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2016
NOTÍCIAS / COLUNAS
COLU N A S
Protesto por mais democracia em outubro de 2014 em Hong Kong, durante a chamada Revolução dos Guarda-Chuvas
O Reino Unido retornou a colônia de Hong Kong à China em 1º de julho de 1997, quando o contrato de arrendamento dos Novos Territórios,
firmado entre britânicos e chineses em 1898 e válido por 99 anos, expirou. Apesar de o contrato não se referir a Hong Kong, que havia sido
entregue aos britânicos em 1842, era impossível separar Hong Kong dos Novos Territórios por causa do forte entrelaçamento econômico.
O processo de retorno foi firmado num acordo, em 1984, no qual os chineses se comprometeram a implementar o chamado modelo "um país,
dois sistemas", que previa a manutenção dos sistemas econômico e social vigentes e um elevado grau de autonomia (exceto em questões de
defesa e relações externas) para o território, por ao menos 50 anos.
Desde então, Hong Kong tem o status de região administrativa especial da China, com uma legislação própria que garante, por exemplo, as
liberdades de expressão e de reunião e que permite que o território continue sendo um importante centro financeiro e comercial.
Apesar da autonomia, os chineses têm a palavra final em Hong Kong, e a oposição reclama principalmente de uma excessiva interferência
chinesa, afirmando que a China não está cumprindo à risca o que acertou com os britânicos.
Em Hong Kong não há, por exemplo, sufrágio universal, apesar da promessa contrária dos chineses. A primeira eleição direta para a chefia de
governo está marcada para 2017, ou 20 anos depois do retorno. Em 2020, será a vez de todos os assentos do Parlamento passarem a ser
eleitos por sufrágio universal.
Hoje, das 70 cadeiras, apenas 40 são ocupadas por parlamentares eleitos pelo voto direto, para mandatos de quatro anos. As outras 30 são
destinadas a determinados setores econômicos, e apenas pessoas desses setores estão habilitadas a votar para essas cadeiras. Elas
representam uma pequena parcela da população e são, em grande parte, alinhadas com o governo chinês.
Já o chefe de governo é eleito por um comitê de 1.200 pessoas, a maioria delas próximas ao governo chinês. Os protestos de 2014 começaram
depois que, em agosto daquele ano, o governo chinês determinou que apenas de dois a três candidatos pré-aprovados por um comitê
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09/06/2019 Zeitgeist: Hong Kong e o modelo ″um país, dois sistemas″ | Colunas semanais da DW Brasil | DW | 05.09.2016
Os ativistas argumentaram que, assim, candidatos de oposição simplesmente seriam barrados pelas lideranças da China e ocuparam ruas de
Hong Kong do fim de setembro a meados de dezembro de 2014. O movimento ganhou projeção internacional e ficou conhecido como
Revolução dos Guarda-Chuvas. O projeto de lei para implementar essa mudança foi depois derrotado pela oposição no Parlamento de Hong
Kong.
Desde os protestos de 2014, o movimento que defende a independência de Hong Kong da China tem ganhado força no território.
A coluna Zeitgeist oferece informações de fundo com o objetivo de contextualizar temas da atualidade, permitindo ao leitor uma
compreensão mais aprofundada das notícias que ele recebe no dia a dia.
LEIA M A I S
Data 05.09.2016
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Assuntos relacionados Hong Kong, Zeitgeist, Comac, Muralha da China, Ponte Beipanjiang, Colunas, Nova Rota da Seda
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