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Modelagem MIT
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All content following this page was uploaded by Nelson CLODOALDO De Jesus on 22 December 2014.
Resumo Este trabalho apresenta os procedimentos II. MODELAGEM DE MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS NO
utilizados na modelagem, simulação e análise do comportamento PROGRAMA ATPDRAW
de Motores de Indução Trifásicos utilizando-se o Programa de
Transitórios Eletromagnéticos ATPDRAW. Com o modelo O ATPDRAW tratando-se de um programa de Transitórios
adotado realiza-se uma análise do desempenho dos motores
Eletromagnéticos possui 6 modelos diferentes para
considerando variações de carregamento e das tensões de
alimentação. Os resultados de simulação obtidos são representação de motores, sendo dois destes destinados
comparados aos dados de catálogo para validação dos modelos, especificamente a motores de indução (Tipos UM3 e UM4),
avaliação das características operacionais dos motores e derivados do modelo geral de máquinas elétricas,
proposição de análises dinâmicas de desempenho frente aos denominada de máquina universal (Universal Machine -
impactos de perturbações na qualidade da energia. UM) [1]. As equações elétricas básicas utilizadas para a
modelagem de máquinas girantes estão apresentadas a seguir:
Palavras-chaves Motores de Indução Trifásicos (MIT),
Modelagem, Qualidade da Energia, Simulações. d
[v] [ R ][i ] (1)
dt
I. INTRODUÇÃO
[ ] [ L( )][i] (2)
O predomínio massivo de Motores de Indução Trifásicos Onde:
(MIT) no setor industrial se deve as suas características de [v], [i], [] - vetor das tensões, correntes e fluxos;
robustez, baixo custo de aquisição e alta eficiência, em [R] - matriz diagonal das resistências dos enrolamentos;
função de sua relativa simplicidade de construção e
[L()] - matriz das indutâncias próprias e mútuas;
manutenção, bem como de sua capacidade em operar uma
- posição do rotor.
grande diversidade de cargas sob condições adversas de
operação. Estima-se que os motores de indução trifásicos São considerados para as equações de máquinas, que
representem cerca de 90% dos motores das indústrias existem três enrolamentos eletricamente espaçados de 120°,
brasileiras, sendo utilizados também com larga escala em sem a presença de harmônicos espaciais. No ATP, as
nível mundial. A utilização do ATPDRAW como ferramenta equações da máquina são resolvidas no eixo de referência
para simulação dinâmica dos motores de indução tem por síncrono dq0. As tensões de fase são convertidas para o
finalidade avaliar a modelagem realizada em comparação domínio dq0 utilizando-se a transformação de Park. A
com os resultados das características de desempenho dos modelagem da parte mecânica considera as seguintes
motores fornecidas por fabricantes. Apresenta-se neste equações fundamentais:
trabalho os procedimentos utilizados para a modelagem e
d
simulação dos motores incluindo o equacionamento do TM TC J . D. (3)
circuito equivalente e metodologia adotada para a estimação dt
dos respectivos parâmetros, definição da carga, bem como
dos resultados obtidos frente às condições nominais e d
(4)
variações nas tensões de alimentação dos motores e análise dt
das características de desempenho. Onde:
TM - Conjugado Eletromagnético [N.m];
Nelson Clodoaldo de Jesus, João R. Cogo, Acácio. R. Oliveira, Luiz M.
TC - Conjugado da Carga [N.m];
Duarte, Daniel M. Alvarenga e Alexandre M. A. dos Santos,
gsi@gsiconsultoria.com.br, Tel. +55-12-3633-7184, Fax +55-12-3621-7649. J -Momento de inércia da carga e motor [kgm2];
Benedito D. Bonatto, bonatto@unifei.edu.br, Tel. +55-35-3629-1280, Fax D-Coeficiente de atrito [N.m/rad/s];
+55-35-3629-1326. Este trabalho contou com o suporte em parte da - Velocidade angular [rad/s].
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais - FAPEMIG.
A Fig. 1 ilustra a representação das grandezas envolvendo a RS XS XR
1000
[A]
0
FONTE MIT IM
A Fig. 7 apresenta o comportamento das potências ativa e
reativa, enquanto a Fig. 8 mostra o gráfico de conjugado pela
F TC velocidade.
J D
1.4
*10 6
1.2
TORQUE INÉRCIA ATRITO
Fig. 4. Modelagem de motores (MIT) no ATPDRAW. 1.0
0.8
0.2
TABELA I. DADOS DOS MOTORES ADOTADOS NAS SIMULAÇÕES
PN [kW] 37 75 150 0.0
nN [rpm] 1770 1775 1785 Fig. 7. Potências absorvidas pelo MIT de 150 [kW] com rotor livre.
N [%] 93,6 94,6 95,5 2500
motor de 150 [kW] com rotor livre (a vazio) e sob carga. -1000
0 400 800 1200 1600 2000
(file MIT150.pl4; x-var u1:OMEGM) u1:TQGEN
f
Fig. 8. Curva conjugado x velocidade do MIT de 150 [kW] com rotor livre.
A. Partida do MIT de 150 [kW] com rotor livre
A Fig. 5 mostra o comportamento da velocidade do motor B. Partida do MIT de 150 [kW] sob carga nominal
durante a partida sob condição com rotor livre (vazio).
Para a simulação da partida do motor sob carga nominal foi
considerado um torque da carga de 90% do nominal, sendo
2000
1000
[N.m]
500
velocidade do motor através da utilização da rotina TACS.
Para os demais motores, o processo é similar ajustando-se os 0
800
coeficiente de atrito adotado nas simulações.
2500
400
2000
0
[s] 1500
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
(file MIT150.pl4; x-var t) u1:OMEGM
1000
Fig. 9. Velocidade do MIT de 150 [kW] sob carga nominal.
[N.m]
500
4000
0
3000
-500
2000
1000 -1000
[s]
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
(file MIT150.pl4; x-var t) u1:TQGEN c:F -N
[A]
1.2
1600
0.9
[W,var]
1200
[rpm]
0.6
800
0.3
400
0.0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 [s] 3.0
(file MIT150.pl4; x-var t) t: PA t: QA 0
[s]
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
Fig. 11. Potências absorvidas pelo MIT de 150 [kW] sob carga nominal.
Fig. 14. Velocidades dos MITs de 37, 75 e 150 [kW] sob carga nominal.
A Fig. 15 mostra a comparação entre as correntes variação das tensões aplicadas. Portanto, as repostas indicam
solicitadas pelos motores com potências nominais de 37, 75 e que quanto maior a tensão aplicada, maior serão as correntes
150 [kW]. de partida (Fig. 19) e assim, tempos de aceleração menores.
2500
2000
2000
1600
1500
1200
[A]
[rpm]
1000
800
500
400
0 0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 [s] 3.0 [s]
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
Fig. 15. Correntes eficazes dos MITs de 37, 75 e 150 [kW] Fig. 18. Velocidades desenvolvidas pelo MIT de 150 [kW] com carga
sob carga nominal. nominal para tensões entre 0,9 a 1,1 [pu].
[A]
1500
800
[A]
500
700
600 0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 [s] 3.0
500
Fig. 19. Correntes eficazes do MIT de 150 [kW] com carga nominal para
[N.m]
400
tensões entre 0,9 a 1,1 [pu].
300
200
A Fig. 20 ilustra os conjugados eletromagnéticos em função
das tensões aplicadas ao MIT de 150 [kW], observando-se
forte influência no conjugado máximo, o qual é proporcional
100
0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5
[s]
3.0 ao quadrado da tensão. A Fig. 21 mostra os resultados
Fig. 16. Conjugados de carga dos MITs de 37, 75 e 150 [kW]. obtidos para as potências ativas em cada patamar de tensão.
3000
Fig. 17.
1000
2500
[N.m]
2000 0
1500
-1000
1000
[N.m]
-2000
[s]
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
500
400
1,05 e 1,1 [pu]. A Fig. 18 mostra a comparação entre as Fig. 21. Comportamento das potências ativas absorvidas pelo MIT de
velocidades desenvolvidas pelo MIT de 150 [kW] com a 150 [kW] para tensões entre 0,9 a 1,1 [pu].
As potências reativas do motor de 150 [kW] considerando 1.2
as variações das tensões na faixa entre 0,9 a 1,1 [pu], as quais 1.1
0.6
1.6 0.9 0.95 1 1.05 1.1
*10 6
1.4 IM s TMÁX
Tensão [pu]
1.2
0.8
Fig. 22. Comportamento das potências reativas absorvidas pelo MIT de MIT para a mesma carga aplicada. Em termos de fator de
150 [kW] para tensões entre 0,9 a 1,1 [pu]. potência, o mesmo variou de forma inversa com a tensão, ou
seja, +/-0,3, para uma variação de tensão entre -/+10%.
VI. ANÁLISE COMPARATIVA DOS RESULTADOS E AVALIAÇÃO
DAS CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO 0,98
0,96
0,94
A. Análise comparativa dos resultados obtidos 0,92
0,9