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Apostila Sistemática de Criptógamas PDF
Apostila Sistemática de Criptógamas PDF
PREFÁCIO
Esta apostila foi elaborada por alunos bolsistas do Projeto Institucional de Bolsas
de Ensino de Graduação da Universidade Federal de Uberlândia com a finalidade de
servir como um guia de aulas práticas da Disciplina de Sistemática de Criptógamas. A
apostila traz um texto introdutório sobre Sistemática Vegetal, já que esta é a primeira
Disciplina de Botânica, no currículo atual, ministrada para o Curso de Graduação em
Ciências Biológicas da UFU, além de textos complementares antes de cada protocolo de
aula prática. Anexos aos protocolos de aulas práticas, encontram-se chaves dicotômicas
ilustradas (exceto para fungos) e glossários para cada um dos grupos abordados –
fungos, algas, briófitas e pteridófitas. No final da apostila, apresentamos algumas
sugestões de atividades práticas como um guia para trabalho de campo.
Os grupos abordados na apostila são os tradicionalmente ensinados na Disciplina
de Sistemática de Criptógamas, embora fungos e a maioria das algas não sejam
considerados como Criptógamas nos Sistemas de Classificação atuais. Os fungos são há
muito tempo estudados com as plantas por serem multicelulares e sésseis e continuam
fazendo parte das Disciplinas de Botânica em boa parte das Universidades Brasileiras. As
algas são um grupo artificial que engloba desde cianobactérias até protistas clorofilados
uni- e multicelulares, além de alguns de seus parentes não-pigmentados. Briófitas e
pteridófitas são os componentes mais basais do Reino Plantae e apresentam as
características que foram fundamentais à colonização do ambiente terrestre.
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SUMÁRIO
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO
arbustos, subarbustos e ervas e muitos dos nomes atuais de plantas têm sua origem no
nome dado por Theophrastus. Dioscórides (100 dC) foi um importante Botânico e uma de
suas missões foi melhorar o serviço médico do Império Romano. Coletou plantas em toda
a Europa e escreveu o livro “Materia Medica” com descrições de aproximadamente 700
espécies de plantas medicinais. Durante a Idade Média houve pouco progresso no
conhecimento das plantas na Europa, havendo algum progresso no mundo Islâmico. San
Alberto Magno (1193-1280 aprox.) escreveu “De vegetabilis” com descrição detalhada de
muitas plantas e supostamente foi o primeiro a distinguir monocotiledôneas e
dicotiledôneas. Com o surgimento da imprensa nos séculos XVI e XVII, o interesse e
difusão da Botânica aumentaram bastante com muitas publicações, principalmente na
Alemanha. Curiosamente, as civilizações chinesa e hindu alcançaram o nível de
conhecimento Botânico existente na Europa no século XVI muito antes deste período,
desenvolvendo culturas importantes como as do arroz, feijão, laranja, pimenta do reino,
dentre outras. No início do século XVI, os Herbalistas que se interessavam principalmente
pelas características curativas das plantas, descreveram e ilustraram minuciosamente
muitas espécies de plantas. Leonhart Fuchs destacou-se pela descrição de 500 espécies
e pela elaboração de um glossário em sua obra “De historia stirpium commentarii
insignes”.
Sistemas Artificiais
Os sistemas artificiais têm como único objetivo ser um meio conveniente de situar
uma planta dentro de uma classificação e contribuir para sua identificação. Não tem
qualquer preocupação de mostrar relações de afinidade. Caesalpino, Bauhin, Ray e
Tournefort são pesquisadores de destaque nos séculos XVI e XVII. Adrea Caesalpino
(1519-1624) reconheceu grupos considerados naturais nos dias de hoje. Caspar Bauhin
(1560-1624) é autor de uma obra com descrição de 6000 plantas e seus sinônimos e
distingue pela primeira vez os conceitos de gênero e espécie, conferindo grande
importância à sua obra. John Ray (1627-1705) apresenta um Sistema de Classificação
baseado principalmente nas características de estruturas reprodutivas, sendo o avanço
mais importante na botânica teórica do século XVII. Ao utilizarem muitos caracteres, os
grupos finais das classificações tendem a ser naturais e a maioria é reconhecida
atualmente. Entretanto, ao utilizar o porte como o primeiro nível de classificação, dois ou
mais grupos naturais encontram-se separados no sistema. Carl Linnaeus (1707-1778) é o
pai da taxonomia como é conhecida atualmente, por ter criado o sistema binomial de
nomenclatura. Em suas obras “Systema naturae”, “Genera plantarum“ e “Species
plantarum” criou um sistema muito útil para identificação de plantas baseado apenas em
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NOMENCLATURA BOTÂNICA
Tipos nomenclaturais
Holótipo: espécime eleito como tipo do nome na publicação original.
Isótipo: outros ramos da mesma planta do holótipo, ou seja, duplicatas.
Parátipos: qualquer espécime além do holótipo.
Síntipos: espécime da descrição original onde não elegeu-se o holótipo.
Isosíntipo: qualquer espécime além dos síntipos.
Lectótipo: é um espécime selecionado entre isótipo, parátipo, sintipo ou isosíntipo quando não elege-se o
holótipo ou este desapareceu.
Paralectótipo: são os síntipos que remanesceram após a seleção do lectótipo.
Neótipo: é um espécime novo que será coletado para colocar no local da série tipo quando esta se perder
ou não existir mais.
3.Prioridade na Publicação: O nome correto para um táxon é o primeiro nome que foi
publicado de acordo com as regras de nomenclatura. Em alguns casos, os nomes mais
utilizados não são os publicados primeiro, o que ocorre devido à sua ampla aceitação
como é o caso de algumas famílias de angiospermas.
4.Cada Táxon Tem Apenas Um Nome Válido
Não são aceitas homonímias ou sinonímias.
Sinonímia: nomes publicados tardiamente para um táxon já descrito ou nomes que
não obedeçam às regras de nomenclatura.
Homonímia: um nome já publicado validamente para um táxon que é dado
posteriormente a outro táxon.
5.Latim
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Os nomes das espécies devem estar de acordo com o sistema lineano, onde o
nome do gênero deve ser escrito com inicial maiúscula e o epíteto específico com inicial
minúscula. Caso escritos à mão, devem estar sublinhados; se digitados, devem estar em
itálico. Exemplo:
6.Retroatividade do Código
As regras de nomenclatura são retroativas, a menos que expressamente limitadas.
Ressalvas:
Tautônimos: Não são válidos tautônimos como Rodobryon rodobryon
Subespécie: apesar de não ser obrigatória, a abreviação subsp. pode ser usada entre os
epítetos específicos.
Ex: Jacaranda decurrens subsp. symmetrifoliolata
Variedade: a abreviação var. torna-se necessária entre os epítetos específicos para se
diferenciar de subespécie.
Ex: Kielmeyera coriacea var. intermedia
Híbrido: coloca-se o símbolo ‘x’ entre o binômio escolhido.
Ex: Musa x paradisíaca
Cultivar: insere-se entre aspas após o nome da espécie o nome dado ao cultivar. Não
existem regras específicas para se nomear um cultivar, podendo, inclusive tratar-se de
números.
Ex: Lactuca sativa “moreninha-de-Uberlândia”
Espécie nova: publicação válida
I- Publicação efetiva: trabalhos publicados em revistas científicas amplamente disponíveis
(disponíveis para venda, troca e doação).
II- Obedece a regra de prioridade.
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PROCEDIMENTOS EM UM HERBÁRIO
1). Deverá ser feita a troca regular dos jornais que estiverem úmidos no caso de plantas
mais crassas. O material botânico é considerado seco quando apresentar-se rígido, sem
flexionar ao ser suspenso e sem umidade ao toque. A secagem na estufa: é feita através
de calor artificial e pode demorar de 12 horas a uma semana dependendo do material. O
objetivo dessa técnica é retirar a água para que não haja proliferação de certos fungos e
bactérias sobre o exemplar, além de tornar a planta laminar e fácil de ser guardada.
Posteriormente, a exsicata será montada, o que consiste em colar envelopes com a
planta inteira no caso de briófitas e nos demais casos colar ou costurar ramos com folha,
flor e/ou fruto no centro de um pedaço de cartolina de 33 x 45 cm (figura 1). No canto
superior esquerdo da cartolina, pode ser adicionado um envelope com pequenos
fragmentos da amostra. No canto inferior direito é afixada a etiqueta do Herbário, onde
estão registrados os dados da planta, do local e ambiente de coleta, e do coletor (figura
2). Os espécimes devem ser fixados em cartolinas por cola ou costurados nas mesmas.
Geralmente, as exsicatas são armazenadas em pastas separadas por gênero e em
armários separados por família. O herbário não está invicto do ataque de insetos ou
fungos, por isso as exsicatas devem estar armazenadas em locais apropriados e que
evitem a umidade, além de serem tratadas com produtos químicos como cânfora,
naftalina e gás cianídrico.
Figura 1: Esquema de prensagem, secagem e montagem das exsicatas elaborado pelo Prof. Dr. Paulo Eugênio A. M. de Oliveira
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A ETIQUETA DO HERBÁRIO
Figura 2: Esquema da etiqueta do Herbarium Uberlandense (HUFU) elaborado pelo Prof. Dr. Paulo Eugênio A. M. de Oliveira
amostras ainda devem ser fixadas na solução de Transeau na proporção de 1:1 com a
água da amostra. As soluções de FAA 50%, FPA50% e Lugol (10% em relação ao volume
da amostra) também podem ser utilizadas. A fixação deverá ocorrer no máximo 24hs
após a coleta. A quantidade excessiva de material em um mesmo frasco pode provocar a
degeneração precoce deste material e, portanto, deve ser fixado o mais rapidamente
possível. Algas macroscópicas além de serem armazenadas em coleções úmidas
também podem ser armazenadas secas como exsicatas. Para tal, a alga é colocada em
um recipiente com água sobre uma folha de papel sulfite, onde se deve arranjar o talo da
forma mais natural possível com o auxílio de um pincel. O papel com a alga são retirados
com auxílio de uma lâmina de metal (figura 3C) e colocados entre folhas de papel
impermeável, mata-borrão e papelão ondulado, posteriormente, devem ser secos em
estufa por não mais que 5 horas.
Para as coletas terrestres de Fungos, Liquens, Briófitas e Pteridófitas os métodos
de amostragem devem ser definidos previamente (trilha, quadrante, transecto, etc.). No
caso dos Fungos, a fixação é realizada em vidros com líquidos orgânicos (etanol,
etanol/metanol, FAA, Carnoy) ou fazem-se cortes longitudinais para diminuir o volume e
montar uma exsicata.
No caso de Briófitas e Liquens, devem ser coletados indivíduos inteiros e
colocados em envelopes de papel fino ou manteiga. Se o exemplar estiver muito úmido,
pode-se prensar delicadamente entre folhas de jornal, deixando um tempo mais reduzido
que para outros vegetais.
Figura 3A: Esquema da rede de plâncton. 3B: Esquema do amostrador subaquático horizontal de van Dorn. 3C: Esquema da
preparação de alga macroscópica de água doce para preservação a seco (Esquema retirado de Bicudo e Bicudo, 1970 e de Bicudo e
Menezes, 2005).
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FUNGOS
Texto complementar
O reino Fungi é composto por organismos heterotróficos que compõem o segundo
maior reino, com aproximadamente 1.500 mil espécies. Esse reino possui características
parecidas com os animais, como a presença de quitina e sua reserva de glicogênio. Em
sua maioria são constituídos por filamentos microscópicos denominados hifas, que em
conjunto formam o micélio. Podem viver livres na água ou no meio terrestre, onde há
predominância de matéria orgânica. Para que possam absorver a matéria orgânica de que
necessitam, os fungos mantêm três tipos de interações com outros seres vivos:
saprofitismo, mutualismo e parasitismo. Os fungos, juntamente com as bactérias do solo,
desempenham um importantíssimo papel na natureza ao atuarem como decompositores,
além de serem colonizadores primários. As importâncias econômicas são muitas, como o
uso direto na alimentação, na fermentação do pão, na produção de bebidas alcoólicas e
na fabricação de antibióticos, além de serem causadores de prejuízo ao infectarem
plantas e animais de interesse econômico. Muitas vezes são conhecidos apenas pela sua
importância médica já que causam vários tipos de micoses importantes no ser humano
O reino é composto por quatro filos (Chytridiomycota, Zygomycota, Ascomycota e
Basidiomycota), além de um grupo artificial conhecido como Deuteromicetos e as
leveduras que são apenas formas de crescimento:
Filo Chytridiomycota: São os únicos fungos aquáticos e os únicos a apresentarem
células móveis. Possuem organização multicelular e unicelular. Suas hifas são
asseptadas e sua reprodução é feita por meiose espórica. Há representantes que
acarretam problemas econômicos, como Synchytrium endobioticum, responsável pela
verrugose preta da batata, ou Physoderma maydis, agente causal da mancha marrom do
milho. Ainda são importantes parasitas de algas, protozoários, plantas e rãs.
Filo Zygomycota: São terrestres e apresentam organização multicelular e unicelular
(leveduras). Suas hifas são asseptadas. O zigoto fica contido em uma estrutura de
resistência chamada zigosporângio e apresentam meiose zigótica. A produção de esporos
sexuados ou assexuados dá-se dentro de esporângios. São conhecidos como o bolor
negro, que parasita pães e morangos. Fungos deste filo ainda têm grande importância
ecológica, pois participam da associação simbiótica com endomicorrizas.
Filo Ascomycota: São terrestres e apresentam organização multicelular e unicelular
(leveduras). Suas hifas são septadas. Sua reprodução assexuada é feita por esporos
chamados conídios que não estão contidos em esporângios, enquanto a reprodução
sexuada é feita por esporos chamados ascósporos contidos em ascos (parede celular
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original da célula que passou pelo processo de meiose). Ascos e ascósporos estão
localizados na região do himênio dos corpos de frutificação denominados ascomas
(estrutura em forma de saco ou bolsa). Os ascomas possuem forma, número e cor
variáveis para cada espécie e podem ser dos tipos: apotécio, peritécio e cleistotécio,
dependendo de sua morfologia. O filo é muito conhecido pelas trufas comestíveis e
morchelas, além das terríveis doenças causadas em vegetais.
Filo Basidiomycota: São fungos terrestres e apresentam organização multicelular e
unicelular (leveduras). Possuem hifas septadas com doliporos. O filo possui três classes:
Classe Basidiomycetes: Mais conhecidos pelos cogumelos e orelhas-de-pau.
Os corpos de frutificação são denominados basidiomas. Os basidiomas são
compostos por píleo e estipe, podendo estar presentes volva e anel (figura 1). O
píleo é composto pela região do himênio que pode ser constituída por lamelas ou
poros. No himênio estão presentes estruturas chamadas basídios e basidiósporos,
correspondentes aos ascos e ascósporos dos ascomicetos (figura 1). Os
representantes deste filo produzem apenas esporos sexuados, os basidiósporos,
esporos assexuados estão ausentes.
Nessa aula você irá estudar exemplares dos filos Zygomycota, Ascomycota e
Basidiomycota.
em suas observações, indique a que filo pertence o fungo observado. Caso não seja
possível determinar o filo, indique a forma de crescimento observada (leveduras ou
fungos conidiais/deuteromicetos).
a) Fungo do morango ou do pão
b) Fungo do tomate
c) Leveduras
a) Filo ____________________________________
b) Filo ____________________________________
c) Você saberia dizer como os liquens podem ter ajudado as plantas a colonizarem o
ambiente terrestre?
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GLOSSÁRIO – FUNGOS
Anel: restos do véu, que após a expansão do píleo, persistem em forma de um colarinho
preso à parte superior do estipe.
Apotécio: ascoma aberto.
Asco: célula especializada, característica de ascomicetos, na qual dois núcleos haplóides
se fundem produzindo um zigoto, que imediatamente se divide por meiose. Na maturidade
contém os ascósporos.
Ascoma: é o corpo de frutificação dos ascomicetos, também conhecido como ascocarpo.
É uma estrutura multicelular que contém os ascos, podendo ser abertos ou fechados.
Ascósporo: esporo produzido no interior de um asco.
Autoécio: diz-se dos fungos referidos como ferrugens, que requerem apenas uma espécie
de planta hospedeira para completar seu ciclo de vida.
Basídio: célula reprodutiva especializada dos basidiomicetos, freqüentemente clavada, na
qual a fusão nuclear e a meiose ocorrem.
Basidioma: é o corpo de frutificação dos basidiomicetos, também conhecido como
basidiocarpo. É uma estrutura multicelular, dentro da qual se formam os basídios.
Basidiósporos: esporos dos basidiomicetos produzido internamente nos basídios.
Células corticais da raiz: localizadas entre a epiderme e o cilindro vascular da raiz.
Cleistotécio: ascoma fechado.
Conidióforo: hifa na qual são produzidos um ou mais conídios.
Conídio: esporo assexuado de fungo, que não está contido dentro do esporângio; pode
ser produzido isoladamente ou produzido em cadeias; a maioria dos conídios é
multinucleada.
Doliporo: tipo de poro especial que ocorre nos septos das hifas de basidiomicetos.
Esporângio: estrutura unicelular ou pluricelular no interior da qual os esporos são
produzidos.
Estipe: pedúnculo com função de suporte, tal como ocorre nos fungos himenomicetos,
nos “cogumelos”.
Fotobionte: organismo fotossintetizante de um líquen.
Heteroécio: diz-se dos fungos referidos como ferrugens, que requerem duas espécies de
hospedeiros diferentes para completar seu ciclo de vida
Hifa: (do grego: hyphe, teia) filamento tubular simples de um fungo. Podem ser
asseptadas (sem paredes celulares), constituindo cenócitos, ou septadas (com paredes
celulares).
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Himênio: termo usado para indicar a camada de conformação muito variada que recobre
determinadas áreas dos esporocarpos. A camada de ascos num ascoma ou de basídios
num basidioma, mais algumas hifas estéreis associadas.
Lamela: pequenas lâminas ou placas que se encontram na face inferior do píleo de
basidiomicetos.
Micélio: o conjunto de hifas de um fungo.
Micobionte: organismo heterotrófico de um líquen.
Mutualismo: dois ou mais organismos vivendo juntos, numa associação que é
mutuamente vantajosa.
Parasitismo: fenômeno no qual um organismo vive sobre ou dentro de outro organismo de
espécie diferente e obtém destes seus nutrientes, a associação é benéfica para o parasita
e prejudicial para o hospedeiro.
Perídeo: invólucro de um aparelho esporífero.
Peritécio: ascoma com formato de garrafa.
Píleo: parte superior expandida de muitos cogumelos (basidiomicetos), comumente
referida como chapéu.
Quitina: polissacarídeo rígido, resistente, contendo nitrogênio, que forma as paredes
celulares de certos fungos.
Saprofitismo: fenômeno no qual o ser heterotrófico obtém seus nutrientes diretamente de
matéria orgânica não-viva.
Sorédio: unidade reprodutora dos liquens, que consiste em algumas células de algas
verdes ou de cianobactérias envolvidas por hifas de fungos.
Soros: um grupo ou um conjunto de esporângios ou esporos.
Volva: membrana que envolve o corpo de frutificação de certos Basidiomicetos e que se
rompe pelo desenvolvimento do píleo, ficando na base do estipe com forma semelhante a
uma xícara.
Zigosporângio: um esporângio contendo um ou mais zigósporos.
Zigósporo: Esporo de resistência formado no interior de um zigosporângio em
Zigomicetos. O zigósporo passa por meiose durante a germinação do zigosporângio.
Zoósporo: esporo móvel.
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ALGAS
Texto complementar
As algas habitam ambientes terrestres úmidos ou meios aquáticos, de água doce
ou salgada. Esses organismos dispostos na superfície oceânica compõem o fitoplâncton,
que libera através do processo fotossintético cerca de 70 a 90% do oxigênio contido na
atmosfera. As algas constituem um grupo artificial de organismos fotossintetizantes
que não estão incluídos do reino Plantae. Têm como características gerais serem uni- ou
pluricelulares, fotossintetizantes e diferenciados das plantas terrestres por não possuírem
embrião e tecidos especializados. No estudo das algas estão reunidos desde as
cianobactérias, que são seres procariontes, até os protistas fotossintetizantes e alguns de
seus parentes não fotossintetizantes, os seres eucariontes. Algas multicelulares, incluindo
as algas verdes, são parte do reino Protista na maioria dos Sistemas de Classificação
atuais. Alguns Sistemas de Classificação consideram as algas verdes como parte do reino
Plantae, visto que o ancestral das plantas terrestres provém de um dos representantes
extintos das algas verdes. Nesta apostila adotamos o Sistema apresentado em Raven et
al. (2007), em que as algas verdes fazem parte do reino Protista.
As cianobactérias, cianofíceas ou algas azuis são microorganismos com
características celulares procariontes e fazem parte do grupo Eubactéria ou do domínio
Bactéria (Raven et al. 2007), porém apresentam um sistema de membranas
fotossintetizante semelhante ao das algas eucarióticas. Segundo a teoria da
endossimbiose, deram origem aos cloroplastos de todos os seres eucariotos. Seus
pigmentos fotossintetizantes são a
clorofila a, carotenóides e ficobilinas,
e armazenam carboidratos em forma
de glicogênio. Acredita-se que
tenham tido um papel preponderante
na formação do oxigênio da
atmosfera do Planeta Terra e como
produtor primário dos corpos d’água.
São aquáticas ou terrestres,
estabelecem várias relações
simbióticas importantes e ainda têm
um importante papel na fixação do
nitrogênio que é disponibilizado às
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Tabela 1: Principais filos de algas do reino Protista e características marcantes relacionadas a cada um
deles. Modificada de Raven et al. (2007)
Metabolismo e
Reserva de Componentes da
Filo pigmentos Habitat Características gerais
carboidratos parede celular
fotossintéticos
Unicelulares; flagelos
Maioria ausentes ou 2 em sulcos, 1
Heterotrófico; com Placas celulósicas marinha, longitudinal e 1 transversal;
Dinophyta clorofilas a e c e em alvéolos abaixo alguns em mixotróficos; formam cistos
Amido
(Dinoflagelados) carotenóides; ou da membrana água doce ou de resistência durante a
mixotróficos plasmática. em relações reprodução sexuada;
simbióticas causadores da maré
vermelha.
Unicelulares; cloroplastos
originados de simbiose com
Maioria Maioria de algas verdes; plastos com
Estrias protéicas sob
heterotrófica; com água doce, pirenóide; 2 flagelos apicais,
Euglenophyta Paramido a membrana
clorofilas a e b, alguns 1 reduzido; estigma
plasmática.
carotenóides marinhos fotorreceptor; só a
reprodução assexuada é
conhecida.
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Heterotrófico; com Unicelulares; 2 flagelos
clorofilas a e c, Placas protéicas sob desiguais pinados;
Marinhas e de
Cryptophyta carotenóides e Amido a membrana produtores importantes
água doce
ficobilinas; ou plasmática. resistentes à sazonalidade;
mixotróficos tamanho diminuto.
Unicelulares; flagelos
Escamas de
Maioria ausentes ou 2 iguais;
Clorofilas a e c, celulose, algumas
marinha, haptonema (estrutura
Haptophyta carotenóides Crisolaminarina com escamas de
poucas de sensitiva para captura de
(fucoxantina) matéria orgânica
água doce alimento); causam florações
calcificada (cocólitos)
tóxicas.
Unicelulares ou filamentosos
Oomycota* ramificados; flagelos do tipo
Marinhos, de
(antigos heteroconta* em zoósporos;
Heterotrófico Glicogênio Celulose água doce ou
componentes do meiose gamética; gametas
terrestres
Reino Fungi) imóveis; importantes
patógenos de plantas.
Unicelulares ou coloniais;
flagelos ausentes ou apenas
Heterotrófico;
1 pinado em gametas
clorofilas a e c,
Bacillariophyta* Frústula com 1 par Marinhos ou de masculinos; reprodução
carotenóides Crisolaminarina
Diatomáceas de valvas de sílica. água doce assexuada gera diminuição
(fucoxantina); ou
do tamanho celular e obriga
mixotróficos
a realização de reprodução
sexuada.
Unicelulares ou coloniais;
Heterotrófico; flagelos ausentes ou do tipo
Ausentes ou Maioria de
clorofilas a e c, heteroconta*; reprodução
Crysophyta* escamas de sílica água doce,
carotenóides Crisolaminarina assexuada predominante;
Algas douradas que podem conter algumas
(fucoxantina); ou causam florações em águas
celulose. marinhas
mixotróficos de abastecimento (marés
marrons).
Multicelulares de filamentos
ramificados,
pseudoparênquima
(agregação de filamentos) ou
parênquima; as
Celulose em matriz
parenquimatosas são as
Clorofilas a e c, mucilaginosa de
Phaeophyta* Quase todas maiores algas existentes e
carotenóides Laminarina alginatos, algumas
Algas pardas marinhas podem apresentar vesículas
(fucoxantina) com presença de
de ar, crescimento intercalar
plasmodesmos.
ou células de condução;
flagelos do tipo heteroconta*
em células reprodutoras;
meiose espórica ou
gamética.
Celulose em matriz Poucas unicelulares, maioria
Amidos das Maioria
mucilaginosa de ágar multicelular filamentosa ou
Clorofila a, florídeas marinha e
Rhodophyta ou carragenano pseudoparenquimatosa que
ficobilinas e (molécula bentônica,
Algas vermelhas (galactanos), muitas podem formar lâminas; não
carotenóides semelhante ao poucas de
possuem deposição possuem centríolos nem
glicogênio) água doce
de carbonato de células flageladas; meiose
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cálcio (algas espórica; zigoto forma um
coralináceas). carpoesporófito que
dissemina carpósporos
diplóides dando origem a
muitos esporófitos; as
coralináceas são importantes
na manutenção dos recifes
de coral.
Maioria
Unicelulares, coloniais; ou
Glicoproteínas; aquática, de
multicelulares filamentosas,
celulose ou água doce ou
Clorofilas a e b, sifonáceas ou
Chlorophyta polissacarídeos não- marinha;
carotenóides; ou Amido parenquimatosas; flagelos
Algas verdes celulósicos, algumas algumas
mixotróficos ausentes ou 2 do tipo liso; os
com presença de terrestres,
3 tipos de meiose estão
plasmodesmos. muitas em
presentes
simbiose
*Constituem o grupo natural Heteroconta, característico pela presença de um flagelo liso e um pinado em
alguma fase do ciclo de vida do organismo.
amostras de água doce e não fixadas. Para montar a lâmina, utilize uma Pipeta de
Pasteur para pipetar em uma amostra de água a sua escolha, de preferência onde tiver
uma maior concentração de matéria orgânica. Coloque uma gota desse material pipetado
na lâmina cobrindo com a lamínula e retirando o excesso de água com papel filtro (caso o
material pareça meio “embaraçado” utilize os estiletes – pontas de agulha - de sua
bancada para dissociá-lo). Lembre-se de colocar pouco material na lâmina para que a
lamínula não fique muito alta e prejudique sua observação. Você poderá encontrar algas
unicelulares, coloniais e filamentosas.
Nessa aula você deve identificar de 2 a 5 algas microscópicas utilizando a chave
dicotômica “Algas Continentais do Estado de São Paulo” que encontra-se ao final deste
roteiro de aula prática. Caso você não encontre algum gênero de alga presente em sua
amostra nessa chave consulte o livro “Bicudo, C.E.M.; Menezes, M. 2005. Gêneros de
algas de águas continentais do Brasil: chave para identificação e descrições. RIMA,
São Carlos”. Para cada alga você deve fazer um desenho fiel ao que observou, descrever
os passos da chave que utilizou para chegar até o gênero e o nome do gênero. Você
pode precisar montar mais de uma lâmina ou encontrar todo o material de que precisa em
uma mesma lâmina, vai depender da amostra de água escolhida.
a) Passos da chave:
Gênero:
Desenho esquemático:
b) Passos da chave:
Gênero:
Desenho esquemático:
30
c) Passos da chave:
Gênero:
Desenho esquemático:
d) Passos da chave:
Gênero:
Desenho esquemático:
e) Passos da chave:
Gênero:
Desenho esquemático:
31
a2) Em Padina (lâmina em forma de cauda de pavão) pode-se observar apressório, estipe
e lâmina. Faça um desenho esquemático dessa “alga” evidenciando essas estruturas.
Diga qual é a função do apressório e indique com uma seta a região onde ocorre o
crescimento intercalar. Não deixe de evidenciar no desenho as características que dão ao
gênero o nome Padina.
b1) Esquematize a estrutura dessas algas e diga qual a composição da parede celular de
cada um dos tipos esquematizados.
b2) Porque você acha que as algas vermelhas coralináceas são importantes para a
sustentação e manutenção dos recifes de coral?
c2) Agora você deve montar lâminas histológicas dos talos de Codium e Ulva. Para tal,
você deve realizar cortes transversais finos no talo de Codium com o auxílio de uma
lâmina de barbear e rasgar uma pequena porção da lâmina de Ulva. Coloque os
fragmentos obtidos de Codium e Ulva em lâminas diferentes e cubra-os com uma gota de
água e com uma lamínula. Observe ao microscópio as lâminas de Codium (em 4x) e Ulva
(40x). Desenhe os tecidos dessas algas que você observou ao microscópio e descreva
suas principais características, lembre-se que Codium apresenta estrutura sifonácea e
Ulva parenquimatosa, diferencie-as.
pro
4-Heterocisto terminal
terminal.
otist.i.hosei.ac.jp
5-Células vegetativas com diâmetro uniforme em todo o filamento, geralmente
com um grande esporo entre o heterocisto e as células
vegetativas...........................................................................Cylindrospermum
www.msu.edu
w
5-Células vegetativas com diâmetro diminuindo a partir da parte basal, fixa,
(onde se localiza o heterocisto) para a parte terminal, livre................Calothrix
www
4-Heterocisto
4 Heterocisto intercalar
intercalar.
w.nervousaxon.com
6-Filamentos ramificados (ramificação falsa ou verdadeira).
7-Ramificação falsa. Filamentos unisseriados.
8-Ramificação simples, geralmente junto a um heterocisto............Tolypothrix
34 m
vis-pc.plantb
8-Ramificação aos pares..............................................................Scytonema
bio.ohiou.edu
cyclot.hp.infoseek.co.jp
7-Ramificação verdadeira. Filamentos uni ou multisseriados.
9-Filamentos unisseriados; células cilíndricas...........................Hapalosiphon
ww
ww.keweenawalgae
9-Filamentos parcialmente multisseriados; células globóides........Stigonema
e.mtu.edu
6-Filamentos não ramificados.
10-Tricomas dentro de uma massa gelatinosa firme, de forma definida,
geralmente esférica...........................................................................Nostoc
35
www.micrographia.com
10-Tricomas imersos em massa gelatinosa não consistente, sem forma
d fi id
definida........................................................................................Anabaena
A b
www.spirulina.sg
3-Filamento sem heterocisto.
11-Filamento ou tricoma não ramificado.
12-Tricoma torcido em espiral.
13-Tricoma
13 Tricoma não septado
septado..................................................................Spirulina
Spirulina
www.rbgsyd.nsw.g
13-Tricoma septado.....................................................................Arthrospira
gov.au
membres.lycos.fr
12-Tricoma ou filamento retilíneo.
14-Tricoma sem bainha mucilaginosa; movimento oscilatório característico
na porção terminal. (observar material vivo)...........................Oscillatoria
36
14-Filamentos com bainha mucilaginosa evidente, sem movimento
www.rbg
oscilatório.
15 Bainha mucilaginosa com apenas um tricoma.
15-Bainha tricoma Bainha amarelo
gsyd.nsw.gov.au
acastanhado ou incolor, muitas vezes prolongando-se além do
tricoma.....................................................................................Lingbya
microbes.arc
15-Bainha mucilaginosa com mais de um tricoma.
16-Tricomas torcidos..........................................................Microcoleus
c.nasa.gov
16-Tricomas não torcidos................................................................Sirocoleus
www.rbgsyd.nsw
11-Filamento ramificado.
17-Filamento com um único tricoma...............................................Plectonema
w.gov.au
17-Filamento com mais de um tricoma.
www.scielo.br
w
18-Filamento com poucos tricomas (poucos filamentos associados em
uma mesma matriz gelatinosa) ; células geralmente mais largas que
longas; célula terminal com caliptra ou capitada.................Hydrocoleum
37
biologyy.missouristate.edu
18-Filamento com muitos tricomas; células geralmente mais longas que
largas.....................................................................................Schyzothrix
www.ibvf.cartuja.cs u
2-Talo não filamentoso.
19-Algas firmemente aderidas ao substrato; geralmente epífitas.
20-Células globosas; gregárias com 4 ou mais endósporos.............Dermocarpa
www.glerl.noaa.go
ovsic.es
20-Células clavadas ou cilíndricas; isoladas com exósporos......Chamaesiphon
38
www.biltek..tubitak.gov.tr
19-Algas não aderidas ao substrato, litófitas ou planctônicas.
21-Células
21 Células isoladas ou em grupos pequenos (2-8).
(2 8).
22-Envoltório gelatinoso incolor, lamelado...................................Chroococcus *
silicasecchidisk
k.conncoll.edu
22-Envoltório gelatinoso colorido, lamelado...................................Gloeocapsa *
www.keweenawa
21-Plantas formando colônias com muitas células.
23-Células dispostas em colônias tabulares ou cúbicas.
24 Colônias cúbicas.......................................................................Eucapsis
24-Colônias cúbicas Eucapsis
algae.mtu.edu
www.nostoc.pt
24-Colônias tabulares............................................................Merismopedia
39
conforme o autor considerado.
serc.carleton.edu
23-Células
23 Cél l didispostas
t em colônias
lô i d de fforma globóide
l bóid ou iirregular. l
25-Células cilíndricas, como cápsulas de vitaminas, imersas na matriz
gelatinosa da colônia..........................................................Aphanothece
www..dep.state.fl.us
25-Células esféricas.
26-Células densamente dispostas dentro do envoltório
gelatinoso...........................................................................Microsystis
protist.i.hosei.ac.jp
p
26-Células bem espaçadas dentro da matriz de
gelatina..........................................................................Aphanocapsa
40
www-biol.paisley.ac.uk
1-Pigmentos localizados em plastos bem definidos.
27-Plantas
27 Plantas de água doce ou aéreas (terrestres ou epífitas)epífitas).
28-Algas de coloração alaranjada, crescendo sobre barrancos, troncos, postes,
etc.; talo filamentoso ramificado.....................................................Trentepohlia
28-Algas
28 Algas com outra coloração; predominantemente aquáticas aquáticas.
29-Talo filamentoso.
30-Filamentos não ramificados.
31-Filamentos formados por células mais largas que longas, com uma
reetrância ou constrição mediana; ligeiramente torcidos e com
bainha gelatinosa................................................................Desmidium
31-Filamentos
31 Filamentos com células mais longas que largas, e sem constrição
www.rbgsyd.nsw.gov.au
mediana.
32-Cloroplastos mais ou menos estrelados, 2 por células.
33-Cloroplastos nitidamente estrelados, pequenos; filamentos
longos.............................................................................Zygnema
www
w.glerl.noaa.gov
33-Cloroplastos entrelaçados ou irregulares, grandes, ocupando a
maior parte da célula; filamentos curtos....................Zygogonium
41
32-Cloroplastos não estrelados.
www.biologie.uni-hamburg.de
34-Cloroplasto, 1 ou mais, em forma de fita, com bordo irregular,
dispostos espiraladamente.
35 Cloroplastos geralmente numerosos; espirais com
35-Cloroplastos
várias voltas...............................................................Spirogyra
www.rbgsyd.nsw.gov.au
36-Cloroplasto
p reticulado;; estrias transversais p presentes na
porção distal de algumas células; célula basal bem
diferenciada..........................................................Oedogonium
u
www.rbgsyd.nsw.gov.au
36-Cloroplasto não reticulado; ausência de estrias transversais;
sem célula basal diferenciada.
37-Cloroplasto axial, 1 ou 2, em forma de lâmina, com
www
vários pirenóides...................................................Mougeotia
p g
w.biologie.uni-hamb
42 burg.de
pkukmweb.ukm.my
37-Cloroplasto
37 Cl l t parietal,
i t l geralmente
l t curvado
d em fforma d de anell
incompleto, com 1 ou mais pirenóides......................Ulothrix
www.keweenaw
30-Filamentos ramificados.
38-Células microscópicas.
39-Filamentos
39 Filamentos imersos em uma matriz gelatinosa, formando um
walgae.mtu.edu
talo globoso..................................................................Chaetophora
www.botany.hawaiii.edu
39-Filamentos não imersos em gelatina.
40-Parte basal com ramos prostrados; cerdas
presentes..................................................................Coleochaete
www2.una.edu
43
silicaseccchidisk.conncoll.edu
40-Plantas
40 Plantas eretas,
eretas com uma célula basal; com pêlos
hialinos......................................................................Bulbochaete
www.k u
38-Células macroscópicas.
keweenawalgae.mtu
41-Internos não corticados; coroa do oogônio com 10
células....................................................................................Nitella
u.edu
www.scientificillustrator.c
41-Internos corticados; coroa do oogônio com 5 células.............Chara
44 com
rydberg.biolo
29-Talo não filamentoso.
ogy.colostate.edu
42-Células isoladas, móveis por meio de flagelos.
43-Células com um único cloroplasto..............................Chlamydomonas
www.nostoc.p
44-Células mais ou menos achatadas,, com forma fixa...............Phacus
pt
42-Células isoladas ou coloniais, imóveis.
45-Indivíduos isolados.
46-Células com uma incisão mediana delimitando duas semicélulas.
47-Células discóides (às vezes alongadas) com incisões periféricas
que separam lobos
l b didispostos
t radialmente................Micrasterias
di l t Mi t i
45
47-Células com outra forma.
www.nies.go.jp
48-Pólos arredondados com constrição muito tênue e
sutura mediana.............................................................Penium
ww
ww.plingfactory.de
incisão mediana.
50-Células bem alongadas (mais de 6 vezes o diâmetro),
sem incisão apical......................................Pleurotaenium
www.desmids.nl
50-Células não tão longas, com incisão apical.......Euastrum
www
w.dr-ralf-wagner.de
49-Células não tão longas e sem a mencionada dilatação.
51-Células lisas, sem processos espiniformes podendo,
entretanto, apresentar ornamentação em forma de
pequenas saliências........................................Cosmarium
46
51-Semicélulas ornamentadas, com processos espiniformes
em número limitado e relativamente longos.
52-Com um espinho simples em cada ângulo da
www.keweenawalga
w
célula......................................................Staurodesmus
él l St d
52-Sem espinhos
p simples,
p , com p processos angulares g
ae.mtu.edu
ou espinhos complexos em vários pontos da célula.
53-Células com um espessamento na porção
mediana em vista frontal ou ornamentada com
granulações ou espinhos........................Xanthidium
siliicasecchidisk.connc
53-Célula sem espessamento ou ornamentos na
porção mediana.....................................Staurastrum
io.uwinnipeg.c coll.edu
46-Células sem incisão mediana.
54-Células em geral esféricas; só um cloroplasto,
sem pirenóide..................................................................Chlorella
47 ca
www.microsccopy-uk.org.uk pro
54-Células alongadas.
55-Células em forma de lua em quarto crescente (as vezes
com extremidades muito alongadas), g ), com vacúolos nas
extremidades. Muitas vezes com parede celular
amarelada................................................................Closterium
otist.i.hosei.ac.jp
ou menos fusiformes.................................................Netrium
ww
ww.microscopy-uk.o
45-Indivíduos agrupados em colônias.
58-Colônias com 4 a 8 indivíduos unidos lateralmente, formando
fileiras transversais.....................................................Scenedesmus
48 org.uk
www.etsmre
58-Colônias geralmente com maior número de indivíduos, não
formando fileiras.
59-Colônia
59 Colônia plana,
plana tabular,
tabular de contorno circular ou
e.upv.es
poligonal......................................................................Pediastrum
protist.i.hosei.ac
59-Colônia esferoidal ou sem forma definida.
60-Colônia sem forma definida; indivíduos em forma de lua
em quarto crescente..............................................Selenastrum
c.jp
60-Colônia esferoidal; indivíduos não em forma de lua.
61-Indivíduos com contorno esférico ou
poligonal..............................................................Coelastrum
49
www.petmeister.com
27-Plantas marinhas ou de água salobra.
62-Talo formado por um eixo ereto, com um disco terminal, em forma de uma
taça rasa de pé muito longo...........................................................Acetabularia
corrreia.miguel25.goog
63-Algas macroscópicas, desprovidas de movimento no estado vegetativo.
64-Algas com deposição de carbonato de cálcio (testar com HCl 5%).
65-Talo crostroso, epífita ou litófita.
66-Crosta
66 Crosta fina e delicada
delicada, epífita; coloração rosa claro a esbranquiçada esbranquiçada,
glepages.com
quando vivas........................................................................Fosliella
50
65-Talo não crostroso.
67-Talo em forma de fita estreita, não segmentado
(articulado)........................................................................Galaxaura
www.herb
bariovirtual.ua.es
68-Segmentos menores e sem poro apical.
69-Ramificação
ç pinada.....................................................Corallina
p
51
pelos segmentos férteis...............................................Amphiron
71-Ramos cilíndricos; conceptáculos no segmento basal
de uma dicotomia terminal........................................Jania
massbay.mit.ed
72-Plantas com talo cenocítico.
73-Talo com filamentos densamente justapostos formando ramos
cilíndricos, ou achatados e eretos ou apressos ao substrato, de
consistência esponjosa
esponjosa.........................................................Codium
Codium
du
henge.bio.miami.edu
h
73-Talo de forma diferente, não esponjoso.
74-Talo filamentoso.
75-Filamentos formando tufos emaranhados, sem ramos principais,
com ramificação dicotômica........................................Derbesia
75-Filamentos
75 Filamentos com ramo principal prostrado ou ereto de onde
partem ramos laterais opostos ou alternos.
76-Filamentos disticamente ramificados, em forma de pequenas
penas; sem trabéculas (filamentos que atravessam o lume
celular de uma parede à outra)................................Bryopsis
52
76-Filamentos com ramos em todos os planos; com
t bé l
trabéculas...............................................................Caulerpa
C l
www.ree
efcorner.com
74-Talo não filamentoso, em forma de pequenos cachos de
uvas ou de folhas de palmeiras......................................Caulerpa
www.ho
72-Plantas com talo celular.
77-Talo filamentoso, unisseriado.
orta.uac.pt
78-Filamentos não ramificados ou com ramificações muito raras.
79-Filamentos relativamente espessos e mais ou menos rígidos,
como os pêlos de um pincel; célula basal de cada filamento
bem diferenciada para a fixação, com formação de processos
rizoidais; paredes espessas
espessas..............................Chaetomorpha
Chaetomorpha
53
www.rbgsyd
d.nsw.gov.au
79-Filamentos longos e finos, emaranhados e sem células basais
conspícuas..........................................................Rhizoclonium
msnucleus.org
com o ramo q que lhe deu origem. g
81-Plastos reticulados, verdes; paredes
espessas.............................................................Cladophora
81-Plastos
81 Plastos não reticulados
reticulados, não verdes; paredes não espessas
espessas.
82-Algas de coloração pardo-amareladas.
83-Plastos 1 a 2 por célula, estrelados; órgão de reprodução
kentsimmon
intercalares.............................................................Bachelotia
83-Plastos discóides ou alongadas, numerosos; órgão de
ns.uwinnipeg.ca
reprodução
d ã llateralmente
t l t sobreb um ramo ou tterminais. i i
84-Plastos em forma de bastão ou fita
curta.........................................................Ectocarpus
www.horta
a.uac.pt
84-Plastos discóides..........................................Giffordia
54
www.ifremer.fr
82-Algas de coloração avermelhada.
85-Filamentos com células visíveis a olho nu,
globulares ou cilíndricas..................................Griffithsia
www.s
sinicearasy.cz
87-Plantas maiores, geralmente litófitas,
f produzindo
tetra ou polisporângios.
88-Ramificação verticilada......................Wrangelia
ww
ww.cultinfo.ru
88-Ramificação alterna.....................Callithamnion
55
86-Ramo principal rizomatoso.
www.mbari.o
89-Ramificação esparsa, irregular; geralmente
com polisporângios.............................Spermothamnion
89-Ramificação
89 Ramificação ab abundante,
ndante reg regular,lar com
org
tetrasporângios.
90-Ramificação trística ou
alterna...........................................Antithamnion
www.botany
77-Talo, se filamentoso multisseriado, ou folheáceo, tubular, etc.
91-Talo em forma de filamentos curtos (1-3 cm), marrom escuros,
com grande célula apical e propágulos......................Sphacelaria
y.hawaii.edu
91-Talo com organização diferente.
92-Filamentos coalescentes no centro e livres na periferia;
algas de coloração marrom claro.......................................Levringea
92-Talo
92 Talo com organização diferente; de coloração esverdeada
esverdeada,
www.horta.uac.p
avermelhada ou enegrecida.
93-Filamentos separados em nós e entrenós, pelo menos
nos râmulos laterais.
94-Eixo principal evidente e bem mais grosso que os
pt
ramos laterais; ramificação
f alterna.......................Spyridia
S
www.mbari.org
w
94-Sem eixo principal evidente; ramificação dicotômica.
95-Células pequenas apenas na região dos nós; sem
células espiniformes.....................................Ceramium
56
www.horta.u
95-Células pequenas recobrindo todo o filamento; células
espiniformes abundantes..........................Centroceras
uac.pt
93-Talo com organização diferente.
96-Filamentos emaranhados, de coloração rósea; ramos
com segmentos formados por 2 2-33 células de
espessura....................................................Falkenbergia
www.asturn
natura.com
96-Talo não filamentoso ou, se filamentoso, com mais
de 3 células de espessura.
97-Talo filamentoso ou cilíndrico.
98-Talo filamentoso (diâmetro igual ou menos que 0,5 mm).
99-Talo com organização
g ç radial;; râmulos em todos os
planos.
www.rbg.vic.g
100-Plantas mais ou menos rígidas,
enegrescidas........................................Bryocladia
100-Plantas delicadas, róseas ou vermelhas.
101-Ramos principais bem nítidos,
nítidos revestidos por
gov.au
râmulos monossifônicos divididos
dicotomicamente............................Dasya
www.koi2000.com
101-Sem ramos principais evidentes; ramos de
última ordem polissifônicos ((com ou sem
m
pêlos)...................................Polysiphonia
57
www.bama.u
99-Talo com organização dorsiventral ou bilateral.
102-Plantas de cor negra ou ligeiramente
ua.edu
amareladas, com ramificação dística geralmente
penada; bilateral............................Bostrychia
102-Cor
102 Cor avermelhada,
avermelhada não penadas; dorsiventral.
dorsiventral
103-Ramos eretos de tamanho determinado, não
ramificado................................Ophidocladus
www.horta
103-Ramos eretos de dois tipos, ramificados
a.uac.pt
ou não...............................Herposiphonia
www.glerl.noaa.g
98-Talo cilíndrico (diâmetro igual ou maior que 1 mm).
104-Talo oco, com cavidade contínua, tubular.
105-Tubo com uma camada de células,
verde.....................................Enteromorpha
58 gov
JC1
www.bota
any.hawaii.edu
105-Tubo
105 T b com mais
i d
de uma camada, d
marrom-amarelado..................Rosenvingea
www.b
107-Com ramos curtos revestindo os ramos
principais.
principais
botany.hawaii.edu
108-Ramos curtos clavados; célula apical
em depressão...................Laurencia
www.biol.ts
sukuba.ac.jp
108-Ramos curtos fusiformes; célula apical
saliente..............................Chondria
59
Slide 26
JC1 Existem três "108". Deveriam ser só 2...não consegui identificar onde é o erro.
Julia Costa; 7/4/2009
www.botany.h
hawaii.edu
108-Ramos curtos espinescentes,
em tufos.....................Acanthophora
www.b
botany.hawaii.edu
107-Sem ramos curtos especialmente
diferenciados.............................Hypnea
www.asturnatu
pouco ramificada.................Gelidiopsis
110-Consistência carnosa; bem ramificada.
111-Plantas
111 Plantas pequenas de 2-4
2 4 cm;
ura.com
dicotomias e politomias
freqüentes..........Gymnogongrus
60
comenius.sussqu.edu
111-Plantas
111 Plantas maiores,
maiores de até 20 cm;
com ramificação alterna
irregular.......................Gracilaria
www.ne
109-Com medula oca ou atravessada
por filamentos.
e.jp
112-Talo formado por segmentos em
forma de barricas, com diafragmas
celulares na região de contato entre
os segmentos....................Champia
ww
ww1.ci.uc.pt
112-Talo com outra forma.
113-Coloração escura, com células
estreladas junto à medula, que é
densa e gelatinosa......Gigartina
61
www.dnrecc.state.de.us
113-Vermelho claro, com medula
atravessada por poucos
filamentos
filamentos................Agardhiella
Agardhiella
www.seaweedsofalaska.com
114-Talo folheáceo ou em forma de lâmina larga (1 cm),
fendido ou inteiro.
115-Lâminas
115 Lâminas com uma camada de células
de espessura.
116-Talo verde intenso, plasto laminar
ou lenticular.....................................Ulvaria
www.botany.hawaii.edu
116-Talo vermelho ou marrom, com um plasto
estrelado,, nem sempre p visível em material
fixado...........................................Porphyra
62
www.botan
ny.hawaii.edu
115-Lâminas
115 Lâminas com mais de uma camada de células
de espessura.
117-Plantas verdes, com duas camadas
de espessura......................................Ulva
www.nio.org
117-Plantas marrons (esverdeadas quando
fixadas), com mais de duas camadas de
espessura
espessura............................Spatoglossum
Spatoglossum
www.beachw
114-Talo com forma diferente, se folheáceo com
o bordo apical
p enrolado.
watchers.wsu.edu
118-Talo em forma de crostas fortemente aderidas
às rochas.
119-Crostas de coloração negra ou marrom
escura.............................................Ralfsia
63
www.aquama
119-Crostas de coloração vermelha..................
............................................Hildenbrandia
ax.de
www.nio.org
118-Talo não crostoso.
120-Talo em forma de ventarola, com os
bordos enrolados de coloração
marrom...........................................Padina
www.biol.tsukuba
a.ac.jp
120-Talo
120 Talo com outra forma. forma
www.naturalscien
121-Talo em forma de pequeno arbusto,
com ramos que simulam folhas; com
ou sem vesículas esféricas..................
...........................................Sargassum
64 nces.org
www.marlin.ac.uk 121-Talo com outras formas.
122 T l em forma
122-Talo f de
d vesículaí l ou bolha, b lh grandes d e iisoladas,l d ou
pequenas e em grupos densos, de coloração marrom
amarelada.....................................................................Colpomenia
www.sea
avegetables.com
65
www.biol.tsukkuba.ac.jp
66
vis-pc.planttbio.ohiou.edu
124-Talo
124 T l com fforma diferente.
dif t
128-Laminar formando segmentos elípticos, articulados e com
nervura central..............................................Caloglossa
67
www.horta.uac.pt
monopodial.
135-Plantas pequenas, com 1-2 cm de
altura....................................Gelidium
68
www.sinh
hhocvietnam.com
69
70
GLOSSÁRIO – ALGAS
REINO PLANTAE
Texto complementar
O conceito de reino Plantae adotado considera como seus representantes todas
as plantas terrestres que abrigam um embrião em seu gametângio nos estágios iniciais de
desenvolvimento (Raven et al. 2007). Acredita-se que as plantas surgiram de um grupo
extinto de algas verdes da classe Charophyceae, possuindo como características em
comum com este grupo a parede celular constituída de celulose, a presença de clorofilas
“a” e “b” e carotenóides, armazenamento de amido, citocinese com ruptura da membrana
nuclear, persistência do fuso mitótico, presença de fragmoplasto e placa celular, presença
de nós e entrenós, meristema apical, oogamia e retenção do zigoto no talo parental.
Diferentemente das Charophyceae, a meiose em todas as plantas terrestres é espórica
com alternância de gerações heteromórficas. Para que as plantas pudessem colonizar o
ambiente terrestre e sobreviver à falta de água, radiação solar, vento e pressões
mecânicas, elas tiveram que desenvolver esporos resistentes à dessecação, gametângios
e esporângios com células estéreis protegendo as células reprodutivas, embrião retido no
arquegônio, rizóides, cutícula e poros ou estômatos.
As plantas terrestres são divididas em dois grandes grupos: criptógamas (cripto-
escondido; gamae-gametas) e fanerógramas (fanero-visível; gamae-gametas). As
criptógamas, por sua vez, são divididas em:
•briófitas: criptógamas que não possuem vasos especializados para o transporte de
seiva.
•pteridófitas: criptógamas que possuem vasos especializados para o transporte de
seiva.
BRIÓFITAS
Consideradas um grupo artificial, as briófitas são compostas pelos filos
Hepatophyta, Anthocerophyta e Bryophyta, que em conjunto possuem aproximadamente
18000 espécies. Apesar de ocorrerem preferencialmente em ambientes úmidos, podem
ser encontradas em praticamente todas as regiões, inclusive em desertos, poucas
espécies são aquáticas, mas nenhuma marinha. A fase dominante do ciclo de vida das
briófitas é o gametófito haplóide, enquanto a parte efêmera é o esporófito diplóide que
depende do gametófito para sua sobrevivência. Quando jovem, a cápsula do esporófito
(esporângio) é protegida por um tecido chamado caliptra, derivado das paredes do
arquegônio.
75
peso seco), além de propriedades antissépticas. Ainda pode ser valioso economicamente
como meio de cultivo para plantas ornamentais e é apreciado tanto como combustível
industrial quanto doméstico, o que gera problemas ambientais pela diminuição drástica de
umidade da área de extração das plantas e pela liberação de carbono na atmosfera
durante a queima. O gametófito é ereto e os rizóides são multicelulares, os filídios
possuem grandes células mortas com orifícios que são circundadas por células vivas e de
menores dimensões. Os orifícios das células mortas provavelmente têm relação com a
facilidade na absorção de água e as cavidades dessas células com a retenção da água.
Arquegônios e anterídios são apicais, o esporófito fica elevado por uma estrutura
chamada pseudopódio e é composto apenas pela cápsula e pelo opérculo, que possui um
mecanismo de abertura explosivo ajudando na dispersão dos esporos. O protonema,
quando presente, é semelhante ao talo em forma de disco de Coleochaete, no qual o
gametófito folhoso é formado a partir de um meristema apical.
A classe Andreaeidae é composta pelos gêneros Adreaea e Andreaeobryum e
suas espécies conhecidas como “musgos-do-granito”. Ocorrem em regiões montanhosas
ou árticas, sobre as rochas. Seu gametófito possui coloração verde enegrecida e os
rizóides multicelulares são bisseriados (2 fileiras de células). O esporófito cresce no ápice
do gametófito e é constituído por pé, seta e cápsula. A cápsula apresenta deiscência por
meio de quatro fendas longitudinais que se abrem com pouca e fecham com o excesso de
umidade. Após a germinação do esporo um protonema multicelular e bisseriado pode ser
formado.
A classe Bryidae concentra o maior número de espécies e seus representantes
são conhecidos como musgos verdadeiros. Os gametófitos apresentam rizóides
multicelulares e unisseriados, filídios com costa e caulídio com células de condução
especializadas que também ocorrem na seta do esporófito. As células de condução
especializadas são os hidróides, células mortas carentes de lignina, que transportam
seiva bruta, e os leptóides, células vivas, sem núcleo, com poros nas paredes
transversais, que transportam seiva elaborada. Os gametófitos são divididos em duas
formas de crescimento, os do tipo almofada e os do tipo pena. Os do tipo almofada
possuem um gametófito ereto e esporófitos terminais e os do tipo pena apresentam
gametófitos rastejantes com uma ramificação que lhes dá aparência de pena e esporófitos
laterais. O esporófito é fotossintetizante durante os estágios iniciais de desenvolvimento.
Ele possui estômatos e é composto por pé, seta e cápsula que se abre por meio de um
opérculo. Após a liberação do opérculo, um anel de dentes chamado peristômio, que se
localiza na abertura da cápsula, auxilia na liberação dos esporos. Após a germinação dos
77
esporos forma-se o protonema, composto por uma fileira de células que é extremamente
semelhante às algas verdes filamentosas e só pode ser distinto dessas devido às paredes
celulares inclinadas entre as suas células.
Nessa aula você poderá observar exemplares dos três filos de Briófitas: Hepatophyta,
Anthocerophyta e Bryophyta. Os exemplares podem estar frescos ou fixados em etanol
70%, FAA ou outro fixador de uso corrente. Os exemplares fixados têm a desvantagem de
perderem a sua coloração original, mas podem propiciar a observação de exemplares ou
estruturas mais difíceis de serem coletados para aulas práticas.
3) No filo Bryophyta você poderá observar exemplares das classes Sphagnidae e Bryidae.
a) Na classe Sphagnidae, observe um exemplar de Sphagnum e, com o auxílio de pinças
e estiletes (de ponta de agulha) retire alguns filídios do gametófito e coloque-os sobre
uma lâmina com o auxílio de um pincel, pingue uma gota d’água e cubra com lamínula.
Observe a lâmina na objetiva de 40x do microscópio disponível em seu laboratório.
Esquematize as células mortas e as células vivas deste filídio, qual a função dos orifícios
nas células mortas?
79
b) Na classe Bryidae você terá uma diversidade maior de exemplares para sua
observação. Retire alguns filídios de um dos exemplares disponíveis e monte uma lâmina
da mesma maneira que você fez para Sphagnum. Observe a lâmina na objetiva de 4x do
microscópio disponível em seu laboratório. Observe a costa dos filídios e faça um
esquema geral do filídio observado. Você notou diferenças no número de camadas
celulares e no formato das células entre a costa e das demais regiões do filídio? Quais?
d) Como você diferenciaria um musgo do filo Bryophyta de uma hepática folhosa do filo
Hepatophyta?
a) hepática talosa
b) hepática folhosa
c) antócero
d) membro de Sphagnidae
www.a
anbg.gov.au
1-Plantas talosas.
2-Plantas aquáticas flutuantes, com uma distinta linha mediana..........Ricciocarpus
www.botany.ubc.ca
2-Plantas não aquáticas.
3-Talo com poros no lado dorsal..........................................................Marchantia
www.jbrj.gov.br
3-Talo sem poros.
4-Rizóides densos como feltros nascendo ao longo de uma distinta linha
mediana..........................................................................................Dumortiera
di D ti
81
www.anbg.g
4-Rizóides diferentes dos acima.
5-Talo em forma de roseta; esporófito verde desde a base, alongado, sem região
gov.au
dilatada no ápice.
6-Parede do esporófito sem estômatos....................................Dendroceros
www.geocities.c
6-Parede do esporófito com estômatos.
7-Esporos pretos ou marrons
marrons..................................................Anthoceros
Anthoceros
com
bryophytes.plant.siu.edu
7-Esporos
p alaranjados
j ou amarelados....................................Phaeoceros
bryophytes.plant.siu.edu
5-Talo não em forma de roseta, esporófito sempre incolor na base, distintamente
diferenciado em seta e cápsula (região dilatada).
8-Talo com ramificação bi- ou tripinada...........................................Riccardia
82
www.bryolog
8-Talo,, se ramificado,, não como o acima.
gy.org
9-Talo medindo de 0,5 a 2,0 mm de largura no máximo..............Metzgeria
www2.auckland.ac
9-Talo bem mais largo que o acima......................................Symphyogyna
www2.auckland c.nz
1-Plantas folhosas.
10-Filídios filiformes, espaçadas ao longo do talo cilíndrico......................Telaranea
83 d.ac.nz
www.azorresbioportal.angra.u
10-Filídios não-filiformes; há sempre pelo menos uma certa porção laminar, embora
esta possa ser dividida de várias formas.
11 T l com apenas duas
11-Talo d fil
fileiras
i de
d filídios
filídi em ttorno d
do eixo.
i ((verifique
ifi ttambém
bé
do lado ventral).
12-Filídios distintamente bilobadas, com o lobo menor dobrado por baixo do
lobo dorsal (aparecendo então no lado ventral)..............................Radula
uac.pt
12-Filídios não bilobadas como acima.
13-Talo distintamente
folhoso
folhoso.....................................................................................................Androcryphia
Androcryphia
www.societe.org.gg
w
13-Talo apenas com lobos esboçados marginalmente
(folhas incipientes).........................................................Fossombronia
www.jbrj.gov.b g
11-Talo
11 Talo com pelo menos três fileiras de filídios em torno do eixo, ou são
br
dispostas sem formar fileiras.
14-Filídios com porção laminar partida em vários segmentos.......Trichocolea
84
www.adkscie
ence.org
14- Filídios inteiras ou lobadas, nunca com segmentos filiformes.
15- Filídios com apenas uma camada de células em espessura; estas de
dois tipos: a) clorofiladas, longas e estreitas, e b) incolores, largas.
Ambas dispõe-se formando um padrão característico.........Sphagnum
www1.fccj.org
www.a
andrewspink.nl
15- Filídios com mais de uma camada de células em espessura; se com
apenas uma camada, então todas células de um só tipo.
16- Filídios dispostas em 3 fileiras (duas dorsais e uma ventral).
17 Filídios súcubas
17- súc bas (em “telhado”)
“telhado”)...............................Lophocolea
Lophocolea
www.sou.edu
17- Filídios incubas (a mais velha recobre a mais nova).
18- Filídios dorsais sem lobos no lado ventral.
19-Plantas regularmente ramificadas e também apresentando
ramos mais ou menos sem filídios (ramos
flageliformes)....................................................................................................Bazzanea
85
www.uni-koe
19-Plantas não ramificadas ou irregularmente ramificadas,
mas nunca com ramos flageliformes.................................................................Isotachis
18-Cada folha dorsal com pequeno lobo no lado ventral.
eln.de
20 L b ventral
20-Lobo t l em fforma d de pequena urna alongada, l d quase
livre da porção basal..........................................Frullania
www.drehwald.info
20-Lobo ventral não urceolado, ligado em grande extensão à
porção dorsal....................................................Lejeunea
www.anbg.gov.au
w
16-Filídios dispostas radialmente, não formando fileiras reconhecíveis.
21-Cápsula permanecendo fechada por uma membrana pleura após
a queda do opérculo......................................POLYTRICHALES
ww
ww.bioimages.org.uk
21-Cápsula nunca fechada por membrana após a queda do opérculo.
22- Filídios distintamente abauladas, emborcadas
dorsalmente...............................................FISSIDENTALES
86 k
en.wikipedia
a.org
22- Filídios diferentes das acima acima.
23-Peristômio simples (não há uma fileira de
dentes)......................................................FUNARIALES
www.milueth
h.de
gastein-im-b
bild.info
23-Peristômio duplo (há duas fileiras de
dentes)........................................................EUBRYALES
87
88
GLOSSÁRIO – BRIÓFITAS
PTERIDÓFITAS
Texto complementar
Características importantes na transição de plantas avasculares para
plantas vasculares
As pteridófitas são consideradas um grupo artificial composto por 4 filos extintos
(Rhyniophyta, Zoserophyllophyta, Trimerophytophyta e Progymnospermophyta) e dois
filos atuais (Lycophyta e Pteridophyta/Monilophyta) de plantas vasculares sem sementes
(Raven et al. 2007). As pteridófitas distinguem-se das briófitas por possuírem vasos
condutores de seiva especializados (xilema e floema) e, para isso, tiveram que
desenvolver um composto muito resistente que é depositado na parede de algumas
células do xilema e em células do esclerênquima, chamado lignina. A sustentação
mecânica conferida pela lignina e a condução eficiente de seivas permitiu às pteridófitas o
desenvolvimento de plantas de maior porte. Com a aquisição de um maior porte os
esporófitos de pteridófitas adquiriram vida livre em relação aos gametófitos e puderam
produzir um número muito maior de esporos que as briófitas, graças à ramificação do
esporófito e à produção de múltiplos esporângios. Ao longo do tempo, o esporófito das
pteridófitas tornou-se perene em relação ao gametófito efêmero, o que pode ter ocorrido
devido aos gametófitos de briófitas e pteridófitas necessitarem da água para a sua
reprodução, o que explica a manutenção dos gametófitos rastejantes de pequeno porte
nas pteridófitas e aumento de complexidade apenas nos esporófitos. Além disso, o fato de
o esporófito ser diplóide permitiu o surgimento de uma maior complexidade de
características devido à possibilidade de combinação de diferentes alelos, o que conferiu
uma vantagem adaptativa ao grupo, visto que é o esporófito que realiza a dispersão da
espécie via esporos disseminados pelo vento.
Os esporófitos das primeiras pteridófitas ainda não apresentavam diferenciação
entre raiz, caule e folhas, sendo constituídos apenas por um eixo caulinar que produzia
esporângios em suas extremidades. A ausência de raízes explica porque as micorrizas
devem ter sido importantes durante a colonização do ambiente terrestre, sendo
comumente encontradas em associações com os gametófitos das pteridófitas atuais que
possuem rizóides. Os diferentes tipos de células do vegetal estão organizados em tecidos
e estes nos sistemas de tecidos, dérmico, fundamental e vascular e é a forma com que os
tecidos são distribuídos no corpo da planta que irão diferenciar seus órgãos (raiz, caule e
folhas). O crescimento primário da planta ocorre através dos meristemas apicais da raiz e
do caule promovendo o crescimento vertical da planta através da produção dos tecidos
primários, a maioria das plantas vasculares primitivas e muitas plantas atuais são
92
mais derivados, onde a parede de células estéreis consiste em uma única camada de
células espessadas (ânulo) que promovem a abertura do esporângio e a dispersão dos
esporos, esses esporângios são pedunculados.
Todas as pteridófitas extintas são homosporadas (possuem apenas um tipo de
esporo) e seus esporos dão origem a gametófitos bissexuados. Dentre as pteridófitas
atuais apenas duas ordens de Lycophyta e duas de Pteridophyta são heterosporadas
(produzem dois tipos de esporos-micrósporos que originam gametófitos masculinos e
megásporos que originam gametófitos femininos), originando gametófitos unissexuados
que favorecem a fecundação cruzada e aumentam a variabilidade genética. A
heterosporia parece ter se desenvolvido várias vezes no curso da evolução, podendo-se
citar uma vez em Lycophyta (ancestrais de Selaginellaceae e Isoetaceae), uma vez em
Pteridophyta (ancestrais de samambaias aquáticas) e uma vez no ancestral das plantas
vasculares com sementes (Progymnospermophyta), mostrando ser uma característica
vantajosa pela sua manutenção em todas as gimnospermas e angiospermas. Embora
apresente suas vantagens, a heterosporia restringe a dispersão dos grupos que a
possuem, pois plantas homosporadas de gametófitos bissexuados não necessitam de
outro gametófito para realizarem a reprodução sexuada e estabelecerem um novo
esporófito. Plantas heterosporadas ainda apresentam endosporia (o gametófito se
desenvolve no interior da parede do esporo), que representa um dos passos para o
posterior desenvolvimento da semente. Para que tal passo evolutivo ocorresse, as
gimnospermas heterosporadas e endospóricas ainda tiveram que manter os megásporos
presos no megasporângio através do surgimento do tegumento da semente em torno do
megasporângio. Dessa forma, o gametófito feminino é obrigado a se desenvolver dentro
do megasporângio exigindo que o gameta masculino se locomova até esta região. O
embrião é formado no gametófito feminino dentro da parede do megásporo, do
megasporângio e da planta esporofítica e só será disperso no ambiente com a dispersão
da semente, que consiste na dispersão do megasporângio, do gametófito feminino
endospórico e do embrião contido em seu interior.
Os filos extintos de pteridófitas Rhyniophyta, Zosterophyllophyta e
Trimerophytophyta não possuíam diferenciação em raiz, caule e folha, sendo constituídas
apenas por um eixo caulinar, possuíam esporângios globosos ou alongados terminais ou
laterais, eram homosporadas e protostélicas. Embora Aglaophyton major (Rhyniophyta)
compartilhe dessas características, suas células condutoras de seiva bruta são mais
semelhantes aos hidróides dos musgos que aos traqueídes das plantas vasculares, além
de seus gametófitos serem bem desenvolvidos, levando a crer que algumas dessas
94
Tabela 1: Filos e ordens atuais de pteridófitas e características marcantes relacionadas a cada um deles.
Tipo de esporo e
Filo Ordem Tipo de folha e caule Habito e Habitat Características gerais
esporângio
A maioria das espécies
Microfilas de filotaxia Homosporada;
Plantas herbáceas; possui trofófilos e
alterna espiralada; eusporangiada;
terrestres, de esporofilos localizados em
Lycopodiales protostelo num caule com estróbilos na
ambientes alagados estróbilos; Huperzia possui
aéreo e subterrâneo de maioria das
ou epífitas trofoesporófilos em toda a
ramificação dicotômica espécies
planta
Trofófilos distribuídos por
Microfilas de filotaxia
Lycopodiophyta
Ophioglossales
a
c2) Desenhe um indivíduo de Azolla sob corte longitudinal feito com auxílio de lâmina de
barbear. Represente a diferença de coloração entre os lobos da folha e diga onde
ocorrem colônias de cianobactérias. Agora pique a porção onde se encontram as
cianobactérias, também com auxílio de lâmina de barbear, sobre uma lâmina de vidro,
pingue uma gota de água e cubra com lamínula. Observe a lâmina sob microscópio óptico
na objetiva de 40x e esquematize as colônias de cianobactérias observadas. Qual é a
grande importância econômica e ecológica de Azolla?
98
c4) Retire um dos esporocarpos de Salvinia e abra-o sobre uma lâmina de vidro
espalhando seu conteúdo sobre ela, pingue uma gota de água e cubra com lamínula.
Observe a lâmina sob microscópio óptico nos aumentos de 10 e 40x, desenhe os
esporângios observados, nomeie as suas partes constituintes e diga se tratam de
eusporângios ou leptoesporângios e justifique.
d2) Retire alguns soros e ponha-os sobre uma lâmina dissociando-os com auxílio de
estiletes feitos de agulhas, pingue uma gota de água sobre os soros dissociados e cubra
com lamínula. Observe a lâmina sob microscópio óptico nos aumentos de 10 e 40x,
desenhe os esporângios observados, nomeie as suas partes constituintes e diga se
tratam de eusporângios ou leptoesporângios e justifique.
e2) Agora limpe a porção do gametófito que fica voltada para o substrato sobre uma placa
de petri com auxílio de pincéis e água. Coloque o gametófito sobre uma lâmina com a
região dos rizóides voltada para cima, pingue uma gota de água e cubra com lamínula.
Tente observar ao microscópio óptico no aumento de 4x os arquegônios que ficam
próximos às reentrâncias do gametófito e os anterídios que ficam entremeados com os
rizóides, faça desenhos esquemáticos.
100
Passos da chave:
Família:
Desenho esquemático:
101
Passos da chave:
Família:
Desenho esquemático:
Passos da chave:
Família:
Desenho esquemático:
Chave Ilustrada – famílias de Pteridófitas
www
w.plant-identification.co.uk
1-Esporófito com microfilas, escamiformes (até 2 cm) ou assoveladas quando
maiores (5 cm ou mais)
mais).
2-Folhas estéreis planas, verticiladas, concrescidas formando uma ócrea; caule
articulado; esporângios reunidos em estróbilos terminais.............EQUISETACEAE
caliba
an.mpiz-koeln.mpg.d
102 de
upload.wikime
2-Folhas estéreis planas ou cilíndricas, inseridas em espiral ou aos pares; caule não
articulado.
articulado
edia.org
3-Esporófilos bifurcados no ápice, menores que os esporângios........PSILOTACEAE
nlbif.eti.uv
va.nl
3-Esporófilos com ápice agudo ou obtuso, maiores que os esporângios.
4-Plantas aquáticas ou palustres, heterosporadas; micrófilas com 5 cm ou mais de
comprimento, cilíndricas, com lígula................................................ISOETACEAE
www.saxifraga
4-Plantas terrestres; microfilas com até 2 cm de comprimento, planas.
a.deg
5-Plantas homosporadas; folhas sem lígula. --------------------LYCOPODIACEAE
103
e4940a80b.jjpg
farm4.static.flickr.com/3353/325
5-Plantas heterosporadas; folhas com lígula.......................SELAGINELLACEAE
59838009_d
us
sers.telenet.be/cr28
1-Esporófito com macrófilas de tamanho e forma variados.
6-Plantas heterosporadas; esporângios produzidos em esporocarpos; aquáticas ou
8796/SalvMole.JPG
próximas
ó i d
da áágua.
7-Plantas flutuantes; folhas com 1-2 pinas aéreas e uma submersa, ramificada ou
não; esporocarpos em cachos, submersos, contendo um megasporângio ou
numerosos microsporângios............................................................SALVINIACEAE
os//original/11371896.jjpg G
sta
atic.panoramio.com//phot
104
www.nature-diary.co.uk
6-Plantas homosporadas.
8-Esporângios
8 Esporângios soldados formando sinângios.
9-Sinângios formados no ápice de espigas simples ou ramificadas,
diferenciadas a partir da base da lâmina foliar que pode ser inteira, recortada
ou pinada..........................................................................OPHIOGLOSSACEAE
www.botany.hawaiii.edu
9-Sinângios
9 Si â i formados
f d na face f abaxial
b i l da d lâmina
lâ i foliar,
f li pecíolo í l com 2 estípulas
tí l
basais.........................................................................................MARATTIACEAE
105
tliny/7763
www.aquapage.cz/Obrazky//Ros
8-Esporângios livres e espalhados sobre a lâmina foliar ou reunidos em soros.
3.jpg
10-Plantas anuais, aquáticas, flutuantes ou de pântanos; pecíolo intumescido,
com células esponjosas; folhas férteis e estéreis dimorfas......PARKERIACEAE
www.botany.hawaii.edu
106
www.jardin-mu
11-Lâmina foliar não dividida dicotomicamente.
12-Folhas ou ppinas férteis diferentes das estéreis.
undani.info
13-Esporângios formados no par apical de pinas..........OSMUNDACEAE
www.bbg.org
13-Esporângios formados no par basal de pinas ou em folha totalmente
dimorfa em relação
ç à estéril......................................SCHIZAEACEAE
g
www.trevena
12-Folhas férteis e estéreis dimorfas ou não.
across.co.uk
14 Pl t arborescentes.
14-Plantas b t
15-Pecíolo com espinhos e escamas; soros na região mediana da
lâmina, com indúsio peltado, caduco....................CYATHEACEAE
107
20.jpg
static.panora
15-Pecíolo sem espinhos e com tricomas dourados; soros
marginais, com indúsio bilabiado......................DICKSONIACEAE
amio.com/photos/oriiginal/3647
s/M
ww
14-Plantas
14 Plantas não arborescentes
arborescentes.
ww.mobot.org/mobo
Madidi_3/images/26
16-Soros marginais.
17-Soros contínuos ou interrompidos, com indúsio formado pela
margem da lâmina retroflexa...........................PTERIDACEAE
ot/photoessay
6.jpg
www.plantsystemattics.org
17 Soros lineares contínuos,
17-Soros contínuos sem indúsio; folhas estéreis e férteis
dimorfas..................................................PLAGIOGYRIACEAE
108
www.msrose
16-Soros não marginais.
18-Soros oblongos a lineares, com indúsio.
19-Soros lineares
lineares, acompanhando a nervura principal da folha
enthal.com
ou das pinas, com indúsio; folhas férteis e estéreis com ou
sem dimorfismo.........................................BLECHNACEAE
Asplenium_n
toptropicals.com/pics/garden/m1/list/
19-Soros oblongos a lineares, em nervuras secundárias livres,
nidus6629.jpg
com indúsio...............................................ASPLENIACEAE
static.pan
noramio.com/photos
18-Soros arredondados a alongados, sem indúsio; pecíolos
geralmente articulados ao caule..................POLYPODIACEAE
109 s/original/517129.jp
pg
110
GLOSSÁRIO - PTERIDÓFITAS
Alternância de gerações isomórficas: ciclo reprodutivo no qual ocorre uma fase haplóide
(n), o gametófito, e uma fase diplóide (2n), o esporófito, semelhantes morfologicamente.
Ânulo: uma fileira de células especializadas (espessadas) num leptosporângio.
Assoveladas: com margens fortemente revolutas.
Báculo: nome dado às folhas de samambaias que são produzidas enroladas sobre si
mesmas e expandem-se à medida que se desenrolam. Este padrão é também conhecido
como venação circinada.
Bífida: fendido em duas partes, em geral na porção superior ou, no máximo, até a metade.
Bifendido, bipartido.
Bilabiado: que tem dois lábios; em angiospermas diz-se da corola cujas pétalas se distribuem
claramente em dois lábios superpostos.
Bilobado: que tem dois lobos ou lóbulos; bilobulado.
Caduco: que cai.
Cilindro vascular: no caule e na raiz, termo de conveniência aplicado aos tecidos
vasculares e aos tecidos fundamentais associados. Refere-se à mesma parte do caule e
da raiz denominada estelo, todavia sem as implicações teóricas do conceito de estelo. O
mesmo que cilindro central.
Concrescidas: o mesmo que aderidas.
Cormo: caule subterrâneo, espessado, verticalmente posicionado e no qual se acumulam
reservas, geralmente na forma de amido.
Dimorfas: duas formas, vegetativa (trofófilo) e reprodutiva (esporófito) no caso de folhas
ou folíolos de pteridófitas.
Efêmero: de pouca duração; passageiro, transitório.
Elatério: no caso de Equisetales, estrutura higroscópica, em forma de fitas, com origem na
parede do esporo e que permanece aderida a ele auxiliando em sua dispersão pelo vento.
Endosporia: desenvolvimento dos gametófitos masculino e feminino de pteridófitas no
interior da parede dos esporos, os quais têm sua parede quebrada quando os
gametângios atingem sua maturidade. Algumas vezes a proteção da parede do esporo é
tão intensa que o megasporângio continua abrigando o megásporo mesmo com o
gametófito feminino já maduro.
Epífita: organismo que cresce sobre outro, mas não é seu parasita.
Escamas: diz-se de qualquer formação que lembre escama de peixe.
Escamiforme: em forma de escama.
111
Leptosporângio: esporângio que se origina de uma única célula inicial e cuja parede é
composta de uma única camada de células.
Lignina: um dos constituintes mais importantes das paredes secundárias das plantas
vasculares, embora nem todas as paredes secundárias contenham lignina. Depois da
celulose, a lignina é o polímero vegetal mais abundante.
Lígula: o mesmo que pequena língua; órgão em forma de fita; em Selaginella, pequeno
apêndice pontiagudo na base da folha, na sua face dorsal.
Lobo: parte arredondada e saliente de uma estrutura, produzida por uma incisão qualquer
a partir das margens.
Longo-peciolada: que possui longo pecíolo, sendo que este é a parte da folha que prende
o limbo ao caule diretamente ou por meio de uma bainha.
Megafila/macrofila: de folhas grandes, oposto de microfilo. Diz-se de folhas cujos traços
deixam lacunas no cilindro vascular.
Megasporângio: esporângio no qual megásporos são produzidos. Recebe também o
nome de nucelo em plantas vasculares com sementes.
Megásporo: em plantas heterosporadas, o esporo haplóide (n) que se desenvolve no
gametófito feminino. Na maioria dos grupos, são maiores que os micrósporos.
Meristema: a região com tecido embrionário, responsável principalmente pela formação
de novas células.
Meristema apical: o meristema no ápice da raiz ou do caule numa planta vascular.
Meristema lateral: que dá origem a tecidos secundários, como o câmbio vascular e
câmbio da casca (felogênio).
Microfila: geralmente são folhas pequenas; oposto de macrófilo ou megáfila; diz-se de
folhas cujos traços não deixam lacunas no cilindro vascular do eixo caulinar.
Micrósporo: em plantas heterosporadas, o esporo que se desenvolve no gametófito
masculino.
Nervura: conjunto de elementos condutores que se distinguem, em geral, com grande
nitidez nas folhas.
Oblongos: estrutura laminar com ápice e base obtusos (ângulo maior que 90°) e margens
paralelas. Possui uma razão comprimento:largura entre 2:1 e 3:2.
Ócrea: formação com aspecto de bainha que envolve o caule, em certas plantas,
resultando da fusão de estípulas axilares em ambos os bordos.
Palustres: diz-se do vegetal que vive nos pântanos.
Perene: que dura muitos anos; que não acaba; perpétuo, imperecível, imperecedouro,
eterno; incessante, contínuo, ininterrupto.
113
Pinada: composta, folha que possui várias pinas ou folíolos, podendo possuir também
pinas e folíolos compostos de pínulas ou foliólulos.
Protostelo: o tipo mais simples de estelo, constituído de uma coluna sólida de tecido
vascular.
Quadripinada: folha composta por quatro pinas ou folíolos.
Raque/ráquis: eixo de uma folha de pteridófita da qual as pinas se originam.
Ramificação dicotômica: divisão ou bifurcação de um eixo em dois ramos.
Retroflexa: que se curva para trás.
Rizoma: caule subterrâneo que se dispõe mais ou menos paralelamente à superfície do
solo.
Roseta: Diz-se da disposição circular das folhas, a partir da extremidade de um caule.
Sifonostelo: tipo de estelo constituído por um cilindro de tecido vascular preenchido por
uma medula parenquimática.
Sinângio: conjunto de esporângios de paredes espessadas, fundidos lateralmente em
uma estrutura capsular com muitas câmaras, que sofre deiscência após a maturação dos
esporos.
Sistema dérmico: todos os tecidos que revestem externamente a planta, a epiderme ou a
periderme.
Sistema fundamental: todos os tecidos exceto a epiderme (ou periderme) e os tecidos
vasculares.
Sistema vascular: todos os tecidos vasculares em seus arranjos específicos em uma
planta ou órgão vegetal.
Soros: conjunto de esporângios.
Traqueíde: célula do xilema, alongada, de parede espessa e com funções de condução e
sustentação. Possui as extremidades afiladas e as paredes pontuadas sem perfurações,
diferindo dos elementos de vaso. É encontrada em quase todas as plantas vasculares e é
a única célula do xilema que ocorre em pteridófitas e na maioria das gimnospermas.
Tricomas: formação epidérmica uni- ou pluricelular que apresenta diferentes funções.
Trofófilo: folha que produz alimento, que faz fotossíntese.
Trofoesporófilo: folha que produz alimento, que faz fotossíntese e também produz
esporângios e seus esporos.
Venação circinada: folhas de samambaias que são produzidas enroladas sobre si
mesmas e expandem-se à medida que se desenrolam.
Verticiladas: diz-se dos órgãos vegetais, principalmente das folhas, que se inserem em
número superior a 2, no mesmo plano de um eixo (em geral, de natureza caulinar).
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Xilema: tecido vascular complexo, através do qual a maior parte da água e dos sais
minerais é conduzida na planta. É caracterizado pela presença de elementos traqueais.
Xilema de diferenciação centrífuga: o protoxilema (tem células de menor calibre e
diferencia-se antes de formar o metaxilema) está situado interiormente e o metaxilema
(tem células de maior calibre e diferencia-se depois de formar o protoxilema)
externamente
Xilema de diferenciação centrípeta: o protoxilema (tem células de menor calibre e
diferencia-se antes de formar o metaxilema) está situado perifericamente e o metaxilema
(tem células de maior calibre e diferencia-se depois de formar o protoxilema)
internamente.
115
A B C
D E F
H I
G
Trabalho de campo
A sugestão de trabalho de campo tem como finalidade o aprendizado de técnicas
de coleta de Criptógamas, bem como ser fonte de material para as aulas práticas da
disciplina e para a realização de trabalho prático de pesquisa. O trabalho consistirá na
identificação do material coletado, na apresentação dos dados obtidos e na entrega de
um relatório final. A área para realização do trabalho de campo deve ser escolhida
previamente pelo professor que deverá pedir uma autorização de coleta para os
responsáveis pela área. Sugere-se a realização do trabalho em áreas próximas a cursos
de água, onde podemos encontrar fungos, algas, briófitas e pteridófitas com maior
facilidade.
Algumas instruções básicas para o trabalho no campo devem ser
117
observadas:
9 Utilizar trajes adequados: calça maleável mas resistente, camisa clara e de manga
comprida, boné ou chapéu, tênis ou bota apropriada, meias compridas, perneiras e
capa de chuva.
9 Levar e utilizar protetor solar e repelente de insetos.
9 Levar garrafa de água (fundamental!).
9 Levar lanche para os trabalhos de campo que durarão dias inteiros (frutas, bolachas,
cenoura, todinho, sanduíches leves, etc.).
9 O trabalho de campo pode gerar bons resultados desde que bem planejado,
organizado e realizado por uma equipe concentrada e com objetivos definidos.
Portanto, os alunos devem evitar brincadeiras de mau gosto e comportamento de
risco.
9 No campo, nunca se distanciar do grupo. Se houver alguma emergência o aluno terá
como ser socorrido.
9 Observar com atenção onde pisa, senta e apóia as mãos.
Alguns equipamentos e materiais de consumo serão necessários para o
trabalho no campo com Criptógamas:
9 GPS
9 Máquina fotográfica
9 Caderno de campo para anotações
9 Lápis, borracha e estilete
9 Sacos plásticos
9 Vidros para fixação de material botânico. E vidros cobertos com papel ou plástico
pretos para fixação de Algas
9 Transeau (600ml água destilada + 300ml etanol 100% + 100ml formol 40%) para
fixação de Algas
9 Álcool 70% ou FAA 70 para fixação de Fungos e Briófitas
9 Papel para anotar dados de material fixado em solução orgânica
9 Etiquetas
9 Envelopes para exsicatar Briófitas (papel fino ou papel manteiga)
9 Jornais, papelão e prensa de madeira com cordas para exsicatar Pteridófitas
9 Estufa de campo para secagem de exsicatas
9 Tesoura de poda
9 Canivete ou faca
9 Lupa de bolso
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O material coletado deve estar sempre fértil, com esporos e estróbilos, exceto as algas.
Deve-se coletar duplicatas de uma mesma amostra, para permuta, ou substituição de
material. Usa-se fazer de 3-5 duplicatas, no nosso caso 2 amostras serão suficientes.
No caderno de campo devem constar as seguintes informações:
9 Coletor (es)
9 Número da coleta/número do coletor (amostras de um único indivíduo recebem
mesmo número). O número do coletor é o número dado a cada planta que um
sistemata inclui no herbário.
9 Local (localização geográfica)
9 Data
9 Dados relacionados à planta que são perdidos na exsicata, que só podem ser
observados no campo: Freqüência da espécie no local
Hábito
Cor
Odor
Outros
Para saber como proceder durante a coleta, processar e conservar o material coletado
consulte o texto sobre COLETA E PRESERVAÇÃO E CRIPTÓGAMAS, apresentado no
texto introdutório da Apostila.
educar.sc.usp.br/ciencias/seres_vivos/seresvivos5.html
www.herbario.com.br/cie/universi/teoria/1027herb.htm
www.biota.org.br/pdf/v1cap05.pdf
www.enq.ufrgs.br/cursos/grad/BioTec/aulas/aulas_3e4.doc
www.uefs.br/disciplinas/bio221/aula_06_fungos_assexuais.rtf
www.uefs.br/disciplinas/bio221/aula_08_liquens.rtf