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Sumário
Este trabalho teve como objetivo o estudo da condutividade elétrica e sua aplicação analítica, para
tal foi determinado a condutividade das soluções de CH3COOH, HCl, KOH, CU(NO3)2, KNO3, Etanol e
estudado o efeito e natureza das espécies iónicas em solução.
Foi medido o valor da condutância pelo método direto das amostras de água da torneira, água
desionizada e água ultrapura, aplicando-se a análise condutimétrica pelo Método Direto e a realizado a
análise condutimétrica por Titulação com NaHO de uma solução mistura de HCl e CH3COOH.
Na condutimetria fez-se uso de corrente alternada para medir as condutâncias e do software Excel
para realizar os cálculos necessários para elaboração do gráfico da curva de titulação e das rectas de
regressão linear referentes as 3 etapas da titulação.
Índice
1. Introdução ................................................................................................................................. 3
2. Parte Experimental .................................................................................................................... 7
2.1 Procedimento Experimental ......................................................................................... 7
3. Resultados e Discussão ............................................................................................................. 8
4. Conclusão ................................................................................................................................ 11
Bibliografia .................................................................................................................................. 12
Anexos ......................................................................................................................................... 13
1. Introdução
As medições condutimétrica começaram no século 18, quando Andreas Baumgartner notou que sal e
minerais das águas de Bad Gastein, na Áustria conduziam eletricidade. Assim a Condutimetria que é
frequentemente usada atualmente para testar a eficácia dos sistemas de purificação de água, começou
em 1776. Friedrich Kohlrausch desenvolveu a Condutimetria na década de 1860, quando aplicou corrente
alternada à água, ácidos e outras soluções. Foi também nesta época, que Willis Whitney, estudou as
interações de complexos de ácido e sulfato de cromo sulfúrico, e encontrou o primeiro ponto final
condutimétrico. A Condutimetria sofreu grande avanço com o desenvolvimento do elétrodo de vidro, que
começou em 1909. [4]
Existem dois tipos de análises condutimétricas, que são: a Condutimetria Directa e as Titulações
Condutimétricas.
CONDUTIMETRIA DIRECTA
TITULAÇÕES CONDUTIMÉTRICAS
Na figura 1 temos um exemplo de gráfico de Curva de Titulação, que corresponde a duas linhas
retas com inclinações diferentes, que extrapoladas para o ponto de encontro nos dão o ponto de
equivalência da titulação. Analiticamente o ponto de equivalência é determinado igualando as
equações das duas retas.
Algumas vantagens das titulações instrumentais em relação às titulações clássicas podem ser
apontadas como: Não necessitam de indicador corado; Permitem a localização do ponto final
mesmo em soluções coradas fluorescentes ou turvas; Podem obter-se pontos de equivalência
sucessivos de diferentes componentes numa mistura; Podem realizar-se titulações em meio não
aquoso.
Nos condutores metálicos a corrente é assegurada por um fluxo de eletrões, nos condutores
eletrolíticos a corrente é assegurada por um fluxo de iões, em ambos os casos verifica-se a lei de Ohm. [1]
Quando se aplica uma diferença de potencial entre dois elétrodos numa solução, os iões dissolvidos
migrarão para os elétrodos, por exemplo iões de sódio (Na+) migrarão para o elétrodo negativo e iões
cloreto (Cl-) para o elétrodo positivo. Esta migração de iões constitui o fluxo da corrente elétrica através
da solução e esta corrente será tanto maior quanto mais concentrada for a solução, porque maior será o
nº de iões que se movem no seu interior. Contudo, a corrente depende não só do nº de iões presentes
mas também da velocidade com que estes se movem. É por esta razão que uma solução de 1M em ácido
clorídrico tem uma condutividade muito maior do que uma solução 1M em cloreto de sódio (o
hidrogénião move-se através de uma solução aquosa, com uma velocidade cerca de sete vezes superior à
do ião sódio).
Equação1
Para medir a condutividade elétrica duma solução introduzem-se nesta dois elétrodos de metal
inerte, por exemplo platina, de igual tamanho e forma, colocados em frente um do outro. Nestas
condições entre os dois elétrodos ficará uma coluna de líquido e a resistência elétrica será função
somente das dimensões da coluna, da natureza da solução e da temperatura.
Com a passagem da corrente alterna através desta coluna de líquido dá-se a inversão a cada meio
ciclo, pelo que primeiros os iões negativos de depois os positivos serão atraídos para a superfície do
elétrodo. A energia elétrica é consumida e convertida em calor provocado por este movimento iónico.
Deste modo forma-se o equivalente a um condensador elétrico, com capacidades de centenas ou
milhares de microfarads por cm2. ” [2]
“ρ”, a resistividade (ohm cm), é numericamente igual ao inverso da condutibilidade pelo que:
𝐼 1 𝑄
𝑘 = 𝐴 ∗ 𝑅 = 𝑅 𝑜ℎ𝑚−1 𝑐𝑚−1 Equação 3
Figura 2 – Esquema elétrico duma célula de condutividade, a ideia básica é aplicar um determinado potencial aos dois
elétrodos da célula e medir a corrente elétrica, os valores de voltagem e da corrente permitem determinar a condutibilidade.” [3]
A constituição da célula é formada por duas lâminas de Pt, de igual tamanho e forma,
mantidas a uma distância fixa entre si e revestidas de uma fina camada de negro de platina (platina
platinizada). Este serve para aumentar a área dos elétrodos de modo a diminuir os efeitos de polarização
aquando da passagem da corrente elétrica.
A figura 3 mostra o detalhe de uma célula condutimétrica, a constante da célula é dada pela
expressão:
𝑑
𝑘 = 𝐴 𝑐𝑚−1 Equação 4
A constante da célula é uma grandeza característica de cada célula e os eu valor tem tendência a
aumentar porque a área dos elétrodos diminui ligeiramente. Esta diminuição de área é devida à
desagregação do negro de platina da superfície dos elétrodos.
2. Parte Experimental
Equipamento
• Condutivímetro
• Célula condutimétrica
Reagentes
• Solução de HCl e NaHO
3. Resultados e Discussão
Na análise do ponto 1 do procedimento experimental o valor da solução de KCl 0,01 mol/L de acordo
com o manual do equipamento deveria ser de 1,278 mS/cm, sendo medido o valor de 1,318 mS/cm . O
erro absoluto obtido na calibração foi de 0,04 mS/cm e o erro relativo percentual de 3,03% . Esta variação
não foi possível compensar no aparelho.
Onde se observa que para a mesma solução de KCl à medida que a concentração molar diminui a
condutividade elétrica diminui como expectado pela equação (1). Esta relação é intuitiva pois quantos
mais iões em solução transportarem corrente maior será a condutividade para uma força promotora fixa
ou seja o mesmo potencial ΔV.
Ocorre que para as mesmas concentrações compostos de catiões e aniões permitem a passagem da
eletricidade, porém em quantidades diferentes para cada material. Compostos de Hidrogênio são aqueles
que melhor conduzem essa eletricidade, seguidos dos peróxidos e cloretos.
Até o ponto de equivalência o resultado desta reação é a substituição de H+ por Na + da qual resulta
uma diminuição da condutividade pois a condutividade do H+ “ 349,8 S/cm2/mol-1”[2] é muito maior que a
condutividade de qualquer outro catião. Depois do ponto de equivalência adiciona-se um excesso de Na+
e HO- e a condutividade começa de novo a aumentar.
Tabela 3 - Valores das condutâncias na titulação com NaOH de uma solução de 50 mL da solução mistura (HCl e CH3COOH)
G
V (mL) G* = (V + Vin)/Vin
(mS/cm)
2,50 1,806 1,906
2,60 1,775 1,878
3,00 1,662 1,773
3,30 1,602 1,719
3,70 1,543 1,670
4,10 1,516 1,654
4,60 1,513 1,668
5,10 1,533 1,707
5,60 1,562 1,756
5,90 1,587 1,795
6,50 1,643 1,880
7,00 1,695 1,959
7,50 1,749 2,041
8,00 1,800 2,120
9,00 1,920 2,304
10,0 2,040 2,493
Na figura 4 mostra-se o perfil da curva de titulação, com as respetivas retas de regressão linear as
quais utiliza-se para o cálculo dos volumes V1 e V2, conforme no anexo.
Com os quais foi possível encontrar as concentrações de HCl = 0,0115 mol/L e CH3COOH= 0,0167
mol/L
2,600
y = 0,1709x + 0,7683
R² = 0,9973
2,400
2,200
1ª Etapa
G* (mS/cm)
y = -0,1632x + 2,289
2ª Etapa
2,000 R² = 0,9308
3ª Etapa
Linear (1ª Etapa)
1,800 Linear (2ª Etapa)
Linear (3ª Etapa)
1,400
2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00 10,00 11,00
V (mL)
Figura 4 – Perfil da Curva de Titulação com NaOH de uma solução de 50 mL da solução mistura (HCl e CH3COOH)
4. Conclusão
Na 2 ª etapa da titulação, o ponto equivalente onde a recta de regressão tem o menor declive
representa: Cl− → CH3 COO− ↑ Na+ ↑.
Bibliografia
[1] Godinho, Maria Isabel C.C, 2005. Análise Instrumental II, Depto Eng. Quimica, ISEL
[2] M.L.S.S., Gonçalves, "Métodos Instrumentais para Análise de Soluções",4ª ed., Fundação Calouste
Gulbenkian, Lisboa (2001)
[3] Calhorda, 1993 “Técnicas Experimentais – Condutimetria” Depto Eng. Quimica, IST, Lisboa
[5] https://www.agsolve.com.br/noticias/como-e-porque-medir-a-condutividade-eletrica-ce-com-
sondas-muiltiparametros em 15/10/2016
nH+ = nHO−
Equações:
H + + HO− → H2 O
𝑥 = 4,09
𝑥 = 5,95
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