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FÍSICO
QUÍMICA
Práticas de Laboratório
Ensino Superior
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Professor Fabiano Ramos Costa – fabianoraco@oi.com.br

NORMAS BÁSICAS DE SEGURANÇA NO 11. Evite contato físico com qualquer tipo de reagente
químico. Tenha cuidado ao manusear substâncias
LABORATÓRIO DE QUÍMICA
corrosivas como ácidos e bases (use a apela).
12. A diluição de ácidos concentrados deve ser feita
A segurança no laboratório é uma responsabilidade
adicionando-sese o ácido lentamente, com agitação
que deve ser assumida por professores, monitores e alunos.
constante, sobre
bre a água – com essa metodologia
No recinto do laboratório não é permitida brincadeiras que
adequada, o calor gerado no processo de mistura, é
possam provocar danos para si ou outras pessoas. Apesar
absorvido e dissipado no meio. Nunca proceda ao
disso, os laboratórios de química não são necessariamente
contrário (água sobre o ácido).
lugares perigosos, embora muitos dos perigos estejam
13. Nunca deixe frascos contendo reagentes químicos
associados a eles.
inflamáveis próximos a chamas.
Acidentes são, na maioria das vezes, causados por
14. Não deixe nenhuma
nhuma substância sendo aquecida por
falta de cuidado, a ignorância e desinteresse pelo assunto.
longo tempo sem supervisão.
Embora não seja possível enumerar todas as
15. Não jogue nenhum material sólido dentro das pias ou
causas de possíveis acidentes no laboratório, existem alguns
ralos. O material inútil (rejeito) deve ser descartado de
cuidados que são básicos e que, se observados, ajudam a
maneira apropriada.
evitá-los:
16. Quando for testar o produto químico pelo odor, não
coloque o frasco sobre o nariz, desloque os vapores que
1. É PROIBIDO comer, beber ou fumar no laboratório.
desprendem do frasco com a mão para a sua direção.
17. Use a capela para experiências que envolvem o uso com
liberação de gases tóxicos ou corrosivos.
18. Não aqueça tubos de ensaio com a extremidade aberta
2. Evite trabalhar sozinho no laboratório,
atório, a presença de
para si mesmomo ou para alguém próximo. Sempre que
outras pessoas será sempre uma valiosa ajuda em caso
possível o aquecimento deve ser feito na capela.
de acidentes.
19. Não deixe recipientes quentes em lugares que possam
3. Prepare-se
se antes de tentar realizar os experimentos.
ser pegos inadvertidamente. Lembre-se
Lembre que o vidro
Procure ler e entender os roteiros experimentais;
quente tem a mesma aparência do vidro frio.
consulte a literatura especializada. Em caso de dúvidas,
20. Não pipete de maneira alguma,lguma, líquidos corrosivos ou
discuta o assunto com o professor antes de tentar fazer o
venenosos, por sucção com a boca. Procure usar sempre
experimento.
a “pêra de sucção”, para pipetar.
4. Utilize sempre que necessário materiais que possam
21. O bico de Bunsen deve permanecer aceso somente
garantir a maior segurança no trabalho, tais como: luvas,
quando estiver sendo utilizado.
pinça, óculos de segurança (obrigatório
obrigatório), jaleco
22. Não trabalhe com material imperfeito.
(obrigatório), etc. Procure manter seu jaleco limpo.
23. Em caso de acidentes, comunique o professor
imediatamente. Ele deverá decidir sobre a gravidade do
acidente e tomar as atitudes necessárias.
24. Em caso de possuir alguma alergia, estar grávida ou em
qualquer outra situaçãoção que possa ser afetado quando
5. Conserve sempre limpos os equipamentos, vidrarias e exposto a determinados reagentes químicos, comunique
sua bancada de trabalho. Evite derramar líquidos, mas se ao professor logo no primeiro dia de aula.
o fizer,limpe o local imediatamente. 25. Em caso de incêndio, este deverá ser abafado
imediatamente, com uma toalha, ou, se necessário, com
o auxílio de extintor de incêndio apropriado.
26. Comunique ao professor, monitor ou técnico,
téc sempre que
notar algo anormal no laboratório.
27. Faça apenas as experiências indicadas pelo professor.
Caso deseje tentar qualquer modificação do roteiro
6. Gavetas e portas dos armários devem ser mantidas
experimental discuta com o professor antes de fazê-lo.
fazê
sempre fechadas.
28. No laboratório é OBRIGATÓRIO o uso do jaleco e de
7. Ao término do período de laboratório, lave o material
óculos de segurança (para quem não usa óculos de
utilizado, limpe sua bancada de trabalho, seu banco, a
grau).
pia e outras áreas de uso em comum. Verifique se os
equipamentos estão limpos e desligados e os frascos
reagentes fechados.
8. Lave suas mãos freqüentemente
emente durante o trabalho
prático, especialmente se algum reagente químico for
respingado. Ao final do trabalho, antes de deixar o
laboratório, lave as mãos.

9. Leia com atenção os rótulos dos frascos de reagentes


químicos para evitar pegar o frasco errado. Certifique-se
de que o reagente contido no frasco é exatamente o
citado no roteiro experimental.

10. Nunca torne a colocar no frasco o reagente não utilizado.


Não coloque objeto algum nos frascos de reagentes,
exceto o conta-gotas
gotas de que alguns são providos.
providos

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DESCARTE DE REJEITOS (RESÍDUOS) • Substâncias solúveis em água podem ser


descartadas no esgoto. Por exemplo: etanol
Até há pouco tempo, os laboratórios descartavam pode ser descartado na pia do laboratório;
seus rejeitos (resíduos) sem os cuidados necessários; butan-1-ol, éter etílico e a maioria dos
solventes voláteis eram evaporados (lançados para a solventes e compostos que não são miscíveis
atmosfera), sólidos eram descartados em lixo comum e, em água não podem ser descartados dessa
líquidos e soluções, eram descartados na pia. Essas práticas maneira.
não são recomendadas e, atualmente, existe uma • Líquidos não-miscíveis com a água deverão
preocupação no descarte de rejeitos químicos. ser colocados em recipientes apropriados para
Existem regras estabelecidas para o descarte de líquidos orgânicos, para posterior tratamento.
rejeitos, especialmente os perigosos; no entanto, muitas vezes
são difíceis e de custo elevado para serem implementados. IV) Resíduos perigos genéricos:
Assim, na prática, procura-se, sempre que possível, minimizar • Neste grupo estão incluídas substâncias
a quantidade de resíduos perigosos gerados nos laboratórios perigosas como hexano, tolueno, aminas
de ensino. (anilina, trietilamina), amidas, ésteres, ácido
Alguns procedimentos são adotados nesse sentido, clorídrico e outros.
como por exemplo: • Deve-se ter especial atenção para as
a) redução da escala (quantidade de substância) de incompatibilidades, ou seja, algumas
produtos químicos usados nos experimentos. substâncias não podem ser colocadas juntas
b) Substituição de reagentes perigosos por outros no mesmo recipiente devido à reação entre
menos perigosos. elas. Por exemplo: cloreto de acetila e de
c) Conversão dos resíduos para forma menos perigosa etilamina reagem vigorosamente, ambos são
através de reação química, antes do descarte. reagentes perigosos e seus rejeitos devem ser
d) Redução dos volumes a serem descartados mantidos em recipientes separados.
(concentrando as soluções ou separando os • Compostos halogenados como 1-bromo-
componentes perigosos por precipitação). butano, cloreto de ter-butila eoutrostambém
e) Recuperação dos reagentes para novamente serem devem ser guardados em recipientes
utilizados. separados dos demais compostos.

Instruções para descarte dos resíduos são fornecidas V) Ácidos e bases inorgânicos fortes:
junto com as experiências quando os resíduos gerados pela • Devem ser neutralizados, diluídos e então
experiência não forem perigosos, poderão ser descartados na descartados.
pia de acordo coma s seguintes instruções:
VI) Agentes oxidantes e redutores:
1) soluções que podem ser jogadas na pia devem ser • Oxidar os redutores e reduzir os oxidantes
antes diluídas com água, ou jogar a solução antes do descarte.
vagarosamente acompanhada de água corrente.
2) Sais solúveis podem ser descartados como descrito Esses são alguns exemplos de procedimento de
em 1. descarte de rejeitos produzidos no laboratório químico. É
3) Pequenas quantidades de solventes orgânicos prática comum, antes de iniciar em experimento,buscar na
solúveis em água (exemplo: metanol ou acetona) literatura especializada informações sobre os efeitos tóxicos
podem ser diluídos antes de ser jogados na pia. sobre as substâncias que serão utilizadas e manuseio e
Grande quantidade de solventes ou outros que descarte das mesmas.
sejam voláteis não devem ser descartados dessa
maneira. No caso de tentar recupera-los.
4) Soluções ácidas e básicas devem ter seu pH
ajustado na faixa de 2 a 11 antes de serem
descartados. Em caso de pequenos volumes
dessas soluções (por exemplo: 10 mL ou pouco
mais), essas podem ser diluídas e descartadas.
5) Em caso de dúvida, perguntar ao professor como
proceder o descarte.

ALGUMAS ORIENTAÇÕES BÁSICAS

I) Resíduos insolúveis não-perigosos:


• papel, cortiça, areia, podem ser descartados
em um cesto de lixo comum do laboratório.
• Alumina, sílica gel, sulfato de sódio, sulfato de
magnésio e outros devem ser embalados para
evitar a dispersão do pó e descartados em lixo
comum.
• Se esses materiais estiverem contaminados
com resíduos perigosos deverão ser
manuseados de outra forma.

II) Resíduos sólidos solúveis não-perigosos:


• Alguns compostos orgânicos (exemplo: ácido
benzóico) podem ser dissolvidos com bastante
água e descarregados no esgoto. Podem,
também, ser descartados junto com resíduos
insolúveis não perigosos.
• Se esses materiais estiverem contaminados
com resíduos perigosos deverão ser
manuseados de outra forma.

III) Resíduos líquidos orgânicos não-perigosos:

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ACIDENTES COMUNS NO LABORATÓRIO


I) Queimaduras:

• Causadas pelo calor: quando leves aplicar


pomada de picrato de Butesina e, quando
graves, devem ser cobertas com gaze
esterilizada previamente umedecida com
solução aquosa de bicarbonato de sódio 5%.
• Causadas por ácidos: devem-se lavar
imediatamente com bastante água pelo menos
5 minutos. Em seguida tratar com solução de
bicarbonato de sódio a 5% e lavar novamente
com água. Secar o local e aplicar merthiolate.
• Causadas por bases: proceder como no caso
de queimadura por ácido, aplicando solução de
ácido acético1%.

II) Intoxicação por gases:


• Remover a vítima para um ambiente arejado e
deixar descansar. Em caso de asfixia fazer
respiração artificial.

III) Ingestão de substâncias tóxicas:


• Recomenda-se beber muita água e em seguida
beber:
a. Um copo de solução de bicarbonato
de sódio 1% ou leite de magnésia em
caso de ingestão de ácidos.
b. Um copo de solução de ácido cítrico Até há pouco tempo, os laboratórios descartavam
ou ácido acético a 2% em caso de seus rejeitos (resíduos) sem os cuidados necessários;
ingestão de bases. solventes voláteis eram evaporados (lançados para a
atmosfera), sólidos eram descartados em lixo comum e,
IV) Ácido nos olhos: líquidos e soluções, eram descartados na pia. Essas práticas
• Deve-se lavar com bastante água não são recomendadas e, atualmente, existe uma
aproximadamente 15 minutos e aplicar solução preocupação no descarte de rejeitos químicos.
de ácido bórico 1%. Existem regras estabelecidas para o descarte de
rejeitos, especialmente os perigosos; no entanto, muitas vezes
V) Base nos olhos: são difíceis e de custo elevado para serem implementados.
• Deve-se lavar com bastante água Assim, na prática, procura-se, sempre que possível, minimizar
aproximadamente 15 minutos e aplicar solução a quantidade de resíduos perigosos gerados nos laboratórios
de bicarbonato de sódio 1%. de ensino.

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Prática 1: RELAÇÕES DE MASSA E VOLUME b) Repita o procedimento da PARTE 1 a partir do item


d.
DOS GASES
c) Anote a massa do sistema coletor com o gás
carbônico: __________
OBJETIVO
d) Anote a massa de gás carbônico existente no
• Determinar a massa e o volume de alguns gases de
sistema coletor de gás: __________
modo a relacionar estas grandezas.
PARTE 3 – Massa de Ar
REAGENTES E EQUIPAMENTOS
Use a imaginação para encher o sistema coletor de gás com
• Bióxido de manganês, MnO2 . ar e meça a massa total. Anote: ________
• Solução de peróxido de hidrogênio, H 2 O2 , 10%. Anote a massa de ar existente no sistema coletor de gás.
Anote: __________
• Ácido clorídrico, HCl , 20%.
Passe para a PARTE 4.
• Bicarbonato de sódio, NaHCO3 , ou carbonato de sódio,
Na 2 CO3 . PARTE 4 – Medida do Volume
a) O sistema coletor de gás cheio de ar é ligado
• Proveta. através de uma mangueira ao sistema de medir
• Saco plástico. volume, inicialmente cheio de água, como mostra a
• Pedaço de mangueira, ou garrote de látex. figura 2.
• Sistema de coleta de gás, formado por um saco plástico
amarrado a uma rolha na qual foi adaptado um conta-
gotas.
• Sistema gerador de gás, formado por um frasco
alimentador (A) e um reator (R) e um frasco secador
(FS).
• Sistema de medir volume, formado por uma bacia e
frasco coletor de gases (proveta).

PARTE EXPERIMENTAL
1. Monte seu equipamento como ilustrado na figura 1.
Figura 2 – Sistema utilizado para medir volume.

(A)
b) Aperte, suavemente, o saco plástico até transferir
todo o gás para o sistema de medir volume.
c) Tampe a garrafa do sistema de medir volume e tire-
a da água colocando-a de pé, em cima da bancada.
d) Meça a quantidade de água para encher a garrafa
do sistema de medir volume. Este será o volume do
ar. Anote: __________
Sistema Coletor de Gás Frasco
Secador
QUESTÃO A SER DISCUTIDA
1. Com os dados obtidos de volume e massas,
preencha a tabela abaixo adequadamente:
(R)

Concentração
Volume molar
Volume/mL

Densidade
Massa/g

(L/mol)

(mol/L)
(g/mL)
Gás

Figura 1 – Sistema utilizado para produção de gás.

PARTE 1 – Massa de Oxigênio, O 2


a) Confira se o Frasco coletor e o sistema gerador de
gás não apresentam vazamentos.
O2
b) Meça a massa do sistema coletor de gás limpo,
seco, sem ar e com a tampa de borracha do conta- CO2
gotas. Anote: __________
c) Coloque um pouco de bióxido de manganês, MnO2 , Ar
no reator (R), uma ponta de espátula e, 2. Redija a capa, o objetivo e a introdução de um
aproximadamente, 10 mL de solução de peróxido de
relatório da atividade prática, entregando ao
hidrogênio, H 2 O2 , 10% no frasco alimentador (A). professor na data ___/ ___/ ___, nos moldes da
d) Inicie a reação lentamente, alimentando o reator. apostila Redação de Relatórios deste professor,
Uma vez verificada a produção de gás, ligue-o ao encontrada no site www.fabianoraco.oi.com.br, link
Sistema coletor. Atividades Práticas do Nível Superior.
e) Quando o sistema coletor de gás estiver cheio,
desligue a conexão e recoloque rapidamente a
tampa de borracha do conta-gotas e meça a massa
desse sistema coletor. Anote: __________. Pare a
alimentação do sistema gerador de gás.
f) Limpe e seque o sistema coletor e o sistema
gerador de gás.
g) Anote a massa de gás oxigênio presente no sistema
coletor de gás: __________.

PARTE 2 – Massa de Gás Carbônico, CO2


a) Adicione ao reator (R) alguns gramas de
bicarbonato de sódio, NaHCO3 , aproximadamente 6
colheres e cerca de 20 mL de solução a 20% de
ácido clorídrico, HCl , ao alimentador (A).

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Prática 2: MASSA MOLAR DE UM LÍQUIDO clorofórmio. O resfriamento natural do balão


provocará a aspiração do líquido.
VOLÁTIL
c. O resfriamento pode ser facilitado soprando
por cima no balão. Repita essa operação até
OBJETIVO
recolher cerca de 5 mL de clorofórmio.
• Determinar a massa molar, no estado de vapor, de um
líquido volátil, mediante o método de Dumas. d. Recoloque o balão no banho-maria e aqueça
até a temperatura de ebulição da água.
CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS e. Espere a vaporização completa do clorofórmio
(cerca de 10 min ).
Para um gás ideal: M = ρ RT , em que M é a
f. Teste, com o auxílio de uma pequena chama
P (palito de fósforo) próxima da extremidade do
massa molar, ρ é a densidade, R é a constante dos gases, balão se ainda há escapamento de vapor.
T é a temperatura em kelvin e P é a pressão. g. Quando tiver certeza de não haver mais
Segundo o método de Dumas, a densidade de um escapamento de gás, feche a ponta do balão
gás pode ser determinada usando um balão de vidro de hermeticamente.
pescoço longo, previamente com a massa medida, h. Registre a pressão atmosférica e a
m1 = balão + ar ; a massa do mesmo balão mais o vapor, temperatura do banho (T = __________) que,
nesta fase da experiência, deve ser constante
m2 = balão + vapor , e a massa do balão com água destilada, para não alterar a massa do gás no balão.
m3 = balão + água . Com estes dados, pode-se montar o Determine a massa m2 : __________.
seguinte sistema de equações: i. Finalmente, encha o balão com água destilada
E e fervida. Para tanto, deve-se introduzir a ponta
m1 = mb + mar − do balão selado e abrir por baixo da superfície
g
da água.
E
m 2 = mb + mv − j. Determine m3 : __________.
g
k. Repita o item “i” com a amostra problema.
E Obs.: O banho deve ter uma temperatura de
m3 = mb + ma −
g aproximadamente 20°C a mais que a
E e g são o empuxo e a aceleração da gravidade, temperatura de ebulição da substância de
prova.
respectivamente.
Combinando estas equações, temos que:  Use o Hand-Book de Físico-Química para obter as
mv = (m − m1 ) + mar densidades da água e do ar.
ma = (m3 − m1 ) + mar  Determine a densidade do clorofórmio e a sua massa
Considerando que o volume do balão é molar, compare com o valor da literatura e tente definir
um fator de correção para o cálculo da densidade da
ma mar e como m
V= = ρ= v, finalmente: amostra problema.
ρa ρ ar V  Calcule o erro experimental. Discuta levando em
 (m − m1 )(ρ a − ρ ar )  .
consideração os erros dos instrumentos de medida
ρ= 2  + ρ ar utilizados.
 (m3 − m1 )   Redija a capa, o objetivo e a introdução e a parte
Neste caso, as densidades da água e do ar devem experimental de um relatório da atividade prática,
ser conhecidas nas condições de temperatura e pressão em entregando ao professor na data ___/ ___/ ___, nos
que foram realizadas as medidas. moldes da apostila Redação de Relatórios deste
professor, encontrada no site www.fabianoraco.oi.com.br,
REAGENTES E EQUIPAMENTOS link Atividades Práticas do Nível Superior.
• Balão de fundo chato com rolha.
• Termômetro.
• Balança.
• Banho-maria com agitação e termômetro.
• Suporte com mufla.
• Clorofórmio.
• Substância problema.

PARTE EXPERIMENTAL
1. Meça a massa do balão de fundo chato, previamente
limpo e seco. Anote, m1 : __________
2. Coloque o balão de fundo chato em suporte adequado no
banho-maria, como mostra a figura 1:

Figura 1 – Montagem para determinação de massa molar.

A introdução do clorofórmio pode ser facilitada


usando a seguinte técnica:
a. Aqueça ligeiramente o balão imerso no banho-
maria (aproximadamente 50°C).
b. Retire o balão do banho-maria e mergulhe a
ponta dele num béquer com cerca de 10 mL de

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Prática 3: DETERMINANDO MASSAS Use este espaço para as suas anotações!!


MOLARES DE METAIS ATRAVÉS DE
REAÇÕES COM ÁCIDOS
OBJETIVO
• Verificar a possibilidade de se determinar a massa molar
de um metal através de reações com ácidos fortes,
empregando cálculos relacionados com o gás liberado na
reação.

CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS
Para esta atividade prática você deve responder à
seguinte pergunta:

Pode-se determinar a massa molar de um metal através


de dados relacionados ao gás liberado pela reação do
metal com ácido forte?

Se a resposta for positiva, encontre a massa molar


do metal empregado na sugestão de roteiro e explique o
procedimento para encontrá-la.

REAGENTES E EQUIPAMENTOS
• Magnésio em aparas.
• Solução aquosa de ácido sulfúrico 1:1.
• Balão de destilação.
• Balão de fundo chato.
• Béquer.
• Mangueiras.
• Rolhas.
• Tubos de vidro.

SUGESTÃO DE PARTE EXPERIMENTAL


1. Monte seu equipamento conforme ilustrado abaixo

Mg(s)

H2SO4(aq)

A B

H2O(L)
Figura 1 – Sistema utilizado para produção e medida do gás.

2. Coloque água no balão de fundo chato (frasco A) até ¾


do volume total do balão.
3. Coloque cerca de 200 mL de solução aquosa de ácido
sulfúrico 1:1 no balão de destilação.
4. Meça exatamente, cerca de 0,5 g de magnésio (Anote a
massa exata: _____________) em aparas e coloque,
cuidadosamente, no gargalo do balão. Não deixe que
nenhum material caia na solução ácida antes que o
sistema esteja totalmente fechado.
5. Verifique todas as conexões a fim de que o gás formado
não possa escapar do sistema.
6. Incline o balão de destilação na posição vertical e
observe a água que será mandada para o béquer (frasco
B).
7. Após a reação ter-se completado, meça o volume de
água recolhido com uma bureta.
(Anote o volume: ________________)

 Relate seu experimento, nos moldes da apostila


Redação de Relatórios deste professor, encontrada no
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do Nível Superior.

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Prática 4: DENSIDADE DE SOLUÇÕES


LÍQUIDAS
OBJETIVO
• Determinar a densidade de soluções líquidas usando o
método picnométrico.
• Estudar a relação da densidade com uma variável de
concentração.
Parte (2)
CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS
A densidade encontra numerosas aplicações em
3. Deduza uma equação capaz de relacionar o volume de
físico-química. Em muitos casos é possível determinar a
acetona a ser adicionado ao balão volumétrico de
composição de uma solução líquida através da medida de sua
densidade. 100 mL para preparar as soluções abaixo. Nessa
Nesta prática, usaremos o método picnométrico, o equação deverão estar presentes: o volume total da
qual consiste na determinação do volume do picnômetro, V, mistura, a fração em quantidade de matéria da água,
a densidade da água e da acetona e a massa molar
usando água, ma, e a densidade da água, ρa. A seguir, são
da água e da acetona.
determinadas as massas das soluções, mx, cuja densidade
tentamos relacionar. 4. Encontre os volumes de acetona a serem utilizados nos
A densidade da água na temperatura e trabalho preparos das soluções abaixo, preenchendo
precisa ser conhecida de tal forma a termos: corretamente a tabela abaixo:
Volumes de acetona a serem adicionados a um balão
m m m 
(1) V= a 2) ρ = x =  x  ρ a volumétrico de 100 mL para o preparo das soluções
ρa V  ma  aquosas abaixo indicadas.
A equação (2) não considera o efeito do empuxo do Soluções (Frações em quantidade Volume de
ar nas determinações das massas. Portanto, proceda como na de matéria de água) acetona / mL
aula anterior considerando que: 1,00
mbalão = m picnômetro Assim, temos finalmente que: 0,80
 m   0,60
mvapor = m x = m2 − m1
ρ =  x (ρ a − ρ ar ) + ρ ar 0,40
ma = m3 − m1 m
 a   0,20
0,10
0,00

5. Prepare os 100 mL de cada uma das soluções de água e


acetona.
6. Repita as medições de massa com todas as soluções
preparadas anteriormente, tomando cuidado para manter
sempre limpo o picnômetro entre cada medida.
Determine, também, as densidades das soluções.
Soluções (Frações em Massas das Densidades
quantidade de matéria de soluções + / g⋅mL
água) picnômetro / g
1,00
0,80
0,60
REAGENTES E EQUIPAMENTOS 0,40
• Picnômetro. 0,20
• Termômetro. 0,10
• Balança. 0,00
• Acetona.
• Cloreto de sódio. 7. Faça o gráfico da densidade das soluções em função da
fração de quantidade de matéria de água, em papel
PARTE EXPERIMENTAL milimetrado.

Parte (1)

1. Determine a massa do picnômetro após uma escrupulosa


limpeza com água e sabão, enxaguando com acetona ou
éter e seco (mpic = __________).
2. Encha o picnômetro com água destilada e fervida, mas à
temperatura ambiente, tomando-se as seguintes
precauções:
a. coloque a ponta da tampa do picnômetro e
deixe-a descer livremente por gravidade;
b. secar o excesso de água que escorre pelas
paredes com papel higiênico;
c. registre a temperatura ambiente
(T = __________ e consulte sua densidade na
tabela acima, ρ = __________);
d. e meça a massa do conjunto
(mpic + água = __________).
e. Determine o volume do picnômetro, utilizando
a tabela de densidades da água acima
(Vpic = __________). Deixe os cálculos e
coloque a unidade correta!!

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Parte (3) Dedução da 1ª. Equação (Fração em quantidade de Matéria)


  n acetona  
   
8. Deduza uma equação capaz de relacionar a massa de  
n acetona  n acetona 
NaCl a ser adicionada a 100 mL de água para se obter X água + X acetona = 1 ⇒ X água + = 1 ⇒ X água = 1 −  
n acetona + n água   n acetona  +  n água 
as soluções abaixo. Nessa equação deverão estar 
n   
presentes: o a massa de NaCl, a %(m/m) de NaCl na   acetona   n acetona 
solução, a densidade da água e o volume da água.  
 
9. Encontre as massas de NaCl a serem adicionadas aos  
100 mL de água para preparar as soluções abaixo,  
preenchendo corretamente a tabela abaixo:    
   
Massas de NaCl a serem adicionadas a 100 mL de água  1   1 
X água = 1−   ⇒ X água = 1 −  
para o preparo das soluções aquosas abaixo indicadas.   m     m água M acetona 
   água     
Massas de NaCl /   M    1 +  ×

Soluções (%(m/m) de NaCl)
g  1 +   água      M água m acetona 
2,0    m acetona   
    
4,0    M acetona   
  
8,0
 
12,0  
16,0  1 
X água = 1−  
20,0   ρ água × V água M acetona 

 1 +  × 
25,0 ρ acetona × V acetona 
  M água 
10. Prepare os 100 mL de cada uma das soluções de água e  
 
acetona, em béquer, medindo o volume de água com  1 
uma proveta (cuidado para não perder massa de NaCl na X água = 1−  
  ρ água × V água × M acetona 
transferência).  1 +  

11. Repita as medições de massa com todas as soluções   M água × ρ acetona × V acetona 
preparadas anteriormente, tomando cuidado para manter   ρ água × V água × M acetona   ρ × V × M acetona 
sempre limpo o picnômetro entre cada medida. X água × 1 +    = 1 +  água água  −1
  M água × ρ acetona × V acetona  M 
Determine, também, as densidades das soluções.     água × ρ acetona × V acetona 
Massas das Densidades  ρ água × V água × M acetona × X água   ρ água × V água × M acetona 
Soluções (%(m/m) de X água +  = 
soluções + / g⋅mL  M
água × ρ acetona × V acetona
 M 
NaCl)    água × ρ acetona × V acetona 
picnômetro / g
2,0  ρ água × V água × M acetona   ρ água × V água × M acetona × X água 
X água =  − 
M   
4,0  água × ρ acetona × V acetona   M água × ρ acetona × V acetona 
8,0  ρ água × V água × M acetona 
12,0 X água =   × (1 − X água )
M 
16,0  água × ρ acetona × V acetona 
20,0 X água ρ água × V água × M acetona
25,0 (1 − X água ) = M água × ρ acetona ×Vacetona
 X água   ρ acetona × M água  Vágua
 × =
 (1 − X água )   M acetona × ρ água
12. Faça o gráfico da densidade das soluções em função da
 Vacetona
fração de quantidade de matéria de água, em papel    
milimetrado.
 X água   ρ acetona × M água  Vtotal − Vacetona
 × =
 (1 − X
água )   M acetona × ρ água
   Vacetona
 
 X água   ρ acetona × M água 
 ×  × Vacetona = Vtotal − Vacetona
 (1 − X
água )   M acetona × ρ água
  
 
  X água   ρ acetona × M água  
 ×  ×V  +V = Vtotal
  (1 − X água )   M acetona × ρ água  acetona  acetona
    
   X água   ρ acetona × M água   
Vacetona ×    ×   + 1 = Vtotal
   (1 − X água )   M acetona × ρ água   
    
Vtotal
Vacetona =
  X água   ρ acetona × M água  
 ×  +1
  (1 − X água )   M acetona × ρ água  
   

Dedução da 1ª. Equação (Fração em quantidade de Matéria)


m sal X m sal
%(m / m) = ⇒ = ⇒
mágua + m sal 100 mágua + m sal
100 × m sal
X = ⇒
13. Analise os gráficos e discuta os fatores que limitam a ρ água × Vágua + m sal
precisão deste método.
ρ água × Vágua × X + m sal × X = 100 × m sal ⇒
 Relate seu experimento, nos moldes da apostila ρ água × Vágua × X = 100 × m sal − m sal × X ⇒
Redação de Relatórios deste professor, encontrada no
ρ água × Vágua × X
site www.fabianoraco.oi.com.br, link Atividades Práticas
ρ água × Vágua × X = m sal (100 − X ) ⇒ m sal =
do Nível Superior. 100 − X

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Prática 5: CONSTRUÇÃO DE UM perdido pelo corpo quente (água à temperatura ambiente) e


pelo calorímetro, isto é,
CALORÍMETRO DE MISTURA
q abs = qlib ⇒ q(água fria) = q (água quente) + q (calorímetro) .
OBJETIVO A capacidade calorífica do calorímetro é
• Construir um calorímetro de mistura. determinada pela expressão:
• Determinar sua capacidade calorífica. q = C∆T
onde C é a capacidade calorífica do calorímetro.
REAGENTES E EQUIPAMENTOS
• Frasco térmico. Já no caso das massas de água, fria e quente,
• Frasco isolante. aplicamos:
• Pipetas. q = mc∆T
• Termômetro. sendo c o calor específico da água, igual a 1 cal ⋅ g −1 ⋅o C −1 .
• Béquer.
• Cronômetro.
Por substituição na primeira equação:
PARTE EXPERIMENTAL
m frio c(Tequil − T frio ) = mquente c(Tequil − Tquente ) + C (Tequil − Tquente ) ⇒
1. Montar o calorímetro conforme esquema da figura m frio c(Tequil − T frio ) − mquente c(Tequil − Tquente ) = C (Tequil − Tquente ) ⇒
abaixo, que é o aparelho típico empregado para a
m frio c(Tequil − T frio ) − m quente c(Tequil − Tquente )
determinação de calores de reação. Anote o número do C=
calorímetro: ____ (Tequil − Tquente )

A
em que mfrio e mquente são as massas das águas fria e quente
respectivamente; Tequil, Tfrio e Tquente são as temperaturas no
equilíbrio térmico, do corpo frio e do corpo quente,
A = Termômetro
respectivamente,C é a capacidade calorífica do calorímetro e
B = Frasco Térmico c é o calor específico da água.
C = Frasco Isolante
B QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

C 1. Obtenha uma equação para determinação da


2. Colocar no frasco térmico (B) 300 mL de água destilada à capacidade calorífica do calorímetro, C, que
temperatura ambiente. (Tquente = __________) leve em conta a densidade da água, ρ, nas
3. Agitar, rapidamente, dentro do frasco térmico (B) do temperaturas de trabalho, bem como os
calorímetro, 75 mL de água previamente gelada de volumes usados dessa água.
temperatura rigorosamente conhecida e anotada
(Tfrio = __________).
4. Agitar a mistura imediatamente após a adição da água
gelada à água contida no calorímetro e anotando, fazer
leituras de temperatura a cada 30 segundos até que ela 2. Agora, diante dos dados levantados, encontre
tenha atingido um valor constante. a capacidade calorífica do calorímetro. Deixe
Tempo (s) Temperatura (ºC) os cálculos!
0
30
60
90
120
150
180
210
270
300

5. Esvaziar e secar o calorímetro e repetir o mesmo


procedimento três vezes.
Tfrio = Tfrio = Tfrio =
Tquente = Tquente = Tquente =
Replicata 1 Replicata 2 Replicata 3
t (s) T (ºC) t (s) T (ºC) t (s) T (ºC)
0 0 0
30 30 30
60 60 60
90 90 90
120 120 120
150 150 150
180 180 180 3. Interprete o valor obtido no item anterior.
210 210 210
270 270 270
300 300 300

TRATAMENTO DOS DADOS EXPERIMENTAIS  Relate seu experimento, nos moldes da apostila
Redação de Relatórios deste professor, encontrada no
Consideramos o fato de que o calor ganho pelo site www.fabianoraco.oi.com.br, link Atividades Práticas
corpo frio (água gelada) é igual, numericamente, ao calor do Nível Superior.

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Prática 6: DETERMINAÇÃO DO CALOR DE 8. Após a quinta leitura,, transferir rapidamente os 200 cm 3


NEUTRALIZAÇÃO da solução de HCl do calorímetro A para o calorímetro
B, agitando, moderadamente, para assegurar a
OBJETIVO homogeneização.
• Determinar o calor de neutralização de um ácido forte por 9. Continuar com as leituras da temperatura da mistura a
uma base forte. cada 30 segundos até que a temperatura atinja um
máximo e depois se mantenha constante ou tenha
REAGENTES E EQUIPAMENTOS diminuído um pouco. Fazer, no mínimo, 10 leituras após
• Solução aquosa de ácido clorídrico, HCl , 0,25 mol / L . esta observação.
Tempo (s) Temperatura (ºC) Tempo (s) Temperatura (ºC)
• Solução aquosa de hidróxido de sódio, sódio NaOH , 0 330
0,25 mol / L . 30 360
• Frasco térmico. 60 390
• Frasco isolante. 90 420
• Termômetro. 120 450
• Béquer. 150 480
• Cronômetro. 180 510
210 540
CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS 270 570
300 600
Quando soluções diluídas de ácidos fortes são
neutralizadas por soluções diluídas de bases fortes, observa-
observa TRATAMENTO DOS DADOS EXPERIMENTAIS
se que o calor de neutralização liberado por mol de água
formada, é praticamente constante e independe da natureza
nature Como foi dito anteriormente, foi neutralizado o ácido
do ácido e da base. contido em 200 cm 3 de uma solução 0,25 mol / L . A elevação
Ao adicionar uma solução diluída de um ácido forte
da temperatura no sistema do calorímetro (soluções, frascos e
a uma solução diluída de uma base forte, a única reação
termômetro) é, portanto, devida à liberação
liberaç de calor associada
química que ocorre é:
à neutralização de 0,05 mol de ácido ou de base. Esta
H + (aq) + OH − (aq) → H 2 O(l ) ∆H o (298K ) = −13700cal / mol
quantidade de calor, Q , é dada pela equação:
Quando ácidos ou bases fracas são neutralizados, o
calor associado ao processo depende do seu grau de Q = 200 ∆T A + 200 ∆TB + C∆TB
ionização. em que ∆T A e ∆TB são elevações de temperatura das
soluções do ácido e da base e C é a capacidade calorífica do
PARTE EXPERIMENTAL
calorímetro.
1. Montar 2 calorímetros, A = HCl e B = NaOH , conforme Como as soluções são diluídas, suas densidades e
suas capacidades caloríficas foram, na equação acima,
figura abaixo. O termômetro deve ser o mesmo para os
consideradas iguais à da
a água, com os valores unitários.
dois calorímetros e, no início da experiência, ele deve
Para se ter ∆T A e ∆TB com precisão, é necessário
permanecer no calorímetro A.
construir um gráfico de temperatura versus tempo, como o
representado abaixo.

A B

HCl NaOH
0,25 mol/L 0,25 mol/L

2. No calorímetro A, limpo e seco, colocar 210 cm 3 de HCl


0,25 mol / L . Após molhar as paredes do frasco e o
termômetro, retirar a solução do ácido, colocando-a em
um béquer.
3. Medir 200 cm 3 da mesma solução de ácido contida no
béquer e transferi-los los novamente para o mesmo
calorímetro A.
4. Medir 200 cm 3 da solução de NaOH 0,25 mol / L e
No gráfico, o tempo O corresponde à temperatura
transferi-los para o calorímetro B. máxima e o tempo P, ao momento em que se faz a mistura.
5. Fazer, anotando, cinco leituras de temperatura com No meio da distância OP, levantar a perpendicular ab, tendo
intervalos de 30 segundos no termômetro mergulhado na assim os pontos A e B. Extrapolar a curva de resfriamento do
solução de ácido. calorímetro até a reta ab obtendo
obten o ponto M. Segue que
SOLUÇÃO ÁCIDA – CALORÍMETRO A
∆T A = AM e ∆TB = BM .
t=0s t = 30 s t = 60 s t = 90 s t = 120 s
T= T= T= T= T=
QUESTÕES PARA DISCUSSÃO
6. Logo após a última leitura, retirar o termômetro lavá-lo,
4. Calcular o valor de ∆H por mol de ácido (ou
secá-lo e, em seguida, mergulhá-lo lo na solução da base
no calorímetro B, procurando não gastar nesta operação, base) neutralizado.
mais do que 30 segundos. 5. Calcular o erro percentual.
7. Continuar as leituras da temperatura da solução da base 6. Discuta as possíveis causas de erros.
com o mesmo intervalo de tempo.
 Relate seu experimento, nos moldes da apostila
SOLUÇÃO BÁSICA – CALORÍMETRO B
Redação de Relatórios deste professor, encontrada no
t=0s t = 30 s t = 60 s t = 90 s t = 120 s
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T= T= T= T= T= do Nível Superior.

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Prática 7: DETERMINAÇÃO DO CALOR DE


SOLIDIFICAÇÃO DO NAFTALENO
OBJETIVO
• Determinar o calor de solidificação do naftaleno a partir
da variação de temperatura provocada numa massa
conhecida de água.

REAGENTES E EQUIPAMENTOS
• Béquer.
• Tubo de ensaio.
• Proveta.
• Termômetro.
• Bico de bunsen.
• Tripé. 6. Retirar o tubo de ensaio do banho-maria e deixar resfriar
• Tela de amianto. até perceber o primeiro sinal de turvação que indica que
• Água destilada. a solidificação está começando.
• Naftaleno. 7. Colocar, imediatamente, o tubo de ensaio com o
• Balança. naftaleno no béquer da etapa 1, de modo que o naftaleno
dentro do tubo fique abaixo do nível de água. Agitar a
PARTE EXPERIMENTAL água continuamente usando o próprio tubo de ensaio.

1. Colocar em um béquer 150 mL de água destilada


medidos em uma proveta.
Béquer 2

150 mL Béquer 1
H2O Naftaleno
Líquido
m(H O) = _____ g

2. Adicionar água até de um béquer de 100 mL e


2 8. Anotar a temperatura da água até que ela atinja um valor
3
máximo, o que deve coincidir com a solidificação de todo
coloque esse béquer para aquecer usando o bico de o naftaleno dentro do tubo.
bunsen ou placa de aquecimento.
T água final

Béquer 2 ______oC

Béquer 1
150 mL
H2O Béquer 1

TRATAMENTO DOS DADOS EXPERIMENTAIS


3. Medir cerca de 2 g a 5 g de naftaleno.
4. Colocar a massa de naftaleno em um tubo de ensaio e Podemos considerar que o calor ganho pela água
este em banho-maria na água previamente aquecida no ao entrar em contato com o naftaleno tenha o mesmo valor do
béquer de 100 mL até que todo o naftaleno sólido se calor perdido pelo naftaleno em conseqüência da solidificação,
transforme em naftaleno líquido. Não continue a mas com sinal trocado. O calor ganho pela água é dado pela
aquecer o naftaleno líquido. equação:
Q = m.c.∆T = ρ × V × c × ∆T .
c( H 2 O) = 1 cal ⋅ g −1 ⋅ o C −1
Béquer 2
QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

7. Calcular o valor do calor ganho pela água e


obter o valor do calor de solidificação do
naftaleno.
m (naftaleno) = __________ g

8. Calcular o calor de solificação do naftaleno por


5. Meça a temperatura da água da etapa 1 e determine sua grama, cal / g , dividindo o valor encontrado no
densidade para essa temperatura: ρágua = __________.
item anterior pela massa de naftaleno usada.
T água inicial

______oC
9. Determinar a variação de entalpia para o
processo de solidificação do naftaleno.

Béquer 1
150 mL
H2O  Relate seu experimento, nos moldes da apostila
Redação de Relatórios deste professor, encontrada no
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do Nível Superior.

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Prática 8: DETERMINAÇÃO DO CALOR Qabsorvido = Qcedido


ESPECÍFICO DE UM SÓLIDO c g m g (T0 − Tx ) + ∆ fus H + c a m g (T − T0 ) = (C + c a ma )(Ta − T )
em que cg e ca são os calores específicos do gelo e da
OBJETIVO água; mg e ma as massas do gelo e da água; T0, Tx, Ta, T
• Calcular o calor específico de um sólido usando um as temperatura de fusão inicial do gelo, inicial da água e
calorímetro de mistura. de equilíbrio;C a capacidade calorífica do calorímetro de
mistura; ∆fusH o calor de fusão da água (entalpia de
REAGENTES E EQUIPAMENTOS fusão).
• Calorímetro de mistura.
• Pipeta volumétrica. QUESTÕES PARA DISCUSSÃO
• Proveta.
• Termômetro. 10. Com a primeira equação, calcule o calor
• Placa aquecedora. específico do sólido problema para cada caso,
• Balança. bem como o calor específico médio. Com este
• Água. último valor, determine a variação de entalpia e
• Sólido problema, Cu ou Al. energia interna do sólido problema em um dos
• Cronômetro. procedimentos anteriormente analisado.

PARTE EXPERIMENTAL

PARTE 1

1. Coloque no calorímetro de mistura, sob agitação


uniforme, a amostra problema junto com 200 mL de água
à temperatura ambiente. Registre a temperatura no
calorímetro (espere atingir o equilíbrio térmico).
2. Aqueça no béquer, 200 mL de água a uma temperatura
próxima de 50ºC e registre esta temperatura. Adicione, 11. Com a segunda equação, calcule a
rapidamente, esta água no calorímetro, registre a temperatura inicial do gelo em cada
temperatura de 20 em 20 segundos até atingir o procedimento.
equilíbrio térmico.
3. Inverta o processo, ou seja, coloque primeiro a água
quente no calorímetro e registre a temperatura após ficar
estável. Adicione a seguir a água fria junto com a
amostra.
4. Repita o procedimento que encontrar mais eficiente, isto
é, aquele que provoca maior variação.

PARTE 2

5. Coloque no calorímetro limpo e seco, 300 mL de água


morna sob constante agitação e registre a temperatura.  Relate seu experimento, nos moldes da apostila
6. Adicione, aproximadamente, 100 g de gelo ao Redação de Relatórios deste professor, encontrada no
calorímetro, registre a temperatura de 20 em 20 site www.fabianoraco.oi.com.br, link Atividades Práticas
segundos, até atingir o equilíbrio térmico. do Nível Superior.
7. Calcule a massa de gelo adicionada, medindo o volume
de água formada no calorímetro, Vt – 350, e a densidade
da mesma.
8. Repita o procedimento 3 vezes e tabele seus resultados.

TRATAMENTO DOS DADOS EXPERIMENTAIS

O calor específico é uma medida da capacidade


calorífica quando referida a uma unidade de massa
(usualmente gramas) do corpo de prova. A capacidade
calorífica molar por sua vez, é a capacidade calorífica por mol
do corpo de prova.

O calor específico de um sólido pode ser


determinado por um balanço energético,para T2 > T1:

c2 m2 (T2 − T ) = (C + c1m1 + c x m x )(T1 − T ) .


em que c2, c1, cx são os calores específicos da água e do
sólido problema; m2, m1, mx as massas de água quente e
fria e do sólido problema; T2, T1, T as temperaturas da
água quente e fria e de equilíbrio; C a capacidade
calorífica do calorímetro de mistura.

O calor de fusão é a quantidade de calor absorvida


na transformação de fase sólida para líquida. Esta energia
permite a separação das moléculas do arranjo ordenado no
cristal para o arranjo desordenado, usualmente com distâncias
intermoleculares maiores no líquido.

Quando, no calorímetro, tiver envolvida a fusão do


gelo, um novo balanço de energia será necessário:

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Prática 9: CALOR DE SOLUÇÃO E DE PARTE 3 – Calor de neutralização de um ácido fraco


NEUTRALIZAÇÃO
6. Medir 100 mL da solução 0,5 mol ⋅ L−1 de ácido acético e
OBJETIVO transferir para o calorímetro. Medir a temperatura.
• Determinar, experimentalmente, o calor de solução de Tácido acético = ________

um soluto e o calor de neutralização de um ácido fraco.

REAGENTES E EQUIPAMENTOS
• Solução NaOH 0,5 mol ⋅ L−1 .
• Solução de ácido acético (etanóico), CH 3CO2 H ,
0,5 mol ⋅ L−1 . 100 mL
CH3CO2H
• NaOH , em lentilhas. 0,5 mol/L
• Proveta. 7. Lavar, escrupulosamente, a proveta e medir 100 mL da
• Balança. solução de NaOH 0,5 mol ⋅ L−1 . Antes de misturar,
• Termômetro.
registrar a temperatura que deve ser igual à do ácido.
• Pipeta. 8. Adicionar a base, NaOH , ao ácido, CH 3CO2 H ,
• Béquer.
• Cronômetro. rapidamente, agitar e registrar a temperatura de 30 em
• Calorímetro. 30 segundos até estabelecer o equilíbrio térmico.
Tempo (s) Temperatura (ºC) Tempo (s) Temperatura (ºC)
PARTE EXPERIMENTAL 0 330
30 360
PARTE 1 – Capacidade calorífica do calorímetro de 60 390
mistura (Ver práticas anteriores) 90 420
120 450
1. Anote a capacidade calorífica do calorímetro: 150 480
C c = _______________ 180 510
210 540
PARTE 2 – Calor de solução 270 570
300 600
2. Anotar a temperatura ambiente de 200 mL de água no TNaOH = ________

calorímetro.
Tambiente = ________
A Tequilíbrio = ________

A = Termômetro
B = Frasco Térmico
C = Frasco Isolante 100 mL
B NaOH
0,5 mol/L
200 mL
C H2O 9. Calcular a entalpia de neutralização do ácido. Deixe
3. Medir a massa, por diferença, mais rapidamente os cálculos!!
possível, num vidro de relógio, de 6 lentilhas de NaOH (C∆T )
∆H neutralização =
o
= _______________
(higroscópico) e transferir para o calorímetro. n
Transformar a massa de NaOH em mol. “Leia o texto abaixo para encontrar o valor de C”

TRATAMENTO DOS DADOS EXPERIMENTAIS

NaOH Quando a solução diluída de um ácido (ou base)


fraco é neutralizada, o calor de neutralização é bem menor
que 13700 cal ⋅ mol −1 , já que neste caso, há absorção de calor
m1 = _______________ m2 = _______________ no processo de dissociação do ácido (ou base) fraco. A
neutralização de um ácido fraco por uma base forte, em
mNaOH = m1 - m2 = ______________ n = __________ mol NaOH solução diluída, deve ser considerada como resultado de dois
4. Agitar e registrar a temperatura máxima que atingir o processos sucessivos:
sistema.
Tmáxima = ________
HA(aq ) ⇔ H + (aq ) + A − (aq )
.
H + (aq ) + OH − (aq ) ⇔ H 2 O (l )
HA(aq ) + OH − (aq ) ⇔ H 2 O (l ) + A − (aq )

A variação de entalpia será, então:

200 mL ∆H neutraliza
o
ção = ∆H ionização + (−13700)
o

H2O +
NaOH
Se a reação de neutralização é realizada num
5. Determinar o calor de solução, ∆ sol H o , por mol de calorímetro adiabático, inicialmente a temperatura, T0 , haverá
NaOH em cal ⋅ mol −1 . um aumento de temperatura devido à energia liberada pela
C p ∆T reação. Parte desta energia é gasta para aquecer também os
dH = C p dT ⇒ ∆H = C p ∆T ⇒ ∆H = = _______________ diversos componentes do calorímetro.
n NaOH

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Sendo C c a capacidade calorífica do calorímetro,


temos que a capacidade calorífica total, C , do sistema é dada
por:

C = C c + (m1c1 ) HA + (m2 c 2 ) BOH .


em que m1 e m2 são as massas do ácido e da base,
respectivamente.

Para soluções diluídas, considera-se que os calores


específicos, c1 e c 2 , do ácido ( HA ) e da base ( BOH ) são,
aproximadamente, iguais ao da água, 1 cal ⋅ g −1 ⋅ o C −1 .
A entalpia de neutralização de cada ácido pode ser
então determinada a partir do Princípio de Conservação de
Energia:

Qabsorvido = Qcedido
.
(C∆T )
∆H o
=
neutralização
n
∆T = variação de temperatura e n = quantidade de
matéria (em mol) do ácido neutralizado.

 Relate seu experimento, nos moldes da apostila


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Prática 10: CALOR DIFERENCIAL DE O calor integral de solução pode ser determinado
também pela equação:
SOLUÇÃO
OBJETIVO n 
∆H I = ∆H 1  1  + ∆H 2
• Determinar, graficamente, o calor diferencial a partir de  n2 
medidas do calor integral para uma série de soluções de
etanol em água. Assim, medindo-se o calor integral de solução pela
primeira equação e construindo um gráfico desse calor em
REAGENTES E EQUIPAMENTOS
função de n1 , a inclinação da tangente à curva em qualquer
• Calorímetro.
• Termômetro. n2
• Béquer. ponto define o calor diferencial de diluição (coeficiente
• Proveta. angular) e onde corta a ordenada, n1 , o calor diferencial
=0
• Etanol, C 2 H 6 O . n2
• Água. de solução (coeficiente de posição). Este último valor também
poderia ser calculado pela segunda equação fazendo:
PARTE EXPERIMENTAL n 
∆H 2 = ∆H I − ∆H 1  1 
1. Adicionar 190 mL ( V1 ) de água, ρ = 1,000 g ⋅ cm −3 , ao  n2 
calorímetro, escrupulosamente limpo e seco.
2. Registrar a temperatura de 30 em 30 segundos até  Utilizando os valores de n1 e de ∆H I da tabela, faça o
atingir o equilíbrio térmico. n2
3. Adicionar 10 mL ( V2 ) de etanol, ρ = 0,7894 g ⋅ cm −3 , ao gráfico de ∆H I versus n1 num programa gráfico como
calorímetro com água. n2
4. Registrar as temperaturas até atingir o novo equilíbrio o Excel® ou origin®, colocando-o no espaço abaixo.
térmico.
5. Repetir o procedimento anterior para os volumes
indicados na tabela abaixo:
∆ HI/(kJ⋅⋅mol-1)
C/(J⋅⋅ K-1)
n1/mol

n2/mol
V1/mL

V2/mL

∆ T/°C

n1/n2
m1/g

m2/g

Tf/°C
Ti/°C
190

10
180

20
165

35
150

50
125

75
100

100

Dados
−1 o −1
ce tan ol = 2,42 J ⋅ g ⋅ C C c = 37,5 cal ⋅ g −1 ⋅o C −1
c água = 4,18 J ⋅ g −1 ⋅o C −1 1 cal = 4,18 J

TRATAMENTO DOS DADOS EXPERIMENTAIS

O calor integral de solução pode ser determinado,


experimentalmente, utilizando um calorímetro adiabático e a
equação deduzida da 1ª Lei da Termodinâmica: Iniciar a próxima prática, pois a mesma
precisa de um tempo de espera de, no mínimo,
∆H C∆T uma semana.
∆H I = = ֏ C = C c + m1c1 + m2 c 2
n2 n2
 Relate seu experimento, nos moldes da apostila
em que Cc é a capacidade calorífica do calorímetro Redação de Relatórios deste professor, encontrada no
site www.fabianoraco.oi.com.br, link Atividades Práticas
(práticas anteriores); c1 , c 2 , m1 e m2 os calores do Nível Superior.
específicos e massas dos componentes 1 (água) e 2
(etanol), respectivamente.

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Prática 11: CONSTANTE DE EQUILÍBRIO DE TRATAMENTO DOS DADOS EXPERIMENTAIS


UMA REAÇÃO
O valor da constante de equilíbrio ( K ) para uma
reação química pode ser determinado conhecendo-se as
OBJETIVO
concentrações dos componentes do sistema no equilíbrio, a
• Determinar a constante de equilíbrio da reação entre
temperatura e pressão constantes. No caso específico da
ácido acético e etanol.
reação do ácido acético com etanol formando acetato de etila
e água, tem-se:
REAGENTES E EQUIPAMENTOS
• Erlenmeyer.
CH 3 CO2 H + C 2 H 5 OH ⇔ CH 3 CO2 C 2 H 5 + H 2 O
• Bureta. ácido acético e tan ol acetato de etila
• Pipeta.


Solução aquosa de HCl 2mol / L .
Solução aquosa de NaOH 1mol / L . K=
[CH 3CO2 C 2 H 5 ]× [H 2 O]
• Fenolftaleína.
[CH 3CO2 H ]× [C 2 H 5 OH ]
• Acetato de etila.
• Ácido acético glacial. • Determinar a massa de água no início da reação em
• Álcool etílico (etanol). cada frasco (massa de água adicionada + massa da
água da solução de HCl 2mol / L ).
PARTE EXPERIMENTAL

1. Numerar 7 erlenmeyer de 1 a 7 (coloque também o nome


da equipe).

2. Colocar em cada um dos frascos erlenmeyer, o volume


( mL ) indicado das soluções na tabela abaixo:
Água destilada
Ácido Acético

Álcool etílico
HCl 2 mol/L

Acetato de
(Etanol)
Frasco

glacial

Total
Etila

Frasco Massa ( g ) H 2 O
1
1 7 2 5
2
3
4
2 7 2 5
5
6
7
3 7 2 5
• Calcular a concentração do ácido acético no equilíbrio
4 7 4 3 nas soluções dos frascos 1 a 6 através da subtração do
volume ( mL ) de hidróxido de sódio gasto na solução do
frasco 7 do volume de NaOH gasto nas respectivas
5 7 2 5 soluções dos frascos 1 a 6.

Frasco Concentração ( mol / L ) CH 3CO2 H


6 7 7 1
2
3
7 7 7 4
5
6
3. Agitar e arrolhar muito bem cada frasco e deixá-los à
temperatura ambiente até que o equilíbrio seja atingido
• A partir da estequiometria da equação química da reação
(uma semana no mínimo). Agitar as soluções
e do valor da concentração do ácido acético no equilíbrio
ocasionalmente.
obtido acima, calcular as concentrações de água, etanol
e acetato de etila no equilíbrio.
4. Titular cada uma das soluções com solução de
NaOH 1mol / L usando fenolftaleína como indicador.
Concentrações ( mol / L ) no equilíbrio
5. Completar a tabela abaixo com o volume ( mL ) gasto na CH 3CO2 H H 2O CH 3CH 2 OH CH 3CO2 CH 3
titulação com NaOH 1mol / L .

Frasco Volume ( mL ) NaOH 1mol / L


1 • Usando a equação da constante, calcular seu valor.
2
3 K
4
 Relate seu experimento, nos moldes da apostila
5
Redação de Relatórios deste professor, encontrada no
6
site www.fabianoraco.oi.com.br, link Atividades Práticas
7 do Nível Superior.

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Prática 12: CRIOSCOPIA 6. Descongelar, completamente, o cicloexano e adicionar


ao tubo de ensaio, aproximadamente, 300 mg de
OBJETIVO naftaleno, até dissolução total.
• Determinar a constante crioscópica K c . Anotar a massa medida
de naftaleno
mnaftaleno = __________
REAGENTES E EQUIPAMENTOS
• Béquer.
• Tubo de ensaio. Retirar o
tube de ensaio
Fazer um banho
quente até fusão
Adicionar cerca de
300 mg de naftaleno
• Pipeta. do gelo total do cicloexano ao cicloexano líquido
• Termômetro. 7. Retornar a mistura ao banho de gelo e determinar
• Cicloexano, C 6 H 12 . (preste muita atenção) a temperatura em que a amostra
começa a solidificar conforme já descrito (neste caso, a
• Naftaleno, C10 H 8 . faixa de fusão é bastante grande). Anotar a temperatura
• Gelo. de início da solidificação da mistura:
Tsolid (mistura) = ________
PARTE EXPERIMENTAL
Dados TRATAMENTO DOS DADOS EXPERIMENTAIS
ρ cicloexano = 0,779 g ⋅ cm −3 T fusão (Cicloexano ) = 6,5 o C
A temperatura de solidificação de uma solução
ρ naftaleno = 1,14 g ⋅ cm −3 T fusão ( Naftaleno ) = 80,2 o C (solvente mais soluto), Tsolid (mistura) é menor que a do
solvente puro, Tsolid
* . A determinação da diferença ∆Tsolid entre
1. Coloque um béquer contendo água para aquecer em
as temperaturas de solidificação do solvente puro e da
chapa de aquecimento. Ela servirá de banho-maria no
solução diluída, ∆Tsolid = Tsolid
*
− Tsolid (mistura ) , de composição
decorrer da prática.
conhecida, permite determinar a massa molar do soluto não
volátil. Pode ser demonstrado que ∆Tsolid = K c × ω , em que
∆Tsolid é o abaixamento da temperatura de solidificação, K c é
a constante crioscópica e ω é a molalidade da solução.
Usando a definição de molalidade e substituindo na
equação dada anteriormente, a massa molar de um soluto
2. Triturar um pouco de gelo e encher o béquer até a desconhecido ( M 2 ) é dada por:
metade de seu volume.
n2 m2
֏ω = =
m1 (kg ) M 2 × m1 (kg ) n2 = quantidade de matéria soluto
֏ ∆Tsolid = K c × ω m1 (kg ) = massa solvente em kg
3. Colocar, com pipeta volumétrica, 10 mL de cicloexano m2 m 2 = massa soluto
em um tubo de ensaio e introduzir o mesmo no béquer ∆Tsolid = Kc ×
M 2 × m1 ( kg ) M 1 = massa molar solvente
com gelo. O conteúdo do tubo deve ficar coberto pelo
gelo. Kc m2 M 2 = massa molar soluto
M2 = ×
∆Tsolid m1 (kg )
10 mL
Cicloexano

A constante crioscópica pode ser determinada por


4. Introduzir o termômetro no tubo de ensaio e acompanhar ∆Tsolid
o abaixamento da temperatura. Quando o cicloexano ∆Tsolid = Kc × ω ⇒ Kc =
começar a solidificar, fazer a leitura da temperatura. ω
Durante todo o tempo em que o cicloexano estiver se
transformando em sólido, a temperatura permanecerá • Quantos mol de naftaleno foram empregados na
constante. formação da solução?
Anotar a temperatura
ao ocorrer a solidificação

Tsolid = __________

10 mL
Cicloexano

• Calcule a constante crisoscópica, K c


5. Retirar o tubo de ensaio do béquer e aquecê-lo até a .
completa fusão do cicloexano introduzindo, novamente, o
tubo de ensaio no béquer com gelo, conforme já descrito
acima. Anotar novamente a temperatura de solidificação.
Anotar a temperatura
ao ocorrer a solidificação

Tsolid = __________

 Relate seu experimento, nos moldes da apostila


Redação de Relatórios deste professor, encontrada no
Retirar o Fazer um banho Retornar o tubo de
tube de ensaio quente até fusão ensaio para o gelo
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do gelo total do cicloexano do Nível Superior.

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Prática 13: DISTRIBUIÇÃO DE UMA medidas de CA e CB do soluto S distribuído nos dois solventes
em equilíbrio em várias proporções, pode-se determinar a
SUBSTÂNCIA ENTRE DOIS LÍQUIDOS
constante K e o grau de associação n através do gráfico
IMISCÍVEIS ln C A × ln C B .
OBJETIVO O coeficiente de partição, K, depende da
temperatura e da natureza dos solventes e do soluto.
• Determinar a partição do ácido benzóico entre água e
tetracloreto de carbono e comprovar a validade da lei de
 Relate seu experimento, nos moldes da apostila
distribuição de Nernst.
Redação de Relatórios deste professor, encontrada no
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REAGENTES E EQUIPAMENTOS
do Nível Superior.
• Funil de decantação (separação).
• Bureta.
• Proveta.
• Pipeta.
• Erlenmeyer.
• Ácido benzóico.
• Tetracloreto de carbono.
• Água destilada.
• Solução aquosa de NaOH 0,025 mol/L.
• Fenolftaleína.

PARTE EXPERIMENTAL

1. Colocar em 6 funis de separação limpos, secos e


numerados, 25 mL de água destilada e 25 mL de
tetracloreto de carbono.
2. Adicionar cerca de 0,1; 0,2; 0,3; 0,4; 0,5 e 0,6 g de ácido
benzóico, respectivamente, nos funis numerados.
Tampar e agitar os funis durante 5 a 8 minutos, tendo o
cuidado para não aquecer os líquidos com o calor emitido
pela mão.
3. Deixar os funis em repouso até que as fases se separem
completamente.
4. Transferir a camada líquida inferior, fase orgânica de
cada funil para um béquer. Desprezar a mistura da zona
de interface e conservar a fase aquosa no funil.
5. Transferir 3 alíquotas de 2 mL da fase orgânica com
auxílio de uma pipeta para 3 erlenmeyers numerados.
6. Adicionar 25 mL de água destilada e uma gota de
fenolftaleína a cada erlenmeyer. Titular a solução com
NaOH 0,1 mol/L, anotando o volume de hidróxido gasto.
7. Transferir a fase aquosa do funil de separação para um
béquer.
8. Transferir 3 alíquotas de 5 mL da fase aquosa para 3
erlenmeyers.
9. Proceder como no item 6.

TRATAMENTO DOS DADOS EXPERIMENTAIS

Quando uma substância A, solúvel em dois


solventes imiscíveis, A e B, é agitada com uma mistura de
ambos, ela se distribui entre eles de acordo com a lei de
distribuição de Nernst. Se a substância apresenta a mesma
forma molecular nos dois solventes, a razão das suas
atividades nas duas fases é constante. Como a atividade pode
ser considerada igual a concentração em soluções muito
diluídas, C , em que K é igual ao coeficiente de partição
K= A
CB
e CA e CB são as concentrações ou as solubilidades do soluto
em cada um dos solventes. Nesta equação, K é a constante
de equilíbrio do sistema:

S ( fase B ) ⇔ S ( fase A)

Se as moléculas do soluto se associam em


presença de um dos solventes, por exemplo, no solvente B, a
expressão de equilíbrio para o sistema:
S n ( fase B ) ⇔ nS ( fase A)

Será
K=
(C A )n ,
em que n é igual ao grau de
CB
associação das moléculas do soluto S em presença do
solvente B. Essa última equação para K, na forma logarítmica,
resulta em ln C B = − ln K + n ln C A . Sendo assim, pelas

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Prática 14: EFEITO DA TEMPERATURA concentração da solução, obtém-se


obtém uma curva semelhante à
da figura abaixo. O ponto a representa uma mistura de duas
SOBRE A MISCIBILIDADE DE DOIS LÍQUIDOS
soluções em equilíbrio a uma dada temperatura: I1 e I2 que
costumamos designar, respectivamente, por “fase rica em
Nome: ______________________________
água” e “fase rica em fenol”. Aquecendo-se
Aquecendo o sistema, o ponto
que o representa desloca-se
se ao longo da linha a-a’.
a No ponto
OBJETIVO
a’, torna-se
se homogêneo (fenol e água completamente
• Construir a curva de solubilidade mútua para dois miscíveis).
líquidos parcialmente miscíveis e determinar a
temperatura crítica de solução.

REAGENTES E EQUIPAMENTOS
• Fenol.
• Água destilada.
• Erlenmeyer.
• Pipeta.
• Béquer.
• Bico de bunsen.
• Tripé.
• Tela de amianto.
• Termômetro.

PARTE EXPERIMENTAL • Preencha adequadamente a tabela à esquerda e


trace a curva de Tmédio versus %(m/m) fenol.
1. Medir 10; 5,0 e 2,5 g de fenol e transferir para três
erlenmeyers distintos. 100,0
2. Introduzir, no erlenmeyer, um termômetro e adicionar
água nas quantidades especificadas no quadro abaixo.
Considere a densidade da água igual a 1 g/mL. 90,0
3. Aquecer o frasco até que a mistura se torne límpida e
anotar a temperatura.
4. Deixe esfriar, agitando continuamente. Anotar a
80,0
temperatura em que reaparece a segunda fase líquida.
Esta será notada pela aparência leitosa do líquido. A
temperatura encontrada
ada durante o resfriamento deve ser
diferente da encontrada no aquecimento. A média entre 70,0

elas é tomada como a temperatura de saturação, isto é,


aquela acima da qual o fenol e a água são
completamente miscíveis. 60,0
5. Adicionar à mistura, em seguida, mais 1 mL de d água
Temperatura/oC

destilada e procurar de maneira semelhante à descrita


anteriormente, a temperatura de saturação desta nova 50,0
mistura.
6. Proceder do mesmo modo usando as quantidades
sucessivamente indicadas no quadro abaixo. 40,0

o
Temperatura/ C
Tquente

Tmédio

30,0
Fenol/g Água/mL Fenol/%(m/m)
Tfria

20,0
4
+1
10
+3
10,0
+4
7,5
+1,5
0,0
5 +3
0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 0,900 1,000
+3
% (m/m) de fenol
+3
12,5
2,5
+4 • Determine, através do gráfico traçado por você, a
+6 temperatura crítica de solução (ou temperatura
+7 consoluta).

TRATAMENTO DOS DADOS EXPERIMENTAIS

Fenol e água são particularmente solúveis à


temperatura ambiente, mas sua solubilidade mútua cresce
com o aumento da temperatura. Quando a temperatura atinge  Relate seu experimento, nos moldes da apostila
um certo valor entre 65 e 70ºC,os dois líquidos tornam-se
tornam Redação de Relatórios deste professor, encontrada no
completamente miscíveis. Esta temperatura é conhecida como site www.fabianoraco.oi.com.br,
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temperatura crítica da solução ou temperatura consoluta.
c do Nível Superior.
Nessa experiência, preparam-se se algumas misturas
dos dois líquidos de concentrações conhecidas e determina-
determina
se a temperatura de saturação para cada uma delas.
Representando temperatura de saturação em função da

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Prática 15: ANÁLISE DE UM SISTEMA DE Admitindo que não há variação do volume dos
componentes ao ser misturados, calculam-se
calculam as percentagens
TRÊS COMPONENTES CONTENDO DOIS
em volume dos componentes nas soluções saturadas.
COMPONENTES MUTUAMENTE IMISCÍVEIS Em um diagrama triangular, locam-se
locam os valores
obtidos.
OBJETIVO Traça-se,
se, então, a curva de solubilidade
solubilid do sistema
• Construir a curva de solubilidade de um sistema ternário água-acetato de etila-acetona.
constituído de dois líquidos parcialmente miscíveis e de Os pontos da área delimitada pela curva de
um terceiro miscível com os outros dois. solubilidade representam sistemas que se desdobram em
duas camadas líquidas e os outros pontos da área do
REAGENTES E EQUIPAMENTOS triângulo representam os sistemas constituintes de uma única
• Erlenmeyers. fase.
• Buretas. Anotar a temperatura ambiente
ente (T = ______) e a pressão
• Acetato de etila. atmosférica (P = ______).
• Acetona.
• Água destilada.  Relate seu experimento, nos moldes da apostila
Redação de Relatórios deste professor, encontrada no
PARTE EXPERIMENTAL site www.fabianoraco.oi.com.br,
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do Nível Superior.
1. No erlenmeyer de número 1, colocar 3,0 mL de acetato
de etila e adicionar 22 mL de água. Adicionar acetona por
intermédio de uma bureta até a mistura tornar-se
tornar límpida
(apresentar uma única fase). Anotar os volumes de
acetona gastos.
2. Repetir esse procedimento nto para os demais frascos
obedecendo as quantidades iniciais da tabela abaixo:

Acetato de etila/mL Água/mL Acetona/mL


3,0 22
12,0 5,5
24,0 9,0
5,0 15
5,0 10
20,0 5,0

TRATAMENTO DOS DADOS EXPERIMENTAIS

Quando, em uma dada temperatura, dois líquidos B


e C são parcialmente miscíveis, mas cada um deles é
completamente miscível em um terceiro líquido A, é possível
obter misturas homogêneas pela adição de A às misturas de B
e C. A quantidade de A necessária para tornar B e C miscíveis
é diferente
rente para cada proporção determinada de B e C.
Para um sistema ternário de líquidos à temperatura
e pressão constantes, o diagrama de fases é representado em
um triângulo eqüilátero (ver abaixo).

Os dados da composição dos três componentes são


locadoss na área representada pelo triângulo. Em cada lado do
triângulo é representada a concentração de um dos
componentes, em fração molar ou porcentagem, de modo que
cada vértice do triângulo é representado pelo componente
puro.
A composição de misturas contendo
conte apenas dois
dos componentes é representada por pontos nos lados do
triângulo e a composição de misturas ternárias é representada
por pontos internos do triângulo.
Os pontos de qualquer linha paralela a um lado do
triângulo correspondem a uma determinada da concentração do
componente puro representado pelo vértice oposto. A
composição de um sistema ternário é dada pelas linhas
paralelas aos 3 lados do triângulo que se interpenetram no
ponto que representa a composição do sistema.

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Pela equação (2), obtém-se uma reta em um gráfico


Prática 16: CINÉTICA QUÍMICA: REAÇÃO DE lnc versus t, a inclinação dessa reta é igual à constante de
velocidade e o coeficiente linear fornece o valor de lnc0. Como
PRIMEIRA ORDEM
 c(KMnO 4 ) 
c=  × V(KMnO 4 ) (3)
OBJETIVO  V(H 2 O 2 ) 
• Determinar a constante de velocidade e o tempo de pode-se substituir as concentrações pelos volumes
meia-vida para a reação de decomposição do peróxido respectivos na construção do gráfico, desde que o volume das
de hidrogênio, reação de primeira ordem. alíquotas seja o mesmo.
Quando a concentração do peróxido de hidrogênio
REAGENTES E EQUIPAMENTOS
• Bureta. atinge a metade do seu valor inicial, c = c0 , a equação (2)
• Pipeta de 5 mL. 2
• Pipeta graduada de 10 mL. pode ser simplificada e depois rearranjada, tendo-se:
• ln2 0,693
Provetas. k= = (4)
• Erlenmeyer. τ τ
• Cronômetro. onde τ é o tempo de meia-vida (intervalo de tempo para
• Peróxido de hidrogênio 0,16mol/L. que a quantidade de reagente se reduza à metade). Seu
• Permanganato de potássio 0,008 mol/L. valor é determinado graficamente ou pela equação (4)
• Cloreto férrico 6% (m/m).
• Ácido sulfúrico diluído a 1:5.  Relate seu experimento, nos moldes da apostila
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do Nível Superior.
 ATENÇÃO: Três pessoas, no mínimo, são necessárias
para a execução da experiência. Uma para cronometrar e
anotar o tempo de reação, outra para pipetar as amostras
e outra para titulá-las.

1. Colocar 5 mL de solução de ácido sulfúrico em sete


erlenmeyer de 125 mL numerados.
2. Colocar 100 mL da solução de peróxido de hidrogênio
em um erlenmeyer de 250 mL.
3. Transferir, para o erlenmeyer do item 2, 10 mL da
solução de cloreto férrico, utilizando uma pipeta
graduada. Acionar o cronômetro quando 5 mL da solução
do catalisador (cloreto férrico) tiverem sido adicionados.
Agitar a mistura durante 1 minuto. ATENÇÃO: Manter o
cronômetro funcionando até o final da experiência.
4. Colocar 5 mL da mistura reativa no erlenmeyer de
número 1 e titula-la rapidamente com permanganato de
potássio. O catalisador perde o efeito na presença de um
ácido forte e portanto, o processo catalisado deixa de ser
efetivo.
5. Seguir o progresso da reação titulando como no item 4,
sucessivamente, 5 mL de amostras da mistura reativa
com intervalos aproximados de 2 min até completar sete
titulações.

TRATAMENTO DOS DADOS EXPERIMENTAIS

O peróxido de hidrogênio decompõe-se lentamente


e a estequiometria da reação é a seguinte:
H 2 O2 (l ) → H 2 O(l ) + 1 2 O2 ( g )

A adição de um catalisador, como o cloreto férrico,


acelera a sua decomposição. Nesta experiência, será
estudada a cinética desta reação na presença desse
catalisador em concentração conhecida. Essa reação é de
primeira ordem, isto é, a sua velocidade é proporcional à
concentração de peróxido:
dc
= − kc (1)
dt
onde c é a concentração do peróxido de hidrogênio, t é o
tempo e k é a constante de velocidade

A concentração do peróxido de hidrogênio pode ser


determinada por titulação com permanganato de potássio em
meio ácido e a reação que ocorre é a seguinte:
2 KMnO4 + 5H 2 O2 + 6 H + → 2 K + + 8H 2 O + 5O2

A equação (1) quando integrada entre os limites c0 e


c, sendo c0 a concentração inicial do peróxido e c a
concentração depois de decorrido o tempo t, torna-se:
ln c = − kt + ln c0 (2)

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Prática 17: CINÉTICA QUÍMICA – LEI DE Representando por a, a concentração inicial dos
íons persulfato, por x, a concentração que reagiu no intervalo
ARRHENIUS
de tempo t e por (a – x), a sua concentração no tempo t, a
equação (4), quando integrada e rearranjada, resulta em:
OBJETIVO
1 a
• Determinar a energia de ativação de uma reação química k ' = ln (5)
pelo efeito da variação da temperatura sobre a sua t a−x
constante de velocidade.
Para manter constante a concentração do íon
REAGENTES E EQUIPAMENTOS iodeto, ele é regenerado pela reação entre o tiossulfato e o
• Béquer. iodo resultante da oxidação do iodeto pelo persulfato.
• Tubo de ensaio. I 2 + 2( S 2 O3 ) 2− → 2 I − + ( S 4 O6 ) 2 − (reação competitiva )
• Agitador.
• Bureta. Como esta reação é muito mais rápida que a reação
• Cronômetro. problema, o iodo não será liberado antes dos íons tiossulfato
• Soluções aquosas de: terem sido inteiramente consumidos. Para uma quantidade
a. iodeto de potássio (KI) 0,5 mol/L definida de íons tiossulfato adicionada à mistura inicial de
b. persulfato de potássio (K2S2O8) 0,02 mol/L. proporções conhecidas de íons iodeto e persulfato, pode-se
c. tiossulfato de sódio (Na2S2O3) 0,01 mol/L. medir o tempo, t1/n, correspondente a uma fração estabelecida,
d. amido, preparada recentemente. 1/n = x/a, da reação entre os íons iodeto e perssulfato, desde
que ela seja realizada em presença de amido.
PARTE EXPERIMENTAL Decorrido o período t1/n, quando todo o tiossulfato
foi consumido, os primeiros traços de iodo, produzido na
1. Colocar em um tubo de ensaio 20 mL da solução de reação entre os íons persulfato e iodeto, formarão um
iodeto de potássio e 10 mL da solução de tiossulfato de complexo com o amido que tornará azul a solução.
sódio e, em um segundo tubo de ensaio 20 mL da Nesta experiência, é comum a cor azul ser substituída por
solução de persulfato de potássio e algumas gotas da uma coloração marrom porque o iodo livre, que aumenta
solução de amido. continuamente após o consumo do tiossulfato em presença de
2. Colocar os dois tubos de ensaio em um béquer de 2 L excesso de iodeto, fornece
contendo água fria entre 5 e 10ºC. Aguardar alguns I 2 + amido → complexo azul (reações de caracterização)
minutos para que as soluções entrem em equilíbrio
I 2 + I − → (I 3 ) ( marrom)

térmico com o banho. Anotar a temperatura: T = _______
3. Adicionar, rapidamente, a solução do primeiro tubo à produzindo a coloração marrom observada na experiência.
solução do segundo, acionando simultaneamente o Calculam-se as constantes k e k’ para várias
cronômetro. Agitar a mistura e anotar o tempo quando a temperaturas pela medida do tempo t necessário para que
solução se tornar azul (t = ________). uma determinada quantidade de tiossulfato seja consumida
4. Repetir o procedimento dos itens (1) a (3) nas pelo iodo liberado na reação entre os íons iodeto e persulfato
temperaturas aproximadas de 15, 20, 25, 30 e 35ºC. existentes no início em proporções definidas.
A concentração inicial, a, dos íons persulfato na
TRATAMENTO DOS DADOS EXPERIMENTAIS mistura, é calculada a partir da sua concentração na solução
estoque da qual 20 mL foram diluídos para 50 mL, volume
A constante de velocidade de uma reação química total da mistura reativa.
varia com a temperatura de acordo com a equação de A concentração, x, dos íons persulfato que reagiram
Arrhenius: no intervalo de tempo, t, é igual à do tiossulfato porque a
− Ea quantidade dos íons persulfato é igual à quantidade dos íons
k = Ae RT (1) tiossulfato. Conhecendo-se, portanto, a relação a/(a - x),
constante para todas as amostras estudadas em temperaturas
na forma log aritmica :
diferentes e o tempo consumido na decomposição desta
E fração de persulfato, calculam-se as constantes de velocidade
lnk = lnA - a (2)
RT k pela equação (5).
onde k é a constante de velocidade. A é o fator de Com os dados de lnk em função de 1/T, obtém-se
freqüência, Ea é a energia de ativação, R é a constante dos uma reta que permite o cálculo da energia de ativação e do
gases e T é a temperatura termodinâmica. fator de freqüência da reação entre os íons persulfato e
iodeto, estando este último em grande excesso.
Pela representação gráfica dos valor de lnk em
função de 1/T, pode-se calcular a energia de ativação e o fator  Relate seu experimento, nos moldes da apostila
de freqüência de uma reação. Redação de Relatórios deste professor, encontrada no
Nesta experiência, será estudada a velocidade de site www.fabianoraco.oi.com.br, link Atividades Práticas
reação, em várias temperaturas, entre os íons persulfato e do Nível Superior.
iodeto. A estequiometria da reação entre estes íons é a
seguinte:
(S 2 O8 )2− + 2I − → 2(SO4 )2− + I 2 (reação problema)

Esta reação é de segunda ordem e a expressão de


sua velocidade é:


[
d (S 2 O8 )
2−
] = k × [(S O ) ]× [I ] 2− −
(3)
2 8
dt

Se a concentração do íon iodeto for mantida


constante, a reação é uma pseudo-reação de primeira ordem
em relação aos íons persulfato, tendo-se:


[
d (S 2 O8 )
2−
]
= k '× (S 2 O8 ) [
2−
(4) ]
dt
-
onde k’ é igual a k’ = k[I ].

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Prática 18: ADSORÇÃO que foram adicionadas sobre o carvão, consideradas iniciais,
e nas soluções obtidas por filtração, depois de atingido o
OBJETIVO equilíbrio. A partir destes dados, calcula-se a quantidade, x,
• Estudar a adsorção do ácido acético existente em de ácido acético adsorvido de 50 mL de cada solução em
soluções aquosas pelo carvão ativado em função da contato com 5 g de carvão (m) e, portanto, a razão x/m. Com
concentração do ácido na solução e determinar as os valores de x/m e as concentrações de equilíbrio, c,
constantes de adsorção da isoterma de Freundlich. constroem-se os gráficos, x/m versus c e ln(x/m) versus lnc.
No primeiro, traça-se a curva de adsorção e com o segundo,
REAGENTES E EQUIPAMENTOS calculam-se as constantes k e n.
• Erlenmeyer.
• Rolhas.  Relate seu experimento, nos moldes da apostila
Redação de Relatórios deste professor, encontrada no
• Bureta.
site www.fabianoraco.oi.com.br, link Atividades Práticas
• Pipeta. do Nível Superior.
• Funil.
• Papel de filtro.
• Carvão ativado.
• Soluções aquosas de:
a. Ácido acético 0,4 mol/L.
b. Hidróxido de sódio 0,05 mol/L.
• Solução alcoólica de fenolftaleína.

PARTE EXPERIMENTAL

1. Colocar, com auxílio de buretas, em seis erlenmeyers


numerados e contendo cada um 5 g de carvão ativado e
pulverizado, os volumes de ácido acético e água de
acordo com a tabela abaixo:

(Volume de Ácido acético Volume de


Frasco
0,4 mol/L)/(mL) água/mL
1 50,0 -
2 35,0 15,0
3 25,0 25,0
4 15,0 35,0
5 10,0 40,0
6 8,00 42,0

2. Arrolhar os frascos e agitar cada mistura durante 5 a 8


minutos, tendo o cuidado de mantê-lo à temperatura
ambiente, evitando aquecê-los com as mãos.
3. Filtrar as soluções para erlenmeyers numerados.
4. Pipetar 10 mL do filtrado do frasco de número 1 e titular
com hidróxido de sódio usando como indicador
fenolftaleína.
5. Titular também os outros filtrados, sendo alíquota de 10
mL do frasco (2) e 15 mL dos frascos 3, 4, 5 e 6.

Obs.: As alíquotas provenientes dos frascos 5 e 6 serão


titulados com a solução de hidróxido de sódio mais
diluída.

TRATAMENTO DOS DADOS EXPERIMENTAIS

A relação entre a quantidade de substância


adsorvida por um adsorvente e a pressão do gás ou a
concentração da solução no equilíbrio, a uma dada
temperatura, é denominada isoterma de adsorção.
As isotermas que apresentam forma assíntótica
podem ser descritas por diferentes equações, sendo que uma
delas é a de Freundlich, cuja relação matemática é:
1
x
= kc n (1)
m
onde x/m é a massa da substância adsorvida por unidade
de massa do adsorvente, c é a concentração da solução
no equilíbrio, k e n são constantes características do
adsorvente e do soluto, a uma dada temperatura.

Tomando-se o logaritmo da expressão (1) obtém-se


a equação:
x 1
ln= ln k + ln c ( 2)
m n
as constantes k e n podem ser calculadas através do
gráfico ln(x/m) versus lnc.

Calculam-se as concentrações, em g/L, do ácido


acético (massa molar = 60 g/mol) nas soluções do item (1)

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Prática 19: PROPRIEDADES PARCIAIS


MOLARES – VOLUME DE EXCESSO

solução/mL

Densidade/
pinômetro-
Volume de

Volume de
etanol/mL

água/mL
Frasco

Massa

(g/mL)
OBJETIVO
Obter e analisar o volume parcial molar de sistemas
constituídos por água-etanol.

REAGENTES E EQUIPAMENTOS 1 0,0 100,0


• Picnômetro. 2 25,0 75,0
• Béquer. 3 50,0 50,0
• Bureta. 4 75,0 25,0
• Etanol. 5 100,0 0,0
• Água destilada.
TRATAMENTO DOS DADOS EXPERIMENTAIS
PARTE EXPERIMENTAL
• Compare o valor da densidade do álcool que você
Calibração do Volume do Picnômetro determinou com a literatura.

1. Meça a massa do picnômetro vazio em balança analítica • Preencha convenientemente a tabela abaixo e
( __________ ). construa o gráfico de (V − Vid ) em função da fração
n
2. Meça a temperatura da água ( __________ ). mássica do álcool, X álcool . Assim, considerando que:
3. Encha o picnômetro convenientemente com a água cuja V = V picnômetro e Vid = nH 2 O × VH*2O + n(álcool) × Válcool
* . V*
H 2O
temperatura foi medida, após enxugar a parte externa, e
determine a massa do mesmo com a água e Válcool
* são respectivamente os volumes molares da
( __________ ). água e do álcool puros.

4. Use a densidade da água ( __________ ) para FRASCOS


determinar o volume do picnômetro ( __________ ).
1 2 3 4 5
X álcool AAA AAA AAA AAA AAA
A A A A A
ρ /( g / mL) AAA AAA AAA AAA AAA
A A A A A
m álcool / g AAA AAA AAA AAA AAA
A A A A A
nálcool / mol AAA AAA AAA AAA AAA
A A A A A
mágua / g AAA AAA AAA AAA AAA
A A A A A
nágua / mol AAA AAA AAA AAA AAA
A A A A A
ntotal = nágua + nálcool AAA AAA AAA AAA AAA
A A A A A
Preparo das soluções Vid / mL AAA AAA AAA AAA AAA
A A A A A
5. Prepare em béqueres/erlenmeyers 100 mL de misturas (V − Vid ) AAA AAA AAA AAA AAA
/( mL / mol ) A A A A A
de água e etanol nas seguintes proporções (utilize n
bureta):

Referência
Volume de

Volume de
etanol/mL

água/mL
Frasco

• http://pcserver.iqm.unicamp.br/~wloh/cursos/qf952/i
ndex2004.html. Acesso em 25/10/2007.

1 0,0 100,0
2 25,0 75,0
3 50,0 50,0
4 75,0 25,0
5 100,0 0,0

Medida da Densidade das Soluções

6. Lave o picnômetro calibrado com um pouco da solução


em estudo, e a seguir encha o picnômetro com a solução
termostatizada.

7. A seguir enxugue bem a parte externa do picnômetro e


meça a massa usando uma balança analítica
( __________ ).

8. Repita o mesmo procedimento com as outras soluções e


com o álcool puro.

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Prática 20: VISCOSIDADE DE LÍQUIDOS PARTE II


(Trabalho Final)
8. Repita os itens (3) e (4) para soluções de água-acetona
(50 mL cada), a partir da solução mais concentrada em
OBJETIVO
acetona. Sendo a primeira, acetona pura. Uma vez feitas
Determinar o coeficiente de viscosidade de líquidos e
as leituras de tempo, prepare a segunda solução,
soluções empregando o viscosímetro de Ostwald e relacionar
retirando 40 mL de acetona e completando com 10 mL
a viscosidade com a temperatura e com a concentração.
de água. A terceira será preparada com 40 mL da
segunda com mais 10 mL de água e assim
REAGENTES E EQUIPAMENTOS
sucessivamente até completar uma série de sete
• Viscosímetro de Ostwald. soluções. Esta técnica evita a limpeza do viscosímetro
• Banho termostático. entre uma solução e outra, considerando a volatilidade
• Cronômetro. da acetona e diminui os custos da experiência.
• Pipeta graduada.
• Proveta. Tempos de escoamento
• Erlenmeyer. Soluções t1 t2 t3 t
• Pêra de borracha.
• Etanol. (1) 50 mL acetona
• Acetona. (2) 40 mL de (1) + 10 mL H 2 O
• Éter. (3) 40 mL de (2) + 10 mL H 2 O
(4) 40 mL de (3) + 10 mL H 2 O
PARTE EXPERIMENTAL
(5) 40 mL de ( 4) + 10 mL H 2 O
PARTE I (6) 40 mL de (5) + 10 mL H 2 O
(7) 40 mL de (6) + 10 mL H 2 O

TRATAMENTO DOS DADOS EXPERIMENTAIS

A viscosidade de fluidos é usualmente determinada


medindo-se a velocidade de escoamento através de um tubo
capilar. A teoria sobre viscosidade foi inicialmente
desenvolvida pelo fisiologista Jean Leonard Poiseville (1799 –
1869), resumindo seus resultados na equação:
π × P×r4 ×t
η= (1)
8×V × l
em que P é a diferença de pressão nas extremidades do
tubo; r e l são o raio e o comprimento do tubo,
respectivamente; V é o volume e t é o tempo de
escoamento.

1. Introduza, no viscosímtero, uma quantidade medida de Desde que as medidas de viscosidade sejam feitas
água destilada ( 10 mL , por exemplo) que preencha a num mesmo viscosímetro, mantendo as mesmas diferenças
metade do bulbo A. de níveis, a pressão hidrostática de cada fluido é proporcional
2. Regule o banho termostático para 20 o C e espere atingir a sua densidade. Pela equação 1, tem-se que:
o equilíbrio. η = k ×ρ ×t ( 2)
3. Com auxílio de uma pêra de borracha, faça com que a em que k é uma constante que depende das
água alcance a metade do bulbo B. Deixe a água características do viscosímetro e ρ é a densidade.
escorrer livremente e meça o tempo gasto no percurso
de a até b (Repetir por 3 vezes). Aplicando a equação 2 para o líquido de referência e
4. Substitua a água pelo etanol e repita o item anterior (3), para o líquido problema, resulta:
depois de atingir o equilíbrio. η × ρx × tx
5. Repita os itens (3) e (4) nas temperaturas de 25o C , ηx = (3)
ρ ×t
30 o C , 35 o C , 40 o C , 45o C e 50 o C , tanto para a água
quanto para o etanol. A variação da viscosidade de um líquido com a
6. Limpe escrupulosamente o viscosímetro enxaguando-o temperatura pode ser expressa pela equação de Arrhenius:
com água destilada, secando-o com éter ou acetona e
η = A exp( E / RT ) (4)
deixando-o na estufa.
7. Preencha a tabela abaixo adequadamente.
Segundo essa equação empírica, a viscosidade dos
Líquido Água Etanol líquidos diminui com a temperatura. Outras variáveis relativas
à viscosidade são:
Volume do líquido/mL
• Viscosidade relativa: η (η x e η o ;
ηr = x
ηo
Tempos de escoamento
viscosidade da solução e viscosidade do solvente,
Temperatura Água Etanol respectivamente).
t1 t2 t3 t t1 t2 t3 t • Viscosidade específica: η = η − 1 .
esp r

20 o C • Viscosidade intrínseca: [η ] = lim η esp ou [η ] = kM a ;


25o C C →0 C

30 o C C é a concentração, k e a são constantes e M


35 o C volume molar.
• Viscosidade cinemática: η
40 o C υ= .
45o C ρ
50 o C

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QUESTÕES

1. Calcule o tempo médio, t , de escoamento da água em


cada caso.

2. Consulte, na literatura, os valores de densidade e


coeficiente de viscosidade da água em cada temperatura
da experiência.

3. Calcule, em cada caso, o valor de k do viscosímetro de


Ostwald (equação 3).

4. Calcule a viscosidade do álcool em cada temperatura da


PARTE I.

5. Represente graficamente lnη em função de 1.


T
Determine a equação da função e discuta o resultado.

6. Calcule as concentrações em fração de quantidade de


matéria de cada uma das soluções água-acetona.

7. Com o auxílio do gráfico densidade versus fração molar


das soluções água-acetona, calcule a viscosidade das
soluções preparadas na PARTE II.

8. Faça um gráfico de η versus fração de quantidade de


matéria e discuta seus resultados.

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BIBLIOGRAFIA
1. Roteiros de trabalhos em laboratório, Físico-Química I e II. Departamento de Química, UFMG.

2. Práticas de Físico-Quimica I e II. Departamento de Química, UFV.

3. http://pcserver.iqm.unicamp.br/~wloh/cursos/qf952/index2004.html. Acesso em 25/10/2007.

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