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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ABAETETUBA/BAIXO TOCANTINS - CUBT


MESTRADO PROFISSIONAL EM MATEMÁTICA EM REDE NACIONAL – PROFMAT

1 – Calcule a medido do ângulo que, somado ao triplo de seu complemento,


dá 210° como resposta
Solução :
. Ângulo : 
. Complemento : 90° – 

Daí vem:
 + 3.(90° – ) = 210°

 –3 = 210° – 270°

20 = 60°

 = 30° .

2 – Calcule as medidas de dois ângulos complementares, sabendo que o


complemento do dobro de um deles é igual a terça parte do outro.
Solução :
. De acordo com o enunciado da questão, considere a
figura ao lado.
A B . Se o ângulo a considerar for AÔB = , então, o dobro
de AÔB será 2. O complemento desse dobro será (90° –

2). Daí, vem:
90° - 
90𝑜 − 
O  90° – 2 =
C 3
270° – 6 = 90° – 
 = 36° .

3 – Os ângulos  e  são OPV e suas medidas em graus são expressas


por 9x – 2° e 4x + 8°, respectivamente. Calcule,
também em graus, a medida de  + . C

Solução : D
=9X-2°  4X+8°=
.De acordo com o enunciado, considere a figura O
B
ao lado.  A
. Se  e  são OPV, então eles são congruentes. Com efeito, temos:

BÔC = DÔA Como  = , vem: Então;


9x – 2° = 4x + 8°  =  = 9x – 2°  +  = 2.16°
x = 10°/5  =  = 9.2° – 2°  +  =32°
x = 2°#  =  = 16°#

4 - *Se duas retas se interceptam, prove que um dos ângulos por eles
formados é igual a 90º se, e só se, os quatro ângulos o forem.
Solução :
r .Sejam as retas r e s concorrentes no ponto O ( por
A hipótese). Seja também, da hipótese, AÔB = 90°.
. Observe que as semi-retas 𝑂𝐵⃗⃗⃗⃗⃗ e ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑂𝐷 são opostas. Então,

  
D O B s pela definição, BÔD é ângulo suplementar, que podemos
escrever :
C
AÔB + AÔD = 180° ; (AÔB = 90°)
90° + AÔD = 180°
AÔD = 90° #
. Por outra lado, perceba que as semi-retas 𝑂𝐶
⃗⃗⃗⃗⃗ e 𝑂𝐷⃗⃗⃗⃗⃗⃗ são opostas as semi-
retas 𝑂𝐴
⃗⃗⃗⃗⃗ e 𝑂𝐵
⃗⃗⃗⃗⃗ , respectivamente. O que determina, pela definição, dois pares
de ângulos opostos pelo vértice e congruentes. Com isso, vem:
AÔB = CÔD = 90° e
Por transitividade,
AÔB = CÔD = AÔD = CÔB = 90°#


5 – Na figura ao lado, o ângulo  mede a sexta parte do
ângulo  mais a metade do ângulo . Calcule a medida de   
.

Solução :
𝛾 𝛽
.Da hipótese temos que  =  (O.P.V.) e 𝛼= + . Com efeito,
6 2
temos:
𝛾 𝛽 𝛾 𝛽 𝛽 𝛾 𝛾
𝛼= +  = +  =  = #
6 2 6 2 2 6 3
. Por outro lado, temos que os ângulos  e  são suplementares. Daí vem:
𝛾 180° . 3
 +  = 180°  +  = 180°   =   = 135° #
3 4
Logo,
𝛾
= 3
 =
135°
3
  = 45° #
Como  = , segue que  = 45°.

6 – Sobre um círculo de centro O marcamos três pontos A, B e C, tais que


̂ = 𝐵𝐶
𝐴𝐵 ̂ , onde os arcos a que nos referimos são os arcos menores
̂ = 𝐴𝐶
correspondentes. Calcule as medidas dos ângulos AOB, BOC e AOC.
Solução :
. Considere a figura ao lado, de acordo com a situação
A problema apresentado.

. Da hipótese, como os três arcos tem o mesmo
comprimento (𝐴𝐵̂ = 𝐵𝐶 ̂ ), então, a circunferência foi
̂ = 𝐴𝐶
1
 divida em três ângulos iguais, equivalente a do
3
C  comprimento do círculo. Então:
B 1
AOB = BOC = AOC = . 360°
3
AOB = BOC = AOC = 120°#

7 – Calcule a medida de um ângulo agudo, sabendo que o mesma excede


a medida de seu complemento em 76°.
Solução :
. Ângulo agudo: 
. Complemento : 90° – 
Da hipótese, temos :
A B
 = 76° + (90° – )
 2 = 166°
90° -   = 83° .
O 
C

8 – A partir de um dos lados de um polígono convexo podemos traçar tantas


diagonais quantas são as diagonais de um hexágono. Encontre o número
de lados do polígono.
Solução :
A B . Da hipótese, como o número de diagonais que sai de um
dos vértices do polígono procurado é igual ao número de
E C
diagonais de um hexágono regular, então temos:
F DP Q 𝑛.(𝑛−3)
G
𝑑= ; n = 6 lados
2
U
Polígono Procurado R 6.(6−3)
𝑑=
2
d = 9 diagonais#
 
T S
. Observe agora que, de acordo com o número de lados que um polígono
possui, podemos determinar o número de diagonais que sai de cada vértice.
N° de lados Diagonal(is)/vértice
4 1
5 2
6 3
⋮ ⋮
Note que o número de diagonais que sai de cada vértice pode ser
calculado da diferença entre o número de lados do polígono considerado,
menos 3(três). Onde esse 3 representa o número de vértices que forma os
2(dois) lados consecutivos do polígono, em relação ao vértice considerado.
Com isso, para que tenhamos 9 (nove) diagonais partindo de um dos
vértices do polígono a ser encontrado, precisamos escrever a seguinte
expressão: (n – 3) = 9.
Com efeito, vem:
n–3=9  n = 12 lados #
Logo esse polígono é um dodecágono.

9 – Prove a fórmula para o número de diagonais de um polígono convexo


(proposição 12), por indução, sobre o número de lados do mesmo.
Solução :
𝑛 . (𝑛−3)
Da proposição 12, é sabido que um polígono convexo possui
2
𝑛 . (𝑛−3)
diagonais. Ou 𝑑𝑛 = .
2

i ) Para n = 3 ou n = 4, a sentença é verdade, pois, o triângulo não possui


nenhuma diagonal, e o quadrado possui apenas duas diagonais.
3 . (3−3) 3. 0
. 𝑑3 =
2
 𝑑3 =
2
 𝑑3 = 0 diagonais#
4 . (4−3) 4. 1
. 𝑑4 =
2
 𝑑4 =
2
 𝑑4 = 2 diagonais#
ii) Suponha agora que a fórmula seja verdade para um polígono com
A1, A2, A3,...,Ak vértices, e k lados. Ou seja:
𝑛 . (𝑛−3) 𝑘 . (𝑘−3) 𝑘² − 3𝑘
𝑑𝑛 =
2
 𝑑𝑘 = 2
 𝑑𝑘 =
2
#
Então vamos mostra que a fórmula também será válida para um polígono
com A1, A2, A3,...,Ak, Ak+1 vértices e k+1 lados.
Com isso, vem:
𝑛 . (𝑛−3) (𝑘+1) . (𝑘+1−3)
Se 𝑑𝑛 =  𝑑𝑘+1 =
2 2
(𝑘+1) . (𝑘−2)
 𝑑𝑘+1 =
2
𝑘²−2𝑘+𝑘−2
 𝑑𝑘+1 =
2
𝑘²−𝑘−2
 𝑑𝑘+1 = ;
2
Agora vamos adicionar os termos +2k e –2k na fórmula, que não irá
alterar o seu resultado. Daí, temos:

𝑘²−𝑘−2 𝑘²−2𝑘−𝑘+2𝑘−2
𝑑𝑘+1 =  𝑑𝑘+1 =
2 2

(𝑘²−3𝑘)+2(𝑘−1)
 𝑑𝑘+1 =
2
𝑘(𝑘−3) 2(𝑘−1)
 𝑑𝑘+1 = +
2 2

𝑘(𝑘−3)
 𝑑𝑘+1 = +(k – 1)
2
𝑘² − 3𝑘
Pela hipótese, é o número de diagonais de um polígono com k
2
lados. Logo, estamos inferindo que para uma figura com k+1 lados, o
mesmo é dado pela fórmula anterior somado com k–1.
Isso está correto! Pois o acréscimo de um novo vértice faria surgir uma
diagonal entre os lados adjacentes ao vértice acrescido; e que tal vértice,
formaria diagonais com os k – 2 vértices restantes, fazendo aparecer mais
(k – 2) diagonais com este vértice. Então, o total de diagonais adicionadas
as diagonais já existentes será dada pela soma :
1 + (k – 2) = k – 1.
𝑛 . (𝑛−3)
Portanto, a fórmula 𝑑𝑛 = é válida ∀ n ≥ 3.
2
10 - Se ABC e um triângulo isósceles de base BC, prove que a bissetriz, a
mediana e a altura relativas a BC coincidem.
Solução : A A

 Da hipótese, o triângulo ABC é
A
 isósceles, e de base BC, conforme figura
01 ao lado.
Agora considere um ponto D
̅̅̅̅ , de B   C
pertencente ao segmento 𝐵𝐶 D D
Figura 02
B  C maneira que ̅̅̅̅ 𝐷𝐶 , na figura 01.
𝐵𝐷 = ̅̅̅̅
D Então ̅̅̅̅
𝐴𝐷 é mediana em relação a base 𝐵𝐶 ̅̅̅̅ .
Figura 01
 Perceba agora, na figura 02, que os triângulos ABD
e ADC são congruentes pelo caso LAL, pois ̅̅̅̅ 𝐴𝐶 (da hipótese) , A𝐵̂D 
𝐴𝐵 = ̅̅̅̅
A𝐶̂ D (da hipótese) e 𝐷𝐵 ̅̅̅̅ (da construção) . Ou pelo casa L.L.L., já que
̅̅̅̅ = 𝐷𝐶
𝐴𝐷 é lado comum nos triângulos ABD e ACD.
̅̅̅̅
Com isso, podemos afirmar que os ângulos opostos aos lados homólogos
𝐷𝐶 , são congruentes. Ou seja, BÂD  CÂD. Então ̅̅̅̅
𝐵𝐷 𝑒 ̅̅̅̅
̅̅̅̅ 𝐴𝐷 passa a ser
bissetriz do ângulo Â
 Note também na Figura 02, que os ângulos opostos aos lados
homólogos ̅̅̅̅ 𝐴𝐶 , também são iguais. Ou seja A𝐷
𝐴𝐵 𝑒 ̅̅̅̅ ̂ B  A𝐷
̂ C.
Além disso, A𝐷 ̂ B e A𝐷̂ C são ângulos suplementares (Figura 01). Logo
A𝐷 ̂ B + A𝐷̂ C = 180°. Como A𝐷 ̂ B  A𝐷
̂ C, então, A𝐷
̂ B = 90 e A𝐷
̂ C = 90°.
Oque concluímos que ̅̅̅̅ 𝐴𝐷 também é a altura do ∆ABC, em relação a base
𝐵𝐶 .
̅̅̅̅
Portanto, ̅̅̅̅
𝐴𝐷 é mediana, bissetriz e altura do triângulo ABC, relativa a
base BC.

s
11 – Na figura ao lado, se r//s, prove 
que  +  = .
Solução : 
Por construção, projeta-se uma
reta t perpendicular as retas r e s, 
r
nos
P s pontos P e Q, e que tangencie o vértice do ângulo

 , conforme Figura 01, ao lado. Com isso, são
 encontrados os ângulos  e .
 Pela soma dos ângulos internos de um

 triângulo retângulo, temos:
 r

Q  +  + 90° = 180°

Figura 01  +  + 90° = 180°
 +  +  +  = 180°
Mais observe que ,  e  formam um ângulo suplementar. Então:
 +  +  = 180°
Pelo princípio da comparação, temos:
+++=++ ; aplicando a lei do corte, vem:

 +=  #

E F
12 – Na figura ao lado, ABC = 20°, BCD =
60° e DEF = 25°. Sabendo que as retas ⃡⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 e
D
𝐸𝐹 são paralelas, calcule a medida do ângulo
⃡⃗⃗⃗⃗
CDE.
Solução : C
Pelo Teorema dos Bicos temos : A B
ABC + CDE = DEF + BCD
20° + CDE = 25° + 60°
 CDE = 65°

13 – Na figura abaixo, prove que  = DÂB + A𝐵̂C + B𝐶̂ D


B Solução :
 . Para facilitar os cálculos, e as notações, vamos
fazer as
B
 seguintes
considerações:
D 
 DÂB=;
P Q A𝐵C=
̂ e
 D  B𝐶 D=
̂
C  
A  .Também
  faremos os
prolongamentos dos A  C segmentos ̅̅̅̅
𝐷𝐶
Figura 01
e 𝐴𝐷, até intersectarem os
̅̅̅̅ segmentos ̅̅̅̅
𝐴𝐵
e 𝐵𝐶
̅̅̅̅ nos pontos P e Q, respectivamente. Com isso, encontraremos os
ângulos A𝑃̂ 𝐷 = 𝛿 e C𝑄̂ 𝐷 = 𝜇, de acordo com a Figura 01 ao lado direito.
Aplicando o teorema do ângulo externo nos triângulos PBC, QBA, PAD e
QCD, vem:
=+ ; =+; =+ e =+
𝛼 = 𝜃+𝛿
𝛼 = 𝜇+𝛾 
{ 2 =+++  2 = +++++ 

 2  = 2 + 2  + 2 ( 2 )  =++#

 = DÂB + A𝐵̂C + B𝐶̂ D #

14 – Se dois triângulos retângulos são tais que a hipotenusa e um dos


catetos do primeiro são respectivamente congruentes à hipotenusa e a um
dos catetos do outro, prove que os triângulos são congruentes.
Solução :
. Da hipótese, considere os triângulos retângulos ACB, reto
A M em C, e MPQ, reto em P, da Figura 01 ao lado.
 
Ainda da hipótese, 𝐴𝐵
̅̅̅̅ = 𝑀𝑄
̅̅̅̅̅ e 𝐵𝐶
̅̅̅̅ = 𝑃𝑄
̅̅̅̅.

. Do Teorema de Pitágoras, vem:


∆ACB  (𝐴𝐵
̅̅̅̅ )² = (𝐵𝐶
̅̅̅̅ )² + (𝐴𝐶
̅̅̅̅ )²  (𝑀𝑄
̅̅̅̅̅)² = (𝑃𝑄
̅̅̅̅)² + (𝐴𝐶
̅̅̅̅ )²
B 
 

Q
C P ∆MPQ  (𝑀𝑄
̅̅̅̅̅ )² = (𝑃𝑄
̅̅̅̅ )² + (𝑃𝑀
̅̅̅̅̅)²
Figura 01
Pela comparação das equações, temos:
(𝑃𝑄
̅̅̅̅)² + (𝐴𝐶
̅̅̅̅ )² = (𝑃𝑄
̅̅̅̅ )² + (𝑃𝑀
̅̅̅̅̅)²
(𝐴𝐶
̅̅̅̅ )² = (𝑃𝑄
̅̅̅̅ )²
𝐴𝐶 = ̅̅̅̅
̅̅̅̅ 𝑃𝑄

Como , 𝐴𝐵
̅̅̅̅ = 𝑀𝑄
̅̅̅̅̅ , 𝐵𝐶
̅̅̅̅ = 𝑃𝑄
̅̅̅̅ e 𝐴𝐶
̅̅̅̅ = 𝑃𝑄
̅̅̅̅, então, pelo caso L.L.L, os triângulos
ACB e MPQ são congruentes.

14 – ABC é um triângulo isósceles de base 𝐵𝐶 ̅̅̅̅ , e D  ̅̅̅̅


𝐴𝐵 , E  ̅̅̅̅
𝐴𝐶 , são pontos
tais que ⃡⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐸 // 𝐵𝐶 ⃡⃗⃗⃗⃗ . Sendo F o ponto de intersecção dos segmentos ̅̅̅̅ 𝐶𝐷 e ̅̅̅̅
𝐵𝐸 ,
mostre que 𝐵𝐹 = 𝐶𝐹 .
̅̅̅̅ ̅̅̅̅
A Solução :

Como ⃡⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐸 // ⃡⃗⃗⃗⃗ (da hipótese), temos que o
𝐵𝐶
quadrilátero BCDE é um trapézio isósceles. Então, da
definição de trapézios isósceles, temos que suas
D E diagonais são congruentes, bem como seus lados não
 paralelos também são congruentes. Ou seja, ̅̅̅̅ =
𝐵𝐸
F ̅̅̅̅ e ̅̅̅̅
𝐵𝐶 𝐵𝐷 = ̅̅̅̅
𝐶𝐸 .
Com efeito, temos que os triângulos DCB e BEC
B C são congruentes pelo caso L.L.L.
E D
Daí, vem:

BÊC  B𝐷 ̂ C ; B𝐶̂ E  C𝐵̂D e

C E𝐵C  D𝐶 B.
̂ ̂
B CB

Temos ainda que os triângulos BDF e CEF, também são congruentes pelo
caso A.L.A.
D E
̅̅̅̅
𝐵𝐷 ̅̅̅̅
𝐵𝐹 ̅̅̅̅
𝐷𝐹 ̅̅̅̅
𝐵𝐷
̅̅̅̅
= ̅̅̅̅
= ̅̅̅̅
; Como ̅̅̅̅ = 1 , vem:
𝐶𝐸 𝐶𝐹 𝐹𝐸 𝐶𝐸
F ̅̅̅̅
𝐵𝐹
F ̅̅̅̅
= 1  ̅̅̅̅
𝐵𝐹 = ̅̅̅̅
𝐶𝐹 #
𝐶𝐹
c.q.d.
B C

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