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2019
Proposta de Redação
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de
sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua
portuguesa sobre o tema “A importância dos quilombos no Brasil hoje”, apresentando proposta
de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e
coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
CIÊNCIAS SOCIAIS
Uma história de vida, um percurso de militância e absoluta devoção às raízes e tradições de um povo que se configura como matriz da
identidade brasileira. Com propriedade e vasto conhecimento de causa, Gloria Moura, professora aposentada da Faculdade de
Educação da Universidade de Brasília (UnB), vale-se da realidade dos quilombos e remanescentes para demonstrar como os ritos
tradicionais assumidos pelas comunidades negras rurais constituem um eixo identitário fundamental à manutenção de toda uma
cultura, a um só tempo fonte de saber e resistência. Recentemente lançado, o livro Festa dos Quilombos (Editora UnB), de sua autoria,
é resultado de uma investigação iniciada em 1986 e consolidada em 1997, em seu doutoramento na Universidade de São Paulo (USP).
“Iniciei a minha pesquisa a partir de um projeto idealizado por Celso Furtado, então ministro da Cultura, o qual integrava as
comemorações alusivas ao centenário da Abolição, em 1988”, conta Glória Moura. “Quando ingressei no doutorado já dispunha de
pesquisa de campo e do levantamento documental das realidades de três comunidades quilombolas: Santa Rosa dos Pretos (MA),
Mato do Tição (MG) e Aguapé (RS)”, diz. Por meio de entrevistas, depoimentos, relatos de vida, registros fotográficos e audiovisuais
a pesquisadora documentou os aspectos socioeconômicos, rituais religiosos, além de festas, rotinas de lazer e trabalho, para
demonstrar como essas manifestações estão associadas a tensões, preocupações e conflitos relativos à questão da terra, da tradição e
da autoafirmação dessas populações.
EDUCAÇÃO QUILOMBOLA
Seu interesse pelos quilombos contemporâneos foi especialmente motivado pela realidade educacional brasileira e um cenário
curricular indiferente à história da África e do negro no Brasil. Militante engajada e reconhecida referência na luta pelas Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola, Gloria reafirma seu comprometimento com a causa: “temos de
implementar esse plano para que a escola, efetivamente, seja um espaço que comporte a diversidade, as realidades locais e o diálogo
entre saberes”, acrescentando que essa prática deve integrar a formação inicial e continuada dos professores. “É fundamental
desenvolvermos espaços pedagógicos que demonstrem a multiplicidade identitária no Brasil por um currículo que faço o estudante
conhecer suas origens e se reconhecer”. Conforme relata em seu livro, “caminhando em chão batido, levantando a poeira da história
de ao menos dois séculos, chegamos às comunidades negras rurais brasileiras. O tempo não apaga as lembranças dos descendentes de
africanos escravizados que habitam o solo conquistado por ascendentes anteriores à abolição”. Festas, tambores, danças e ritos
religiosos colhidos, registrados e analisados pela autora nessas comunidades confirmaram sua proposição: realidades que ilustram
estruturas organizativas e denunciam tensões sociais e culturais. “O Brasil precisa revalorizar sua origem para recompor sua
verdadeira identidade”, afirma.
TEXTO II
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os escravos lutavam pela sua liberdade e preservação de suas heranças culturais. Na obra, Quilombos resistência ao escravismo, o
pesquisador Clóvis Moura afirma que existiram de norte a sul do Brasil. Ou seja, onde existisse escravidão. Através do
aquilombamento, os escravos lutavam contra o escravismo. Atuavam por meio de saques e guerrilhas. Além disso, eram aceitos, no
quilombo, indivíduos mantidos à margem da sociedade como índios, mamelucos e brancos pobres.
TEXTO III
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