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EVOLUÇÃO DA INDÚSTRIA

Nos primórdios da humanidade, o homem buscava na natureza recursos para aliviar a dor
e tratar as doenças às quais eram sujeitos. Basicamente, os recursos terapêuticos
utilizados pelos nossos ancestrais concentravam-se nos recursos advindos da natureza
(plantas, animais e minerais).
Para termos alguma noção da sua antiguidade, há registros do uso de muitas plantas
medicinais há milhares de anos antes de Cristo, como a papoula, cannabis, a babosa
entre outras.
Apenas no século XIX, no surgimento desta indústria, é que se iniciou a procura pelos
princípios ativos presentes nas plantas, criando assim, os primeiros medicamentos com as
características que nós conhecemos atualmente. A partir daí deu-se o início de uma fase
de intensas pesquisas acerca dos princípios ativos de diversas plantas. Algumas mas
descobertas mais relevantes foram a descoberta e síntese industrial da morfina através da
papoula, a descoberta da salicina que, após várias modificações deu origem ao ácido acetil
salicílico, mais conhecido como aspirina. E dai em diante, com o avanço da ciência e da
tecnologia foram sendo descobertos todos os medicamentos que hoje em dia encontramos
nas farmácias.
Hoje em dia encontramos grandes empresas que garantem o constante fornecimento à
escala global das drogas medicinais. Alguma destas são a Pfizer e a Bayer.
A título de curiosidade apresentamos aqui um gráfico que nos indica os países que mais
consomem medicamentos no mundo e a descrição dos mesmos.
RELAÇÃO ENTRE QUÍMICA E A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
A relação entre estas duas e muito fácil de estabelecer. Como já foi referido, a indústria
farmacêutica trabalha com os fármacos. Ora estes consistem num conjunto de substâncias
químicas que produzem determinados efeitos no organismo do consumidor. Assim,
algumas áreas da química, tais como a química orgânica, que estuda o comportamento de
determinados compostos, a química computacional, que intervém no design de novos
medicamentos e a química analítica. De um modo geral podemos afirmar que a química é
a base da farmacêutica e que sem os conhecimentos que possuímos desta, a industria
nunca se teria desenvolvido a este ponto.
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS FÁRMACOS
O processo de pesquisa e desenvolvimento de novos fármacos está intimamente
relacionado à química medicinal. Segundo a União Internacional de Química Pura e
Aplicada (IUPAC) a química medicinal envolve a invenção, a descoberta, o planejamento,
a identificação, a preparação e a interpretação do mecanismo de ação molecular de
compostos biologicamente ativos.
A descoberta ou síntese de uma molécula com potencial ativo e a sua correlação com um
alvo biológico apropriado constitui o início do processo. Em fase posterior, são realizados,
além dos estudos in vitro, os estudo in vivo, que caracterizarão os efeitos biológicos da
molécula em animais (testes pré-clínicos) antes que possam ser iniciados estudos 11
clínicos em seres humanos. Os estudos pré-clínicos têm como objetivo principal a
avaliação farmacológica em sistemas in vitro e em animais in vivo para a obtenção do
maior conhecimento possível acerca das propriedades e dos efeitos adversos do fármaco
em desenvolvimento.
O objetivo principal da fase I da pesquisa clínica é avaliar a tolerância em seres humanos e
determinar a posologia segura.
A fase II visa estudar a eficiência terapêutica, intervalo de dose, cinética e metabolismo.
Um pequeno número de indivíduos com atenção específica é selecionado. São avaliados
vários aspetos de segurança e eficácia com base na análise de curvas dose-resposta, tipo
de paciente, frequência da dose, entre outros. Aqui podemos ver alguns exemplos dos
gráficos que são construídos e estudados ao longo desta fase.
A fase III destina-se a testar a eficácia e segurança por meio de um grande número de
amostras. É uma fase semelhante à II mas com um aumento da amostragem e
diversificação da gama de pessoas nos teste. Por este motivo esta fase é designada como
o estudo da eficácia comparativa. São incluídos tratamentos mais prolongados com o
composto visando a flexibilidade na dosagem.
A última fase conhecida como fase da farmacovigilância e têm por objetivo obter mais
informações sobre os seus efeitos, suas interações medicamentosas e, sobretudo, ampliar
as avaliações de segurança realizadas por intermédio dos estudos
farmacoepidemiológicos.
SINTESE DA ASPIRINA
Um exemplo prático e simples de uma das funções desta indústria consiste na produção
da aspirina, um processo que todos já ouvimos falar. Com este exemplo entendemos a
necessidade dos conhecimentos da química e das suas diferentes vertentes, tais como a
química orgânica e a bioquímica para a industria farmacêutica.

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