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APRESENTAÇÃO DO

INSTRUTOR
SO BMA02 KLEBER
 Formado pela Faculdade de Pedregulho em julho de 1981;
 Serviu no PAMA-LS de 1981-1991 e na BACG de 1991 a 2006;

 Trabalhou com C-95, L-42, T-6, T-23, T-25, T-27, U-7 e U-42;

 Estagiou na Woodward Governor Company em 1988;

 Atuou como Coordenador da Inspetoria e Supervisor Técnico;

 Possui mais de 25.500 h de Hélice e 13.000 h de Inspetoria;

 No momento, atua na S. de Planejamento e Controle do ESM-CO; e

 Cansou de esperar pelo Curso de Instrutores.


ROTEIRO

 Introdução
 Conceito e Aerodinâmica
 Sistema Principal
 Sistemas Auxiliares
 Sistema Elétrico
Associado
 Instrumentos do Sistema
 Alertas
 Conclusão
INTRODUÇÃO

Este módulo de ensino tem por finalidade


facilitar o treinamento dos mantenedores do
SISTEMA DE HÉLICE da aeronave C-95A.

E não deve ser utilizado nas tarefas operacionais ou


de manutenção, para as quais, deverão ser consultadas
as ORDENS TÉCNICAS específicas e aplicáveis.
E, contrariando as expectativas para o futuro das hélices de aviação,
este Dispositivo Mecânico tende a continuar por muito tempo.

Motor Sich D-27 propfan do An-70 (2 hélices - rotações opostas).


An-70 - Ucrânia/Rússia
C-130J - EUA
C-295 - ESPANHA
ALX - BRASIL
CONCEITO
HÉLICE DE AERONAVE
Dispositivo mecânico constituído de duas ou várias pás, que são
pequenos aerofólios irregulares, destinados a transformar o
movimento rotativo do motor, absorvendo-lhe a potência efetiva, em
movimento de translação da aeronave através do ar.
AERODINÂMICA DA HÉLICE

Fluxo de ar contrário e paralelo


ao deslocamento da aeronave.

Fluxo de ar contrário e
paralelo à trajetória da hélice.
Vento Relativo da Hélice (VRH)

 Avião parado com o motor funcionando:


O VRH é paralelo ao plano de rotação da
hélice, portanto o ângulo de ataque é igual
ao ângulo de incidência.

 Avião em movimento:
A linha do VRH muda à medida que a
velocidade do avião aumenta, reduzindo o
âng. de ataque, portanto o âng. de ataque
em vôo é sempre menor que o âng. de
incidência .
ESTAÇÕES DA PÁ
 São paralelas sucessivas
LC traçadas a partir da linha
básica de referência (linha
central do eixo do motor), com
6” intervalos de 6” até a
extremidade da pá.
12”
 Servem de base para
inspeções, reparos e medições
18” angulares.
 Possuem ângulos de ataque
24”
e de incidência diferentes.
30 POL
ESTAÇÃO DE 30”
REFERÊNCIA

36”

42”
Cortando-se a pá em uma de suas Estações encontraremos o perfil do aerofólio.
PERFIL DO AEROFÓLIO
Representação gráfica de um aerofólio (asa ou pá de hélice) em
corte transversal, do bordo de ataque ao bordo de fuga.

AEROFÓLIO
É toda superfície com curvatura capaz de produzir reações úteis, sustentação ou
tração, quando em movimento através do ar.
SUSTENTAÇÃO OU TRAÇÃO
FORÇA AERODINÂMICA ÚTIL PRODUZIDA PELO AEROFÓLIO

Perfil da Hélice
V.R. (rotação direita)

TRAÇÃO
Perfil da Asa

Vento Relativo

Bernoulli - 70 a 100%

Newton - 0 a 30% SUSTENTAÇÃO


RESULTANTE AERODINÂMICA (RA)
LINHA TEÓRICA RESULTANTE DA SUSTENÇÃO x RESISTÊNCIA AO AVANÇO

R
A
R TQ
T
A O
S R
Q
U
E
TR
TRAÇÃ
R ao Avanço O

Rotação
VENTO RELATIVO ANV DIR.

VENTO RELATIVO HÉL


MOVIMENTOS DA HÉLICE

ROTAÇÃO: movimento da hélice em torno de seu eixo.


TRANSLAÇÃO: movimento da hélice para frente puxando o avião.
TRAJETÓRIA: movimento que determina a direção do vento relativo
e resulta dos movimentos de rotação e translação.

TRAJETÓRIA

ROTAÇÃO
TRANSLAÇÃO
FORÇAS ATUANTES NA HÉLICE

Força de Flexão de Torção


Tende a girar a hélice no sentido contrário da rotação do eixo do
motor, devido à resistência que as pás encontram ao girar (torque).

Força de Flexão de Empuxo


Tende a levar as pontas das pás para frente, no mesmo sentido G
do vôo, devido a espessura das mesmas. I
R
O
Força Centrífuga
Tende a arrancar as pás da unidade central (cubo).

Momento Centrífugo de Torção


Tende a girar as pás no cubo no sentido de diminuição de ângulo.

Momento Aerodinâmico de Torção


Tende a girar as pás no cubo no sentido de aumento de ângulo.
CONSTITUIÇÃO DA HÉLICE
Toda hélice é constituída basicamente por cubo e pás, cujo tipo de fabricação
estabelecerá a diferença entre a hélice de passo variável e a de passo fixo.

CUBO
- peça central para fixação das pás.

PÁS
- aerofólios irregulares que atacam a
massa de ar.
HÉLICE HIDROMÁTICA
Hélice que opera automaticamente utilizando um sistema hidráulico.
HÉLICE DE VELOCIDADE CONSTANTE
Hélice com cubo e pás separados, dotada de
um mecanismo de mudança angular das pás
que possibilita o controle automático de
aumento e diminuição do ângulo de
incidência (ângulo passo), mantendo
constante a velocidade da hélice, a
velocidade do avião e as rotações do motor,
independente das variações atmosféricas ou
atitudes do avião.
HÉLICE DE PASSO FIXO
Hélice em que o conjunto cubo-pás são
fabricados num só bloco, impedindo a
variação angular das pás e prejudicando o
rendimento do motor.
PASSO EFETIVO E ÂNGULOS

• PASSO EFETIVO - distância percorrida pela hélice numa volta,


determinando a força de Tração da hélice.

• ÂNGULOS - posições adotadas pelo perfil da pá em suas


estações e demonstrados por linhas imaginárias.
ÂNGULO DE INCIDÊNCIA ÂNGULO DE ATAQUE
Depende da posição do bordo de Depende da posição do vento relativo
ataque das pás. da hélice, que por sua vez depende
da velocidade da aeronave.
Formado pela corda e o plano de
rotação. Formado pela corda e o vento relativo
da hélice.

P
17º
L TRAÇÃO
A +
N
O CORDA CORDA
D
E
R
O
T
A
Ç
Ã
O
ÂNGULOS DA HÉLICE

Ângulos de INCIDÊNCIA ou Ângulos PASSO


Formados entre a linha da corda da pá, nas várias estações, e a linha do plano
rotação (perpendicular ao eixo do motor).
Quando aferido na estação de referência e, de acordo com o valor angular
estabelecido, recebe nomes como: passo bandeira, passo mínimo de vôo, passo
nulo ou zero, passo reverso e outros.
Ângulos de ATAQUE
Formados entre a linha da corda da pá, nas várias estações, e a linha do vento
relativo da hélice, que se movimenta de acordo com a velocidade da aeronave.
À medida que a velocidade vai aumentando, o ângulo de ataque vai diminuindo.
Ângulo de “STOLL”
É a máxima abertura do ângulo de ataque onde a tração da hélice cai a zero, em
função das turbulências ocorridas no dorso da pá.
PASSOS DA HÉLICE
BANDEIRA
Posição em que as pás ficam paralelas ao vento relativo do avião ( 180º), não
produzindo tração com o motor girando e nem arrasto com o motor cortado.
MÁXIMO
Maior ângulo especificado pelo fabricante que a hélice ainda produz tração,
oferecendo maior arrasto e mais tração com menor velocidade da hélice e da anv.
MÍNIMO
Menor ângulo especificado pelo fabricante que ainda produz tração, oferecendo
menor arrasto e menos tração com maior velocidade da hélice e da aeronave.
NULO ou ZERO
Posição em que as pás não produzem tração, mas uma enorme resistência ao
avanço (arrasto) da aeronave, atuando como um redutor de velocidade.
REVERSO
Posição de ângulo negativo, onde a hélice passa a produzir tração negativa,
empurrando o avião para trás e agindo como freio aerodinâmico.
HÉLICE DE PASSO CONSTANTE

Hélice cujo os ângulos


de incidência vão
diminuindo
gradativamente do
centro para a ponta
nas várias estações de
cada pá (aerofólio irregular),
produzindo a mesma força de
tração do centro de rotação até a
ponta.
Toda hélice de aviação é de passo
constante por construção.

HÉLICE
GEOMÉTRICA
HÉLICE GEOMÉTRICA DE PASSO CONSTANTE

Ao retificarmos os dois cilindros (2r), independente do comprimento do raio, cada ponto


descreve sua rotação (trajetória) - no cilindro menor, curta; no cilindro maior, longa -
mantendo um movimento de translação idêntico, ou seja, a mesma distância avançada
(passo) em cada rotação para os dois pontos.
E PARA F I N A L I Z A R . . .

Próxima Fase: SISTEMA PRINCIPAL

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