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SISTEMAS DE PROPULSÃO

1.2. Propulsão a vapor

Navio de transporte de gás natural liquefeito (LNG)


PROPULSÃO A VAPOR

Um sistema de propulsão a vapor é constituído,


principalmente, por um conjunto de equipamentos
térmicos principais:

1. Caldeira (s)
2. Turbina (s) a vapor
3. Condensador.

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PROPULSÃO A VAPOR

Layout de uma instalação de propulsão a vapor


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PROPULSÃO A VAPOR

1. Caldeira ou gerador de vapor


Equipamento térmico que tem por finalidade a produção de
vapor de água a uma determinada pressão e
temperatura.
Pode-se distinguir 3 zonas distintas existentes numa
caldeira:
• Zona de água
• Zona de vapor
• Zona de gases ou da câmara de combustão

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PROPULSÃO A VAPOR

Caldeira aqui-tubular
da Foster Wheeler

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PROPULSÃO A VAPOR

Caldeira aqui-tubular
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PROPULSÃO A VAPOR

Caldeiras do tipo gás-tubular - navio paquete Funchal

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PROPULSÃO A VAPOR

Caldeira do tipo aqui-tubular - navio petroleiro “Revenge”


General Maritime Management
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PROPULSÃO A VAPOR

Colector de vapor
(barrilete)

Tubos vaporizadores

Downcomers

Colector de água

Feixe tubular de uma caldeira a vapor do


tipo aqui-tubular

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PROPULSÃO A VAPOR

1.1. Principais componentes de uma caldeira:


• Fornalha - câmara de combustão
http://www.youtube.com/watch?v=wySZl6JIwQw

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PROPULSÃO A VAPOR

Principais componentes de uma caldeira:


• Fornalha
- As fornalhas podem ser revestidas por blocos,
normalmente em ferro fundido, que abraçam os tubos
verticais pelos quais circula água.
- A sua face interior é revestida por material refractário
que orienta a transmissão de calor por radiação e permite
que o calor seja retido no interior da fornalha.
- Este material deve ter também alto ponto de fusão,
resistência ao choque térmico e dilatação quase nula.

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Principais componentes de uma caldeira:

▪ Coletores:

- Coletor superior (coletor de vapor): órgão cilíndrico de


aço. Tem como função receber e armazenar a água de
alimentação da caldeira, fornecê-la na quantidade suficiente
ao coletor de água e ainda assegurar a alimentação dos
utilizadores através do armazenamento, na quantidade
suficiente, do vapor produzido nos feixes tubulares
vaporizadores.

- Coletor inferior (coletor de água): órgão cilíndrico de


aço. Tem a função de alimentar os feixes tubulares
vaporizadores, através da água recebida do coletor de
vapor.
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Principais componentes de uma caldeira:

▪ Feixes tubulares vaporizadores


- São constituídos por tubos de aço laminado, sem
soldadura.
- Têm como função encaminhar a água de alimentação do
coletor de vapor para o coletor de água, os quais por sua
vez irão alimentar os tubos vaporizadores.
- Por outro lado, vaporizam a água através do calor que
recebem dos gases de combustão e, encaminham este
vapor saturado húmido, para o coletor de vapor.

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Principais componentes de uma caldeira:
▪ Sobreaquecedor:
É constituído por conjuntos de serpentinas instaladas na
zona de maior temperatura da câmara de combustão,
percorridas interiormente por vapor saturado húmido na
zona de entrada de vapor e por vapor saturado seco na
zona de saída para as turbinas, sendo lambidas
exteriormente pelas chamas e gases de combustão.

- Função: elevar a temperatura do vapor saturado


húmido que recebem do coletor de vapor, de forma a
transformarem-no em vapor saturado seco (vapor
sobreaquecido), a fim de reduzir as perdas por atrito e a
erosão das pás das turbinas, devidas a condensações,
aumentando assim o seu rendimento.

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Principais componentes de uma caldeira:

▪ Dessobreaquecedores:

De forma a assegurar o fornecimento de vapor saturado


para outras máquinas, faz-se passar todo o vapor gerado
pela caldeira principal através do sobreaquecedor, e
seguidamente a totalidade ou apenas uma parte do vapor
sobreaquecido, é obrigado a passar através de
dessobreaquecedores, cuja função é transformar o
vapor sobreaquecido em vapor saturado.
Normalmente composto por um conjunto de serpentinas
montadas no depósito de água da caldeira.

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Principais componentes de uma caldeira:
- Diafragma:
Dispositivo simples (membranas de chapa metálica) colocados
no circuito de vapor (no interior do coletor de vapor da caldeira),
de modo a mudar o curso normal do vapor, com o objetivo de:
Diminuir a velocidade de modo a evitar agitações violentas;
Obter uma maior produção de vapor; Assegurar
a proteção de determinadas áreas do coletor;

- Separadores de vapor:
Chapas onduladas de modo a formarem um labirinto montados
no interior do coletor de vapor das caldeiras. Têm como
finalidade eliminar (ao máximo) a quantidade de água em
suspensão no vapor, de forma a impedir o arrastamento de
água através do vapor.
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Principais componentes de uma caldeira :
▪ Reaquecedores:

- A presença de partículas de água, juntamente com o


vapor, pode originar problemas graves de erosão nas pás
das turbinas, especialmente nos andares de baixa pressão,
depois de o vapor já ter produzido trabalho na turbina de
alta pressão.
- Para o evitar, as caldeiras modernas são equipadas
com feixes tubulares especiais (reaquecedores), por
onde o vapor é obrigado a passar depois de atuar na
turbina de alta e antes de entrar na turbina de baixa
pressão. Por vezes, o vapor pode ser extraído, não da
evacuação da turbina de alta, mas de qualquer outro ponto
mais conveniente ao reaquecimento.
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Principais componentes de uma caldeira:
▪ Chaminé:
Faz o encaminhamento dos gases de combustão,
resultantes da queima de combustível na fornalha da
caldeira, para a atmosfera. Os gases passam entre os
tubos vaporizadores, contornam o coletor de vapor,
atravessam o economizador e finalmente atingem a
chaminé que os expulsa para a atmosfera onde são
dispersos.

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PROPULSÃO A VAPOR

Principais componentes de uma caldeira:

• Permutador de calor: Painéis de tubos alhetados,


feixes tubulares; Aquecimento e vaporização da água de
alimentação da caldeira.
• Economizador: Recuperação de calor dos gases de
combustão para pré aquecimento de água de
alimentação da caldeira.
• Aquecedor de ar de tiragem: Recuperação de calor
dos gases de combustão o que origina um pré
aquecimento do ar que vai para a combustão.

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PROPULSÃO A VAPOR

Principais componentes de uma caldeira:

Localização e aspecto de um economizador

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PROPULSÃO A VAPOR

Principais componentes de uma caldeira:

Aquecedor do ar de combustão da caldeira e sua localização


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PROPULSÃO A VAPOR

Principais componentes de uma caldeira:


• Registo de ar: Para regulação do caudal de ar e, em
alguns casos, comunicar rotação ao escoamento de
entrada de forma a estabilizar a chama.

Registo de ar da caldeira
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PROPULSÃO A VAPOR

Principais componentes de uma caldeira:


• Queimador e atomizador

Queimador
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PROPULSÃO A VAPOR

Principais componentes de uma caldeira:


• Queimador e atomizador
http://www.youtube.com/watch?v=QYNtA5i6Lpk
http://www.youtube.com/watch?v=w-_2aCVvStM

Um queimador é um equipamento mecânico que tem como


objectivo introduzir o combustível numa câmara de
combustão, de forma a que o processo de combustão se
realize nas melhores condições possíveis.
Tem um papel importante na transformação de energia
química do combustível em calor.
O combustível pode ser líquido, gasoso ou sólido.
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PROPULSÃO A VAPOR

Principais componentes de uma caldeira:

• Queimador e atomizador

Para além de providenciar o calor gerado numa caldeira ou


qualquer outro equipamento de aquecimento, controla
também a temperatura de saída e pressão da caldeira.
Tem uma importância imensa na qualidade da queima.
Uma queima de combustível eficiente resulta num
consumo de combustível reduzido.

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PROPULSÃO A VAPOR

Principais componentes de uma caldeira:

• Queimador e atomizador

O queimador tem também um papel preponderante na


estabilização de chama, promovendo:
• Recirculação (interna ou externa) dos gases da chama
de modo a aquecer a mistura ar/fuel;
• Turbulência da mistura;
• Atomização ou Pulverização correcta do combustível.

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PROPULSÃO A VAPOR
Principais componentes de uma caldeira:

• Queimador e atomizador
A atomização do combustível pode ser conseguida de
diferentes formas:
- Com atomizadores de pressão; atomização por vapor e
atomização mecânica.
- No caso do atomizador de pressão (fig. Seguinte), o
combustível é introduzido na câmara de swirl, onde, devido
aos diversos ângulos de saída dos canais, ganha rotação. O
objectivo é provocar rotação no combustível antes deste ser
enviado pelo orifício da peça exterior até ao local de
combustão.
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PROPULSÃO A VAPOR

Principais componentes de uma caldeira

Atomizadores de pressão

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PROPULSÃO A VAPOR

Principais componentes de uma caldeira:

Queimador com atomização por vapor

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PROPULSÃO A VAPOR

Principais componentes de uma caldeira:

Queimador com atomização mecânica (rotary cup)


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PROPULSÃO A VAPOR

Principais componentes de uma caldeira:

• Equipamentos de controlo e segurança


Válvulas de segurança – protege a caldeira de pressões
excessivas;
Válvula principal de vapor – permite isolar a caldeira da
linha de vapor;
Válvula auxiliar de vapor – função idêntica à válvula
principal de vapor, permitindo isolar a caldeira de linhas de
vapor auxiliares;

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PROPULSÃO A VAPOR

Principais componentes de uma caldeira:

• Equipamentos de controlo e segurança


Indicadores do nível de água da caldeira – normalmente
vidros de nível;
Válvulas para sangria da caldeira - servem para retirar
da água as impurezas que se depositam no fundo da
caldeira;
Válvulas para escumação da caldeira - retiram da água
as impurezas mais leves;

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PROPULSÃO A VAPOR

Principais componentes de uma caldeira:

• Equipamentos de controlo e segurança


Válvulas de purga de ar – montadas no topo da caldeira,
servem para libertar o ar durante os períodos de
enchimento com água e arranque da caldeira quando está
fria (pressão atmosférica e temperatura ambiente). Servem
também para libertar o vapor, quando a sua pressão é
próxima da pressão atmosférica, antes do arrefecimento e
isolamento da caldeira, para eventuais intervenções de
manutenção.

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PROPULSÃO A VAPOR

Principais componentes de uma caldeira:

• Equipamentos de controlo e segurança


Sopradores de fuligem – injectam vapor ou ar com uma
determinada pressão de modo a soltar toda a fuligem que
possa estar agarrada ao tubular da caldeira prejudicando a
transferência de calor;
Manómetros indicadores da pressão da caldeira;
Termómetros;

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PROPULSÃO A VAPOR

Principais componentes de uma caldeira:

• Equipamentos auxiliares
Queimador de arranque – auxilia o arranque da caldeira
em algumas situações proporcionando chama piloto para o
queimador principal (queimadores de pequenas dimensões
que funcionam normalmente com diesel-oil).
Detectores de chama – o mais usual é a célula
fotoeléctrica que, além de emitir um alarme sonoro quando
o queimador se apaga, provoca o fecho das válvulas de
combustível.

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PROPULSÃO A VAPOR

1.1. Principais componentes de uma caldeira:

• Equipamentos auxiliares
Bomba de água - alimenta a caldeira com o caudal de
água necessário para o regime de funcionamento da
caldeira.
Filtros de ar, filtros de água, filtros de fumo, etc.

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1.1.2. CLASSIFICAÇÃO DAS CALDEIRAS
a) Quanto à sua forma: - Cilíndrica; - De formas especiais;

b) Quanto à situação das fornalhas: - Fornalhas interiores; -


Fornalhas exteriores; (situam-se no interior ou no exterior da caldeira);

c) Quanto ao combustível que queimam: c.1 - Gás: gás natural, butano,


propano; c.2 - Combustíveis destilados: gasóleo; c.3 - Combustíveis intermédios:
marine diesel; c.4 - Combustíveis residuais: fuel e nafta;

d) Quanto ao percurso dos gases e da água: Gás-tubulares; Aqui-tubulares;

e) Quanto à circulação dos gases na fornalha: Caldeiras de chama direta;


Caldeiras de chama invertida – conforme o feixe tubular está ou não no
prolongamento da fornalha.

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CLASSIFICAÇÃO DAS CALDEIRAS

f) Quanto ao número de frentes de trabalho: -


Frente simples; - Frente dupla; (Conforme apresente fornalhas em um
ou em ambos os topos).

g) Quanto à disposição do feixe tubular: - Horizontais; - Verticais; -


ex: as caldeiras verticais gás-tubulares, por vezes são utilizadas como
auxiliares recuperativas (Pressões na ordem dos 7 bar).

h) Quanto à pressão de regime ou de trabalho: -


Caldeiras de baixa pressão (até 7 bar); -
Caldeiras de média pressão (10 a 40 bar); -
Caldeiras de alta pressão (40 a 170 bar); -
Caldeiras de pressões muito altas (170 a 225 bar); -
Caldeiras de pressões super-críticas (acima dos 225 bar);

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1.2. CLASSIFICAÇÃO DAS CALDEIRAS

i) Quanto à circulação da água no tubular vaporizador:


- Caldeiras de circulação natural - devido à diferença de densidade
água quente/fria;
- Caldeiras de circulação forçada - através de bomba. Nas
instalações marítimas a vapor utilizado sempre circulação natural.

j) Quanto à função que desempenham:


- Caldeiras principais; - Caldeiras auxiliares;
As caldeiras principais são apenas utilizadas nas instalações propulsoras a
vapor. A sua função é a de fornecer vapor às máquinas principais e às
máquinas auxiliares.
As caldeiras auxiliares são utilizadas tanto nas instalações propulsoras a vapor
como nas instalações propulsoras por motor Diesel. A sua função é a de
fornecer vapor para todos os serviços auxiliares: aquecimentos, banhos, etc.
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Classificação das caldeiras:

Quanto ao seu princípio de funcionamento:

1.d.1. Caldeiras gás-tubulares ou caldeiras de tubos de


fumo – caldeiras em que o fluido quente (gases da
combustão) circula no interior dos feixes tubulares
mergulhados na água da caldeira (fluido frio).

http://www.youtube.com/watch?v=6OKB9qO3cqg
http://www.youtube.com/watch?v=mi1J0Y81Qu4

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PROPULSÃO A VAPOR

Classificação das caldeiras quanto ao seu princípio de


funcionamento:

1. Caldeiras gás-tubulares ou caldeiras de tubos de


fumo:
• São normalmente utilizadas para consumos de vapor
relativamente baixos (12000 kg/h);
• São também utilizadas em instalações que utilizam
baixas e médias pressões de vapor (até 18 bar);
• Este tipo de caldeiras pode operar com HFO, DO, Gas e
combustíveis sólidos;

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.
PROPULSÃO A VAPOR

Classificação das caldeiras quanto ao seu princípio de


funcionamento:

Caldeira do tipo gás-tubular

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PROPULSÃO A VAPOR

Classificação das caldeiras quanto ao seu princípio de


funcionamento:

Caldeiras do tipo gás-tubular


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PROPULSÃO A VAPOR

Classificação das caldeiras quanto ao seu princípio de


funcionamento:

Caldeiras do tipo gás-tubular

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PROPULSÃO A VAPOR

Vantagens das caldeiras gás-tubulares:


• custo de aquisição mais baixo até valores de produção
de 18 ton/h;
• exigem pouca alvenaria;
• boa resposta a aumentos instantâneos de consumo de
vapor;
• Fácil limpeza;
• Fácil substituição dos tubos;
• Compactas;
• Formato padrão o que leva a tempos de fabrico
reduzidos;

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PROPULSÃO A VAPOR

Desvantagens das caldeiras gás-tubulares:


• Lentidão no arranque;
• Próprias para funcionamento a baixas e médias
pressões;
• Produção baixa/média do fluído térmico;
• Para maiores produções e pressões exige 2 ou 3
queimadores;

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PROPULSÃO A VAPOR

1.d.2. Caldeiras aqui-tubulares ou de tubos de água:

• A água da caldeira circula dentro dos feixes tubulares


enquanto que a chama e/ou gases circulam no exterior
dos mesmos.
• O feixe tubular está ligado a dois cilindros, um cilindro
inferior, denominado colector de água, e um cilindro
superior, denominado colector de vapor ou barrilete.
• Os produtos da combustão circulam pela área de
passagem entre as paredes dos tubos.
http://www.youtube.com/watch?v=aC7c1NgA-7M

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PROPULSÃO A VAPOR

Caldeiras aqui-tubulares ou de tubos de água

Caldeiras do tipo aqui-tubular

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PROPULSÃO A VAPOR

Vantagens das caldeiras aqui-tubulares:

• Utilização a temperaturas e pressões mais elevadas (50


a 165 bar)
• Grandes produções (40 a 150 ton/h)
• Maior flexibilidade mecânica devido a ter uma circulação
rápida e flexibilidade estrutural
• Rápida vaporização
• Grande margem de segurança em caso de
rebentamento
• Fácil adaptação a diferentes tipos de combustível
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PROPULSÃO A VAPOR

Desvantagens das caldeiras aqui-tubulares:

• Grandes dimensões
• Sensíveis às variações bruscas de carga
• Grandes exigências na qualidade da água de
alimentação devido à elevada pressão de
funcionamento
• Elevado custo
• Grande complexidade de montagem

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PROPULSÃO A VAPOR
Quanto ao modo de circulação da água no seu interior, as
caldeiras aqui-tubulares podem ser classificar como:
1.3.1. Caldeiras de circulação natural
A circulação de água é devida à diferença do peso específico
(N/m3), ou massa específica (kg/m3), ou densidade da água fria
(maior peso específico) em relação à água quente (menor peso
específico).
No tubular de uma caldeira do tipo vertical, a velocidade da
circulação relativa será, evidentemente, máxima nos tubos
frontais e posteriores, visto que entre estes tubos existe a
maior diferença nos pesos específicos.

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PROPULSÃO A VAPOR

Quanto ao modo de circulação da água no seu interior, as


caldeiras aqui-tubulares podem-se classificar como:
1.3.1. Caldeiras de circulação natural:
Consegue-se mais facilmente uma melhor circulação a partir
de uma caldeira de baixa pressão do que em caldeiras de
elevada pressão (acima dos 25 Kg/cm2), uma vez que o
aumento de pressão e temperatura leva a um nivelamento dos
pesos específicos de água e vapor – a causa da circulação.
- Para pressões elevadas (acima dos 25 Kg/cm2) é comum
aumentar-se a circulação por intermédio de tubos de retorno
montados exteriormente que não estão aquecidos.

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PROPULSÃO A VAPOR

Caldeira aqui-tubular com tubos exteriores de


retorno (downcomers).

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PROPULSÃO A VAPOR

Quanto ao modo de circulação da água no seu interior,


as caldeiras aqui-tubulares podem-se classificar como:

1.3.1. Caldeiras de circulação natural ou,


1.3.2. Caldeiras de circulação forçada – a circulação é
normalmente imposta por uma bomba externa. Em
instalações marítimas tem-se utilizado caldeiras de
circulação natural.

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PROPULSÃO A VAPOR

Vista interna de uma caldeira aqui-tubular

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PROPULSÃO A VAPOR

1.4. Sistemas auxiliares anexos ao funcionamento de


uma caldeira:

i. Sistema de combustível

ii. Sistema de ar de tiragem

iii. Sistema de água de alimentação

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PROPULSÃO A VAPOR

I. Sistema de combustível

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PROPULSÃO A VAPOR

I. Sistema de combustível
• Normalmente o combustível encontra-se num tanque
de decantação, cujo objectivo é decantar a água e
outras impurezas existentes no combustível para o
fundo do tanque, ou seja, a água é retirada e purgada
em intervalos regulares;
• De modo a acelerar o processo de decantação, e uma
vez que o fuel-óleo é bastante viscoso a baixas
temperaturas, estes tanques são equipados com
serpentinas de vapor ou de outro fluído térmico (óleo
térmico) para aquecimento do combustível;
• Uma depuradora centrífuga aspira o combustível do tk
de decantação e descarrega para o tk de serviço diário;

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PROPULSÃO A VAPOR

I. Sistema de combustível
• Os condensados destas serpentinas retornam a um
tanque de observação de maneira a que rapidamente se
possa detectar se o condensado está isento de
combustível.
• O combustível é depois aspirado destes tanques através
de uma bomba elevatória de pressão, passando por
filtros de aspiração.
• Estas bombas comprimem o combustível através de
aquecedores e filtros de descarga (filtros quentes), para
a linha de pressão dos queimadores.
• Existe uma linha de retorno do combustível não
queimado que retorna às bombas de pressão.
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PROPULSÃO A VAPOR

I. Sistema de combustível
• Para uma eficiente atomização, o combustível, se for
HFO (Heavy Fuel Oil) ou IFO (Intermediate Fuel Oil),
deve estar a uma temperatura entre os 70 e os 120 ºC,
dependendo da sua viscosidade.

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PROPULSÃO A VAPOR

II. Sistema de ar de tiragem

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PROPULSÃO A VAPOR

II. Sistema de ar de tiragem


• Estes sistemas são normalmente constituídos por um ou
mais ventiladores que aspiram o ar atmosférico e o
introduzem, através de condutas e pré aquecedores de
ar (circulados pelos gases de evacuação da caldeira,
antes de saírem pela chaminé), na fornalha da caldeira.
• É normal existirem aquecedores de ar da combustão,
pois desta forma consegue-se aumentar o rendimento
da caldeira (reduz-se o efeito do frio provocado pelo ar
ao colidir com as superfícies da fornalha).
• O caudal de ar é normalmente controlado por registos.

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PROPULSÃO A VAPOR
III. Sistema de água de alimentação

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PROPULSÃO A VAPOR

III. Sistema de água de alimentação


• São sistemas de alimentação fechados que englobam
eficientes esquemas de desgasificação, de modo a eliminar
o ar dissolvido na água de alimentação.
• Este ar e algum dióxido de carbono que possa estar
dissolvido na água de alimentação, são gases corrosivos
quando em contacto com aço húmido devendo por isso ser
eliminados.
• São constituídos por um tanque de água de alimentação ou
cisterna, desaerificador ou desgaseificador térmico,
bombas de água de alimentação e um ou mais
aquecedores de água de alimentação.

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PROPULSÃO A VAPOR

2. Turbina a vapor
• Uma turbina a vapor é uma máquina térmica concebida
para produzir trabalho mecânico a partir da energia
presente no vapor.
• O vapor entra numa turbina contendo elevada energia
calorífica (temperatura e pressão) e sai da turbina já
depois de ter perdido praticamente toda a sua energia.
• O vapor produzido na caldeira chega à turbina com
uma pressão elevada sendo depois expandido nas
agulhetas formando-se um jacto de vapor com elevada
velocidade. Transformação da energia calorífica do
vapor em energia cinética nas agulhetas.
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PROPULSÃO A VAPOR

2. Turbina a vapor
• O jacto de vapor, com elevada velocidade, ao actuar
sobre as pás ou palhetas montadas na periferia das
rodas do rotor, transforma esta energia cinética em
força, desenvolvendo trabalho.

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PROPULSÃO A VAPOR

2. Turbina a vapor
• O perfil das pás do rotor provoca uma alteração na
direcção do jacto de vapor assim como uma alteração
na velocidade desse jacto.
• A alteração de velocidade do jacto para uma
determinada massa de vapor produzirá uma força que
provoca a rotação do rotor da turbina.
Alteração de
Caudal velocidade
• Essa força é determinada por: mássico

 
.
F kg.m / s 2  mkg / s  V m / s 
Força

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PROPULSÃO A VAPOR

2. Turbina a vapor
• Apesar de o princípio de funcionamento de uma turbina
a vapor ser o que referimos anteriormente, existem
diferentes configurações.
• A expansão do vapor pode ocorrer em vários estágios,
isto significa que após a sua passagem nas pás do
primeiro rotor, o vapor passa de novo para outro
conjunto de agulhetas seguindo-se outro conjunto de
pás (2º rotor), e assim sucessivamente.
• A cada conjunto de agulhetas e pás do rotor dá-se a
designação de estágio.

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PROPULSÃO A VAPOR

2. Turbina a vapor
• Existem 2 tipos de turbinas, turbinas de acção e
turbinas de reacção, dependendo da forma como a força
actua nas pás do rotor, provocando a sua rotação.

• A configuração das turbinas de acção consiste na


existência de um anel de agulhetas seguido de um anel
de pás (rotor).
• O vapor, com elevada energia (pressão e temperatura),
expande-se apenas nas agulhetas formando um jacto de
vapor com elevada velocidade e uma pressão mais baixa.

LEEM (ETO) Máquinas Marítimas 2017/2018 69


PROPULSÃO A VAPOR

2. Turbina a vapor
• Este jacto de vapor é direccionado para as pás de “acção”
e sai delas com uma direcção alterada.
• A mudança na direcção e consequentemente da
velocidade do jacto de vapor produz uma força de impulso
que actua principalmente na direcção de rotação das pás
da turbina (direcção radial).
• Existirá apenas um pequeno impulso axial (direcção axial)
no veio da turbina.
• As turbinas de acção são utilizadas em aplicações de
baixa e média potência.
http://www.youtube.com/watch?v=bOPnzsdBoBU

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PROPULSÃO A VAPOR

2. Turbina a vapor
• Nas turbinas de reacção existe um anel de pás fixas
agarradas ao corpo da turbina e outro anel de pás fixas
idênticas, montadas no rotor.
• As pás são montadas e apresentam um perfil que
permitem uma passagem estreita ao vapor o que, tal
como numa agulheta, aumenta a velocidade do jacto de
vapor.
• Este aumento de velocidade que ocorre sobre as pás do
rotor produz uma força de reacção que apresenta
componentes na direcção de rotação do rotor (direcção
radial) e na direcção axial ao veio.
LEEM (ETO) Máquinas Marítimas 2017/2018 71
PROPULSÃO A VAPOR

2. Turbina a vapor
• Como resultado de uma mudança na direcção do vapor é
também produzida uma alteração na sua velocidade o que
produz também uma força de acção (impulso) neste tipo de pás.
• O termo mais correcto para este tipo de turbina seria: turbina de
acção-reacção.
• Como existe uma força de impulso axial este tipo de turbina
está equipado com sistemas compensadores de impulso
(êmbolos).
• As turbinas de reacção são utilizadas em aplicações de média e
alta potência.
http://www.youtube.com/watch?v=MulWTBx3szc

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PROPULSÃO A VAPOR

Comparação turbina de acção/turbina de reacção


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PROPULSÃO A VAPOR

2. Turbina a vapor
• Uma turbina é constituída por um rotor (parte móvel),
formado por um veio e rodas suportando na sua periferia
as pás (pás moveis), por um estator (parte fixa),
formando a caixa da turbina onde internamente roda o
rotor, por agulhetas e/ou pás fixas montadas
internamente no estator.
• O rotor é apoiado em chumaceiras fixas ao estator,
sendo o seu movimento axial dentro do estator limitado
pela chumaceira de impulso igualmente fixa ao estator
ou caixa.

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PROPULSÃO A VAPOR

2. Turbina a vapor
• A vedação do vapor entre o estator e as pontas do veio
do rotor é feita por bucins, que são do tipo labirinto ou
anéis de carvão.

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PROPULSÃO A VAPOR

Turbina a vapor marítima

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PROPULSÃO A VAPOR

Arranjo de uma turbina a vapor para accionamento de um


alternador
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PROPULSÃO A VAPOR

Constituição de uma turbina a vapor do tipo


“acção”
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PROPULSÃO A VAPOR

Velocidade de rotação
As turbinas a vapor operam com velocidades de rotação
superiores a 6000 rpm.
Para comparação, os motores Diesel de média velocidade
utilizados na propulsão de navios apresentam velocidades
de rotação de 750 rpm.
A velocidade de rotação que permite que os hélices de
propulsão operem com o máximo rendimento é cerca de
80 a 100 rpm.
A velocidade de rotação do veio da turbina é reduzida com
recurso a caixas redutoras de velocidade.

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PROPULSÃO A VAPOR

Caixa redutora de uma turbina a vapor


marítima
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PROPULSÃO A VAPOR

Reaquecimento:
(ocorre no reaquecedor da caldeira)

• É uma forma de aumentar o rendimento térmico global da


instalação “turbina a vapor”.
• Depois de expandir na turbina de alta pressão, o vapor é
reintroduzido na caldeira onde é reaquecido até uma
temperatura próxima da temperatura original de
sobreaquecimento.
• O vapor volta à turbina onde é novamente expandido em
alguns estágios da turbina de alta pressão e depois na
turbina de baixa pressão.

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PROPULSÃO A VAPOR

Qualquer turbina a vapor possui os seguintes


sistemas:

• Sistema de regulação e controlo – controla a


velocidade de rotação (no caso das turbo geradoras
mantém a velocidade fixa) e protege a turbina do
funcionamento em velocidade excessiva, falta de
pressão de óleo de lubrificação, vibrações e desgaste
anormal da chumaceira de impulso.

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PROPULSÃO A VAPOR

• Sistema de óleo de lubrificação – lubrifica e promove


o arrefecimento das chumaceiras de apoio e de impulso,
bem como da caixa redutora se existir.

• Sistema de alimentação/evacuação – compreende a


alimentação de vapor à turbina e a evacuação do vapor,
após a sua expansão na turbina, comportando
encanamentos, válvulas de isolamento, juntas de
dilatação e isolamento térmico.

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PROPULSÃO A VAPOR

Protecção da turbina
• Baixa pressão de óleo de lubrificação
• Sobre velocidade
• Pressão alta no condensador (baixo vácuo)
• Paragem de emergência
• Nível alto de água no condensador
• Nível alto ou baixo de água na caldeira
• Vibração alta no rotor da turbina
• Elevado impulso axial
• Virador engrenado

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PROPULSÃO A VAPOR

Protecção da turbina
• Normalmente, este sistema de monitorização e
protecção do funcionamento da turbina tem um primeiro
nível de alarme em que é apenas dado um aviso sonoro.
• Este 1º nível de alarme permite que seja tomada uma
acção correctiva e não implica a paragem da turbina.
• Se a correcção não for suficientemente rápida, ou se
não for eficaz, surge o 2º nível de alarme que fará actuar
o relé para paragem de emergência da turbina.

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PROPULSÃO A VAPOR

Quanto ao seu princípio de funcionamento,


resumidamente, as turbinas podem ser:
• Turbinas de acção ou de impulso – o vapor só se
expande nas agulhetas ou pás fixas e o rotor não possui
impulso axial. São utilizadas em aplicações de baixa e
média potência.
• Turbinas de reacção – o vapor expande-se quer nas
pás fixas quer nas pás moveis, o rotor possui impulso
axial, estando este equipado com sistemas
compensadores de impulso (êmbolos). São utilizadas
em aplicações de média e alta potência.

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PROPULSÃO A VAPOR

• Turbinas mistas – estas turbinas apresentam uma


configuração que numa primeira zona de entrada de
vapor na turbina, é constituída por um rotor com sistema
de rodas com pás de acção e numa segunda zona, do
lado da evacuação com um sistema de rodas com pás
de reacção.

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PROPULSÃO A VAPOR

Links

http://www.youtube.com/watch?v=1bl1Q3V_79I – Turbina coogeração


http://www.youtube.com/watch?v=dM4zZW4PPiU – Turbina Siemens
http://www.youtube.com/watch?v=V5cpJwiF0u4 – Resumo do ciclo
http://www.youtube.com/watch?v=xKtpL5DB7LY – Labirintos
http://www.youtube.com/watch?v=AyAd-gLO9CE – Vídeo turbina Sulzer
http://www.youtube.com/watch?v=fERdl_6cu28 – Steam flow

http://www.youtube.com/watch?v=okGjfdhMz28 – Montagem em
português
http://www.youtube.com/watch?v=BwV1J4nI66U – Funcionamento em
Espanhol

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PROPULSÃO A VAPOR

3. Condensador de vapor

• Equipamento térmico cujo objectivo é condensar o


vapor, geralmente a baixa pressão. Este equipamento é
normalmente um corpo cilíndrico fechado, constituído no
seu interior por um conjunto de feixes tubulares
circulados por água do mar, onde o vapor proveniente
da evacuação da turbina é descarregado, e
posteriormente condensado devido ao contacto com os
feixes tubulares frios.

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PROPULSÃO A VAPOR

Os condensados (água proveniente da condensação do vapor)


são extraídos por bombas de água (bombas extractoras) e
enviados para o tanque de água de alimentação da caldeira ou
cisterna.

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PROPULSÃO A VAPOR

http://www.youtube.com/watch?v=jdsNoRgt7zY&list=PLkmPJyInN-
BcdLo7rV2988mJFp9tZoVGu

Condensador de vapor
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PROPULSÃO A VAPOR

• De modo a aumentar a eficiência de condensação e


o rendimento térmico da máquina (turbinas a vapor)
o condensador funciona sob vácuo (pressão
inferior à pressão atmosférica).

• Tal é conseguido recorrendo-se a bombas de


vácuo, que podem ser compressores de ar que
aspiram o ar do interior do condensador, ou
ejectores de ar que funcionam com jacto de vapor
e pelo princípio do tubo de “Venturi”.

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PROPULSÃO A VAPOR

4. Aplicações marítimas da turbina a vapor


Sistema utilizado nos navios com potências propulsivas
elevadas na ordem dos 15000 kW (competem com os
grandes motores diesel a 2 tempos).

A utilização de turbinas a vapor como meio de propulsão


de navios deveu-se a:
4.1. A propulsão a vapor evoluiu à medida que se
conseguiram atingir pressões e temperaturas de vapor
mais elevadas, na ordem dos 40 a 60 bar e 400 a 500ºC
(sobreaquecido). Hoje em dia, nos ciclos com
reaquecimento, atingem-se pressões superiores a 100
bar e temperaturas próximas dos 600ºC.
LEEM (ETO) Máquinas Marítimas 2017/2018 93
PROPULSÃO A VAPOR

4.2. Aumento do rendimento das caldeiras (80 a 90%


quando relacionamos o calor contido no combustível e o
calor contido no vapor produzido).

Tais valores de pressão, temperatura e rendimento


foram alcançados devido à utilização de:
• Sobreaquecedores
• Economizadores
• Pré aquecedores de ar de queima
• Sopradores de fuligem, etc.

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PROPULSÃO A VAPOR

Dimensionamento da caldeira
Para um correcto dimensionamento de uma caldeira
precisamos de conhecer os utilizadores de vapor
existentes.

Utilizadores normalmente existentes:


• Turbinas de marcha avante de alta e baixa pressão
• Turbinas de marcha à ré de alta e baixa pressão
(potência máxima até 60% das turbinas de marcha
avante)
• Bombas de água de alimentação das caldeiras

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PROPULSÃO A VAPOR

Utilizadores normalmente existentes:

• Sopradores de fuligem
• Turboalternadores para produção de energia eléctrica
• Ejectores de ar dos condensadores de vácuo (
http://www.youtube.com/watch?v=8MvHplOIQCI )
• Gerador de vapor-vapor que alimenta auxiliares que
possam implicar contaminação (molinetes, guinchos,
serpentinas de aquecimento de tanques, bombas
alternativas, destiladores, etc.)

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PROPULSÃO A VAPOR

Dimensionamento da caldeira

Utilizadores específicos de cada tipo de navio:


• Turbo bombas de carga (petroleiros)
• Bomba alternativa de stripping (petroleiros)
• Dessobreaquecedores do sistema de lavagem de
tanques (Butterworth)

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PROPULSÃO A VAPOR

Consumo específico:

Turbinas de propulsão – 4 a 4.75 kg vapor/Kw.h


Turbo geradores – 4,9 a 5,7 kg vapor/Kw.h

Nota: As turbinas de maior potência são as de consumo


específico mais baixo.

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Esquema de instalação com propulsão a vapor
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