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Portugal abrange um território formado por uma parte continental e por uma parte insular que,
no seu conjunto, constituem três unidades bem individualizadas:
Portugal Continental
Arquipélago dos Açores
Arquipélago da Madeira
Portugal tem uma superfície total de 92 212km2, repartidos por uma pare continental, com 89
089km2, e por arquipélagos, os Açores, com 2322km2, e a Madeira, com 801km2. O território nacional
localiza-se no extremo sudoeste do continente europeu e forma um rectângulo alongado no sentido
norte-sul, na faixa continental na Península Ibérica, representando cerca de 1/5 da superfície península.
Ao conjunto do território corresponde ainda uma vasta área de oceano, designada por ZEE (Zona
Económica Exclusiva) com aproximadamente 1 727 500km2.
O arquipélago dos Açores situa-se no Oceano Atlântico, a oeste do território continental, a uma
distância de cerca de 1400km. É constituído por 9 ilhas, divididas em três grupos (Ocidental, Central e
Oriental).
Após a adesão de Portugal à EU em 1986 foi implementada uma divisão regional do país
denominada por Nomenclatura das Unidades Territoriais (NUT), para fins estatísticos, constituindo a
base se recolha, tratamento e análise dos dados da EU para a aplicação de fins comunitários. Existem 3
tipos de NUT: NUT I à escala nacional, NUT II à escala regional e NUT III à escala sub-regional.
NUT I – o território nacional apresenta-se divido em três grandes unidades: Portugal Continental,
Região Autónoma dos Açores e Região Autónoma da Madeira.
NUT II – corresponde às sete grandes divisões regionais: Norte, Centro, Lisboa, Alentejo, Algarve e
Região A. Açores e Região A. da Madeira.
NUT III – apresenta a divisão do território em sub-regiões (agrupamentos de concelhos). Estas 25
unidades apresentam uma certa homogeneidade sob o ponto de vista natural e humano.
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), criada em 17 de Julho de 1996, visa,
entre vários objectivos, a promover e defender a língua portuguesa, transformando-a num instrumento
de comunicação para ser utilizada na resolução de questões de cooperação entre os vários países-
membros.
Os laços que unem Portugal aos restantes países de língua portuguesa fazem-se notar também
na Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD). A APD é maioritariamente destinada aos países africanos
lusófonos (PALOP) e a Timor Leste. O sector que mais tem beneficiado desta ajuda é o das
infrasestruturas e serviços sociais e o sector da educação.
A diáspora portuguesa
O relacionamento cultural de Portugal com o Mundo passa também pelas redes e circuitos da
mobilidade humana. O resultado dos vários ciclos e movimentos migratórios justifica que exista uma
população numerosa de emigrantes portugueses e lusodescendentes dispersos pelo mundo, formando
as comunidades portuguesas
A emigração é, desde o século XV, uma característica da sociedade portuguesa. Até meados do
século XX, teve um carácter transoceânico, destacando-se o Brasil como destino preferencial dos
portugueses.
Depois da entrada de Portugal na UE, em 1986, verificou-se uma nova tendência de emigração,
sendo grandes as diferentes, quer no emigrantes-tipo (mais qualificado) quer na maior diversificação
dos destinos e menor período de permanência no estrangeiro.
A leitura do gráfico permite concluir que a evolução da população absoluta, não foi regular,
destacando-se:
A taxa de natalidade é considerada uma variável insuficiente para analisar o processo evolutivo
de uma população, já que se reporta ao número de nascimentos registados no universo da população
Índice sintético de fecundidade: Número de filhos que cada mulher tem, em média, durante a
sua vida fecunda (15 aos 49 anos).
Índice de renovação de gerações – número médio de filhos que cada mulher devia ter durante a sua
vida fértil, para que as gerações pudessem ser substituídas (2,1 filhos por mulher).
A melhoria das condições de vida tem, também, conduzido à forte diminuição da taxa de
mortalidade infantil:
Da mesma forma que a taxa de natalidade tem vindo a diminuir, também a taxa de mortalidade
decresceu, principalmente na primeira metade do século XX, registando desde então até à atualidade
tem tendência para estabilizar.
O saldo migratório
A evolução da população, isto é, o seu crescimento efetivo, não se explica unicamente pelo
crescimento natural, mas também pelo seu saldo migratório:
Tipos de emigração:
Emigração permanente: saída da população para outros países por período superior a um ano.
Emigração temporária: saída da população para outros países por período igual ou inferior a um ano.
Emigração sazonal: saída da população para outros países em determinadas estações do ano para
realização de trabalhos sazonais (vindimas, turismo balnear, etc.)
Estrutura etária
O estudo da estrutura etária de uma população é feito através da análise das pirâmides etárias, gráficos
de barras que representam a distribuição da população por idade e sexo. Além dos aspetos referidos, as
pirâmides etárias permitem retirar conclusões sobre a natalidade, a esperança média de vida ou
fenómenos que marcaram a evolução demográfica, expressos através da existência de classes ocas.
No nosso país, a evolução do peso relativo dos diferentes grupos etários permite constatar, nas
últimas décadas, um significativo aumento da percentagem de idosos acompanhado por uma redução
importante de percentagem de jovens. O grupo dos adultos sofreu, durante o mesmo período, um
ligeiro incremento.
Estes contrastes regionais resultaram, em grande medida, do êxodo rural e da emigração, que
despovoaram o interior, acentuando-se também com a maior fixação de imigrantes nas áreas urbanas
do litoral.
Os contrastes a variação regional do índice de envelhecimento estão claramente associados às
diferenças verificadas na estrutura etária. Assim, e de um modo geral:
Nas sub-regiões do interior, onde a proporção de idosos é superior à dos jovens, o índice de
envelhecimento é mais elevado.
Nas sub-regiões do litoral a proporção dos jovens é maior e a de idosos menor, o que explica o
menor índice de envelhecimento.
Alguns indicadores:
Os setores de atividade
A análise da estrutura da população ativa mostra uma evolução e uma repartição muito
desigual entre os mesmos. Destaca-se o setor terciário relativamente aos demais setores, com dois
terços da população empregada. A distribuição da população empregada feminina mostra uma maior
desigualdade entre os setores, com o terciário a empregar 75% das mulheres.
Tradicionalmente, existe a tendência para medir o nível de instrução dos países através dos
valores da taxa de analfabetismo. Outros indicadores que medem o grau de escolarização dos países
são também, por exemplo, o abandono precoce da educação e formação.
A maioria da população portuguesa tem apenas o Ensino Básico, sendo ainda considerável o
total de indivíduos que não frequentaram nenhum grau de ensino. Os valores que representam a
população com frequência do Ensino Secundário e do Ensino superior são ainda baixos, especialmente
quando comparados com os restantes países da UE.
Esta situação agrava-se, uma vez que, cumulativamente, coincide com níveis de qualificação
profissional insuficientes para dar resposta às alterações que se têm vindo a verificar no mundo do
trabalho, através da introdução de novas tecnologias e até do nascimento de novas atividades que
exigem novas competências, domínio de novas técnicas e novas formas de organização do trabalho.
O declínio da fecundidade
Um dos problemas demográficos com que Portugal se debate é o declínio da fecundidade, que
está diretamente relacionado com a redução da natalidade, a qual tem sofrido uma quebra regular
desde há aproximadamente meio século.
Neste período de tempo, o índice sintético de fecundidade passou de 3,2 em 1952 para 1,37
em 2010. Uma vez que está abaixo do limite mínimo de 2,1 filhos por mulher, Portugal não consegue
renovar as gerações. De realçar que nenhum país da UE assegura a renovação de gerações. Apenas a
Irlanda e a França, com valores de 1,7 e 2, respetivamente, se aproximam desta possibilidade.
O envelhecimento demográfico
A instabilidade laboral
A taxa de desemprego em Portugal, nos últimos anos, foi-se aproximando da média europeia,
acabando por ultrapassá-la em 2010. Este aumento ocorreu para ambos os sexos, embora mais
acentuadamente para as mulheres e para os jovens. Afeta, igualmente, não só os grupos de ativos com
níveis de instrução e qualificação mais baixos, mas também os que detêm instrução mais elevada de
nível superior e formação profissional especializada.
A instabilidade laboral pode assumir várias formas, desde o desemprego de longa duração, o
emprego temporário, o emprego a tempo parcial, ou ainda o trabalho ilegal, mas traduz-se sempre em
insegurança, mobilidade e precariedade ao nível das condições de vida.
O baixo nível de instrução e de qualificação para o desempenho da profissão são outro grande
problema que marca a sociedade portuguesa e explicam, em grande mediada, a baixa produtividade
verificada na maior parte dos setores laborais e a fraca competitividade do país, no plano internacional.
Compete às autoridades governamentais tomar medidas para tentar ultrapassar esta situação,
medidas essas que se inserem em políticas demográficas natalistas, isto é, orientadas para alcançar um
aumento da taxa de natalidade.
Fator fundamental para o país é o investimento feito nas atividades de I&D. Em Portugal, a
investigação está quase exclusivamente sobre o domínio estatal. A maioria das empresas não estão
vocacionadas ou não tem meios para partilhar os riscos e os investimentos inerentes à investigação e
desenvolvimento. Simultaneamente, falta ainda a grande parte das empresas portuguesas uma visão
mais alargada, virada para o mercado externo (mais estimulante). Assim, são as universidades que
investem nessas áreas; no entanto, a investigação nem sempre se articula com as empresas. Perdem-se,
assim, oportunidades para aumentar a inovação tecnológica, a qualificação profissional e a
produtividade.
A falta de investimento e o prestígio de muitas instituições estrangeiras dificultam a criação de
condições favoráveis à fixação de investigadores no território nacional e levam muitos a emigrar. Ainda
assim, Portugal tem na atualidade um valor muito próximo da média da UE em termos de pessoal nas
atividades de I&D, e é um dos estados-membros com mais investigadores por mil habitantes.
Mais de metade dos habitantes reside nas regiões do Norte e do Centro de Portugal
Continental e menos de 5% mas regiões autónomas. Na região de Lisboa, uma das regiões de menor
dimensão, vive mais de ¼ da população. É também importante realçar:
A maior concentração da população na faixa litoral ocidental
O contraste entre o litoral, mais densamente povoado, e o interior, menos povoado
A concentração da população no Grande Porto e na Grande Lisboa
A existência de algumas concentrações em torno do Grande Porto, Grande Lisboa e da
Península de Setúbal
Mas, mais do que os fatores naturais, atualmente, são os fatores humanos que melhor
explicam as assimetrias regionais observadas na distribuição da população. De facto, é no litoral que se
localiza a maioria das cidades, verdadeiros polos de atração e de fixação populacional, pelo emprego
que oferecem, gerado pela intensa atividade comercial e pelos numerosos serviços e equipamentos que
põe à disposição da população, criando oportunidades de trabalho e melhorando as condições de vida.
A existência de uma densa rede de transportes no litoral, reforçada pela imensa atividade
portuária e aeroportuária, constitui um fator de atração para a fixação de numerosas empresas
nacionais e internacionais que veem, desta forma, a sua atividade e os seus contactos facilitados,
contribuindo para a criação de emprego e consequente fixação da população.
Os movimentos migratórios também estão na base da distribuição da população portuguesa.
Que a deslocação da população das áreas ruais para outros países, quer para as grandes metrópoles do
litoral conduziram ao despovoamento e envelhecimento demográfico do interior.
Em síntese, as disparidades regionais da distribuição da população resultam da convergência de
um conjunto de fatores:
As dinâmicas geográficas que refletem a evolução da natalidade, da fecundidade e da
esperança média de vida, e também os movimentos migratórios: o êxodo rural, a emigração e a
imigração
As dinâmicas económicas, relacionadas com o padrão de distribuição do investimento na
indústria e nos serviços na faixa litoral.
O padrão de crescimento da urbanização das áreas metropolitanas e das cidades médias.
O despovoamento;
O decréscimo da natalidade e do nº de jovens;
Insuficiência de população ativa e de mão-de-obra qualificada;
Degradação ambiental, por abandono da agricultura.
Alteração da estrutura dos serviços, carência de serviços de apoio aos idosos
As consequências do crescimento populacional das áreas urbanas
Nas áreas metropolitanas, que representam 6% do território nacional, reside mais de 45% da
população. A expansão urbana que atingiu o litoral foi rápida, não deixando tempo para um
ordenamento adequado do território. O resultado é a existência de uma quantidade enorme de
problemas económicos, sociais e ambientais e de ordenamento do território. Entre eles, destacam-se a
construção em leitos de cheia e em zonas costeiras vulneráveis à erosão marítima. A qualidade da
capacidade produtiva e o valor paisagístico e ecológico foi seriamente afetado. Este facto tem
dificultado e encarecido o desenvolvimento das infraestruturas e a prestação de serviços necessários à
população, os quais começaram a ser implementados posteriormente à ocupação humana daqueles
espaços.
Tema II:
Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades
Outros recursos:
Recursos Hídricos: reservatórios de água potencialmente úteis ao ser humano para as suas
atividades (uso doméstico, agricultura, indústria, etc.). Depreende-se que se fala somente de
água doce, cuja percentagem disponível para consumo humano é muito reduzida. Dos recursos
hídricos disponíveis no subsolo destacam-se as águas de nascente e as águas minerais.
Recursos biológicos: disponibilizados pela vegetação existente à superfície (a madeira, as
plantas medicinais e a biomassa), pela fauna (a vida selvagem e marinha) e pelo solo.
Maciço Antigo: É a unidade mais antiga do território, constituída fundamentalmente por granitos e
xistos. É nesta unidade que se localizam as jazidas mais importantes de minerais metálicos (cobre,
volfrâmio, ferro e estanho), energéticos (carvão e urânio) e de
rochas ornamentais (mármore e granito).
Minerais Metálicos
Os principais minerais metálicos explorados, atualmente, no nosso país, são o ferro, o cobre, o
estanho e o volfrâmio.
O ferro, utilizado fundamentalmente como matéria-prima para a industria siderúrgica, é,
atualmente explorado somente no Cercal, Alentejo, e a produção é insuficiente face à procuram pelo
que se recorre à importação deste mineral para dar resposta às necessidades do país.
O cobre e o estanho são extraídos, principalmente, nas minas de Neves-Corvo, no Alentejo.
Têm como destino principal a exportação. A valorização económica que estes metais registaram no
mercado internacional nos últimos anos levou a que esta atividade fosse vista como importante para a
entrada de divisas no país.
O volfrâmio, utilizado principalmente no fabrico de ligas metálicas e de filamentos para
lâmpadas incandescentes, de que Portugal possui abundantes reservas e de que foi grande produtor no
século passado é, atualmente, extraído nas minas da Panasqueira em Castelo Branco.
Águas minerais naturais: caracterizam-se pela sua riqueza em determinados sais minerais, o que lhe
confere propriedades terapêuticas, não devendo ser consumida de forma continuada.
Águas de nascente: sem qualidades particulares para fins terapêuticos, destinam-se ao consumo diário.
Águas minero industriais: servem para a extração económica de substâncias nelas contidas.
Águas termais: ricas em minerais e utilizadas para os mais variados fins terapêuticos, constituem um
subsetor com tendência para se expandir. Assim, o retorno do termalismo reflete-se no turismo e no
desenvolvimento o regional, permitindo a valorização dos recursos endógenos e a redução das
assimetrias regionais.
O termalismo permite, então:
O aumento da oferta de emprego;
Construção de infraestruturas, como hotéis, distribuição de energia, vias de comunicação, etc.;
Diminuição do êxodo rural;
Desenvolvimento do comércio e dos serviços;
Intercâmbio cultural.
Carvão
Os recursos carboníferos em Portugal são escassos e, apesar de a sua exploração já ter
constituído uma atividade com alguma importância económica, não tem, hoje, qualquer significado.
Face à dificuldade de extração e à fraca qualidade do mesmo, a última mina em funcionamento no
nosso país, localizada no Pejão (Aveiro), encerrou em 1994, por inviabilidade económica, Deste então,
todo o carvão consumido em Portugal é importado.
Petróleo
Apesar de várias prospeções realizadas no subsolo do território nacional em busca de jazidas
petrolíferas, ainda não foi encontrada nenhuma cuja exploração se revelasse economicamente viável.
Assim, todo o petróleo consumido no país é importado.
O petróleo que chega a Portugal por via marítima é descarregado nos portos de Leixões e de
Sines, onde é refinado. Os derivados são utilizados, na sua maior parte, como combustíveis para os
transportes e para centrais termoelétricas.
Gás Natural
O gás natural, recurso
energético fóssil, introduzido em
Portugal nos últimos anos, revela-se mais
vantajoso relativamente aos recursos
anteriores. É menos poluente, as reservas
mundiais são mais vastas e menos
concentradas geograficamente. Também
é mais barato e o seu transporte não
levanta demasiados problemas. Portugal
importa todo o gás natural consumido.
Urânio
Trata-se de um mineral pesado
radioativo, utilizado na produção de energia nuclear, que pode ser transformada em eletricidade.
Apesar das importâncias de que Portugal dispõe, este minério não é explorado pelo consumo nacional,
uma vez que Portugal não tem nenhuma central nuclear. A extração de urânio no nosso país, que tem
vindo a diminuir, fez-se unicamente na mina da Urgeiriça, no distrito de Viseu.
Energia geotérmica
Esta forma de energia utiliza o calor libertado pelo interior da Terra. Em Portugal, o seu
aproveitamento é feito especialmente nos Açores, na ilha de São Miguel, para produção de energia
elétrica. Atualmente, nessa ilha, cerca de 50% da energia elétrica consumida tem essa origem.
Utilização de novas técnicas de prospeção que permitam um conhecimento mais rigoroso dos
recursos do subsolo;
Redimensionamento das empresas, a fim de atingirem capacidade económica que permita a
introdução de novas técnicas e tecnologias mais modernas e mais rentáveis;
Implementação de medidas de requalificação ambiental e a valorização económica das áreas
recuperadas
Investimento nos subsetores com mais potencialidades, com é o caso das rochas e das águas
minerais e termais
Racionalização do consumo e energia, a fim de melhorar a eficiência energética
Aumento da produção de energia a partir do aproveitamento dos recursos renováveis, a fim de
diminuir a dependência externa ao nível dos recursos de origem fóssil.
A radiação solar é a energia emitida pelo Sol, sob a forma de luz e calor que se propaga sob a forma de
ondas eletromagnéticas. Existem 3 tipos de comprimento de onda:
Os raios ultravioleta, de pequeno comprimento de onda
Os raios luminosos, de maior comprimento de onda
Os raios infravermelhos, com comprimento de onda superior aos anteriores.
Nem toda a energia solar recebida no limite superior da atmosfera chega à Terra. Quase metade perde-
se ao atravessar a atmosfera.
Importância da atmosfera:
Protege das radiações solares
Protege dos meteoritos
Mantém a temperatura constante
Ou seja, permite a vida na Terra
O balanço de radiação é composto por 3 partes essenciais: a energia solar incidente, a energia solar
refletida e a energia solar emitida pela Terra. A energia solar incidente volta para o espaço de 2 formas:
Reflexão
Parte da energia solar que chega à
Terra é refletida para o espaço. A %
desta energia refletida designa-se por
albedo e tem valores muito
diferenciados.
Designa-se por albedo a fração da
energia refletida por um corpo, em
relação à energia incidente. O albedo é
variável, dependendo da cor e do tipo
dos materiais da cobertura de
Emissão
26% é absorvida pelos gases da atmosfera
44% é absorvida pela superfície (água e solo)
Esta energia é reemitida para o espaço e de novo para a superfície da Terra
Equilíbrio Térmico:
Radiação Solar = Radiação Terrestre
A temperatura mínima atinge-se imediatamente antes de o Sol nascer porque a Terra atingiu o
limite máximo de horas sem receber radiação solar.
A temperatura máxima atinge-se por volta das 15h porque é a altura em que o calor é maior
(após ter sido absorvida até ao meio dia) e a energia perdida é menor.
Solstício de Junho:
Os raios solares incidem com maior obliquidade:
Maior quantidade de energia recebida
Menor superfície de receção de energia
Menor espessura de massa atmosférica atravessada
Maior duração do dia natural
Período de insolação mais longo
Isóbaras: linhas que unem pontos de igual pressão atmosférica ao nível do mar
Centros Barométricos
Depressões:
Anticiclones:
É também importante assinalar que Portugal é afetado pelos ventos de oeste que muito influenciam o
clima, dada a sua trajetória marítima. Desta forma, apesar de terem origem nas altas pressões
subtropicais, ao deslocarem-se sobre o mar vão adquirindo humidade, que está na origem da elevada
precipitação e da amenidade das temperaturas em Portugal.
Massas de Ar
Massa de Ar: extensa porção de atmosfera que, no plano horizontal, apresenta características físicas
(temperatura, humidade e densidade) homogéneas.
As massas de ar adquirem as propriedades das regiões sobre as quais estacionaram durante um longo
período de tempo e transportam-nas para as regiões para onde se deslocam.
Superfície frontal fria: superfície de separação entre duas massas de ar, correspondente ao avanço do
ar frio sobre o ar quente. A inclinação da frente fria é mais acentuada que a quente, dando origem a
uma subida rápida e violenta do ar, o que leva à formação de nuvens de grande desenvolvimento
vertical que dão origem a aguaceiros e a trovoadas.
Frente fria: linha de contacto de uma superfície frontal fria com a superfície terrestre. É acompanhada
de céu muito nublado e de chuvas intensas e descontínuas. No seguimento da situação, o país é
invadido por massas de ar polar marítimo que determinam uma descida brusca da temperatura.
Frente quente: linha de contacto de uma superfície frontal quente com a superfície terrestre. É
acompanhada de chuva pouco intensa e prolongada. Com a evolução da situação, o nosso país passará a
ser invadido por massas de ar tropical que determinam uma subida da temperatura e uma diminuição
da nebulosidade.
Tipos de precipitação:
O contraste norte-sul deve-se à influência da latitude, pois a perturbação da frente polar afeta com
maior frequência o norte do país. O sul recebe influência das altas pressões subtropicais, pelo que é
mais seco e luminoso. O relevo também exerce uma ação importante, visto que o norte com maior
orografia é mais chuvoso (devido à precipitação orográfica).
Nas Regiões Montanhosas, o padrão do clima mediterrâneo esbate-se com o aumento dos totais de
precipitação, com o encurtamento da estação seca e com a diminuição dos valores de temperatura,
quer no verão quer no inverno, estação em que é muito frequente a queda de precipitação sob a forma
de neve.
Açores-> Enquanto no grupo oriental se verifica alguma similitude climática com o norte litoral do
território continental, à mediada que se progride para os grupos central e ocidental, a faceta
mediterrânea esbate-se e dá lugar a um clima temperado marítimo.
Nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, a precipitação é fortemente condicionada pelo relevo
quer pela altitude quer pela orientação das montanhas relativamente aos ventos dominantes.