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UNIVERSIDADE METROPOLITANA

Núcleo de Educação a Distância


DE SANTOS
3º SEMESTRE
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ARTES VISUAIS
UNIVERSIDADE METROPOLITANA
Núcleo de Educação a Distância
DE SANTOS
Créditos e Copyright

SOUZA, Rubens de
Fundamentos de Expressão e
Linguagem Bidimensional I. Rubens de Souza.
Santos: Núcleo de Educação a Distância da
UNIMES, 2015. p. (Material didático. Curso de
Licenciatura em Artes Visuais).
Modo de acesso: www.unimes.br
1. Ensino a distância. 2. Artes
Visuais. 3. Bidimensionalidade.
CDD 700

Este curso foi concebido e produzido pela Unimes Virtual. Eventuais marcas aqui
publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários.
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oriunda da participação dos alunos, colaboradores, tutores e convidados, em qualquer
forma de expressão, em qualquer meio, seja ou não para fins didáticos.
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ARTES VISUAIS
UNIVERSIDADE METROPOLITANA
Núcleo de Educação a Distância
DE SANTOS
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
PLANO DE ENSINO

CURSO: Licenciatura em Artes Visuais


COMPONENTE CURRICULAR: Fundamentos de Expressão e Linguagem
Bidimensional I
SEMESTRE: 3º
CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 horas

EMENTA:
A disciplina aborda os fundamentos da representação gráfica bidimensional: Articula
a percepção, a imaginação e a expressão para as diversas modalidades artísticas. A
partir de uma visão global valoriza os aspectos éticos e humanísticos. Ao
compreender os fundamentos da expressão bidimensional apreende sobre o
processo de ensino e aprendizagem, tornando-os capazes de investigar, pesquisar e
elaborar experiências artísticas, a partir do desenho.
OBJETIVO GERAL:
Conduzir ao desenvolvimento dos processos da criatividade, da estética e da
pesquisa por meio da experimentação dos recursos dos materiais expressivos.
Possibilitar que o aluno utilize os recursos de modo prático e
significativo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Potencializar capacidades de expressão e comunicação, em arte, dando
oportunidade ao educando de ser autor de suas próprias produções a fim de manter
uma atitude de busca pessoal que articule a percepção, a imaginação, a emoção, a
investigação, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções.
Fazer com que o aluno reconheça a importância de elaborar suas criações por meio
de diversas linguagens e técnicas, bem como promover adequação quanto ao tipo
de suporte a ser utilizado para desenvolver cada técnica, além de permitir uma
reflexão a respeito da identidade cultural.
Permitir que o aluno perceba e domine diversas técnicas artísticas por meio de
observação, releitura e produção a fim de aprimorar sua prática expressiva. Fazer
com que o aluno reconheça as contribuições das vanguardas, bem como as
composições que se utilizam de textos.

ARTES VISUAIS
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Unidade I – A formação artística no Brasil.
Resgatar a História do Ensino da Arte no Brasil. Identificar os fundamentos sobre a
percepção humana, a destacar a criatividade. Proporcionar reflexões sobre os
fazeres artísticos, a exemplo do desenho.
Conteúdo Programático: Educação Jesuítica; Doutrina Cristã; Missão Francesa;
Percepção e Criatividade; Teoria das Cores; Fazer Artístico.
Unidade II – O desenho e seus tipos.
Identificar: volumetria, profundidade e, proporção. Reconhecer os elementos
geométricos em suas distintas representações gráficas, de modo a favorecer a
construção de diferentes objetos. Estudos de anatomia, a destacar desenhos de
rostos e corpos humanos. Elaborar desenhos cômicos e caricaturas.
Conteúdo Programático: Volumetria, Profundidade e Proporção; Figuras
Geométricas; Composição; Anatomia, Rosto Anatomia; Desenho Cômico;
Caricatura.
Unidade III – HQ, Perspectiva e suportes
Identificar e elaborar os principais elementos de H. Q. Exercitar-se em
representações tridimensionais a partir da perspectiva linear. Estudar sobre a
importância do desenho nas Artes Visuais. Identificar os tipos de papéis adequados
para se desenhar.
Conteúdo Programático: História em Quadrinhos; Estilo em H.Q.; Perspectiva;
Paisagem Urbana; Manifestação do Desenho, Suporte.
Unidade IV – Desenho Geométrico
Conhecer os principais fundamentos do desenho geométrico e sua aplicabilidade.
Estudar a perspectiva isométrica e a projeção ortogonal. Exercitar-se em técnicas de
representação gráfica, a exemplo da silhueta. Proporcionar reflexões sobre o
processo de criação.
Conteúdo Programático: Desenho Geométrico; Perspectiva Isométrica; Malha
Isométrica, Projeção Ortogonal; Silhueta, Criação.

Atividade Interdisciplinar: Meio Ambiente.


BIBLIOGRAFIA BÁSICA
DONDIS Donis A. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo: Editora Martins
Fontes, 1999.
PARRAMON, José M. Fundamentos do Desenho Artístico. São Paulo: Martins
Fontes, 2007.
WONG, Wucius. Princípios de forma e desenho. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

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BARBOSA, Ana Mae. A Imagem no Ensino da Arte. 8ª ed. São Paulo:
Perspectiva, 2010.
DEWEY, John. Arte como experiência. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
HALLAWELL, P. À Mão Livre: A Linguagem do Desenho. São Paulo: Ed.
Melhoramentos, 2006.
MAYER, Ralph. Manual do Artista de Técnicas e Materiais. São Paulo: Martins
Fontes, 1999.
SMITH, Ray. Manual Prático do Artista. São Paulo: Civilização, 2006.

METODOLOGIA
A disciplina está dividida em unidades temáticas que serão desenvolvidas por meio
de recursos didáticos, como: material em formato de texto, vídeo aulas, fóruns e
atividades individuais. O trabalho educativo se dará por sugestão de leitura de
textos, indicação de pensadores, de sites, de atividades diversificadas, reflexivas,
envolvendo o universo da relação dos estudantes, do professor e do processo
ensino/aprendizagem.

AVALIAÇÃO
A avaliação dos alunos é contínua, considerando-se o conteúdo desenvolvido e
apoiado nos trabalhos e exercícios práticos propostos ao longo do curso, como
forma de reflexão e aquisição de conhecimento dos conceitos trabalhados na parte
teórica e prática e habilidades. Prevê ainda a realização de atividades em momentos
específicos como fóruns, chats, tarefas, avaliações a distância e Prova Presencial,
de acordo com a Portaria de Avaliação vigente.

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Sumário

Aula 01 - Educação Jesuítica ...................................................................................... 8


Aula 02 - Doutrina Cristã ........................................................................................... 13
Aula 03 - Missão Francesa........................................................................................ 16
Aula 04 - Percepção e criatividade ............................................................................ 21
Aula 05 - Percepção e criatividade ............................................................................ 24
Aula 06 - Percepção e criatividade............................................................................ 29
Aula 07 - Fazer artístico ............................................................................................ 33
Aula 08 – Resumo Unidade I .................................................................................... 38
Aula 09 - Volumetria, Profundidade e Proporção ...................................................... 41
Aula 10 - Volumetria, Profundidade e Proporção ...................................................... 45
Aula 11 - Figuras geométricas .................................................................................. 52
Aula 12 – Composição .............................................................................................. 57
Aula 13 – Composição .............................................................................................. 62
Aula 14 – Anatomia ................................................................................................... 67
Aula 15 - Rosto anatomia .......................................................................................... 74
Aula 16 – Anatomia ................................................................................................... 78
Aula 17 - Desenho cômico ........................................................................................ 87
Aula 18 – Caricatura ................................................................................................. 90
Aula 19 – Resumo Unidade II e Projeto .................................................................... 95
Aula 20 - História em Quadrinhos ........................................................................... 101
Aula 21 - Estilos em H.Q. ........................................................................................ 108
Aula 22 – Perspectiva ............................................................................................. 117
Aula 23 - Paisagem urbana ..................................................................................... 127
Aula 24 - Manifestação do desenho ........................................................................ 135
Aula 25 – Suporte ................................................................................................... 137
Aula 26 – Resumo - Unidade III .............................................................................. 140
Aula 27 - Desenho Geométrico ............................................................................... 145
Aula 28 - Perspectiva isométrica ............................................................................. 151
Aula 29 - Malha isométrica ...................................................................................... 154
Aula 30 - Projeção Ortogonal .................................................................................. 157

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Aula 31 – Silhueta ................................................................................................... 162
Aula 32 – Criação.................................................................................................... 167

ARTES VISUAIS
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Aula 01 - Educação Jesuítica

Unidade 1 – História do ensino da arte no Brasil. – O resgate histórico do ensino da


arte no Brasil, a partir de abordagens filosóficas, metodológicas e epistemológicas
permitem compreender, reconhecer e problematizar a diversidade de propostas para
o ensino da arte, ao longo da história.

Objetivos:
Identificar teorias que relacionam aspectos culturais e que influenciaram a
metodologia do ensino da arte, em distintos períodos de sua história.
Temática: Educação jesuítica
Esta aula fará o levantamento histórico da educação, bem como a inserção do ensino
da arte e seus aspectos culturais.

Durante o período colonial, a educação jesuítica era exclusivamente para os homens.


Seu principal objetivo era formar pessoas para o sacerdócio, a partir de conteúdos
que abrangia: Estudos de humanidades (Gramática e Retórica Latina e Grega);
Filosofia e Teologia. Havia também alguns que eram enviados para o curso jurídico
superior, na Universidade de Coimbra, em Portugal.

A formação da elite colonial em tais moldes adequa-se que completamente à política


colonial uma vez que:
a) A orientação universalista jesuítica baseada na literatura antiga e na língua
latina;

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b) A necessidade de complementação dos estudos na metrópole (Universidade
de Coimbra);
c) O privilégio do trabalho intelectual em detrimento do manual, afastando os
alunos dos assuntos e problemas relativos à realidade imediata, distinguindo-os
da maioria da população que era escrava e iletrada e alimentava a ideia de que o
mundo civilizado estava fora e servia de modelo.

A Reforma Educacional de Pombal


Ministro do Rei D. João I, Sebastião José de Carvalho e Melo – Marquês de Pombal
atuou com espírito moderados. Elaborou leis reformistas, destinadas a implantar um
novo dinamismo ao país e suas possessões. No campo da educação, Pombal via na
Companhia de Jesus um obstáculo à modernização. Criticava-a pela educação das
pessoas objetivando os fins religiosos dos jesuítas e não interesses do Estado, o
enorme poder econômico adquirido pelos jesuítas, o domínio que exerciam em seus
aldeamentos.
O alvará de 28/06/1759 sintetizava a reforma educacional de Pombal que visava:
despertar nas classes dominantes maior número de interesses pelos cursos
superiores, diminuir a influência da Igreja nos cursos, ampliar o investimento às
ciências experimentais, tornando-o mais prático e utilitarista. Mas a estrutura
educacional montada pelos jesuítas, ao longo do tempo estava muito arraigada na
vida brasileira e as reformas pombalista não surtiram resultados práticos.
Somente no fim do século XVIII e início do XIX, o processo para a ruptura do sistema
colonial ocorreu em 1822, a partir de:

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Além das escolas D. João VI fundou a Imprensa Régia (1808), a Biblioteca Pública
(1810) e o Museu Nacional (1818). Vale destacar que todas essas realizações
culturais eram para a elite aristocrática.

A Independência em 1822 correspondia apenas à emancipação política e rompimento


com o passado e não visava à prospecção do povo. Diante disso, o setor educacional
conheceu pouca evolução estrutural.

Vale lembrar, que os negros raptados do Continente Africano trabalharam, em


condições desumanas e maus tratos, nas fazendas de senhores de engenho. Essa
prática, considerada normal, do ponto de vista da maioria, perpetuou por quase 300
anos, por vantagens econômicas da aristocracia. Em 1850 o tráfico negreiro foi
extinto. A Lei do Ventre – Livre, de 28 de setembro de 1871, determinava que os filhos
de escravos, que nascessem após a promulgação da Lei seriam libertos. Mais tarde,

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em 1885, a Lei Saraiva – Cotegipe ou dos Sexagenários beneficiava os negros com
idade igual ou superior a 65 anos. Por fim, em 13 de maio de 1888, através da Lei
Áurea, que libertou todos os escravos no Brasil. Esta lei assinada pela Princesa Isabel
abolia a escravidão, ao mesmo tempo em que o Brasil foi invadido por colonizadores
europeus, em busca de ampliação de riqueza, em diferentes atividades comerciais.

Desta forma, alguns fenômenos permaneceram:

- preconceito educacional da sociedade escravista;

- demanda dos cursos superiores em 1864:

- o ensino secundário tornou-se basicamente um curso preparatório para os exames


de admissão nas faculdades de Direito.

- Pela Constituição de 1824 cabia às províncias a responsabilidade pelo ensino


primário e secundário, e ao poder Central o Ensino Superior. A carência de recursos
das Províncias e a falta de interesse das elites pela educação não permitiram que se
organizasse no Brasil uma eficiente rede de escolas públicas de nível primário e
secundário.

Para se constatar o descaso com o ensino público por volta de 1872 o Brasil contava
com aproximadamente 10 milhões de habitantes e 70% de analfabetos. No final do
Império (1889) estima-se que havia no país uma população de 14 milhões de
habitantes, composta de 85% de analfabetos.

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Iniciada sob a regência de D. João e concluída em 1826, com D. Pedro I


tornando-se a Escola Real a Academia Imperial de Belas Artes.

Bibliografia

HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. 26ª Ed. São Paulo: Companhia das
Letras, 1995.
RIBEIRO, Maria Luiza S. História da educação brasileira: A organização escolar. –
15ª Ed. Coleção Memória e educação, Campinas, SP: Autores Associados. 1998. p.
31 – 32.

Referência bibliográfica
RIBEIRO, Maria Luiza S. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA. A organização
escolar. Disponível
em: http://books.google.com.br/books?id=mFSOagRZlNoC&pg=PA26&lpg=PA26&dq=a+forma
%C3%A7%C3%A3o+da+elite+colonial+em+tais+moldes+adequa-
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BR&sa=X&ei=MXhHUdajKOrh4APz_ID4Ag&ved=0CC8Q6AEwAA#v=onepage&q=a%20forma%C3
%A7%C3%A3o%20da%20elite%20colonial%20em%20tais%20moldes%20adequa-
se%20quase%20que%20completamente&f=false . Acesso: 03 mar 2013.

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Aula 02 - Doutrina Cristã

Unidade 1 – História do ensino da arte no Brasil. – O resgate histórico do ensino da


arte no Brasil, a partir de abordagens filosóficas, metodológicas e epistemológicas
permitem compreender, reconhecer e problematizar a diversidade de propostas, para
o ensino da arte, ao longo da história.
Objetivos: Identificar teorias que relacionam aspectos culturais e que influenciaram
a metodologia do ensino da arte, em distintos períodos de sua história.

Temática: Educação jesuítica

Esta aula fará o levantamento histórico da educação, bem como a inserção do


ensino da arte e seus aspectos culturais.
Padre José de Anchieta nasceu em 19 de março de 1534, nas Ilhas Canárias, onde
aprendeu a ler e a escrever um pouco de latim e português, sendo o castelhano sua
principal língua materna. Frequentou o Colégio de Artes, na Universidade de Coimbra
e aos 17 anos de idade tornou-se noviço na Companhia de Jesus, onde concluiu seus
estudos em lógica. Em 1553, sob a chefia do Padre Luís da Grã viajou para o Brasil.
Permaneceu pouco tempo na Bahia e fixou por doze anos em São Vicente, SP.
Participou da fundação do Colégio de São Paulo em Piratininga. Nesse colégio,
Anchieta foi o único mestre e ensinou “humanidades” aos índios e filhos de
portugueses.
A partir de 1560, tornou-se interprete do tupi, ao lado de Nóbrega e isso facilitou seu
convívio com os nativos da região.
A pedido de Padre Manuel da Nóbrega, Superior da Companhia de Jesus no Brasil,
José de Anchieta compôs por escrito a Arte Gramática do Tupi. Nóbrega levou consigo
para a Bahia, a fim de que os missionários fossem instruídos na língua indígena. Desta
forma, o Padre Luís da Grã torna obrigatório o estudo da língua Tupi. Diversos
documentos foram traduzidos para o Tupi, com o objetivo da prática catequética.

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Vale salientar Holanda:

(...) E nessa polêmica iria ter o papel decisivo, contra os princípios


predestinacianos, uma instituição de origem nitidamente ibérica, a
Companhia de Jesus, que procurou impor seu espírito ao mundo
católico, desde o Concílio de Trento.
Efetivamente, as teorias negadoras do livre arbítrio foram sempre
encaradas com desconfiança e antipatia pelos espanhóis e
portugueses. (Holanda, 1995, p. 37)

Como foi verificado na aula anterior, a Reforma Pombalina lançou um olhar ao


desenvolvimento científico do século XVII, portanto, ao Iluminismo e com isso desejou
acompanhar as mudanças que eclodiam na Europa. No entanto, o projeto cristão
imperou e dificultou suas ambições. Outro fator relevante foi a Reforma Protestante,
que exaltou a razão contrapondo-se à religião. Inicialmente, na Europa, em Portugal
e consequentemente, tais ideias chegaram ao Brasil. As investidas em modernizar as
relações econômicas, sem abandonar o trabalho barato, a partir da escravidão dos
índios, inicialmente, dificultou o acompanhamento do “capitalismo” dos países mais
desenvolvidos. Assim, a proposta educacional, no Brasil, apresentou resultados que
comprometeram sua qualidade e continuidade.

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Bibliografia
DE SANTOS
HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. 26ª Ed. São Paulo: Companhia das
Letras, 1995.
RIBEIRO, Maria Luiza S. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: A organização
escolar. – 15ª Ed. Coleção Memória e educação, Campinas, SP: Autores Associados.
1998. p. 31 – 32.

Referência bibliográfica
RIBEIRO, Maria Luiza S. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA. A organização
escolar. Disponível em:
http://books.google.com.br/books?id=mFSOagRZlNoC&pg=PA26&lpg=
PA26&dq=a+forma%C3%A7%C3%A3o+da+elite+colonial+em+tais+molde
s+adequase+quase+que+completamente&source=bl&ots=Cb_qZYo7fk&sig=sMsHn
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m%20tais%20moldes%20adequase%20quase%20que%20completamente&f=false .
Acesso: 03 mar 2013.

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Aula 03 - Missão Francesa

Unidade 1 – História do ensino da arte no Brasil. – O resgate histórico do ensino da


arte no Brasil, a partir de abordagens filosóficas, metodológicas e epistemológicas
permitem compreender, reconhecer e problematizar a diversidade de propostas, para
o ensino da arte, ao longo da história.

Objetivos: Identificar teorias que relacionam aspectos culturais e que influenciaram


a metodologia do ensino da arte, em distintos períodos de sua história.

Temática: O ensino do desenho na atualidade

Esta aula fará o levantamento histórico da educação, bem como a inserção do


ensino do desenho e seus aspectos culturais.
O projeto elaborado por Joachim Le Betron (1760 – 1819), então chefe da Missão
Francesa, designado para a Escola de Ciências Artes e Ofícios, criada pelo decreto
de D. João VI em 1816, objetivou uma abrangência mais popular, diferente das
orientações do Instituto de França, onde lecionou. Seu projeto reproduziu o modelo
de ensino empregado na França, por Bachelier1, em sua École Royale Gratuite de
Dessin e que eram os ofícios mecânicos.
Bechelier fora mestre de decoração em porcelana da fábrica de Sèvres. Assim,
valorizou e implantou o ensino da geometria em seus métodos.
Desta forma, Le Betron implantou o ensino de belas artes e artes industriais, com
propósitos de oferecer uma educação para a burguesia e para o popular. Em 1826,
com o nome de Escola Imperial de Belas Artes, não cumpriu seus principais objetivos
e tornou-se uma escola elitista dificultando, assim, o acesso das camadas populares
à produção artística no Brasil.
O modelo de ensino da Academia Imperial de Belas Artes perpetuou durante muitos
anos. As escolas secundárias particulares, para meninos e meninas adotaram a cópia
de retratos de pessoas importantes, de santos da igreja, desenho de estamparias, em
geral motivos europeus. Ou seja, a predominância da estética europeia, em
detrimento do belo meio ambiente tropical que temos atualmente.

Ao percebermos e apreendermos o processo histórico do ensino da arte


no Brasil , tornar-se-á mais fácil o entendimento de alguns costumes que
são cristalizados nas aulas de artes, ao mesmo tempo em que novas
possibilidades se abrem para o ensino da arte.

O ensino do desenho na atualidade

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O desenho faz parte de todo aprendizado das artes visuais e seu ensino no Brasil se
confunde com a própria história do ensino da arte2. Atualmente, a maioria dos
professores não discute o ensino do desenho nas aulas de arte. Da mesma forma,
vários docentes sentem algum nível de dificuldade para desenhar e com isso, para
ensinar o desenho.

Ao verificarmos a história do ensino da arte, percebemos a constante presença do


desenho. Assim, por que, na atualidade, diversos professores e professoras sentem
tais dificuldades? Certamente, encontraremos essa resposta, ao constatarmos que o
efetivo conhecimento da linguagem do desenho, bem como as competências de um
repertório de suas práticas não são de domínio de muitos profissionais do componente
curricular3: Artes, para a educação básica.
Outro aspecto relevante é que, em muitos currículos, o desenho apresenta atividades
tímidas e descontextualizadas. Diversos professores e professoras de artes não
sentem a necessidade ou a obrigação em dominar técnicas do desenho em nome dos
currículos atuais, ou da arte contemporânea, ou da livre expressão que os estudantes
devem oferecer, entre outras justificativas.
Em direção oposta a isso, há relatos de excelentes experiências desenvolvidas por
professores ou professoras, a partir de aulas significativas iniciadas com atividades
que envolvem o desenho.

“ Quando eu era criança, gostava muito de desenhar, mas depois na


escola me desencorajaram muito e então, como achei que não tinha
mais jeito para desenhar, larguei” (SCHENBERG; 1985, p. 63)

A declaração não causa estranhamento para nós. Já ouvimos diversas pessoas, (até
professores e professoras) falarem que perderam o estímulo de desenhar durante a
época escolar. Talvez o mais grave: perderam o estimulo de desenhar durante as
aulas de artes.
O que será que aconteceu?
Onde está o erro?
Perceba que a declaração feita por Mario Schenberg4, que foi também fotógrafo e
crítico de artes, expõe o bloqueio para o desenho
Esse bloqueio apresenta algumas pistas que podemos discutir e refletir.
- Falta de conhecimentos para apurar o desenho;
- Falta de conhecimentos para a sintaxe visual;

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- Metodologias inadequadas para o ensino do desenho nas diversas faixas etárias dos
estudantes, entre outros fatores.
Para a compreensão desse fenômeno, na educação do desenho e de suas técnicas,
será fundamental identificarmos o próprio conceito de desenho, para então
conceituarmos hipóteses para a construção de uma metodologia plausível para as
aulas de artes.
Nossa experiência visual fundamenta-se no aprendizado para que possamos
compreender o meio ambiente e reagir a ele. Portanto, a informação visual é o mais
antigo registro da história humana.
Assim, os elementos contidos numa obra de arte são frequentemente chamados de
forma. O termo forma é também empregado para designar material visual que os olhos
recebem e organizam, de modo que a mente humana possa captá-los numa
composição. Os estudos de como os elementos visuais e táteis funcionam ou se
estruturam na arte chama-se análise visual.
A partir de tais análises, sabe-se que nas representações gráficas os elementos
pertencentes ao desenho adquirem simbologia, como é o caso da linha. A linha reta,
ascensorial, expressa espiritualidade, elevação. Esse recurso foi vastamente
utilizado em diversos períodos da história da arte. Já a linha curva, expressa
movimento, vida sensualidade, e seu significado desenvolveu-se no barroco. No
período moderno, a linha assume novo caráter para atender às expectativas de sua
época, onde a razão, a segurança, a calma e a solidez são percebidas em suas
horizontalidades.
Não somente isso, mas também temos os tipos de desenhos mais frequentes:

Desenho à mão livre


Segundo Hallawell, desenho é a interpretação de qualquer realidade, visual,
emocional, intelectual, etc., através da representação gráfica.
Portanto, seu aprendizado baseia-se em conhecer a sintaxe da linguagem visual. Com
o desenho, podem se desenvolver composições visuais bi ou tridimensionais. Os
fundamentos do desenho propiciam ao desenhista diferentes habilidades, como o
desenho de observação, entre outras.

Desenho técnico
O desenho técnico é uma representação gráfica que tem objetivos precisos para as
necessidades geradas pelas diferentes modalidades da engenharia e arquitetura.
Para todos eles, o desenho técnico representa formas, dimensões e posições de
objetos, a partir de técnicas especificas de representações, que estão alicerçadas no
desenho geométrico.

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Perspectiva
A perspectiva desenvolve representações gráficas em três dimensões,comprimento,
largura e altura, resultando no volume do objeto . Existem vários tipos de perspectivas
e sua utilização se dará, tanto no campo artístico, quanto nas diferentes modalidades
da engenharia e arquitetura.

Desenho geométrico
O desenho geométrico é parte da matemática para a resolução de problemas ligados
à lógica. A palavra geometria é composta de duas palavras gregas: geos (terra) e
metron (medida). Sua origem está ligada à necessidade do homem de medir terrenos.
No entanto, a geometria serve até os dias atuais para solucionar problemas métricos,
como cálculos de área de figuras planas e volumes de corpos sólidos. Outros campos
da geometria são:a geometrias descritiva, analítica, euclidiana, entre outras.
Conclusão: Até aqui, tivemos um breve panorama de algumas das modalidades do
desenho. Certamente, exploraremos melhor o assunto nas próximas aulas. No
entanto, já fica evidente a riqueza da linguagem visual do desenho, que propicia
inúmeras maneiras de interpretações.

Bibliografia

RIBEIRO, Maria Luiza S. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: A organização


escolar. – 15ª Ed. Coleção Memória e educação, Campinas, SP: Autores Associados.
1998. p. 31 – 32.

Referência bibliográfica

RIBEIRO, Maria Luiza S. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA. A organização


escolar. Disponível em:
http://books.google.com.br/books?id=mFSOagRZlNoC&pg=PA26&lpg=
PA26&dq=a+forma%C3%A7%C3%A3o+da+elite+colonial+em+tais+molde
s+adequase+quase+que+completamente&source=bl&ots=Cb_qZYo7fk&sig=sMsHn
X0q1FDlZldJx4q-
T491lcQ&hl=ptBR&sa=X&ei=MXhHUdajKOrh4APz_ID4Ag&ved=0CC8Q6AEwAA#v=
one page&q=a%20forma%C3%A7%C3%A3o%20da%20elite%20colonial%20e
m%20tais%20moldes%20adequase%20quase%20que%20completamente&f=false .
Acesso: 03 mar 2013.

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2 Identificar e diferenciar a HISTÓRIA DO ENSINO DA ARTE de História da Arte. São


duas instâncias diferentes, onde a HISTÓRIA DO ENSINO DA ARTE expõe a
trajetória da arte na educação. [grifo nosso]

3 Matéria ou disciplinar curricular que compõe a grade curricular de um determinado


curso.

4 Mário Schenberg (Recife, 2 de julho de 1914 — São Paulo, 10 de novembro de


1990)nota 1 foi um físico, político e crítico de arte brasileiro, de origem judaica.
Considerado o maior físico teórico do Brasil, Schenberg publicou trabalhos nas áreas
de termodinâmica, mecânica quântica, mecânica estatística, relatividade geral,
astrofísica e matemática. Albert Einstein o apontou como um dos dez maiores
cientistas de sua época; e disse: "Se eu tivesse de escolher um cientista como
continuador de minha obra, seria o brasileiro Schenberg". Trabalhou com José Leite
Lopes e César Lattes, e foi assistente do físico ucraniano naturalizado italiano Gleb
Wataghin. Colaborou com inúmeros físicos de prestígio internacional, como o russo
naturalizado americano George Gamow e o astrofísico indiano Subrahmanyan
Chandrasekhar. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Física de 1979 a 1981 e
diretor do Departamento de Física da Universidade de São Paulo de 1953 a 1961,
onde também foi professor catedrático. Schenberg teve ativa participação política,
sendo eleito, duas vezes deputado estadual de São Paulo. Em função de suas
ligações com o Partido Comunista Brasileiro (PCB), foi cassado e preso mais de uma
vez pela ditadura militar brasileira. Mario Schenberg também mantinha grande
interesse por artes plásticas, tendo convivido com artistas brasileiros como Di
Cavalcanti, Lasar Segall, José Pancetti, Mário Gruber e Cândido Portinari, e também
estrangeiros, como Bruno Giorgi, Marc Chagall e Pablo Picasso. Atuou também como
crítico de arte, escrevendo diversos artigos sobre artistas contemporâneos brasileiros
como Alfredo Volpi, Lygia Clark e Hélio Oiticica.

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Aula 04 - Percepção e criatividade

Unidade 1 – Prática e Criatividade – Identificar fundamentos sobre a percepção


humana, bem como a criatividade. Algumas abordagens são importantes, para
eliminar o pensamento vinculado ao senso comum sobre a criatividade.

Objetivos: Identificar teorias que relacionam aspectos culturais e que influenciaram a


metodologia do ensino da arte, em distintos períodos de sua história.

Temática: Percepção e Criatividade

Os primeiros estudos e investigações sobre a percepção humana remontam desde a antiguidade


grega, com Platão e Aristóteles. Tais investigações buscaram as principais características das
relações entre o humano e o mundo. Tais relações enfatizam: as sensações e as reflexões. Ou
seja, sentir o mundo e pensar sobre o mundo.

Outro pensador importante foi Protágoras, que afirmou que perceber o mundo é conhecê-lo.
Assim, a partir de suas primícias, todo conhecimento, verdadeiro é o que percebemos. Desta
forma, as possibilidades do que é ou não verdade são infinitas, como as possibilidades
perceptivas. Platão (428 a. C. – 348 a. C.) discordou dessa hipótese, a de Protágoras. Afirmou
que a percepção é recebida pelo corpo. Ou seja, o sentir e perceber vincula-se às sensações
corpóreas e a partir do raciocínio, tais sensações são discriminadas.

De outra forma, Aristóteles (384 a. C. – 322 a. C.) defendeu que as sensações e percepções não
vinculam o conhecimento, portanto discordou de Protágoras. Afirmou que existe um substrato
presente nos objetos que independe do sujeito que percebe. Entendeu que a afecção provocada
neste sujeito, por meio desse substrato existe na proporção em que o sujeito percebe, ou na
duração dessa percepção.

Ao refletirmos sobre a percepção humana imaginamos como esse processo cognitivo se


estabelece nos alunos. As sensações, percepções, raciocínio entre outros aspectos, vinculadas
ao meio em que o ser humano se insere, são fatores importantes, que o professor e a professora
devem considerar, para que suas ações pedagógicas obtenham sucesso no processo de ensino
e aprendizagem.

Criatividade

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As palavras imagem e imaginação procedem do latim imago e imaginationis. A imaginação é
definida como a capacidade de criar imagens, e por imaginar entende-se a representação mental
de um objeto ausente ou a reprodução de uma sensação causada pela ausência do mesmo. Para
Platão, a imaginação está ligada à sua metafísica e teoria do conhecimento. Aristóteles cunhou o
termo do grego phantasia e deu outro significado. Para ele, a imaginação é uma faculdade
intermediária entre o pensamento e a percepção, essencial à memória, que não pode sobreviver
sem as imagens. Sem percepção, portanto, não há imaginação, não há pensamentos.

Desta forma, a imaginação passa a ser compreendida como um elemento dinâmico, tanto no plano
do conhecimento como da criação e fruição estética, por ter a finalidade de criar. Nesta linha de
raciocínio é possível destacar Piaget. Ele não menciona a criatividade, diretamente. Para Piaget a
inteligência é compreender (uma espécie de criatividade interna da mente face ao real) e inventar
(uma espécie de criatividade de novos comportamentos em frente a realidade). Como a teoria
piagetiana se baseia no construtivismo (sequência), logo se percebe que sua teoria é a própria
teoria da criatividade, pois sem ela não há “construção” -, elaboração do novo.

O ambiente na aula de artes


O espaço apropriado e organizado para as aulas de artes oferece vantagens e condições
favoráveis para a autonomia dos estudantes. Desta forma, os materiais adequados são
importantes para as atividades que serão desenvolvidas.

Para aulas de artes, em que o conteúdo será o desenho, é de fundamental importância que o
professor utilize os materiais adequados como: papel, lápis e borracha adequados para o desenho.

O lápis de grafite oferece recursos surpreendentes, quando é possível se apropriar de algumas de


suas técnicas. Inicialmente, será necessário conhecer melhor o lápis. Também chamado de
grafita, sua composição provém do carbono. Além de sua utilização na indústria, por ser condutor
de eletricidade e apresentar características lubrificantes, é usado dentro do lápis.

Podemos classificar os lápis em:

Duros, Médios e Macios.

Duros

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Materiais:

Lápis de grafite, borracha, limpa tipo (de máquina de escrever) ou miolo de pão,
fixador e pó de grafite.

Papel: Vários papéis são indicados para se desenhar com grafite, porém
aconselhamos o papel Arches 300 gramas, fosco, por ter uma textura sutil e, assim,
valorizar mais o tratamento feito com o próprio lápis. No entanto, o papel sulfite oferece
resultados satisfatórios para os primeiros exercícios que o docente desenvolverá com
seus alunos.

Bibliografia

RIBEIRO, Maria Luiza S. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: A organização


escolar. – 15ª Ed. Coleção Memória e educação, Campinas, SP: Autores Associados.
1998. p. 31 – 32.

Referência bibliográfica

RIBEIRO, Maria Luiza S. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA. A organização


escolar. Disponível em:
http://books.google.com.br/books?id=mFSOagRZlNoC&pg=PA26&lpg=
PA26&dq=a+forma%C3%A7%C3%A3o+da+elite+colonial+em+tais+molde
s+adequase+quase+que+completamente&source=bl&ots=Cb_qZYo7fk&sig=sMsHn
X0q1FDlZldJx4q-
T491lcQ&hl=ptBR&sa=X&ei=MXhHUdajKOrh4APz_ID4Ag&ved=0CC8Q6AEwAA#v=
one page&q=a%20forma%C3%A7%C3%A3o%20da%20elite%20colonial%20e
m%20tais%20moldes%20adequase%20quase%20que%20completamente&f=false .
Acesso: 03 mar 2013.

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Aula 05 - Percepção e criatividade

Unidade 1 – Percepção e Criatividade – Identificar fundamentos sobre a percepção


humana, bem como a criatividade. Algumas abordagens são importantes, para
eliminar o pensamento vinculado ao senso comum sobre a criatividade.

Objetivos: Identificar teorias que relacionam aspectos culturais e que influenciaram a


metodologia do ensino da arte, em distintos períodos de sua história.

Temática: Percepção e Criatividade

Há diversas teorias que discutem a criatividade. E a criatividade se manifesta de


maneira diferente em muitos indivíduos. Mozart, por exemplo, teve uma criatividade
genial precoce, por outro lado, o filósofo Kant, só após muitos anos teve a
sua genialidade aflorada.

Assim, percebemos que a criatividade, bem como o conhecimento é uma estruturação


da realidade, e não simplesmente uma cópia. Ou seja, o desenvolvimento da
inteligência, em suas manifestações criativas, não é uma simples questão de
associações empíricas, mas uma construção por parte do sujeito.

Como um professor ou professora desenvolve a criatividade em seus


estudantes?

Parece que essa é mais uma das respostas difíceis de resolver. Verificamos que
poucos professores se preocupam com ações pedagógicas criativas, em seu próprio
fazer. Buscam receitas ou modelos pedagógicos prontos e fáceis para a sua atuação.
Certamente, para esses, as possibilidades criativas são um tanto mais limitadas. Vale
lembrar que a inteligência não é uma cópia da realidade, ao contrário, é a construção
do sujeito com os objetos externos. O sujeito adiciona novas dimensões aos objetos
e eventos externos. Por exemplo, contar ou recitar os nomes dos números,
certamente, para uma criança, vem do mundo externo. Porém, aprender a noção de
número é algo muito diferente de aprender a recitar os nomes dos números. A noção
de número é construída pela criança como um ato criativo, ou como uma multiplicidade
de atos criativos. A isto, alguns matemáticos denominam recorrência ou interação.
Outro exemplo: Se “A” é igual a “B” e “B” é igual a “C” -, “A” deve ser igual a “C”.
Parece bastante lógico e razoável essa noção básica. No entanto, para uma criança
e até determinados adolescentes, em fase de puberdade, essa constatação pode

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requerer estágios intelectuais diferenciados e com tempo maturacional distinto. A
criação de algo novo ocorre devida um processo de abstração reflexiva. Uma
abstração empírica, que segundo Aristóteles, por exemplo, ocorre quando a
informação extraída do objeto oferecerá diferentes análises. Por exemplo, temos dois
objetos e percebemos que há uma diferença de peso entre eles. Ao observamos
melhor, diferenciamos, também por suas cores. Assim, teremos noções de peso e de
cor, para classificá-los.

Estas noções são extraídas da própria percepção, isto é, são empíricas. Se


colocarmos 10 objetos enfileirados e solicitarmos que determinado grupo de crianças
ou adolescentes contem quantos objetos existem lá, sem dúvida que acertarão a
contagem; 10 objetos.

Se colocarmos os mesmos objetos em círculo e solicitarmos a mesma contagem, os


protagonistas acertarão novamente. Portanto, verificamos que a disposição em que
ficam os objetos não é uma propriedade dos objetos.

Se continuarmos a dispor os mesmos objetos em desordem total, os cálculos de


somá-los serão acertados. O que se configurou nessa hipótese foi a noção de soma
e ordem e não a classificação dos objetos.

Nesse momento, você deve se perguntar:

- Qual a relação disso com o ensino do desenho em sala de aula?

Certamente, faz total sentido, quando o professor e a professora identificam a faixa


etária de seus estudantes. Ainda, o repertório cultural que apresentam. Quando o
professor estabelece objetivos plausíveis de aprendizagem aos seus alunos, novas
noções são apreendidas e há exploração de criatividade.

É importante destacarmos essa proposição, pois há diversos professores que


cristalizaram que, por exemplo, o desenho livre ou livre expressão é uma formidável
estratégia para desenvolver a criatividade em seus alunos. Ou mesmo, a cópia de
desenhos fará com que os alunos aprendam a desenhar.

Método e materialidade são fundamentais para o processo de ensino e aprendizagem


do desenho.

_______________________________________________________________

HABILIDADES ALMEJADAS

Identificar relação bi e tridimensional a partir do desenho.

Explorar a linguagem visual.

OBJETIVOS

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Levar os estudantes a conhecer e reconhecer figuras geométricas simples.

Explorar volumetria.

Apreender técnicas de luz e sombra

TEMPO PREVISTO

1ª Etapa – Três aulas.

2ª Etapa – Três aulas.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Desenvolver ilustrações com os estudantes, a partir de objetos e figuras geométricas


simples e compostas. Prever representações bidimensionais e tridimensionais.
Estabelecer a relação de altura, largura e comprimento.

Apreender e aprimorar o uso de técnicas de luz e sombra.

CONTEÚDO

1. Brilho,

2. Valor tonal

3. Sombra

4. A luz refletida

5. Sombra projetada

MATERIAIS

Caderno de desenho ou folha de papel sulfite 90 gramas, lápis de grafite 2B, 4B e 6B,
borracha e limpa tipos.

BIBLIOGRAFIA

ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.

DONDIS, D. A. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

FOUCAMBERT, Jean. A criança, o profesor e a leitura. Trad. Marleine Cohen e Carlos


M. Rosa. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

Metodologia:

Aulas expositivas;

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Atividades práticas;

Roda de debates.

AVALIAÇÃO

Verificar as atividades desenvolvidas;

_______________________________________________________________

A luz e sombra é a parte do acabamento mais importante, não dá para você imaginar
um objeto finalizado se este não tiver luz e sombra.

Antes de desenhar a luz e as sombras que você vê, você precisa treinar seus olhos
para ver como um artista.

Os valores são os diferentes tons de cinza entre o branco e o preto. Os artistas usam
valores para traduzir a luz e as sombras que vêem em sombreamento, criando assim
a ilusão de uma terceira dimensão.

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Bibliografia

RIBEIRO, Maria Luiza S. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: A organização


escolar. – 15ª Ed. Coleção Memória e educação, Campinas, SP: Autores Associados.
1998. p. 31 – 32.

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Aula 06 - Percepção e criatividade

Unidade 1 – Prática e Criatividade – Identificar fundamentos sobre a percepção


humana, bem como a criatividade. Algumas abordagens são importantes, para
eliminar o pensamento vinculado ao senso comum sobre a criatividade.
Objetivos: Identificar teorias que relacionam aspectos culturais e que influenciaram a
metodologia do ensino da arte, em distintos períodos de sua história.
Temática: Percepção e Criatividade

A criatividade está associada à inventividade, à inteligência e ao talento nato, para


criar, inventar, inovar, quer no campo artístico, esportivo, profissional e científico. A
etimologia da palavra criatividade surge do latim: criar – CREARE, que significa
erguer, produzir.
Na antiguidade, a partir das obras de Platão e Aristóteles percebemos que definições
sobre criativo e felicidade. A obra “A Política1”, Aristóteles apresenta como
fundamental, a inteligência criativa, para a construção do conhecimento, para que o
humano tenha vida plena, assim, como o bem estar, a saúde, etc.
Na Renascença, a criatividade, no contexto iluminista é percebida naqueles que
tiveram a capacidade de matematizar o mundo, ou de inventar mecanismos úteis para
as atividades cotidianas. Percebemos, então, que a criatividade é valorizada, a partir
dos bens e produtos culturais necessários em cada período da história da humanidade
e tem sido assim até a atualidade.
A tridimensionalidade, como conteúdo apresenta objetos que possuem três
dimensões, ou seja, largura, altura e profundidade. O volume é o seu elemento
específico e, para representá-lo no desenho, utilizamos técnicas que nos causam a
sensação de profundidade. O trabalho com a tridimensionalidade possibilita aos
estudantes exercitarem a percepção de volume e a noção de espaço.
A maioria dos desenhos inicia, a partir de sólidos geométricos, assim, elaborar
exercícios que considerem esta sequência é importante, para que os estudantes
compreendam o que é volumetria.

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Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.

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______________

1 Na filosofia aristotélica a política é a ciência que tem por objeto a felicidade humana e divide-se em
ética (que se preocupa com a felicidade individual do homem na pólis) e na política propriamente dita
(que se preocupa com a felicidade coletiva da pólis). O objetivo de Aristóteles com sua Política é
justamente investigar as formas de governo e as instituições capazes de assegurar uma vida feliz ao
cidadão. Por isso mesmo, a política situa-se no âmbito das ciências práticas, ou seja, as ciências que
buscam o conhecimento como meio para ação.

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Aula 07 - Fazer artístico

Unidade 1 – Fazer artístico – Identificar fundamentos sobre a percepção humana,


bem como a criatividade. Algumas abordagens são importantes, para eliminar o
pensamento vinculado ao senso comum sobre a criatividade.
Objetivos: Identificar teorias que relacionam aspectos culturais e que influenciaram a
metodologia do ensino da arte, em distintos períodos de sua história.

Temática: Fazer artístico

Lev Semynovitch Vigotski nasceu na Rússia em 1896 e morreu ainda jovem de


tuberculose. Estudou na Universidade de Moscou literatura e advocacia. Trabalhou
como crítico literário e de teatral. Ainda escreveu ensaios sobre literatura e estética.
Em 1917 tornou-se professor de literatura, e ao acessar as teorias de Freud teve
grande interesse por psicologia. Com isso, dedicou-se sobre os processos de
desenvolvimento da aprendizagem. Um aspecto importante em suas teorias é que o
humano o e contexto se produzem mutuamente em processo não mecânico, não
linear, mas complexo e denso de contradições. Nega a ideia de um padrão
comportamental único e imposto culturalmente, pois entende que historicidade marca
e faz surgir diversidade, não há padrão único. Questiona ideia de desenvolvimento
humano como processo imposto e padronizado e defende que este desenvolvimento
e resultante de determinações e relação dialética entre sujeito e objeto, o que implica
dizer que não existem determinações absolutas e tampouco liberdade absoluta, mas
no jogo de relações.
Ao assumir a valorização da cultura e das relações nas quais os indivíduos produzem
cultura e são produzidos culturalmente, Vigotski rompe com ideia de determinação
exclusivamente biológica para o ser humano. A crítica a esta determinação tem como
consequência o entendimento de que as condições de aprendizagem não estão
determinadas de forma absoluta pelo desenvolvimento biológico de um indivíduo. Em
outras palavras, para Vigotski não é preciso esperar que se atinja certa idade – sete
anos, por exemplo, para se alfabetizar. Ao contrario de Piaget, não entendia que o
desenvolvimento biológico seria uma condição necessária a aprendizagem.
Acreditava que e possível aprender antes mesmo de se desenvolver uma estrutura
para tanto. Acreditava que em muitas situações, conquista-se maturidade, ou seja,
desenvolve-se após aprendizagens.
Sugerimos a leitura do capitulo Educação estética de VIGOTSKI, L. S no livro
Psicologia Pedagógica. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2ª edição, 2002.

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Nesse sentido as ações pedagógicas dos professores e professoras serão facilitadas,
a partir de três eixos metodológicos, a saber:
Criação e Produção em Arte – Fazer artístico;
Fruição Estética – Apreciação significativa da Arte e do universo
a ela relacionado – leitura e crítica;
Reflexão: A Arte como produto da história e da multiplicidade
de culturas.
_______________________________________________________________

Vivência
Op Art
O termo foi incorporado à história e à crítica de arte após a exposição The responsive
eye [O olhar compreensivo, MoMA/Nova York, 1965), para se referir a um movimento
artístico que conhece seu auge entre 1965 e 1968. Os artistas envolvidos com essa
vertente realizam pesquisas que privilegiam efeitos óticos, em função de um método
ancorado na interação entre ilusão e superfície plana, entre visão e compreensão.
Dialogando diretamente com o mundo da indústria e da mídia (publicidade, moda,
design, cinema e televisão), os trabalhos da Op Art enfatizam a percepção a partir do
movimento do olho sobre a superfície da tela. Nas composições - em geral, abstratas
- linhas e formas seriadas se organizam em termos de padrões dinâmicos, que
parecem vibrar, tremer e pulsar. O olhar, convocado a transitar entre a figura e o fundo,
a passear pelos efeitos de sombra e luz produzidos pelos jogos entre o preto e o
branco ou pelos contrastes tonais, é fisgado pelas artimanhas visuais e ilusionismos.
O húngaro Victor de Vasarely (1908) é um dos maiores nomes da Op Art. A partir de
1930, em Paris, o artista começa a explorar efeitos óticos pela utilização de dominós,
tabuleiros de xadrez, dados, réguas, zebras e arlequins. Mas é a partir de 1947 que
envereda pela abstração geométrica. Não foi senão em 1947? Diz ele? Que o abstrato
revelou-se para mim, realmente e verdadeiramente, quando me dei conta que a pura
forma-cor era capaz de significar o mundo? A ideia de forma-cor remete diretamente
à concepção de unidade plástica de Vasarely. Nessa estrutura irredutível - molécula
pictural -, o pintor reencontra o ponto, do pontilhismo de Georges Seurat (1859-1891),
e o quadrado de Kazimir Malevich (1878-1935), uma espécie de forma zero. A partir
dessa estrutura elementar, o pintor cria uma gramática de possibilidades com o auxílio
do preto e branco (com os quais trabalhou em boa parte de sua obra) e da progressiva
introdução da cor. A inglesa Bridget Riley (1931) é outro grande expoente da Op Art.
Como os demais artistas ligados ao movimento, ela investiga formas e unidade
seriadas para a composição de padrões gerais, que apelam diretamente à visão, pelos
seus efeitos de vibração e ofuscamento. Realiza pinturas de grande porte, cenários e
a decoração do interior do Hospital Real de Liverpool.

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A galeria Denise René, em Paris, reúne um grupo de artistas envolvido com as
investigações visuais da op art, parte deles argentinos como Julio Le Parc, Marta Boto
e Luis R. Tomasello (1915), além de Yvaral (1934) (filho de Vasarely), do venezuelano
Carlos Cruz-Diez (1923) e outros. O Groupe de Recherche Art Visuel (GRAV), que
funciona entre 1960 e 1968, foi outro pólo aglutinador da produção da Op Art e da arte
cinética. O nome do venezuelano Jesús-Raphael Soto (1923) se destaca no grupo de
artistas latino-americanos radicados em Paris. Entre 1950 e 1953, o artista cria as
primeiras obras em que elementos dispostos em série no espaço produzem efeitos de
movimento virtual e vibração ótica (Estudo para uma série, 1953). Mas é em 1955 que
ele se lança mais diretamente em relação às pesquisas cinéticas, fundamentadas nas
alterações perceptivas decorrentes, seja da posição do observador diante da obra,
seja do uso de elementos suspensos a vibrar diante um fundo.
Ainda que um exame atento dessa ampla produção pudesse ser capaz de revelar
diferentes inflexões no interior da Op Art, não parece difícil entrever um programa
comum constituído a partir de estímulos semelhantes: as progressões matemáticas
(muitas vezes trabalhadas com o auxílio de computadores); a Gestalt; o cubismo de
Georges Braque (1882-1963), Pablo Picasso (1881-1973) e Juan Gris (1887- 1927);
o neoplasticismo de Piet Mondrian (1872-1944); além do construtivismo da Bauhaus,
de Malevich e do impressionismo, sobretudo na vertente explorada por Seurat. Os
trabalhos de Vasarely, Riley e outros se propagaram pelo mundo todo. No Brasil,
realizaram experiências óticas em seus trabalhos: Lothar Charoux (1912-1987), Almir
Mavignier (1925), Ivan Serpa (1923-1973), Abraham Palatnik (1928), entre outros. Nos
anos 50 algumas pinturas de Luiz Sacilotto (1924-2003) antecipam questões que
serão desenvolvidas posteriormente pela Op Art propriamente dita.

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Atividade não avaliativa
O que é?
A arte e a estética dos trabalhos de Victor Vasarely;
Por quê?
Vasarely elaborou tais trabalhos? Em que contexto isso ocorreu?
Para quê?
Para permitir ao aluno:
Analisar o uso dos elementos da linguagem visual nas obras apresentadas,
percebendo como o artista utiliza a cor e as formas em seus desenhos.
Como? (Quando? Onde?)
Apresentar as obras de Vasarely e sugerir aos alunos que observem cada uma das
imagens e apontem as principais características.

_______________________________________________________________

PROPOSIÇÃO:
A partir das obras de Vasarely, como posso elaborar uma proposta
genuinamente minha, sem ser cópia ou releitura da obra do artista?

ARTES VISUAIS 36
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Quais materiais serão utilizados?
Qual a melhor técnica artística?

Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
DONDIS, D. A. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
FOUCAMBERT, Jean. A criança, o profesor e a leitura. Trad. Marleine Cohen e
Carlos M. Rosa. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

ARTES VISUAIS 37
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Aula 08 – Resumo Unidade I

Resumo da Unidade 1
A primeira unidade abordou aspectos históricos e os teóricos da educação. A partir de
tais fundamentos temos condições de refletir sobre o fazer artísticos e como adequar
aulas de desenho para estudantes do Ensino Fundamental ciclo II.
BIBLIOGRAFIA

ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.

DONDIS, D. A. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

FOUCAMBERT, Jean. A criança, o profesor e a leitura.Trad. Marleine Cohen e


Carlos M. Rosa. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

Temática: Exemplo de Plano de Ensino


Verifique o plano de ensino. Vale lembrar, que há diferentes modelos de plano
de ensino.
PLANO DE ENSINO

CURSO 9ª ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Objetivo Geral: Reconhecer, interpretar e estabelecer diferenças entre as linguagens


artísticas.

Desenvolver a percepção visual e espacial na criação de ideias na manifestação


artística.

Objetivo Específico: Interagir, investigar e propiciar as várias áreas das linguagens


artísticas. Desta forma, possibilitar a fruição e a reflexão, bem como a produção
artística. Capacitar o aluno para o fundamento da percepção visual.

1º Bimestre

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A partir do Calendário Escolar, novas atividades avaliativas serão acrescentadas:

Provão (avaliação bimestral), Feira Cultural,. Outras atividades poderão ser


acrescidas, mediante esse planejamento.

Bibliografia

ARTES VISUAIS 39
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COSTELA, Antonio. Xilogravura Manual prático. Campos do Jordão. Ed.
Mantiqueira. 1987. das Letras, 1998.

_________________.Introdução à gravura e história da xilogravura. Campos do


Jordão. Ed. Mantiqueira. 1984. ARGAN, G. C. Arte Moderna. São Paulo: Companhia

DOMINGUES, Diana (org.), A arte no século XX. A humanização das tecnologias.


São Paulo: UNESP, 1997.

GOMBRICH, E. H. Arte e ilusão. São Paulo: Edusp,1992.

GUIMARÃES, L. A cor como informação. São Paulo: Annablueme, 2000.


IAVELBERG, Rosa. Para gostar de aprender arte: sala de aula e formação de
professores. Porto Alegre: Artmed, 2002.

MARTINS, Itajay. Gravura arte e técnica. Fundação Nestlé. 1987.

MAYER, Ralph. Manual do artista. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

ARTES VISUAIS 40
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Aula 09 - Volumetria, Profundidade e Proporção

Unidade 2 – Explicitar o que é volumetria, profundidade e proporção.

Objetivos: Identificar o que é volumetria, profundidade e proporção.

Temática: Volumetria, Profundidade e Proporção

Os elementos conceituais fazem parte do desenho e devem ser ensinados aos


estudantes. São eles:

Linha – a medida em que o ponto se move, sua trajetória configura a linha. Assim, a
linha possui dimensões, tipos e trajetórias.

Plano – a trajetória de uma linha elabora um plano. O plano possui comprimento e


largura, portanto é um elemento em duas dimensões. A linha define os limites de um
plano

Volume – A trajetória de um plano organiza um volume. No desenho o volume é


uma representação.

_______________________________________________________________

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Algumas sugestões, a seguir apresentam possibilidades de técnicas artísticas,
capazes de explorar os elementos da percepção visual. Vale lembrar, que tais
técnicas são possíveis de serem implementadas no Ensino Fundamental II.

Ponto

Composição com pontos.

METODOLOGIA:

Aulas expositivas.

Recursos motivadores: Imagens de obras artísticas elaboradas por artistas


consagrados.

Atividade prática, desenvolver uma composição.

MATERIAIS: lápis 2B ou 4B, caneta hidrocor ou nanquim, papel sulfite

VALIAÇÃO

Verificar se o estudante elaborou uma composição, a partir da técnica de


pontilhismo.

HABILIDADES:

Os educadores envolvidos no projeto verificarão as habilidades, em seus alunos:

Identificar as habilidades de associar todos os conteúdos apresentados no projeto.

Verificar a criatividade, originalidade e imaginação no resultado final do processo.

OBJETIVO:

Levar o estudante a perceber os efeitos dos pontos sobre o papel, a partir de seu
agrupamento e do afastamento.

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A retícula, utilizada nas gráficas é formada por infinitos pontos e tem a função de
transformar um original (imagem) de tom contínuo. A imagem reticulada, ou seja,
formada por pontos de retícula, é chamada de meio-tom.

A variação tonal se dá pelo tamanho do ponto. São vários pontos pequenos de


tamanhos diferentes, que obedecem ao tom da imagem original. São equidistantes
entre si, quer dizer que possuem uma distância padronizada entre os pontos. Esse
tipo de retícula cria ilusão de ótica, aonde os formatos dos pontos podem ser
quadrados, redondos e arredondados.

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Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.

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Aula 10 - Volumetria, Profundidade e Proporção

Unidade 2 – Explicitar o que é volumetria, profundidade e proporção.


Objetivos: Identificar o que é volumetria, profundidade e proporção.

Temática: Volumetria, Profundidade e Proporção

Linha – a medida em que o ponto se move, sua trajetória configura a linha. Assim, a
linha possui dimensões, tipos e trajetórias.

LINHA
Composição com pontos.
Possíveis referências: Concretismo
Definição
A arte concreta deve ser compreendida como parte do movimento abstracionista
moderno, com raízes em experiências como a do grupo De Stijl [O Estilo], criado em
1917, na Holanda por Piet Mondrian (1872-1944), Theo van Doesburg (1883-1931),

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Gerrit Thomas Rietveld (1888-1964), entre outros. A abstração geométrica testada
pelo grupo holandês ecoa, com novos matizes, no manifesto Arte Concreta, redigido
por Van Doesburg, em 1930, em oposição a outras tendências abstratas, por exemplo,
as professadas pelo grupo Cercle et Carré, fundado em 1929 pelo crítico Michel
Seuphor (1901-1999) e o pintor Joaquín TorresGarcía (1874-1949), em Paris. O termo
arte concreta é retomado por outros artistas, como Wassily Kandinsky (1866-1944)
por exemplo, popularizando-se com Max Bill (1908-1994), ex-aluno da Bauhaus.
Os princípios do concretismo afastam da arte qualquer conotação lírica ou simbólica.
O quadro, construído exclusivamente com elementos plásticos - planos e cores -, não
tem outra significação senão ele próprio. A pintura concreta é "não abstrata", afirma
Van Doesburg em seu manifesto, "pois nada é mais concreto, mais real, que uma
linha, uma cor, uma superfície". Max Bill explora essa concepção de arte concreta
defendendo a incorporação de processos matemáticos à composição artística e a
autonomia da arte em relação ao mundo natural. A obra de arte não representa a
realidade, mas evidencia estruturas, planos e conjuntos relacionados, que falam por
si mesmos.
Menos que alardear um novo movimento, a noção de arte concreta visa rediscutir a
linguagem plástica moderna. Os suíços, especialmente Max Bill, Richard Paul Lohse
(1902), Verena Loewensberg (1912-1986), recolocam o problema da
bidimensionalidade do espaço pictórico introduzido pelo cubismo ao definir o quadro
como suporte sobre o qual a realidade é reconstruída, e passível de ser apreendida
de múltiplos ângulos. Assim, com os concretos, a pintura se aproxima de modo cada
vez mais radical da escultura, da arquitetura e dos relevos. Da pauta do grupo fazem
parte também pesquisas sobre percepção visual, informadas pela teoria da gestalt, e
a defesa da integração da arte na sociedade pela participação do artista nos vários
setores da vida urbana, ênfases da Hochschule für Gestaltung (HfG) [Escola Superior
da Forma], fundada por Max Bill, em Ulm, Alemanha, em 1951, e que dá
prosseguimento ao projeto Bauhaus.
Bill é o principal responsável pela entrada desse ideário plástico na América Latina,
sobretudo na Argentina e no Brasil, no período após a Segunda Guerra Mundial (1939-
1945). A exposição do artista em 1951 no Museu de Arte de São Paulo Assis
Chateaubriand (Masp) e a presença da delegação suíça na 1ª Bienal Internacional de
São Paulo, no mesmo ano, abrem as portas do país para as novas tendências
construtivas, que são amplamente exploradas a partir de então. Os prêmios
concedidos à escultura Unidade Tripartida de Max Bill, e à tela Formas, de Ivan Serpa
(1923-1973) na 1ª Bienal, realizada no Museu de Arte Moderna de São Paulo
(MAM/SP), são sintomas da atenção despertada pelas novas linguagens pictóricas.
O impacto das representações estrangeiras na bienal se relaciona de perto às
modificações verificadas no meio social e cultural brasileiro. Cidades como Rio de
Janeiro e São Paulo iniciam processos de metropolização, alimentados pelo surto
industrial e pela pauta desenvolvimentista, que alteram a paisagem urbana. Do ângulo
das artes visuais, a criação dos museus de arte e de galerias criam condições para a

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experimentação concreta nos anos 1950, com o anúncio das novas tendências não
figurativas. É importante lembrar nessa direção as exposições 19 Pintores, na Galeria
Prestes Maia, em São Paulo, semente do grupo concreto paulista; Do Figurativismo
ao Abstracionismo, no MAM/SP, em 1949; A. Calder, no Masp, em 1949; e
Fotoformas, de Geraldo de Barros (1923-1998), no Masp, em 1950. O ano de 1952 e
a exposição do Grupo Ruptura marcam o início oficial do movimento concreto em São
Paulo. Criado por Anatol Wladyslaw (1913-2004), Lothar Charoux (1912-1987), Féjer
(1923-1989), Geraldo de Barros, Leopold Haar (1910-1954), Luiz Sacilotto (1924-
2003), liderado pelo artista e crítico Waldemar Cordeiro (1925-1973), o grupo propõe
em seu manifesto a "renovação dos valores essenciais das artes visuais", por meio
das pesquisas geométricas, pela proximidade entre trabalho artístico e produção
industrial, e pelo corte com certa tradição abstracionista anterior.
Os desdobramentos da arte concreta na poesia se evidenciam em São Paulo pelo
lançamento da revista Noigandres, em 1952, editada pelos irmãos Haroldo de
Campos (1929-2003) e Augusto de Campos (1931) e Décio Pignatari (1927 - 2012).
No Rio de Janeiro, alunos do curso de Ivan Serpa no Museu de Arte Moderna do Rio
de Janeiro (MAM/RJ), tendo como teóricos os críticos Mário Pedrosa (1900-1981) e
Ferreira Gullar (1930), formam o Grupo Frente, em 1954. Fundado por Aluísio Carvão
(1920-2001), Carlos Val (1937), Décio Vieira (1922-1988), Ivan Serpa, João José da
Silva Costa (1931), Lygia Clark (1920-1988), Lygia Pape (1927-2004) e Vicent
Ibberson (19--), e ao qual aderem em seguida Hélio Oiticica (1937-1980) e César
Oiticica (1939), Elisa Martins da Silveira (1912-2001), Emil Baruch (1920), Franz
Weissmann (1911- 2005), Abraham Palatnik (1928) e Rubem Ludolf (1932-2010), o
grupo concreto carioca prega a experimentação de todas as linguagens, ainda que no
âmbito não figurativo geométrico. À investigação paulista centrada no conceito de pura
visualidade da forma o grupo carioca opõe uma articulação forte entre arte e vida -
que afasta a consideração da obra como "máquina" ou "objeto" -, e maior ênfase na
intuição como requisito fundamental do trabalho artístico. As divergências entre Rio e
São Paulo se explicitam na Exposição Nacional de Arte Concreta, São Paulo, 1956, e
Rio de Janeiro, 1957, início da ruptura neoconcreta, efetivada em 1959.
Disponível:
http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_ic/ind
ex.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=370. Acesso: 13 jul 2013.

METODOLOGIA:
Aulas expositivas.
Recursos motivadores: Imagens de obras artísticas elaboradas por artistas
consagrados.
Atividade prática, desenvolver uma composição.
MATERIAIS: lápis 2B ou 4B, caneta hidrocor ou nanquim, papel sulfite.

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VALIAÇÃO
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Verificar se o estudante elaborou uma composição, a partir de linhas.
HABILIDADES:
Os educadores envolvidos no projeto verificarão as habilidades, em seus alunos:
Identificar as habilidades de associar todos os conteúdos apresentados no projeto.
Verificar a criatividade, originalidade e imaginação no resultado final do processo.
OBJETIVO:
Levar o estudante a perceber os efeitos das linhas sobre o papel, a partir de seu
agrupamento e do afastamento.

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Filho de imigrantes italianos, Luiz Sacilotto nasceu em Santo André, Estado de São
Paulo,em 1924.
O artista nasceu e cresceu no maior polo industrial do país em um período de grande
desenvolvimento social, político e econômico, sempre ouvindo os apitos das
fábricas.Foi nesta cidade que montou seu ateliê-residência. Diplomado em 1943 em
escola profissional, ingressou no ano seguinte na Hollerith do Brasil como desenhista
e projetista de esquadrias metálicas.
Paralelamente, Sacilotto desenvolveu sua carreira artística. Sua obra conheceu uma
fase figurativa, na década de 40, e o período concreto, que se estendeu por toda a
segunda metade do século passado. Participou da exposição "Ruptura", realizada no
Museu de Arte Moderna de São Paulo em 1952 e foi um dos signatários do manifesto
de mesmo nome, que marcou o início do movimento concretista brasileiro. Waldemar
Cordeiro, que liderava o grupo, identificaria posteriormente Sacilotto como "viga
mestra da arte concreta", movimento que segundo o crítico de arte Enock Sacramento,
maior estudioso da obra do artista, "foi responsável pela mais incisiva renovação da
visualidade brasileira no Século XX. Desde cedo seu currículo se construiu de forma
coerente e invejável. Participou de seis Bienais de São Paulo em 1951, 53, 55, 57, 61
e 67; da Bienal de Veneza em 1952, da Exposição Nacional de Arte Concreta em São
Paulo em 1956 e no Rio de Janeiro em 1957. Expôs também na Konkrete Kunst
(exposição nacional de arte concreta em Zurique) em 1960 organizada por Max Bill
em diversas galerias.
A Arte Concreta foi um dos movimentos artísticos mais importantes ocorridos no Brasil
no século XX, influenciando a literatura, a arquitetura, a música, o desenho industrial,
a comunicação visual.

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A sistematização do movimento, repetição e os jogos ópticos são os pontos
fundamentais para a construção de sua obra que mantém-se sempre ligada e
relacionada aos meios de produção. O jogo dinâmico que impõe às suas imagens nos
provoca o olhar, percebemos seus recortes, seus giros, a multiplicidade das formas
geométricas, o jogo interminável das ilusões ópticas. Sacilotto sempre se manteve
interessado em experimentações, desde o início fez uso de materiais e técnicas
diversas. Trabalhou com um grande rigor formal sem renunciar à sensibilidade.
Luiz Sacilotto faleceu dia 09 de fevereiro de 2003 no ABC paulista onde sempre viveu.
Deixou um significativo conjunto de obras que evidencia sua importante trajetória
artística: desenhos, gravuras, guaches, esculturas, pinturas, obras públicas, além de
um grande número de projetos.
Luiz Sacilotto era um artista universal que sempre se manteve fiel a sua obra e seus
conceitos. Um exemplo de artista sensível à emoção das linhas exatas e ângulos
rigidamente traçados.
Disponível: http://www.sacilotto.com.br/. Acesso: 10 jul 2013.

Bibliografia

ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.

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Aula 11 - Figuras geométricas

Unidade 2 – A partir de sólidos geométricos o estudante será capaz de representar


diferentes objetos.
Objetivos: Identificar elementos geométricos nas representações gráficas.
Temática: Figuras geométricas

Metodologia em artes
O método é constituído por um conjunto de procedimentos que devem ser observados
na busca do conhecimento e transformação da realidade. Em resumo: “em seu sentido
geral, o método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários
para atingir um fim dado ou um resultado desejado”.
Marilena Chauí afirmou que o método guia o trabalho intelectual (produção de ideias,
experimentos e teorias) e avalia os resultados obtidos.
Maria Heloisa Ferraz e Maria Fusari apresentam uma concepção de metodologia em
seu livro Metodologia do Ensino de Artes (FERRAZ; FUSARI, 2001). Segundo as
autoras, a metodologia do ensino e aprendizagem em arte integra os
encaminhamentos educativos das práticas de aulas artísticas e estéticas.
Em outras palavras, esses encaminhamentos metodológicos constituem-se em um
conjunto de ideias e teorias educativas em arte transformadas em opções e atos que
são concretizados em projetos ou no próprio desenvolvimento das aulas de Arte. São
ideias e teorias (ou seja, posições a respeito de “como devem” ou “como deveriam
ser” as práticas educativas em arte) baseadas ao mesmo tempo em propostas de
estudiosos da área e em nossas práticas escolares em arte e que se cristalizam nas
propostas e aulas (FERRAZ; FUSARI, 2001, p. 98)
Importante ressaltar a relação entre teoria e prática como fundamento do conceito de
metodologia exposto pelas duas autoras. A metodologia, do ensino da arte em nosso
caso, funda-se na relação entre subsídios teóricos e “práticas escolares”. Ela é
indissociável da epistemologia.
Não há possibilidade de separar o “fazer” e o “entender” a arte e o seu ensino.
Portanto, a metodologia é inseparável de nossa concepção sobre arte e de como
ensinar essa arte por nós concebida:
A metodologia educativa na área artística inclui escolhas profissionais do professor
quanto aos assuntos em arte, contextualizados e a serem trabalhados com os alunos
nos cursos. Referem-se também à determinação de métodos educativos, ou seja, de
trajetórias pedagógicas (com procedimentos técnicos e proposição de atividades)
(FERRAZ; FUSARI, 2001, p. 98).

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Diante dessa reflexão, vale destacar que nos anos 20, alguns professores de arte
incorporaram a ideia da LIVRE EXPRESSÃO entendida como um caminho para se
atingir o centro da criatividade em seus alunos. Os primeiros trabalhos de arte feitos
pelo método da livre expressão foram os de educador tcheco Franz Cizek1, na escola
de artes de Viena, Áustria. Sua proposta vinculava a estética e a psicologia, para
liberar o impulso criador nos estudantes. Outro pesquisador John Dewey2, após
observar as aulas do professor Cizek manifestou algum entusiasmo...
Após os anos 60, o pouco cuidado em avaliar os fundamentos do Método da Livre
Expressão levou inúmeros professores a extremos, onde tudo era permitido. Os
professores da linha da Livre Expressão imaginaram que o indivíduo possui dentro de
si um mundo estético, ou seja, que conhecem obras de arte e necessitam externar
suas criações. Assim, o professor não interferia nas elaborações dos alunos. Sabe-se
que o Método da Livre Expressão é falho e não explora a criatividade nos alunos.
Após esse período, novas metodologias, mais eficazes demonstraram que a
exploração da criatividade nos alunos é possível. Mesmo assim, temos, na atualidade,
diversos professores que insistem com a prática da Livre Expressão. Certamente,
por desconhecimento de seus métodos ou por pura indolência em suas aulas.
Representações gráficas desenvolvidas por estudantes
A representação gráfica, basicamente é elaborada, a partir do ponto, da linha e do
plano. O plano determina um lugar geométrico onde as representações são
desenhadas. Frequentemente temos as formas planas – representação bidimensional
e as formas tridimensionais. Ainda, podem ser figurativas, ou seja, quando o desenho
é reconhecido e abstratas, quando não há identificação da forma expressa.
Objetos
Composição de objetos.
METODOLOGIA:
Aulas expositivas.
Recursos motivadores: Imagens de obras artísticas elaboradas por artistas
consagrados.
Atividade prática, desenvolver uma composição.
MATERIAIS: lápis 2B ou 4B, fios de lã coloridos, ou barbantes variados, cola, papel
cartonado 3 como suporte.
VALIDAÇÃO
Verificar se o estudante elaborou uma composição, a partir das técnicas solicitadas.
HABILIDADES
Os educadores envolvidos no projeto verificarão as habilidades, em seus alunos:

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Identificar as habilidades de associar todos os conteúdos apresentados no projeto.
Verificar a criatividade, originalidade e imaginação no resultado final do processo.
Averiguar se o estudante se apropria de volumetria, tridimensionalidade e figuras
geométricas.
OBJETIVO:
Levar o estudante a perceber figuras geométricas para desenhar objetos.

Exemplo:

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As atividades são recomendações e não são avaliativas.

Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São
Paulo: Cortez, 2001.
___
1 Franz Cizek (12 de junho de 1865 - 17 de dezembro 1946) austríaco, pintor do
gênero e retrato, que era mais conhecido como um professor e reformador da
educação artística. Ele começou o Movimento de arte para crianças em Viena, abrindo
a classe de arte juvenil em 1897.
2 John Dewey nasceu em 1859 em Burlington, uma pequena cidade agrícola do
estado norte-americano de Vermont. Na escola, teve uma educação desinteressante
e desestimulante, o que foi compensado pela formação que recebeu em casa. Ainda
criança, via sua mãe confiar aos filhos pequenas tarefas para despertar o senso de
responsabilidade. Foi professor secundário por três anos antes de cursar a
Universidade Johns Hopkins, em Baltimore. Estudou artes e filosofia e tornou-se
professor da Universidade de Minnesota. Escreveu sobre filosofia e Educação, além
de arte, religião, moral, teoria do conhecimento, psicologia e política. Seu interesse
por pedagogia nasceu da observação de que a escola de seu tempo continuava, em
grande parte, orientada por valores tradicionais, e não havia incorporado as

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descobertas da psicologia, nem acompanhara os avanços políticos e sociais. Fiel à
causa democrática, ele participou de vários movimentos sociais. Criou uma
universidade-exílio para acolher estudantes perseguidos em países de regime
totalitário. Morreu em 1952, aos 93 anos
3 Cartolina, papel cartão, Papel Paraná, Papel off set de alta gramatura e outros.
4 Leonid Afremov é um pintor israelense de origem bielorrussa, da atualidade. É
conhecido por seus quadros coloridos e alegres e por sua técnica de pintura peculiar:
uso de espátula para pintura com tinta a óleo.

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Aula 12 – Composição

Unidade 2 – A partir de sólidos geométricos o estudante será capaz de representar


diferentes objetos.
Objetivos: Identificar elementos geométricos nas representações gráficas.

Temática: Composição
Metodologia em artes

“Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino”. O livro: “Pedagogia da


Autonomia” de Paulo Freire aborda a função do pesquisador, como condição inerente
ao professor e professora. (FREIRE, 2010, p. 29). A tarefa tão cotidiana de elaborar
uma aula, já estabelece um procedimento de pesquisa. Quando o professor ou a
professora de artes busca imagens, textos, relações com a história da arte, por
exemplo, estabelece a pesquisa. Essa investigação pode ser via Internet, livros,
revistas, DVD, espaço cultural (museu, galeria de arte, etc.), na escola entre outros.
Assim, o educador se depara com aspectos normais de uma pesquisa: os
desdobramentos deram certos ou errados. Quando isso acontece, mobiliza o
PROFESSOR, para novas investigações.
Assim, identificamos tipos de pesquisas:
Pesquisa bibliográfica – que abrange a leitura, análise e interpretação de livros e
periódicos.
Pesquisa de laboratório – são ações elaboradas em laboratórios que envolvem
situações controladas, a partir de instrumentos específicos. Exemplo: laboratório de
fotografia e outros.
Pesquisa de campo – são observações de fatos e fenômenos exatamente como
ocorre no real. Essa pesquisa analisa dados individuais, de grupos, comunidades,
instituições e outros, com o objetivo de compreender os mais diferentes aspectos de
uma determinada realidade.
Vale salientar que o professor ou a professora podem e devem propiciar aos
educandos algum tipo de pesquisa em determinados momentos durante suas aulas.
_______________________________________________________________

Composição

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É a ordenação de elementos, ou seja, são aspectos de um mesmo problema. A
composição é o resultado da melhor ordenação subjetiva dos elementos visuais e
suas relações.
Ponto de atenção: dentro de uma composição temos o ponto de atenção, que é o
ponto ótico e o centro que é o ponto geométrico.

Proposta 1:
1. Remontagem com imagens fotográficas.
O estudante deve selecionar imagens fotográficas.
No mínimo 2 imagens.
Se forem 2 imagens, ele poderá fundir o fundo de uma imagem com outra que ficará
no primeiro plano.
Ele recortará as imagens e colará novamente.
Os critérios adotados pelo professor poderá ser o do ponto ótico.

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Proposta 2:
A partir de elementos geométricos o professor desenvolverá a elaboração de
desenhos com os estudantes.
Organizar os elementos desenhados em uma composição visual. Para tanto, será
necessário redesenhá-los, a partir de critérios do centro ótico.
Sugestões de elementos geométricos:

ARTES VISUAIS 59
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O equilíbrio impõe a estabilidade pela anulação mútua de forças opostas. É um fator
sensível capaz de produzir a harmonia visual, ou não.
EQUILÍBRIO SIMÉTRICO – Equivale à massa simétrica distribuída,
igualmente, a partir dos eixos geométricos. Frequentemente
carecem de ação, por não serem dinâmicos. Assim, causam
desinteresse e monotonia.

EQUILÍBRIO ASSIMÉTRICO – É caracterizado pela oposição de vários elementos


visuais que se opõe com peso desigual em seus lados. Sempre oferece maior
exuberância, vitalidade e ação.

Exemplo:

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Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São
Paulo: Cortez, 2001.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010.

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Aula 13 – Composição

Unidade 2 – A partir de sólidos geométricos o estudante será capaz de representar


diferentes objetos.
Objetivos: Identificar elementos geométricos nas representações gráficas.

Temática: Composição

Metodologia em artes

A mediação e a educação são aspectos fundamentais para o processo de ensino


e aprendizagem.

O conceito de educação como mediação vem sendo construído ao


longo dos séculos. Sócrates falava da educação como parturição das
ideias. Podemos, por aproximação, dizer que o professor assistia,
mediava o parto. Rousseau, John Dewey, Vygotsky e muitos outros
atribuíam à natureza, ao sujeito ou ao grupo social o encargo da
aprendizagem, funcionando o professor como organizador,
estimulador, questionador, aglutinador. O professor mediador é tudo
isso (BARBOSA,; COUTINHO, 2009, p.13).

ARTES VISUAIS 62
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A ideia do professor e professora mediadores é investigada por vários teóricos, entre
eles desçamos à Dra. Ana Mae Barbosa, que defende a ideia de que aprendemos
uns com os outros pelo mundo.
Assim, todas as linguagens artísticas apresentam campo fértil para a mediação. Em
suas teorias, Dra Ana Mae sugere a Proposta Triangular, pois apresenta a arte como
cultura, para o centro de toda ação educativa. Ainda, apresenta toda a produção
artística, como produto e bem cultural, portanto, apreender arte. E considera a difusão
cultural.
O entendimento da mediação cultural, portanto, está neste texto atrelado ao
entendimento mais amplo de arte como cultura, da ação educativa como prática
dialógica e com o compromisso do educador mediador com as dimensões políticas da
práxis educacional. Obviamente, a questão da mediação cultural pode ser entendida
por outros pontos de vista e outras bases político conceituais. Vale destacar, que há
diversas regiões no Brasil, que não possui espaços culturais. E outras, em que o
espaço cultural não é de acesso à maioria da população. Assim, o professor e a
professora devem refletir sobre tais questões e sobre a importância do acesso à arte,
para os estudantes.

Para iniciar estudos e exercícios sobre luz e sombra é mais fácil, a partir de formas
geométricas simples, como, cubo, cilindro, pirâmide, cone. Desta forma, ficará mais
fácil elaborar representações de diferentes objetos.
Selecionar os materiais necessários e identificar a técnica de luz e sombra.

ARTES VISUAIS 63
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Natureza Morta
Objetos inanimados são representados na pintura desde a Idade Média, em geral
como fundo de pinturas religiosas de cunho realista. Mas é somente em meados do
século XVI que a natureza-morta emerge como gênero artístico independente em
obras de pintores como Pieter Aertsen (1507 ou 1508 - 1575) e Jacopo Bassano
(ca.1510 - 1592), que articulam os temas religiosos à vida cotidiana e às cenas de
gênero. As composições simbólicas e grotescas de Giuseppe Arcimboldo (ca.1527 -
1593) - com frutas, animais e objetos compondo figuras - alimentam o
desenvolvimento da natureza- morta no período. Na passagem para o século XVII, a
figuração documental exigida pelas ciências naturais joga papel destacado na
valorização de uma arte que almeja representar os objetos e a natureza tais como
empiricamente observados - por exemplo, Jacopo Ligozzi (1547 - 1627). Assim, o
processo de paulatina autonomia da natureza- morta acompanha tanto a pintura
naturalista (associada à ilustração científica) quanto a pintura de gênero,
exemplarmente representada pelos artistas holandeses do século XVII e seus temas
domésticos, figurados com riqueza de detalhes. Os objetos frequentemente
escolhidos para compor as naturezas mortas são: mesas com comidas e bebidas,
louças, flores, frutas, instrumentos musicais, livros, ferramentas, cachimbo, tabaco
etc, todos referidos ao âmbito privado e à esfera doméstica, às vocações, aos hobbies,
à decoração e ao convívio no interior da casa.
A desvalorização desse gênero pictórico reflete-se na sua própria denominação nas
línguas latinas, "natureza-morta", "nature morte", e nas línguas saxônicas ,"still life",
"stilleben" (vida imóvel, vida em suspensão). Caravaggio (1571 - 1610) é um dos
pioneiros no gênero, exercitado entre 1592 e 1599 (detalhe de Baco, 1593, Cesto de
Frutas, 1596). A opção pela "pintura natural das coisas naturais" (destacando a
presença do corpo e a realidade pormenorizada do objeto reveladas pelos contrastes
de luz e sombra), a escolha de tipos populares para compor cenários religiosos e o
gosto por cenas de gênero marcam as obras do pintor milanês, um dos primeiros a
desafiar a hierarquia imposta pelos teóricos da época, que viam a natureza-morta
como tema menor. "Custa-me tanto trabalho fazer um bom quadro de flores, quanto
um quadro de figuras", afirma ele. Na Espanha, Juan Sánchez Cotán (1560 - 1627)
renova o gênero, valendo-se da abertura de janelas para emoldurar os objetos
(Natureza-Morta com Marmelo, Couve, Melão e Pepino, 1600). No sul do país, o tema
é adotado por Francisco de Zubarán (1598 - 1664), que desenvolve uma obra religiosa
naturalista, produzindo paralelamente uma série de naturezas mortas e cenas de
gênero. Em Madri, Juan van der Hamen y León (1596 - 1631) confere novos contornos
a esse tipo de pintura, dispondo os objetos em diferentes níveis e reduzindo o número
de elementos da cena (Natureza-Morta com Frutas e Objetos de Cristal, 1626).
Jean-Siméon Chardin (1699 - 1779) é o grande pintor francês de naturezas-mortas e
obras de gênero. No célebre A Arraia (1728) evidenciam-se suas preferências de
composição: a prateleira de pedra e a austera ambiência interior, os objetos dispostos

ARTES VISUAIS 64
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segundo uma ordem prática (sugerindo atividade humana), as texturas do linho e da
cerâmica, o gato em meio às ostras e a arraia sangrenta no centro do quadro. As
pequenas telas de Chardin - com objetos de cozinha e seus usuários, ambientes
domésticos e cenas cotidianas - filiam-se à tradição da pintura de gabinete holandesa.
No século XIX, os impressionistas, ainda que afeitos às paisagens ao ar livre, vão
realizar naturezas mortas, mas é com Paul Cézanne (1839-1906) que o gênero ganha
novas dimensões, imortalizado pelas composições com maçãs executadas a partir de
1870. Ao contrário de Chardin cujos trabalhos aludem à preparação do alimento na
cozinha, assim como aos instrumentos do artista; nas obras de Cézanne, os objetos
parecem desligados de seu uso. "Suspensas entre a natureza e a utilidade, [as maçãs
de Cézanne] existem apenas para serem contempladas", indica o historiador norte-
americano Meyer Schapiro.
Os arranjos de objetos díspares nas diversas composições e colagens de Juan Gris
(1887-1927), Pablo Picasso (1881-1973) e Georges Braque (1882-1963) associam a
natureza-morta diretamente ao cubismo, ainda que o gênero atravesse toda a arte
moderna, como indicam as obras de Vincent van Gogh (1853 - 1890), Fernand Léger
(1881 - 1955), Henri Matisse (1869-1954), Chäim Soutine (1893 - 1943), Pierre
Bonnard (1867 - 1947), entre outros. Giorgio Morandi (1890 - 1964) é dos pintores
modernos o que mais se concentra em naturezas-mortas. Seus objetos - garrafas,
candelabros, potes -, compostos com base em combinações cromáticas sutis, são
esvaziados de conteúdos simbólicos e literários, o que confere a essas obras uma
dicção altamente pessoal. Na história da arte brasileira as composições com frutas e
vegetação de Albert Eckhout (ca.1610-ca.1666) encontram-se entre as primeiras
naturezas-mortas realizadas. É possível acompanhar o gênero durante o século XIX,
com as produções de Agostinho da Motta (1824-1878) e Estêvão Silva (ca.1844-
1891), significativos pintores no contexto carioca. Já em São Paulo, na primeira
metade do século XX, destaca-se a produção de Pedro Alexandrino (1856-1942). Com
os artistas reunidos no Núcleo Bernardelli e Grupo Santa Helena, nas décadas de
1930 e 1940, o gênero ganha nova importância na arte brasileira. Nos anos de 1950,
Milton Dacosta (1915 - 1988), Maria Leontina (1917 - 1984), Iberê Camargo (1914 -
1994), entre outros, realizam naturezas-mortas
Itaul Cultural. Disponível:
http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_v
erbete=360. Acesso: 7 jul. 2013.

As atividades são recomendações e não são avaliativas.


Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane Galvão (Org.). Arte/Educação como mediação
cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009.
FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São Paulo:
Cortez, 2001.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010.

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ARTES VISUAIS 66
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Aula 14 – Anatomia

Unidade 2 – A partir de sólidos geométricos, o estudante será capaz de representar


diferentes objetos.
Objetivos: Identificar e elaborar desenho de rosto humano.

Temática: ANATOMIA

Exercício não avaliativo:

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Bibliografia

ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.


BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane Galvão (Org.). Arte/Educação como
mediação cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009.
FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São
Paulo: Cortez, 2001.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010.

ARTES VISUAIS 73
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Aula 15 - Rosto anatomia

Unidade 2 – A partir de sólidos geométricos o estudante será capaz de representar


diferentes objetos.
Objetivos: Identificar e elaborar desenho de rosto humano.

Temática: ANATOMIA
Rosto de frente

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ARTES VISUAIS 75
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Vicente José de Oliveira Muniz (São Paulo, 20 de dezembro de 1961) mais conhecido
como Vik Muniz, é um artista plástico brasileiro radicado em Nova York, que faz
experimentos com novas mídias e materiais.

Suas obras são feitas normalmente de coisas que nem imaginávamos , como lixo
reciclável . Vik Muniz fez duas réplicas detalhadas da Mona Lisa de Leonardo da Vinci:
uma feita com geleia e outra com manteiga de amendoim. Também trabalhou com
açúcar, fios, arame, e xarope de chocolate, com o qual produziu uma recriação da
Última Ceia de Leonardo. Reinterpretou várias pinturas de Monet, incluindo pinturas
da catedral de Rouen, que Muniz produziu com pequenas porções de pigmento
aspergidas sobre uma superfície plana.

ARTES VISUAIS 76
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Bibliografia

ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.


BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane Galvão (Org.). Arte/Educação como
mediação cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009.
FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São
Paulo: Cortez, 2001.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010.

ARTES VISUAIS 77
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Aula 16 – Anatomia

Unidade 2 – A partir de sólidos geométricos o estudante será capaz de representar


diferentes objetos.
Objetivos: Identificar e elaborar desenho de anatomia humana.

Temática: ANATOMIA

Rosto de frente

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As atividades são recomendações e não são avaliativas.


Os artistas do Renascimento se orientam por ideais de perfeição, harmonia, equilíbrio
e graça - representados com o auxílio dos sentidos de simetria e proporção das figuras
- de acordo com os parâmetros ditados pelo belo clássico. Nesse contexto, os estudos
(leia-se: desenhos) de anatomia para composições maiores são bastante utilizados
no período. Pode ser citado como exemplos o Estudo para uma das Sibilas no teto da
capela Sistina, de Michelangelo Buonarroti. Os desenhos feitos por Rafael em seu
caderno de esboços para a posterior realização da Virgem do Prado, 1505, ou os
estudos de Correggio para afresco, os de 1526, parte do acervo do Museu do Louvre.

ARTES VISUAIS 84
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O desenvolvimento de pesquisas científicas nesse período fornece subsídios para a


elaboração de novos métodos e técnicas. A perspectiva central, sistematizada por
Fillippo Brunelleschi e descrita por Leon Battista Alberti no tratado Della Pittura, 1435,
altera de modo radical os modos de representação e as concepções de espaço, o que
se reflete nos desenhos realizados na época. Os rendimentos do uso da perspectiva
podem ser observados, entre outros, na obra de Leonardo da Vinci. Responsável por
ampla produção artística e científica, célebre por seus escritos, pelos retratos e pela
invenção da técnica do sfumato, Da Vinci se vale sistematicamente do desenho -
sobretudo dos desenhos com giz - para a realização de investigações e esboços.
Estudos de proporção e anatomia são feitos com base na observação minuciosa de
corpos humanos e de animais como em Estudos Anatômicos - Laringe e Perna, 1510.
Do mesmo modo, desenhos preparatórios de gestos e expressões são
sistematicamente executados por ele.
A arte do desenho ganha extrema importância nesse momento, mas
fundamentalmente como atividade preparatória para a realização das obras principais,
pinturas e esculturas. Atividade de apoio é verdade, mas considerada imprescindível
na formação dos artistas, que, por meio do desenho, registram a realidade observada,
treinam as medidas e proporções dos corpos humanos. Por essa razão as academias
de arte, nos séculos XVI, XVII e XVIII, fazem do desenho uma disciplina obrigatória
para o aprimoramento da atividade artística. As novas instituições defendem a
possibilidade de ensino de todo e qualquer aspecto da criação artística por meio de
regras comunicáveis. Nesse contexto, as aulas de desenho de observação e cópia de
moldes são fundamentais para o treinamento dos novos artistas. O desenho como
aprendizado técnico ou como exercício acadêmico da forma tem lugar nas academias

ARTES VISUAIS 85
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com a realização de nus, naturezas-mortas e paisagens, assim como pela cópia de
esculturas antigas.
Diante do papel proeminente da pintura no decorrer da história da arte ocidental, o
desenho figura em boa parte desse percurso como designação genérica para as
etapas intermediárias: apontamentos, estudos preparatórios ou contornos de figuras
e objetos posteriormente cobertos pela tinta. A despeito desse movimento mais geral,
alguns artistas, como o paisagista inglês Joseph Mallord William Turner, conferem ao
desenho lugar destacado em sua obra, como é possível perceber pela enorme
quantidade de desenhos que realiza entre 1814 e 1830, alguns publicados na
Picturesque Views of the Southern Coast of England, 1826. Turner concebe desenhos
para a coleção de gravuras Portos da Inglaterra e para uma edição ilustrada de Italy,
poema de Samuel Rogers. Na tradição paisagística, o desenho ocupa lugar
importante na obra de Fragonard, que obtém efeitos originais em seus desenhos de
paisagem, como em O Parque da Villa d'Este em Tivoli, 1760. O surgimento da
caricatura é responsável por uma relativa independência do desenho em relação à
pintura, como indica a obra de Honoré Daumier, famoso por suas charges e sátiras
políticas feitas por meio de desenhos, gravuras e escultura.

Disponível:
http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuse
action=termos_texto&cd_verbete=4625. Acesso 24 jul. 2013.

Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane Galvão (Org.). Arte/Educação como
mediação cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009.
FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São
Paulo: Cortez, 2001.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010.

ARTES VISUAIS 86
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Aula 17 - Desenho cômico

Unidade 2 – A partir de sólidos geométricos o estudante será capaz de representar


diferentes desenhos.

Objetivos: Identificar e elaborar desenho cômico.

Temática: Cômico

No desenho cômico, também elaborado para as animações é necessário o estudo de


personagem ou simplesmente um estudo, é um documento usado para ajudar a
padronizar a aparência, poses e gestos de um personagem.

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Para iniciar um desenho cômico é possível estabelecer alguns parâmetros, como:


formas, proporções, estilo, etc.

As formas circulares podem oferecer uma boa experiência para os alunos. Além da
facilidade exploram elementos conhecidos pelos estudantes. Lembre-se que a boca e
os olhos oferecem as principais expressões aos desenhos cômicos.

ARTES VISUAIS 88
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Ver stop motion: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/comofazer-


animacoes-stop-montion-643173.shtml

Bibliografia

ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.

BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane Galvão (Org.). Arte/Educação como


mediação cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009.

FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São


Paulo: Cortez, 2001.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010

ARTES VISUAIS 89
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Aula 18 – Caricatura

Unidade 2 – A partir de sólidos geométricos o estudante será capaz de representar


diferentes desenhos.
Objetivos: Identificar e elaborar desenho CARICATURAS.

Temática: CARICATURA

Desenho elaborado com exageros de traços e detalhes, que acentua certos


aspectos caricatos de pessoas ou fato.

Sugestão:

Inicie esta atividade, a partir dos cânones para desenhar rosto humano:

ARTES VISUAIS 90
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No entanto, devem-se exagerar alguns aspectos, como: nariz, boca, olhos e


ampliando, ou diminuindo suas proporções reais.

Inicialmente, não tente representar ninguém. Faça o desenho, com o objetivo de ser
uma caricatura, apenas. Com o treino, você conquistará a prática necessária, para
representar alguém ou alguma coisa.

ARTES VISUAIS 91
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Sugestão interdisciplinar:

Caricatura
Gênero textual que busca aumentar características de personagens, normalmente
pública, como políticos e artistas buscando gerar no receptor o sentimento de humor,
provocar risos.

A charge
É um tipo de texto, normalmente ligado à sátira, que busca criticar determinadas
situações e fenômenos que, no mais das vezes, reverberam no convívio social ou nos
fatores econômicos, sociais ou políticos da sociedade em questão, sendo até um
instrumento de registro histórico. Este gênero textual busca tratar de temas de
amplitude social maior, uma vez que os sujeitos leitores, para interpretarem os fatos
ali descritos, necessitam de habilidades e competências principalmente no sentido de
compreensão e intertextualidade.

Cartum

ARTES VISUAIS 92
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O Cartum se comporta como um gênero textual cuja dimensão se dá também nos
campos de interesse social, mas que demandam do leitor uma sequência de
habilidades e competências menores, no sentido de estar informado sobre diversos
temas atuais. Neste gênero, há uma tentativa de universalidade, uma compreensão
facilitada para o leitor.

Historias em Quadrinho
Dá-se a este tipo de gênero um teor mais lúdico, embora nada retire dele a
possibilidade de ser altamente informativo, dependendo, é claro, da abordagem que
se dá aos textos ali escritos. Embora nada obste a possibilidade de uma história em
quadrinhos (HQ) sem palavras, é usual sua presença, de maneira que as palavras, no
mais das vezes, complementam as imagens que ali se encontram. Normalmente
tratam de histórias de ação, embora já se tenha casos em que histórias em quadrinhos
falem sobre assuntos de amplitude ecológica como, por exemplo, o aquecimento
global e a utilização consciente da água.
_______________________________________________________________

METODOLOGIA:
Aulas expositivas e atividades práticas de desenho.
Recursos motivadores: Imagens de obras artísticas elaboradas por artistas
consagrados e pesquisa em periódicos.
Atividade prática, desenvolver caricaturas.

MATERIAIS:
lápis 2B ou 4B, caneta hidrocor ou nanquim, papel sulfite.

VALIDAÇÃO:
Verificar se o estudante elaborou caricaturas e sem apreendeu sobre gênero textual.

HABILIDADES:
Os educadores envolvidos no projeto verificarão as habilidades, em seus alunos:
Identificar as habilidades de associar todos os conteúdos apresentados no projeto.
Verificar a criatividade, originalidade e imaginação no resultado final do processo.

OBJETIVO:
Levar o estudante a conhecer e reconhecer gêneros textuais existentes em
diferentes periódicos da mídia impressa e mídia eletrônica.
Pesquisa:

http://www.youtube.com/watch?v=k2XpaChnyTA#at=567

ARTES VISUAIS 93
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Bibliografia
DE SANTOS
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane Galvão (Org.). Arte/Educação como
mediação cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009.
FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São Paulo:
Cortez, 2001.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010.
TEBEROSKY, Ana; TOLCHINSKY, Liliana. (org.). Além da alfabetização. São
Paulo: Ática, 2000.

ARTES VISUAIS 94
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Aula 19 – Resumo Unidade II e Projeto

Os processos educativos surgem, a partir de aulas práticas, com experiências


artísticas. Não adianta somente o professor ou a professora alicerçar suas aulas em
cópias de textos na lousa, oportunidade em que o aluno copia sistematicamente, sem
perceber o valor e a riqueza do universo artístico.
Assim, para potencializar o contato com a arte, os docentes devem desenvolver ações
pedagógicas significativas.
Apresentar obras de artes aos estudantes e levá-los aos espaços culturais onde há
manifestações artísticas (serviços e produtos culturais). Promover e difundir, esboços,
trabalhos e obras artísticas dos estudantes, a partir de materiais artísticos e espaço
adequado para desenvolvê-los. O educador deve observar as teorias de Paulo Freire.
Como diria o educador Paulo Freire, em Pedagogia da Autonomia: “Se a educação
sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda."

Sugestão interdisciplinar:
Caricatura
Gênero textual que busca aumentar características de personagens, normalmente
pública como políticos e artistas, buscando gerar no receptor o sentimento de humor,
provocar risos.

A charge

É um tipo de texto, normalmente ligado à sátira, que busca criticar determinadas


situações e fenômenos que, no mais das vezes, reverberam no convívio social ou nos
fatores econômicos, sociais ou políticos da sociedade em questão, sendo até um
instrumento de registro histórico. Este gênero textual busca tratar de temas de
amplitude social maior, uma vez que os sujeitos leitores, para interpretarem os fatos
ali descritos, necessitam de habilidades e competências principalmente no sentido de
compreensão e intertextualidade.

Cartum

O Cartum se comporta como um gênero textual cuja dimensão se dá também nos


campos de interesse social mas que demandam do leitor uma sequência de
habilidades e competências menores no sentido de estar informado sobre diversos
temas atuais. Neste gênero, há uma tentativa de universalidade, uma compreensão
facilitada para o leitor.

Historias em Quadrinho

ARTES VISUAIS 95
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Dá-se a este tipo de gênero um teor mais lúdico, embora nada retire dele a
possibilidade de ser altamente informativo, dependendo, é claro, da abordagem que
se dá aos textos ali escritos. Embora nada obste a possibilidade de uma história em
quadrinhos (HQ) sem palavras, é usual sua presença, de maneira que as palavras, no
mais das vezes, complementam as imagens que ali se encontram. Normalmente
tratam de histórias de ação, embora já se tenha casos em que histórias em quadrinhos
falem sobre assuntos de amplitude ecológica como, por exemplo, o aquecimento
global e a utilização consciente da água.

_______________________________________________________________

ELABORAR UM PROJETO: FANZINE (pesquise o que é um fanzine).

Um projeto tem o objetivo de investigar um determinado tema – problema.

Para tanto, o estudante deve elaborar:

- Levantamento de dados sobre o tema.

- Identificar uma Bibliografia básica sobre o tema proposto.

- Identificar e ler livros, jornais e outras publicações dedicadas ao assunto.

- Identificar na Internet artigos sobre o tema.

- Só produz bons textos o aluno que elaborou boas leituras sobre o tema.

Identificar o formato gráfico que será desenvolvido o Fanzine.

Identificar a maneira mais barata e adequada para reproduzir o fanzine – Tiragem.

- Dividir os estudantes em grupos. Cada grupo desenvolverá uma editoria (pesquise


o que significa editoria no jornalismo).

- Elabore o lançamento ou a exposição do(s) fanzine(s).

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12 Metodologia

13 Avaliação

14 Resultado Esperado

15 Recursos (indicar os recursos necessários para a operacionalização do


FANZINE. Ex.: material didático, equipamentos, apostilha, ambiente virtual de
aprendizagem)

Boas aulas.

Pesquisa: http://www.youtube.com/watch?v=k2XpaChnyTA#at=567

Bibliografia

ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.


BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane Galvão (Org.). Arte/Educação como
mediação cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009.
FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São
Paulo: Cortez, 2001.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010.
TEBEROSKY, Ana; TOLCHINSKY, Liliana. (org.). Além da alfabetização. São
Paulo: Ática, 2000.

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ARTES VISUAIS 100


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Aula 20 - História em Quadrinhos

Unidade 3 – A partir de desenhos de anatomia e cômico, o aluno aprenderá sobre


história em quadrinhos.

Objetivos: Identificar e elaborar principais elementos da história em quadrinhos.

Temática: HQ

A história da humanidade apresenta basicamente três linguagens até o momento: a


visual, a sonora e a verbal. Comunicamo-nos através do tato, do olfato e do paladar,
mas, de fato, os sentidos, por si só, não se constituem como linguagem. A linguagem
requer elementos básicos e uma sintaxe, como temos na linguagem verbal. Mesmo a
linguagem verbal, que possui a palavra como referência, apresenta duas modalidades
que, apesar da mesma referência, se configuram quase como duas linguagens
diferentes: a fala e a escrita.
A linguagem oral é uma linguagem híbrida, pois geralmente é acompanhada da
linguagem corporal. Mesmo durante a utilização do telefone falamos gesticulando e
fazendo expressões faciais. Nesse caso, o interlocutor só é impedido de “ler” a
mensagem do corpo devido ao tipo de dispositivo de comunicação. A outra
modalidade, que é a escrita, precisa de detalhamento de elementos do oral, pois
algumas palavras ditas no contexto presencial são acompanhadas de gestos e
expressões faciais, como numa montagem, criando outro significado, que deve ser
traduzido para o contexto apenas escrito.
Os códigos sempre foram materializados para que acontecesse a comunicação com
outro pela imprensa e, chegando ao digital, as diversas materialidades definiram
diferentes características de comunicação e, consequentemente, novas linguagens. A
história em quadrinhos apresenta uma nova forma narrativa, que une linguagem
verbal e não-verbal.
Se “o sentido de uma palavra é o conjunto de suas relações possíveis com outras
palavras” (Todorov 1969: 58), assim, as imagens formam um conjunto de relações
que configuram a narrativa.

Recomendação

Objetivos

Conhecer as técnicas para desenho de história em quadrinhos – HQ

Criação de personagens.

ARTES VISUAIS 101


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Elaborar uma história.

Comentário introdutório
Um personagem bem construído é fundamental para o funcionamento de uma história
e de sua narrativa. O estudante deve, através do roteiro, saber criar personagens
marcantes que consigam provocar na audiência as emoções desejadas, sejam elas
de atração ou de repulsa, amor ou ódio, preocupação ou indiferença.

Material
 HQ de diferentes estilos para referência.
 Caderno de desenho.
 Lápis e borracha

Estratégias
1) Elaboração de uma história. Recomendam-se duas laudas;
2) Análise e elaboração de desenhos (figura humana ou desenho cômico)

Atividade
Proponha aos alunos que façam desenhos de seus personagens. Model Sheet 1.
Tempo da atividade 2 aulas. Características físicas, psicológicas, adereços entre
outros, para cada personagem.
Elaborar uma história. A história pode ser temática ou tema livre.
_______________________________________________________________
História em quadrinhos (HQ), quadrinhos ou gibis no Brasil, é uma manifestação
artística que conjuga texto e imagens com o objetivo de narrar histórias dos mais
variados gêneros e estilos.
São, em geral, publicadas no formato de revistas, livros ou em tiras publicadas em
revistas e jornais. Nos Estados Unidos são chamadas de comics
O termo "arte sequencial" (Sequential Art) foi criado por Will Eisner para definir "o
arranjo de fotos ou imagens e palavras para narrar uma história ou dramatizar uma
ideia", e é comumente utilizado para definir o estilo. Uma fotonovela e um infográfico
jornalístico também podem ser considerados formas de arte sequencial.

ARTES VISUAIS 102


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A história em quadrinhos baseia-se no cinema para estabelecer alguns critérios
gráficos em sua composição. Ou seja, com o cinema moderno, algumas posições no
momento da filmagem são vastamente feitas, e a história em quadrinhos utiliza desse
recurso para compor sua narrativa.
Os principais elementos da história em quadrinhos são: quadros, recursos gráficos,
onomatopeia, balões.

Os quadros não têm tamanhos pré-determinados e normalmente há um distância de


um quadro para o outro, chamada de valeta.

A Onomatopeia identifica o som de algumas ações e objetos, oferecendo a ilusão, ao


leitor, do barulho das coisas, gritos, explosões e outros. Durante muito tempo os
brasileiros tentaram imitar as onomatopeias norte-americanas, mas hoje a tendência
é criar palavras locais.

ARTES VISUAIS 103


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Os balões servem para identificar as falas e diálogos entre as personagens.


Normalmente são escritos com letra bastão.

ARTES VISUAIS 104


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Normalmente as histórias em quadrinhos mais tradicionais iniciam seus desenhos


obedecendo alguns critérios utilizados no cinema. O planos reproduzem as tomadas
da câmeras de filmagem do cinema.

PLANO AMERICANO - Plano que enquadra a figura humana da altura dos joelhos
para cima.

PLANO DE CONJUNTO - Plano um pouco mais fechado do que o plano geral.

PLANO DE DETALHE - Mostra apenas um detalhe, como, por exemplo, os olhos do


ator, dominando praticamente todo o quadro.

PLANO GERAL - Plano que mostra uma área de ação relativamente ampla.

PLANO MÉDIO - Plano que mostra uma pessoa enquadrada da cintura para cima.

PLANO PRÓXIMO - Enquadramento da figura humana da metade do tórax para cima.

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Há três estilos bastante conhecidos: o HQ americano, HQ europeu e HQ japonês


(mangá).

Storyboards são ilustrações dispostas em sequencia, com o propósito de prever uma


cena animada ou real de um filme. Um storyboard é essencialmente uma versão em
quadrinhos de um filme ou de uma seção específica de um filme, produzido
previamente para auxiliar os diretores e cineastas a visualizar as cenas e encontrar
potenciais problemas antes que eles aconteçam

Resumo

Estudamos os principais elementos pertencentes à história em quadrinhos. Vale


salientar, que esta manifestação artística apresenta vários desenhistas, que
contribuem para a crítica das questões sociais e políticas de nosso país.

Ver em:

http://www1.uol.com.br/ecokids/index.

htm http://www.willeisner.com/

http://www.druuna.net/

ARTES VISUAIS 106


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http://www.monica.com.br/mauricio-site/

http://www.salaodehumordepiracicaba.com.br/html/links.html

Bibliografia

ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.

BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane Galvão (Org.). Arte/Educação como


mediação cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009.

FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São


Paulo: Cortez, 2001.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010

_________

1 Na animação, uma folha de modelo, também conhecido como uma placa de caráter, ficha de
personagem, estudo de personagem ou simplesmente um estudo, é um documento usado para ajudar
a padronizar a aparência, poses e gestos de um personagem.

ARTES VISUAIS 107


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Aula 21 - Estilos em H.Q.

Unidade 3 – A partir de desenhos de anatomia e cômico o aluno aprenderá sobre


história em quadrinhos.

Objetivos: Identificar e elaborar principais elementos da história em quadrinhos.

Temática: MANGÁ, MODELO NORTE AMERICANO E EUROPEU

Mangá – A narrativa baseia-se nos costumes orientais, na maioria das vezes as


histórias são mais complexas, pois envolve capítulos em uma série de quadrinhos.

Estilo Norte Americano – denomina-se Comics a história em quadrinhos produzida


nos Estados Unidos. Frequentemente, são super heróis com poderes que salvam e
resgatam o bem contra tiranos, também com poderes sobrenaturais. O quadrinho
Europeu apresentam características semelhantes ao Norte Americanos, no entanto,
alguns modelos, como o “franco–belga” bem difundido na Europa agregam valores
estético superior ao comics, em geral, a partir de técnicas artísticas mais elaboradas.

ARTES VISUAIS 108


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Recomendação
Objetivos
Conhecer as técnicas para desenho de história em quadrinhos – HQ.
Criação de personagens.
Elaborar uma história.

Comentário introdutório
Um personagem bem construído é fundamental para o funcionamento de uma história
e de sua narrativa. O estudante deve, através do roteiro, saber criar personagens
marcantes que consigam provocar na audiência as emoções desejadas, sejam elas
de atração ou de repulsa, amor ou ódio, preocupação ou indiferença.

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Material
DE SANTOS
 HQ de diferentes estilos para referência.
 Caderno de desenho.
 Lápis e borracha.
Estratégias
1) Elaboração de uma história. Recomenda-se duas laudas;
2) Análise e elaboração de desenhos (figura humana ou desenho cômico)
Atividade
Elaborar a primeira página HQ, a partir de plano geral e demais planos, conforme a
narrativa proposta.
_______________________________________________________________
História em quadrinhos (HQ), quadrinhos ou gibis no Brasil, é uma manifestação
artística que conjuga texto e imagens com o objetivo de narrar histórias dos mais
variados gêneros e estilos.
São, em geral, publicadas no formato de revistas, livros ou em tiras publicadas em
revistas e jornais. Nos Estados Unidos são chamadas de comics.
O termo "arte sequencial" (Sequential Art) foi criado por Will Eisner para definir "o
arranjo de fotos ou imagens e palavras para narrar uma história ou dramatizar uma
ideia", e é comumente utilizado para definir o estilo. Uma fotonovela e um infográfico
jornalístico também podem ser considerados formas de arte sequencial.
A história em quadrinhos baseia-se no cinema para estabelecer alguns critérios
gráficos em sua composição. Ou seja, com o cinema moderno algumas posições no
momento da filmagem são vastamente feitas, e a história em quadrinhos utiliza desse
recurso para compor sua narrativa
Os principais elementos da história em quadrinhos são: quadros, recursos gráficos,
onomatopeia, balões.
Figura 1

ARTES VISUAIS 111


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Os quadros não têm tamanhos pré-determinados e normalmente há um distância de


um quadro para o outro, chamada de valeta.
A Onomatopeia identifica o som de algumas ações e objetos, oferecendo a ilusão, ao
leitor, do barulho das coisas, gritos, explosões e outros. Durante muito tempo os
brasileiros tentaram imitar as onomatopeias norte-americanas, mas hoje a tendência
é criar palavras locais.
Figura 2

ARTES VISUAIS 112


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Os balões servem para identificar as falas e diálogos entre as personagens.


Normalmente são escritos com letra bastão.
Figura 3

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Normalmente as histórias em quadrinhos mais tradicionais iniciam seus desenhos


obedecendo alguns critérios utilizados no cinema. O planos reproduzem as tomadas
da câmeras de filmagem do cinema.

PLANO AMERICANO - Plano que enquadra a figura humana da altura dos joelhos
para cima.

PLANO DE CONJUNTO - Plano um pouco mais fechado do que o plano geral.

PLANO DE DETALHE - Mostra apenas um detalhe, como, por exemplo, os olhos do


ator, dominando praticamente todo o quadro.

PLANO GERAL - Plano que mostra uma área de ação relativamente ampla.

PLANO MÉDIO - Plano que mostra uma pessoa enquadrada da cintura para cima.

PLANO PRÓXIMO - Enquadramento da figura humana da metade do tórax para cima.

ARTES VISUAIS 114


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Resumo
Estudamos os principais elementos pertencentes à história em quadrinhos. Vale
salientar, que esta manifestação artística apresenta vários desenhistas, que
contribuem para a crítica das questões sociais e políticas de nosso país.

Ver em:
http://www1.uol.com.br/ecokids/index.
htm http://www.willeisner.com/
http://www.druuna.net/
http://www.monica.com.br/mauricio-site/
http://www.salaodehumordepiracicaba.com.br/html/links.html

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Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.

BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane Galvão (Org.). Arte/Educação como


mediação cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009.

FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São


Paulo: Cortez, 2001.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010

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Aula 22 – Perspectiva

Temática: PERSPECTIVA LINEAR

Unidade 3 – Identificar tridimensionalidade, a partir da perspectiva linear.

Objetivos: Identificar e elaborar representações tridimensionais, a partir da


perspectiva linear.

Atividade prática não avaliativa.

Materiais: Régua, esquadro, lápis, folha A4 de desenho e borracha

1. Em uma folha de papel de desenho, formato A4 insira uma linha, no meio da


folha, no sentido longitudinal. Para essa atividade não é necessário estabelecer
medidas.

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Faça a atividade abaixo:

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PERSPECTIVA LINEAR COM 2 PONTOS DE FUGA.

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Bibliografia

ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.


BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane Galvão (Org.). Arte/Educação como
mediação cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009.
FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São
Paulo: Cortez, 2001.
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Aula 23 - Paisagem urbana

Temática: PAISAGEM URBANA

Unidade 3 – Identificar tridimensionalidade, a partir da perspectiva linear

Objetivos: Identificar e elaborar representações tridimensionais, a partir da


perspectiva linear.

A paisagem apresenta características econômicas, históricas, sociais, culturais,


tecnológicas e naturais. A sociedade, de maneira dinâmica, impregna novos
elementos à paisagem alterando, assim, suas características continuamente.
Portanto, é importante vivenciarmos a aprendizagem de noções mínimas de
análise, identificação, observação e compreensão da sociedade através
da paisagem.

Jonathan Kwegvier Aggrev.The Last Splash


11.5 x 16.5 inches
Watercolour

ARTES VISUAIS 127


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Nas artes,a paisagem urbana é explorada de diferentes maneiras e no desenho a


perspectiva linear, o desenho livre de observação oferecem bons recursos para sua
representação.

ARTES VISUAIS 128


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Observe que as principais linhas, na bela aquarela de Pablo, são orientadas a partir
da Perspectiva Linear com um ponto de fuga.

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Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998
BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane Galvão (Org.). Arte/Educação como
mediação cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009.
FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São
Paulo: Cortez, 2001.
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Aula 24 - Manifestação do desenho

Temática: MANIFESTAÇÃO DO DESENHO NA ARTE

Unidade 3 – Identificar tridimensionalidade, a partir da perspectiva linear.

Objetivos: Identificar a importância do desenho nas artes plásticas.

O desenho é uma manifestação artística. O artista se apropria de suas técnicas e


elabora suas criações no suporte, para então aplicar diferentes técnicas de pintura.
Em nossa experiência visual a informação visual é o mais antigo registro da história
humana.
Assim, os elementos contidos numa obra de arte são frequentemente chamados de
forma. O termo forma é também empregado para designar material visual que os olhos
recebem, e organizam, de modo que a mente humana possa captá-los numa
composição. Os estudos de como os elementos visuais e táteis funcionam ou se
estruturam na arte chama-se análise visual.
A partir de tais análises, sabe-se que nas representações gráficas os elementos
pertencentes ao desenho adquirem simbologia, como é o caso da linha. A linha reta,
ascensorial: expressa espiritualidade, elevação, esse costume foi vastamente
utilizado no período gótico. Já a linha curva, expressa movimento, vida sensualidade,
onde sua maneira desenvolveu-se no barroco. No período moderno a linha assume
novo caráter para atender as expectativas de sua época, onde a razão, a segurança,
a calma e a solidez são percebidas em suas horizontalidades.
Assim há diferentes tipos de representações gráficas, portanto nesta unidade, vamos
conhecer alguns tipos de desenho utilizados em diferentes áreas profissionais.

Desenho à mão livre


Segundo Hallawell, desenho é a interpretação de qualquer realidade, visual,
emocional, intelectual, etc., através da representação gráfica.
Portanto, seu aprendizado baseia-se em conhecer a sintaxe da linguagem visual. Com
o desenho podem-se desenvolver composições visuais bi ou tridimensionais. Os
fundamentos do desenho propiciam ao desenhista diferentes habilidades, como o
desenho de observação, entre outras.

ARTES VISUAIS 135


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Desenho técnico
O desenho técnico é uma representação gráfica que tem objetivos precisos para as
necessidades geradas pelas diferentes modalidades da engenharia e arquitetura.
Para todos eles, o desenho técnico representa formas, dimensões e posições de
objetos, a partir de técnicas especificas de representações, que estão alicerçadas no
desenho geométrico.

Perspectiva
A perspectiva desenvolve representações gráficas em três dimensões, profundidade,
volume. Existem vários tipos de perspectivas e sua utilização se dará, tanto para os
critérios artísticos, quanto para diferentes modalidades da engenharia e arquitetura.

Desenho geométrico
O desenho geométrico parte da matemática, para a resolução de problemas ligados
à lógica. A palavra geometria é composta de duas palavras gregas: geos (terra) e
metron (medida). Sua origem deu-se da necessidade do homem de medir terrenos.
No entanto, a geometria serve até os dias atuais para solucionar problemas métricos,
como cálculos de área de figuras planas e volumes de corpos sólidos. Outros campos
da geometria são a geometrias descritiva, analítica, euclidiana, entre outras.

Resumo
Até aqui tivemos um breve panorama de algumas das modalidades do desenho.
Certamente, iremos explorar melhor nas próximas aulas.
No entanto, já podemos concluir que a linguagem visual do desenho propicia
inúmeras interpretações.

Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998

BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane Galvão (Org.). Arte/Educação como


mediação cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009.

FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São


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ARTES VISUAIS 136


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Aula 25 – Suporte

Temática: O SUPORTE

Unidade 3 – Conhecer os tipos de papéis adequados para se desenhar.

Objetivos: Identificar a importância do desenho e seus suportes.

O papel frequentemente é vendido em folhas ou bobinas, de estrutura porosa ou


regular. É constituído de uma trama de fibras entrelaçadas, quase sempre de natureza
vegetal com um comprimento máximo de poucos milímetros. O papel origina-se da
suspensão aquosa de uma matéria fibrosa, pelo escoamento da água através da
malha de uma tela sem fim e sucessiva secagem, por etapas, da folha úmida assim
produzida.

O tipo de matéria-prima, o processo e os diferentes aditivos,


permitem fabricar os mais variados tipos de papel. Acompanhe o
método básico de produção deste material tão difundido em todo o
mundo.
Colheita da matéria-prima
A árvore é decapitada (cortada) e transportada para o local de
fabricação. Lá passa por um processo de limpeza (lavagem, retirada
das cascas) e só então é dividida em cavacos de tamanhos
preestabelecidos.
Uma atitude ecologicamente correta é usar áreas reflorestadas, local
onde são plantadas espécies mais apropriadas para o tipo de
celulose ou papel a ser produzido, e que posteriormente são
renovadas com o replantio de outras árvores.
Preparo da polpa
Os cavacos são cozidos em um digestor à temperatura de 160° C.
Nessa etapa já se tem acesso a uma pasta marrom que pode ser
usada para fabricar papéis não branqueados, ver Lignina na
composição do papel.
Branqueamento
Os alvejantes (produtos químicos branqueadores) são adicionados à
pasta marrom transformando-a em polpa branqueada.

ARTES VISUAIS 137


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Secagem e prensagem
A polpa de celulose é espalhada em uma tela de metal que roda entre
diversos cilindros, a matéria é então seca e prensada até atingir a
gramatura desejada para o papel a ser produzido.
Aditivos
O papel já pronto pode passar ainda por tratamento com aditivos
para adquirir outras características, vejam quais:
- Adiciona-se cola ao papel que será usado para impressão;
- A adição de argila torna a superfície do papel mais lisa e macia,
tornando-o ideal para escrita.
Disponível:
http://www.brasilescola.com/quimica/processofabricacao-papel.htm.
Acesso: 12 jul. 2013.

Principais tipos de papel


Papel jornal – Produzido com pasta mecânica (até 80% da composição), quebradiço
e de fácil descoloração, geralmente na cor parda, com baixo grau de colagem e de
fácil descoloração. É fabricado em bobinas, nos formatos: 66 X 96 c, e 76 X 112 cm,
nas gramaturas 45, 50 e 52 gm2, é utilizado na impressão de jornais e folhetos.
Papel Off set – Sulfite – Produzido de pasta química, com 100% de celulose
branqueada, bem colado, com alta alvura, com revestimento, apto para ficar úmido ,
que é um procedimento de impressão gráfica off set. É fabricado em folhas soltas, nos
formatos 66 X 96 cm e 76 X 112 cm, nas gramaturas 70, 75, 80, 90 e 120 gm2.
Utilizado na confecção de cadernos, formulários, envelopes. Ainda, na impressão
gráfica é ideal para reprodução de revistas, livros, catálogos e diferentes folhetos
avulsos.
Papel Canson - Mi-Teintes é um papel fabricado em mais de 50 cores, considerado
excelente papel para desenho artístico. Ainda é utilizado para técnicas de pintura com
pastel seco, pastel oleoso, lápis carvão, lápis crayon, sanguínea, sépia, lápis grafite
entre outras técnicas como origami, cartões, elementos de decoração, aguadas, fundo
para fotografias e muito mais.
Papel Canson Mi Teintes possui fibra de 60% algodão e 40% celulose, o que aumenta
sua durabilidade e flexibilidade.

Resumo
A utilização dos papéis corretos para cada técnica oferece um bom resultado na arte
final elaborada

ARTES VISUAIS 138


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O professor e a professora devem conhecer os papéis e suas propriedades.

Bibliografia

ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.

BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane Galvão (Org.). Arte/Educação como


mediação cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009.

FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São


Paulo: Cortez, 2001.

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ARTES VISUAIS 139


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Aula 26 – Resumo - Unidade III

A primeira unidade abordou aspectos históricos e os teóricos da educação. A partir de


tais fundamentos temos condições de refletir sobre o fazer artísticos e como adequar
aulas de desenho para o processo de ensino e aprendizagem.

ARTES VISUAIS 140


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ARTES VISUAIS 141


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ARTES VISUAIS 142


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ARTES VISUAIS 143


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Bibliografia
COSTELA, Antonio. Xilogravura Manual prático. Campos do Jordão. Ed.
Mantiqueira. 1987.
das Letras, 1998.
_________________.Introdução à gravura e história da xilogravura. Campos
do Jordão. Ed. Mantiqueira. 1984.
ARGAN, G. C. Arte Moderna. São Paulo: Companhia
DOMINGUES, Diana (org.), A arte no século XX. A humanização das tecnologias.
São Paulo: UNESP, 1997.
GOMBRICH, E. H. Arte e ilusão. São Paulo: Edusp,1992.
GUIMARÃES, L. A cor como informação. São Paulo: Annablueme, 2000.
IAVELBERG, Rosa. Para gostar de aprender arte: sala de aula e formação de
professores. Porto Alegre: Artmed, 2002
MARTINS, Itajay. Gravura arte e técnica. Fundação Nestlé. 1987
MAYER, Ralph. Manual do artista. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

ARTES VISUAIS 144


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Aula 27 - Desenho Geométrico

Temática: Desenho Geométrico

Unidade 4 – Conhecer os principais fundamentos do desenho geométrico e sua


aplicabilidade.

Objetivos: Identificar a importância do desenho geométrico.

A palavra Geometria deriva dos termos gregos: geo (terra) e métron (medir), que
relaciona as propriedades de posição e formas de objetos no espaço. Ainda, analisa
forma, tamanho, posição, a partir de suas classificações através de cálculos ou do
desenho, identificado como desenho geométrico.
O desenho pode ser definido como a expressão gráfica da forma. Todas as coisas
que conhecemos e estamos habituados a ver apresentam formas geométricas. O
estudo dessas formas realiza-se pela sua comparação com uma série de formas
geométricas padronizadas que se encontram dentro da própria geometria.
Materiais adequados para as aulas de desenho geométrico:
Lapiseira 0,5 mm, régua de 30 cm, esquadros de 60 e 90 graus, compasso.

ARTES VISUAIS 145


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A reta é formada por infinitos pontos. O cruzamento de uma ou mais retas identifica
um lugar geométrico: o ponto. Desta forma, identificamos com uma letra minúscula do
alfabeto. Assim, o ponto sempre será denominado com letras maiúsculas do alfabeto.

Quando uma reta possui tamanho, denominamos segmentos de reta. Identificamos


um segmento de reta com letras maiúsculas do alfabeto. Exemplo: Segmento de reta
AB.

Correlacionamos à reta no plano, como:

Retas concorrentes – retas que pertencem ao mesmo plano.

Retas verticais, Retas horizontais, Retas inclinadas. Refere-se à posição de uma ou


mais retas.

Retas paralelas – são retas que possuem medidas iguais entre seus pontos.

Perpendicular – Quando duas retas ao se tocarem formam um ângulo reto, ou ângulo


de 90 graus.

ARTES VISUAIS 146


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ÂNGULO
O ângulo é formado por semirretas distintas, de mesma origem. Seus elementos são:
vértice e semirretas. A região compreendida entre as duas semirretas denomina-se
região angular. Portanto, sua relação não está na dimensão da semirreta e sim em
sua abertura, ou seja, na região angular.

ARTES VISUAIS 147


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Polígonos
São figuras geométricas formadas por segmentos de retas e caracterizadas pelos
elementos: ângulos, vértices, diagonais e lados. Assim, de acordo com quantidade de
lados cada figura geométrica se caracteriza.

ARTES VISUAIS 148


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Pesquisa:

http://www.escolagames.com.br/jogos/formasGeometricas/

Resumo

Verificamos alguns fundamentos do desenho geométrico.

O professor e a professora devem conhecer tais propriedades e verificar que se


aplicam nas artes, também.

ARTES VISUAIS 149


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Bibliografia

ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998

BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane Galvão (Org.). Arte/Educação como


mediação cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009.

FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São


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Aula 28 - Perspectiva isométrica

Temática: Desenho Geométrico

Unidade 4 – Elaborar perspectiva isométrica.

Objetivos: Identificar o uso da perspectiva isométrica.

A prática do desenho resultou em diferentes necessidades. Mesmo a fotografia não


foi suficiente para identificar e representar determinados objetos.
A fotografia mostra um objeto do mesmo modo como é visto pelo olho humano, pois
representam as três dimensões: comprimento, altura e largura. Do mesmo modo, o
desenho artístico, quando feito com realismo.
A perspectiva isométrica transmite a mesma ideia, no entanto ela pode ser
dimensionada, ou seja, suas medidas são possíveis.
Vale dizer, que há outros tipos de perspectivas, com as mesmas propriedades, como
a perspectiva cavaleira e a militar. Atualmente, tais perspectivas são desenvolvidas
também por softwares específicos que vinculam o 3D.
Iso significa igual e Métrica, quer dizer medida. Assim, a perspectiva isométrica
mantém proporções em suas medidas de comprimento, largura e altura.

ARTES VISUAIS 151


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Os eixos são importantes e orientam o desenvolvimento da perspectiva isométrica.

ARTES VISUAIS 152


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Resumo

Verificamos alguns fundamentos do desenho geométrico.

O professor e a professora devem conhecer e desenvolver a perspectiva isométrica.


Desta forma, identificará o seu uso nas diversas áreas da engenharia e arquitetura.

Bibliografia

ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.


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mediação cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009.
FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São
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Aula 29 - Malha isométrica

Temática: Desenho Geométrico

Unidade 4 – Elaborar perspectiva isométrica.

Objetivos: Identificar o uso da perspectiva isométrica.

A malha isométrica é um importante artifício, onde os estudantes apreendem sobre


os eixos isométricos, paralelismo e perpendicularismo.

ARTES VISUAIS 154


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A partir da malha isométrica é possível elaborar perspectivas, até mesmo à mão livre.
Para tanto, basta seguir as linhas que compõe a malha.

Exemplo de exercícios para perspectiva isométrica:

Resumo

O professor e a professora devem conhecer e desenvolver a perspectiva isométrica.


Desta forma, identificará o seu uso nas diversas áreas da engenharia e arquitetura.

Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane Galvão (Org.). Arte/Educação como
mediação cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009.
FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São
Paulo: Cortez, 2001.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010.

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Aula 30 - Projeção Ortogonal

Temática: Desenho Técnico


Unidade 4 – Elaborar Projeção ortogonal.

Objetivos: Identificar a vista ortogonal.

A projeção ortogonal, também chamada de vista ortogonal é a representação gráfica


de diferentes vistas de um mesmo objeto. Ou seja, consiste em uma representação
bidimensional de um objeto tridimensional.

Nas aulas anteriores desenvolvemos a perspectiva ortogonal, portanto, uma


representação tridimensional. Ao elaborarmos a projeção ortogonal identificamos as
representações bidimensionais, a partir de vistas que são sistematizadas.

Exemplo de vistas que determinarão a projeção ortogonal do objeto representado.

ARTES VISUAIS 157


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Observe que há uma organização para as vistas. A Planta sempre ficará abaixo
e alinhada com a Elevação. Da mesma forma, a Lateral estará à direita e alinhada
com a Elevação.

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Resumo

O professor e a professora devem conhecer e desenvolver projeções ortogonais.


Desta forma, identificará o seu uso nas diversas áreas da engenharia e arquitetura.

Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane Galvão (Org.). Arte/Educação como
mediação cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009.
FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São
Paulo: Cortez, 2001.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010.

ARTES VISUAIS 161


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Aula 31 – Silhueta

Temática: Silhueta

Unidade 4 – Criação

Objetivos: Explorar técnicas de representação gráfica – silhueta e com isso ampliar


as possibilidades criativas.

Silhuetas

Desenho que representa o perfil de uma pessoa ou objeto, de acordo com os


contornos de sua sobra projetada, denomina-se silhueta.

Acesse: http://reginasilveira.uol.com.br/

Quando o espaço é preenchido por uma forma geométrica, ou qualquer desenho,


significa que há uma presença neste vazio. A psicanálise chama de “figura e fundo”.
O fundo é um simples retângulo, enquanto que a figura é uma marca que quebrou o
vazio. Na figura 1, temos as formas geométricas, portanto, são figuras que
preenchem o fundo (o retângulo).

Perceba que as três figuras representadas na figura 1 dão à idéia da perspectiva.


Veja a ilustração abaixo:

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Na figura 3 percebemos a ilustração de uma pessoa. Ela esta em equilíbrio, onde


mesmo através da silhueta é possível constatar, ou seja, é credível, pois o homem
apoia um joelho e um pé e nos dá sensação do real.

ARTES VISUAIS 163


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ARTES VISUAIS 164


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O recurso de silhueta possibilita variação de claro e escuro. Você pode obter
resultados satisfatórios com esse jogo de preto e branco.

O alto contraste é um exemplo de localização da luz. Na ilustração é possível


observar a inserção de textura nas áreas claras.

Até a próxima aula!


Resumo

ARTES VISUAIS 165


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A partir do estudo da silhueta, tratados nesta aula, iniciaremos novos estudos sobre
o alto contraste, assim, chegaremos a estudos mais aprofundados sobre a luz.

Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.

DONDIS, D. A. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

HALLAWELL, Philip. À Mão Livre: a linguagem do desenho. Vol. I e II São Paulo:


Ed. Melhoramentos, 1994.

MAYER, Ralph. Manual do artista. São Paulo Martins Fontes, 1999.

MOLINA, J. J. G. Lãs Lecciones del Dibujo. Madrid: Cátedra, 1995.

ARTES VISUAIS 166


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Aula 32 – Criação

Temática: Processo de criação


Algumas reflexões sobre processo de criação...

O brainstorming ou tempestade de idéias é uma técnica desenvolvida por Alex


Osborne, fundador da Creative Education Foundation em 1954, a qual prevê que um
grupo de pessoas (o ideal é de até oito pessoas) elabore o maior número possível de
ideias aplicado a um problema ou desafio.
As regras estipulam que todas as sugestões são aceitáveis. Seus participantes são
solicitados a pensar em cinquenta ideias em trinta minutos, e quanto mais ideias,
melhor. Mais tarde, as sugestões são avaliadas e as melhores alternativas, discutidas.
Há várias definições sobre o tema, dentre delas a de Young:

Criatividade é aquela atitude pela qual nós nos realizamos...


Criatividade é a realização do nosso potencial... É a integração do
nosso lado lógica com o nosso lado intuitivo. Criatividade é mais que
espontaneidade é também uma deliberação. É pensamento
divergente, pois converge em alguma solução: não apenas gera
possibilidades, mas também escolhe entre elas. É mais que
originalidade, que só pode expressar só o bizarro... Criatividade é um
avanço e uma mudança, como também é uma expressão de
continuidade com o passado1.

Via de regra, os pesquisadores consideram que a criatividade exista em algum grau


em cada um de nós e pode ser aprendida; portanto, as pessoas tornam-se criativas.
Piaget, em sua teoria do desenvolvimento cognitivo, a relaciona diretamente com o
processo criativo. Denominoua de: “imaginação criativa”, e explica que durante o
crescimento infantil haverá a evolução da imaginação criativa no decorrer das fases
de seu desenvolvimento. Percebe-se que criatividade e inteligência caminham juntas,
segundo Piaget.
Gardner2 apresentou modernas teorias, desqualificando os testes de QI quando
usados para verificar os tipos de superdotação de indivíduos na sociedade ocidental
e em suas escolas. A teoria das inteligências múltiplas sugere que a inteligência se
assemelha a um elenco de pelo menos sete competências distintas: linguística, lógico-
matemática, espacial, corporal sinestésica, musical, interpessoal e intrapessoal. Ele

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acredita, apoiando-se em sua teoria, que uma pessoa pode ser superdotada em uma
área, mas média ou abaixo da média em outras.
A criatividade, no entender de Fayga Ostrower3 é um potencial inerente ao ser
humano, e realizar este potencial é uma de suas necessidades. Essa potencialidade
e os processos criativos não estão restritos, pura e tão-somente, às artes e aos
artistas, pois entende que “criar” tem de ser visto no seu sentido total, algo que está
integrado ao estilo de vida do ser humano:

O homem elabora seu potencial criador através do trabalho. É uma


experiência vital. Nela o homem encontra sua humanidade ao realizar
tarefas essenciais à vida humana e essencialmente humanas. A
criação se desdobra no trabalho porquanto este traz em si a
necessidade que gera as possíveis soluções criativas. Nem na arte
existiria criatividade se não pudéssemos encarar o fazer artístico como
trabalho, como um fazer intencional produtivo e necessário que amplia
em nós a capacidade de viver. Retirando à arte o caráter de trabalho,
ela é reduzida a algo de supérfluo, enfeite talvez, porém prescindível
à existência humana. Em nossa época, é bastante difundido este
pensamento: arte sim, arte como obra de circunstância e de gosto,
mas não arte como engajamento de trabalho. Entretanto, a atividade
é considerada uma atividade, sobretudo criativa, ou seja, a noção de
criatividade é desligada da ideia do trabalho, o criativo tornando-se
criativo justamente por ser livre solto e isento de compromissos de
trabalho. Na lógica de tal pensamento, porém, o fazer que não fosse
“livre” careceria de criatividade, passaria a ser um fazer não criativo.
O trabalho em si seria não criador. Evidentemente, não é esse nosso
critério4.

Assim, a criatividade não ocorre num determinado período de tempo, mas sua
manifestação se dará com um exaustivo exercício de investigação dos fatores e
elementos que articulam uma resposta diferenciada, ou entendida socialmente como
diferente.
Algumas técnicas são utilizadas para se obter resultados satisfatórios e criativos.
A partir de estratégias que possam aumentar o interesse por determinados problemas
é sugerido aos temas propostos a “substituição, ou combinação, ou a adaptação”.

Exemplos:
O que você poderia fazer em vez disso?
O que você poderia combinar?

ARTES VISUAIS 168


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O que poderia ser ajustado para se adequar a uma finalidade ou
condição?

Fayga elucida que no processo de formar algo ou alguma coisa, em que na elaboração
e no desenvolvimento criativo esteja inserido o processo de transformação orientado
pela ação criativa, ou melhor, quando se transforma e adquire nova forma, o objeto
da criação se reafirma ou se configura em um novo objeto criativo.
Por intermédio da associação de idéias pode-se ter um mundo de possibilidades e
fantasias, ao pensar ou imaginar. Esta imaginação propicia uma capacidade de
perfazer uma série de atuações, associações de objetos, imagens, eventos, etc., e de
poder “manipulá- los” mentalmente. Nesse momento, a imaginação pode até ser
motivada para a ação da criatividade, o fazer ou a elaboração de algo criativo.
Ao sugerir ao aluno que crie um símbolo gráfico a partir de duas figuras geométricas:
um triângulo e uma circunferência podem-se obter inúmeros resultados positivos,
como nos exemplos abaixo:

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Portanto, se não houver pesquisa para as teorias estudadas até então, provavelmente
a criatividade possa ficar truncada.
Boa pesquisa

_______________

1 YOUNG, James Webb. Técnica para produção de idéias. São Paulo: Nobel, 1994.
p 45.

2 GARDNER, Howard. Inteligência: múltiplas perspectivas. Porto Alegre: Artmed,


1998, p. 32.

3 OSTROWER , Fayga. Criatividade e processo de criação. 6. ed., Rio de Janeiro:


Vozes, 1987. p. 26.

4 Idem, p. 31

ARTES VISUAIS 170

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