento de resíduos mentais); outros ainda, como conta no livro “Memórias de
um suicida”, tornam-se presas de obsessores, que as vezes, também foram suicidas, entidades
perversas e criminosas, que sentem prazer na prática de vilezas, e que continuam vivendo na
Terra ao lado dos homens, contaminando a sociedade, os lares terrenos que não lhes oferecem
resistências através da vigilância dos bons pensamentos e prudentes ações. Esses infelizes
unem-se, geralmente, em locais pavorosos e sinistros da Terra, afinados com seus estados
mentais como: florestas tenebrosas, catacumbas abandonadas dos cemitérios, cavernas solitárias
de montanhas muitas vezes desconhecidas dos homens e até antros sombrios de rochedos
marinhos e crateras de vulcões extintos. Eles aprisionam, torturam por todas as formas, desde
maus tratos físicos e da obscenidade, até a criação da loucura para mentes já torturadas por
sofrimentos que já lhes são pessoais, etc.
QUANTO TEMPO OS SUICIDAS FICAM PRESOS AO CORPO FÍSICO? Não há previsão para o
tempo que os suicidas ficam presos ao corpo vendo sua decomposição, vagando nas regiões
umbralinas, prisioneiros de obsessores, etc. Isso varia de espírito para espírito. É o tempo que
levam para harmonizar sua mente e entenderem o apoio que está sendo dado a ele. Pois, há
grupos de socorro para os Espíritos que sofrem. No Vale dos Suicidas, por exemplo, o grupo de
trabalhadores é chamado de: Legião dos Servos de Maria, pois o Vale é chefiado pelo grande
Espírito de Maria de Nazaré.
TODO SUICIDA VAI PARA O VALE DOS SUICIDAS? A médium Yvonne Pereira, em seu livro
“Memórias de um Suicida”, fala do Vale dos Suicidas. Entretanto, há notícias de outros suicidas
que não foram para o referido Vale. O próprio Camilo (personagem principal do livro) diz que
não sabe como acontece os trabalhos de correção para suicidas nos demais núcleos ou colônias
espirituais.
É ERRADO MATAR-SE PARA ENCONTRAR COM O ENTE QUERIDO? Além de ser errado adiará
ainda mais o reencontro.
É ERRADO MATAR-SE PARA SALVAR UMA VIDA? Sacrificar sua vida para salvar outra, só sem
intenção de morrer. Exemplo: bombeiro. Suicídio, nunca! Portanto, deixemos claro que, só
Deus tem o direito de retirar a vida. Deus não castiga o suicida, é o próprio suicida quem se
castiga, através de sua consciência pesada. O tribunal do suicida (e de todos nós) é a sua própria
consciência. Se o ato do suicida é covarde ou corajoso, não podemos precisar, porque há casos
de loucura, onde o suicida, por estar em estado de demência, não pode avaliar o crime que está
cometendo. No caso de Getúlio Vargas, ex-presidente do Brasil, diz Emmanuel, que ele não foi
considerado como suicida, uma vez que evitou uma guerra civil com sua morte. Como vemos,
cada caso é um caso. Por isso, aprendamos a não julgar pela aparência. Pois, não sabemos se já
fomos ou estamos sendo suicidas indiretos, ou seja, aquele que se mata devagarzinho, todos os
dias através de vícios, excesso alimentar, sexo desregrado, etc. Nossos sentidos são primários e
não temos direito de julgar. Só há um juiz, perfeito e infalível: DEUS. Para nós cabe a caridade
da prece à esses irmãos.
KARDEC COMETEU SUICIDO? Devemos esclarecer aos que desconhecem sua biografia ou
conhecem e tentam denegrir sua imagem que, Kardec não cometeu suicídio, ele desencarnou
aos 64 anos, entre 11 e 12 horas no dia 31 de março 1869, devido ao rompimento de um
aneurisma, cumprindo, e muito bem, sua missão. Portanto, enquanto não acreditarem na
reencarnação, na vida eterna do espírito, na lei de causa e efeito, infelizmente, continuaremos
recebendo notícias, quase que diariamente, sobre pessoas que cometeram suicídio. Lembremos
que: “Deus não nos dá um fardo maior que podemos carregar.” E pelo caminho
encontramos muitos Sirineus para nos ajudar a carregá-lo.
38- SUICÍDIO – DESGOSTO DA VIDA
Na questão 943, de O Livro dos Espíritos, Kardec indagava qual seria a causa do
desgosto pela vida que se apoderava de certas pessoas sem causa aparente. Ao que os
Espíritos responderam: “Efeito da ociosidade, da falta de fé, e, às vezes, da saciedade
(...).” Analisemos individualmente cada item:
OCIOSIDADE: começa pela atitude mental invigilante, uma vez que, ao mantermos a
mente vazia de pensamentos nobres, estaremos oferecendo vasto campo a expressões
mentais intrusas de baixo teor, mormente aquelas que sinalizam para o desprezo pelo
maravilhoso dom da vida. Ociosidade no campo mental que se transforma facilmente
em inércia física, tornando a vida um campo infértil tomado por ervas daninhas como
os obsessores. Eis a razão pela qual as estatísticas demonstram que a incidência do
suicídio é maior entre pessoas desempregadas ou voluntariamente entregues a inação
(falta de ação, de trabalho, é a inércia). Joanna de Ângelis nos recomenda que:
“Tomemos cuidado com a hora vazia, sem objetivo, sem atividade. Cabeça ociosa é
perigo a vista. Mãos desocupadas facultam o desequilíbrio que se instala. Preenche-a
com uma leitura salutar, ou uma conversação positiva, ou trabalho que aguarda
oportunidade para execução, ou uma ação que te proporcione prazer . . . O homem,
quanto mais preenche os espaços mentais com as idéias do bem, mediante o estudo, a
ação ou a reflexão, mais aumenta a sua capacidade e conquista mais amplos recursos
para o progresso. Estabelece um programa de realizações e visitas para os teus
intervalos mentais, nas tuas horas vazias, e te enriquecerás de desconhecidos tesouros
de alegria e paz. Hora Vazia, nunca!”
A história do livro (Memórias de um Suicida) começa no século XVII, quando nasce um jovem
em terras portuguesas numa família pobre, mas que sonhava ser rico, culto e poderoso.
Este jovem procurou um pároco e contou seu sonho. O pároco então, passou a ensinar-lhe
quanto sabia.
Diante das suas ambições, o jovem despertou a vontade de ser um sacerdote. Mas o pároco,
disse que o rapaz não tinha vocação para o sacerdócio, e aconselhou-lhe que exercesse o
sublime sacerdócio construindo um lar, com respeito, justiça e amando sempre o próximo.
O conselho do pároco calou fundo, e os planos foram adiados.
O jovem então, apaixonou-se por Maria Magda com fervor. Ambos faziam planos
matrimoniais, quando Magda conhece um outro rapaz, Jacinto de Ornelas y Ruiz, apaixona-se,
casa-se e muda-se para Madrid.
O jovem sentiu-se humilhado, cheio de ódio, rancor, despeitado e jurou vingança. Diante do
desgosto, ele reativou a idéia de ser sacerdote e a realizou.
Serviu às leis de Inquisição. Perseguia, denunciava, caluniava, fazia intriga, mentia, condenava,
torturava e matava.
Quinze anos depois do casamento de sua amada Maria Magda, o sacerdote vai para Madrid a
mando da Igreja. O acaso então, os colocou novamente frente a frente, trazendo muito ódio à
lembrança, mas sentindo que ainda a amava.
Tentou cativa-la, mas não conseguiu. Ela resistiu com dignidade. Jacinto, percebeu o assédio
do sacerdote à sua esposa. Preparou-se para deixar Madrid, buscando refúgio no estrangeiro
para si próprio como para a família. Pois, o medo do oficial do Santo-Ofício era grande.
Mas, o sacerdote descobriu, denunciou Jacinto de Ornelas ao tribunal, com muitas acusações.
Jacinto foi preso, processado e entregue ao sacerdote, por ordem dos seus superiores.
Jacinto foi levado à masmorra infecta, onde passou martirizantes privações e torturas:
arrancaram-lhe as unhas e os dentes, fraturaram os dedos, deslocaram os pulsos, queimaram
a sola dos pés.
Maria Magda, sofria pensando o que poderia estar acontecendo ao marido. Por isso, procurou
o sacerdote entre lágrimas, suplicou trégua e compaixão.
Ele então, prometeu o marido de volta com uma condição, de que ela se entregasse à ele.
Ela relutou, mas acabou aceitando. Pois sabia que se não fizesse o acordo, seu marido seria
morto.
Dias depois do pacto, Magda vai à sala de torturas, contempla o marido, desespera-se, e não
consegue ocultar o ódio pelo sacerdote.
Ele notou o desprezo, sentiu-se cansado em lutar por um bem inatingível, pois não conseguia
entender aquele sublime amor que cobria as mãos de Jacinto com beijos e lágrimas.
E por não conseguir o amor de Magda, a inveja, o despeito, o ciúme, tomou-lhe o coração. As
tendências maléficas do passado, vieram-lhe na lembrança, quando no ano 33 gritou junto ao
povo para condenar Jesus de Nazaré em favor da liberdade do bandoleiro Barrabás. Ele então,
vazou os olhos de Jacinto perfurando-os com pontas de ferro incandescido.
Jacinto inconformado com a situação, não querendo tornar-se estorvo à querida companheira,
suicidou-se dois meses depois de obter a liberdade.
Magda voltou para a terra natal com os filhos, desolada e infeliz. Nunca mais viu o sacerdote
ou obteve notícias.
O arrependimento não tardou iniciar ao mesquinho ser do sacerdote. Não dormia com
tranqüilidade, vivia nervoso e a imagem de Jacinto o atordoava. Ele passou a evitar cumprir as
tenebrosas ordens de seus superiores, até que mais tarde foi levado ao cárcere perpétuo.
Da Segunda metade do século XVII até o século XIX, ele começou a expiar, na Terra como
homem e na erraticidade como Espírito, os crimes e perversidades cometidos sob a tutela do
Santo-Ofício.
Na Segunda metade do século XIX, reencarnou em Portugal, como escritor famoso, Camilo
Castelo Branco, para a última fase das expiações inalienáveis: a cegueira.
O mesmo horror que Jacinto de Ornelas sentiu pela cegueira, ele também sentiu. Diante da
inconformidade, imitou a gesto, deu um tiro no ouvido, tornando-se em 1890, suicida como
Jacinto o fora em meado do século XVII.
A cegueira era uma expiação, mas o suicídio não.
O suicídio foi uma escolha dele, que perdeu a oportunidade que Deus estava dando para que
ele reparasse sua falta do passado. Ele fez mal uso do livre arbítrio.
Camilo Castelo Branco lança neste livro, através da médium Yvonne A . Pereira (que também
foi uma suicida na sua encarnação passada) um alerta para aqueles que pensam que a vida
termina no túmulo.
Camilo conta a experiência dele e de outros suicidas como:
Jerônimo que deu um tiro no ouvido porque era rico e não suportou a ruína dos negócios
comerciais;
Mario Sobral perdeu-se nos instintos inferiores, influenciado pela beleza física, a vaidade, a
sedução, que pediam cada vez mais prazeres. Quando percebeu que estava perdendo sua
esposa para outro, tentou encontrar-se e reconduzir sua vida, mas não conseguiu. Sua esposa
não o aceitou. Ele então, à matou estrangulada e logo após enforcou-se; Belarmino era um
professor conceituado, diante de uma tuberculose, resolveu acabar com o sofrimento,
cortando os pulsos; João era viciado em jogo, perdeu tudo, inclusive a honra e a própria vida,
envenenou-se.
Uma observação importante: O resgate não é igual para todos. Por exemplo: Jerônimo, o
amigo de Camilo, que se matou com um tiro no ouvido porque sua empresa faliu, deixando
esposa e filhos em situação difícil, reencarnou em família rica, com o propósito de não formar
família, montar uma instituição para crianças órfãs, e ir à ruína financeira novamente, para ter
que lutar com coragem; Camilo tornou-se grande trabalhador no Vale dos Suicidas, e após 50
anos reencarnou para cegar aos 40 anos e desencarnar aos 60 anos. Como vemos, ambos
deram um tiro no ouvido, mas o resgate foi diferente.
Uma criança foi levada ao Chico Xavier porque os médicos tinham indicado a
amputação das pernas. A mãe perguntou:
- Chico, o que é que eu faço?
E o Chico disse:
- Siga a orientação dos médicos.
Os amigos que acompanharam aquele atendimento perguntaram:
- Mas, Chico, como é que pode uma criança ter as pernas amputadas? Ela já não tem
braços, é cega, muda e surda. Qual a vantagem dessa encarnação?
- O Chico explicou:
- Os espíritos amigos me disseram que a mãe deveria seguir as orientações médicas
porque o espírito que habita este corpo mutilado, nas últimas 10 encarnações, se
suicidou. E antes de encarnar, ele rogou a misericórdia divina para que impedisse por
todos os modos que ele cometesse o suicídio novamente. Embora ele não tenha os
braços, não ouça, não fale e não enxergue, ele está pensando em ir caminhando
procurar uma ponte para se jogar. A gangrena veio como a misericórdia divina para
que na próxima encarnação ele viesse com menos débito e começasse a caminhar para
a recuperação espiritual.
Desde que o mundo é mundo, a Humanidade tem lutado contra as enfermidades mais
variadas.
Quando consegue controlar uma delas, outras surgem, mais cruéis e ameaçadoras.
Tem-se lutado com ardor para extirpar as doenças da face da Terra.
Mas por que não se consegue, já que a ciência moderna tem recursos fantásticos?
A resposta é simples: tem-se buscado curar os efeitos e não as causas.
Ou seja, temos envidado esforços para curar os corpos, esquecidos de que o enfermo é o
Espírito imortal e não o corpo que perece.
O corpo é como um mata-borrão, que absorve e exterioriza as chagas que trazemos na alma.
A mente elabora os conflitos, os ressentimentos, os ódios que desatrelam as células dos seus
automatismos, degenerando-as e possibilitando a origem de tumores de vários tipos,
especialmente cancerígenos, em razão da carga mortífera de energia que as agride.
A sede de vingança volta-se contra o organismo físico e mental daquele que a acalenta,
facilitando a instalação de úlceras cruéis e distonias emocionais perniciosas que empurram o
ser para estados desoladores.
As angústias cultivadas podem ocasionar as crises nervosas, as enxaquecas, entre outros
males.
A inveja, a cólera, a competição malsã provocam indigestões, hepatites, diabetes, artrite,
hipertensão, entre outros distúrbios.
O desamor pessoal, o complexo de inferioridade, as mágoas, a autopiedade, favorecem os
cânceres de mama, na mulher, e de próstata, no homem, além das disfunções cardíacas, dos
infartos brutais e outras doenças.
A impetuosidade, a violência, as queixas sistemáticas,os desejos insaciáveis dão ocasião aos
derrames cerebrais, aos estados neuróticos, psicoses de perseguição, etc.
Como podemos perceber, a ação do pensamento sobre o corpo é poderosa.
O pensamento salutar e edificante flui pela corrente sanguínea como tônus revigorante das
células, passando por todas elas e mantendo-as em harmonia.
O contrário ocorre com o pensamento desequilibrado.
O homem é o que acalenta em seu íntimo. O que surge no corpo é a exteriorização dos males
que cultiva na alma.
Não é outro o motivo pelo qual Jesus alertava àqueles a quem curava dizendo: Vá, e não
tornes a pecar para que mal maior não te aconteça.
O que quer dizer que a saúde está condicionada ao modo de vida de cada criatura.
E que não há doenças, mas doentes, que, em maior ou menor intensidade, somos todos nós.
Jesus, que foi o exemplo máximo do Amor, jamais adoeceu, porque era são em Espírito, o que
proporcionava saúde ao corpo.
Desta forma, se quisermos a saúde efetiva, enquanto buscamos a cura do corpo, tratemos
também o verdadeiro enfermo, que é o Espírito.
Américo Marques Canhoto, médico especialista, casado, pai de quatro filhos. Nasceu
em Castelo de Mação, Santarém, Portugal. Médico da família desde 1978.
Atualmente, atende em São Bernardo do Campo e São José do Rio Preto - Estado de
São Paulo. Conheceu o Espiritismo em 1988. Recebia pacientes que se diziam indicados
por um médico: Dr. Eduardo Monteiro.
Procurando por este colega de profissão, descobriu que esse médico era um espírito, que
lhe informou: Alzheimer acima de tudo é uma moléstia que reflete o isolamento do
espírito.
Importante também analisar o problema dos cuidadores do doente (família). Além de
trazer à discussão o problema da precocidade com que as coisas acontecem no momento
atual. Será que as projeções estatísticas de alguns anos atrás valem para hoje? Serão
confiáveis como sempre foram? Se tudo está mais precoce, o que impede de doenças
com possibilidade de surgirem lá pelos 65 anos de idade apareçam lá pela casa dos 50
ou até menos?
Alerta
- É incalculável o número de pessoas de todas as idades (até crianças) que já apresentam
alterações de memória recente e de déficit de atenção (primeira fase da doença de
Alzheimer). Lógico que os motivos são o estilo de vida atual, estresse crônico,
distúrbios do sono, medicamentos, estimulantes como a cafeína e outros etc. Mas, quem
garante que nosso estilo de vida vai mudar? Então, quanto tempo o organismo suportará
antes de começar a degenerar? É possível que em breve tenhamos jovens com
Alzheimer?
Alzheimer e mediunidade
- No decorrer do processo os laços fluídicos ficam tão flexíveis que eles falam com
pessoas que não enxergamos nem sentimos. Chegam a transmitirem o que dizem os
desencarnados ou são usados de forma direta para comunicações.
Esta condição fluídica permite que acessem com facilidade o filme das vidas passadas
(bem mais a última) - muitas vezes nesses momentos, nos nomeiam e nos tratam como
se fossemos outras pessoas que viveram com eles na última existência e nos relatam o
que 'fizemos' juntos, caso tenhamos vivido próximos na última existência. Vale aqui
uma ressalva, esse fato ocorre em muitos doentes terminais e em algumas pessoas
durante processos febris.
Obsessão
- É bem comum que a doença insidiosamente se instale através de um processo
arquitetado por obsessores, pois os que costumam apresentar essa doença não são muito
adeptos da ajuda ao próximo e do amor incondicional; daí ficam vulneráveis às
vinganças e retaliações. É raro que bons tarefeiros a serviço do Cristo transformem-se
em Alzheimer. Mas, quem é ou quais são os alvos do processo obsessivo? O doente ou
a família?
Os cuidadores
- Mesmo com medo de ter que 'cuidar de uma antiga criança mal educada' como se
tornam os portadores dessa doença; ela não deixa de ser uma oportunidade ímpar de
desenvolvermos qualidades espirituais a 'toque de caixa'. Feliz de quem encara essa
tarefa sem dia sem noite, sem férias. Pena que algumas pessoas não sejam capazes de
suportar tal tarefa com calma - Quem se arrisca a encarar com bom humor e realizar o
que for possível ajudando a esse irmão? Serão os cuidadores vítimas ou felizardos? O
que isso tem a ver com o passado? Cada qual que decida...Quantos cuidadores se
tornarão doentes? - Alerta: 'Cuidadores' costumam não aprender nada e, repetem a lição
para os outros, tornam-se ferramentas de aprendizado.
O que é possível aprender como cuidador? Paciência, tolerância, aceitação, dedicação
incondicional ao próximo, desprendimento, humildade, inteligência, capacidade de
decidir por si e pelo outro. Amor.
O problema da obsessão
- Quem obsidia quem? Cuidador e doente são antigos obsessores um do outro - não é
preciso recuar muito no tempo, pois mesmo nesta existência, com um pouco de
honestidade dá para analisar o processo em andamento; na dúvida basta analisar as
relações familiares, como as coisas ocorreram.
Não foi possível? - não importa; basta que hoje, no decorrer do processo da doença,
avaliemos o que nos diz o doente nas suas 'crises de mediunidade': você fez isso ou
aquilo, agora vai ver! - preste muita atenção em tudo que o doente diz, pois aí, pode
estar a chave para entendermos a relação entre o passado e o presente.
A dieta influencia
- Os portadores da doença costumam ter hábitos de alimentação sem muita variação
centrada em carboidratos e alimentos industrializados. Descuidam-se no uso de frutas,
verduras e legumes frescos, além de alimentos ricos em ômega3 e ômega 6, devem
consumir mais peixe e gorduras de origem vegetal (castanha do Pará, nozes, coco, azeite
de oliva extra virgem, óleo de semente de gergelim). Estudos recentes mostram que até
os processos depressivos podem ser atenuados ou evitados pela mudança de dieta.
Remédios resolvem?
- Ajudar até que ajudam; mas resolver é impossível, ilógico e cruel se, possível fosse -
pois, nem todos tem acesso a todos os recursos ao mesmo tempo.
Remédios usados sem a contrapartida da reforma no pensar, sentir e agir podem causar
terríveis problemas de atraso evolutivo individual e coletivo; pois apenas abrandam os
efeitos sem mexer nas causas. Tapam o sol com a peneira.
Qual a vacina?
- Desde que saibamos separar a vacina ativa da passiva. O ato de nos vacinarmos contra
a doença de Alzheimer é o de estudar as características de personalidade, caráter e
comportamento dos que a vivenciam, para que não as repitamos. A melhor e mais
eficiente delas é o estudo, o desenvolvimento da inteligência, da criatividade e a prática
da caridade. Seguir ao pé da letra o recado que nos deixou o Espírito da Verdade:
'Amai-vos e instruí-vos'.
Rudymara
44 - EPILEPSIA NA VISÃO ESPÍRITA
CONCLUSÃO
Os quadros de epilepsia podem ser provocados por obsessão, mas existem
casos sem ação de desencarnados e casos mistos.
Independentemente do caso, com ou sem envolvimento obsessivo, há
necessidade de uso de medicação da medicina acadêmica.
Segundo Bezerra de Menezes, a presença do estado crepuscular é diagnóstico
de ação obsessiva.
A terapia desobsessiva é altamente eficaz, devendo ser usada como preconiza
a obra kardequiana.
O estudo dos casos clínicos sugere que a maioria dos quadros de epilepsia
representa processo obsessivo atual ou passado, e que todo paciente
epiléptico deve ser abordado com processo terapêutico nesse sentido. As
exceções seriam os casos de lesão cerebral no passado ou na vida atual,
como nos casos de suicídio.
O quadro secundário a processo obsessivo, se não socorrido em tempo hábil,
pode levar à lesão física.
Existe uma seqüência evolutiva do processo de cura: obsessão com lesão
física -> obsessão sem lesão física -> epilepsia por reflexo condicionado ->
estado convalesceste (com crises dependendo do comportamento do paciente)
-> cura.
“Estai de sobreaviso, vigiai e orai, porquanto, não sabeis quando será o
tempo.” Jesus - Mc. 13 - 33.
OUVIDOS
Ouvidos . . . Toda gente os possui. Achamos, no entanto, ouvidos superficiais em toda a parte.
Ouvidos que apenas registram sons.
Ouvidos que se prendem a noticiários escandalosos.
Ouvidos que se dedicam a boatos perturbadores.
Ouvidos de propostas inferiores.
Ouvidos simplesmente consagrados à convenção.
Ouvidos de festa.
Ouvidos de mexericos.
Ouvidos de pessimismo.
Ouvidos de colar às paredes.
Ouvidos de complicar.
Se desejas, porém, sublimar as possibilidades de acústica da própria alma, estuda e reflete,
pondera e auxilia, fraternalmente, e terás contigo os "ouvidos de ouvir", a que se reportava
Jesus, criando em ti mesmo o entendimento para a assimilação da Eterna Sabedoria.
Como a doença vem de dentro para fora, isto é, do espírito para a matéria, o
encontro da cura também dependerá da renovação interior do enfermo.
Não basta uma simples pintura quando a parede apresenta trincas. Renovar-se
é o processo de consertar nossas rachaduras internas, é escolher novas
respostas para velhas questões até hoje não resolvidas. O momento da doença
é o momento do enfrentamento de nós próprios, é o momento de tirarmos o lixo
que jogamos debaixo do tapete, é o ensejo de encararmos nossas paredes
rachadas.
Quando atingimos esse patamar de harmonia interior, nossa mente vibra nas
melhores frequências de equilíbrio e da felicidade, fazendo com que a saúde
do espírito se derrame por todo o corpo.
( Texto extraído do livro Minutos com Chico Xavier do José Carlos De Lucca )