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INSTITUIÇÃO SUMARÉ DE EDUCAÇÃO SUPERIOR–ISES

FACULDADE SUMARÉ

DANIEL BATISTA – RA 1312937


GISELLE ALIXANDRINO – RA 1224610
GUILHERME SILVA – RA 1415248
MARIANA CASTELO– RA 1116355
PATRICIA ROCHA – RA 1121010
YGHOR SANTOS – RA 1224611

SÃO PAULO
2014
INSTITUIÇÃO SUMARÉ DE EDUCAÇÃO SUPERIOR–ISES
FACULDADE SUMARÉ

CONSTITUIÇÃO DA INDÚSTRIA DE COSMÉTICO


“ESSÊNCIA SOBRE A FORMA”.

SÃO PAULO
2014
FICHA CATALOGRÁFICA

Batista, Daniel. Alixandrino, Giselle. Silva, Guilherme.


CASTELO, Mariana. ROCHA, Patricia. SANTOS, Yghor

Constituição da Indústria de Cosmético “Essência sobre a Forma”.


- São Paulo, 2014.

Projeto profissional interdisciplinar de conclusão do segundo


semestre apresentado como exigência parcial para obtenção do título de
Bacharel em Ciências Contábeis. - ISES. Faculdade de Educação
Superior Sumaré. Curso de Ciências Contábeis 2014.
RESUMO

A pesquisa descrita neste trabalho teve como principal objetivo de mostrar


como abrir uma Empresa, no caso uma Indústria de Cosmético e correlacionar as
disciplinas do curso com a pesquisa.
O setor de cosmético tem crescido muito, porém ainda há espaços a ser
preenchido, pois o consumidor cada vez mais tem informação sobre produtos e
substâncias que são descobertas voltadas para a estética e para o bem estar.
No Brasil e número de empresas que são abertas e fechadas em menos de
dois anos é altíssimo a causa disto é a falta de planejamento e conhecimento por
partes destes empresários. Assim o objetivo deste trabalho é responder à
problemática: Como o conhecimento, os detalhes de abertura de uma empresa, a
elaboração de um planejamento e o plano de negócio ajudam para o sucesso de
uma empresa no setor de cosméticos? Mediante isso, acredita-se que os
empresários que conhecem o processo de abertura e que iniciaram com um plano
de ação bem traçado, têm maiores possibilidades de continuidade por possuírem um
maior conhecimento sobre o mercado que irá atuar em relação às outras empresas
que não utilizaram um plano para a sua abertura. Para realizar este trabalho for feita
uma revisão bibliográfica sobre os temas.

Palavras-chave: Plano de negócio, empreendedorismo, indústria, cosméticos.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 9
1.2. Definição do problema ....................................................................................... 10
1.2.1 Objetivos Gerais e específicos ......................................................................... 10
1.3 Justificativa .......................................................................................................... 10
2. O EMPREENDEDORIMOS E A INDÚSTRIA DE COSMETICOS BRASILEIRO .. 11
2.1 Empreendedorismo ............................................................................................. 11
2.1.1 Identificação de ideias de negócios .................................................................. 12
2.2 Cosméticos.......................................................................................................... 12
2.3 História dos Cosméticos no Brasil ....................................................................... 12
2.4 História da indústria Essência sobre a forma ..................................................... 14
2.4.1 Missão e Valores da Essência sobre a forma .................................................. 14
2.5 Organização de uma empresa ............................................................................ 14
2.5.1 Planejamento da estrutura ............................................................................... 15
2.5.1.1Organograma hierárquico da empresa ........................................................... 16
3. ABERTURA DA INDÚSTRIA E SUA DEVIDA REGULARIZAÇÃO ....................... 19
3.1 Contrato Social .................................................................................................... 19
3.1.1 Registro de Empresas ...................................................................................... 19
3.1.2 Cadastramento na Jucesp................................................................................ 20
3.1.2.1 Cadastro na Receita Federal ......................................................................... 21
3.1.2.2 Cadastro Municipal ........................................................................................ 23
3.1.2.3. Licença Ambiental- Cetesb........................................................................... 23
3.1.2.4 Alvará de licença para estabelecimento comercial ........................................ 27
3.1.2.5 Inscrição da Previdência Social ..................................................................... 27
3.1.2.6 Conectividade social certificado eletrônico .................................................... 29
3.1.2.7 Inscrição estadual.......................................................................................... 30
3.1.2.8 Anvisa............................................................................................................ 31
3.1.2.9 Marcas e patentes ......................................................................................... 32
3.1.2.9.1 Patente ....................................................................................................... 34
3.1.2.9.2. Registro de domínio .................................................................................. 36
3.2 Via Rápida Empresa ........................................................................................... 36
4. PLANO DE NEGÓCIOS ........................................................................................ 37
4.1 Sumário Executivo Estendido.............................................................................. 37
4.2 Análise de Mercado – Essência sobre a Forma .................................................. 37
4.3 Produtos .............................................................................................................. 38
4.4 Fornecedores ...................................................................................................... 42
4.5 Clientes ............................................................................................................... 42
4.6 Concorrentes ....................................................................................................... 42
4.7 Localização ......................................................................................................... 42
4.8 Gerenciamento de resíduos ................................................................................ 43
4.9 Análise Estratégica .............................................................................................. 43
4.10 Análise SWOT ................................................................................................... 44
4.11 Marketing........................................................................................................... 45
4.11.1 Canais de Venda e Distribuição ..................................................................... 47
4.12 Custos, Margem de Lucro e Formação de Preços. ........................................... 47
4.13 Regime Tributário .............................................................................................. 49
4.13.1 Elaboração do planejamento tributário ........................................................... 52
4.13.1.1 Lucro Presumido ......................................................................................... 53
4.13.1.2 Lucro Real ................................................................................................... 54
4.13.1.3 O regime tributário da Essência Sobre a Formal ......................................... 58
CONCLUSÃO............................................................................................................ 60
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 62
ANEXO A - Capital Social ......................................................................................... 64
ANEXO B- Requerimento de Empresário preenchido ............................................... 71
ANEXO C- Telas do passo a passo para o cadastro na JUCESP ............................ 73
ANEXO D- Coleta Online - Programa Gerador de Documentos do CNPJ ................ 75
ANEXO E- Cadastro de Contribuintes Mobiliários ..................................................... 76
ANEXO F- Licença de Operação da Cetesb ............................................................. 77
ANEXO G- Alvará de Funcionamento ....................................................................... 78
ANEXO H - Certificado da ANVISA ........................................................................... 78
ANEXO I- Cálculo da Folha de pagamento ............................................................... 80
ANEXO J- Cálculo e comparativo de Regime de Tributação .................................... 83
APÊNDICE ................................................................................................................ 85
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1- Cartão do CNPJ ......................................................................................... 22
Figura 2- Darf do código 0561 ................................................................................... 22
Figura 3-Guia da Previdência Social -GPS ............................................................... 28
Figura 4– Guia de recolhimento do FGTS ................................................................. 29
Figura 5– Ficha de Inscrição Estadual no Estado de São Paulo ............................... 31
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABDI Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

ABIHPEC A Indústria Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

CCM Cadastro de Contribuintes Mobiliários

CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

CNPJ Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ

DARF Documento de Arrecadação de Receitas Federais

HPPC Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos

IFRS International Financial Reporting Standards

INPI Instituto Nacional de Propriedade Industrial

JUCESP - Junta Comercial do Estado de São Paulo


1. INTRODUÇÃO

O estudo consiste em demonstrar de como formalizar uma empresa desde


sua abertura, detalhando os processos para a obtenção de cadastros na JUCESP –
SP, a elaboração dos contratos social, o cadastro na Receita Federal para obter o
CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), na Prefeitura de São Paulo e no
Estado de São Paulo.
Em paralelo, o estudo também demonstra o plano de negócios de uma
indústria de cosméticos, sua história e seu desenvolvimento, desde sua missão e
valores até seus clientes.
Analisamos que o plano de negócios é fundamental para o sucesso, tanto no
processo de abertura da empresa quanto como “mostrar-se ao mercado”,
elaboração e inovação.
Este presente trabalho tratará da empresa “Essência sobre a Forma”,
indústria constituída no ramo de cosméticos brasileiros, e abordaremos todo
planejamento por trás de sua constituição desde sua abertura até o preço de venda
de seus produtos, conhecendo assim, o mercado a qual irá participar.
O trabalho foi estruturado em capítulos. O segundo capítulo foi levantado
bibliografias sobre o Empreendedorismo cosmético e a indústria de cosméticos
brasileira. No terceiro capitulo é detalhado os processos que envolvem a abertura da
indústria; sua regularização em diferentes entidades. No quarto capítulo é
apresentado o histórico da indústria de Essência sobre a forma e suas
características; apresentando as oportunidades de negócio; o roteiro para
estruturação de um Plano de Negócios e o Plano de Negócios desenvolvido para a
Indústria Essência e o ultimo capitulo a conclusão do trabalho.

9
1.2. Definição do problema

Ter uma ideia para criar um produto novo ou serviço é o começo de um sonho
em abrir um negócio, porém abrir uma empresa não é algo muito simples, onde se
faz necessário realizar diversos cadastros nas entidades governamentais além da
parte burocrática é necessário fazer um planejamento, um plano de negócios para
que a empresa seja eficiente e lucrativa. Neste contexto surge a problemática do
trabalho: Como o conhecimento, os detalhes de abertura de uma empresa, a
elaboração de um planejamento e o plano de negócio ajudam para o sucesso de
uma empresa no setor de cosméticos?
Mediante isso, acredita-se que os empresários que conhecem o processo de
abertura e que iniciaram com um plano de ação bem traçado, têm maiores
possibilidades de continuidade por possuírem um maior conhecimento sobre o
mercado que irá atuar em relação às outras empresas que não utilizaram um plano
para a sua abertura.

1.2.1 Objetivos Gerais e específicos

O objetivo geral desse estudo é mostrar como abrir uma Indústria.


Objetivos específicos são eles:
- Passo a passo para formalizar a empresa;
- Plano de negócios,
- Marketing
- Planejamento tributário.
- Identificar as particularidades em abrir uma indústria de cosmético

1.3 Justificativa

Este trabalho foi elaborado a fim de demonstrar como formalizar uma indústria
e a importância do processo de elaboração
A contribuição do estudo é mostrar a importância das informações do
planejamento na elaboração e criação de uma empresa
No desenvolvimento acadêmico o trabalho fornece um aprimoramento nos
conhecimentos em Contabilidade e Administração colaborando assim para a área de
10
atuação do profissional, pois é essencial o contador entender e saber como se da
formalização de uma empresa.

2. O EMPREENDEDORIMOS E A INDÚSTRIA DE COSMETICOS BRASILEIRO

Neste capítulo serão apresentados; o referencial teórico sobre


empreendedorismo, identificação de ideias de negócios, definição da palavra
“cosmético”, a história dos cosméticos no Brasil e a história da indústria Essência
sobre a forma expondo sua missão e seus valores.

2.1 Empreendedorismo

A palavra empreendedor vem do latim imprendere, que significa decidir


realizar tarefa difícil e laboriosa, colocar em execução. Também encontrado na
língua francesa como entrepreneur, que deu origem à palavra inglesa
entrepreneurship, que se faz referência ao comportamento empreendedor (Houaiss -
2001). Muitas pessoas a entendem como “a pessoa que abre uma empresa”, mas
seu significado é muito mais amplo.
Seu significado também pode ser: “é aquele que destrói a ordem econômica
existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas
formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais”
(SCHUMPETER, 1949, apud DORNELAS, 2001, p. 37).
A explicação que melhor define a palavra empreendedorismo na atualidade é:
“o empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para
capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados”, (Dornelas (2001, p. 37). Inventar
ou reinventar, tornar algo novo identificando uma oportunidade, assume os riscos e
através de objetividade e persistência consegue alcançar seus objetivos.
Aidar (2007, p. 2):

“Acrescenta que o empreendedorismo está associado, ao processo pelo


qual os produtos e serviços são substituídos no mercado, à substituição de
produtos existentes por outros, mais baratos ou mais eficazes para a
mesma função ou, simplesmente, à ação de tornar a função de um produto
ou serviço obsoleta pela introdução de inovações tecnológicas”.

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2.1.1 Identificação de ideias de negócios

As oportunidades aparecem, o empreendedor deve estar atento às


tendências do mercado e acompanhar o que fará a diferença e terá impacto na vida
das pessoas. Não é uma tarefa fácil, conciliar criatividade, saber como fazer e tornar
a idéia aceita ou ter o produto inserido no cotidiano das pessoas, precisando apenas
ser reconhecida. Hashimoto (2006, p. 120) diz que: “elas podem estar em um
problema, em uma necessidade do mercado, nas tendências da moda, em um
conflito inesperado, inseridas em um comentário de uma dona de casa, e podem ser
derivadas de novos produtos ou serviços”.

2.2 Cosméticos

A palavra cosmética vem do grego “kosmétikos”, que quer dizer o que serve
para ornamentar. Na antiga Grécia, usavam-se óleos para banho, e outros produtos
de embelezamento, mas muitas mulheres sofriam de envelhecimento por chumbo
porque usaram máscaras faciais que continham esse metal. Em Roma, fabricaram-
se pós para tornar a pele da face mais alva, carvões para delinear os olhos e pintar
cílios e sobrancelhas, produtos abrasivos para clarear os dentes. Esses pós são
conhecidos hoje como maquilagem: “produtos coloridos em diversas formas
cosméticas, destinados a embelezar a pele e cobrir suas imperfeições”.

2.3 História dos Cosméticos no Brasil

A história dos produtos de limpeza no Brasil começa em 1801, quando D.


João VI autorizou o funcionamento de fábricas de sabão no país, em meio a um
quadro caótico de sujeira e lixo que dominava as cidades e vilas. Os sabões,
importados, custavam muito caro. Logo as fábricas de velas e sabões começaram a
ser implantadas no país, sendo a primeira a de Guilherme Müller, instalada em 1821.
O Rio de Janeiro concentrava a grande maioria das fábricas das cerca de 30
produtoras de sabões do país, mas também foram instaladas manufaturas em Rio
Grande, no Rio Grande do Sul, em Salvador, no Pará, em São Paulo e em São Luís
do Maranhão.

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Com a transferência da família real para o Brasil, a elegância, as modas e os
costumes franceses passaram a ser copiados, inclusive o uso de perfumes para
disfarçar os maus odores. Durante o reinado de D. Pedro II foi instalada no centro do
Rio de Janeiro, na Rua do Ouvidor, a famosa perfumaria Desmarais, que vendia
essências, sabonetes, escovas, esponjas, adornos de toucador, vidrinhos de cheiro,
espelhos, perucas, tinturas e cosméticos, como pó de arroz. Outras perfumarias
iriam se estabelecer ali nas imediações da Rua do Ouvidor, conta o cronista da
época, Joaquim Manuel de Macedo.
Na Rua dos Latoeiros foi aberta em 1884 a fábrica de água de colônia de
João Baptista Nervi que funcionou até 1882. Fazia sucesso a Casa de Banhos
Pharoux, também no centro da capital. Ela funcionava dentro do Hotel Pharoux, e
era aberta ao público. Numa época em que as casas não tinham banheiro, o
estabelecimento oferecia banhos com água retirada do chafariz do Largo do Paço,
hoje Praça XV. A partir daí, os hotéis passaram a oferecer quartos de banho, banhos
de cascata e as casas finas começavam a contar com banheiros.
A Casa Granado, que fabricava talcos, perfumes e produtos medicinais, foi
fundada em 1870, e mais tarde ostentaria o título de Imperial Drogaria e Pharmacia
de Granado, com o brasão do Império inscrito nos rótulos de seus produtos.
D. Pedro II comprava produtos seus produtos de higiene ali. Em 1897 o imigrante
italiano José Milani começa a produzir sabão em tachos de cobre em um pequeno
armazém no interior de São Paulo. A empresa cresceu, e em 1909 Milani lançou o
sabonete Gessy. Na década de 30 os Irmãos Lever instalam sua primeira fábrica de
sabões e sabonetes no Brasil.
Depois da segunda guerra mundial uma nova noção de asseio e limpeza
corporal alavanca a produção e o consumo de um número sempre crescente de
cosméticos e produtos de higiene. Com a difusão do rádio e, a partir dos anos 50, da
televisão, as empresas passam a investir em publicidade, e as vendas de xampus,
cremes, sabonetes, pastas de dentes, loções, sabões, desodorantes e perfumes
explodem, enquanto as casas brasileiras passam a contar com água encanada e
banheiros.

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2.4 História da indústria Essência sobre a forma

A Essência sobre a forma iniciou suas atividades em 2014. A empresa foi


criada a partir de um plano de negócios que foi criado pelos seus sócios, naquele
tempo alunos, em uma matéria específica cursada na Faculdade de Contabilidade.
A busca por oportunidades empreendedoras e de negócios fizeram com que os
alunos Clodoaldo e Adalgisa, se tornassem sócios. O ramo de cosmético nasceu da
paixão que Adalgisa tem por bem-estar, e pela expertise que já tinha sobre o
assunto. Clodoaldo, então, decidiu-se se juntar à Adalgisa para fundar uma empresa
que, conforme descrito em sua missão e valores: “Sua origem foi na paixão pelo que
se faz.”

2.4.1 Missão e Valores da Essência sobre a forma

Empresa 100% brasileira com origem na paixão pelo que faz, sempre com o
compromisso de estar presente na vida das pessoas trazendo bem estar e
harmonia. Buscamos somar valores como um todo, gerando excelentes resultados
na esfera social, ambiental e econômica.
Para isso, não fazemos testes em animais e acreditamos que resultados
sustentáveis são alcançados com qualidade presentes na biodiversidade brasileira.
Seguimos rigorosos padrões de segurança. Encorajamos o uso e vivência de nossos
produtos por parte de nossos consultores antes do momento da venda e
incentivamos o relacionamento de qualidade entre nosso time e nossos
consumidores.

2.5 Organização de uma empresa

Conforme Duarte (2006), existem diversas formas de estruturar as


organizações. Uma das formas de caracterizar as estruturas é classificá-las quanto
aos tipos de organizações: mecanicista e orgânica. Esta classificação foi proposta
por Burns e Stalker do Tavistock Institute. A estrutura mecanicista apresenta como
características um elevado grau de diferenciação horizontal, rígidas relações
hierárquicas, elevado grau de formalização e elevada centralização das decisões. Já
a estrutura orgânica caracteriza-se por apresentar reduzida diferenciação horizontal,
uma maior interação entre as pessoas, maior flexibilidade e um elevado grau de

14
descentralização da autoridade. Outra forma, essa defendida por Mintzberg, além de
considerar os aspectos habituais; como nível de controle, os diferentes níveis de
formalização e centralização, considera ainda o modo de funcionamento das
organizações. Mintzberg relaciona os diferentes componentes básicos e como se
relacionam e quais mecanismos de coordenação são utilizados.

2.5.1 Planejamento da estrutura

Segundo ainda Duarte (2006) a teoria de Mintzberg; as organizações para


atingirem seus objetivos e serem competitivas adotam a estrutura tendo em conta o
seu ramo de atuação e as características inerentes a esse ramo de atuação. Sendo
assim, é comum que as organizações que atuam no mesmo ramo adotem as
estruturas de outras organizações que obtiveram sucesso nesse ramo. Verifica-se
também, que as organizações tendem adotar estruturas cujas características
internas sejam consistentes e adequadas a sua situação de atuação. Temos o
exemplo, do uso da divisão de trabalhos e da padronização de processos que se
encontram associados a elevados níveis de formalização. E por fim, existem as
estruturas de configurações da moda que, quer pela sua inovação, quer pelo seu
desempenho influenciam as estruturas das organizações. Por exemplo; a
descentralização das organizações, que por ser uma tendência em delegar
autoridade, as organizações a adotaram para se modernizarem.
Mintzberg ainda afirma que cada organização apresenta seis tipos de
elementos básicos, seis forças, que se encontra em constante comunicação.
1. Vértice Estratégico – constituído pelos gestores de topo, os conselhos de
administração, de gerência e o seu pessoal de apoio.
2. Linha Hierárquica Média – constituída pelos gestores intermediários, diretores
funcionais e operacionais, chefes de serviço, etc.
3. Centro Operacional – constituído por todos os operacionais que executam os
trabalhos de base relacionados com a produção de bens ou serviços.
4. Tecnoestrutura – constituída por analistas, engenheiros, contabilistas,
responsáveis pelo planejamento e pela organização de métodos.
5. Logística – constituída por pessoas que têm a seu cargo serviços de apoio,
serviços jurídicos, relações públicas e laborais, investigação, etc.

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6. Ideologia – que engloba os valores, as crenças e as tradições que distinguem as
diferentes organizações.
Segundo ainda teoria de Mintzberg, a estrutura adotada pela organização
Essência sobre a forma será a chamada: Estrutura Burocrático-Mecânica.
Geralmente ocorre em organizações de médio porte.
Essa estrutura é baseada numa clara separação clara entre o pessoal de
decisão, o pessoal de controle e o pessoal de execução. O principal mecanismo de
coordenação é a padronização dos processos de trabalho, sendo que a
tecnoestrutura apresenta papel preponderante neste tipo de organização, pois faz
elevada pressão para a padronização dos processos. Nas organizações que
apresentam este tipo de estrutura todo o trabalho operacional é rotineiro, repetitivo e
simples existindo ainda uma grande formalização de procedimentos. Toda a
atividade da estrutura obedece a um conjunto de regras e regulamentos que todos
devem cumprir. Esta estrutura é ainda caracterizada por uma elevada divisão do
trabalho, existindo diferenciação vertical e horizontal do trabalho, diferença entre os
funcionais e os operários, diferença entre os vários níveis hierárquicos, entre as
funções e entre o estatuto dos membros.
Nesta estrutura, existe uma importante centralização nos poderes de decisão,
pois a organização tem como principal objetivo controlar tudo o que se passa de
cima para baixo. Assim, o vértice estratégico preocupa-se essencialmente com a
eficiência da máquina burocrática. A linha hierárquica possui um poder considerável
e filtra sucessivamente a informação. A tecnoestrutura possui elevado estatuto, pois
define todos os procedimentos. O centro operacional baseia-se na formalização de
todos os procedimentos com o intuito de padronizar os processos de trabalho. A
principal vantagem deste tipo de organizações verifica-se na elevada eficiência,
alcançada com a padronização da produção.

2.5.1.1Organograma hierárquico da empresa

Breve descrição dos cargos mais alto das empresas, segundo CATHO ONLINE
(2014):
-Diretor Geral // CEO // Superintendente: Assegurar a obtenção dos
resultados definidos nos planos operacionais e administrativos, em
conformidade com a missão da empresa, seus princípios e filosofia de
negócios, dentro das diretrizes estratégicas e operacionais estabelecidas,
16
por meio da coordenação geral de todas as áreas da empresa.
-Auditoria / Controles internos: A auditoria interna é uma atividade
independente e objetiva de avaliação e de consultoria, desenhada para
adicionar valor e melhorar as operações de uma organização. Ela auxilia
uma organização a realizar seus objetivos a partir da aplicação de uma
abordagem sistemática e disciplinada para avaliar e melhorar a eficácia dos
processos de gerenciamento de riscos, controle e governança. (site porta da
auditoria)
-Diretor Financeiro: Planeja, organiza, dirige e controla as atividades
financeiras da empresa, fixando políticas para a gestão dos recursos
disponíveis e para a estruturação, racionalização e adequação dos serviços
de apoio. Implanta processos financeiros, contábeis, fiscais, de
controladoria e de escrituração, respondendo pelo planejamento, pela
organização e pelo desenvolvimento de curto, médio e longo prazo. Analisa
o resultado operacional e elabora relatórios gerenciais demonstrando a
eficácia da aplicação dos recursos e o desempenho econômico da empresa.
-Controller: Planeja, organiza e desenvolve planos econômico-financeiros e
analisa informações contábeis e indicadores de desempenho para
acompanhar projeções de faturamento, reduzir perdas e aumentar o lucro.
Participa das diretrizes em alinhamento ao planejamento estratégico da
empresa.
-Diretor operacional: responsável pela gestão de todas as operações da
empresa no dia a dia, realizando um acompanhamento rotineiro e eficiente
do negócio.

A empresa Essência sobre a forma possui em seu quadro:

- 2 Diretores – Sócios
-Gerente Administrativo
- Gerente Contábil
- Três assistentes:
Assistente de Financeiro: realiza os pagamentos e ajuda no preenchimento
Assistente de DP: Trabalha na parte administrativa elaborando folha de pagamento,
somatório de horas extras e também auxiliando o Gerente Geral.
Assistente de RH: Faz recrutamento e seleção, administra carteira de benefícios,
elabora pequenas formas de motivação para os funcionários.
1-Gerente de produção que é o Profissional responsável pelos produtos –
(Eng. Químico com CRQ ativo.)
17
- 08 funcionários da Produção:
- 3 Assistentes de produção: trabalha na produção
- 3 Encarregados: trabalha na produção
- 2 Repositores: Repõe e retira mercadorias do estoque sempre que necessário.
-2 Farmacêuticos: ajudam no controle e no desenvolvimento de produtos
-1 ASG (Assistente de Serviços Gerais): Faz a limpeza do interior da empresa além
de servir café.

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3. ABERTURA DA INDÚSTRIA E SUA DEVIDA REGULARIZAÇÃO

Neste capitulo será abordado os processos de como uma empresa é


formalizada, o passo a passo da criação da empresa Essência sobre a Forma
Indústria de Cosméticos Ltda.

3.1 Contrato Social

Para constituir uma empresa deve-se fazer um contrato social.


O contrato social é indispensável para se iniciar uma empresa e nele devem
ser incluídos os dados das partes que farão a sociedade, logradouro da sede, o
objetivo a duração e a divisão das cotas da sociedade, a distribuição dos lucros
entre outros.
O contrato deve ser analisado por um advogado para estar coerente e ser
validado, entretanto, no caso das Empresas de Pequeno Porte e Micro Empresas é
dispensada a assinatura do advogado.
Não pode haver empresas que tenha a mesma razão social.
Com o contrato devidamente registrado no órgão regulamentador o próximo
passo é cadastrar a empresa na JUCESP.
O contrato social da Essência sobre a forma Indústria de Cosméticos Ltda
encontra-se anexo A.

3.1.1 Registro de Empresas

Junto como o contrato se faz necessária transformação de empresário


individual (pessoa física) em sociedade empresária contratual, é para isto se faz
necessário fazer o registro no DNRC.
O DNRC é um o órgão central do Sistema Nacional de Registro Mercantil -
SINREM, é o executor do Programa finalístico que trata da Melhorara do ambiente
de negócios, a partir da simplificação e modernização dos procedimentos para
abertura, alteração e encerramento de empresas, que compõe o Plano Plurianual -
PPA 2012 – 2015, estruturado em 5 ações.

19
O DNRC atua em todo o território nacional junto aos órgãos das esferas
federal, estadual ou municipal, incumbidos da execução dos serviços do Registro
Público de Empresas Mercantis e Atividades.
Instrução Normativa DNRC nº 92, de 04/12/2002:
"Art. 2o O Requerimento de Empresário será exigido pelas Juntas
Comerciais nos atos de inscrição, alterações e extinção protocolizados a
partir de 11 de janeiro de 2003.
Parágrafo único. O Requerimento de Empresário deverá ser preenchido em
quatro vias, sem rasuras ou emendas, assinadas pelo empresário ou
procurador, e quando for o caso, pelo seu representante legal.

O requerimento de Empresário da empresa Essência sobre a forma está no


Anexo B.

3.1.2 Cadastramento na Jucesp

Neste item iremos apresentar o passo a passo para cadastrar os dados da


empresa na JUCESP. As telas do passo a passo estão no anexo C.
No primeiro momento, temos que entrar no site da Junta Comercial (JUCESP)
no cadastro Web e preencher os formulários pertinentes ao registro do contrato
social. Após o preenchimento, imprimir e assinar os mesmo e protocolar na Junta
com os seguintes documentos:
a) Formulários FC 1 e 2 gerados pelo cadastro Web;
b) Folha de exigência gerada no cadastro Web;
c) Documentos dos sócios (CPF, RG, Comprovante de Residência, todos sendo
cópias autenticadas);
d) Três vias do contrato social, devidamente assinadas e com firma reconhecida;
e) GARE- 1 via gerada pelo cadastro web devidamente paga com o código 370-0;
f) DARF- 1 via gerada pelo cadastro web devidamente pago com o código 6621;
O contrato leva em média cinco dias para ser registrado. Caso haja alguma
divergência nas informações fornecidas, as mesmas serão passadas ao responsável
que deverá arrumar as irregularidades de protocolar todo o processo novamente.
Para comprovar que o contrato está devidamente cadastrado na Junta e que
a empresa efetivamente já pode dar entrada nos demais órgãos competentes para

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começar a existir, a Junta Comercial fornece um número no contrato social que é
conhecido como NIRE que é o registro de legalidade da empresa na Junta.
O NIRE é composto por 11 (onze) números, onde constam a UF (Unidade de
Federação), o tipo da empresa e o dígito verificador que será o 11°.

3.1.2.1 Cadastro na Receita Federal

Segue abaixo o passo para obter o CNPJ conforme detalhado no site da


Receita Federal. Documentação Necessária:
a) DBE/Protocolo de transmissão original, impresso na Internet.
b) Procuração, se o DBE for assinado por procurador.
Procedimentos do contribuinte para obter a inscrição no CNPJ através dos
Cartórios de Registro Civil de Pessoa Jurídica:
a) Preencher a FCPJ (Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica) e/ou QSA (Quadro
de Sócios e Administradores) de acordo com os dados que constarão da
minuta do ato constitutivo 7.
Como a empresa fica em São Paulo a empresa utilizou o aplicativo de Coleta
Offline - programa Gerador de Documentos do CNPJ (PGD CNPJ) junto com
a versão mais atualizada do ReceitaNet, ou o aplicativo de Coleta Online -
Programa Gerador de Documentos do CNPJ (CNPJ versão Web), disponível
no endereço https://www14.receita.fazenda.gov.br/cadsincnac/inicioAction.do
A tela da página no site está no anexo D.
b) Primeiro passo é selecionar o estado e o município e clicar na opção
preencher nova solicitação
c) Gravar a FCPJ/QSA;
d) Transmitir a FCPJ/QSA, pelo Receitanet ou pelo Aplicativo de Coleta WEB;
e) Imprimir o Recibo de Entrega;
f) Imprimir, na página da RFB na Internet, o DBE (Documento Básico de
Entrada) ou o Protocolo de Transmissão, se for o caso;
O cartão do CNPJ da empresa está abaixo

21
10.467.221/0001-28
10/01/2014

ESSENCIA SOBRE A FORMA IND DE COSMÉTICOS LTDA

05.001-100 BARRA FUNDA SÃO PAULO


SP
10/01/2014

Figura 1- Cartão do CNPJ


Elaborado: Pelos integrantes do trabalho

Após o deferimento do processo de constituição pelo Cartório de Registro


Civil de Pessoa Jurídica, a empresa já esta habilitada e já pode gerar DARF para
recolhimento de tributos. A figura 2 abaixo mostra um Darf da empresa Essência
sobre a Forma do recolhimento do imposto de renda sobre a folha de salário.

Figura 2- Darf do código 0561


Elaborado: Pelos integrantes do trabalho
22
3.1.2.2 Cadastro Municipal

A empresa Essência sobre a forma Indústria de Cosméticos Ltda, realizou seu


CCM na Prefeitura de São Paulo, anexo E.
Procedimentos:
A inscrição é realizada on-line e pós o preenchimento e envio do
requerimento, o "Protocolo de Inscrição" deverá ser impresso, assinado pelo
contribuinte, representante legal ou procurador e apresentado, no prazo de 30
(trinta) dias da data nele impressa, na Subprefeitura mais próxima (pessoas físicas)
ou na Praça de Atendimento da Secretaria de Finanças, localizada no Vale do
Anhangabaú, 206, ao lado da Galeria Prestes Maia, de segunda a sexta-feira, das
8h às 18h (pessoas jurídicas), juntamente com os documentos nele relacionados,
para que a inscrição seja efetivada.

3.1.2.3. Licença Ambiental- Cetesb

CETESB está ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo paulista, tem


por objetivo o controle, fiscalização, monitoramento e licenciamento de atividades
geradoras de poluição, com a preocupação fundamental de preservar e recuperar a
qualidade das águas, do ar e do solo.
Algumas atividades e empreendimentos estão sujeitos ao licenciamento
ambiental, no caso da Indústria de cosmético é necessário ter a licença.
Roteiros para obtenção de Licença Prévia ou Licença Prévia e de Instalação
concomitantes Indústrias e serviços. A seguir iremos apresentar o procedimento
para tirar a licença conforme consta no site da Cetesb:
1. Reunir documentação;
2. Documentos
Quando da solicitação da Licença Prévia ou da Licença Prévia e de Instalação
concomitantes, deve ser apresentada a documentação indicada abaixo.
1. Impresso denominado "Solicitação de" - devidamente preenchido.
2. Procuração: quando for o caso de terceiros representando a empresa,
apresentar o documento assinado pelo responsável da empresa (modelo de
Procuração).

23
3. Cópia do contrato social, registrado na Junta Comercial do Estado – JUCESP
(exceto para empresas recém constituídas).
4. Certidão da Prefeitura Municipal Local – Essa Certidão de uso e ocupação do
solo emitida pela Prefeitura Municipal, com prazo de validade. Na hipótese de não
constar prazo de validade, será aceita certidão emitida até 180 dias antes da data do
pedido da licença.
5. Manifestação do órgão ambiental municipal
Manifestação do órgão ambiental municipal, nos termos do disposto na
Resolução SMA nº 22/2009, artigo 5º, e na Resolução CONAMA 237/97, artigo 5º,
emitida, no máximo, até 180 dias antes da data do pedido de licença. Na
impossibilidade de emissão dessa manifestação, a Prefeitura Municipal deverá emitir
documento declarando tal impossibilidade, nos termos do disposto no parágrafo 2º
do artigo 5º da Resolução SMA nº 22/2009.
Exceção: Município de São Paulo, no qual algumas quais atividades, a serem
instaladas no Município de São Paulo, deve ser apresentada a manifestação do
órgão ambiental municipal, porém a Indústria de cosmético não se enquadra nestas
atividades.
6. Para municípios localizados na Região Metropolitana de São Paulo
Manifestação do órgão ou entidade responsável pelo sistema público de
esgotos, contendo o nome da Estação de Tratamento de Esgotos que atenderá o
empreendimento a ser licenciado. Caso a estação não esteja implantada, informar
em qual fase de implantação se encontra e a data final da implantação.
7. Comprovante de Fornecimento de água e coleta de esgotos
Comprovante de pagamento de taxa de água e esgoto do imóvel
8. Memorial de Caracterização do Empreendimento – MCE – 1 via impressa e 1
via em meio eletrônico (CD-ROM) Deve ser entregue na versão simplificada ou
completa, definida pelo valor do fator de complexidade (W) da atividade.
A versão impressa deve ser preenchida integralmente e assinada pelo
responsável na última folha, e nas demais rubricadas, dando fé das informações ali
prestadas.
Se a instalação da empresa ocorrer em prédio existente, juntar 01 (uma)
cópia da planta já aprovada pela Prefeitura local e/ou pela Secretaria da Saúde, ou
na inexistência desta, apresentar Planta de Conservação do prédio, assinada

24
somente pelo proprietário do imóvel, com o respectivo quadro de áreas. (Se estiver
em APM apresentar 2 vias) Em se tratando de construção nova ou ampliação,
apresentar plantas baixas e cortes, de 01 (uma) a 05 (cinco) vias dependendo do
interesse/necessidade do empreendedor, assinadas pelo proprietário e pelo
responsável técnico. Se em APM o quadro de área deve contemplar TO e CA
Anexar uma cópia da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). No caso
de ampliação, o procedimento será análogo, devendo isto ser indicado através de
legenda. (Se estiver em APM apresentar 2 vias)
9. Croqui de Localização – Indicando o uso do solo e construções existentes nas
imediações do empreendimento, num raio mínimo de 100m.
10. Disposição física dos equipamentos (lay-out); que pode ser demonstrada em
croqui ou em planta baixa da construção.
11. Fluxograma do processo produtivo.
12. Mapa de acesso ao local, com referências.
13. Roteiro de acesso até o local a ser licenciado para permitir a inspeção no
local.
14. Outorga de implantação do empreendimento emitida pelo DAEE, se houver
captação de águas subterrâneas ou superficiais ou lançamento de efluentes líquidos
em corpo d´água.
15. Anuência da empresa concessionária/permissionária, se o empreendimento
pretenda se instalar próximo a rodovias e lançar suas águas pluviais na faixa de
domínio dessas rodovias.
16. Outras informações que a agência considere pertinentes.
II - Ação complementar a ser realizada se houver supressão de vegetação ou
intervenção em área de preservação permanente
1. Solicitar a devida autorização no Portal de Licenciamento Ambiental - PLA
Documentação básica para pedidos de autorização
III - Ação complementar a ser realizada em casos onde empreendimento
estiver em Área de Proteção de Mananciais
1. Solicitar o Alvará no Portal de Licenciamento Ambiental - PLA
Observação: A documentação necessária a ser entregue será apresentada ao
final do preenchimento de sua solicitação no PLA.
IV - Documentação complementar para casos de ampliação

25
1. Documentos comprobatórios de existência anterior a 08/09/76 e/ou número
das Licenças de Instalação e Funcionamento/Operação das áreas e equipamentos
já licenciados.
2. Disposição física dos equipamentos em planta com legenda diferenciada para
os equipamentos e áreas já licenciadas e os objetos de ampliação.
V- Documentação complementar a ser entregue em casos de Microempresa
(ME), Empresa de Pequeno Porte (EPP) ou Microempreendedor Individual (MEI):
Para empresas recém-constituídas:
1. Declaração do responsável pela empresa de que responde, sob as penas das
Leis Civil e Penal, pelas informações prestadas (conforme modelo), comprometendo-
se ainda a informar à CETESB caso deixe de ser enquadrada na condição de
Microempresa ou de Empresa de Pequeno Porte;
Para empresas já constituídas:
1. Cópia do contrato social, registrado na Junta Comercial do Estado – JUCESP
(exceto para empresas recém-constituídas).
Obs.: Em caso de alteração de endereço (transferência da empresa para outro
imóvel) ou alteração de atividade (alteração de atividade no mesmo imóvel), poderá
ser apresentada uma minuta da alteração contratual que será registrada na
JUCESP, acompanhada de cópia do contrato social anterior registrado na JUCESP.
Por ocasião da análise do pedido de Licença de Operação, deverá ser apresentada
a cópia da alteração contratual registrada na JUCESP.
2. Cópia do Comprovante de Optante pelo Simples Nacional (se optante);
3. Declaração do responsável pela empresa de que responde, sob as penas das
Leis Civil e Penal, pelas informações prestadas (conforme modelo), comprometendo-
se ainda a informar à CETESB caso deixe de ser enquadrada na condição de
Microempresa ou de Empresa de Pequeno Porte.
4. Declaração da Junta Comercial do Estado comprovando o enquadramento da
empresa como ME ou EPP.
5. Entregar a documentação na agência CETESB que atende o município;
6. Efetuar o pagamento do preço da Licença, correspondente à análise e
expedição, calculado com base no potencial poluidor e no porte do empreendimento.
Ao protocolar o pedido, a Agência Ambiental emitirá a Ficha de Compensação
com o preço da solicitação, que poderá ser recolhido em qualquer banco, até o

26
vencimento. Decorrido este prazo, nova Ficha de Compensação deverá ser obtida
junto à Agência Ambiental da CETESB. A licença de operação da Essência sobre
forma está no anexo F.
Como exposto no caso da Indústria Cosmética além da licença da Cetesb é
necessário apresentar o sistema de tratamento de águas residuais da empresa.

3.1.2.4 Alvará de licença para estabelecimento comercial

Para conseguir o alvará de funcionamento são necessárias licenças do Corpo


de bombeiros e da CETESB.
O documento que pode ser obtido através de uma verificação feita no local
pelos bombeiros. Uma transação na Internet permite que você cadastre sua própria
matrícula CEI sem a necessidade de ir a uma Unidade de Atendimento da Receita
Federal do Brasil (CAC ou ARF). Para isto, inicialmente será necessário que você se
identifique e forneça uma senha numérica de uso pessoal, que será obtida ao
selecionar a opção abaixo. O cadastramento de identificação e senha só precisa ser
efetuado uma única vez.

Para o cadastramento de uma matrícula CEI (na WEB ou em uma Unidade de


Atendimento da RFB) deverão ser fornecidos dados pessoais do responsável tais
como nome, endereço, CPF.
Documentos necessários:
- Dados cadastrais da empresa (razão social, endereço, CNPJ, etc.);
- Dados do representante legal da empresa (nome, endereço, CPF, etc.);
- Dados da obra (tipo, características, área, endereço, etc.) e cópia do instrumento
de constituição, respectivas alterações, comprovante de inscrição no CNPJ, projeto
devidamente aprovado pelo CREA, anotações de responsabilidade técnica - ART,
alvará de concessão de licença para construção e outros que se fizerem
necessários. O Alvará está no anexo G.

3.1.2.5 Inscrição da Previdência Social

Todo empreendimento deve inscrever-se no INSS. O Departamento Nacional


de Registro do Comércio (DNRC), por meio das Juntas Comerciais, prestará ao
INSS, obrigatoriamente, todas as informações referentes aos atos constitutivos e
27
alterações posteriores, relativos aos empreendimentos nele registrados. Sem a
inscrição na previdência social o empreendimento não poderá informar os
recolhimentos dos seus colaboradores, criando, além das penalidades legais,
dificuldades para que os mesmos possam acessar os benefícios oferecidos pela
previdência social, como aposentadoria, auxílio doença e salário maternidade, bem
como para obter certidão negativa de débito junto ao INSS, quando necessário.
Porquanto, todo e qualquer empreendimento deverá fazer a sua matrícula junto ao
INSS, no prazo de 30 dias contados do início de suas atividades.
Como realizar a inscrição no INSS:
Para a inscrição, o(s) representante(s) da Empresa deve(m) juntar cópias
autenticadas dos RG e dos CPF bem como cópias autenticadas dos atos de
constituição do empreendimento (contrato social, estatuto, ata, CNPJ, Inscrição
Estadual, etc.). Feito isso, deve(m) dirigir ao posto da Previdência Social no qual
pertence o empreendimento e a inscrição será feita na hora.
A figura 4 abaixo mostra a Guia da previdência da empresa Essência sobre a
Forma do recolhimento do FGTS.

Figura 3-Guia da Previdência Social -GPS


Elaborado: Pelos integrantes do trabalho

28
3.1.2.6 Conectividade social certificado eletrônico

Todo empregador que admitir trabalhadores a seu serviço, bem como aquele
que, regido por legislação especial, encontrar-se nessa condição; ou figurar como
fornecedor ou tomador de mão-de-obra deve recolher o FGTS até o dia 07 de cada
mês, a importância calculada sobre a remuneração paga ou devida no mês anterior.
O valor a ser creditado na conta vinculada de cada trabalhador é calculado com
base na remuneração, dependendo do tipo de contrato. Para menor aprendiz a
alíquota é de 2% sobre a remuneração e para os demais empregados 8% sobre a
remuneração. Para realizar o recolhimento é utilizado a Conectividade Social.
Conectividade Social ICP é um Canal Eletrônico de Relacionamento
desenvolvido pela Caixa para a transmissão do arquivo do Sistema de Recolhimento
do FGTS e outros arquivos como o SEFIP, GRRF e receber relatórios na caixa
postal da empresa. Para acessar o canal, é necessário possuir um certificado digital
no padrão ICP-Brasil, que pode ser emitido em qualquer Autoridade Certificadora.
Simplifica o processo de recolhimento do FGTS.
A figura 5 abaixo mostra a guia de recolhimento do FGTS da empresa
Essência sobre a Forma.

Figura 4– Guia de recolhimento do FGTS


Elaborado: Pelos integrantes do trabalho

29
3.1.2.7 Inscrição estadual

Inscrição Estadual (IE) é o registro do contribuinte no cadastro do ICMS, com


esse registro a empresa passa a existir legalmente perante a Receita Estadual do
Estado em que está localizada.
A maioria dos Estados possui convenio com a Receita Federal que lhe
possibilita obter a inscrição estadual pela internet em conjunto com o CNPJ, por
meio de um cadastro único. Essa inscrição permite que a empresa comercialize seus
produtos dentro do território Nacional. Em alguns casos, a inscrição estadual deve
ser obtida antes do alvará de funcionamento. Essa inscrição é obrigatória para os
seguintes ramos:
Comércio;
Empresas de energia elétrica;
Indústria;
Empresas de transportes;
As empresas não contribuintes do ICMS estão desobrigadas ao Cadastro
Estadual, sendo o caso de Bancos, Hospitais, Laboratórios, e de todas as outras
atividades prestadoras de serviços sujeitas ao ISSQN.
A Inscrição Estadual serve também como o número de identificação do
contribuinte perante o fisco, através dela é recolhido o ICMS (Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços) e é composta por 12 (doze) números.
A solicitação da inscrição deve ser feita quando:
Início das atividades;
Estabelecimento decorrente de fusão, cisão, por uma nova empresa;
Estabelecimento decorrente de incorporação, pela empresa incorporada;
Ao contrário das demais inscrições, a IE não possui taxa ou emolumentos
para que contribuinte possa obter a mesma.
Para obter a mesma, o contribuinte terá que entrar no site da Receita
Federal do Brasil no título “Aplicativos de coleta Off-line” e preencher o cadastro com
as informações solicitadas.
O formulário deverá ser entregue ao órgão pertinente (SEFAZ) com os
seguintes documentos:
Contrato Social e demais alterações;

30
Documentos dos sócios (cópias autenticadas);
Cópia do cartão CNPJ;

Figura 5– Ficha de Inscrição Estadual no Estado de São Paulo


Elaborada: Pelos integrantes do trabalho

3.1.2.8 Anvisa

O processo de Autorização de Funcionamento na ANVISA tem como


exigências básicas: ter um responsável técnico de nível superior; o contrato social
deve descrever claramente a atividade da empresa e o CNPJ deverá ter o CNAE
(Classificação Nacional de Atividade Econômica)
O cadastro deve ser realizado no site da ANVISA
No cadastro da empresa devem existir os seguintes sujeitos cadastrados:
responsável legal, responsável técnico e gestor de segurança. O Responsável Legal
é a pessoa física designada em estatuto, contrato social ou ata, incumbida de
representar, ativa e passivamente, nos atos judiciais e extrajudiciais a pessoa
jurídica.
O Responsável Técnico é a pessoa física legalmente habilitada para a
adequada cobertura das diversas espécies de processos de produção e na
prestação de serviços nas empresas, em cada estabelecimento. No caso de
drogarias e farmácias, é um profissional devidamente registrado no conselho
regional de farmácia da região.

31
O Gestor de Segurança é a pessoa física responsável por administrar e
controlar senha de acesso ao sistema Peticionamento Eletrônico. O sistema
Peticionamento Eletrônico permite fazer as petições e emitir a GRU Eletrônica
(boleto para pagamento da taxa) pertinente à vigilância sanitária.
Pode existir, ainda, o representante legal de empresa, que é uma pessoa
física investida de poderes legais para praticar atos em nome da pessoa jurídica e
preposta de gerir ou administrar seus negócios no âmbito da Anvisa. Equipara-se ao
responsável legal no cadastro da empresa. Não há limites em relação ao número de
sujeitos a serem cadastrados para cada empresa, contudo, deve-se ter o cuidado
devido às funções que cada um desses pode desempenhar no relacionamento com
a Anvisa.
O processo se dá através do:
1- Cadastramento da Empresa, do Responsável Legal e do Responsável Técnico
no site da ANVISA
2- Solicitação do Peticionamento Eletrônico (pela Internet no site da ANVISA)
3- Pagamento da Taxa da ANVISA para cada atividade (o valor depende do porte da
empresa)
4- Elaboração das Instruções de Uso (existem regras para fazê-la)
5- Elaboração da descrição da eficácia e segurança do produto (Requisitos
Essenciais de Eficácia e Segurança
6- Elaboração do Relatório Técnico (existem regras para fazê-lo)
7- Elaboração dos Rótulos Externos e das Etiquetas Indeléveis (existem regras para
fazê-los)
8- Elaboração do formulário do fabricante ou importador - Anexo III A da RDC 185
da ANVISA
9- Elaboração do arquivo eletrônico (Instruções de Uso, etc.)
10- Montagem do processo, respeitando a ordem correta dos documentos, tipo de
papel (A4), etc.
11- Protocolar o processo em Brasília na ANVISA

3.1.2.9 Marcas e patentes

A marca é a identidade da empresa, ou seja, a forma como ela é reconhecida


no mercado.

32
Contabilmente pode tornar-se um Intangível gerando muito lucro para a empresa.
Marca é todo sinal distintivo (palavra, figura e símbolo) visualmente perceptível que
identifica e distingue produtos e serviços em relação a outros iguais ou semelhantes,
qualquer.
O Brasil é praticamente impossível proteger uma marca para todos os
produtos e serviços, esse tipo de proteção até existe no Brasil, mas exigem
condições muito especiais às quais pouquíssimas empresas podem cumprir, essa
proteção chama-se Marca de Alto Renome e protege a marca nas 45 classes
existentes. O Brasil participa de diversos acordos internacionais, entre eles o uso do
Classificador Internacional, com 45 classes, dividido em produtos e serviços. Um dos
acordos que são considerados importantes é a Convenção União de Paris que tem
dispositivos importantes para evitar a pirataria internacional e nosso país está
prestes assinar ao Protocolo de Madrid. Esta adesão irá facilita o registro de marcas
brasileiras no exterior, reduzindo significativamente os custos e a burocracia,
infelizmente ainda não há prazo determinado que ela aconteça, mas já foi aprovada
pelo congresso.
Para registrar a marca dos produtos, é preciso ser pessoa física ou jurídica
com atividade legalizada e efetiva, sendo o registro concedido pelo órgão
governamental Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Para pedir o registro de marca, há formulário próprio, disponível somente depois de
cadastrar a fábrica e pagar por isso por meio de Guia de Recolhimento da União
(GRU).
A marca valerá por dez anos, a partir da data de concessão e poderá ser
prorrogada por período igual e sucessivo. Após registro, seremos obrigadas a usar a
marca e renova-la no último ano de vigência.
Para o direito de exclusividade de uso, há o Certificado de Registro da Marca
expedido pelo INPI, tendo privilégio o pedido que for feito primeiro.
Os passos para registro após preenchimento do formulário eletrônico no INPI,
anexação de documentos necessários e pagamento de taxas, são:
1º) Pedido comunicado: reconhecimento do pedido de registro, de acordo com as
normas legais do INPI, podendo ser apresentada oposição ao despacho em 60 dias,
contados da publicação na RPI (Revista da Propriedade Industrial).

33
2º) Deferimento: será deferido se não houver coincidências com outras marcas
ou por formas suficientes de distinção. Deve-se pagar a retribuição relativa ao
primeiro decênio de proteção da marca, num prazo de 60 dias a partir da publicação
na RPI. O não pagamento leva ao arquivamento definitivo do processo. O valor da
retribuição é de R$ 215,00 cada.
3º) Concessão do Certificado de Registro: estará disponível por até 60 dias após
a publicação na RPI, conforme a data do despacho. É gratuito para microempresas.
Além do deferimento, a decisão técnica do pedido poderá ser de:
- Indeferimento: há o prazo de 60 dias para recurso para revisão do processo.
- Sobrestamento: o pedido está pendente de decisão final. Deve-se aguardar na RPI
o desenlace da situação.
- Exigência: o pedido está com problema. Deve-se providenciar o cumprimento da
exigência requerida.
Os documentos necessários para o registro de cada marca são:
- Guia de recolhimento, obtida na Delegacia Regional do INPI;
- Pedido de registro de marca (formulário) – 3 vias, disponível no site do INPI e
- 15 etiquetas não-adesivas em preto e branco, nas medidas 6cm x 6cm, contendo o
logotipo no tamanho médio de 5 cm (no comprimento ou largura). Caso haja
reivindicação de cores, deverão ser indicadas por meio de traços finos saindo do
campo ocupado pelas cores e terminando no nome da cor. As etiquetas deverão ser
estar recortadas, em envelope tipo postal pequeno.
Para a requerente empresa Ltda., deverá apresentar cópia e original ou autenticada
do Contrato Social e do CNPJ.

3.1.2.9.1 Patente

O pedido deve ser feito no INPI, que julgará a validade com base na
legislação.
Para fazer o pedido é preciso:
- Requerimento (obtido no site do INPI);
- Relatório descritivo do produto ou processo a patentear;
- Reivindicações das particularidades do invento;
- Desenhos da invenção, se necessário e
- Resumo da descrição correta e completa do objeto.
34
A invenção precisa enquadrar-se em uma dessas naturezas e modalidades:
- Privilégio de invenção: deve ser novidade e ter aplicação industrial e
- Modelo de utilidade: nova forma ou disposição de ato inventivo que melhore
funcionalmente o objeto.
O que pode ser patenteado:
- A invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação
industrial;
- O modelo de utilidade que seja objeto de uso prático, ou parte deste;
- O modelo de utilidade que seja suscetível de aplicação industrial;
- O modelo de utilidade que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato
inventivo e;
- O modelo de utilidade que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua
fabricação.
Para requerer o registro, há os seguintes passos:
- Busca prévia: realizar antes de efetuar o depósito do pedido;
- Depósito e conteúdo do pedido: pode ser feito nas delegacias, nas representações
regionais, ou por carta postal. É representado por petição apresentada em formulário
eletrônico e documentos anexos formatados, além de documentos como autorização
e/ou cessão de direitos do(s) inventor(es), procuração e atos corporativos, se
aplicáveis. O valor é de R$ 55,00.
- Análise formal dos documentos de pedido: realizado na entrega e recebimento do
pedido, podendo haver exigência de regularização dos documentos em até 30 dias,
sob-pena de recusa do pedido.
- Protocolo: ato formal em que se atribui número de ordem sequencial ao processo e
fixa a data do depósito do pedido;
- Sigilo do pedido: até a publicação, que pode ser até 18 meses após o depósito do
pedido ou antecipada por requerimento. No fim do prazo, é publicado na RPI.
- Exame técnico do pedido: deve ser requerido, de forma protocolada, dentro dos
primeiros 36 meses do depósito do pedido, ou o pedido é arquivado. Após
solicitação do exame técnico, não se pode mais alterar o pedido da patente. Se
houver novas exigências pelo examinador, serão feitas em um prazo de até 90 dias.
Os três produtos da empresa estão em andamento para a obtenção dos
registros.

35
3.1.2.9.2. Registro de domínio

Segundo as regras do site www.registro.br (2008), é preciso que: o nome


tenha no mínimo dois e no máximo 26 caracteres, não incluindo a categoria (“com”,
“org”, “br", etc); os caracteres válidos são as letras do alfabeto (A a Z), os números
ordinais (0 a 9) e o hífenos caracteres válidos são as letras do alfabeto (A a Z), os
números ordinais (0 a 9) e o hífense sem o “www”. Para cada extensão de domínio
da pessoa jurídica, são pedidos determinados tipos de documentos, o CNPJ e a
documentação requerida após o registro.
O site da empresa registrado é www.essenciasobreaformacosmeticos.com.br.

3.2 Via Rápida Empresa

O Via Rápida Empresa é um projeto de apoio ao Empreendedorismo de


Iniciativa do Governo do Estado de São Paulo.
Nos cinco municípios em que o programa está instalado, o empreendedor não
precisa mais ir até a sede da Jucesp, na capital, ou aos postos e escritórios
regionais. Os interessados deverão se deslocar até a unidade do Via Rápida que
fica na Barra Funda com a documentação necessária. Depois de passar por todo
procedimento, em cinco dias úteis o usuário retira os documentos registrados e já
está apto para desenvolver a atividade empresarial.
As primeiras cidades foram escolhidas para o início da operação em função
dos bons resultados obtidos com a implantação dos Sistema Integrado de
Licenciamento (SIL). O prazo médio para concessão do licenciamento intregrado
(Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros, Prefeitura e Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo- Cetesb) caiu de quatro meses para três dias.
O projeto do Via Rápida Empresa será um marco para desenvolvimento
econômico do País. Abrir empresa de forma eficaz é sem dúvida uma grande ajuda
ao empreendedor.

36
4. PLANO DE NEGÓCIOS

O plano de negócios basicamente deve conter os seguintes itens: Sumário


Executivo, Análise de Mercado, Dimensionamento do Negócio, Custos e Formação
de Preços, Viabilidade Econômica e Planejamento de Marketing.

4.1 Sumário Executivo Estendido

Segundo Rosa (2007), o sumário executivo é um resumo do Plano de


Negócios. Contem seus pontos mais importantes, como: Resumo dos principais
pontos do plano de negócio; Dados dos empreendedores, Experiência profissional e
atribuições; Dados do empreendimento; Missão da empresa; Setores de atividades;
Forma jurídica; Enquadramento tributário; Capital social; Fonte de recursos.
O Sumário Executivo é a primeira seção do plano e serve para atrair a
atenção do leitor pois antes de dar continuidade aqui deverá informações mais
relevantes sobre a empresa.

4.2 Análise de Mercado – Essência sobre a Forma

Nas últimas décadas os números referentes ao setor não param de crescer.


Segundo o Panorama do Setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos,
divulgado pela Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal,
Perfumaria e Cosméticos) em abril de 2010, a indústria brasileira de higiene pessoal,
perfumaria e cosméticos teve um crescimento médio, já descontando a inflação, de
10,5% entre 1996 e 2009; o faturamento saltou de R$ 4,9 bilhões em 1996 para R$
24,9 bilhões em 2009 por conta de vários fatores, como a participação crescente da
mulher no mercado de trabalho; a utilização de tecnologia de ponta com aumento da
produtividade; os lançamentos constantes de novos produtos que atendem às
necessidades do mercado e o aumento da expectativa de vida, o que traz a
necessidade de conservar uma impressão de juventude.
O mercado brasileiro de cosméticos na verdade vem apresentando resultados
anuais ininterruptos de crescimento de dois dígitos desde a década de 90.
Dados do Euromonitor destaca que o mercado brasileiro foi avaliado nos
Estados Unidos em $42 bilhões e representa 58% do mercado latino-americano de

37
cuidados pessoais, e está a caminho de ultrapassar o Japão como segundo maior
mercado de beleza do mundo dentro de poucos anos. Dados que a Abihpec
(Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos):

“Com 12,5% de participação no share mundial, o Brasil continuou vice-líder


no segmento de Cuidados para Cabelos em 2013. E ainda: “O Brasil possui
10,1% de market share global, contra 11,1 do Japão e 14,8% dos Estados
Unidos, de acordo com o presidente da Abihpec.
As razões da ascensão desse mercado são conhecidas por nós: fatores
macroeconômicos, tais como o aumento do salário mínimo, o crescente
número de mulheres que trabalham e do aumento do poder de compra da
classe média. Mas fundamentalmente ela diz que as duas últimas décadas
também testemunharam um aumento do interesse na aparência pessoal
dos brasileiros em todas as esferas sociais.”

O ramo de cosmético se desenvolve de maneira rápida é crescente, com uma


vasta oferta de produtos que tem alcançado seu consumo e produzir de forma
sustentável tem sido uma condição para garantir a competitividade. Assim “a
Empresa Essência sobre a Forma” tem investindo em tecnologias que são
consideradas mais limpas, os produtos são desenvolvidos pensando em minimizar
os nos impactos ambientais e transmitir estes valores aos consumidores através de
seus produtos, envolvendo as comunidades que estão envolvidas nas matérias
primas e por não fazer testes em animais.

4.3 Produtos

Nos produtos da Essência sobre a forma são utilizados ingredientes derivados


de insumos naturais; os chamados de formulas verdes ou químicos verdes e as
embalagens são feitas de materiais reciclados ou recicláveis.
Nossos produtos podem ser chamados de ecologicamente coretos, pois são
orgânicos e fabricados com norma as de qualidade e sustentabilidade estão
certificados por agencias certificadoras, são elas: Instituto Biodinâmico (IBD) e
Ecocer Brasil é claro que segue as normas de segurança também reguladas pelo
Ministério da Saúde/Anvisa.
A empresa Essência sobre a forma trabalha produzindo cosméticos com
aditivos naturais, como extratos, óleos e manteigas vegetais.

38
Seus cosméticos são considerados Fitos cosméticos porque possuem altas
concentrações de ativos naturais que atuam na promoção e manutenção das
características desejáveis para a pele e cabelos.

Composição Produto 1 - Sabonete Mel e Açaí

1000 unidades - 90 gramas

Componentes Quantidades Valores Custo produto

Ácido esteárico (estearina) 23 kg R$ 226.32 R$ 0,02

Cocoil isetionato de sódio (Hostapon SCI 85) 60 kg R$ 108.00 R$ 0,01

EDTA disódico 93% (dissolvine) 200 g R$ 12.52 R$ 0,01

Fenoxietanol e parabenos (Chemynol) 400 g R$ 34.00 R$ 0,03

Dióxido de titânio 400 g R$ 12.43 R$ 0,01

Essência para sabonete Mel 1 litro R$ 89.00 R$ 0,09

Extrato de Assaí 1 litro R$ 122.00 R$ 0,02

Água deionizada 15 kg R$ - R$ -

Total gasto para fabricação R$ 604.27 R$ 0,19

Composição Produto 2 - Shampoo Andiroba e Cupuaçu

1.500 litros - 1 litro


Custo
Componentes Quant. Valores produto

Lauril Éter Sulfato de Sódio (Laurion N) 3k R$ 24.00 R$ 0,24

Dissodium EDTA 5 gr R$ 0.09 R$ 0,01

Zonen MI (mistura de isotiazolinonas) 7 gr R$ 0.15 R$ 0,02

Glicerídeo de karité etoxilado (Lipex SHEA PEG 75 S-50) 200 gr R$ 1.20 R$ 0,12

Assoc. de proteína de soja e trigo com extrato de aveia 50 gr R$ 1.80 R$ 0,18

Sodium laureth sulfonate (Laurion XSS) 150 gr R$ 1.40 R$ 0,14

Agente condicionante de cabelos (Silicone DC 2-8177) 80 gr R$ 1.60 R$ 0,16

Dietanolamida de ácidos graxos de coco 90 (Alkalan K90) 280 gr R$ 0.23 R$ 0,02

Polyquaternium-10 (Polimero S-30) 300 gr R$ 0.05 R$ 0,01

Essência Andiroba 30 gr R$ 0.24 R$ 0,02

39
Extrato de Cupuaçu 35 gr R$ 0.78 R$ 0,08

Olivamidopropyl Betaine (Polygreen Tensolive) 350 gr R$ 0.27 R$ 0,03

Ácido citrico qs R$ 1.43 R$ 0,15

Água deionizada 5548 gr R$ - R$ -


Total gasto para fabricação
R$ 33.24 R$ 1,18

Composição Produto 3 - Condicionador Andiroba e Cupuaçu

1.500 litros - 1 litro

Componentes Quantidades Valores Custo produto

R$ 0,11
Dehyquart 400 gr R$ 11.00

R$ 0,03
Álcool cetoestearílico 50/50 (Lanette O) 350 gr R$ 3.60

R$ 0,05
Cocoamidopropil Betaina (Dehyton KB) 50 gr R$ 5.50

R$ 0,17
Lanolina 70 gr R$ 1.65

R$ 0,22
Ácido cítrico 50 gr R$ 2.50

R$ 0,18
Corante q.s R$ 1.80

R$ 0,02
Essência Andiroba 30 gr R$ 0.24

R$ 0,08
Extrato de Cupuaçu 30 gr R$ 0.78

R$ 0,06
Metil Parabeno (Nipagim) 15 gr R$ 0.62

R$ 0,10
Propil Parabeno (Nipazol) 5 gr R$ 0.95

R$ -
Água deionizada 9060 gr R$ -

Total gasto para fabricação R$ 1,02


R$ 28.64

Composição Produto 4 - Óleo para Banho de Buriti

1.500 litros - 250 ml

40
Componentes Quantidades Valores Custo produto
R$ 0,22
Triglicerídeo cáprico / caprilico 1 kg R$ 40.99
R$ 0,08
Estearato de octila 1 kg R$ 43.00
R$ 0,02
Silicone volátil 500 gr R$ 40.00
R$ 0,05
Óleo mineral 6995 gr R$ 21.90
R$ 0,10
Extrato Oleoso de Buriti 500 gr R$ 8.25
R$ 0,04
BHT (BUTIL-HIDRÓXI-TOLUENO) 5 gr R$ 15.90
R$ 0,01
Essência (lipossolúvel) q.s R$ 0.24
Total gasto para fabricação R$ 0,52
R$ 170.28

Os investimentos para realização na indústria

QTDE Especificação Valor Unit. Valor Total


3 Ar condicionado 1,350.00 4,050.00
3 Armários 4,800.00 14,400.00
2 Balcão 470.00 940.00
20 Mesa 900.00 18,000.00
40 Cadeira 455.00 18,200.00
4 Extintor 900.00 3,600.00
30 Computadores 4,500.00 135,000.00
1 Impressora Laser 2,500.00 2,500.00
5 Lâmpada 40.00 200.00
2 Pia 350.00 700.00
5 Uniforme 180.00 900.00
10 Utensílios 300.00 3,000.00
2 Ventilador 450.00 900.00
1 Sistema de segurança Interno 4,000.00 4,000.00
1 Sistema de segurança externa 12,000.00 12,000.00
1 Autoclave Vertical 8,800.00 8,800.00
1 Balança de Precisão 2,450.00 2,450.00
1 Batedeira Planetária 50 litros 12,320.00 12,320.00
1 Capela Exaustão Gases Evolution 9,100.00 9,100.00
4 Condutivímetro de Bolso 260.00 1,040.00
10 Deionizador 480.00 4,800.00
1 Estufa para Secagem e Esterilização 5,550.00 5,550.00
2 Envasadora Semi-Automática 8,530.00 17,060.00
3 pHmetro de Bolso 300.00 900.00
3 Viscosímetro 510.00 1,530.00
3 Chuveiro Lava Olhos 1,230.00 3,690.00
3 Painel solar 1MW no pico (MWp) 10,000.00 30,000.00
1 implantação da estação de tratamento 60,000.00 60,000.00
Total 152,725.00 375,630.00

41
4.4 Fornecedores

Os fornecedores são escolhidos pela qualidade e a identificação de valores


quanto à preocupação com a conservação ambiental e qualidade de vida para todos
os colaboradores envolvidos nos processos
Nossos principais fornecedores são: Total Pack Indústria e Comércio Ltda.,
K&G Indústria e Comércio Ltda e as Comunidades fornecedores de matéria-prima.
Atualmente, contamos com a parceria de 7 comunidades localizadas nas
regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil. No total são 70 famílias que assim
permiti diversidade, tanto cultural, quanto socioeconômica. O papel destas
comunidades fornecedoras é fundamental para a conservação do patrimônio
ambiental e a qualidade dos insumos.

4.5 Clientes

Segundo Kotler (2005), “para cada mercado-alvo escolhido, a empresa


desenvolve uma oferta ao mercado. A oferta é posicionada na mente dos
compradores-alvo como possuidora de algum (ns) benefício(s) fundamental (is)”.
Os produtos da Essência sobre a Forma são direcionados à todas as idades,
preço atrativo e com isso ótimo custo x benefício.
4.6 Concorrentes

“Concorrentes são aquelas empresas que atuam no mesmo ramo de


atividade que você e buscam satisfazer as necessidades dos seus clientes”
(SEBRAE, 2005). Nossos principais concorrentes são empresas como Natura, O
Boticário, Jequiti e Natura que possuem uma boa parcela dominante no mercado
brasileiro.

4.7 Localização

A Essência sobre a Forma está instalada em um galpão alugado, localizado


na Avenida Francisco Matarazzo, nº 1.400, bairro Barra Funda, cidade de São
Paulo. Este local foi escolhido por diferentes fatores:
Local é apropriado para a instalação de empresas e indústrias;
A área não é de manancial de abastecimento

42
Facilidade de Acesso perto da Marginal Tiete
Infraestrutura desenvolvida, o que facilita o transporte e escoamento de
produtos e facilidade para os colaboradores pois a Metro, trem e terminal de
Ônibus
Acessibilidade de preço.
A princípio, o galpão é alugado, mas de acordo com as projeções os rendimentos
da empresa ele poderá ser comprado posteriormente. O preço do aluguel é R$
12.500,00.

Figura 7– Localização da Empresa


Fonte: Mapa@2014 Google

4.8 Gerenciamento de resíduos

A empresa está investindo em montar um tratamento do esgoto doméstico e


uma Estação de Tratamento de Efluentes.

4.9 Análise Estratégica

O Crescente nível de competição no mercado de cosméticos tem levado as


diversas empresas que atuam nesse ramo a desenvolverem estratégias que visam a
torná-las menos vulneráveis às mudanças que vêm ocorrendo nos ambientes
43
externo e interno. Para minimizar os efeitos negativos deste ambiente turbulento, a
Essência sobre a Forma investirá na pesquisa de novas tecnologias e processos,
para assegurar a competividade e lucratividade da empresa.

4.10 Análise SWOT

A Análise SWOT é uma ferramenta de gestão muito utilizada por empresas


privadas como parte do planejamento estratégico dos negócios. O termo SWOT vem
do inglês e representa as iniciais das palavras Strengths (Forças), Weaknesses
(Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). Como o próprio
nome já diz, a idéia central da análise SWOT (ou FOFA, em português) é avaliar os
pontos fortes, os pontos fracos, as oportunidades e as ameaças da organização e do
mercado onde ela está atuando.
Esta forma de análise de negócios vem sendo utilizada com muito sucesso
por empresas privadas em todo o mundo e, sem dúvida, pode ser uma ferramenta
de grande utilidade para as organizações sociais brasileiras.
Em geral, é preciso monitorar as forças macro ambientais (econômicas,
tecnológicas, políticas, legais, sociais e culturais) e os atores micro ambientais
importantes (consumidores, concorrentes, canais de distribuição, fornecedores) que
afetam a capacidade do negócio.
No caso da Essência sobre a Forma, foram identificadas algumas situações
que compõe a Analise Swot:
Força – aproveitando a era da sustentabilidade, os produtos da empresa contam
com ingredientes naturais, extraídos da biodiversidade brasileira, com preço
acessível e qualidade. Os produtos fabricados são essenciais para o cotidiano das
pessoas e movimentaram em 2012/2013 42 bilhões. Segundo pesquisas
(Euromonitor – 2012/2013), o Brasil é o primeiro mercado em perfumarias, segundo
em produtos para cabelo, produtos para banho, depilatórios e proteção solar,
terceiros para produtos de higiene oral e quarto em produtos direcionados para pele.
Fraquezas – os preços referentes aos insumos químicos têm sido um dos fatores
que mais prejudicam as empresas de cosméticos, segundo pesquisa de mercado
realizada.
Oportunidades – Aparece como oportunidade a comercialização em vários nichos,
desde perfumarias tradicionais até em farmácias de manipulação. A exportação será
44
um projeto futuro, onde o marketing internacional relacionado a produtos derivados
da biodiversidade brasileira está cada vez mais sendo aceita no exterior. Segundo
pesquisas realizadas, o Brasil figura na 24ª posição de exportações do segmento de
Cosméticos, Higiene pessoal e Fragrâncias (CT&F) do relatório do Global Trade
Information Services (GTIS) - reconhecida fonte de pesquisas sobre comércio
internacional mundial. Segundo João Carlos Basilio, presidente da Abihpec, a
entidade está investindo nas exportações, em parceria com a Agência Brasileira de
Promoção de Investimentos (Apex-Brasil), por meio de um projeto de
internacionalização. No mês de maio, essa parceria levou 10 empresas para expor
os produtos brasileiros na Feira Beautyworld Middle East 2013, em Dubai, que
reuniu compradores de todo o mundo. Essa parceria acaba gerando expectativas
positivas quanto ao crescimento do setor, e sente-se que o Brasil está cada vez
investindo nesse mercado.
Ameaças - A principal ameaça para o negócio são as potencialidades das grandes
empresas que já existem no mercado, pois possuem muito mais recursos para
investir e desenvolver novos produtos. É costume das pessoas se fidelizarem com
algum produto, torna-lo sua marca pessoal, ficando difícil para novas empresas
quebrar essa barreira com esse tipo de consumidor. Os principais concorrentes são:
Natura, O Boticario e Jequiti, entre outras que também fazem parte do mercado.

4.11 Marketing

De acordo com Rosa (2007):

O Plano de Marketing é uma ferramenta de gestão que deve ser


regularmente utilizada e atualizada, pois permite analisar o mercado,
adaptando-se as suas constantes mudanças e identificando tendências. Por
meio dele se podem definir resultados a serem alcançados e formular ações
para atingir competitividade. Conhecendo o mercado será capaz de traçar
o perfil do consumidor, tomar decisões com relação a objetivos e metas,
ações de divulgação e comunicação, preço, distribuição, localização do
ponto de venda, produtos e serviços adequados ao seu mercado, ou seja,
ações necessárias para a satisfação dos clientes e o sucesso de seu
negócio.

45
EC

A marca: ESSENCIA SOBRE A FORMA se dá pelo princípio do IFRS que


significa valorizar a essência de cada operação, nossa empresa valoriza a essência
de sua operação, criando produtos para colaboradores ou clientes. São duas
palavras simples, mas que juntas possuem muitos significados assim como nossos
produtos que é pessoal para cada pessoa.
Escolha das cores: A cor escolhida foi a cor verde, pois está ligado à natureza, a
saúde.
Marketing Verde: A população está se tornando cada vez mais consciente em
relação às questões ambientais. Por este motivo, o marketing deste produto será
voltado para questões ecológicas, apresentado aos consumidores uma organização
com responsabilidade social, de forma a estimular (onde já exista) e despertar (onde
ainda não exista) o desejo do mercado por esta categoria de produto.
Embalagem: Os produtos são embalados com produtos sustentáveis feito de papel
semente. O papel semente é um papel reciclado que contém sementes de plantas,
ele não possui químico, cola ou tingimento. Sua produção economiza mais de 50%
da energia e água se comparada a um papel virgem. Cerca de 17 árvores são
preservadas a cada tonelada de papel produzida. Plantando o papel semente você
produz flores no lugar de lixo. No caso dos shampoos, condicionadores e óleos,
optaremos pelo vidro, pois o vidro é infinitamente reciclável mesmo o custo sendo
um pouco mais alto, queremos incluir as embalagens de vidro no mercado.

46
EC

EC

4.11.1 Canais de Venda e Distribuição

Os métodos para divulgação do produto foram estabelecidos levando-se em


conta dois fatores, o público alvo e a viabilidade econômica. Sabe-se que
atualmente a internet é a principal ferramenta de comunicação, de fácil acesso e
custo relativamente baixo, fatores que nos levarem a escolhê-la como o principal
meio de divulgação, através de blogs gratuitos e links patrocinados.
O custo da divulgação do produto através dos links patrocinados (GOOGLE
AdWords) é definido pelo cliente e os anúncios permanecem no site por um tempo
indefinido, depende de quantas pessoas acessam o link do produto. A cada clique é
descontado um valor do total disponibilizado pelo anunciante. O valor inicial
planejado para este recurso é de R$200,00.

4.12 Custos, Margem de Lucro e Formação de Preços.

“Preço é o que consumidor está disposto a pagar pelo que você irá oferecer”
(ROSA, 2007). A determinação do preço deve considerar os custos do produto e
ainda proporcionar o retorno desejado. Ao avaliar o quanto o consumidor está
disposto a pagar, pode se verificar se o preço será compatível com aquele praticado
no mercado pelos concorrentes diretos.
A tabela a seguir mostra os custos relacionados com a produção

47
Custos Fixos / GGF e Custos Variáveis

Matéria Prima 20,000.00

Embalagens diversas 4,000.00

Energia Eletrica 100.00

Aluguel 12,500.00

Água 900.00

Materiais de limpeza 1,000.00

Materiais de escritorio 200.00

Propaganda (Google Ads / Panfletos / Sites) 1,500.00

Sistema interno 400.00

Salários 50,807.22

Telefone 300.00

Depreciação 2,346.08

Total 94,053.31

Custo Fixo Total 69,453.31

Média Mensal de produção 31,285.27

Custo Fixo p/ unid. 2.22

Formação de Preço Margem de Lucro


20%
Custo Unitário ( Custo Var. Unit + Custo Fixo R$
Sabonete = Unit.) 0,19+2,19 2,38 2,98
1 - Margem de Lucro 1 - 0,20 0,80

Custo Unitário ( Custo Var. Unit + Custo Fixo 1,18 + R$


Shampoo = Unit.) 2,19 3,37 4,21
1 - Margem de Lucro 1 - 0,20 0,80

Condicionador Custo Unitário ( Custo Var. Unit + Custo Fixo 1,02 + R$


= Unit.) 2,19 3,21 4,01
1 - Margem de Lucro 1 - 0,20 0,80

48
Custo Unitário ( Custo Var. Unit + Custo Fixo 0,52 + R$
Óleo = Unit.) 2,19 2,71 3,39
1 - Margem de Lucro 1 - 0,20 0,80

Margem de Contribuição Unitária

Sabonete = Preço de Venda - (Despesa Var. + Custo Var.) 2,98 - (0,16 + 0,19) R$ 2,63

Shampoo = Preço de Venda - (Despesa Var. + Custo Var.) 4,21 - (0,16 + 1,18) R$ 2,87

Condicionador
= Preço de Venda - (Despesa Var. + Custo Var.) 4,01 - (0,16 + 1,02) R$ 2,83

Óleo = Preço de Venda - (Despesa Var. + Custo Var.) 3,39 - (0,16 + 0,52) R$ 2,71

Ponto de Equilíbrio

Sabonete = Custo Fixos Totais + Despesas Fixas Totais 12.949,03 4.924


Margem de Contribuição Unitária 2,63

Shampoo = Custo Fixos Totais + Despesas Fixas Totais 12.949,03 4.512


Margem de Contribuição Unitária 2,87

Condicionador = Custo Fixos Totais + Despesas Fixas Totais 12.949,03 4.576


Margem de Contribuição Unitária 2,83

Óleo = Custo Fixos Totais + Despesas Fixas Totais 12.949,03 4.778


Margem de Contribuição Unitária 2,71

O Cálculo da folha de pagamento está no anexo I.

4.13 Regime Tributário

O planejamento precisa ser elaborado considerando todas as informações


levantadas pela Contabilidade junto com os administradores da empresa para
projetar as vendas e gastos da empresa, pois são ações que alteram o caminho da
entidade e impactam a decisão de qual curso deverá ser seguido.

Normalmente, o processo de planejamento consiste em considerar vários


cursos alternativos de ação e decidir qual é o melhor. Planejamento (que
deve ser diferenciado de simples previsão) pode abranger um segmento da
empresa ou toda empresa. A informação contábil, principalmente no que se

49
refere ao estabelecimento de padrões ou standards e ao inter-
relacionamento da Contabilidade com os planos orçamentários, é de grande
utilidade no planejamento empresarial. Mesmo em caso de decisões
isoladas sobre várias alternativas possíveis, normalmente utiliza-se grande
quantidade de informação contábil. (Equipe de Professores da FEA USP,
2010).

Planejamento tributário ou também conhecido como “elisão fiscal” é a


metodologia utilizada para se obter menor carga de impostos sobre operações ou
produtos, utilizando-se sempre de meios legais, tem como objeto os tributos e seus
reflexos na entidade, visa obter economia de impostos.
O planejamento tem como objetivo a diminuição legal da quantidade de
dinheiro a ser entregue ao governo. Os tributos (Impostos, taxas e contribuições)
representam importante parcela dos custos das empresas, senão a maior. Com a
globalização da economia, tornou-se questão de sobrevivência empresarial a correta
administração do ônus tributário.
Em outras palavras, seria uma atividade empresarial estritamente preventiva,
que visa analisar os tributos, realizar pesquisas, quantificar seus efeitos,
comparando resultados prováveis, para de tal forma possibilitar a escolha da
alternativa menos onerosa.
O caráter preventivo do planejamento decorre do fato de não de poder
escolher alternativas sem antes ser feita a prévia análise da empresa. Logo depois
da constatação dos fatos, serão apresentadas duas alternativas para o sujeito
passivo da relação jurídico-tributária: Pagar ou não pagar o tributo. A opção de não
pagar, caracteriza-se como prática Ilícita, sujeito á punição cabível mediante lei caso
o Estado tome conhecimento de tal ato.
Em média 33% do faturamento das empresas são dirigidos ao pagamento de
tributos. Do lucro, até 34% vai para o Governo. Da somatória dos custos e
despesas, mais da metade do valor é representada pelos tributos. Assim, torna-se
imprescindível a adoção de um sistema de economia legal.
O Planejamento possui basicamente três finalidades:
1. Evitar a incidência do fato gerador do tributo.
Exemplo- Substituir a maior parte do valor do pró-labore dos sócios de uma
empresa, por distribuição de lucros, pois a partir de Janeiro/1996 eles não sofrem
incidência de IR nem na fonte e nem na declaração. Dessa forma, evita-se a
50
incidência do INSS (20%) e do IR na fonte (Até 27%) sobre o valor retirado como
lucros em substituição do pró-labore.
2. Reduzir o montante do tributo, sua alíquota ou reduzir a base de
cálculo do tributo.
Exemplo: Ao preencher a declaração de imposto de renda, o contribuinte
pode optar por deduzir até 20% da renda tributável como desconto padrão ou
efetuar as deduções de dependentes, despesas médicas, plano de previdência
privada, etc.
3. Retardar o pagamento do tributo, postergando o seu pagamento, sem
a ocorrência da multa.
Exemplo- Transferir o faturamento da empresa do dia 30 ou 31, para o 1° dia
do mês subseqüente. Com isso, se ganha 30 dias adicionais para o pagamento de
PIS e COFINS, SIMPLES, ICMS, ISS, IRPJ e CSLL (Lucro Real por Estimativa), se
for final de trimestre até 90 dias do IRPJ e CSLL (Lucro Presumido ou Lucro Real
Trimestral) e 10 a 30 dias se a empresa pagar o IPI.
Existem duas formas de elisão fiscal:
Aquela decorrente da própria lei; e.
Nesse caso, o próprio dispositivo legal permite ou até mesmo induz a
economia de tributos. Existe uma vontade clara e consistente do legislador
de dar ao contribuinte determinados benefícios fiscais. Os incentivos fiscais
são exemplos típicos de elisão induzida por lei, uma vez que o próprio texto
legal dá aos seus destinatários determinado benefício.
Aquela que resulta de lacunas e brechas existentes na própria lei;
Nessa segunda hipótese, o contribuinte opta por configurar seus negócios de
tal forma que se harmonizar com um menor ônus tributário, utilizando-se de
elementos que a lei não proíbe ou que possibilitem evitar o fato gerador de
determinado tributo com elementos da própria lei.
Todo contribuinte tem o direito constitucional de gerir seus negócios com
liberdade, como vemos nos textos constitucionais abaixo (Constituição Federal do
Brasil, 1988):

Art. 1°. A república federativa do Brasil, formada pela indissolúvel dos


Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como Fundamentos:
51
IV- Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
Art. “170”. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano
e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna,
conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
II- Propriedade privada;
IV- Livre Concorrência;

Tendo em vista os artigos acima, não nos restam dúvidas de que dentro da
lei, o contribuinte pode agir no seu interesse. Planejar tributos é um direito tão
essencial quanto planejar o fluxo de caixa, fazer investimentos etc.

4.13.1 Elaboração do planejamento tributário

A base de um adequado Planejamento Tributário é a existência de dados


regulares e confiáveis. A contabilidade, sendo um sistema de registros permanentes
das operações, é um pilar de tal planejamento.
Por contabilidade, entende-se um conjunto de escrituração das receitas,
custos e despesas, bem como de controle patrimonial (Ativos e Passivos),
representados por diversos livros, dentre eles:
Livro Diário;
Livro (ou fichas) Razão;
Inventário e Controle de Estoques;
Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR);
Apuração do ICMS;
Apuração do IPI;
Apuração do ISS, etc.;
Tal conjunto de informações e sistemas irá gerar os dados preliminares para
análise tributária, se desejamos reduzir tributos, temos que saber quanto estamos
gastando em valores e quantias corretas de impostos. Diante disso, partimos de um
fato real (quanto gastamos) para compararmos com estimativas econômicas quanto
pagaríamos se aplicássemos o planejamento elaborado em uma empresa.
Para que a contabilidade se preste ao planejamento, a mesma deverá refletir a
situação real da empresa, do patrimônio, as receitas e despesas. Contas com saldos
distorcidos, falta de atendimento aos princípios, regime e competência, atrasos

52
na escrituração, conciliações incorretas, etc., são fatores que diminuem a qualidade
da informação contábil. Por conseguinte, diminuição a qualidade do planejamento
tributário pretendido. O Planejamento é elaborado com documentação hábil de 5
anos.
O planejador de sucesso, na área tributária, irá buscar basicamente:
1) Informações precisas sobre os tributos (base de cálculo, alíquotas, prazos de
recolhimento, fato gerador etc.);
2) Dados internos e externos do contribuinte (lucratividade, volume de
negócios, forma de operações, entre outros);
Após os passos acima, começaremos a faze de análise, comparabilidade,
verificação, dedução e idealização de alternativas lícitas para redução fiscal.
Quando aplicamos o planejamento, novamente a contabilidade se prestará
para tal implantação, pois os registros deverão responder ás seguintes questões dos
administradores:
A execução do planejamento trouxe redução de impostos? Quanto?
1) Houve custos adicionais nesta implantação? Quais foram estes custos
e seus respectivos valores?
2) Com os resultados já alcançados, pode-se afirmar que o planejamento
foi aplicado de forma eficaz e econômica?
Quando a contabilidade consegue responder essas questões de forma clara,
objetiva e baseando-se em fatos reais, podemos afirmar que o planejamento foi
feito, implantado e executado com êxito.
4.13.1.1 Lucro Presumido

Lucro presumido é uma forma simplificada de tributação que determina a base


de cálculo para o Imposto de Renda das pessoas jurídicas – IRPJ e para a
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL que são calculados
trimestralmente.
O lucro presumido é calculado a partir de sua receita bruta adicionada de
outras receitas. É aplicado um percentual padrão de acordo com os tipos de receita
para assim encontrarmos a base de cálculo.
Por não se tratar do lucro contábil efetivo, somente uma aproximação fiscal, é
denominada Lucro Presumido.
53
De acordo com a Receita Federal, poderão optar pelo Lucro Presumido as
pessoas jurídicas que:
Tiveram receita bruta igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito
milhões de reais), no ano-calendário anterior a partir de 2014, ou a R$ 6.500.000,00
(seis milhões e quinhentos mil de reais), multiplicado pelo número de meses que
esteve em atividade no ano-calendário anterior; e
Que não estejam obrigadas à tributação pelo Lucro Real em função da
atividade exercida ou da sua constituição societária ou natureza jurídica.
De acordo com Higuchi (2008, p. 42) não poderão optar pelo regime de
tributação do Lucro Presumido as pessoas jurídicas:
Cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior a R$ 78.000.000,00
ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a doze meses;
Cujas atividades sejam de instituições financeiras ou equiparadas;
Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
Que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais
relativos à isenção ou redução do imposto;
Que, no decorrer no ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo
regime de estimativa, inclusive mediante balanço ou balancete de suspensão ou
redução de imposto;
Cuja atividade seja de factoring.
O livro de Perguntas e Respostas editado pela Receita Federal em 31/12/2012
considera como Receita Bruta, para verificação do limite, o produto na venda de
bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado
na auferido nas operações de conta alheia, acrescido das demais receitas, tais
como, rendimentos de aplicações financeiras (renda fixa e variável), receita de
locação de imóveis, descontos ativos, variações monetárias ativas, juros recebidos
como remuneração do capital próprio etc. e dos ganhos de capital.

4.13.1.2 Lucro Real

A expressão lucro real significa o lucro tributável, isto é o lucro para fins da
legislação do imposto de renda, distinto do lucro líquido apurado contabilmente.

54
Segundo Rodrigues (2009, p.33) “Lucro Real é a forma completa de apuração
do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido direcionada a
todas as pessoas jurídicas quer por obrigatoriedade prevista na legislação vigente
quer por livre opção”.
Chaves (2010, p.14) acrescenta que “o lucro real é o resultado contábil
(receitas menos os custos e despesas) ajustado pelas adições e exclusões. Sendo
assim, os tributos serão definidos quando a empresa obtém lucro”.
Pinto (2011, p. 170) define como “a soma algébrica do lucro operacional, dos
resultados não operacionais e das participações, e deverá ser determinado com
observância do preceituado na legislação comercial”.
Oliveira et al (2002, p. 174) o conceitua como:

É o lucro líquido do período apurado na escrituração comercial, denominado


lucro contábil, ajustado pelas adições, exclusões e compensações
autorizadas pela legislação do Imposto de Renda. Os ajustes do lucro
líquido do período de apuração e a demonstração da apuração do lucro real
devem ser transcritos no Livro de Apuração do Lucro Real.

Confirmando o conceito de Oliveira a Receita Federal define Lucro Real


como:
É a base de cálculo do imposto sobre a renda apurada segundo registros
contábeis e fiscais efetuados sistematicamente de acordo com as leis
comerciais e fiscais. A apuração do lucro real é feita na parte A do Livro de
Apuração do Lucro Real, mediante adições e exclusões ao lucro líquido do
período de apuração (trimestral ou anual) do imposto e compensações de
prejuízos fiscais autorizadas pela legislação do imposto de renda, de acordo
com as determinações contidas na Instrução Normativa SRF nº 28, de 1978,
e demais atos legais e infralegais posteriores.

A partir da contabilidade, no final da apuração do exercício da DRE, se dá o


Resultado antes da CSLL, que poderá ser lucro ou prejuízo. Após apuração deste
valor deve ser feito os ajustes, sendo estes compreendidos como as adições e
exclusões prescritas ou autorizadas pela legislação tributária (arts. 247, 249 e 250
do IR/99).
O Lucro Real é demonstrado em LALUR, evidenciando as adições e
exclusões para chegar á base de cálculo. O LALUR (Livro de Apuração do Lucro
55
Real) é um livro fiscal exigido pela legislação do imposto de renda (art. 262 do
RIR/99). Seu modelo está aprovado pela IN SRF nº 28/78, o LALUR, é dividido em
duas partes distintas (cada uma delas deve conter 50% das folhas) reunidas em um
só volume encadernado, a saber:
• Parte A, destinada aos lançamentos de ajustes do lucro líquido do período de
apuração e à transcrição da demonstração do lucro real. Nessa parte é que
apuramos a base de cálculo do imposto.
• Parte B (cuja numeração é sequencial à da Parte A), destinada ao controle
dos valores que foram ajustados na Parte A que devam influenciar a
determinação do lucro real de períodos de apuração futuros e não constem
da escrituração comercial.
A SRF determina que seja adicionado ao Lucro Líquido:
a- Os custos, despesas, encargos, provisões, participações e quaisquer
outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo
com a legislação tributária, não sejam dedutíveis na determinação do
Lucro Real. (Ex. Resultados negativos de equivalência patrimonial;
custos e despesas não dedutíveis);
b- Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não
incluídos na apuração do lucro líquido, que de acordo com a Legislação
Tributária, devam ser computados na determinação do Lucro Real (Ex.
Ajustes decorrentes de aplicações, lucros auferidos por coligadas e
controlados domiciliadas no exterior).

Seguem abaixo as principais Adições:


• Alimentação de sócios, acionistas e administradores;
• Brindes;
• Multas por infrações fiscais;
• Provisões (exceto as de férias, 13º salários e seus encargos sociais e as provisões
técnicas estabelecidas pela Susep); o artigo 335 do RIR/99 descreve que:

Art. 335 - Na determinação do lucro real somente serão dedutíveis as


provisões expressamente autorizadas neste Decreto (Decreto-lei nº 1730,
de 17 de outubro de 1979, art. 3º, e Lei nº 9249, de 1995, art. 13, inciso I).

56
• Ajustes de Regime Tributário de Transição (RTT) é uma a regra de neutralidade
tributária; que trata dos ajustes decorrentes dos novos métodos e critérios contábeis
introduzidos pela Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007, e pelos arts. 57 e 38
desta lei;
• Despesas e Custos Dedutíveis, este são definidos no art. 299 do RIR/99:

São operacionais as despesas não computadas nos custos, necessárias à


atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora;
São necessárias as despesas pagas ou incorridas para a realização das
transações ou operações exigidas pela atividade da empresa;
As despesas operacionais admitidas são as usuais ou normais no tipo de
transações, operações ou atividades da empresa.

Resumindo despesa operacional dedutível são despesas que são indispensáveis


para a operação da empresa, assim a identificamos a partir de três requisitos são
eles:
Gasto seja incorrido, seja indispensável é que a empresa já tenha desfrutado dos
bens e serviços adquiridos;
1. Gasto seja incorrido, seja indispensável é que a empresa já tenha desfrutado
dos bens e serviços adquiridos;
2. O gasto é para a manutenção da atividade da empresa e também relacionado
com a atividade explorada;
3. O gasto deve ser comprovado.
Em relação às despesas que poderão ser excluídos a SRF apresenta:
a- Os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária e que
não tenham sido computados na apuração do Lucro Líquido do período
de apuração (Ex. Depreciação acelerada incentivada).
b- Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos
na apuração do lucro líquido que de acordo com a legislação tributária,
não sejam computados na determinação do Lucro Real (Ex. resultados
positivos de equivalência patrimonial, dividendos).

Segundo a Instrução Normativa- RIR/199 e Lei n o 8.981, de 1995, art. 42


poderão ser compensados:

57
Poderão ser compensados, total ou parcialmente, á opção da entidade, os
prejuízos fiscais de períodos anteriores desde que não ultrapassem o limite
máximo de trinta por cento do lucro líquido ajustado pelas adições e
exclusões. O prejuízo compensado é demonstrado na parte B do LALUR.

Em relação às exclusões, segue abaixo as principais exclusões:


Lucros ou dividendos recebidos, de investimento avaliado pelo custo de
aquisição;
Reversão de provisões não dedutíveis;
Ajustes de RTT; e
Outras exclusões.
Compensação de prejuízos fiscais de períodos de apuração anteriores,
respeitado o limite de 30% do lucro ajustado.
O lucro Real está embasado no artigo 14 da lei n° 9.718/98, o qual relata sobre a
obrigatoriedade das pessoas jurídicas em optar pelo Regime de tributação Lucro
Real, ficando ainda as empresas dispensadas do regime, em optar pelo mesmo a
fim de uma economia financeira.

4.13.1.3 O regime tributário da Essência Sobre a Formal

Mesmo a empresa podendo optar pelo regime presumido devido ao fato da


empresa não ter exercício anterior, já que a mesma iniciou em 2014. O regime de
tributação lucro real mostrou mais vantajosos.
A tabela abaixo mostra o comparativo

Tributos Lucro Real Lucro Presumido Economia L. P. Econ. %


IRPJ 65,815.47 30,000.00 - 35,815.47
CSLL 39,489.28 27,000.00 - 12,489.28
PIS 1,320.00 16,250.00 14,930.00
COFINS 6,080.00 75,000.00 68,920.00
Total 112,704.75 148,250.00 35,545.25 31.5%
% Receita 4.51% 71.16% 66.65%

Analisando as projeções de receitas e principalmente os gastos que serão


intensificados conforme o planejamento de construir painéis solares, estação de
tratamento de água ficou claro que a tributação do Regime Lucro real mostrou se

58
mais vantajosa do que o lucro presumido, pois a opção pelo Lucro real pode trazer
uma economia de 31,5%. O comparativo completo e o cálculo estão no anexo J.

59
CONCLUSÃO

Este trabalho mostrou os principais cadastros que precisam ser realizados


para legalizar uma empresa desde a elaboração do contrato social até o registro de
marcas e patentes. Para responder problemática: como o conhecimento, os detalhes
de abertura de uma empresa, a elaboração de um planejamento e o plano de
negócio ajudam para o sucesso de uma empresa no setor de cosméticos? Foi
realizada através de referências bibliográficas e como já esperávamos, o
conhecimento do processo de abertura e o planejamento antes de abrir a empresa é
essencial, pois o domínio do produto sem entender as entraves da legislação pode
prejudicar o crescimento e até mesmo a falência prematura.
O empresário precisa conhecer o passo a passo: a formalização completa da
empresa e é de extrema importância não pular as etapas, pois a maioria dos
cadastros só são possíveis quando apresentados os cadastros de determinados
órgãos. Assim, seguir a seqüência de cadastro facilita no arranjo de documentos
necessários.
Além do conhecimento para abrir uma empresa é essencial checar se o ramo
de atividade não possui particularidades, como no caso de Industria de cosméticos
existe algumas particularidades. São elas:
-Além da licença ambiental é necessário investimentos no sistema de
tratamento de águas residuais:
-Os produtos só podem ser vendidos com a certificação da Anvisa e com um
responsável técnico pelo produto pode ser um Farmacêutico, um Químico, ou outro
especialista em ciências relacionadas, desde que o Conselho Regional do Estado o
considere apto ao cargo.
Mediante isso, pode dizer é que, para o funcionamento da Indústria
Cosmética incluso nos limites da legislação ambiental, é necessário que se funda
uma política alternativa de gerenciamento dos resíduos industriais.
O planejamento tributário mostrou que diferente do habitual o Lucro Real é
mais vantajoso do que o presumido a economia pode chegar em 31,5%, assim
podemos afirmar que a escolha errada pode comprometer a longevidade da
empresa.

60
O plano de negócio e o planejamento possibilitam o empresário a tentar
enxergar o mercado que está inserido identificando as oportunidades e suas
fraquezas; mas esta reflexão não pode só ser feita na abertura. Ela precisa ser
realizada de tempos em tempos, pois hoje o mundo dos negócios está sempre em
transformação.

61
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AIDAR, Marcelo Marinho. Empreendedorismo. São Paulo: Thomson, 2007.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Cadastramento de empresas


Disponível em:<http://www.anvisa.gov.br/sngpc/cadastramento_empresas.pdf>.
Acesso em: 20 março 2014.

______. (Constituição, 1998). Constituição da República Federativa do Brasil.


Promulgada em 05 de outubro de 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 01 Abril 2014.

_____ Departamento de Registro Empresarial e Integração.


Disponível em: <http://drei.smpe.gov.br/>. Acesso em: 28 março 2014

_____Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995. Altera a legislação do imposto de


renda das pessoas jurídicas, bem como da contribuição social sobre o lucro líquido,
e dá outras providências. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.
gov.br/Legislacao/leis/Ant2001/lei924995.htm>. Acesso em: 10 de Abril 2014.

_____ Secretaria da Receita Federal. Inscrição no CNPJ – Orientações para PJ.


Disponível em:<http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/cnpj/con
venjunta /insccnpjorientacoes.htm>. Acesso em: 28 março 2014.

CETESB. Licenciamento. Disponível em:< http://www.cetesb.sp.gov.br/Iice


nciamento-ambiental/1-pagina-inicial#>. Acesso em: 28 março 2014.

CATHO.Guia de Profissões e Salários.


Disponível em: <http://home.catho.com.br/profissoes>. Acesso em: 28 março 2014.

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em


negócios. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001.

62
DUARTE, Nelson Filipe dos Santos. Gestão de Empresas. Coimbra: Instituto
Politécnico de Coimbra, 2006.

HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de. Janeiro,


Ed. Objetiva, 2001.

JUCESP- Manual de orientações Procedimentos de registro de atos de empresas


mercantis. Disponível em: <http://www.institucional.jucesp.sp.gov.br >. Acesso em:
21 março 2014.

SÃO PAULO. Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. Inscrição Estadual.


Disponível em: < http://www.fazenda.sp.gov.br/guia/icms/abertura
_empresa.shtm>. Acesso em: 21 março 2014.

________. Secretaria Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico.


Cadastro de Contribuintes Mobiliários. Disponível em:
<http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/financas/servicos/ccm/>. Acesso
em: 21 março 2014.

SEBRAE. Como registrar uma marca e patente. Disponível em:


<http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/vou-abrir/registre-
empresa/marcas-e-patentes/7-por-que-registrar-uma-marca/BIA_7>. Acesso em: 01
Abril 2014.

63
ANEXO A - Capital Social

INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONSTITUIÇÃO DE SOCIEDADE


EMPRESÁRIA LIMITADA

ESSÊNCIA SOBRE A FORMA INDÚSTRIA DE COSMÉTICOS LTDA.

Pelo presente instrumento particular os abaixo assinado:

Adalgisa Martins de Oliveira, brasileira, natural da cidade de São Paulo, estado de


São Paulo, casada pelo regime de comunhão de bens, nascido em 21/07/1972,
administradora, portador da cédula de identidade RG nº 85.569.789-0-SSP-SP,
inscrito no CPF sob nº 222.333.444.55, residente e domiciliado na Rua Olimpíadas,
nº 876, Vila Olímpia, São Paulo, SP, CEP: 022.85-220; e

Clodoaldo Barboza Medeiros, brasileiro, natural da cidade de Vitória, estado do


Espírito Santos, divorciado, nascido em 05/02/1969, administrador, portador da
cédula de identidade RG nº 49.487.225-X-SSP-ES, inscrito no CPF sob nº
666.777.888-99 residente e domiciliado na Avenida Brás Leme, nº 20, 10° andar,
Santana, na cidade de São Paulo, SP, CEP: 056.28-110.

Resolvem contratar a constituição de uma sociedade empresária limitada, que se


regerá pela Lei nº 10.406/2002 (Código Civil Brasileiro), e demais legislação aplicável
às sociedades limitadas, e pelas cláusulas e condições descritas a seguir:

Cláusula Primeira – A sociedade girará sob a razão social de Essência sobre a


Forma Indústria de Cosméticos LTDA., por prazo indeterminado, e terá sua sede
na Avenida Francisco Matarazzo, nº 1.400, bairro Barra Funda, cidade de São Paulo,
estado de São Paulo, CEP: 05001-100.

Cláusula Segunda – O objeto social da sociedade compreende (i) a exploração do


comércio de produtos de beleza, produtos cosméticos, perfumes e essências.

64
Cláusula Terceira – A sociedade terá o capital social de R$ 500.000,00 (Quinhentos
mil reais), dividido em 250.000,00 (Duzentos e cinqüenta mil) quotas no valor de R$
1,00 (um real) cada uma, e totalmente integralizado pelos sócios neste ato, ficando o
capital distribuído entre os sócios da seguinte forma:

NOME QUOTAS VALOR


Clodoaldo Barboza Medeiros 70% R$ 350.000,00
Adalgisa Martins de Oliveira 30% R$ 150.000,00

Cláusula Quarta – A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas


quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social,
nos termos do artigo 1.052 do Código Civil.

Cláusula Quinta – A sociedade será gerida e administrada pelos sócios em conjunto


ou separadamente, sendo-lhes atribuídos todos os poderes de administração e
representação da sociedade ativa e passiva, judicial e extra judicialmente e ainda
outorga de procurações, ficando vedado o uso da denominação social para negócios
alheios ao objeto social e, na prática de atos inerentes, será o mesmo
responsabilizado nos termos da lei civil.

Parágrafo Primeiro – Pelo exercício da administração, será facultado aos sócios-


administradores, o direito a uma retirada mensal a título de “Pró-Labore”, cujo
valor será por eles livremente fixado, em reunião de sócios, observados os limites
permitido pela Legislação do Imposto de Renda, e para efeito de contabilização, o
valor relativo às retiradas será levada à conta de Despesas Gerais da sociedade.

Parágrafo Segundo – Para as deliberações de vulto, ou qualquer documento que


importe em grande responsabilidade para a sociedade, bem como prestação de
avais, endossos, fianças, alienar, adquirir, ceder, onerar ou arrendar bens da
sociedade, a administração será exercida em conjunto pelos sócios que
representem a maioria do capital social.

65
Parágrafo Terceiro – Em suas deliberações os sócios-administradores adotarão
preferencialmente a forma estabelecida no parágrafo 3º do artigo 1.072 do Código
Civil.

Parágrafo Quarto – Fica estabelecido que a sociedade não terá Conselho Fiscal.

Cláusula Sexta – As deliberações sociais serão tomadas em reuniões de sócios,


presidida e secretariada por sócios presentes, que lavrarão uma ata de reunião que,
posteriormente, será levada a registro em órgão competente, ficando a sociedade
dispensada da manutenção e lavratura de Livro de Atas.

Parágrafo Primeiro – A convocação para a reunião de sócios se dará por


escrito, com obtenção individual de ciência, formalizada de qualquer maneira,
dispensando-se as formalidades da publicação do anúncio, conforme artigo
1.072 do Código Civil, e instalar-se-á de conformidade com o artigo 1.074 do
mesmo diploma legal.

Parágrafo Segundo – Fica dispensada a reunião quando todos os sócios


decidirem, por escrito, sobre as matérias objeto de deliberação, consolidando o
decidido para o devido registro no órgão competente, nos termos do § 3º do
artigo 1.072 do Código Civil.

Parágrafo Terceiro – A reunião de sócios, de acordo com o artigo 1.078 do


Código Civil, ocorrerá, ordinariamente, nos quatro primeiros meses depois de
findo o exercício e, extraordinariamente, sempre que os interesses sociais
exigirem o pronunciamento dos sócios, salvo se todos estiverem presentes e
decidirem, por escrito, acerca da matéria em pauta.

Parágrafo Quarto – De conformidade com o § 5º do artigo 1.072 do Código Civil, as


deliberações tomadas de conformidade com a lei e o contrato vinculam todos os
sócios, ainda que ausentes ou dissidentes.

66
Cláusula Sétima – As quotas de capital são indivisíveis, e, cada uma delas dará o
direito a um voto nas deliberações sociais, e as quotas do capital social não poderão
ser cedidas, transferidas, alienadas ou entregues em dação em pagamento a
qualquer título, a terceiros estranhos à sociedade, sem que seja dado o direito de
preferência aos sócios que nela permanecerem, sendo-lhes assegurada tal
preferência em igualdade de condições e preços, formalizando, se realizada a cessão
delas, a alteração contratual pertinente.

Parágrafo Primeiro – Se qualquer dos sócios tiver a pretensão de transferir suas


quotas na forma do caput, deverá dar ciência dessa intenção aos outros,
comunicando-os por escrito para que, dentro do prazo de 90 (noventa) dias,
contados da comunicação, possam exercer o direito de preferência na aquisição.

Parágrafo Segundo – O não exercício por parte da totalidade dos outros sócios
quanto ao direito de preferência no prazo fixado no parágrafo primeiro, permitirá que
o sócio pretendente à alienação, nos termos do artigo 1.057 do Código Civil, efetue
a transferência das quotas oferecidas a terceiros, salvo se houver oposição de
titulares de mais de ¼ (um quarto) do capital social.

Cláusula Oitava – No caso de qualquer sócio desejar retirar-se da sociedade, é


assegurado o direito personalíssimo e exclusivo de preferência aos demais sócios,
que poderão exercê-lo devendo ser apurados os respectivos haveres através de
demonstrações contábeis da sociedade na data do evento. Nesta hipótese de retirada
de sócios, será levantado um Balanço Patrimonial na data da saída, e com base
nestas demonstrações contábeis será apurado o quinhão do sócio retirante, que será
reembolsado em 120 (cento e vinte) prestações mensais, iguais e sucessivas,
devidamente corrigidas pelos índices oficiais vigentes à época da ocorrência.
Justifica-se esse privilégio exclusivo aos sócios da sociedade, interpretando-se essa
condição como proteção do interesse coletivo da sociedade e dos empreendimentos
da família dos sócios.

Cláusula Nona – Ocorrendo o falecimento ou interdição de qualquer sócio, a


sociedade continuará suas atividades normalmente com os sócios

67
remanescentes. A sociedade é fundada sobre o princípio do afecctio societatis,
que deve estar presente obrigatoriamente em relação a todos os sócios, uma vez
que é fundamental à sobrevivência da sociedade e de seu desiderato. Por essa
razão não será admitido, em nenhuma hipótese, o ingresso de eventuais
sucessores, seja a que título for, sem o expresso consentimento de todos os
sócios remanescentes, a quem caberá, exclusivamente, a decisão de admitir na
sociedade pessoas estranhas ao quadro societário.

Parágrafo Único – Na presença de eventuais sucessores, que não obtiveram


consentimento de admissão na sociedade, será levantado um Balanço Patrimonial na
data desse evento, e com base nessas demonstrações que se basearão
exclusivamente nos valores contábeis, será apurado o quinhão respectivo que será
reembolsado em 120 (cento e vinte) prestações mensais, iguais e sucessivas,
devidamente corrigidas pelos índices oficiais vigentes à época da ocorrência,
vencendo-se a primeira 90 (noventa) dias após o evento, justificando-se esse prazo
para não colocar em risco a sobrevivência da sociedade.

Cláusula Décima – A exclusão de sócio somente poderá ocorrer na esfera


administrativa como medida extrema e ainda assim quando ficar claramente
demonstrada a justa causa, assim considerada a atuação nociva do sócio contra os
interesses da empresa, por falta grave no cumprimento de suas obrigações, ou
qualquer outro procedimento, de inegável gravidade, que coloque em risco a
continuidade da empresa.

Parágrafo Único – A exclusão de sócios somente poderá ser determinada em


reunião especialmente convocada para esse fim, ciente o acusado em tempo hábil
para permitir seu comparecimento e o exercício do direito de defesa, aplicando-se na
apuração e pagamento de haveres do sócio excluído, a forma e prazo estipulados na
cláusula sétima.

Cláusula Décima Primeira – O exercício social encerrará sempre no dia 31 de


Dezembro de cada ano, data em que serão levantados o Balanço Geral e
Demonstração da Conta de Lucros e Perdas. Os lucros líquidos apurados, conforme

68
deliberação dos sócios serão distribuídos entre eles proporcionalmente ao capital de
cada um ou levados à conta de Lucros em Suspenso. Eventuais prejuízos serão
suportados pelos sócios na proporção do capital social possuído.

Cláusula Décima Segunda – A sociedade poderá abrir filiais, agências, depósitos ou


escritório em qualquer parte do território nacional, atribuindo-lhes o capital nominal
que julgar útil ou necessário, parcela esta que se destacará de seu próprio capital
para efeitos fiscais.

Cláusula Décima Terceira – Os sócios-administradores declaram sob as penas da


lei, que não estão impedidos de exercerem a administração da sociedade, por lei
especial, ou em virtude de condenação criminal, ou por se encontrarem sob os efeitos
dela, e pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos, ou
por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato ou
contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra normas de
defesa da concorrência, contra relações de consumo, fé pública, ou à propriedade.

Cláusula Décima Quarta – Ficam os sócios-administradores dispensados de


prestarem caução em garantia de seus atos de administração.

Cláusula Décima Quinta – Os casos omissos neste instrumento serão resolvidos em


conformidade com as disposições aplicáveis.

Cláusula Décima Sexta – Fica eleito para dirimir as dúvidas e resolver os conflitos
oriundos do presente instrumento, o foro da Comarca de São Paulo, Estado de São
Paulo, com renúncia a qualquer outro, por mais privilegiado que seja.

Firmam a presente declaração para que produza os efeitos legais, ciente de que, no
caso de comprovação de sua falsidade, será nulo de pleno direito perante o registro
do comércio o ato que se integra esta declaração, sem prejuízo das sanções penais a
que estiverem sujeitos.

69
E, por estarem justos e contratados, assinam o presente instrumento em 03 (três)
vias de igual teor e forma, na presença de 02 (duas) testemunhas, para que se
produzam os efeitos legais, ficando a primeira via para o devido registro na Junta
Comercial do Estado de São Paulo e as demais devolvidas aos contratantes depois
de anotadas.

São Paulo, 10 Janeiro de 2014.

Clodoaldo Barboza Medeiros


Sócio-Administrador

Adalgisa Martins de Oliveira


Sócia

TESTEMUNHAS:

Nome:
RG: / CPF:

Nome:
RG: / CPF:

70
ANEXO B- Requerimento de Empresário preenchido

NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO DO REGISTRO DE EMPRESA - NIRE DA SEDE NIRE DA FILIAL (preencher somente se ato referente a filial)

2221112221-1
NOME DO EMPRESÁRIO (completo sem abreviaturas)

Clodoaldo Barboza Medeiros


NACIONALIDADE ESTADO CIVIL

Brasileiro Divorciado
SEXO REGIME DE BENS (se casado)

M F
FILHO DE (pai) (mãe)

Roberto Barboza Medeiros Maria de Fátima Martins Medeiros


NASCIDO EM (data de nascimento) IDENTIDADE número Órgão emissor UF CPF (número)

05/02/1969 49.487.225-X SSP ES 666.777.888-99


EMANCIPADO POR (forma de emancipação – somente no caso de menor)

DOMICILIADO NA (LOGRADOURO – rua, av, etc.) NÚMERO

COMPLEMENTO BAIRRO / DISTRITO CEP CÓDIGO DO MUNICÍPIO


(Uso da Junta Comercial)

MUNICÍPIO UF

declara, sob as penas da lei, não estar impedido de exercer atividade empresária, que não possui outro
registro de empresário e requer à Junta Comercial doEstado de São Paulo:
CÓDIGO DO ATO DESCRIÇÃO DO ATO CÓDIGO DO DESCRIÇÃO DO EVENTO
EVENTO

CÓDIGO DO EVENTO DESCRIÇÃO DO EVENTO CÓDIGO DO DESCRIÇÃO DO EVENTO


EVENTO

NOME EMPRESARIAL

Essência Sobre a Forma Indústria de Cosméticos Ltda


LOGRADOURO (rua, av, etc.) NÚMERO

Avenida Francisco Matarazzo 1.400


COMPLEMENTO BAIRRO / DISTRITO CEP CÓDIGO DO MUNICÍPIO
(Uso da Junta Comercial)
Barra Funda 05001-
MUNICÍPIO UF PAÍS 100
CORREIO ELETRÔNICO (E-MAIL)

São Paulo SP Brasil


VALOR DO CAPITAL - R$ VALOR DO CAPITAL (por extenso)

R$ 500.000,00 Quinhentos Mil Reais


CÓDIGO DE ATIVIDADE ECONÔMICA DESCRIÇÃO DO OBJETO
(CNAE Fiscal)
Atividade principal Exploração do comércio de produtos de beleza, cosméticos,
perfumes e essências.
2063-1
Atividades secundárias

DATA DE INÍCIO DAS ATIVIDADES NÚMERO DE INSCRIÇÃO NO CNPJ TRANSFERÊNCIA DE SEDE OU DE UF USO DA JUNTA COMERCIAL
FILIAL DE OUTRA UF DEPENDENTE DE
AUTORIZAÇÃO 1 - SIM
NIRE anterior
10/01/2014 10.467.221/0001-28 GOVERNAMENTAL 3 - NÃO

ASSINATURA DA FIRMA PELO EMPRESÁRIO (ou pelo representante/assistente/gerente)

DATA DA ASSINATURA ASSINATURA DO EMPRESÁRIO

PARA USO EXCLUSIVO DA JUNTA COMERCIAL

71
DEFERIDO. AUTENTICAÇÃO
PUBLIQUE-SE E ARQUIVE-SE.

_________________________

______/______/______

72
ANEXO C- Telas do passo a passo para o cadastro na JUCESP

Cadastro de dados da empresa na JUCESP.

Cadastro dos Sócios na JUCESP.

73
74
ANEXO D- Coleta Online - Programa Gerador de Documentos do CNPJ

75
ANEXO E- Cadastro de Contribuintes Mobiliários

ESSENCIA SOBRE A FORMA IND DE COSMÉTICOS LTDA

AVENIDA FRANCISCO MATARAZZO, Nº 1.400,


BARRA FUNDA
05001-100
(0011) 34345896
10.467.221/0001-28
03/04/2014
03/04/2014

10/02/2014

10/02/2014

76
ANEXO F- Licença de Operação da Cetesb

77
ANEXO G- Alvará de Funcionamento

ANEXO H - Certificado da ANVISA

78
79
ANEXO I- Cálculo da Folha de pagamento

8 Funcionários da Produção
Considerando Salário Mínimo Reajustado
% 724.00
2013/2014
Previdência social 20% 20.0% 144.80
FGTS 8.5% 61.54
Seguro- Acidente de trabalho 3.0% 21.72
Salário Educação 2.5% 18.10
Férias normais 8.3% 60.31
1/3 de férias 2.8% 20.13
13º salário 8.3% 60.31
Faltas justificadas 0.6% 4.34
SESI ou SESC 1.5% 10.86
SENAI ou SENAC 1.2% 8.69
INCRA 0.2% 1.45
SEBRAE 0.6% 4.34
Total Salário 724.00
Total Benefícios 416.59
Total Salário + Benefícios 1,140.59
Total Salário + Benefícios ref. 8 Funcionários 9,124.72

02 Farmaceuticos % 2,500.00
Previdência social 20% 20.0% 464.00
FGTS 8.5% 197.20
Seguro- Acidente de trabalho 3.0% 69.60
Salário Educação 2.5% 58.00
Férias normais 8.3% 193.26
1/3 de férias 2.8% 64.50
13º salário 8.3% 193.26
Faltas justificadas 0.6% 13.92
SESI ou SESC 1.5% 34.80
SENAI ou SENAC 1.2% 27.84
INCRA 0.2% 4.64
SEBRAE 0.6% 13.92
Total Salário 2,500.00
Total Benefícios 1,334.94
Total Salário 02 empregados + Benefícios 7,669.88

80
03 Assistente % 2,320.02
Previdência social 20% 20.0% 464.00
FGTS 8.5% 197.20
Seguro- Acidente de trabalho 3.0% 69.60
Salário Educação 2.5% 58.00
Férias normais 8.3% 193.26
1/3 de férias 2.8% 64.50
13º salário 8.3% 193.26
Faltas justificadas 0.6% 13.92
SESI ou SESC 1.5% 34.80
SENAI ou SENAC 1.2% 27.84
INCRA 0.2% 4.64
SEBRAE 0.6% 13.92
Total Salário 2,320.02
Total Benefícios 1,334.94
Total Salário 03 empregados + Benefícios 10,964.88

Considerando Salário Gerente de Contabil % 4,800.00


Previdência social 20% 20.0% 360.00
FGTS 8.5% 153.00
Seguro- Acidente de trabalho 3.0% 54.00
Salário Educação 2.5% 45.00
Férias normais 8.3% 149.94
1/3 de férias 2.8% 50.04
13º salário 8.3% 149.94
Faltas justificadas 0.6% 10.80
SESI ou SESC 1.5% 27.00
SENAI ou SENAC 1.2% 21.60
INCRA 0.2% 3.60
SEBRAE 0.6% 10.80
Total Salário 4,800.00
Total Benefícios 1,035.72
Total Salário + Benefícios 5,835.72
Considerando Salário Responsavel Tecnico % 8,000.00
Previdência social 20% 20.0% 360.00
FGTS 8.5% 153.00
Seguro- Acidente de trabalho 3.0% 54.00
Salário Educação 2.5% 45.00
Férias normais 8.3% 149.94
1/3 de férias 2.8% 50.04
13º salário 8.3% 149.94

81
Faltas justificadas 0.6% 10.80
SESI ou SESC 1.5% 27.00
SENAI ou SENAC 1.2% 21.60
INCRA 0.2% 3.60
SEBRAE 0.6% 10.80
Total Salário 8,000.00
Total Benefícios 1,035.72
Total Salário + Benefícios 9,035.72

Assistente gerais % 724.00


Previdência social 20% 20.0% 144.80
FGTS 8.5% 61.54
Seguro- Acidente de trabalho 3.0% 21.72
Salário Educação 2.5% 18.10
Férias normais 8.3% 60.31
1/3 de férias 2.8% 20.13
13º salário 8.3% 60.31
Faltas justificadas 0.6% 4.34
SESI ou SESC 1.5% 10.86
SENAI ou SENAC 1.2% 8.69
INCRA 0.2% 1.45
SEBRAE 0.6% 4.34
Total Salário 724.00
Total Benefícios 416.59
Total Salário + Benefícios 1,140.59
Total Salário + Benefícios ref. 1 Funcionários 1,140.59

Considerando Salário Gerente Administrativo % 6,000.00


Previdência social 20% 20.0% 360.00
FGTS 8.5% 153.00
Seguro- Acidente de trabalho 3.0% 54.00
Salário Educação 2.5% 45.00
Férias normais 8.3% 149.94
1/3 de férias 2.8% 50.04
13º salário 8.3% 149.94
Faltas justificadas 0.6% 10.80
SESI ou SESC 1.5% 27.00
SENAI ou SENAC 1.2% 21.60
INCRA 0.2% 3.60
SEBRAE 0.6% 10.80
Total Salário 6,000.00

82
Total Benefícios 1,035.72
Total Salário + Benefícios 7,035.72

total de folha 50,807.22

ANEXO J- Cálculo e comparativo de Regime de Tributação

DESCRIÇÃO Estimativa Anual MÉDIA MENSAL


RECEITAS 2,500,000.00 208,333.33
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 2,500,000.00 208,333.33
RECEITA BRUTA
(-) TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES S/ VENDAS 531,250.00 44,270.83
(-) ICMS 300,000.00 25,000.00
(-) COFINS 190,000.00 15,833.33
(-) PIS/PASEP 41,250.00 3,437.50
(-) ISS -
OUTRAS RECEITAS - -
OUTRAS RECEITAS NÃO OPERACIONAIS - -
RECEITA LÍQUIDA DAS ATIVIDADES 1,968,750.00 164,062.50

CUSTOS 1,050,000.00 88,888.89


OUTROS CUSTOS
CUSTOS INDIRETOS -
CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO -
CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO 1,000,000.00 83,333.33

OUTROS CUSTOS INDIRETOS 50,000.00 5,555.56

(=) LUCRO BRUTO ( RECEITAS - CUSTOS ) 918,750.00 76,562.50

DESPESAS 466,137.12 38,844.76


DESPESAS OPERACIONAIS 454,114.89 37,842.91
DESPESAS OPERACIONAIS 454,114.89 37,842.91

DESPESAS FINANCEIRAS 12,022.23 1,001.85


DESPESAS FINANCEIRAS 12,022.23 1,001.85
(=) LUCRO OPERACIONAL 452,612.88 37,717.74
OUTRAS RECEITAS / DESPESAS - -

(=) LUCRO ANTES DA CSLL 452,612.88 37,717.74

83
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO 39,489.28 3,290.77
(=) LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IRPJ 413,123.60 34,426.97
PROVISÃO PARA O IMPOSTO DE RENDA 65,815.47 5,484.62
PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES - -

(=) TOTAL DO LUCRO DO PERÍODO 347,308.13 28,942.34

LUCRO REAL LUCRO PRESUMIDO


Apuração de IRPJ e CSLL Apuração de IRPJ e CSLL

Lucro 452,612.88 Receita Total Bruta


2,500,000.00
(-) Provisão Férias
(20,000.00)
(-) Custos - Venda de Mercadorias
2,500,000.00
Prestação de Servicos
Venda de Ativo -
Lucro Antes do IR/CS 432,612.88 Receitas Eventuais -
Receitas Tributárias -
Receita Aplicação
(+) Adições 6,156.92 -
Financeira
Despesa Não dedutível 2,090.00 Receitas Diversas -
Doação/brindes 4,066.92 Receitas Financeiras -
- -
(-) Exclusões - Base Cálculo IRPJ
200,000.00
- - IRPJ - 15%
30,000.00
- - Adicional IRPJ - 10% -
(-) Compensação Prejuízos
-
Fiscais
Base Cálculo CSLL
300,000.00
Base de Cálculo IRPJ e CSLL 438,769.80
CSLL - 9%
27,000.00
IRPJ - 15% 65,815.47
Adicional IRPJ - 10% 19,876.98 Apuração de PIS e COFINS
CSLL - 9% 39,489.28

Base de Cálculo
2,500,000.00
Apuração de PIS e COFINS

PIS Cumulativo - 0,65%


16,250.00
Total Débitos PIS 1,320.00 COFINS Cumulativo - 3%
75,000.00

84
Total Débitos COFINS 6,080.00 Carga Tributária Total
148,250.00
% da Receita 5.93%
Total Créditos PIS -
Total Créditos COFINS -
PIS a Recolher 1,320.00
COFINS a Recolher 6,080.00
Carga Tributária Total 132,581.73
% da Receita 5.30%

APÊNDICE
Dados da empresa
Tipo de empresa: Indústria
Porte: Média
Principal atividade: CNAE 2.0
Classe: 2063-1 fabricação de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene
pessoal.
Local: Avenida Francisco Matarazzo, nº 1.400, bairro Barra Funda, cidade de São
Paulo, estado de São Paulo, CEP: 05001-100.
Ficha Técnica
Nome fantasia: Essência sobre a forma Indústria de Cosméticos Ltda.
Razão social: Essência sobre a forma Indústria de Cosméticos Ltda.
CNPJ:
Endereço: Avenida Francisco Matarazzo, nº 1.400, bairro Barra Funda, cidade de
São Paulo, estado de São Paulo,
CEP: 05001-100
Enquadramento tributário: Lucro real
Telefones: 11-3434 5896
Site: www.essenciasobreaformacosmeticos.com.br

85

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