Educação em Saúde consiste na ação de transmitir informações e conhecimento
em relação à saúde através de política social, didáticas que envolve grupos na comunidade além do uso da tecnologia e canais da mídia como a televisão, internet e o rádio, para abranger uma região específica ou todo o país. Este processo se faz necessário para tentar combater algumas epidemias ou situações individuais através da orientação, para que ocorra uma conscientização da população com finalidade de prevenção¹.
Segundo o Ministério da Saúde educação em saúde se define como: “Processo
educativo de construção de conhecimentos em saúde que visa à apropriação temática pela população [...]. Conjunto de práticas do setor que contribui para aumentar a autonomia das pessoas no seu cuidado e no debate com os profissionais e os gestores a fim de alcançar uma atenção de saúde de acordo com suas necessidades”².
A educação em saúde não é unicamente a prática de atividades que se voltam em
conduzir informações em saúde. É vista como considerável ferramenta da promoção a saúde, que carece de um ajuste de suporte educacionais e ambientais que designa atingir intervenções, ações e condições de vida próprios a saúde.
A fim de que a promoção da saúde realmente ocorra com a instrumentalização da
educação em saúde, além do entendimento do tema, dos conceitos e das informações que ela a abrange, é fundamental a junção dessa prática a comunicação, o conhecimento e percepção qualificada.
As equipes multiprofissionais de saúde tem a incumbência de semear informações
no campo comunitário e realizar ações educativas de saúde, juntamente com planejamento de atividades para envolver distintas profissões e compartilhar diferentes saberes e inserção da prática dentro do serviço de saúde. E desta forma visualiza o indivíduo de forma íntegra e com isso, estimula a participação no ambiente de educação em saúde para que todos participem da divulgação da prática.³ Um dos projetos da Educação em Saúde, proposto pelo Ministério da Saúde é a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), com intuito de reduzir mortalidade homens, ampliar a procura por tratamento de saúde na Atenção Básica e quebrar paradigmas de que os homens não cuidam da saúde.4
E a campanha “novembro azul” surgiu em 2012, no Brasil, com a iniciativa do Instituto
Lado a Lado pela Vida (ILLV) e da Sociedade Brasileira de Urologia, com o foco de transmitir para a sociedade masculina que o Câncer de Próstata tem sido umas das segundas maiores causas de morte no Brasil, e mediante a esse mês azul, promover a educação da saúde do homem em questões gerais de saúde com o empenho de divulgação de mídias.5
Outro exemplo de projeto de educação em saúde é o programa Primeira Infância
Melhor (PIM), tem como objetivo fazer a promoção do desenvolvimento na primeira infância que é desde o nascimento até os 5 anos, 11 meses e 29 dias e realiza orientações com gestantes. O PIM se dá por visitas domiciliares que são realizadas semanal/quinzenal em famílias de alta vulnerabilidade social, sempre dando ênfase no fortalecimento de vínculos entre família e criança e os deveres que devem ser cumpridos para a mesma.
Em 2003 o programa foi desenvolvido e se tornou lei em 03 de Julho de 2006 –
Lei Estadual n° 12.544. Ele tem como embasamento o método do projeto Ecuda a tu Hijo do Centro de Referencia Latinoamerica para la Educación Preescolar (Celep) em Cuba.
Seus fundamentos teóricos tem fundamentação em grandes estudos sobre o
desenvolvimento infantil como Vygotsky, Piaget, Bowlby, Winnicott e Bruner e a cada dia que passa vem se atualizando na área da neurociência.
O PIM faz parte de um dos projetos de prioridade da Secretaria Estadual da Saúde
do RS. Ele serviu de exemplo para a dar o primeiro passo na Ação Brasil Carinhoso e no Programa Criança Feliz, os dois são do governo Federal, tem seu reconhecimento na América Latina por ser uma das tecnologias sociais mais fortes voltado para o cuidado na infância. A dinâmica educativa na atenção primária inicia através de programas estabelecidos e também voltados a ações de promoção à saúde e prevenção juntamente com a comunidade, cidadãos e grupos sociais, mediando às atividades que os profissionais da saúde realizam. È imprescindível que o profissional da saúde saiba reconhecer os problemas que precisam de uma assistência na promoção e prevenção da saúde.
Tendo em vista conceitos e os programas que falam por si só o que é educação
em saúde, destaca-se a grande importância que é debater a educação em saúde, principalmente entre profissionais da saúde onde eles estão diretamente ligados a conscientizar a população para a prevenção, pois existem diversas campanhas de prevenção e educação, basta colocar em prática.
Referências
1 - SALCI,M. Aparecida et al. Educação em saúde e suas perspectivas teóricas: algumas
reflexões. 2013. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/tce/v22n1/pt_27> acesso em: 08 nov. 2019.
2 - Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na
Saúde. Glossário temático: gestão do trabalho e da educação na saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. – 2. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
3 - FALKENBERG, Mirian, et al.Educação em saúde e educação na saúde: conceitos e
implicações para a saúde coletiva;Ciência & Saúde Coletiva, 19(3):847-852, 2014.
4-VASCONCELOS,I, et al; Política nacional de atenção integral à saúde do homem e os
desafios de sua implementação; Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 9, p. 16340-16355 sep, 2019,ISSN 2525-8761. 5-MODESTO, A, et al; Um novembro não tão azul: debatendo rastreamento de câncer de próstata e saúde do homem;Interface, comunicação, saúde e educação, 2018; 22(64):251-62.