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Compressores

Classificação e Funcionamento
Introdução
• Ventiladores e compressores constituem a família das máquinas
operatrizes (geratrizes) de fluxo compressível.

Ventiladores:
• Promovem o escoamento de um gás;
• Variação da massa especifica do gás raramente ultrapassa 7%;
• Elevação de pressão inferior a 0,1 atm.

Compressores:
• Proporcionam a elevação da pressão de um escoamento gasoso;
• Elevações de pressão de 1 atm até centenas de atmosferas;
• Há quem utilize a denominação “sopradores” para máquinas que
operam com elevações de pressão pequenas mas superiores aos
limites usuais dos ventiladores.
Classificação Quanto às Aplicações
• Compressores de ar para serviços ordinários;
• Compressores de ar para serviços industriais;
• Compressores de gás ou de processo;
• Compressores de refrigeração;
• Compressores para serviços de vácuo (bombas
de vácuo);
Classificação Quanto às Aplicações
Compressores de ar para serviços ordinários;
• Fabricados em série;
• Baixo custo inicial;
• Serviços de jateamento, limpeza, pintura,
acionamento de pequenas máquinas
pneumáticas
Classificação Quanto às Aplicações
Compressores de ar para serviços industriais;
• Centrais encarregadas do suprimento de ar;
• Podem ser de grande porte;
• Condições de operação costumam variar
pouco, exceto a vazão;
Classificação Quanto às Aplicações
Compressores de gás ou de processo;
• Condições de operação variadas;
• Compressores de ar fora do padrão;
• Projeto e especificação dependem
fundamentalmente da aplicação;
• Muito utilizados em indústrias do petróleo.
Classificação Quanto às Aplicações
Compressores de refrigeração;
• Operam com fluidos bastante específicos;
• Condições de sucção e descarga pouco
variáveis;
• Em alguns casos tratado como compressor de
processo.
Classificação Quanto às Aplicações
Compressores para serviços de vácuo;
• Pressão de sucção subatmosférica;
• Pressão de descarga quase sempre
atmosférica;
• Fluido utilizado normalmente é o ar.
Classificação Quanto ao Princípio de
Concepção
Compressores de Deslocamento Positivo ou
Volumétricos
• Elevação de pressão obtida pela redução do
volume ocupado pelo gás;
• Podem ser identificadas fases;
• Compressão em sistema fechado.
Classificação Quanto ao Princípio de
Concepção
Compressores Dinâmicos ou Turbocompressores
• Possui dois orgãos principais: impelidor e difusor;
• O impelidor é um órgão rotativo munido de pás
que transfere ao gás a energia recebida de um
acionador;
• O difusor é um órgão fixo que transforma a
energia cinética do gás em entalpia com
consequente ganho de pressão;
• Processo contínuo;
• Compressão em volume de controle.
Classificação Quanto ao Princípio de
Concepção
Pistão
Alternativos
Diafragma
Volumétricos
Palhetas

Rotativos Lóbulos
Compressores
Parafuso
Centrífugos
Dinâmicos
Axiais
Princípios de Funcionamento
Compressor Alternativo
• Sistema biela-manivela converte o movimento
rotativo de um eixo no movimento linear de
um pistão;

• A cada rotação do acionador o pistão efetua


um percurso de ida e volta, estabelecendo um
ciclo de operação.
Princípios de Funcionamento
Compressor Alternativo
Válvula de
Admissão Válvula de
Descarga

Pistão
Cilindro

Biela

Cárter
Princípios de Funcionamento
Compressor Alternativo
Princípios de Funcionamento
Compressor de Diafragma
• Utiliza o pistão não para comprimir o gás, mas
para deslocar um fluido hidráulico que aciona um
diafragma que faz a compressão do gás, através
da redução de volume da câmara de compressão.
• São recomendados para compressão de gases
tóxicos, corrosivos, inflamáveis, inclusive
oxigênio.
• Não exige lubrificação para as vedações do pistão
e da haste como no caso dos compressores
alternativos de pistão, assegurando que o gás não
seja contaminado como fluido hidráulico.
Princípios de Funcionamento
Compressor de Diafragma
Princípios de Funcionamento
Compressor de Diafragma
Princípios de Funcionamento
Compressor de Palhetas
• Possui um rotor ou tambor central que gira
excentricamente em relação à carcaça, onde
existem rasgos radiais que se prolongam por
todo o seu comprimento e nos quais são
inseridas palhetas retangulares;
• Relação de compressão é fixa;
• A pressão do gás no momento que é aberta a
comunicação com a descarga poderá ser
diferente da reinante na região.
Princípios de Funcionamento
Compressor de Palhetas
Sucção

Palheta

Rotor

Descarga
Princípios de Funcionamento
Compressor de Palhetas
Princípios de Funcionamento
Compressor de Palhetas
Princípios de Funcionamento
Compressor de Parafusos
• Possui dois rotores em forma de parafusos
que giram em sentido contrário mantendo
uma condição de engrenamento;
• Relação de compressão depende das
características da máquina podendo ser
diferente da do sistema.
Princípios de Funcionamento
Compressor de Parafusos
Princípios de Funcionamento
Compressor de Parafusos
Princípios de Funcionamento
Compressor de Lóbulos
• Possui dois rotores que giram em sentidos contrários,
mantendo uma folga muito pequena no ponto de
tangência;
• Não possui compressão interna, apesar de ser
classificado como volumétrico;
• Conhecido originalmente como soprador “ROOTS”,
uma vez que é oferecida para elevações muito
pequenas de pressão.
• Raramente empregado com fins industriais, mas é um
equipamento de baixo custo e pode suportar longa
duração de funcionamento sem cuidados de
manutenção.
Princípios de Funcionamento
Compressor de Lóbulos
Princípios de Funcionamento
Compressor de Lóbulos
Princípios de Funcionamento
Compressor Centrífugo
• O gás é aspirado continuamente pela abertura
central do impelidor e descarregado pela
periferia do mesmo, num movimento provocado
pela força centrífuga;
• Operando em fluxo contínuo, aspiram e
descarregam o gás exatamente nas pressões
externas;
• É incapaz de proporcionar grandes elevações de
pressão, assim os utilizados em processos
industriais são de múltiplos estágios.
Princípios de Funcionamento
Compressor Centrífugo
Anel Difusor
Difusor da Voluta

Impelidor

Voluta
Princípios de Funcionamento
Compressor Centrífugo
Princípios de Funcionamento
Compressor Centrífugo
Princípios de Funcionamento
Compressor Axial
• São dotados de um tambor rotativo com
palhetas em arranjo circular igualmente
espaçadas que quando posicionadas ficam
intercaladas por arranjos semelhantes fixados
ao longo da carcaça;
• Cada par formado por um conjunto de
palhetas fixas e outro de palhetas móveis
constitui um estágio de compressão.
Princípios de Funcionamento
Compressor Axial
Princípios de Funcionamento
Compressor Axial
• As palhetas móveis transmitem ao gás a energia
do acionador, acarretando ganhos de velocidade
e entalpia;
• As palhetas fixas produzem uma deflexão no
escoamento, que força um processo de difusão.
• Por provocar uma elevação de pressão bastante
pequena por estágio axial, esses compressores
são sempre dotados de vários estágios.
Princípios de Funcionamento
Compressor Axial
Princípios de Funcionamento
Compressor Axial
Ciclos Teóricos de Compressão
Compressor Alternativo
• 4-1: Admissão isobárica
• 1-2: Compressão
• 2-3: Descarga isobárica
• 3-4: Expansão

• Não é um ciclo
termodinâmico porque a
massa do sistema é variável.
Ciclos Teóricos de Compressão
Compressor de Palhetas e de Parafuso

Pd sistema > Pd interna Pd sistema < Pd interna


Maior consumo de energia Maior consumo de energia
Pd sistema = Pd interna Redução de eficiência
Redução de eficiência
Redução da vida útil do Elevação da temperatura de
compressor descarga
Redução da vida útil do
compressor
Ciclos Teóricos de Compressão
Compressor de Lóbulos
• Processo ineficiente em
comparação com qualquer
alternativa onde há
compressão interna.
Escolha do Tipo de Compressor
Compressor Alternativo
• Usados para baixas vazões e altas pressões;
• Grande peso e dimensões;
• Alto nível de vibração, causado pelo
movimento alternativo;
• Necessidade frequente de manutenção, por
possuir muitos componentes frágeis.
Escolha do Tipo de Compressor
Compressor de Palhetas
• Baixo peso e construção simples;
• Baixa eficiência comparado com compressor
alternativo;
• Baixo nível de manutenção;
• Grande aplicação em instalações de ar
comprimido e refrigeração.
Escolha do Tipo de Compressor
Compressor de Parafusos
• Alto custo inicial;
• Pouca manutenção requerida;
• Grande aplicação em instalações de ar
comprimido e refrigeração;
• Insatisfatória adaptação à flexibilidade
operacional geralmente requerida.
Escolha do Tipo de Compressor
Compressor Centrífugo
• São mais versáteis que todos os demais;
• Poucos componentes sujeitos a quebra ou
desgaste;
• Mais usado em processamento industrial;
• São relativamente tolerantes a presença de
líquido;
• Alguma dificuldade de operação pela
sensibilidade às variações nos parâmetros do
processo.
Escolha do Tipo de Compressor
Compressor Axial
• Superam os centrífugos pois seu fluxo menos
sujeito a mudanças de direção lhes confere
maior compacidade e eficiência aerodinâmica;
• O fluido é quase sempre ar;
• Representa uma fração muito pequena no
total das instalações industriais de
compressão.
Escolha do Tipo de Compressor
Escolha do Tipo de Compressor
Referências Bibliográficas
• RODRIGUES, Paulo Sergio Barbosa.
Compressores Industriais. Rio de Janeiro:
EDC,1991.

• SILVA, Napoleão Fernandes da. Compressores


Alternativos Industriais: Teoria e Prática. Rio
de Janeiro: Interciência,2009.

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