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Uma proposta de avaliação do nível de estresse da equipe de enfermagem que atua no setor de
emergência
Florianópolis (SC)
2014
Uma proposta de avaliação do nível de estresse da equipe de enfermagem que atua no setor de
emergência
2014
FOLHA DE APROVAÇÃO
_____________________________________
Profa. Dra. Maria Bettina Camargo Bub
Orientadora da Monografia
_____________________________________
Profa. Dra. Vânia Marli Schubert Backes
Coordenadora do Curso
_____________________________________
Profa. Dra. Flávia Regina Souza Ramos
Coordenadora de Monografia
FLORIANÓPOLIS (SC)
2014
AGRADECIMENTOS
A tutora Joice Cristina Guesser, pelo seu acolhimento, atenção e boa vontade sempre, muito
obrigada.
A amiga Sherlinete pela sua sempre boa vontade e amizade desde a minha inscrição no curso até
hoje, muito obrigada.
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 1
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................... 3
3 MÉTODO............................................................................................................................ 6
4.RESULTADOS ESPERADOS.......................................................................................... 9
5. CONCLUSÕES.................................................................................................................. 10
REFERÊNCIAS.................................................................................................................... 11
APÊNDICES E ANEXOS.................................................................................................... 12
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
O interesse em estudar o estresse surgiu pelo fato de atuar em uma grande unidade de
emergência, localizada no bairro do Leblon na cidade do Rio de Janeiro. Ao iniciar neste setor e a
partir da realização da pós-graduação, observei que os servidores estavam adoentados,
estressados, desmotivados e resistentes para se envolverem em qualquer modificação para
melhoria da qualidade dos serviços prestados a população.
extensa, se tem múltiplos vínculos de trabalho. Tudo isto tem contribuído para a instalação do
sofrimento e o estresse. O profissional não é preparado para lidar com tais situações.
A partir disso surgiu a seguinte pergunta de pesquisa: qual o nível de estresse da equipe de
enfermagem que atuam no serviço de emergência de um Hospital Geral do Rio de Janeiro? Este
estudo tem por objetivo:
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 O estresse
O estresse se manifesta por meio de sinais e sintomas. É preciso estar atento e reconhecer
estas manifestações nos profissionais quando eles estão estressados e propiciar, o quanto antes, o
tratamento da doença, possibilitando a recuperação e retorno às atividades.
estresse e fadiga mental, vivenciado por muitos profissionais quando atingem o estado de
exaustão (DIAS et.al, 2005, p.7).
A partir da minha experiência penso que o espaço físico da maioria das unidades de
emergência do Rio de Janeiro é semelhante. Há três anos, o cuidado era muito difícil, a demanda
de clientes nas mais diversas situações era intensa. Não tínhamos tempo para pensar; era chegar
ao plantão e iniciar as atividades. Atendíamos em torno de 800 pacientes com várias ocorrências
nas vinte quatro. Havia dias que não podíamos nem transitar pela unidade de tantas macas
acumuladas, variedade de casos, problemas sociais, pacientes graves em ventilação mecânica,
não havia uma rotina nem planejamento. Tudo isso deixava o ambiente fecundo ao estresse.
insatisfação quanto à qualidade da assistência prestada. Cabe ressaltar que as tarefas do pessoal
de nível médio são ainda mais intensas, repetitivas, e mal valorizadas.
Segundo Dejours (2001) executar uma tarefa sem investimento material ou afetivo exige a
produção de esforço e de vontade, em outras circunstâncias suportadas pelo jogo da motivação e
do desejo. A vivência depressiva se alimenta da sensação de adormecimento intelectual, de
anquilose mental, de paralisia da imaginação e marca o triunfo do condicionamento ao
comportamento produtivo.
3 MÉTODO
A coleta de dados ocorrerá no setor de emergência, no mês de julho de 2014. Para tanto foi
desenvolvido um instrumento de coleta de dados (anexo 1) com base no estudo realizado por
Mizobuchi & Cury (2007).
Neste instrumento constam situações relacionadas com o dia-a-dia do trabalho de
enfermagem, na qual os profissionais indicarão se as situações são fontes de tensão ou estresse.
1) Excesso de atividades
2) Remanejamento por falta de funcionários
3) Transferência para outro setor para conhecer um pouco de cada área
4) Escalas mensais em turnos rotativos
5) Baixa remuneração como causa de múltiplos vínculos
6) Aprimoramento de conhecimentos por conta própria;
7) Necessidade de demonstrar autocontrole durante todo o período de trabalho
8) Risco de acidentes de trabalho com perfuro-cortantes.
9) Lidar com o sofrimento do paciente e sua família, oferecendo apoio psíquico e espiritual.
10) Horas-extras por falta de substituição
11) Atrasar o horário de saída para atender uma urgência/emergência.
12) Barulhos e ruídos constantes de aparelhos em funcionamento.
13) As chamadas constantes dos pacientes
14) Falta de material com necessidade de adaptação e improvisação do profissional para a
execução das tarefas diárias.
15) Elaboração das escalas de serviço para equipe de enfermagem.
16) Responsabilidade no preparo e aplicação de medicamentos.
17) A sensação de estar sendo vigiado constantemente por administradores, equipe médica e
de enfermagem, pacientes, familiares.
18) Espaço físico inadequado para a realização das atividades.
19) Falta de participação nas decisões e planejamento.
20) Advertências e punições.
21) Falta de clareza, quanto ao seu papel na instituição, submetendo–se muitas vezes às
atividades e tarefas que não são de sua competência.
22) Cobranças, autoritarismo, rigidez e inflexibilidade por parte da equipe.
23) Características motivacionais no ambiente de trabalho por parte da instituição.
24) Normas, rotinas, costumes e leis da instituição.
25) Falta de segurança e estabilidade no trabalho.
26) Submissão vivenciada pela equipe de enfermagem à equipe médica.
27) Indisponibilidade de treinamento e orientação
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A análise será realizada por meio de estatística descritiva, com medidas de tendência
central (média, moda, mediana), frequência e desvio-padrão, A análise estatística será realizada
utilizando o software SPSS®.
Apesar de os riscos serem mínimos, será garantido aos participantes que todos os
possíveis riscos de saúde ou integridade moral serão evitados. Não serão emitidos julgamentos
nem tratamentos diferenciados aos participantes do estudo.
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4. RESULTADOS ESPERADOS
Esse estudo possibilitará uma visão da atividade da equipe de enfermagem que trabalha
com paciente em risco iminente de vida, em local específico da enfermagem, a emergência. É
fato que, para a prática de atendimento satisfatória, os enfermeiros e enfermeiras necessitam ter
melhores condições de trabalho, o que requer uma atenção especial por parte dos gestores para
que os mesmos possam compreender as necessidades e buscar ações que enfatizam a
transformação dos fatores que ocasionam o surgimento do estresse nos profissionais de saúde.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERENCIAS
BEZERRA, Francimar Nipo; SILVA, Telma Marques da; RAMOS, Vânia Pinheiro. Estresse
ocupacional dos enfermeiros de urgência e emergência: Revisão Integrativa da Literatura. Acta
paul. enferm., São Paulo , v. 25, n. spe2, 2012 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
21002012000900024&lng=en&nrm=iso>. access on 12 May 2014.
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002012000900024.
DEJOURS, Claristophe. A Loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. 5ª. Ed. São
Paulo: Cortez-Oboré, 1992.
MIZOBUCHI LEC, CURY CFMR. Estresse na enfermagem: mensuração das situações geradoras
em um hospital geral. Rev Inst Ciênc Saúde. 2007; 25(4):349-55
LIPP MEN, Inventário de Sintomas de Stresse para Adultos de LIPP(ISSL). São Paulo: Casa do
Psicólogo; 2000.
ROCHA, RM. Enfermagem em saúde mental. 2ª edição atualizada e ampliada. Editora Senac.
Rio de Janeiro. 2005.
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APÊNDICES
PARTE 1
Sexo: feminino ( ) masculino ( )
Faixa etária: ( ) 20 a 30 anos
( ) 31 a 40 anos
( ) 41 a 50 anos
( ) mais de 50 anos
Cargo:
Unidade a que pertence:
Tempo de formado: ( ) menos de 1 ano
( ) de 2 a 5 anos
( ) de 6 a 10 anos
( ) 11 a 15 anos
( ) mais de 16 anos
Cursos de pós-graduação: ( ) não
( ) sim, qual (is)
Tempo de trabalho nessa unidade:
PARTE 2
Leia cuidadosamente cada uma das sentenças listadas abaixo, que apontam situações comuns à
sua atuação no setor de emergência. Indique se elas representaram para você fontes de tensão ou
estresse, de acordo com a seguinte escala:
(1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre.
(1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre
3. Quando sou transferido para outro setor para conhecer um pouco de cada área.
(1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre
10. Fazer hora-extra quando tenho que esperar o colega atrasado para passar plantão.
(1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre
13. As constantes chamadas dos pacientes, sendo muitas vezes sem um motivo aparente.
(1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre
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17. A sensação de estar sendo vigiado constantemente por administradores, equipe médica
e de enfermagem, pacientes, familiares.
(1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre
21. Falta de clareza, quanto ao seu papel na instituição, submetendo–se muitas vezes às
atividades e tarefas que não são de sua competência.
(1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre
MIZOBUCHI LEC, CURY CFMR. Estresse na enfermagem: mensuração das situações geradoras
em um hospital geral. Rev Inst Ciênc Saúde. 2007; 25(4):349-55.