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O nascimento do menino Jesus

Há muitos anos atrás, a Terra tava uma coisa triste, parecia que
o amor não existia mais, só exploração, miséria, escravidão,
irmão contra irmão.
Deus então, resolveu enviar seu filho para ver se ajudava na
situação.
E é aí que nossa história começa….

Era uma vez uma menina chamada Maria, Maria era alegre,
brincalhona, amava as flores, o rio, amava ajudar as pessoas,
era amiga de todo mundo, e estava sempre a conversar com Deus.
Maria era uma menina de fé. Maria cresceu ajudando a sua família
(seus pais eram muito doces e carinhosos) e cuidando de seus
irmãos.

Enquanto isso, num povoado distante, havia José que era


carpinteiro, sempre foi solitário, era bom filho e cuidou de
seus pais a vida inteira, pois seus pais eram muito idosos e já
estavam muito doentes. Até que seus pais morreram e José seguiu
pela estrada em busca de algum trabalho, pois onde nasceu era
muito deserto, não havia muitas pessoas, nem trabalho.

Ao longo da estrada, José conversava com Deus, levava apenas 3


pães no seu surrão (bornal).

Estava entregue a Deus, já tinha cuidado dos seus pais por longos
anos, durante grande parte da sua vida, mas agora precisava
recomeçar a vida e estava nas mãos de Deus.

José descobriu Deus nas horas de aflição, com a doença de seus


pais. Sem recurso, muitas vezes a oração era o remédio, para a
dor, a febre até as aflições se esvairem.

E em sua caminhada, Deus era seu grande amigo, ele conversava


com Deus o tempo todo.

José já estava 30 dias na estrada, e o último pedacinho dos 3


pães que levava no começo da jornada, chegava ao fim. Estava
fraco, cansado, muito magrinho… até que avistou uma árvore, uma
laranjeira, todinha em flor. Ele parou e ficou a admirá-la, a
sentir seu aroma, e agradeceu imensamente a Deus por aquele
presente em sua viagem.
José estava de olhos fechados, agradecendo a Deus, pedindo ajuda
e forças para sua caminhada quando, ao abrir os olhos, avistou
ao lado da árvore, paradinha, uma menina linda, que deveria ter
por volta dos 16 anos, só podia ser Maria. Ela se aproximou e
perguntou:

- Você está precisando de alguma coisa? Quer um pouco de


água?
Mas José, não conseguia responder. Existia algo em seu olhar que
o enternecia profundamente, uma doçura. José nunca tinha visto
o mar, mas o olhar de Maria revelava o mar para ele.

Como José não respondia nada, Maria sorriu e resolveu trazer um


pouco de água para ele. Ele bebeu a água, pois estava com muita
sede, agradeceu e disse:

- Venho de terras muito secas. Trago muita sede de vida em


meu coração.
- Meu coração está a transbordar, tenho tanto amor guardado
em mim…

Os dois sorriram, e caminharam juntos conversando como duas


crianças. Maria lhe mostrou o lugar. Lhe apresentou seus pais.
José se tornou muito querido de sua família e passou a viver
pertinho de Maria, em Nazaré, onde trabalhava sem parar em sua
carpintaria.

Os pais de Maria adoeceram e José foi da grande serventia, pois


já tinha experiência de ter cuidado de seus pais e ajudou Maria
a cuidar dos seus.

Os pais de Maria vieram a falecer depois de alguns anos e os


irmãos de Maria já haviam crescidos, trabalhavam... então José
e Maria, que já eram amigos, companheiros, irmãos, parceiros,
confidentes um do outro, que dividiam tudo, desejavam, mais que
tudo, morar juntos - estavam apaixonados.

Depois de um dia de muito trabalho, Maria ao se deitar, pediu a


Deus proteção para ela, para José, com quem ia em breve se casar
e foi se deitar.
Em sonho, um lindo anjo lhe apareceu e lhe disse:
- Maria, é com muita alegria que venho te dizer que é chegada
a hora de seu coração transbordar todo o sentimento que
você traz guardado, esperando por tanto tempo esse momento.
O amor de você e José acolherá uma pequenina estrela, que
se fará criança em seu ventre. Confia, Maria!!!

O anjo lhe deu um abraço e Maria despertou.

Assim que amanheceu, Maria foi correndo contar seu sonho para
José, mas José ficou muito assustado ao escutá-lo. Teve medo da
responsabilidade, não entendia como poderia nascer uma criança
estrela, se nem casados eram... E ao contrário de Maria, que
estava profundamente emocionada e feliz, José ficou triste.

Na hora do almoço, Maria veio lhe trazer a comida, José que


estava trabalhando em sua carpintaria, agradeceu com um sorriso,
disfarçando sua preocupação, e logo depois de comer, adormeceu.

E foi a vez do anjo aparecer para José:


- José, te acalma homem. Carece ter medo não. Confia, faz tua
parte, Deus não te trouxe até aqui? Por que iria te
abandonar nessa hora? Abraça a tua Maria e se preparem para
viajar para Belém, pois daqui há 9 meses, vocês serão
abençoados e viverão muito felizes...
O anjo lhe deu um abraço e José despertou.

Sentiu profunda paz e foi correndo contar seu sonho para Maria:
- Maria, o anjo também me disse que vamos ser abençoados.
Agora, estou em paz. Vamos nos casar amanhã mesmo.

Maria e José se casaram e que dias abençoados se sucederam. Eles


acordavam sorrindo, dando graças a Deus por terem se encontrado
e poderem estar juntos. Depois de alguns meses, Maria já estava
com um barrigão e estava cada vez mais radiante de felicidade.

Certa noite, José falou que teriam que viajar para Belém, pois
todos estavam sendo chamados para darem seu nome, pois o governo
queria alistar a população.
Maria o abraçou os dois seguiram juntos para Belém.

Chegando lá, o lugar estava cheio de gente, e não havendo lugar


para ficarem, conheceram um senhor muito bondoso que lhes disse:
- O único lugar vago aqui é na estrebaria, se vocês não se
importarem…
Ao que José respondeu:
- De jeito nenhum. Todo abrigo é sagrado.

Era uma noite estrelada, fresca e um perfume delicioso pairava


no ar.
Os dois estavam abraçadinhos, quando, no meio da noite Maria
sentiu que a bolsa estourou.
Ela estava com medo, mas José a abraçou e os dois começaram a
orar.

José foi atrás do senhor bondoso, que lhes deixou passar a noite
lá, perguntando se havia por ali alguma parteira para lhes
socorrerem. O senhor lhe disse que sua mulher era parteira, que
ia avisá-la para ir correndo para lá.

José, ao voltar para a estrebaria, viu uma luz muito clara no


céu, que estava a iluminar tudo. Ficou impressionado com a beleza
daquela luz e ao chegar na estrebaria para tranquilizar Maria
que havia encontrado uma parteira, se deparou com uma linda
surpresa: Maria já estava com Jesus no colo, chorando de
felicidade e gratidão. José abraçou Maria e Jesus e eles
descansaram juntos na melhor noite de suas vidas.

E ao primeiros raios de sol, apareceram amigos que moravam numa


comunidade de fé e simplicidade, a comunidade dos essênios, que
disseram que seguiram a estrela guia para encontrarem com o
menino.

Jesus cresceu lindamente e, quando o menino já tinha 7 anos, o


mesmo anjo que apareceu para Maria, para José, também apareceu,
em sonho, para o menino, lhe falando:

Ensaias agora, menino,


teus passos da vida depois.
Mas antes da vida que tens,
já eras a Vida,
sem hora, sem tempo, sem idade
- a Vida que tens e que dás,
a Vida da eternidade.

Nem chuva, nem ventos te apagam, menino,


teus rastros na terra.

Para sempre, as sandálias em que pisas,


com elas pisando o pó macio do chão,
que pisaste antes ainda de a terra pisardes,
são sinais para o tempo marcar
até que chegue o tempo de o tempo acabar.

E um dia as estrelas e todos os vasos de luz -


o Sol e a Lua, e Marte e Mercúrio, e Saturno e Plutão -
e todos os outros
que os números não contam
e a vista não vê
e a mão não toca
de tão longe que estão,
um dia, todos juntos deixarão de luzir,
vagalumes sem luz que são eles,
diante da Luz que há de surgir,
quando surgires, Jesus.

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