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MINIMALISMO*

Contexto
1960- La Monte Young, Composition 1960 # 7 1976- P. Glass, Einstein on the Beach
J. Tinguely, Homage to New York B. Ferneyhough, Unity capsule
1964- T.Riley, In C S. Reich, Music for 18 Musicians
B.Jolas, Quarteto II H. Dutilleux, quatuor Ainsi la nuit

Origem
E. Satie, Vexations, Embryons desséchés
Música extra-europeia ( Gamelão, Ragas da Índia, polirritmia da África negra, etc )

Compositores
La Monte Young (1935) Terry Riley (1935) Steve Reich (1936)
Philip Glass (1937) Michael Nyman ( )
Outros: Christopher Fox, Renaud Gagneux, Frédéric Lagnau, John Mc Guire, Wim Mertens,Walter Zimmermann

Obras
La Monte Young- |Trio de cordas (1958) T. Riley- In C (1964)
The Tortoise: His Dreams and Journeys (1964) Dorian Reeds -com electrónica (1964)
The Well-Tuned Piano (1964) Keyboard Studies (1964-67)
S. Reich- It´s Gona Rain (1965) The Fatal Fall (1992)
Violin Phase; Piano Phase (1967) P. Glass- Music With Chaging Parts (1973)
Drumming (1971) Einstein on The Beach (1976)
Music for Pieces of Wood (1973) Concerto (1987)
The Desert Music (1984) Quarteto de cordas n º5 (1995)
City Life (1995) Orphée /La Belle et la Bête (1996)

Características
Redução de meios utilizados, economia de motivos, recurso a elementos simples.
Arte minimal: arte conceptual. Por exemplo, La Monte Young: “ Sustentar um som o mais longamente possível”.
Arte minimalista: princípio de economia. Repetição e justaposição de elementos (acordes, motivos), de maneira a
que o processo de transformação gradual dos elementos seja audível (música designada repetitiva). A lenta evolução
vai dar origem a composições frequentemente longas. Concepção alargada do tempo.
Escolhas harmónicas tonais e estruturas rítmicas pulsantes (em geral).
Anti-intelectualismo (La Monte Young), rejeição das vanguardas europeias (do serialismo) e dos academismos.
Experiências de improvisação em grupo na origem dos esquemas de desenvolvimento das obras.
Referências à música de tradição oral e extra-europeia: ritmos do Gana e Bali (Reich), Ragas indianos (Riley), R. Shankar (Glass).
Algumas correntes minimalistas importantes na Bélgica, Holanda, Alemanha e Hungria.

PóS-MODERNISMO*
Contexto
1976- H. Gorecki, 3ª Sinfonia (em Royan) 1991- M.A.Turnage, Momentum
P.Glass, Einstein on the Beach (em Avignon) K. Penderecki, Ubu Rex
1978- H.J.Bose, Travesties in a Sad Lanscape 1994- A.J.Kernis, Colored Field
Morre B. Britten 1996- T.Adés, The Premises are Alarmed

Compositores
Henryk Gorecki (1933) Arvo Pärt (1935) Manfred Trojahn (1949)
Oliver Greif (1950-2000) Oliver Knussen (1952) Hans-Jurgen von Bose (1953)
Detlev Muller-Siemens(1957) Mark-Antony Turnage(1960) Jean-François Zygel (1960)
Outros:Thomas Adés, Nicolas Bacri, Thierry Escaich, Anthony Girard, Giya Kancheli, Olivier Kaspar, Pascal Zavarro

Obras
Arvo Pärt - Tabula Rasa(1977) Chants de l’Âme(1996)
Fratres(1977-92) Oliver Knussen- Sinfonia nº1(1968)
Cantus in Memory of Benjamin Britten(1979) Concerto para Trompa(1994)
Magnificat (1983) H.J.Bose- Travesties in a Sad Lanscape(1978)
Stabat Mater(1985) Die Leiden des jungen Werthers(1986)
Miserere(1989) Aaron Jay Kernis- Symphony in Waves(1989)
Oliver Greif- Nô(1980) Colored Field(1994)

Características
Corrente artística referente às Artes Plásticas, à Arquitectura e à Música, que se assume e se identifica com a
herança histórica, estando assim em ruptura com o modernismo, e em particular com as vanguardas.
Desígnios da nova música: reapropriação da tradição tonal e neo-romântica, reivindicação de uma escuta mais
simples e directamente emocional, lirismo, expressividade, forte investimento na subjectividade do artista.
Referência a compositores como Benjamin Britten e Dmitri Chostakovitch. Utilização da grande orquestra e de formas
tradicionais (sinfonia, concerto, ópera). Por vezes, importância da mistura de estilos, de referências heteróclitas e da
citação.
Compositores de grande cultura, possuidores de técnicas de escrita e de orquestração muito desenvolvidas,
inscrevem-se deliberadamente numa continuidade estética pós-romântica, na qual se apropriam de elementos das
várias correntes artísticas do séc. XX (cinema, música, literatura).
Especificidade de um pós-modernismo minimal na Europa de leste, em particular na Estónia: Arvo Pärt.

Arvo Pärt (1935)


Início com uma escrita serial (Nekrolog em 1960), depois retorno nos anos 70 às técnicas de escrita ancestrais. Harmonia tonal, monodia
simples. Referência ao canto meditativo ortodoxo e ao canto gregoriano.
*Tradução dos artigos “Minimalismo” (p. 47) e “Pós-modernismo” (p. 70), inseridos na obra:
DELUME, Caroline, e MERLET, Anne-Dominique, La Musique du XXe Siècle: de Schoenberg a nos Jours, Courlay, Fuzeau, 2001.

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