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1 – INTRODUÇÃO

1.1 BREVE HISTÓRICO

Basta aproximarmos do Município de Campos dos Goytacazes para perceber que o cultivo da
cana-de-açúcar é paisagem dominante. A cana-de-açúcar tem um importante papel na economia
do Brasil e de Campos de Goytacazes além de fazer do país o maior produtor mundial deste tipo
de cultura. (Vieira, 2008)

A cultura da cana-de-açúcar foi trazida para o Brasil logo após seu descobrimento e teve em
Pernambuco como ponto de partida, em 1532 foi construído e, na Vila de São Vicente, em São
Paulo o primeiro engenho do Brasil. Em poucos anos as plantações se espalharam por todo litoral,
fazendo do Brasil o maior produtor mundial de açúcar. Desta forma, a produção de açúcar passa a
ser a principal atividade econômica do país nos séculos XVI e XVII sendo o Nordeste o principal
polo desta atividade. (Vieira, 2008)

No ano de 1877, em Quissamã, estado do Rio de Janeiro, surge o primeiro engenho central
do Brasil, com o fim da escravidão em 1888 este modelo de engenho se dissemina por todo o país,
dando início a uma “nova etapa na agroindústria canavieira”. (Vieira, 2008)

Para organizar as atividades no setor canavieiro, foi criado em 1933 o Instituto do açúcar e do
álcool (IAA) que tinha como objetivo principal centralizar as operações de exportação de açúcar
além de fornecer benefícios em forma de subsídios aos produtores. Com a extinção do IAA em
1990, e consequentemente o fim dos subsídios, ocorreu uma grande crise no setor fazendo com
que muitas unidades produtivas cessassem suas operações. Só para ilustrar essa situação, tomemos
como exemplo as usinas que fecharam suas portas nos últimos 40 anos em Campos dos Goytacazes
e cidades vizinhas: São João (1995), Cambaíba (1995), Baixa Grande (1994), Queimado (1995),
Santa Maria (1989), Outeiro (1992), Novo Horizonte (1984), Cupim (2006), Mineiros (1973),
Santo Amaro (1994), Barcelos (2009), Paraíso (2009) e mais recentemente, Santa Cruz. (Smiderle,
2010)
5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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