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ARTES VISUAIS
UNIVERSIDADE METROPOLITANA
Núcleo de Educação a Distância
DE SANTOS
Créditos e Copyright
SOUZA, Rubens de
Fundamentos de Expressão e
Linguagem Bidimensional I. Rubens de Souza.
Santos: Núcleo de Educação a Distância da
UNIMES, 2015. p. (Material didático. Curso de
Licenciatura em Artes Visuais).
Modo de acesso: www.unimes.br
1. Ensino a distância. 2. Artes
Visuais. 3. Bidimensionalidade.
CDD 700
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oriunda da participação dos alunos, colaboradores, tutores e convidados, em qualquer
forma de expressão, em qualquer meio, seja ou não para fins didáticos.
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ARTES VISUAIS
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DE SANTOS
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
PLANO DE ENSINO
EMENTA:
A disciplina aborda os fundamentos da representação gráfica bidimensional: Articula
a percepção, a imaginação e a expressão para as diversas modalidades artísticas. A
partir de uma visão global valoriza os aspectos éticos e humanísticos. Ao
compreender os fundamentos da expressão bidimensional apreende sobre o
processo de ensino e aprendizagem, tornando-os capazes de investigar, pesquisar e
elaborar experiências artísticas, a partir do desenho.
OBJETIVO GERAL:
Conduzir ao desenvolvimento dos processos da criatividade, da estética e da
pesquisa por meio da experimentação dos recursos dos materiais expressivos.
Possibilitar que o aluno utilize os recursos de modo prático e
significativo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Potencializar capacidades de expressão e comunicação, em arte, dando
oportunidade ao educando de ser autor de suas próprias produções a fim de manter
uma atitude de busca pessoal que articule a percepção, a imaginação, a emoção, a
investigação, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções.
Fazer com que o aluno reconheça a importância de elaborar suas criações por meio
de diversas linguagens e técnicas, bem como promover adequação quanto ao tipo
de suporte a ser utilizado para desenvolver cada técnica, além de permitir uma
reflexão a respeito da identidade cultural.
Permitir que o aluno perceba e domine diversas técnicas artísticas por meio de
observação, releitura e produção a fim de aprimorar sua prática expressiva. Fazer
com que o aluno reconheça as contribuições das vanguardas, bem como as
composições que se utilizam de textos.
ARTES VISUAIS
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Unidade I – A formação artística no Brasil.
Resgatar a História do Ensino da Arte no Brasil. Identificar os fundamentos sobre a
percepção humana, a destacar a criatividade. Proporcionar reflexões sobre os
fazeres artísticos, a exemplo do desenho.
Conteúdo Programático: Educação Jesuítica; Doutrina Cristã; Missão Francesa;
Percepção e Criatividade; Teoria das Cores; Fazer Artístico.
Unidade II – O desenho e seus tipos.
Identificar: volumetria, profundidade e, proporção. Reconhecer os elementos
geométricos em suas distintas representações gráficas, de modo a favorecer a
construção de diferentes objetos. Estudos de anatomia, a destacar desenhos de
rostos e corpos humanos. Elaborar desenhos cômicos e caricaturas.
Conteúdo Programático: Volumetria, Profundidade e Proporção; Figuras
Geométricas; Composição; Anatomia, Rosto Anatomia; Desenho Cômico;
Caricatura.
Unidade III – HQ, Perspectiva e suportes
Identificar e elaborar os principais elementos de H. Q. Exercitar-se em
representações tridimensionais a partir da perspectiva linear. Estudar sobre a
importância do desenho nas Artes Visuais. Identificar os tipos de papéis adequados
para se desenhar.
Conteúdo Programático: História em Quadrinhos; Estilo em H.Q.; Perspectiva;
Paisagem Urbana; Manifestação do Desenho, Suporte.
Unidade IV – Desenho Geométrico
Conhecer os principais fundamentos do desenho geométrico e sua aplicabilidade.
Estudar a perspectiva isométrica e a projeção ortogonal. Exercitar-se em técnicas de
representação gráfica, a exemplo da silhueta. Proporcionar reflexões sobre o
processo de criação.
Conteúdo Programático: Desenho Geométrico; Perspectiva Isométrica; Malha
Isométrica, Projeção Ortogonal; Silhueta, Criação.
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BARBOSA, Ana Mae. A Imagem no Ensino da Arte. 8ª ed. São Paulo:
Perspectiva, 2010.
DEWEY, John. Arte como experiência. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
HALLAWELL, P. À Mão Livre: A Linguagem do Desenho. São Paulo: Ed.
Melhoramentos, 2006.
MAYER, Ralph. Manual do Artista de Técnicas e Materiais. São Paulo: Martins
Fontes, 1999.
SMITH, Ray. Manual Prático do Artista. São Paulo: Civilização, 2006.
METODOLOGIA
A disciplina está dividida em unidades temáticas que serão desenvolvidas por meio
de recursos didáticos, como: material em formato de texto, vídeo aulas, fóruns e
atividades individuais. O trabalho educativo se dará por sugestão de leitura de
textos, indicação de pensadores, de sites, de atividades diversificadas, reflexivas,
envolvendo o universo da relação dos estudantes, do professor e do processo
ensino/aprendizagem.
AVALIAÇÃO
A avaliação dos alunos é contínua, considerando-se o conteúdo desenvolvido e
apoiado nos trabalhos e exercícios práticos propostos ao longo do curso, como
forma de reflexão e aquisição de conhecimento dos conceitos trabalhados na parte
teórica e prática e habilidades. Prevê ainda a realização de atividades em momentos
específicos como fóruns, chats, tarefas, avaliações a distância e Prova Presencial,
de acordo com a Portaria de Avaliação vigente.
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Sumário
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Aula 31 – Silhueta ................................................................................................... 162
Aula 32 – Criação.................................................................................................... 167
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Aula 01 - Educação Jesuítica
Objetivos:
Identificar teorias que relacionam aspectos culturais e que influenciaram a
metodologia do ensino da arte, em distintos períodos de sua história.
Temática: Educação jesuítica
Esta aula fará o levantamento histórico da educação, bem como a inserção do ensino
da arte e seus aspectos culturais.
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b) A necessidade de complementação dos estudos na metrópole (Universidade
de Coimbra);
c) O privilégio do trabalho intelectual em detrimento do manual, afastando os
alunos dos assuntos e problemas relativos à realidade imediata, distinguindo-os
da maioria da população que era escrava e iletrada e alimentava a ideia de que o
mundo civilizado estava fora e servia de modelo.
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Além das escolas D. João VI fundou a Imprensa Régia (1808), a Biblioteca Pública
(1810) e o Museu Nacional (1818). Vale destacar que todas essas realizações
culturais eram para a elite aristocrática.
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em 1885, a Lei Saraiva – Cotegipe ou dos Sexagenários beneficiava os negros com
idade igual ou superior a 65 anos. Por fim, em 13 de maio de 1888, através da Lei
Áurea, que libertou todos os escravos no Brasil. Esta lei assinada pela Princesa Isabel
abolia a escravidão, ao mesmo tempo em que o Brasil foi invadido por colonizadores
europeus, em busca de ampliação de riqueza, em diferentes atividades comerciais.
Para se constatar o descaso com o ensino público por volta de 1872 o Brasil contava
com aproximadamente 10 milhões de habitantes e 70% de analfabetos. No final do
Império (1889) estima-se que havia no país uma população de 14 milhões de
habitantes, composta de 85% de analfabetos.
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Bibliografia
HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. 26ª Ed. São Paulo: Companhia das
Letras, 1995.
RIBEIRO, Maria Luiza S. História da educação brasileira: A organização escolar. –
15ª Ed. Coleção Memória e educação, Campinas, SP: Autores Associados. 1998. p.
31 – 32.
Referência bibliográfica
RIBEIRO, Maria Luiza S. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA. A organização
escolar. Disponível
em: http://books.google.com.br/books?id=mFSOagRZlNoC&pg=PA26&lpg=PA26&dq=a+forma
%C3%A7%C3%A3o+da+elite+colonial+em+tais+moldes+adequa-
se+quase+que+completamente&source=bl&ots=Cb_qZYo7fk&sig=sMsHnX0q1FDlZldJx4q-
T491lcQ&hl=pt-
BR&sa=X&ei=MXhHUdajKOrh4APz_ID4Ag&ved=0CC8Q6AEwAA#v=onepage&q=a%20forma%C3
%A7%C3%A3o%20da%20elite%20colonial%20em%20tais%20moldes%20adequa-
se%20quase%20que%20completamente&f=false . Acesso: 03 mar 2013.
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Aula 02 - Doutrina Cristã
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Bibliografia
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HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. 26ª Ed. São Paulo: Companhia das
Letras, 1995.
RIBEIRO, Maria Luiza S. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: A organização
escolar. – 15ª Ed. Coleção Memória e educação, Campinas, SP: Autores Associados.
1998. p. 31 – 32.
Referência bibliográfica
RIBEIRO, Maria Luiza S. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA. A organização
escolar. Disponível em:
http://books.google.com.br/books?id=mFSOagRZlNoC&pg=PA26&lpg=
PA26&dq=a+forma%C3%A7%C3%A3o+da+elite+colonial+em+tais+molde
s+adequase+quase+que+completamente&source=bl&ots=Cb_qZYo7fk&sig=sMsHn
X0q1FDlZldJx4q-
T491lcQ&hl=ptBR&sa=X&ei=MXhHUdajKOrh4APz_ID4Ag&ved=0CC8Q6AEwAA#v=
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m%20tais%20moldes%20adequase%20quase%20que%20completamente&f=false .
Acesso: 03 mar 2013.
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Aula 03 - Missão Francesa
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O desenho faz parte de todo aprendizado das artes visuais e seu ensino no Brasil se
confunde com a própria história do ensino da arte2. Atualmente, a maioria dos
professores não discute o ensino do desenho nas aulas de arte. Da mesma forma,
vários docentes sentem algum nível de dificuldade para desenhar e com isso, para
ensinar o desenho.
A declaração não causa estranhamento para nós. Já ouvimos diversas pessoas, (até
professores e professoras) falarem que perderam o estímulo de desenhar durante a
época escolar. Talvez o mais grave: perderam o estimulo de desenhar durante as
aulas de artes.
O que será que aconteceu?
Onde está o erro?
Perceba que a declaração feita por Mario Schenberg4, que foi também fotógrafo e
crítico de artes, expõe o bloqueio para o desenho
Esse bloqueio apresenta algumas pistas que podemos discutir e refletir.
- Falta de conhecimentos para apurar o desenho;
- Falta de conhecimentos para a sintaxe visual;
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- Metodologias inadequadas para o ensino do desenho nas diversas faixas etárias dos
estudantes, entre outros fatores.
Para a compreensão desse fenômeno, na educação do desenho e de suas técnicas,
será fundamental identificarmos o próprio conceito de desenho, para então
conceituarmos hipóteses para a construção de uma metodologia plausível para as
aulas de artes.
Nossa experiência visual fundamenta-se no aprendizado para que possamos
compreender o meio ambiente e reagir a ele. Portanto, a informação visual é o mais
antigo registro da história humana.
Assim, os elementos contidos numa obra de arte são frequentemente chamados de
forma. O termo forma é também empregado para designar material visual que os olhos
recebem e organizam, de modo que a mente humana possa captá-los numa
composição. Os estudos de como os elementos visuais e táteis funcionam ou se
estruturam na arte chama-se análise visual.
A partir de tais análises, sabe-se que nas representações gráficas os elementos
pertencentes ao desenho adquirem simbologia, como é o caso da linha. A linha reta,
ascensorial, expressa espiritualidade, elevação. Esse recurso foi vastamente
utilizado em diversos períodos da história da arte. Já a linha curva, expressa
movimento, vida sensualidade, e seu significado desenvolveu-se no barroco. No
período moderno, a linha assume novo caráter para atender às expectativas de sua
época, onde a razão, a segurança, a calma e a solidez são percebidas em suas
horizontalidades.
Não somente isso, mas também temos os tipos de desenhos mais frequentes:
Desenho técnico
O desenho técnico é uma representação gráfica que tem objetivos precisos para as
necessidades geradas pelas diferentes modalidades da engenharia e arquitetura.
Para todos eles, o desenho técnico representa formas, dimensões e posições de
objetos, a partir de técnicas especificas de representações, que estão alicerçadas no
desenho geométrico.
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Perspectiva
A perspectiva desenvolve representações gráficas em três dimensões,comprimento,
largura e altura, resultando no volume do objeto . Existem vários tipos de perspectivas
e sua utilização se dará, tanto no campo artístico, quanto nas diferentes modalidades
da engenharia e arquitetura.
Desenho geométrico
O desenho geométrico é parte da matemática para a resolução de problemas ligados
à lógica. A palavra geometria é composta de duas palavras gregas: geos (terra) e
metron (medida). Sua origem está ligada à necessidade do homem de medir terrenos.
No entanto, a geometria serve até os dias atuais para solucionar problemas métricos,
como cálculos de área de figuras planas e volumes de corpos sólidos. Outros campos
da geometria são:a geometrias descritiva, analítica, euclidiana, entre outras.
Conclusão: Até aqui, tivemos um breve panorama de algumas das modalidades do
desenho. Certamente, exploraremos melhor o assunto nas próximas aulas. No
entanto, já fica evidente a riqueza da linguagem visual do desenho, que propicia
inúmeras maneiras de interpretações.
Bibliografia
Referência bibliográfica
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Aula 04 - Percepção e criatividade
Outro pensador importante foi Protágoras, que afirmou que perceber o mundo é conhecê-lo.
Assim, a partir de suas primícias, todo conhecimento, verdadeiro é o que percebemos. Desta
forma, as possibilidades do que é ou não verdade são infinitas, como as possibilidades
perceptivas. Platão (428 a. C. – 348 a. C.) discordou dessa hipótese, a de Protágoras. Afirmou
que a percepção é recebida pelo corpo. Ou seja, o sentir e perceber vincula-se às sensações
corpóreas e a partir do raciocínio, tais sensações são discriminadas.
De outra forma, Aristóteles (384 a. C. – 322 a. C.) defendeu que as sensações e percepções não
vinculam o conhecimento, portanto discordou de Protágoras. Afirmou que existe um substrato
presente nos objetos que independe do sujeito que percebe. Entendeu que a afecção provocada
neste sujeito, por meio desse substrato existe na proporção em que o sujeito percebe, ou na
duração dessa percepção.
Criatividade
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As palavras imagem e imaginação procedem do latim imago e imaginationis. A imaginação é
definida como a capacidade de criar imagens, e por imaginar entende-se a representação mental
de um objeto ausente ou a reprodução de uma sensação causada pela ausência do mesmo. Para
Platão, a imaginação está ligada à sua metafísica e teoria do conhecimento. Aristóteles cunhou o
termo do grego phantasia e deu outro significado. Para ele, a imaginação é uma faculdade
intermediária entre o pensamento e a percepção, essencial à memória, que não pode sobreviver
sem as imagens. Sem percepção, portanto, não há imaginação, não há pensamentos.
Desta forma, a imaginação passa a ser compreendida como um elemento dinâmico, tanto no plano
do conhecimento como da criação e fruição estética, por ter a finalidade de criar. Nesta linha de
raciocínio é possível destacar Piaget. Ele não menciona a criatividade, diretamente. Para Piaget a
inteligência é compreender (uma espécie de criatividade interna da mente face ao real) e inventar
(uma espécie de criatividade de novos comportamentos em frente a realidade). Como a teoria
piagetiana se baseia no construtivismo (sequência), logo se percebe que sua teoria é a própria
teoria da criatividade, pois sem ela não há “construção” -, elaboração do novo.
Para aulas de artes, em que o conteúdo será o desenho, é de fundamental importância que o
professor utilize os materiais adequados como: papel, lápis e borracha adequados para o desenho.
Duros
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Materiais:
Lápis de grafite, borracha, limpa tipo (de máquina de escrever) ou miolo de pão,
fixador e pó de grafite.
Papel: Vários papéis são indicados para se desenhar com grafite, porém
aconselhamos o papel Arches 300 gramas, fosco, por ter uma textura sutil e, assim,
valorizar mais o tratamento feito com o próprio lápis. No entanto, o papel sulfite oferece
resultados satisfatórios para os primeiros exercícios que o docente desenvolverá com
seus alunos.
Bibliografia
Referência bibliográfica
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Aula 05 - Percepção e criatividade
Parece que essa é mais uma das respostas difíceis de resolver. Verificamos que
poucos professores se preocupam com ações pedagógicas criativas, em seu próprio
fazer. Buscam receitas ou modelos pedagógicos prontos e fáceis para a sua atuação.
Certamente, para esses, as possibilidades criativas são um tanto mais limitadas. Vale
lembrar que a inteligência não é uma cópia da realidade, ao contrário, é a construção
do sujeito com os objetos externos. O sujeito adiciona novas dimensões aos objetos
e eventos externos. Por exemplo, contar ou recitar os nomes dos números,
certamente, para uma criança, vem do mundo externo. Porém, aprender a noção de
número é algo muito diferente de aprender a recitar os nomes dos números. A noção
de número é construída pela criança como um ato criativo, ou como uma multiplicidade
de atos criativos. A isto, alguns matemáticos denominam recorrência ou interação.
Outro exemplo: Se “A” é igual a “B” e “B” é igual a “C” -, “A” deve ser igual a “C”.
Parece bastante lógico e razoável essa noção básica. No entanto, para uma criança
e até determinados adolescentes, em fase de puberdade, essa constatação pode
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requerer estágios intelectuais diferenciados e com tempo maturacional distinto. A
criação de algo novo ocorre devida um processo de abstração reflexiva. Uma
abstração empírica, que segundo Aristóteles, por exemplo, ocorre quando a
informação extraída do objeto oferecerá diferentes análises. Por exemplo, temos dois
objetos e percebemos que há uma diferença de peso entre eles. Ao observamos
melhor, diferenciamos, também por suas cores. Assim, teremos noções de peso e de
cor, para classificá-los.
_______________________________________________________________
HABILIDADES ALMEJADAS
OBJETIVOS
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Levar os estudantes a conhecer e reconhecer figuras geométricas simples.
Explorar volumetria.
TEMPO PREVISTO
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
CONTEÚDO
1. Brilho,
2. Valor tonal
3. Sombra
4. A luz refletida
5. Sombra projetada
MATERIAIS
Caderno de desenho ou folha de papel sulfite 90 gramas, lápis de grafite 2B, 4B e 6B,
borracha e limpa tipos.
BIBLIOGRAFIA
Metodologia:
Aulas expositivas;
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Atividades práticas;
Roda de debates.
AVALIAÇÃO
_______________________________________________________________
A luz e sombra é a parte do acabamento mais importante, não dá para você imaginar
um objeto finalizado se este não tiver luz e sombra.
Antes de desenhar a luz e as sombras que você vê, você precisa treinar seus olhos
para ver como um artista.
Os valores são os diferentes tons de cinza entre o branco e o preto. Os artistas usam
valores para traduzir a luz e as sombras que vêem em sombreamento, criando assim
a ilusão de uma terceira dimensão.
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Bibliografia
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Aula 06 - Percepção e criatividade
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Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
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______________
1 Na filosofia aristotélica a política é a ciência que tem por objeto a felicidade humana e divide-se em
ética (que se preocupa com a felicidade individual do homem na pólis) e na política propriamente dita
(que se preocupa com a felicidade coletiva da pólis). O objetivo de Aristóteles com sua Política é
justamente investigar as formas de governo e as instituições capazes de assegurar uma vida feliz ao
cidadão. Por isso mesmo, a política situa-se no âmbito das ciências práticas, ou seja, as ciências que
buscam o conhecimento como meio para ação.
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Aula 07 - Fazer artístico
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Nesse sentido as ações pedagógicas dos professores e professoras serão facilitadas,
a partir de três eixos metodológicos, a saber:
Criação e Produção em Arte – Fazer artístico;
Fruição Estética – Apreciação significativa da Arte e do universo
a ela relacionado – leitura e crítica;
Reflexão: A Arte como produto da história e da multiplicidade
de culturas.
_______________________________________________________________
Vivência
Op Art
O termo foi incorporado à história e à crítica de arte após a exposição The responsive
eye [O olhar compreensivo, MoMA/Nova York, 1965), para se referir a um movimento
artístico que conhece seu auge entre 1965 e 1968. Os artistas envolvidos com essa
vertente realizam pesquisas que privilegiam efeitos óticos, em função de um método
ancorado na interação entre ilusão e superfície plana, entre visão e compreensão.
Dialogando diretamente com o mundo da indústria e da mídia (publicidade, moda,
design, cinema e televisão), os trabalhos da Op Art enfatizam a percepção a partir do
movimento do olho sobre a superfície da tela. Nas composições - em geral, abstratas
- linhas e formas seriadas se organizam em termos de padrões dinâmicos, que
parecem vibrar, tremer e pulsar. O olhar, convocado a transitar entre a figura e o fundo,
a passear pelos efeitos de sombra e luz produzidos pelos jogos entre o preto e o
branco ou pelos contrastes tonais, é fisgado pelas artimanhas visuais e ilusionismos.
O húngaro Victor de Vasarely (1908) é um dos maiores nomes da Op Art. A partir de
1930, em Paris, o artista começa a explorar efeitos óticos pela utilização de dominós,
tabuleiros de xadrez, dados, réguas, zebras e arlequins. Mas é a partir de 1947 que
envereda pela abstração geométrica. Não foi senão em 1947? Diz ele? Que o abstrato
revelou-se para mim, realmente e verdadeiramente, quando me dei conta que a pura
forma-cor era capaz de significar o mundo? A ideia de forma-cor remete diretamente
à concepção de unidade plástica de Vasarely. Nessa estrutura irredutível - molécula
pictural -, o pintor reencontra o ponto, do pontilhismo de Georges Seurat (1859-1891),
e o quadrado de Kazimir Malevich (1878-1935), uma espécie de forma zero. A partir
dessa estrutura elementar, o pintor cria uma gramática de possibilidades com o auxílio
do preto e branco (com os quais trabalhou em boa parte de sua obra) e da progressiva
introdução da cor. A inglesa Bridget Riley (1931) é outro grande expoente da Op Art.
Como os demais artistas ligados ao movimento, ela investiga formas e unidade
seriadas para a composição de padrões gerais, que apelam diretamente à visão, pelos
seus efeitos de vibração e ofuscamento. Realiza pinturas de grande porte, cenários e
a decoração do interior do Hospital Real de Liverpool.
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A galeria Denise René, em Paris, reúne um grupo de artistas envolvido com as
investigações visuais da op art, parte deles argentinos como Julio Le Parc, Marta Boto
e Luis R. Tomasello (1915), além de Yvaral (1934) (filho de Vasarely), do venezuelano
Carlos Cruz-Diez (1923) e outros. O Groupe de Recherche Art Visuel (GRAV), que
funciona entre 1960 e 1968, foi outro pólo aglutinador da produção da Op Art e da arte
cinética. O nome do venezuelano Jesús-Raphael Soto (1923) se destaca no grupo de
artistas latino-americanos radicados em Paris. Entre 1950 e 1953, o artista cria as
primeiras obras em que elementos dispostos em série no espaço produzem efeitos de
movimento virtual e vibração ótica (Estudo para uma série, 1953). Mas é em 1955 que
ele se lança mais diretamente em relação às pesquisas cinéticas, fundamentadas nas
alterações perceptivas decorrentes, seja da posição do observador diante da obra,
seja do uso de elementos suspensos a vibrar diante um fundo.
Ainda que um exame atento dessa ampla produção pudesse ser capaz de revelar
diferentes inflexões no interior da Op Art, não parece difícil entrever um programa
comum constituído a partir de estímulos semelhantes: as progressões matemáticas
(muitas vezes trabalhadas com o auxílio de computadores); a Gestalt; o cubismo de
Georges Braque (1882-1963), Pablo Picasso (1881-1973) e Juan Gris (1887- 1927);
o neoplasticismo de Piet Mondrian (1872-1944); além do construtivismo da Bauhaus,
de Malevich e do impressionismo, sobretudo na vertente explorada por Seurat. Os
trabalhos de Vasarely, Riley e outros se propagaram pelo mundo todo. No Brasil,
realizaram experiências óticas em seus trabalhos: Lothar Charoux (1912-1987), Almir
Mavignier (1925), Ivan Serpa (1923-1973), Abraham Palatnik (1928), entre outros. Nos
anos 50 algumas pinturas de Luiz Sacilotto (1924-2003) antecipam questões que
serão desenvolvidas posteriormente pela Op Art propriamente dita.
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Atividade não avaliativa
O que é?
A arte e a estética dos trabalhos de Victor Vasarely;
Por quê?
Vasarely elaborou tais trabalhos? Em que contexto isso ocorreu?
Para quê?
Para permitir ao aluno:
Analisar o uso dos elementos da linguagem visual nas obras apresentadas,
percebendo como o artista utiliza a cor e as formas em seus desenhos.
Como? (Quando? Onde?)
Apresentar as obras de Vasarely e sugerir aos alunos que observem cada uma das
imagens e apontem as principais características.
_______________________________________________________________
PROPOSIÇÃO:
A partir das obras de Vasarely, como posso elaborar uma proposta
genuinamente minha, sem ser cópia ou releitura da obra do artista?
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Quais materiais serão utilizados?
Qual a melhor técnica artística?
Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
DONDIS, D. A. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
FOUCAMBERT, Jean. A criança, o profesor e a leitura. Trad. Marleine Cohen e
Carlos M. Rosa. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
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Aula 08 – Resumo Unidade I
Resumo da Unidade 1
A primeira unidade abordou aspectos históricos e os teóricos da educação. A partir de
tais fundamentos temos condições de refletir sobre o fazer artísticos e como adequar
aulas de desenho para estudantes do Ensino Fundamental ciclo II.
BIBLIOGRAFIA
1º Bimestre
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Bibliografia
ARTES VISUAIS 39
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COSTELA, Antonio. Xilogravura Manual prático. Campos do Jordão. Ed.
Mantiqueira. 1987. das Letras, 1998.
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Aula 09 - Volumetria, Profundidade e Proporção
Linha – a medida em que o ponto se move, sua trajetória configura a linha. Assim, a
linha possui dimensões, tipos e trajetórias.
_______________________________________________________________
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Algumas sugestões, a seguir apresentam possibilidades de técnicas artísticas,
capazes de explorar os elementos da percepção visual. Vale lembrar, que tais
técnicas são possíveis de serem implementadas no Ensino Fundamental II.
Ponto
METODOLOGIA:
Aulas expositivas.
VALIAÇÃO
HABILIDADES:
OBJETIVO:
Levar o estudante a perceber os efeitos dos pontos sobre o papel, a partir de seu
agrupamento e do afastamento.
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A retícula, utilizada nas gráficas é formada por infinitos pontos e tem a função de
transformar um original (imagem) de tom contínuo. A imagem reticulada, ou seja,
formada por pontos de retícula, é chamada de meio-tom.
ARTES VISUAIS 43
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Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
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Aula 10 - Volumetria, Profundidade e Proporção
Linha – a medida em que o ponto se move, sua trajetória configura a linha. Assim, a
linha possui dimensões, tipos e trajetórias.
LINHA
Composição com pontos.
Possíveis referências: Concretismo
Definição
A arte concreta deve ser compreendida como parte do movimento abstracionista
moderno, com raízes em experiências como a do grupo De Stijl [O Estilo], criado em
1917, na Holanda por Piet Mondrian (1872-1944), Theo van Doesburg (1883-1931),
ARTES VISUAIS 45
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Gerrit Thomas Rietveld (1888-1964), entre outros. A abstração geométrica testada
pelo grupo holandês ecoa, com novos matizes, no manifesto Arte Concreta, redigido
por Van Doesburg, em 1930, em oposição a outras tendências abstratas, por exemplo,
as professadas pelo grupo Cercle et Carré, fundado em 1929 pelo crítico Michel
Seuphor (1901-1999) e o pintor Joaquín TorresGarcía (1874-1949), em Paris. O termo
arte concreta é retomado por outros artistas, como Wassily Kandinsky (1866-1944)
por exemplo, popularizando-se com Max Bill (1908-1994), ex-aluno da Bauhaus.
Os princípios do concretismo afastam da arte qualquer conotação lírica ou simbólica.
O quadro, construído exclusivamente com elementos plásticos - planos e cores -, não
tem outra significação senão ele próprio. A pintura concreta é "não abstrata", afirma
Van Doesburg em seu manifesto, "pois nada é mais concreto, mais real, que uma
linha, uma cor, uma superfície". Max Bill explora essa concepção de arte concreta
defendendo a incorporação de processos matemáticos à composição artística e a
autonomia da arte em relação ao mundo natural. A obra de arte não representa a
realidade, mas evidencia estruturas, planos e conjuntos relacionados, que falam por
si mesmos.
Menos que alardear um novo movimento, a noção de arte concreta visa rediscutir a
linguagem plástica moderna. Os suíços, especialmente Max Bill, Richard Paul Lohse
(1902), Verena Loewensberg (1912-1986), recolocam o problema da
bidimensionalidade do espaço pictórico introduzido pelo cubismo ao definir o quadro
como suporte sobre o qual a realidade é reconstruída, e passível de ser apreendida
de múltiplos ângulos. Assim, com os concretos, a pintura se aproxima de modo cada
vez mais radical da escultura, da arquitetura e dos relevos. Da pauta do grupo fazem
parte também pesquisas sobre percepção visual, informadas pela teoria da gestalt, e
a defesa da integração da arte na sociedade pela participação do artista nos vários
setores da vida urbana, ênfases da Hochschule für Gestaltung (HfG) [Escola Superior
da Forma], fundada por Max Bill, em Ulm, Alemanha, em 1951, e que dá
prosseguimento ao projeto Bauhaus.
Bill é o principal responsável pela entrada desse ideário plástico na América Latina,
sobretudo na Argentina e no Brasil, no período após a Segunda Guerra Mundial (1939-
1945). A exposição do artista em 1951 no Museu de Arte de São Paulo Assis
Chateaubriand (Masp) e a presença da delegação suíça na 1ª Bienal Internacional de
São Paulo, no mesmo ano, abrem as portas do país para as novas tendências
construtivas, que são amplamente exploradas a partir de então. Os prêmios
concedidos à escultura Unidade Tripartida de Max Bill, e à tela Formas, de Ivan Serpa
(1923-1973) na 1ª Bienal, realizada no Museu de Arte Moderna de São Paulo
(MAM/SP), são sintomas da atenção despertada pelas novas linguagens pictóricas.
O impacto das representações estrangeiras na bienal se relaciona de perto às
modificações verificadas no meio social e cultural brasileiro. Cidades como Rio de
Janeiro e São Paulo iniciam processos de metropolização, alimentados pelo surto
industrial e pela pauta desenvolvimentista, que alteram a paisagem urbana. Do ângulo
das artes visuais, a criação dos museus de arte e de galerias criam condições para a
ARTES VISUAIS 46
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experimentação concreta nos anos 1950, com o anúncio das novas tendências não
figurativas. É importante lembrar nessa direção as exposições 19 Pintores, na Galeria
Prestes Maia, em São Paulo, semente do grupo concreto paulista; Do Figurativismo
ao Abstracionismo, no MAM/SP, em 1949; A. Calder, no Masp, em 1949; e
Fotoformas, de Geraldo de Barros (1923-1998), no Masp, em 1950. O ano de 1952 e
a exposição do Grupo Ruptura marcam o início oficial do movimento concreto em São
Paulo. Criado por Anatol Wladyslaw (1913-2004), Lothar Charoux (1912-1987), Féjer
(1923-1989), Geraldo de Barros, Leopold Haar (1910-1954), Luiz Sacilotto (1924-
2003), liderado pelo artista e crítico Waldemar Cordeiro (1925-1973), o grupo propõe
em seu manifesto a "renovação dos valores essenciais das artes visuais", por meio
das pesquisas geométricas, pela proximidade entre trabalho artístico e produção
industrial, e pelo corte com certa tradição abstracionista anterior.
Os desdobramentos da arte concreta na poesia se evidenciam em São Paulo pelo
lançamento da revista Noigandres, em 1952, editada pelos irmãos Haroldo de
Campos (1929-2003) e Augusto de Campos (1931) e Décio Pignatari (1927 - 2012).
No Rio de Janeiro, alunos do curso de Ivan Serpa no Museu de Arte Moderna do Rio
de Janeiro (MAM/RJ), tendo como teóricos os críticos Mário Pedrosa (1900-1981) e
Ferreira Gullar (1930), formam o Grupo Frente, em 1954. Fundado por Aluísio Carvão
(1920-2001), Carlos Val (1937), Décio Vieira (1922-1988), Ivan Serpa, João José da
Silva Costa (1931), Lygia Clark (1920-1988), Lygia Pape (1927-2004) e Vicent
Ibberson (19--), e ao qual aderem em seguida Hélio Oiticica (1937-1980) e César
Oiticica (1939), Elisa Martins da Silveira (1912-2001), Emil Baruch (1920), Franz
Weissmann (1911- 2005), Abraham Palatnik (1928) e Rubem Ludolf (1932-2010), o
grupo concreto carioca prega a experimentação de todas as linguagens, ainda que no
âmbito não figurativo geométrico. À investigação paulista centrada no conceito de pura
visualidade da forma o grupo carioca opõe uma articulação forte entre arte e vida -
que afasta a consideração da obra como "máquina" ou "objeto" -, e maior ênfase na
intuição como requisito fundamental do trabalho artístico. As divergências entre Rio e
São Paulo se explicitam na Exposição Nacional de Arte Concreta, São Paulo, 1956, e
Rio de Janeiro, 1957, início da ruptura neoconcreta, efetivada em 1959.
Disponível:
http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_ic/ind
ex.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=370. Acesso: 13 jul 2013.
METODOLOGIA:
Aulas expositivas.
Recursos motivadores: Imagens de obras artísticas elaboradas por artistas
consagrados.
Atividade prática, desenvolver uma composição.
MATERIAIS: lápis 2B ou 4B, caneta hidrocor ou nanquim, papel sulfite.
ARTES VISUAIS 47
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VALIAÇÃO
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Verificar se o estudante elaborou uma composição, a partir de linhas.
HABILIDADES:
Os educadores envolvidos no projeto verificarão as habilidades, em seus alunos:
Identificar as habilidades de associar todos os conteúdos apresentados no projeto.
Verificar a criatividade, originalidade e imaginação no resultado final do processo.
OBJETIVO:
Levar o estudante a perceber os efeitos das linhas sobre o papel, a partir de seu
agrupamento e do afastamento.
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ARTES VISUAIS 49
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Filho de imigrantes italianos, Luiz Sacilotto nasceu em Santo André, Estado de São
Paulo,em 1924.
O artista nasceu e cresceu no maior polo industrial do país em um período de grande
desenvolvimento social, político e econômico, sempre ouvindo os apitos das
fábricas.Foi nesta cidade que montou seu ateliê-residência. Diplomado em 1943 em
escola profissional, ingressou no ano seguinte na Hollerith do Brasil como desenhista
e projetista de esquadrias metálicas.
Paralelamente, Sacilotto desenvolveu sua carreira artística. Sua obra conheceu uma
fase figurativa, na década de 40, e o período concreto, que se estendeu por toda a
segunda metade do século passado. Participou da exposição "Ruptura", realizada no
Museu de Arte Moderna de São Paulo em 1952 e foi um dos signatários do manifesto
de mesmo nome, que marcou o início do movimento concretista brasileiro. Waldemar
Cordeiro, que liderava o grupo, identificaria posteriormente Sacilotto como "viga
mestra da arte concreta", movimento que segundo o crítico de arte Enock Sacramento,
maior estudioso da obra do artista, "foi responsável pela mais incisiva renovação da
visualidade brasileira no Século XX. Desde cedo seu currículo se construiu de forma
coerente e invejável. Participou de seis Bienais de São Paulo em 1951, 53, 55, 57, 61
e 67; da Bienal de Veneza em 1952, da Exposição Nacional de Arte Concreta em São
Paulo em 1956 e no Rio de Janeiro em 1957. Expôs também na Konkrete Kunst
(exposição nacional de arte concreta em Zurique) em 1960 organizada por Max Bill
em diversas galerias.
A Arte Concreta foi um dos movimentos artísticos mais importantes ocorridos no Brasil
no século XX, influenciando a literatura, a arquitetura, a música, o desenho industrial,
a comunicação visual.
ARTES VISUAIS 50
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A sistematização do movimento, repetição e os jogos ópticos são os pontos
fundamentais para a construção de sua obra que mantém-se sempre ligada e
relacionada aos meios de produção. O jogo dinâmico que impõe às suas imagens nos
provoca o olhar, percebemos seus recortes, seus giros, a multiplicidade das formas
geométricas, o jogo interminável das ilusões ópticas. Sacilotto sempre se manteve
interessado em experimentações, desde o início fez uso de materiais e técnicas
diversas. Trabalhou com um grande rigor formal sem renunciar à sensibilidade.
Luiz Sacilotto faleceu dia 09 de fevereiro de 2003 no ABC paulista onde sempre viveu.
Deixou um significativo conjunto de obras que evidencia sua importante trajetória
artística: desenhos, gravuras, guaches, esculturas, pinturas, obras públicas, além de
um grande número de projetos.
Luiz Sacilotto era um artista universal que sempre se manteve fiel a sua obra e seus
conceitos. Um exemplo de artista sensível à emoção das linhas exatas e ângulos
rigidamente traçados.
Disponível: http://www.sacilotto.com.br/. Acesso: 10 jul 2013.
Bibliografia
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Aula 11 - Figuras geométricas
Metodologia em artes
O método é constituído por um conjunto de procedimentos que devem ser observados
na busca do conhecimento e transformação da realidade. Em resumo: “em seu sentido
geral, o método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários
para atingir um fim dado ou um resultado desejado”.
Marilena Chauí afirmou que o método guia o trabalho intelectual (produção de ideias,
experimentos e teorias) e avalia os resultados obtidos.
Maria Heloisa Ferraz e Maria Fusari apresentam uma concepção de metodologia em
seu livro Metodologia do Ensino de Artes (FERRAZ; FUSARI, 2001). Segundo as
autoras, a metodologia do ensino e aprendizagem em arte integra os
encaminhamentos educativos das práticas de aulas artísticas e estéticas.
Em outras palavras, esses encaminhamentos metodológicos constituem-se em um
conjunto de ideias e teorias educativas em arte transformadas em opções e atos que
são concretizados em projetos ou no próprio desenvolvimento das aulas de Arte. São
ideias e teorias (ou seja, posições a respeito de “como devem” ou “como deveriam
ser” as práticas educativas em arte) baseadas ao mesmo tempo em propostas de
estudiosos da área e em nossas práticas escolares em arte e que se cristalizam nas
propostas e aulas (FERRAZ; FUSARI, 2001, p. 98)
Importante ressaltar a relação entre teoria e prática como fundamento do conceito de
metodologia exposto pelas duas autoras. A metodologia, do ensino da arte em nosso
caso, funda-se na relação entre subsídios teóricos e “práticas escolares”. Ela é
indissociável da epistemologia.
Não há possibilidade de separar o “fazer” e o “entender” a arte e o seu ensino.
Portanto, a metodologia é inseparável de nossa concepção sobre arte e de como
ensinar essa arte por nós concebida:
A metodologia educativa na área artística inclui escolhas profissionais do professor
quanto aos assuntos em arte, contextualizados e a serem trabalhados com os alunos
nos cursos. Referem-se também à determinação de métodos educativos, ou seja, de
trajetórias pedagógicas (com procedimentos técnicos e proposição de atividades)
(FERRAZ; FUSARI, 2001, p. 98).
ARTES VISUAIS 52
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Diante dessa reflexão, vale destacar que nos anos 20, alguns professores de arte
incorporaram a ideia da LIVRE EXPRESSÃO entendida como um caminho para se
atingir o centro da criatividade em seus alunos. Os primeiros trabalhos de arte feitos
pelo método da livre expressão foram os de educador tcheco Franz Cizek1, na escola
de artes de Viena, Áustria. Sua proposta vinculava a estética e a psicologia, para
liberar o impulso criador nos estudantes. Outro pesquisador John Dewey2, após
observar as aulas do professor Cizek manifestou algum entusiasmo...
Após os anos 60, o pouco cuidado em avaliar os fundamentos do Método da Livre
Expressão levou inúmeros professores a extremos, onde tudo era permitido. Os
professores da linha da Livre Expressão imaginaram que o indivíduo possui dentro de
si um mundo estético, ou seja, que conhecem obras de arte e necessitam externar
suas criações. Assim, o professor não interferia nas elaborações dos alunos. Sabe-se
que o Método da Livre Expressão é falho e não explora a criatividade nos alunos.
Após esse período, novas metodologias, mais eficazes demonstraram que a
exploração da criatividade nos alunos é possível. Mesmo assim, temos, na atualidade,
diversos professores que insistem com a prática da Livre Expressão. Certamente,
por desconhecimento de seus métodos ou por pura indolência em suas aulas.
Representações gráficas desenvolvidas por estudantes
A representação gráfica, basicamente é elaborada, a partir do ponto, da linha e do
plano. O plano determina um lugar geométrico onde as representações são
desenhadas. Frequentemente temos as formas planas – representação bidimensional
e as formas tridimensionais. Ainda, podem ser figurativas, ou seja, quando o desenho
é reconhecido e abstratas, quando não há identificação da forma expressa.
Objetos
Composição de objetos.
METODOLOGIA:
Aulas expositivas.
Recursos motivadores: Imagens de obras artísticas elaboradas por artistas
consagrados.
Atividade prática, desenvolver uma composição.
MATERIAIS: lápis 2B ou 4B, fios de lã coloridos, ou barbantes variados, cola, papel
cartonado 3 como suporte.
VALIDAÇÃO
Verificar se o estudante elaborou uma composição, a partir das técnicas solicitadas.
HABILIDADES
Os educadores envolvidos no projeto verificarão as habilidades, em seus alunos:
ARTES VISUAIS 53
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Identificar as habilidades de associar todos os conteúdos apresentados no projeto.
Verificar a criatividade, originalidade e imaginação no resultado final do processo.
Averiguar se o estudante se apropria de volumetria, tridimensionalidade e figuras
geométricas.
OBJETIVO:
Levar o estudante a perceber figuras geométricas para desenhar objetos.
Exemplo:
ARTES VISUAIS 54
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Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São
Paulo: Cortez, 2001.
___
1 Franz Cizek (12 de junho de 1865 - 17 de dezembro 1946) austríaco, pintor do
gênero e retrato, que era mais conhecido como um professor e reformador da
educação artística. Ele começou o Movimento de arte para crianças em Viena, abrindo
a classe de arte juvenil em 1897.
2 John Dewey nasceu em 1859 em Burlington, uma pequena cidade agrícola do
estado norte-americano de Vermont. Na escola, teve uma educação desinteressante
e desestimulante, o que foi compensado pela formação que recebeu em casa. Ainda
criança, via sua mãe confiar aos filhos pequenas tarefas para despertar o senso de
responsabilidade. Foi professor secundário por três anos antes de cursar a
Universidade Johns Hopkins, em Baltimore. Estudou artes e filosofia e tornou-se
professor da Universidade de Minnesota. Escreveu sobre filosofia e Educação, além
de arte, religião, moral, teoria do conhecimento, psicologia e política. Seu interesse
por pedagogia nasceu da observação de que a escola de seu tempo continuava, em
grande parte, orientada por valores tradicionais, e não havia incorporado as
ARTES VISUAIS 55
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descobertas da psicologia, nem acompanhara os avanços políticos e sociais. Fiel à
causa democrática, ele participou de vários movimentos sociais. Criou uma
universidade-exílio para acolher estudantes perseguidos em países de regime
totalitário. Morreu em 1952, aos 93 anos
3 Cartolina, papel cartão, Papel Paraná, Papel off set de alta gramatura e outros.
4 Leonid Afremov é um pintor israelense de origem bielorrussa, da atualidade. É
conhecido por seus quadros coloridos e alegres e por sua técnica de pintura peculiar:
uso de espátula para pintura com tinta a óleo.
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Aula 12 – Composição
Temática: Composição
Metodologia em artes
Composição
ARTES VISUAIS 57
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É a ordenação de elementos, ou seja, são aspectos de um mesmo problema. A
composição é o resultado da melhor ordenação subjetiva dos elementos visuais e
suas relações.
Ponto de atenção: dentro de uma composição temos o ponto de atenção, que é o
ponto ótico e o centro que é o ponto geométrico.
Proposta 1:
1. Remontagem com imagens fotográficas.
O estudante deve selecionar imagens fotográficas.
No mínimo 2 imagens.
Se forem 2 imagens, ele poderá fundir o fundo de uma imagem com outra que ficará
no primeiro plano.
Ele recortará as imagens e colará novamente.
Os critérios adotados pelo professor poderá ser o do ponto ótico.
ARTES VISUAIS 58
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Proposta 2:
A partir de elementos geométricos o professor desenvolverá a elaboração de
desenhos com os estudantes.
Organizar os elementos desenhados em uma composição visual. Para tanto, será
necessário redesenhá-los, a partir de critérios do centro ótico.
Sugestões de elementos geométricos:
ARTES VISUAIS 59
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O equilíbrio impõe a estabilidade pela anulação mútua de forças opostas. É um fator
sensível capaz de produzir a harmonia visual, ou não.
EQUILÍBRIO SIMÉTRICO – Equivale à massa simétrica distribuída,
igualmente, a partir dos eixos geométricos. Frequentemente
carecem de ação, por não serem dinâmicos. Assim, causam
desinteresse e monotonia.
Exemplo:
ARTES VISUAIS 60
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Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São
Paulo: Cortez, 2001.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010.
ARTES VISUAIS 61
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Aula 13 – Composição
Temática: Composição
Metodologia em artes
ARTES VISUAIS 62
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A ideia do professor e professora mediadores é investigada por vários teóricos, entre
eles desçamos à Dra. Ana Mae Barbosa, que defende a ideia de que aprendemos
uns com os outros pelo mundo.
Assim, todas as linguagens artísticas apresentam campo fértil para a mediação. Em
suas teorias, Dra Ana Mae sugere a Proposta Triangular, pois apresenta a arte como
cultura, para o centro de toda ação educativa. Ainda, apresenta toda a produção
artística, como produto e bem cultural, portanto, apreender arte. E considera a difusão
cultural.
O entendimento da mediação cultural, portanto, está neste texto atrelado ao
entendimento mais amplo de arte como cultura, da ação educativa como prática
dialógica e com o compromisso do educador mediador com as dimensões políticas da
práxis educacional. Obviamente, a questão da mediação cultural pode ser entendida
por outros pontos de vista e outras bases político conceituais. Vale destacar, que há
diversas regiões no Brasil, que não possui espaços culturais. E outras, em que o
espaço cultural não é de acesso à maioria da população. Assim, o professor e a
professora devem refletir sobre tais questões e sobre a importância do acesso à arte,
para os estudantes.
Para iniciar estudos e exercícios sobre luz e sombra é mais fácil, a partir de formas
geométricas simples, como, cubo, cilindro, pirâmide, cone. Desta forma, ficará mais
fácil elaborar representações de diferentes objetos.
Selecionar os materiais necessários e identificar a técnica de luz e sombra.
ARTES VISUAIS 63
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Natureza Morta
Objetos inanimados são representados na pintura desde a Idade Média, em geral
como fundo de pinturas religiosas de cunho realista. Mas é somente em meados do
século XVI que a natureza-morta emerge como gênero artístico independente em
obras de pintores como Pieter Aertsen (1507 ou 1508 - 1575) e Jacopo Bassano
(ca.1510 - 1592), que articulam os temas religiosos à vida cotidiana e às cenas de
gênero. As composições simbólicas e grotescas de Giuseppe Arcimboldo (ca.1527 -
1593) - com frutas, animais e objetos compondo figuras - alimentam o
desenvolvimento da natureza- morta no período. Na passagem para o século XVII, a
figuração documental exigida pelas ciências naturais joga papel destacado na
valorização de uma arte que almeja representar os objetos e a natureza tais como
empiricamente observados - por exemplo, Jacopo Ligozzi (1547 - 1627). Assim, o
processo de paulatina autonomia da natureza- morta acompanha tanto a pintura
naturalista (associada à ilustração científica) quanto a pintura de gênero,
exemplarmente representada pelos artistas holandeses do século XVII e seus temas
domésticos, figurados com riqueza de detalhes. Os objetos frequentemente
escolhidos para compor as naturezas mortas são: mesas com comidas e bebidas,
louças, flores, frutas, instrumentos musicais, livros, ferramentas, cachimbo, tabaco
etc, todos referidos ao âmbito privado e à esfera doméstica, às vocações, aos hobbies,
à decoração e ao convívio no interior da casa.
A desvalorização desse gênero pictórico reflete-se na sua própria denominação nas
línguas latinas, "natureza-morta", "nature morte", e nas línguas saxônicas ,"still life",
"stilleben" (vida imóvel, vida em suspensão). Caravaggio (1571 - 1610) é um dos
pioneiros no gênero, exercitado entre 1592 e 1599 (detalhe de Baco, 1593, Cesto de
Frutas, 1596). A opção pela "pintura natural das coisas naturais" (destacando a
presença do corpo e a realidade pormenorizada do objeto reveladas pelos contrastes
de luz e sombra), a escolha de tipos populares para compor cenários religiosos e o
gosto por cenas de gênero marcam as obras do pintor milanês, um dos primeiros a
desafiar a hierarquia imposta pelos teóricos da época, que viam a natureza-morta
como tema menor. "Custa-me tanto trabalho fazer um bom quadro de flores, quanto
um quadro de figuras", afirma ele. Na Espanha, Juan Sánchez Cotán (1560 - 1627)
renova o gênero, valendo-se da abertura de janelas para emoldurar os objetos
(Natureza-Morta com Marmelo, Couve, Melão e Pepino, 1600). No sul do país, o tema
é adotado por Francisco de Zubarán (1598 - 1664), que desenvolve uma obra religiosa
naturalista, produzindo paralelamente uma série de naturezas mortas e cenas de
gênero. Em Madri, Juan van der Hamen y León (1596 - 1631) confere novos contornos
a esse tipo de pintura, dispondo os objetos em diferentes níveis e reduzindo o número
de elementos da cena (Natureza-Morta com Frutas e Objetos de Cristal, 1626).
Jean-Siméon Chardin (1699 - 1779) é o grande pintor francês de naturezas-mortas e
obras de gênero. No célebre A Arraia (1728) evidenciam-se suas preferências de
composição: a prateleira de pedra e a austera ambiência interior, os objetos dispostos
ARTES VISUAIS 64
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segundo uma ordem prática (sugerindo atividade humana), as texturas do linho e da
cerâmica, o gato em meio às ostras e a arraia sangrenta no centro do quadro. As
pequenas telas de Chardin - com objetos de cozinha e seus usuários, ambientes
domésticos e cenas cotidianas - filiam-se à tradição da pintura de gabinete holandesa.
No século XIX, os impressionistas, ainda que afeitos às paisagens ao ar livre, vão
realizar naturezas mortas, mas é com Paul Cézanne (1839-1906) que o gênero ganha
novas dimensões, imortalizado pelas composições com maçãs executadas a partir de
1870. Ao contrário de Chardin cujos trabalhos aludem à preparação do alimento na
cozinha, assim como aos instrumentos do artista; nas obras de Cézanne, os objetos
parecem desligados de seu uso. "Suspensas entre a natureza e a utilidade, [as maçãs
de Cézanne] existem apenas para serem contempladas", indica o historiador norte-
americano Meyer Schapiro.
Os arranjos de objetos díspares nas diversas composições e colagens de Juan Gris
(1887-1927), Pablo Picasso (1881-1973) e Georges Braque (1882-1963) associam a
natureza-morta diretamente ao cubismo, ainda que o gênero atravesse toda a arte
moderna, como indicam as obras de Vincent van Gogh (1853 - 1890), Fernand Léger
(1881 - 1955), Henri Matisse (1869-1954), Chäim Soutine (1893 - 1943), Pierre
Bonnard (1867 - 1947), entre outros. Giorgio Morandi (1890 - 1964) é dos pintores
modernos o que mais se concentra em naturezas-mortas. Seus objetos - garrafas,
candelabros, potes -, compostos com base em combinações cromáticas sutis, são
esvaziados de conteúdos simbólicos e literários, o que confere a essas obras uma
dicção altamente pessoal. Na história da arte brasileira as composições com frutas e
vegetação de Albert Eckhout (ca.1610-ca.1666) encontram-se entre as primeiras
naturezas-mortas realizadas. É possível acompanhar o gênero durante o século XIX,
com as produções de Agostinho da Motta (1824-1878) e Estêvão Silva (ca.1844-
1891), significativos pintores no contexto carioca. Já em São Paulo, na primeira
metade do século XX, destaca-se a produção de Pedro Alexandrino (1856-1942). Com
os artistas reunidos no Núcleo Bernardelli e Grupo Santa Helena, nas décadas de
1930 e 1940, o gênero ganha nova importância na arte brasileira. Nos anos de 1950,
Milton Dacosta (1915 - 1988), Maria Leontina (1917 - 1984), Iberê Camargo (1914 -
1994), entre outros, realizam naturezas-mortas
Itaul Cultural. Disponível:
http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_v
erbete=360. Acesso: 7 jul. 2013.
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Aula 14 – Anatomia
Temática: ANATOMIA
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Bibliografia
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Aula 15 - Rosto anatomia
Temática: ANATOMIA
Rosto de frente
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Vicente José de Oliveira Muniz (São Paulo, 20 de dezembro de 1961) mais conhecido
como Vik Muniz, é um artista plástico brasileiro radicado em Nova York, que faz
experimentos com novas mídias e materiais.
Suas obras são feitas normalmente de coisas que nem imaginávamos , como lixo
reciclável . Vik Muniz fez duas réplicas detalhadas da Mona Lisa de Leonardo da Vinci:
uma feita com geleia e outra com manteiga de amendoim. Também trabalhou com
açúcar, fios, arame, e xarope de chocolate, com o qual produziu uma recriação da
Última Ceia de Leonardo. Reinterpretou várias pinturas de Monet, incluindo pinturas
da catedral de Rouen, que Muniz produziu com pequenas porções de pigmento
aspergidas sobre uma superfície plana.
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Bibliografia
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Aula 16 – Anatomia
Temática: ANATOMIA
Rosto de frente
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com a realização de nus, naturezas-mortas e paisagens, assim como pela cópia de
esculturas antigas.
Diante do papel proeminente da pintura no decorrer da história da arte ocidental, o
desenho figura em boa parte desse percurso como designação genérica para as
etapas intermediárias: apontamentos, estudos preparatórios ou contornos de figuras
e objetos posteriormente cobertos pela tinta. A despeito desse movimento mais geral,
alguns artistas, como o paisagista inglês Joseph Mallord William Turner, conferem ao
desenho lugar destacado em sua obra, como é possível perceber pela enorme
quantidade de desenhos que realiza entre 1814 e 1830, alguns publicados na
Picturesque Views of the Southern Coast of England, 1826. Turner concebe desenhos
para a coleção de gravuras Portos da Inglaterra e para uma edição ilustrada de Italy,
poema de Samuel Rogers. Na tradição paisagística, o desenho ocupa lugar
importante na obra de Fragonard, que obtém efeitos originais em seus desenhos de
paisagem, como em O Parque da Villa d'Este em Tivoli, 1760. O surgimento da
caricatura é responsável por uma relativa independência do desenho em relação à
pintura, como indica a obra de Honoré Daumier, famoso por suas charges e sátiras
políticas feitas por meio de desenhos, gravuras e escultura.
Disponível:
http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuse
action=termos_texto&cd_verbete=4625. Acesso 24 jul. 2013.
Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane Galvão (Org.). Arte/Educação como
mediação cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009.
FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São
Paulo: Cortez, 2001.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010.
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Aula 17 - Desenho cômico
Temática: Cômico
ARTES VISUAIS 87
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As formas circulares podem oferecer uma boa experiência para os alunos. Além da
facilidade exploram elementos conhecidos pelos estudantes. Lembre-se que a boca e
os olhos oferecem as principais expressões aos desenhos cômicos.
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Bibliografia
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010
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Aula 18 – Caricatura
Temática: CARICATURA
Sugestão:
Inicie esta atividade, a partir dos cânones para desenhar rosto humano:
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Inicialmente, não tente representar ninguém. Faça o desenho, com o objetivo de ser
uma caricatura, apenas. Com o treino, você conquistará a prática necessária, para
representar alguém ou alguma coisa.
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Sugestão interdisciplinar:
Caricatura
Gênero textual que busca aumentar características de personagens, normalmente
pública, como políticos e artistas buscando gerar no receptor o sentimento de humor,
provocar risos.
A charge
É um tipo de texto, normalmente ligado à sátira, que busca criticar determinadas
situações e fenômenos que, no mais das vezes, reverberam no convívio social ou nos
fatores econômicos, sociais ou políticos da sociedade em questão, sendo até um
instrumento de registro histórico. Este gênero textual busca tratar de temas de
amplitude social maior, uma vez que os sujeitos leitores, para interpretarem os fatos
ali descritos, necessitam de habilidades e competências principalmente no sentido de
compreensão e intertextualidade.
Cartum
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O Cartum se comporta como um gênero textual cuja dimensão se dá também nos
campos de interesse social, mas que demandam do leitor uma sequência de
habilidades e competências menores, no sentido de estar informado sobre diversos
temas atuais. Neste gênero, há uma tentativa de universalidade, uma compreensão
facilitada para o leitor.
Historias em Quadrinho
Dá-se a este tipo de gênero um teor mais lúdico, embora nada retire dele a
possibilidade de ser altamente informativo, dependendo, é claro, da abordagem que
se dá aos textos ali escritos. Embora nada obste a possibilidade de uma história em
quadrinhos (HQ) sem palavras, é usual sua presença, de maneira que as palavras, no
mais das vezes, complementam as imagens que ali se encontram. Normalmente
tratam de histórias de ação, embora já se tenha casos em que histórias em quadrinhos
falem sobre assuntos de amplitude ecológica como, por exemplo, o aquecimento
global e a utilização consciente da água.
_______________________________________________________________
METODOLOGIA:
Aulas expositivas e atividades práticas de desenho.
Recursos motivadores: Imagens de obras artísticas elaboradas por artistas
consagrados e pesquisa em periódicos.
Atividade prática, desenvolver caricaturas.
MATERIAIS:
lápis 2B ou 4B, caneta hidrocor ou nanquim, papel sulfite.
VALIDAÇÃO:
Verificar se o estudante elaborou caricaturas e sem apreendeu sobre gênero textual.
HABILIDADES:
Os educadores envolvidos no projeto verificarão as habilidades, em seus alunos:
Identificar as habilidades de associar todos os conteúdos apresentados no projeto.
Verificar a criatividade, originalidade e imaginação no resultado final do processo.
OBJETIVO:
Levar o estudante a conhecer e reconhecer gêneros textuais existentes em
diferentes periódicos da mídia impressa e mídia eletrônica.
Pesquisa:
http://www.youtube.com/watch?v=k2XpaChnyTA#at=567
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Bibliografia
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ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane Galvão (Org.). Arte/Educação como
mediação cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009.
FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São Paulo:
Cortez, 2001.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010.
TEBEROSKY, Ana; TOLCHINSKY, Liliana. (org.). Além da alfabetização. São
Paulo: Ática, 2000.
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Aula 19 – Resumo Unidade II e Projeto
Sugestão interdisciplinar:
Caricatura
Gênero textual que busca aumentar características de personagens, normalmente
pública como políticos e artistas, buscando gerar no receptor o sentimento de humor,
provocar risos.
A charge
Cartum
Historias em Quadrinho
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Núcleo de Educação a Distância
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Dá-se a este tipo de gênero um teor mais lúdico, embora nada retire dele a
possibilidade de ser altamente informativo, dependendo, é claro, da abordagem que
se dá aos textos ali escritos. Embora nada obste a possibilidade de uma história em
quadrinhos (HQ) sem palavras, é usual sua presença, de maneira que as palavras, no
mais das vezes, complementam as imagens que ali se encontram. Normalmente
tratam de histórias de ação, embora já se tenha casos em que histórias em quadrinhos
falem sobre assuntos de amplitude ecológica como, por exemplo, o aquecimento
global e a utilização consciente da água.
_______________________________________________________________
- Só produz bons textos o aluno que elaborou boas leituras sobre o tema.
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12 Metodologia
13 Avaliação
14 Resultado Esperado
Boas aulas.
Pesquisa: http://www.youtube.com/watch?v=k2XpaChnyTA#at=567
Bibliografia
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Temática: HQ
Recomendação
Objetivos
Criação de personagens.
Comentário introdutório
Um personagem bem construído é fundamental para o funcionamento de uma história
e de sua narrativa. O estudante deve, através do roteiro, saber criar personagens
marcantes que consigam provocar na audiência as emoções desejadas, sejam elas
de atração ou de repulsa, amor ou ódio, preocupação ou indiferença.
Material
HQ de diferentes estilos para referência.
Caderno de desenho.
Lápis e borracha
Estratégias
1) Elaboração de uma história. Recomendam-se duas laudas;
2) Análise e elaboração de desenhos (figura humana ou desenho cômico)
Atividade
Proponha aos alunos que façam desenhos de seus personagens. Model Sheet 1.
Tempo da atividade 2 aulas. Características físicas, psicológicas, adereços entre
outros, para cada personagem.
Elaborar uma história. A história pode ser temática ou tema livre.
_______________________________________________________________
História em quadrinhos (HQ), quadrinhos ou gibis no Brasil, é uma manifestação
artística que conjuga texto e imagens com o objetivo de narrar histórias dos mais
variados gêneros e estilos.
São, em geral, publicadas no formato de revistas, livros ou em tiras publicadas em
revistas e jornais. Nos Estados Unidos são chamadas de comics
O termo "arte sequencial" (Sequential Art) foi criado por Will Eisner para definir "o
arranjo de fotos ou imagens e palavras para narrar uma história ou dramatizar uma
ideia", e é comumente utilizado para definir o estilo. Uma fotonovela e um infográfico
jornalístico também podem ser considerados formas de arte sequencial.
PLANO AMERICANO - Plano que enquadra a figura humana da altura dos joelhos
para cima.
PLANO GERAL - Plano que mostra uma área de ação relativamente ampla.
PLANO MÉDIO - Plano que mostra uma pessoa enquadrada da cintura para cima.
Resumo
Ver em:
http://www1.uol.com.br/ecokids/index.
htm http://www.willeisner.com/
http://www.druuna.net/
http://www.salaodehumordepiracicaba.com.br/html/links.html
Bibliografia
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010
_________
1 Na animação, uma folha de modelo, também conhecido como uma placa de caráter, ficha de
personagem, estudo de personagem ou simplesmente um estudo, é um documento usado para ajudar
a padronizar a aparência, poses e gestos de um personagem.
Recomendação
Objetivos
Conhecer as técnicas para desenho de história em quadrinhos – HQ.
Criação de personagens.
Elaborar uma história.
Comentário introdutório
Um personagem bem construído é fundamental para o funcionamento de uma história
e de sua narrativa. O estudante deve, através do roteiro, saber criar personagens
marcantes que consigam provocar na audiência as emoções desejadas, sejam elas
de atração ou de repulsa, amor ou ódio, preocupação ou indiferença.
Material
DE SANTOS
HQ de diferentes estilos para referência.
Caderno de desenho.
Lápis e borracha.
Estratégias
1) Elaboração de uma história. Recomenda-se duas laudas;
2) Análise e elaboração de desenhos (figura humana ou desenho cômico)
Atividade
Elaborar a primeira página HQ, a partir de plano geral e demais planos, conforme a
narrativa proposta.
_______________________________________________________________
História em quadrinhos (HQ), quadrinhos ou gibis no Brasil, é uma manifestação
artística que conjuga texto e imagens com o objetivo de narrar histórias dos mais
variados gêneros e estilos.
São, em geral, publicadas no formato de revistas, livros ou em tiras publicadas em
revistas e jornais. Nos Estados Unidos são chamadas de comics.
O termo "arte sequencial" (Sequential Art) foi criado por Will Eisner para definir "o
arranjo de fotos ou imagens e palavras para narrar uma história ou dramatizar uma
ideia", e é comumente utilizado para definir o estilo. Uma fotonovela e um infográfico
jornalístico também podem ser considerados formas de arte sequencial.
A história em quadrinhos baseia-se no cinema para estabelecer alguns critérios
gráficos em sua composição. Ou seja, com o cinema moderno algumas posições no
momento da filmagem são vastamente feitas, e a história em quadrinhos utiliza desse
recurso para compor sua narrativa
Os principais elementos da história em quadrinhos são: quadros, recursos gráficos,
onomatopeia, balões.
Figura 1
PLANO AMERICANO - Plano que enquadra a figura humana da altura dos joelhos
para cima.
PLANO GERAL - Plano que mostra uma área de ação relativamente ampla.
PLANO MÉDIO - Plano que mostra uma pessoa enquadrada da cintura para cima.
Resumo
Estudamos os principais elementos pertencentes à história em quadrinhos. Vale
salientar, que esta manifestação artística apresenta vários desenhistas, que
contribuem para a crítica das questões sociais e políticas de nosso país.
Ver em:
http://www1.uol.com.br/ecokids/index.
htm http://www.willeisner.com/
http://www.druuna.net/
http://www.monica.com.br/mauricio-site/
http://www.salaodehumordepiracicaba.com.br/html/links.html
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010
Bibliografia
Observe que as principais linhas, na bela aquarela de Pablo, são orientadas a partir
da Perspectiva Linear com um ponto de fuga.
Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998
BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane Galvão (Org.). Arte/Educação como
mediação cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009.
FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São
Paulo: Cortez, 2001.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010
Perspectiva
A perspectiva desenvolve representações gráficas em três dimensões, profundidade,
volume. Existem vários tipos de perspectivas e sua utilização se dará, tanto para os
critérios artísticos, quanto para diferentes modalidades da engenharia e arquitetura.
Desenho geométrico
O desenho geométrico parte da matemática, para a resolução de problemas ligados
à lógica. A palavra geometria é composta de duas palavras gregas: geos (terra) e
metron (medida). Sua origem deu-se da necessidade do homem de medir terrenos.
No entanto, a geometria serve até os dias atuais para solucionar problemas métricos,
como cálculos de área de figuras planas e volumes de corpos sólidos. Outros campos
da geometria são a geometrias descritiva, analítica, euclidiana, entre outras.
Resumo
Até aqui tivemos um breve panorama de algumas das modalidades do desenho.
Certamente, iremos explorar melhor nas próximas aulas.
No entanto, já podemos concluir que a linguagem visual do desenho propicia
inúmeras interpretações.
Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010.
Temática: O SUPORTE
Resumo
A utilização dos papéis corretos para cada técnica oferece um bom resultado na arte
final elaborada
Bibliografia
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010.
Bibliografia
COSTELA, Antonio. Xilogravura Manual prático. Campos do Jordão. Ed.
Mantiqueira. 1987.
das Letras, 1998.
_________________.Introdução à gravura e história da xilogravura. Campos
do Jordão. Ed. Mantiqueira. 1984.
ARGAN, G. C. Arte Moderna. São Paulo: Companhia
DOMINGUES, Diana (org.), A arte no século XX. A humanização das tecnologias.
São Paulo: UNESP, 1997.
GOMBRICH, E. H. Arte e ilusão. São Paulo: Edusp,1992.
GUIMARÃES, L. A cor como informação. São Paulo: Annablueme, 2000.
IAVELBERG, Rosa. Para gostar de aprender arte: sala de aula e formação de
professores. Porto Alegre: Artmed, 2002
MARTINS, Itajay. Gravura arte e técnica. Fundação Nestlé. 1987
MAYER, Ralph. Manual do artista. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
A palavra Geometria deriva dos termos gregos: geo (terra) e métron (medir), que
relaciona as propriedades de posição e formas de objetos no espaço. Ainda, analisa
forma, tamanho, posição, a partir de suas classificações através de cálculos ou do
desenho, identificado como desenho geométrico.
O desenho pode ser definido como a expressão gráfica da forma. Todas as coisas
que conhecemos e estamos habituados a ver apresentam formas geométricas. O
estudo dessas formas realiza-se pela sua comparação com uma série de formas
geométricas padronizadas que se encontram dentro da própria geometria.
Materiais adequados para as aulas de desenho geométrico:
Lapiseira 0,5 mm, régua de 30 cm, esquadros de 60 e 90 graus, compasso.
Retas paralelas – são retas que possuem medidas iguais entre seus pontos.
ÂNGULO
O ângulo é formado por semirretas distintas, de mesma origem. Seus elementos são:
vértice e semirretas. A região compreendida entre as duas semirretas denomina-se
região angular. Portanto, sua relação não está na dimensão da semirreta e sim em
sua abertura, ou seja, na região angular.
Polígonos
São figuras geométricas formadas por segmentos de retas e caracterizadas pelos
elementos: ângulos, vértices, diagonais e lados. Assim, de acordo com quantidade de
lados cada figura geométrica se caracteriza.
Pesquisa:
http://www.escolagames.com.br/jogos/formasGeometricas/
Resumo
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010.
Resumo
Bibliografia
Resumo
Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane Galvão (Org.). Arte/Educação como
mediação cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009.
FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São
Paulo: Cortez, 2001.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010.
Observe que há uma organização para as vistas. A Planta sempre ficará abaixo
e alinhada com a Elevação. Da mesma forma, a Lateral estará à direita e alinhada
com a Elevação.
Resumo
Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane Galvão (Org.). Arte/Educação como
mediação cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009.
FERRAZ, M. H. C.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São
Paulo: Cortez, 2001.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010.
Temática: Silhueta
Unidade 4 – Criação
Silhuetas
Acesse: http://reginasilveira.uol.com.br/
Bibliografia
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
Assim, a criatividade não ocorre num determinado período de tempo, mas sua
manifestação se dará com um exaustivo exercício de investigação dos fatores e
elementos que articulam uma resposta diferenciada, ou entendida socialmente como
diferente.
Algumas técnicas são utilizadas para se obter resultados satisfatórios e criativos.
A partir de estratégias que possam aumentar o interesse por determinados problemas
é sugerido aos temas propostos a “substituição, ou combinação, ou a adaptação”.
Exemplos:
O que você poderia fazer em vez disso?
O que você poderia combinar?
Fayga elucida que no processo de formar algo ou alguma coisa, em que na elaboração
e no desenvolvimento criativo esteja inserido o processo de transformação orientado
pela ação criativa, ou melhor, quando se transforma e adquire nova forma, o objeto
da criação se reafirma ou se configura em um novo objeto criativo.
Por intermédio da associação de idéias pode-se ter um mundo de possibilidades e
fantasias, ao pensar ou imaginar. Esta imaginação propicia uma capacidade de
perfazer uma série de atuações, associações de objetos, imagens, eventos, etc., e de
poder “manipulá- los” mentalmente. Nesse momento, a imaginação pode até ser
motivada para a ação da criatividade, o fazer ou a elaboração de algo criativo.
Ao sugerir ao aluno que crie um símbolo gráfico a partir de duas figuras geométricas:
um triângulo e uma circunferência podem-se obter inúmeros resultados positivos,
como nos exemplos abaixo:
_______________
1 YOUNG, James Webb. Técnica para produção de idéias. São Paulo: Nobel, 1994.
p 45.
4 Idem, p. 31