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ARRITMIAS CARDÍACAS DNS – Bloqueio de saída

BRADARRITMIAS

Doença do Nó Sinusal (DNS)


Alteração na geração dos impulsos sinusais
Idade 60 – 69 anos , sexo feminino
Caráter autossômico dominante, hereditário
8,4% BAV Bloqueio temporário dos estímulos provenientes
16% Fibrilação Atrial – risco evolutivo 3,9% a do NS
22,3% O estímulo não atinge o miocárdio atrial
Tipo I: Como um Wenckebach
Etiologia Tipo II: Bloqueio súbito da condução (pausa com
Idiopática ciclo múltiplo do sinusal)
Orgânicas: miocardite, pericardite, HAS, Chagas,
pós-op. Cardíaco, Amiloidose, Hemocromatose DNS – Síndrome Bradi-Taqui
Funcionais: vagotomia primária, cond físico
Fármacos: B-bloq. Digitálicos, Amiodarona
Episódios de bradicardia e taquicardia
Sintomas:
intermitentes provenientes do NS ou do átrio
 Tontura , fraqueza (59-92%)
 Síncope ou pré-síncope (25%)
Bloqueios atrioventriculares
 Insuficiência cardíaca congestiva
Primeiro grau: Intervalo PR fixo > 0.2 seg
 Confusão mental
Segundo grau, MOBITZ I: Aumento gradual do PR
 Palpitações
até o bloqueio do QRS
 Encurtamento da respiração
Segundo grau, MOBITZ II PR fixo com bloqueio e
 Intolerância à exercícios físicos
súbito do QRS
 Fenômenos tromboembólicos (1- 4,8%)
Terceiro grau: dissociação entre P e QRS
 AVC (5-100% anual )

DNS – Bradicardia sinusal

- Disparos lentos e permanentes do nó sinusal


- Frequência < 60/55 bpm

DNS – Pausa sinusal

Incapacidade do nó sinusal em gerar estímulos;


não há despolarização atrial
Etiologia:
- Fibrose ou esclerose (Doença de Lev-Lenègre)
- Doença Coronariana
- Doença de Chagas
- Idiopática
- Inflamatória, infiltrativa, congênita
- Farmacológico:
- Beta Bloqueadores
- Bloqueadores Canal de Cálcio
- Toxicidade Digitálica

Sintomas
• Tontura
• Síncope
• Insuficiência Cardíaca
• Morte Súbita

TAQUIARRITMIAS

Alteração do ritmo cardíaco caracterizado por


frequência cardíaca alta (FC>100bpm) na presença
de pulso. Pode ser causa (FC>150bpm). Pode ser
consequência (FC<150bpm).

Mecanismos de arritmia
• Automatismo aumentado
• Atividade Trigada
• Reentrada

Pacientes instáveis: monitorizar, oxigenar, pegar


acesso venoso, solicitar exames, ECG
Pacientes estáveis: ECG e exames de acordo com
clinica e ECG.
PACIENTE INSTÁVEL -> TRATAMENTO IMEDIATO!

Diferenciar paciente estável de instável!!


4D's -Instabilidade!
1. Down pressure: hipotensão
2. Dizziness: confusão mental (sincope ou
pré-sincope)
3. Dor torácica -> anginosa
4. Dispneia
COMO IDENTIFICAR AS ARRITMIAS?

QRS: estreito ou largo?


Estreito: taquisupraventricular
Largo: Taquiventricular ou supraventricular com
condução aberrante
Ritmo regular ou irregular?
Há onda P visível?

PR curto <0.12 seg


Onda Delta

Taquicardia sinusal
Ritmo normal, onda p sinusal , porém FC
aumentada. Geralmente é secundária - tratar
TAQUICARDIASSUPRAVENTRICULARES causa de base.
1. Taquicardia sinusal
2. Taquicardia atrial
3. Taquicardia juncional
4. Taquicardia paroxística supraventricular
5.. Fluttera trial
6. Fibrilação atrial Taquicardia atrial
7. Taquicardia AV ortodromicada , SWPW. Geralmente secundária a doenças extracardiacas
Ondas P precedendo QRS, porém com morfologia
Taquiarritmias ventriculares: diferente (≠ taquicardia sinusal)
1. TV monomórfica Se associada a BAV variável - indica intoxicação por
2. TV polimórfica digitálico.
3. Torsadede Pointes Decorre de aumento do automatismo -> CVE
ineficaz -> Diltiazemou verapamil. Betabloqpode
ser opção.
Taquicardia Juncional Fibrilação Atrial

Ocorre devido aumento do automatismo ou Taquiarritmia mais frequente na emergência


intoxicação digitálica. Múltiplos focos de reentrada atrial com altíssima
P retrógrada, dissociada do QRS ou encoberta frequência (±500), BAV variável, FC ±180bpm,
pelos QRS. intervalo RR variável
Responde bem aos fármacos bloqueadores do Bastante frequente em cardiopatias crônicas.
NAV (betabloqou BCC) Manejo semelhante ao Flutter.
Responde melhor ao tratamento farmacológico
que o Flutter
CVE-> necessita de cargas mais altas.

Taquicardiaparoxísticasupraventricular
Taquicardia Atrioventricular por feixe anômalo
Presença de feixe de Kent, que comunica átrios e
Mecanismo principal: reentrada nodal
ventrículos
Depende de sincronismo perfeito para reentrada
Arritmia ocorre por nó AV e feixe anômalo.
Medicação de escolha: adenosina. Se ineficaz ou
arritmia recorrente - diltiazem, verapamil,
betabloq.

Flutter Atrial

Circunferência atrial como circuito de reentrada


Presença de ondas F (geralmente negativas em DII,
DIII e AVF)
Frequência atrial elevada (250-300) e BAV 2:1
(frequência ventricular =150.

• ECG sem arritmia: PR curto e onda delta no


começo do QRS
• Batimento precoce atrial: Feixe de Kent
está em período refratario -> sentido
ortodrômico
• Batimento precoce ventricular: Sentido
antiortodrômico!

Átrios podem não ter contração efetiva ->


formação de trombos -> posterior embolização
Até 48h -> pode CVE. Após 48h-> controlar FC e
anticoagular.
Após 3 sem de anticoagulação efetiva -> reverter
Flutter e manter anticoagulação por 4 sem.
Alternativa: ECOTE -> ausência de trombo = CVE +
anticoagulação por 4 semanas.
• Sempre após CVE, verificar se evoluiu para FV!
Se evolução-> desfibrilar imediatamente!

Contraindicações:
- Intoxicação digitalica
- Taquiarritmias repetitivas de curta duração
- Taquicardia atrial multifocal
- Hipertireoidismo

Tratamento: preferência por fármacos que


bloqueiam mais o feixe anômalo do que o NAV ->
amiodaronae procainamida
## Não usar diltiazem, verapamilou betabloq ##

Taquicardia ventricular (TV) monomórfica


Ocorre por mecanismo de reentrada nos
ventrículos. Maioria das taquicardias com QRS
largo. Mais frequente em pacientes portadores de
doenças cardíacas estruturais. Se estável ->
fármacos com atividade antiarritmicanos
ventriculos= amiodaronae procainamida

Taquicardia ventricular (TV) polimórfica


Apresenta morfologia de QRS e intervalos RR
variáveis. Trata-se com desfibrilação! Tratamento
farmacológico depende do QT:
Se normal: causa mais comum é isquemia.
Amiodaronae betabloqsão úteis. Magnésio não é
indicado.
Se prolongado: secundário a medicamentos
antiarritmicosou disturbios hidroeletroliticos->
alternanciada polaridade e da amplitude dos QRS
-> torsadede pointes. Tratamento: administrar
sulfato de magnesio, marcapassoTV e tratar causa
de base

Cardioversão elétrica
Procedimento similar à desfibrilação, porém
envolve sincronização com QRS -> evitar
fenômeno R sobre T e aumentar eficácia.
Despolariza todas as fibras musculares do corpo
Causa MUITA dor! -> sempre sedoanalgesiar
- Analgesia: Morfina ou fentanil
- Sedação: Propofol, Etomidatoou Midazolam
- CVE eletiva: FA, flutter, TV e TPSV se
cardioversãoquimicativer falhado.

Cargas:
- FA: 120-200J (bifásico) ou 200J (monofásico)
- TPSV e Flutter: iniciar com 50J
- TV polimórfica: desfibrilar
- Demais: 100J

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