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CONTEÚDOS:
Págs:
1. O ILUMINISMO 2
2. AS REVOLUÇÕES LIBERAIS 11
3. O ROMANTISMO 15
4. A 2.ª METADE DO SÉCULO XIX ATÉ 1914 21
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1. ILUMINISMO
ANTIGO REGIME:
- A partir deste regime, nasce a revolução filosófica e científica, que vai dar
origem à Crise da Consciência Europeia (1680-1720) – esta crise consiste num
conjunto de ideias tanto filosóficas como científicas que vão dar origem ao
iluminismo, movimento que vai derrubar o antigo regime.
REVOLUÇÃO FILOSÓFICA:
Duas vertentes:
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- Empirismo: o conhecimento é obtido primeiramente através das sensações;
só depois é que há a racionalização; os principais filósofos desta vertente são
John Locke e David Hume;
- John Locke foi filósofo e físico. Viveu numa altura onde houve una tentativa
de absolutismo monárquico. Assim, decide partir para França e depois para a
Holanda, onde é médico e conselheiro do príncipe Guilherme de Orange, que
era casado com Mary II de Inglaterra. Em 1688, em Inglaterra, o príncipe de
Orange, devidamente aconselhado e influenciado por Locke, prende o rei
inglês de modo a não predominar o absolutismo monárquico (“Glorious
Revolution”). Mary II sobe ao trono com direito legítimo. Em 1689, existe um
novo regime: a monarquia liberal.
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- “Cartas sobre a tolerância” (1687) – esta obra fala essencialmente da
tolerância religiosa - acredita que os católicos e os ateus são intolerantes; para
além disso, aborda a importância da separação entre a Igreja e o Estado - a
liberdade religiosa e o Estado têm que assegurar isso;
OS LIBERTINOS:
- Os libertinos são aqueles que contestam com as ideias mais básicas, desde
a família até à moral sexual. A ideia predominante desta coletividade é que
tudo é possível e não há fronteiras – atacam e criticam tudo, ou seja, punham
tudo em causa, mas não oferecem nenhuma ideia filosófica ou construção
mental.
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REVOLUÇÃO CIENTÍFICA:
- Em 1662, foi fundada a Royal Society, uma academia científica onde andou
Locke, Newton e Harvey. Esta sociedade publica revistas com o nome de
“Phylosophical transactions”.
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- No século XVIII, Jenner descobre a vacina e a cura contra a varíola. A partir
desse momento, vai haver a descoberta de vacinas contra as várias doenças
que predominaram durante anos. Para além disso, já se começa a estudar e a
compreender a epilepsia, os diabetes e, mais tarde, no século XIX, a raiva e os
problemas mentais.
- No entanto, durante este período, o Norte era muito mais desenvolvido do que
o Sul – por exemplo, o Sul tinha uma grande taxa de analfabetismo. Isto deve-
se em grande parte à Igreja Católica.
ILUMINISMO:
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estendida aos vários homens, pois estes são livres e racionais. Assim, nasce
um novo estudo: a antropologia - Voltaire estuda a civilização chinesa; os
ingleses estudam a cultura hindu (Índia); os alemães estudam a cultura
islâmica. Por fim, é também feito um extenso estudo sobre História. Voltaire
é o grande historiador do século XVIII – escreveu alguns livros como “Uma
história sem Deus” e “Ensaios sobre os costumes”; neste último, o intelectual
tenta explicar toda a história da humanidade desde a pré-história até ao século
XVIII.
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DIVISÃO RELIGIOSA:
LIBERDADE:
DEÍSMO:
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superior (“O Grande Relojoeiro”/”O Grande Arquiteto”). No entanto, há
pensadores ateus, sendo a maioria deles deístas.
ENCICLOPÉDIA:
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- Os volumes foram publicados gradualmente. Tinha como objetivo de ser
divulgada para que todas as pessoas tenham a oportunidade de a ler. Para
além disso, a Enciclopédia é contemporânea da revolução dos EUA em 1776,
onde as ideias iluministas foram postas em prática.
- Fases de publicação:
- Por fim, o português Ribeiro Sanches, que era médico e pedagogo, chegou
a escrever artigos de medicina sobre sífilis e gonorreia que foram integrados na
Enciclopédia.
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2. REVOLUÇÕES LIBERAIS:
O LIBERALISMO:
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REVOLUÇÃO FRANCESA:
- A Revolução Francesa (1789) teve três fases: a 1.ª fase onde se cria uma
monarquia constitucional; a 2.ª fase, onde se tenta implantar uma república; a
3.ª fase, quando Napoleão Bonaparte coroa-se imperador em nome da
revolução francesa – assim, há uma nova constituição de uma monarquia
absoluta. Durante todo este processo, houve forças contraditórias que tentam
manter a monarquia absoluta através de alianças com outros países
absolutistas.
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Brasil e dá a casar a sua filha, D. Maria, ao seu irmão D. Miguel. Assim D.
Miguel passa a governar o território nacional, após D. João VI morrer, com
o acordo de manter a monarquia constitucional. Em 1826, D. Miguel trai o
acordo com o seu irmão e reestabelece a monarquia absoluta. Perante este
ato, D. Pedro IV vai combater o seu irmão: em 1833, desembarca em
Mindelo e é saudado pela multidão do Porto. Por fim, em 1834, a Revolução
liberal acaba por triunfar. D. Pedro IV acaba por morrer 4 meses mais tarde e
D. Maria II sobe ao poder e reina o território nacional. Casa-se com um príncipe
alemão e tem muitos filhos.
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- O liberalismo defende também em nome a “economia de mercado”: existe
os direitos de propriedade e o estado não pode tirar aquilo que pertence a uma
pessoa.
- Agora, a luta vai ser pelo direito de igualdade universal, principalmente, pelo
direito ao voto universal, e pelo direito dos trabalhadores. Todos estes fatores
foram defendidos pelos sindicatos e pelos democratas. Para além disso, a luta
contra o trabalho infantil e a escravatura foi constante e muito difícil.
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3. ROMANTISMO:
CARACTERÍSTICAS DO ROMANTISMO(S):
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repercussões na visão da arte – esta passa a ter um lado subjetivo e não é
inteiramente objetivo; a complexidade e as contradições de cada indivíduo tem
um impacto nas histórias românticas, pois os artistas vão exaltar o anti-herói.
Todos os seres humanos têm lados bons ou maus.
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século XIX, surge Jane Austen, autora de “Orgulho e Preconceito”, Walter
Scott e as irmãs Emily Bronté, criadora do livro “Monte dos Vendavais”, e
Charlotte Bronté, autora da obra “Jane Eyre”. Desta maneira, estas notáveis
intelectuais vão destacar o papel da mulher da arte e o seu prestígio.
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3.º Foco- França
- Talvez, a França foi dos países mais racionais durante todo o período
romântico. Deram um foco racional, social e político ao movimento
romântico e não deram tanta importância ao obscurantismo e ao misticismo.
Houve uma recuperação de alguns valores culturais e houve um movimento
neoclássico como encenação do poder de corte. Os inimigos de Napoleão
uniram-se no movimento do romantismo contra a cultura clássica e fria
de corte de Napoleão. Apenas em 1815, quando Napoleão foi derrotado,
apareceu Chateaubriand com obras reacionárias contra a Revolução
Francesa. Durante o imperialismo de Napoleão, Madame de Staela reunia os
vários reacionários em sua casa para construir um novo movimento cultural
puramente reacionário.
PORTUGAL:
- O romantismo, que está muito ligado à revolução liberal, surge mais tarde
devido a fatores políticos – a guerra entre os dois irmãos, D. Pedro e D.
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Miguel. Muitos intelectuais portugueses, que tinham novas ideias ligadas ao
romantismo, tiveram que lutar junto de D. Pedro, acabando alguns por morrer.
No entanto, é com o poema de Almeida Garrett intitulado de “Camões”
(1825) que o romantismo começa verdadeiramente em Portugal. Este
escritor português foi também político e desempenhou uma atividade intensa
na imprensa. Recebeu uma educação clássica e os seus primeiros poemas
foram escritos segundo a forma clássica. O seu poema “Camões”, que foi
escrito no exílio, vai recuperar a genialidade de Camões. Outras obras como
“Dona Branca” e “Adosinda” estão muito ligados à identidade nacional. Para
realçar a cultura portuguesa e o espírito do povo, Garrett fez uma recolha de
poesia e contos portugueses. Em relação ao teatro, este intelectual vai ter
uma importância notável. Chegou a fundar o Teatro Nacional D. Maria II e o
Conservatório Nacional e escreveu obras como “Frei Luís de Sousa”, que tem
uma temática com características românticas (presságios, nacionalismo, etc.).
Como novelista, Garrett escreveu “As viagens na minha terra”, que foi muito
inovadora e foi considerada por Eça de Queirós a primeira grande obra
moderna em Portugal. Por fim, escreveu também “Folhas Caídas” (1857) já no
final da sua vida. Esta obra consiste num conjunto de poemas profundamente
românticos.
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E.U.A.
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4. A 2.ª METADE DO SÉCULO XIX ATÉ 1914:
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- Também vai surgir o mutualismo – os artesãos, que têm o trabalho
qualificado com oficinas em suas casas, vão olhar com receio para a grande
produção da fábrica e das máquinas. Deste modo, vão criar o mutualismo, de
modo a assegurar o trabalho do operário. No entanto, devido à falta de
dinheiro, os trabalhadores não aderem. Para contornar este problema, vão ser
criado os sindicatos com a função de defenderem os trabalhadores. Foi criada
a A.I.T. – Associação Internacional dos Trabalhadores – que defendia que a
condição dos trabalhadores deve ser igual em todos os locais. Para além disso,
criaram novas leis – criaram horários de trabalhos, proibiram o trabalho infantil
e criaram condições para os doentes e grávidas. A greve foi uma arma muito
forte dos sindicatos contra os patrões.
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