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Os 4 pilares da mordomia: Templo,

tempo, talento e tesouro.

1. Templo
O novo testamento nos diz que o nosso corpo é o templo do Espírito
Santo. Sendo o ES a divindade plena, podemos concluir que o nosso
corpo é o templo de Deus. Para a perfeita manutenção deste templo, o
criador instruiu quanto ao tipo de alimento a ser consumido pelo
homem. “ Disse Deus: “Eis que dou a vocês todas as plantas que
nascem em toda a terra e produzem sementes, e todas as árvores que
dão frutos com sementes. Elas servirão de alimento para vocês. Gn
2:29

Além da dieta do homem, Deus instruiu sobre a dieta dos animais.


(Verso 30) e deixou claro que o alimento adequado para o seu bem
estar não incluiria alimentos a base de carne.

Após o dilúvio Deus permitiu o consumo de carne, mas estabeleceu


uma série de restrições, que incluíam a abstenção de sangue e uma lista
de animais impuros, impróprios para consumo. Essa lista e as normas
relativas a ela eram conhecidas por Noé antes mesmo do dilúvio,
lançando por terra a teoria de que a tais restrições seriam apenas para
o povo de Israel.

Pensando desta maneira é fácil entender a importância de uma boa


alimentação para o cristão. Cuidar bem do corpo não é modismo.
Saúde física e mental, abstenção de substâncias nocivas, exercícios
físicos e descanso adequado devem fazer parte do estilo de vida de
quem professa o cristianismo.

Nem é necessário lembrar que o plano original de Deus é o melhor para


a vida de suas criaturas.

2. Tempo

O segundo pilar da mordomia cristã trata do uso do tempo. O tempo foi


um presente que Deus disponibilizou para que o homem pudesse
exercer sua mordomia. E, como forma de expressar seu cuidado com o
bem estar da criatura, o criador estabeleceu um dia de descanso para
comunhão e celebração. O Shabbat.

O sétimo dia da semana foi reservado para que a humanidade se


encontrasse com Deus. Foi criado por sua causa (Marcos 2:27), para
ser um dia de descanso e deleite e não um dia de jugo e tristeza. Jesus
criticou a falta de entendimento dos judeus de seu tempo acerca do
sábado e, ainda hoje, encontramos pessoas que não conseguem
visualizar o quanto o Messias desejava restaurar a verdadeira
importância desse dia sagrado.

Enquanto o sábado lembra nossa origem nobre, os demais dias


lembram-nos que tudo o que fazemos e produzimos é resultado de uma
doação dAquele que nos criou. O tempo é um dom, e devemos usá-lo
da melhor maneira possível, aproveitando-o com atividades lucrativas,
nobres, honestas e que beneficiem o máximo de pessoas.

3. Talento

O terceiro “T” da mordomia cristã é o que se refere ao uso dos talentos.


Entendemos por talento a nossa capacidade de multiplicar um bem,
seja ele material ou imaterial. Embora muitos pregadores costumem
limitar o uso dos talentos ao serviço eclesiástico, essa aplicação
reduzida, e às vezes, confusa, coloca muitos cristãos em estado de
inércia, sem preocupação com a produtividade em todos os sentidos.

A famosa parábola dos talentos encontrada em Mateus 25:14-24


abrange muito mais que assuntos relacionados ao trabalho
evangelístico, embora possa ser aplicada a isso.

Nossa capacidade de gerar riquezas é um dom divino. Em qualquer


área em que atuemos devemos nos esforçar para ser um dos melhores.
Não importa a quantidade de dons que recebamos, é preciso
multiplicá-los pelo esforço e estudo. O cristão deve ser um bom
profissional e deve aprender sempre. Jamais deve agir com negligência
e buscar sempre promover o bem comum. Na igreja, deve se esforçar
para prestar um serviço útil e de qualidade.

Aquele que mesmo não sendo um grande intelectual, faz o serviço com
empenho e dedicação, será encarregado de grandes responsabilidades.
Jesus disse: Bem está servo bom e fiel, no pouco foste fiel, no muito te
colocarei.” Mt 24:23

4 .Tesouro

O quarto “T” pode ser chamado de tesouro. Ele é o ponto culminante


do sentido da mordomia, porque é também o resultado de tudo que
produzimos. A produção de bens e o acúmulo de riquezas é uma
bênção, quando aplicadas da forma correta. Está implícita na ordem
de Deus “Crescei e multiplicai” e deve ser um dos grandes objetivos do
cristão.
O problema é que, como todas as bênçãos de Deus, após o pecado elas
foram distorcidas. A ganância, o orgulho e a avareza tornam aquilo que
deveria ser um bem em um mal. Por isso Deus deu instruções de como
proceder para evitar esse engano.

Como mais material de todas as bênçãos, o tesouro pode ser


visualizado pelo cristão e utilizado como parte de todo plano da
salvação. O dízimo foi estabelecido por Deus para proteger o homem da
ganância, lembrando-o que tudo o que possui é proveniente da sua
relação de mordomia.

Além do dízimo, a beneficência é parte da mordomia relacionada ao


tesouro. Ajudar os que precisam de socorro imediato é uma maneira de
vencer o orgulho e contribuir para aliviar a dor de quem não tem nada.
Infelizmente, as organizações religiosas distorcem o objetivo original
da doação transformando-as em barganha, quando é, na verdade, um
ato de gratidão. Outras canalizam toda teologia da doação para si
mesmas, evitando que parte das doações venham a ser “desviadas”
para os necessitados. Deus julgará quem assim age.

Conclusão

Mordomia não é escravidão e nem poderia ser. É um testemunho


permanente de que Deus nos escolheu para administrar seus bens e
multiplicar a bondade no mundo. Aliás, sobre multiplicar, muitos
pregadores acrescentam um quinto T, o testemunho. Eu prefiro pensar
que este “T” é inútil, já que o testemunho é o resultado natural de quem
adota um estilo de vida de um mordomo fiel.

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