Você está na página 1de 40

A Tradição Secreta na

Umbanda & Quimbanda

Fundamentos da Quartinha

Introdução

A Umbanda tem sua ritualística própria e dentro das suas peculiaridades está o ritual das
Quartinhas. Ao chegar num Terreiro é muito comum avistar na entrada, sobre o piso ou
sobre o portal da entrada, uma Quartinha, que significa que o espaço é Sagrado e tem a
faculdade de mostrar à primeira vista que se trata de um local de ritual religioso.
O termo Quartinha se refere a um recipiente de barro, usado para acondicionar líquidos
com capacidade de 250 ml a meio litro. É um dos utensílios indispensáveis nos cultos afro-
brasileiros, sendo usado na maioria dos assentamentos e na obtenção dos AXÉS.

Existe um costume praticamente esquecido pela maioria dos Terreiros, pelo qual, quando o
filho da casa ou um visitante chega ao Terreiro, se despacha a água da Quartinha e coloca-
se água nova na mesma. Com essa ação, entende-se que a água está transmutando as
energias, dando uma purificação ao ato.
Antigamente, as quartinhas eram de barro, pois a louça era um artigo raro e caro,
inacessível às classes menos favorecidas. Panelas, vasos, tigelas, canecos, e outros
utensílios feitos de barro cozido, eram comuns e de uso cotidiano, não só pelos indígenas,
uma vez que os colonizadores mais pobres também usavam utensílios de barro cozido.
Eram os vasilhames e utensílios mais populares e mais baratos naquela época.
Hoje, quando você tem os mesmos utensílios em louça, pode usá-los à vontade. Até porque
as quartinhas de barro precisam ser envernizadas na parte externa e por um revestimento
oleoso interno, para que a água ou outra bebida colocada dentro dela não seja absorvida
pelo barro e, sob temperaturas elevadas, evapore completamente.
A importância da água: é um fator preponderante na Umbanda. A água tem o poder de
absorver, acumular e descarregar qualquer vibração, seja benéfica ou maléfica.
A água poderá concentrar uma vibração positiva ou negativa, dependendo do seu
emprego. Ao se rezar para uma pessoa com um copo de água do lado, todo o malefício,
toda a vibração negativa dela passará para a água do copo, tornando-a embaciada; caso não
haja mal algum, a água fica fluidificada. Nunca se deve acender vela para o Anjo da Guarda
sem ter um copo de água do lado.
A água que se apanha na cachoeira é água batida nas pedras, nas quais vibra, crepita e livra-
se de todas as impurezas, assim como a água do mar, batida contra as rochas e as areias da
praia, também acontece o mesmo, por isso nunca se apanha água do mar quando o mesmo
está sem ondas.
A água da chuva, quando cai é benéfica, pura, depois de cair no chão, torna-se pesada, pois,
atrai as vibrações negativas do local. A importância da água pode ser traduzida numa única
palavra: “VIDA”!
As águas utilizadas para descarrego, têm fundamento parecido com a fumaça, sendo que a
fumaça carrega as energias consigo similar ao vento, e a água absorve estas energias.
As águas em copos nas obrigações significam energia vital, e nos copos juntos às velas
de Anjo da Guarda ou atrás das portas de entrada, têm a finalidade de atrair para si
as energias que por ali passam, atraídas pela Luz ou passando pela porta. Os copos de
águas utilizados para estes fins (Anjo da guarda ou atrás das portas) devem ser
descarregados pelo menos de 7 em 7 dias, pois senão ficarão saturadas e perderão seu
poder de absorção. Esta descarga deve ser feita em água corrente (na pia com a
torneira aberta, por exemplo). Pois simboliza movimento, necessário para transportar
as energias absorvidas por ela.
Na Umbanda, a água é um dos elementos naturais mais receptivos com uma energia
altamente condutora, ela é utilizada nas quartinhas, nos copos de firmeza dos Anjos de
Guarda, no batismo, em muitos rituais da Umbanda e principalmente pelos Guias
Espirituais nos momentos onde há necessidade de realizar grande limpeza, purificação e
energização de nosso corpo astral e de nossa casa, afinal existem cargas e energias
maléficas que somente esse elemento natural é capaz de desfazer, limpar e equilibrar.
Ao desincorporar um ORIXÁ, a água da Quartinha proporcionará ao médium uma calma
salutar após o transe espiritual.
As Quartinhas servem de imã espiritual para o médium, tanto o lado bom ou ruim que lhe
desejam ou que assimila durante os trabalhos, nas giras ou simplesmente no que acontece
diariamente. Todos os fluidos são absorvidos pelo magnetismo constante da água contida
nas Quartinhas.
Uma quartinha é algo pessoal e não deve ser manipulado por mais ninguém além do seu
dono e só deve conter suas vibrações. Deve se cuidar da quartinha como se cuida da própria
alma. É como se fosse sua essência e tivesse um pouquinho da essência da sua alma.
Além do mais, caso a quartinha fique nas dependências do Templo que a pessoa freqüenta,
várias coisas podem influir sobre ela ou ele; tais como demandas, etc...
Na abertura da gira, existem regras, condutas que são seguidas conforme determinação do
Mentor Espiritual da Casa. Para abertura da gira é necessário defumação, Hino da
Umbanda, corimbas, pontos cantados e riscados, firmezas, etc...
O terreiro só consegue desenvolver suas atividades se tiver como objetivo maior dar
assistência aos necessitados que procuram para receber ajuda seja física, espiritual e às
vezes psicológica.
É de suma importância a energia e sustentação da abertura da gira e para tanto é necessário
que seja seguida a doutrina e tradição da religião, que tem sua forma de louvar, rezar,
cantar, saudar, reverenciar, defumar...
.

As quartinhas na Umbanda
Quem nunca entrou em uma loja de artigos religiosos e se deparou com prateleiras imensas
com diversas peças de barro cru ou envernizado e porcelana brancas e coloridas, com ou
sem asas?

Tanto na Umbanda como no Candomblé as quartinhas são amplamente usadas dentro dos
ritos religiosos que compõem os costumes de cada casa. Servem para assentar ou firmar
Orixás ou Guias de Trabalho conforme a necessidade da casa ou do médium que realiza o
ato religioso.

De acordo com os fundamentos da Umbanda, o que está por trás das quartinhas é o seu
formato que se repararmos bem se assemelha ao do útero materno, onde se aloja a o
embrião para seu desenvolvimento após a concepção.

Quando assentamos ou firmamos uma força divina (Orixás) ou um guia de luz em uma
quartinha estamos oferecendo a eles condições para desenvolverem seu trabalho ou suas
forças e assim irradiem pra nós tudo de bom que possam oferecer de bom de acordo com
nosso merecimento.

Quanto a forma de fazer ou que tipo usar cada casa tem um fundamento, cada dirigente
aprendeu de um jeito eu por ter passado por algumas casas ao longo de minha trajetória
espiritual aprendi de duas formas.

Uma delas é que independente se firmeza ou assentamento para Orixás ou guias masculinos
usamos a quartinha sem asa e para Orixás e guias femininos quartinhas com asas.

A segunda é que se for um assentamento, a quartinha deverá sempre ser sem asas,
independentemente de as entidades serem masculinas ou femininas.

Alguns terreiros tem como fundamento fazer a quartinha do anjo da guarda de todos os
filhos e mantê-las sob os cuidados do dirigente especial em um cômodo do terreiro
destinado para esse trato. Nessas quartinhas entre outros elementos vão um pouco de cabelo
retirado do topo do ori (cabeça) em ritual específico.

Infelizmente nem todos os dirigentes sabem e/ou conseguem separar o pessoal do religioso
e quanto um filho de santo se torna um desafeto ou um ex-filho de santo este é atacado por
aquele que se dizia ser seu "pai de santo" enquanto frequentava seu terreiro.

Felizmente a espiritualidade é muito grande e quando somos vítmas desse tipo de gente
somos direcionados para uma casa onde o dirigente com o auxilio dos Orixás e dos Guias
de Luz de Aruanda desfazem todo mal e rompem as ligações entre médium e quartinhas.
Como cuidar de seus orixás

Acender velas, tomar banhos de descarrego, defumar a casa e fazer oferendas regulares
para os orixás e entidades que nos protegem proporciona mais sorte na vida, no amor, no
trabalho, mais saúde, etc.
Normalmente, a maioria das pessoas só lembra das entidades e orixás quando estão
precisando de algo ou quando alguma catástrofe acontece na vida, mas é muito bom
planejar rituais regulares para nos auxiliar a crescer espiritualmente e nos cercar do axé
(energia divina) dos nossos orixás.

Três dicas importantes para cuidar de seus orixás


1. Rituais de limpeza espiritual aliviam o estresse causado pela exposição as energias
negativas a que todos estamos sujeitos no dia a dia. Afastar essas energias e espíritos
negativos nos aproxima de nosso orixá trazendo mais estabilidade emocional.

2. Rituais de energização espiritual são rituais que podemos fazer para reforçar o poder de
nossos protetores (orixás e entidades) sobre nós. Faz com que crie um escudo de proteção
espiritual contra forças negativas lançada contra nós e propicia crescimento em todos os
setores da vida.

3. Oferendas as entidades e orixás devem ser feitas regularmente para atrair as bençãos de
nossas entidades e orixás e fazer trabalhos e pedidos específicos.

1 – Rituais de limpeza espiritual

Banho de descarrego: a proximidade de nosso orixá de nosso campo espiritual é uma


construção que fazemos através de rituais regulares ao longo de nossa vida. Tomar banhos
de descarrego regularmente pode ajudar a limpar o campo espiritual de influências
negativas e trazer ótimas energias para seu dia a dia.

Ebós e sacudimentos: Estes trabalhos mais elaborados devem ser feitos somente por pais
e mães-de-santo pois dependem de conhecimentos que estão acima da capacidade de
pessoas leigas para realizá-los.

Defumações: defumar regularmente o lugar onde você mora ou trabalha limpa as larvas
espirituais que podem atrapalhar sua vida. Quando fazemos defumações regulares, os
espíritos do bem ficam muito mais próximos de nós, para nos auxiliar nos momentos de
necessidade e aflição.

Principais ervas dos orixás:


Ogum – folhas de mangueira
Oxossi – Folhas de cajueiro
Omulu – Gameleira preta, ou pau-da-Angola
Xangô – Manjericão Roxo ou para-raio
Iansã - Manjerona, ou timbaúba
Oxum - Alfavaca
Nanã - Alfavaca
Iemanjá – Alfavaca ou a folha do algodoeiro
Oxalá – Manjericão branco (folha miúda) ou gameleira branca

2 – Rituais de Energização Espiritual

Acender velas: é o ritual mais importante e o mais simples a ser incorporado a sua rotina de
oferendas espirituais. Se você não sabe seu orixá, a vela branca serve a todos e não há
desculpa para não eleger um dia da semana como a sexta-feira, dia do orixá maior Oxalá,
para dedicar uma vela ao seuorixá protetor, para que nunca falte luz e clareza em sua vida
pessoal e espiritual.

Defumar regularmente sua casa: defumar não serve só para a limpeza energética da casa,
mas também para atrair as energias contidas em determinado elemento que está sendo
queimado e revertê-las para o ambiente carente daquelas energias. Quando você queima
açúcar em brasa por exemplo; está chamando energias de prosperidade e dinheiro, de boa
absorção astral, que atrai espíritos puros para ajudar você a sair das dificuldades. Por isso,
as defumações regulares com açúcar cristal trazem boa sorte e fortuna a casa.

Banhos energizantes com as ervas do seu orixá: tomar banhos com as ervas de seus orixás
pode ajudar a criar um escudo espiritual mais forte contra inveja, olho gordo e feitiços
enviados contra você. Auxilia também na proximidade das entidades para os médiuns em
desenvolvimento, etc.

Amuletos, talismãs e patuás para proteção dos orixás: atraem o axé do seuorixá que estará
sempre com você e dão grande proteção espiritual se forem seguidos os rituais corretos para
abençoar o patuá, amuleto, ou talismã e periodicamente realizar certas cerimônias para
revalidar o seu poder.

Guais de santo, fios de conta: o uso de guias de santo, chamados de diversos nomes como
fio de conta, etc, auxiliam na proteção espiritual através de determinadaentidade,
relacionada as cores utilizadas na confecção do fio. Devem ser abençoadas por um pai ou
mãe-de-santo.
3 – Oferendas aos orixás e entidades

Oferendas aos Exús e Pombagiras: não se faz nada sem Exú, é um ditado sabido por todos
aqueles que participam da umbanda e candomblé. Nestes mensageiros depositamos nossa fé
para que a comunicação de nossas preces sejam entendidas e aceitas pelos orixás, pois Exú
é quem leva nossas preces para que osorixás nos concedam as graças que estamos pedindo
com aquelas oferendas. Servem champanhe, cachaça, cigarros e charutos, velas, rosas e
flores em geral.

Oferendas aos Pretos-Velhos: muitas correntes de umbanda fazem oferendas regulares a


Pretos e Pretas-Velhas, especialmente quando os médiuns incorporam este tipo de entidade.
Servem fumo de rolo, cachimbos, café, vinho doce, etc.

Oferendas aos caboclos: certas correntes umbandistas também trabalham regularmente com
a linha de caboclos falangeiros de Oxóssi, que podem incluir também boiadeiros, índios,
marinheiros, etc. Caboclos aceitam as mais diversasoferendas de acordo com a linha
trabalhada como: cigarros de palha, vinhos e cachaças com mel ou melaço, ervas
específicas relacionadas ao orixá que servem, etc.

Oferendas aos orixás: depois de colocadas as devidas oferendas aos Exús e Pombagiras, os
orixás são reverenciados. Cada orixá tem seu próprio ritual e é necessário a orientação de
uma mãe-de-santo para realizar o ritual correto para seu orixá.

Assentamento cigano

O Assentamento de um espírito cigano é feito através da intuição do médium e sua


intimidade para com o seu espírito cigano protetor. Pode constar de um anel, colar, um
artefato em formato de sol, um pé de Louro, ou qualquer objeto onde o magista possa
colocar o poder e fé em seu cigano.
Quando temos a intuição para fazer um assentamento (imantação), devemos começar a
visualizá-lo na nossa intuição, ou pedir que nos seja mostrado por sonho, vidência, audição.

A base do assentamento é o pote, que pode ser uma tigela de louça, vaso, tacho de cobre,
ou tacho de latão.
Um otá (pedra) claro.
Sete metais sagrados na magia ocidental:

Ouro - Poder, riqueza, saúde - Astro Sol

Prata - Sexo, Magia, intuição - Planeta Lua

Cobre - Movimento, Fogo - Planeta Vênus

Ferro - Força. vitalidade, guerra - Planeta Marte

Latão - Comércio, comunicação, relacionamentos - Planeta Mercúrio

Estanho - Satisfação, prosperidade, Boa sorte - Planeta Júpiter

Chumbo - Proteção, ancestralidade, carma - Planeta Saturno

Depois desta base, podemos elaborar vários rituais de Assentamento:

Misturar a areia de praia na lua cheia com os pós de encanto (canela, açafrão, sálvia, anis,
cravo, noz moscada...) e colocar a areia no pote com os metais.
Colocar no pote sete qualidades de grãos: (Milho, lentilha, grão de bico, trigo, sementes de
girassol...)
Colocar sete pedras semi-preciosas: (quartzo rosa, quartzo cristal, pirita, pedra do sol, olho
de tigre)
Colocar moedas, pingentes de estrelas, favas (fava de sorte, fava de fortuna, fava cigana, noz
moscada, anis estrelado...) e paus de canela (escrevendo os seus pedidos neles)
Colocar tudo no sal grosso verdadeiro (pois o mesmo é sinal de prosperidade para os antigos,
afastava feitiçarias, e entre suas propriedades químicas conduzem energia elétrica).
Derreter cera de abelha e misturar aos metais, e colocar no vaso. Pode-se colocar Sândalo,
Louro, enfim; juntar aos materiais já supracitados...
Colocar um quartinha cheia de água ao lado do Assentamento.
Abrir um obi rosa por cima
Lavar tudo em vinho e mel, ou champanhe e mel.
Lavar tudo em chá de açafrão e mel.
Colocar sete fitas coloridas com essências de sândalo
Acender incensos.

Cada espírito tem os seus assentamentos particulares e somente o contacto pessoal com o seu
espírito irá guiá-lo ao caminho correto, além dos rituais particulares. Acrescente a sua
imantação o símbolo cigano do que você quer atrair para a sua vida.

E nunca se esqueça que a imantação fica mais energizada em um altar, onde você alimentará
semanalmente com frutas e orações e incensos, criando assim um elo de positividade na sua
vida, coloque os objetos em contacto com o tempo, o sol e a lua, para canalizar a energia
positiva da natureza na sua aura e do seu cigano ou cigana.

As sete linhas de Umbanda, explicam que estas linhas estão ligadas a sete planetas, que são os
sete dias da semana..
Para cada dia você tem uma energia atuante. É sempre bom conhecer o caminho da sua cigana,
a energia que ela traz para a sua aura, e a missão dela na sua vida.. Se é em caminho amoroso,
se é na intuição, se é no dinheiro, no trabalho, na proteção.

Para atrair amor, cuide no dia de Vênus, sexta feira.


Para atrair sexualidade e magia, na segunda feira pela Lua.
Para abrir caminhos de trabalho, na terça feira, dia de Marte.
Para atrair comércio, comunicação e dinheiro, na quarta feira, dia de Mercúrio.
Para atrair riquezas na quinta feira, dia de Júpiter.
Para atrair Proteção, mandar feitiços de volta, segurança espiritual, no Sábado, dia de saturno.
O dia de domingo é o mais positivo para cuidar de qualquer entidade, principalmente o anjo da
guarda, pois é o dia do Sol, da luz, ouro, poder, riquezas, saúde.

Incensos

Os incensos são usados para aromatização de ambientes, funcionando como purificadores e


condutores de vibrações, sejam elas de pessoas ou de ambientes. A palavra "incenso" vem
do latim "incensum", que significa "incendiar". Através de incêndios espontâneos que
ocorreram em grandes florestas onde havia árvores cujos troncos eram constituídos de
madeira odorífica, como pinheiros, o homem tomou conhecimento dos "perfumes" e dos
"incensos". Os incensos são fabricados de resinas ou gomas aromáticas, tais como olíbano e
bálsamo, que ao serem acendidos exalam o aroma da essência escolhida. Ao acender um
incenso, a fumaça estabelece uma conexão entre os mundos físico e espiritual. Por este
motivo, mesmo que o propósito seja somente de perfumar o ambiente, deve-se, através das
bênçãos, neutralizar a ação nociva de energias adversas que possam estar tentando interferir
nesta conexão. Origem: Indianos, Judeus, Gregos, Budistas, Romanos, Islâmicos.
Diretamente e intimamente ligados aos elementais do ar, os incensos estão presentes desde
os primórdios da humanidade, onde o homem, mesmo antes de dominar o fogo e a técnica
de produzir os incensos, já conhecia os aromas da natureza e fazia seu uso, tanto em seus
rituais onde usavam fumaça, aromas e oferendas para reverenciar deuses superiores ou
proteger-se de espíritos malignos quanto para simples purificação em rituais de iniciação.

A história dos incensos é bem antiga e tem sua narração nas histórias de diversos povos e
religiões, as Escrituras Sagradas narram que a Rainha de Sabá visitou Jerusalém e o Rei
Salomão, levando-lhe, entre outros presentes, uma quantidade enorme de um precioso
incenso, em algumas passagens bíblicas temos mais citações sobre os incensos: O incenso
fazia parte da composição aromática sagrada destinada unicamente a Deus (Ex. 30,34)
“Ouçam-me, filhos santos... Como incenso exalem bom odor (Sl. 39,14)” Com a oferta do
incenso os magos do Oriente adoraram o Cristo como o recém-nascido Salvador do mundo
“(Mt. 2:11). No último livro do Antigo Testamento, o Apocalipse, João vê vinte e quatro
anciões que estavam diante do Cordeiro com harpas e taças de ouro cheias de incenso: São
as orações dos santos (Ap.8:3, 4).

No templo, junto aos ídolos, os romanos bem como os gregos tinham um altar para o
incenso (foculus), em sinal de homenagem e adoração. No culto ao imperador, os incensos
possuíam valor de reconhecimento da religião e do estado do imperador enquanto deus.
Entre os etruscos, o sumo sacerdote, anunciava com um toque de trombeta o final de um
período e pronunciava o novo tempo queimando o incenso sagrado em braseiros
preciosamente decorados. Na Grécia se incensava a vítima do sacrifício para torna-la mais
aceitável à divindade; e também queimavam o incenso como obrigação e para proteção. Em
Israel o incenso era misturado a outras substâncias odoríferas, os egípcios utilizavam este
perfume dos deuses como o chamavam, para os rituais do templo, convencidos de que o
incenso podia fazer chegar à divindade os desejos dos homens. Em Roma queimava-se nas
ruas e em especial na adoração do imperador. Na Índia os hindus usam nos templos, nas
oferendas domésticas e em seus festivais. Na América do Sul resinas aromáticas de copal
são oferecidas ainda hoje pelos descendentes Maias e Astecas para suas divindades
ancestrais. Na América o muito reverenciado pelos índios nativos. Eles usam sálvia branca,
cedro, pinho em seus rituais de limpeza e adoração.

Desde os tempos imemoriais, dos homens das cavernas, que a queima de ervas e resinas é
atribuída a possibilidade de da modificação ambiental, mental e emocional. Até para
proteger das pragas e doenças, nossos ancestrais faziam uso em suas casas, teoria essa que
tem fundamento, pois incensos feitos de ervas, como tomilho e capim limão, há muito
tempo, são usados por suas propriedades anti-sépticas e curativas, portanto estas e outras
ervas eram queimadas em quartos de doentes em hospitais antes da descoberta dos
antibióticos.
No processo de modificação e equilíbrio mental e emocional, os incensos naturais quando
queimados soltam no ar moléculas de óleos essenciais que entram pelo sistema olfativo e
pelos poros da pele até o cérebro, onde seus efeitos químicos interagem proporcionando a
mudança de ânimo. Essa fumaça aromática pode relaxar, estimular, aumentar nossa energia
nos levando para o momento de paz e amor.

Cientificamente algumas pesquisas indicaram que ao ser queimado o incenso desprende


uma substância chamada tetraidrocanabinol (THL), que tem qualidades inebriantes e
anestésicas, que atenuam inclusive dores de cabeça ou de dente. Isso é comprovado devido
ao fenol exalado pela fumaça do incenso atuar no córtex cerebral e sobre o sistema
neurovegetativo.
Atualmente os incensos são utilizados por pessoas espiritualizadas ou não, com o intuito de
purificar ambientes e atrair “bons fluidos”. Muitas são as propriedades atribuídas a
determinadas fragrâncias, anteriormente pela magia e atualmente Aromaterapia. Acanela
tem ação efetivamente antidepressiva. O aroma da rosa branca atua contra o estresse, o
almíscar estimula a sensualidade e o romantismo, etc.

* Todo incenso deve ser usado com cautela nunca em demasia com fazem algumas
pessoas e deve ser sempre dirigido a alguma causa. Não deve ser usado simplesmente
por usar, por nada ou sem motivo, deve sempre ter um dono que o receba e que tenha
seu nome pronunciado no momento do pedido. O incenso mantém um grande poder
de evocação espiritual e astral e não deve ser usado tão somente para perfumar
ambientes ou sem causa porque sempre estaria alcançado uma egrégora qualquer
com a vibração que provoca e que está quieta em seu lugar, tem o condão de atrair
energia de toda espécie e dos dois planos astrais: negativo e positivo, tem força de
ritual e de alimento também, tem força de rejeição ou de atração dependendo do
patamar alcançado e da situação especial de quem as ascende. É por demais
conhecido no mundo da mística astral e por vezes seu uso ou o que emana no mundo
imaterial chega a ser disputado quando não pertence a ninguém que o esteja
recebendo, podendo muitas vezes provocar visitas ansiosas por novos incensos a serem
utilizados.

Cada Cigano com certeza indicará o incenso de sua preferência ou de sua necessidade
naquele momento, regra geral o incenso mantêm sempre correspondência com a área de
atuação dele ou dela ou do trabalho que estará sendo levado a efeito. Quando se tratar de
oferendas e já não estiver estipulado o incenso certo para acompanhar e houver sua
necessidade solicitada, bem como nas consagrações o incenso que deve acompanhar deverá
ser sempre o de maior correspondência com o próprio cigano ou cigana. No caso de uma
oferenda normal e tão somente necessária para manutenção, agrado ou tratamento, sugere-
se o incenso espiritual ou de rosa, que mantém efeito de evocação de leveza, de elevação ou
mesmo de louvação espiritual.

Pedras preciosas e sua atuação em magia


Pedras preciosas são minerais cristalinos que se distinguem pela sua beleza, pureza e cor,
transparência, brilho, dureza e índice de refração da luz.

Pedras semipreciosas
As pedras preciosas são diferentes das pedras comuns, tendo a sua aparência mais
caracterizada pelas cores e pelos brilhos, sendo muito valiosas devido à sua robustez e
principalmente pela sua raridade. Cada pedra preciosa tem a sua própria característica, seus
próprios componentes e significados.

A pedra preciosa primeiramente é encontrada nos chamados garimpos ou nas minas, depois
de ser devidamente lapidada se transforma em um artefato de joalheria. A pedra preciosa
também é chamada de “gema” e tem o seu valor determinado pela raridade da sua cor,
pureza, lapidação e peso.

Alguns exemplos de pedras preciosas são: diamante, corindo, safira, rubi, esmeralda,
berilo, água-marinha, zircão, turmalina, topázio, opala nobre, espinela, crisólito oriental.
Já são fabricadas pedras preciosas em fornos elétricos a elevadas temperaturas, à base de
material fundido que se obtém de resíduos de preciosas. No caso do corindo e do cristal de
rocha, entre outros, as pedras sintéticas são completamente idênticas aos produtos naturais
(excetuando incrustações e impurezas).

Pedras semipreciosas
As pedras denominadas como semipreciosas são os minerais cristalinos não tão valiosos e
de menor dureza, como por exemplo, o quartzo hialino (cristal de rocha), ametista,
topázio defumado, quartzo rosa, calcedônia, crisopraso (variedade da ágata),
cornalina, ágata, ônix, jaspe e heliotrópio. Todos estes têm cor, formas e
transparências diferentes, assim como a malaquite, "pedra da lua", lápis-lazúli,
rodonita e algumas hematites.

Significado das pedras preciosas:

Ágatas: De um modo geral todo o tipo de pedras ágatas se encontram no mesmo grupo de
significados. Segundo os antigos a ágata traz: Prosperidade, amizade, proteção, justiça e
vitalidade. É excelente para combater a ansiedade, transmitindo muita paz e tranquilidade.
Normalmente eram usadas como pingentes ou amuletos.

Ametrino: Indica a mediunidade, capacidade de estabelecer ligações, sendo um auxiliador


na busca pelo sentido da vida. Era utilizada para aliviar as dores pelo corpo. Normalmente
essa pedra era encontrada na América do Sul.

Aragonita: Essa pedra tem uma grande variedade de cores desde o branco até o marrom, o
seu nome tem origem na cidade de Aragonia na Sicília. A aragonita é usada para acalmar,
para pesadelos e para dores reumáticas.

Âmbar: Essa pedra indica sorte, cura, proteção, beleza e a amor. É usada para dar
motivação e para tratar de dores musculares. Os povos antigos usavam essa pedra para
afastar os maus espíritos e dar alegria.

Berilo: Sensibilidade, amor, energia. Estimula a sexualidade e a atração por parte do sexo
oposto.

Calcedônia: Significa paz, proteção e traz sorte para o portador. Trata dos problemas de
visão e das cordas vocais. Segundo os povos antigos essa pedra era usada com objetivo de
acabar com ilusões.

Calcite: É uma pedra de espiritualidade, paz e amor, cura e proteção. Segundo os povos
antigos, essa pedra atrai bons pensamentos e elimina os maus.

Citrino: Prosperidade, auto-estima e sucesso profissional. Essa pedra é usada para evitar
pesadelos e trazer paz e sabedoria ao seu portador. Segundo a história, os povos antigos
romanos usavam essa pedra para se protegerem de maus-olhados.
Coral: Essa pedra tem como significado a vitalidade e o equilíbrio emocional. Segundo os
povos antigos, essa pedra fortalece a amizade e tira a inveja, era muito usada como pedra de
proteção.

Coralina: Proteção, paz, cura e sexualidade. Era uma das pedras mais valiosas. Devido à
sua forma e cor também era chamada de “cornelous” por se assemelhar a uma cereja.
Costumavam ser usadas pelos egípcios para a renovação, tendo ainda características
divinas.

Crisocola: Essa pedra tem como característica a paz, sabedoria, amor e principalmente os
negócios. Segundo consta, essa pedra ajuda em questões de trabalho e dinheiro,
proporcionando mais riquezas.

Crisoprásio: Pedra relacionada com a felicidade, sorte, cura, dinheiro e prosperidade. Essa
pedra estimula a autoconfiança e traz estabilidade financeira. No Egito era usada para
proteção contra a magia negra.

Cristal: Harmonia e energia, usado normalmente para uma estabilidade física e espiritual
como uma cura. É a pedra mais famosa da antiguidade, muito conhecida por ser uma
potencializadora de energia.

Diamante: Uma das pedras preciosas mais famosas e com um alto valor comercial. É vista
como vitalizadora espiritual, estimuladora sexual, traz proteção, coragem, cura e força.
Muito usada como símbolo de amor e união.

Dolomite: Pedra de harmonização, calmante e limpeza. O seu uso é atribuído a pessoas que
têm um temperamento mais agitado ou agressivo. Equilibra os desejos e as necessidades.
Na Idade Média essa pedra era moída e usada no tratamento da pele e dos ossos.

Dumortierita: Para a disposição e concentração. Essa pedra traz harmonização para o


ambiente à sua volta, tirando energias negativas e proporcionando relaxamento na
meditação.

Esfénio: Poderes mentais e espirituais. Segundo os povos antigos essa pedra era usada para
proteção espiritual e equilíbrio mental.

Esmeralda: Segundo consta, essa pedra serve de proteção para aqueles que estão viajando.
As suas características são o amor incondicional e a confiança. Era usada como um auxílio
na cura das infecções. Segundo a história, Cleópatra usava essa pedra com a crença de que
tinha um efeito de rejuvenescimento.

Fluorite: É uma pedra de fortalecimento e auto confiança. Era usada para tratar de insônia
e para ajudar as pessoas a superarem momentos difíceis. Segundo a história, era usada na
China para proteção de magia negra e pensamentos maus. É uma pedra que ajuda na
concentração.
Heliotrópio: As suas características são: a satisfação, a vitalidade e o sono. Essa pedra era
usada para prevenir pesadelos e proporcionar um sono tranquilo. Acreditava-se que essa
pedra tinha um efeito rejuvenescedor e purificador do corpo. Na Índia era usada para
afastar doenças e inimigos.

Cada pedra tem o poder de receber e transmitir energia. Pode ser usada para curar, para
proteção, para transmutar vibrações, para meditação.
As pedras possuem um espírito, um talento, um poder específico. Amplificam
pensamentos, expandem a consciência, auxiliam nos processos de cura, protege de energia
negativas.

Ametista: para meditação, tranqüilizar os pensamentos, acalmar e trazer a paz. Ensinar


humildade abrindo a mente para vibrações superiores.

Âmbar: é uma resina fossilizada. Para depressão, dores corporais, melhora o humor,
protege crianças. Deve ser sempre limpado após uso.

Abalone: é uma concha. Utilizada em cerimônias de purificação e limpeza, representando o


elemento água.

Água-Marinha: harmoniza ambientes, desbloqueia a comunicação, reduz o stress,


estabelece ligação com a natureza, alegria nos relacionamentos.

Amazonita: reforça qualidades masculinas, acalma o sistema nervoso.

Cornalina: Conexão com a energia da Terra, traz segurança, abre caminho para o novo,
aumenta a motivação, estimula pensamentos.

Crisocola: é a pedra dos terapeutas holísticos. Alivia os medos, para parturientes, atenua a
tristezas e raivas, equilibra emoções.

Crisoprásio: introspecção. Abre para novas situações, problemas mentais, acalma, torna as
pessoas menos egoístas.

Quartzo: reflete a pureza. É um coringa, usado para cura, para ampliação dos poderes
xamânicos, é o mais utilizado nas suas diversas formas.

Quartzo Azul: aumenta o conhecimento sobre a espiritualidade.

Quartzo Rosa: é a pedra do amor incondicional. Acalma as mágoas, equilibra emoções,


atrai o perdão, o amor próprio, auxilia nos traumas de infância.

Quartzo Fumê: Purifica chacra básico. Aumenta a esperança, trabalha a aceitação, o


desapego.

Quartzo Verde: para a cura física (principalmente para o coração). Traz prosperidade. É
conhecido também como aventurina.
Citrino: (atenção com ametista queimada) Liga-se com o Sol. Criatividade, dissipa
emoções negativas, clarifica pensamentos, estimula a consciência cósmica.

Esmeralda: Para equilíbrio físico, emocional e mental. Para sabedoria, aumenta a


capacidade psíquica, reforça e imunidade, traz renascimento. Não se aconselha a usar com
outras pedras.

Granada: Informações de vidas passadas, paciência, amor e compaixão, coragem. Limpa


pensamentos impuros.

Lápis-Lázuli: Para clarividência, intuição. Relaciona-se com a mente, paz, espiritualidade,


iluminação, amplia o poder pessoal.

Madeira Petrificada: Para trabalhar regressão a vidas passadas, tem conexão com a terra e
desperta a consciência ecológica.

Malaquita: A preferida dos xamãs da Africa. É a pedra de cura. Para proteção, para as
crianças dormirem em paz, relaxamento.

Obsidiana: ajuda a esquecer amores antigos, aguça as visões, ajuda a liberar raiva, ensina o
desapego. Deve-se conhecer bem a pedra antes de usá-la.

Pedra-da-Lua: Desperta o lado feminino, sensibilidade, conecta-se com o subconsciente,


acalma as emoções, traz paz de espírito.

Sodalita: Para mudança de atitudes, equilibra o metabolismo, compreensão intelectual,


equilíbrio yin e yang, fortalece a comunicação, desperta a terceira visão.

Turmalina Negra: repele energias negativas.

Fenacita: trabalha com os chacras superiores. Conecta-se com energias angélicas.

Moldavita: harmonização com o Eu Superior, ajuda a dar equilíbrio no corpo e mente.

Limpeza Xamânica

As limpezas xamânicas tem por objetivo curar, purificar, renovar e equilibrar nosso corpo
físico, mental e espiritual, bem como, o próprio ambiente onde é feita, conectando-nos aos
planos mais sutis da natureza.
A limpeza xamânica divide-se em quatro etapas:

- Preparação
- Purificação
- Consagração
- Preservação

Preparação:

Você deve ter uma intenção clara, um propósito:


- Qual o seu objetivo geral?
- Quais as suas intenções específicas?
- Qual o seu propósito?

Após defini-los, escreva e confirme seus objetivos.

Exemplo:
1. Intenção geral: casa próspera e tranqüila.
2. Intenção especifica: harmonia nas relações familiares; prosperidade para os moradores;
outras intenções dos demais moradores ou cômodos da casa.
3. Propósito: prosperidade e harmonia constante.

Purificação:

Maneira de desbloquear e energizar os pontos do aposento onde a energia estagnou. A


energia estagnada está nos cantos da casa e onde há a doenças, pensamentos negativos e
emanações de objetos não adequados ao local.

Dicas:

Comece por instrumentos mais potentes e depois use os mais refinados à medida que for
limpando. Faça a limpeza sempre no sentido anti-horário.

1. Solicite assistência e orações de seus Guias, do Grande Espírito, dos Deuses. Imagine um
tubo de luz branco envolvendo todo seu ser e protegendo-o.

2. Antes de limpar, deixe que o ambiente transmita sua mensagem.

3. Na entrada da casa, mentalize o objetivo e ao entrar fique no centro do cômodo e


mentalmente diga a intenção e irradie pelo ambiente.
4. Respire profundamente. Sinta a energia fluindo entre suas mãos.

5. Circule no aposento iniciando pelo Norte (pelo costume celta começamos por este
quadrante) com o pêndulo na mão esquerda verifique a energia e, com a mão direita, limpe
o local com um sino, chocalho, pena, incenso, sálvia, água... Use as correlações com os
quatro elementos.

6. Continue circulando e à medida que a energia se torna mais leve, utilize os instrumentos
mais refinados. Dê bastante atenção aos nichos, armários e cantos. Quando o cômodo
estiver limpo você perceberá as cores mais brilhantes, sons mais claros, respiração fácil e
sensação de leveza.

7. Ao final da limpeza, sacuda o corpo, respire fundo e com tempo diminua o ritmo dos
movimentos ate parar e fique aberta a energia que circula no seu corpo.

Consagração:

Invocação da energia para dentro da casa. Podem ser usados os mesmo instrumentos mais
com objetivos diferentes.

1. Invoque os elementais para trazerem a energia do propósito ao local. Seja específico ao


tipo de energia que deseja.

2. Expanda a aura. Para casa toda, invoque o objetivo geral e para cada cômodo, os
objetivos específicos. Mantenha todas as portas e janelas abertas. Utilize os instrumentos no
sentido horário percorrendo toda a casa, abençoando.

3. Ao terminar faça uma oração de agradecimento.

Preservação:

Para manter e assegurar os campos de energia invocados os protetores e energizadores do


lar:

1. Cristais: drusas, quartzo fume, turmalina negra, ametista para proteção do ambiente.

2. Totens: use o seu animal de poder como protetor do ambiente.

3. Preces: as preces ou mantras sutilizam a freqüência do ambiente, aumentando o padrão


energético.
4. Objetos sagrados: objetos religiosos e outros que você considera sagrado podem estar
espalhado em alguns pontos da casa.

5. Objetos feitos à mão: artesanatos feitos por pessoas com boa energia e consagrados.

6. Objetos naturais: objetos que representam os elementos como: conchas, pedras, plantas
etc.

7. Lembre-se de imantar e consagrar os objetos com a energia do seu propósito.

Preparação física e espiritual para a limpeza:

- Dia anterior à limpeza:


Decida os métodos que utilizará.
Faça uma faxina geral na casa.

- Noite anterior:
Opte por uma comida leve ou jejum.
Prepare os utensílios que vai usar defumando-os ou expondo-os ao Sol.
Purifique também as roupas que vai usar.
Antes de dormir, peça ao Grande Espírito, que o prepare em seus sonhos para atuar na
limpeza.

- No dia da limpeza:
(ao nascer do sol, início da manhã)
Medite pedindo auxílio aos seus guias pessoais.
Visualize cada cômodo limpo e purificado, a cerimônia concluída e a casa radiante e
luminosa.
Tome banho de ervas.
Vista uma roupa adequada e fique descalça.
Estique cada parte do corpo, deixando que a energia circule.
Beba um copo de água energizada.

Limpezas rápidas:

Ar: 1 sino grande e 1 incenso.


Água: Água energizada com cristal
Fogo: 1 vela
Terra: Sal grosso

Cristais: turmalina negra, quartzo fume, olho de tigre, ônix


Procedimento: Acenda a vela com uma prece, espalhe o sal pelo chão, use o sino no sentido
anti-horário. Termine borrifando a água no sentido horário.

Estimulando e invocando energia:

Ar: Penas, tambor, chocalho.


Água: Água da fonte ou energizada para espargir.
Fogo: Incenso de sálvia
Terra: Sal grosso

Procedimento: Coloque sal em cada canto com uma prece e defume a sálvia com a pena, no
sentido anti-horário. Toque o tambor, chocalho ou sino e borrife a água no sentido horário.

Criando um templo de luz e proteção:

Ar: uma pena


Água: água lunarizada da lua cheia.
Fogo: velas brancas
Terra: 4 cristais brancos

Procedimento: Acenda a vela, limpe o espaço com a pena (no sentido anti-horário) coloque
os cristais nos 4 cômodos da casa para criar uma pirâmide etérea. Borrife com a água da lua
cheia.

Limpeza sem acessórios:

Faça uma faxina. Abra portas e janelas. Tire fotos e pinturas tristes. Livre-se de objetos que
não usa mais, plantas mortas e objetos quebrados. Acenda uma vela, use incenso e ande
pela casa no sentido anti-horário, se preferir use a mão para fazer a limpeza. Jogue sal nos
cantos (anti-horário). Coloque uma música tranqüila e depois no sentido horário borrife um
aroma ou perfume suave pela casa. Coloque flores frescas. Encerre fazendo uma prece e
visualizando toda a casa iluminada.

Periodo da limpeza:

Toda a casa: 1 a 2 vezes por ano no mínimo. Preferencialmente duas semanas antes do
solstício da primavera. Limpeza leve: 1 vez por mês, quando desejar mudar algo na sua
vida, depois de uma doença ou sofrimento, depois de hóspede difícil ou experiência
negativa no ambiente ou caso sinta-se sempre cansado e esgotado.

Acessórios de apoio:
- Pêndulo.
- Penas de águia, gavião, arara.
- Sálvia para defumar.
- Incenso de lavanda.
- Sal grosso, Carvão, Alho.
- Água do mar, água da fonte, água de rosas, água de flor de laranjeira.
- Tintura de ervas.
- Aromatizador de ambiente especifico.
- Chocalho, Tambor, Sinos.
- Bambu, Cristais, Velas.
- Ervas como: sálvia, arruda, manjericão e louro.

Rituais da Quimbanda

Exus Satânicos versus Espíritos Obsessores

Saravá Pai Omolu, com licença Seu Exu Caveira e suas falanges para que através deste
trabalho e da minha vivência possa eu aqui transmitir com este artigo alguns pontos da lei
de quimbanda e dos seus queridos filhos a meus irmãos.

A quimbanda não é simplesmente mais uma das linhas existentes dentro dos cultos afro-
brasileiros; suas influências não são somente bantu, nagô e yorubá. Também abrangem em
larga escala vários aspectos da religião indígena, católica, o espiritismo moderno, a
alquimia e mesmo o estudo da natureza fundamental da realidade e correntes orientais.

É importante lembrar que apesar de existir o sincretismo entre exu e o diabo os Exus são
intermediários entre os orixás e os homens! Quanta confusão se faz com eles. Quantos lhe
confundem, sem ao menos o conhecerem. Consta na 3º lei de Newton: "a toda ação
corresponde uma reação igual, de mesma direção e sentido contrário". E como se Newton
falava de exu quando formulou sua lei, pois ele é a reação! Ele é o sentido contrário! Ele é a
força que equilibra e mantém a todos que o invocam no caminho de evolução!

O equilíbrio é alcançado quando conseguimos nos sobrepor às dificuldades pela vontade e


aproveitamento das influências astrais ritualísticas. É fato que sem a ignorância não se
chegaria ao conhecimento, sem a dor não se chegaria à cura e sem as trevas não se chegaria
a luz. Exu é o momento inicial de tudo, onde a falta de conhecimento é superada pela
evolução e então aparecem as soluções para os males.

Mas o Exu não é o diabo como muitos afirmam. Ele não é o sofrimento e nem a solidão.
Ele é o vento, é o sorriso, é a rebeldia, é a luta pela vitória. Ele é a própria vitória e a alegria
por tê-la conseguido. Ele é o trabalho e a evolução, é o respeito e a admiração. É a
elegância, a arrogância, a cortesia, a gentileza, a dolência, a malevolência, a malandragem,
é até mesmo o trabalho. Enfim ele é, o que se pedir para ele ser. Ele é o limiar da
espiritualidade com a humanidade. Ele entende aos dois. Ele chora com a tristeza do filho e
ri com a sua vitória. Ele bebe, ele fuma, ele dança, ele é a festa. Ele é exatamente como
gostaríamos de ser ou já somos. Nos momentos de trabalho, trabalhamos; nas festas
dançamos, sorrimos, nos alegramos somos e nos consideramos demônios ou diabos quando
necessário ou para todo o sempre são os exus.

A pomba-gira, é a manifestação feminina do exu. São mulheres maravilhosas, que admiram


a beleza, a festa e a música. Do ponto de vista da quimbanda, exu é entidade, não é
divindade. Exu e pomba-gira, entidades de quimbanda, foram homens e mulheres que
quando encarnados, amavam a noite, eram boêmios, indulgentes segundo o relato deles que
por escolha ou determinação de outros planos desconhecidos, trabalham agora na
espiritualidade, utilizando esta nova roupagem. Quem sabe o que nos aguarda quando as
nossas faltas tivermos de pesar.

Exus Satânicos

Salvaguardamos várias confusões ao verificar que atualmente muitas pessoas pensam que a
quimbanda é um culto "satanista", tendo aquele sentimento de dualidade aonde as pessoas
vêem o bem e o mal em uma luta eterna confundindo a figura do diabo com tudo de ruim
sem lembrar que ele é quem representa os sentidos e a liberdade de suas ações desde o
princípio dos tempos. O conceito de polaridades, positiva e negativa não se encaixa no
plano imaterial, o exu quer acordos e pactos. Ele tem seu preço e realiza seu trabalho. Isso
não quer dizer o mesmo que atitudes, positiva e negativa mas sim jogos de interesses e
trocas de energia.

Exu de fato é um ser satânico mais não da maneira interpretada pelos ignorantes e pelas
famigeradas religiões da mão direita. Ele é satânico no mesmo sentido que os satanistas
são. São estratégicos e ensinam como lidar com situações de guerras, amorosas e
profissionais em fim todos os desafios que enfrentamos no dia a dia e não temos domínio
completo. Se nossa visão é limitada é ai que eles ajudam no plano astral com sua energia
imaterial junto à vontade do pai de santo e das pessoas envolvidas no terreiro. Os rituais são
o inicio da materialização destas forças almejadas e por esta atuação pedem os exus seus
salários, os despachos. Quem conseguir entender esta profundidade vai entender o por que
me referi aos exus como sendo satânicos pois apesar de não serem o diabo dos cristãos são
professores dos mistérios ocultos incorporados em carne humana.

É bom deixar claro também que o exu da quimbanda não é o mesmo exu do candomblé
aonde ele é um orixá menor da cultura yorubá, o Exu da quimbanda é geralmente um Egum
sendo que na maioria dos casos, assim como eles mesmo dizem, a alma de alguém que
pertenceu ao culto, feitiçarias, orgias, matanças, conquistas e agora trabalha como
mensageiro dos orixás. Segundo a Quimbanda, os espíritos, exus, com os quais estamos
tratando hoje tiveram em sua maioria encarnações aqui na terra em finais do século XIX e
princípios a meados do século XX e daí vêm muitos de seus costumes, suas vestimentas e
comportamento.

Ainda na questão do sincretismo é muito importante frisar que os autores que até hoje
discorreram sobre o assunto usaram um organograma básico para apresentar o que muitos
pensam ser a verdadeira organização hierárquica da quimbanda mas é somente a cópia de
um livro antigo de evocação e cultos da cultura ocidental que fala sobre os demônios, suas
hierarquias e poderes, o “Grimorium Verum”. A formação da quimbanda teve uma forte
influência dos escravos e índios que sincretizaram exu com o diabo por este ser “inimigo
dos brancos” e por não aceitarem os santos católicos, identificando-se assim mais uma vez
com o exército das trevas.
O Nascimento da Quimbanda

Com o advento da umbanda começou o trabalho de quimbanda em terreiros e isso deu


sustentação firme aos trabalhos com os “compadres” exus que logo se popularizou, e assim
formatou o atual culto da quimbanda. Na verdade pode-se dizer que a quimbanda como a
conhecemos atualmente nasceu juntamente com a umbanda em 15 de novembro de 1908,
pois uma linha completa o outra formando esta força que nos da vida e este reino cheio de
luz.

A quimbanda esta organizada hierarquicamente em sete grandes reinos: as sete linhas da


quimbanda, sendo que na quimbanda quem manda é o Sr. Omolu. O rei, coroado por oxalá,
este delega os poderes aos exus chefes de falange. É importante lembrar que quando o exu,
qualquer um deles, estiver incorporado no pai de santo, no dirigente dos trabalhos, ele esta
trabalhando com a coroa e por este motivo é o chefe dos trabalhos da gira de quimbanda
tendo liberdade de movimento entre os reinos através do contato com os outros exus
presentes no trabalho. Trabalhar com os "compadres", exus requer muito respeito e
consideração por parte dos dirigentes, médiuns e consulentes pois são entidades muito
poderosas e de muita energia.

Espíritos Zombeteiros
Enfim os exus são magos astrais conhecedores e mestres das artimanhas. São indulgentes,
sabem o valor da liberdade, são brincalhões e adoram colocar temor naqueles de que nada
sabem e que em nada vão acrescentar. Por isso em todas as minhas publicações tenho dito
que é necessário um profundo conhecimento e intimidade com estas entidades para não ser
enganado por espíritos zombeteiros que ao invés de alertar e ensinar as mandingas e feitiços
mantém na mais pura enganação os invocadores despreparados. E não somente isso mais
assim extraem deste energia vital para todo o tipo de despachos levando o mesmo a uma
servidão sem fim. Os espíritos zombeteiros são exatamente como aquelas pessoas que
vivem nas ruas mentindo se dizendo feiticeiros cartomantes e toda esta casta que vivem
tentando adivinhar circunstâncias da vida pessoal de suas vitimas.
Muita vezes os zombeteiros já estão acompanhando as pessoas e por isso sabem fatos
particulares da vida da mesma e então quando encontram médiuns, as vezes um amigo ou
amiga da vitima eles incorporarão nesta pessoa e começam a dizer fatos particulares e que
precisa se fazer um despacho e que depois disto tudo vai mudar. Muitas das vezes esta
mudança realmente acontece por que ai o espírito o abandona e passa a acompanhar o
médium não desenvolvido onde terá mais energia e possibilidades de manifestações e
adorações. E então o médium inconsciente de sua mediunidade pela suas forças intuitivas
ao perceber que as coisas não andam bem depois que aconteceu a primeira incorporação
procurara defesas em casas do gênero ou pessoas mais experientes.

Estas ações dos espiritos obsessores são presididas pelos exus que na verdade tem o intuito
de trazer ao local certo tanto o médiun inexperiente para o desenvolver e também os
obsessores que ao realizarem seus trabalhos acabam voltando as calungas.

Conhecendo uma entidade genuína, ou seja, os chefes exus.

Os chefes exus são entidades de extrema postura, imponentes, desafiadores; ficam frente a
frente e olham nos olhos. São carismáticas, sábias, seus ensinamentos são surpreendentes e
completos sua energia é transcendental e eletrizante. Suas oratória e gestos são poderosos,
expressivos, demoníacos e livres sem redundância nos assuntos e termos. São detetives do
plano astral sondam inimigos, projetos "secretos' e revelam com efetividade e precisão os
fatos necessários, as atitudes a serem tomadas e as magias a serem utilizadas ou seja, tudo o
que for do interesse do filho de fé para obtenção de méritos. Pedem sempre em seus
despachos artigos e comidas e bebidas de "requinte".

Reconhecendo os obsessores (quiumbas).


Espíritos confusos as vezes falam em morte e desgraças o tempo todo são eles que são
mandados para casa de inimigos e pessoas não queridas pelos quimbandeiros ou por quem
encomenda algum trabalho. No todo emanam uma energia repugnante até mesmo em suas
vozes, pois falam entre os dentes. Não possuem postura, olham para o chão o tempo todo e
devido aos lugares trevosos onde vivem sua sabedoria é inexistente e falam de coisas do
passado e de pessoas que trouxeram dores emocionais e pedem sempre putrefações em seus
despachos.

O contato com os obsessores é chocante e trás sensação de muito medo a pessoas sensíveis,
e por isso mesmo quando tentam imitar os chefes exus podem ter sucesso. São seres
extremamente desgraçados, amargos, maliciosos revoltados e obsessivos. Quando é feito
um trabalho no qual é liberado um destes por outros quimbandeiros ou por encomendas a
vítima chega a vir no centro para se desfazer da manifestação deste espírito muitas das
vezes o incorporado e tentam agredir de morte a vitima do feitiço. É necessário sempre
pessoa preparada ao redor para contê-los e o chefe de terreiro vai conversar com este
espírito ver o que ele recebeu para estar atuando naquela vida quem o mandou e o que ele
quer para sair de lá. Ai então recebem o exu de cabeça que irá levá-lo embora para o devido
local liberando a vitima deste vampiro espiritual para então cumprir com suas obrigações e
tratos que fora feitos.

Estas duas explicações são básicas outros formatos podem ser manifestos, por isso a
necessidade de extremo discernimento.

Exus, Guia de Indentificação

Por Ligia Cabús:


Os africanos trouxeram da África para o Novo Mundo dos Orixás. No continente negro, em
meio a numerosas nações, existia o culto a mais de 400 dessas divindades-ancestrais. O
Candomblé e a Umbanda conservaram a devoção aos arquétipos mais significativos na
relação com os homens e a natureza, preservando um número variável, entre 12 e 16
daqueles orixás. No entanto, na Quimbanda, somente a figura de Exu domina as crenças e
práticas com uma única exceção: o orixá Omolu, reverenciado na linha Omolocô e que, não
por coincidência, é Senhor das Coisas Pútridas, uma referência aos cemitérios e, por
extensão, à morte. Evidentemente, existe uma razão para que Exu seja a figura central da
Quimbanda e esta razão é a sua condição de intermediário, mensageiro entre os mundos de
vivos e mortos.

A atitude de rejeição de determinados povos africanos aos valores do cristianismo católico


certamente fortaleceu a importância da entidade posto que entre todos os orixás, Exu, logo
a princípio, foi identificado pelo clero evangelizador com a figura do diabo, do mal, da falta
de pudor e princípios morais. Exu, portanto, foi, desde logo, a figura ideal para representar
a resistência da cultura religiosa dos negros, tanto na África quanto no Brasil.

Em 1884, o padre católico R.P. Baudin que pertencia à Sociedade das Missões Africanas e
trabalhou como missionário na Costa dos Escravos [Nigéria, Gana] publicou o livro
Féticchism e Féticheurs sobre a religião dos Iorubas estabelecendo uma clara identificação
entre Exu e o Diabo de persiste até hoje. Segundo Baudin, Exu é o "chefe de todos os
gênios maléficos", que empurra o homem para todo o tipo de mal inclusive e,
especialmente, a luxúria, o sexo. Classifica-o com o "Príapo africano" e descrevendo as
cerimônias mais importantes dedicadas à entidade, escreve:

"Nas grandes circunstâncias, ele é inundado de azeite de dendê e sangue de galinha, o que
lhe dá uma aparência mais pavorosa ainda e mais nojenta. Para completar com dignidade a
decoração do ignóbil símbolo do Príapo africano, colocam-se junto dele cabos de enxada
usados ou grossos porretes nodosos. Os abutres, seus mensageiros, felizmente vêm comer
as galinhas, e os cães, as outras vítimas a ele imoladas, sem os quais o ar ficaria infecto...
Uma vez por ano, o feiticeiro de Elegbá [Exu] junta os búzios para comprar um escravo que
lhe é sacrificado..."

O sacrifício de animais, negado pela Umbanda, praticado no Candomblé, onde o sangue é


derramado e o bicho vai para a panela e para o pao dos adeptos mesmo, na Quimbanda, foi
assumido como elemento integrante de certos despachos, cujo nome correto é Ipadê de
Exu: galinhas e galos, patas e patos, quase sempre pretos e, eventualmente, cabritos são
utilizados nessas mirongas [magias]. Também são utilizados peixes e ovos. As formulas do
Ipadês são personalizadas; os "ingredientes" variam caso a caso. Algumas entidades têm
preferência por este ou aquele animal, como as Pombasgiras, afeitas às patas pretas, por
exemplo. Mas nem todos os Ipadês, seja para Exu masculino ou feminino, Pombas-gira,
incluem o sacrifício de animais ou carnes de qualquer espécie. A seguir, ebós light [que
dispensam a degola de animais no local], preferidos Pombasgiras notáveis e características
de alguns Exus:

Exu Tranca-Rua: Patrono dos empresários e dos militares, resolve causas complicadas,
impossíveis, desembaraça encrencas e situações difíceis em geral. As ruas que ele tranca
são os caminhos do inimigo. Aprecia cachaça, azeite de oliva, sal, charutos e em seu Ipadê
inclui sete ovos. Se o problema envolve dificuldades econômicas, brigas, inveja, saúde e
amor, o ebó é feito com um peixe médio sem escamas e sem vísceras, azeitonas verdes,
charuto, uma bebida doce e uma vela preta e vermelha.

Exu Caveira: Pode ser evocado [no sentido de chamado] para combater inimigos. Como é
um Exu de cemitérios e por isso seus Ipadês ou despachos são assentados, a partir da meia-
noite, em cruzeiros de cemitérios. O ritual deve ser iniciado acendendo uma vela na
sepultura que estiver mais próxima do cruzeiro: é um pedido de licença. O ebó deve conter
um bife cru de carne de porco com farofa e azeite de dendê, cachaça ou absinto, vinagre e
azeite doce.

Exu Capa Preta: O Exu Capa Preta É considerado um espírito velhíssimo e versado em
magia negra. É um Exu de encruzilhadas e cemitérios. Seus Ipadês incluem carne de porco,
farofa e bebidas destiladas e é capaz de solucionar qualquer problema. É chamado de "faca
de dois gumes" porque, não raro, volta-se contra aqueles que solicitam seus serviços.

Exu Marabô: Conhecido como Senhor de Sete Cabaças e Senhor do Dendê, seus modos
são cavalheirescos, aprecia bebidas finas e bons charutos. Viveu na Idade Média e,segundo
alguns biógrafos, no norte da Finlândia! As sete cabaças são os receptáculos de seus
segredos mágicos.

Exu Zé Pelintra: Tem fama de boêmio, malandro, brincalhão, beberrão, mas dedica-se a
trabalhos "de luz". Em sua última vida passada, era um caboclo nordestino e brigão mas
também um grande conhecedor de ervas curativas para males do corpo e da alma. Também
desmancha feitiços. uma cachimbo e anda descalço.

Maria Padilha: favorece a atração de simpatia, amor e destaque em qualquer meio. No


Ipadê, os ingredientes são um bife de carne bovina em um prato de barro acompanhado de
sete acarajé brancos,sete velas vermelhas, sete rosas abertas vermelhas,sete cigarrilhas, sete
maçãs vermelhas e uma garrafa de licor de anis. Se o pedido é de vitória, satisfação de um
desejo, Padilha pede dispensa a carne mas, além das maçãs, das rosas e das cigarrilhas, ela
requer sete espelhos pequenos, purpurina dourada e prateada, um vidro de perfume e
apenas uma vela vermelha. No favorecimento para o amor, em uma panela de barro com
tampa são colocados um papel com o nome do pretendido escrito sete vezes, um miolo de
boi, uma lata de figos em calda, um quilo de açúcar mascavo, essência de morango, creme
chantilly e uma garrafa de anis.
Maria Molambo: Proporciona sucesso e esclarecimento com oferenda de farinha de
mandioca, sete gemas de ovos, azeite de oliva e uma vela amarela. Se o caso é medo e
insegurança, a pombagira aprecia sete peras d'água,sete ovos crus, sete pedras de carvão,
sete rosas amarelas,sete ramos de trigo, perfume e a vela amarela. Maria Molambo também
proporciona prosperidade, saúde, afasta rivais e pessoas inconvenientes.

Pombagira das Sete Encruzilhadas: Essa abre os caminhos e também recebe carne bovina
crua, ovos caipiras, azeite de oliva, mel, purpurina e folhas de mamona.

Para sentir segurança e remover dificuldades, apela-se para a Pombagira da Figueira; para
acabar com as confusões e as demandas, Pombagira Colondina, mestra de grandes feitiços;
contra depressão, melancolia e inveja, Pombagira Cacurucaia; prosperidade e fartura,
Pombagira Cigana.

Para conhecer com detalhes estes Ipadês e minúcias sobre as oferendas e procedimentos,
consulte o livro Presenteie seus orixás e ecuruns: exus, pombagiras, caboclos e preto-
velhos, de George Maurício e Vera Barros, online no Google Books. Todavia, é
extremamente difícil encontrar literatura, na internet ou nas livrarias contendo "fórmulas"
prontas para negociar interesses com aqueles numerosos Exús e Pombas-giras listados nos
sete Reinos. Isso porque:1. tais fórmulas, "trabalhos" são configurados de acordo com o
problema de cada um; 2. estas fórmulas são um "segredo profissional" dos sacerdotes da
Quimbanda ou seja, são uma fonte de renda e para obtê-las torna-se, então, necessário,
fazer uma consulta com o especialista...

Rituais da Quimbanda

Por Ligia Cabús:

O principal ritual da Quimbanda consiste na invocação de espíritos. Sessões, que na


Umbanda são Giras de crianças, caboclos [as], pretos e pretas velhos, na Quimbanda são
Giras de Exus. Os quimbandeiros trabalham exclusivamente com estas entidades que
pertencem ao domínio astral daquele primeiro Exu criado por Nzambi na origem do
Universo manifestado.

Na Quimbanda, assim como na Umbanda e no Candomblé, não se admite a possibilidade


de comunicação direta entre Deus e os homens. Somente os espíritos invocados pelos
Tatás, Babás, Ngangas, enfim, sacerdotes/xamãs, somente esses espíritos podem
intermediar o contato entre o físico e o metafísico, o visível e o invisível. Assim, todo
sacerdote Quimbanda é um medium que incorpora Exus, os executores dos trabalhos que
interferem na realidade, na vida das pessoas, seja para o bem ou para o mal.

A denominação "Exu", acrescida de títulos identificadores, refere-se a espíritos tanto


masculinos quanto femininos; estes últimos, mulheres desencarnadas, são as famosas
pombas-giras. Na Quimbanda também existe uma hierarquia de Exus com seus respectivos
Reinos, chefes e subordinados aos quais relacionam-se atribuições mais ou menos
específicas. São 7 reinos Reinos; cada Reino possui 9 povos, num total de 63 povos de Exu.
São eles * [DOS VENTOS, Mario. Na Gira do Exu: The Brazilian Cult of Quimbanda.
[Trad. Ligia Cabús], p 35]:

1. Reino das Encruzilhadas

Chefiado por Exu Rei das Sete Encruzilhadas e Pombagira Rainha das Sete Encruzilhadas,
governa todas as passagens dos Exus que ali trabalham. Sua função principal é abrir os
caminhos para os outros Guias chegarem e também para os filhos e fregueses. Os seguintes
povos pertence a este reino:

Povo da Encruzilhada da Rua - Chefe Exu Tranca-Ruas

Povo da Encruzilhada da Lira - Chefe Exu Sete Encruzilhadas

Povo da Encruzilhada da Lomba - Chefe Exu das Almas

Povo da Encruzilhada dos Trilhos- Chefe Exu Marabô

Povo da Encruzilhada da Mata - Chefe Exu Tiriri.

Povo da Encruzilhada da Kalunga - Chefe Exu Veludo


Povo da Encruzilhada da Praça - Chefe Exu Morcego

Povo da Encruzilhada do Espaço - Chefe Exu Sete Gargalhadas

Povo da Encruzilhada da Praia - Chefe Exu Mirim

2. Reino dos Cruzeiros

Chefiado pelo Exu Rei dos Sete Cruzeiros e Pombagira Rainha dos Sete Cruzeiros, governa
todas as passagens dos Exus que trabalham nos cruzeiros (não confundir com
encruzilhada). Os seguintes povos pertencem a este reino:

Povo do Cruzeiro da Rua - Chefe Exu Tranca Tudo

Povo do Cruzeiro da Praza - Chefe Exu Kirombó

Povo do Cruzeiro da Lira - Chefe Exu Sete Cruzeiros

Povo do Cruzeiro da Mata - Chefe Exu Mangueira

Povo do Cruzeiro da Calunga - Chefe Exu Kaminaloá

Povo do Cruzeiro das Almas - Chefe Exu Sete Cruzes

Povo do Cruzeiro do Espaço - Chefe Exu 7 Portas

Povo do Cruzeiro da Praia - Chefe Exu Meia Noite

Povo do Cruzeiro do Mar - Chefe Exu Calunga (Calunga grande)

3.Reino das Matas


Chefiado pelo Exu Rei das Matas e Pombagira Rainha das Matas. Governa todos os Exus
que trabalham nas matas ou locais que tenham árvores a exceção do Cemitério, que
pertence a outro reino. São os povos deste reino:

Povo das Árvores - Chefe Exu Quebra Galho

Povo dos Parques - Chefe Exu das Sombras

Povo da Mata da Praia - Chefe Exu das Matas

Povo das Campinas - Chefe Exu das Campinas

Povo das Serranias - Chefe Exu da Serra Negra

Povo das Minas - Chefe Exu Sete Pedras

Povo das Cobras - Chefe Exu Sete Cobras

Povo das Flores - Chefe Exu do Cheiro

Povo da Sementeira - Chefe Exu Arranca Tôco

4. Reino da Calunga Pequena (Cemitério)

Governado pelo Exu Rei das Sete Calungas ou Calungas e Pombagira Rainha das Sete
Calungas. Esses Exus também são chamados pelo nome de Rei e Rainha dos Cemitérios.
Geralmente quando se diz "calunga" nas giras de Quimbanda é para nomear ao cemitério.
Trabalham neste reino todos os Exu que moram dentro dos cemitérios. Pertencem a este
reino:

Povo das Portas da Kalunga.- Chefe Exu Porteira

Povo das Tumbas.- Chefe Exu Sete Tumbas


Povo das Catacumbas.- Chefe Exu Sete Catacumbas

Povo dos Fornos.- Chefe Exu da Brasa

Povo das Caveiras.- Chefe Exu Caveira

Povo da Mata da Kalunga.- Chefe Exu Kalunga (conhecido também como Exu dos
Cemitérios)

Povo da Lomba da Kalunga.- Chefe Exu Corcunda

Povo das Covas - Chefe Exu Sete Covas

Povo das Mirongas e Trevas - Chefe Exu Capa Preta (conhecido também como Exu
Mironga)

5. Reino das Almas

Chefiado por Exu Rei das Almas, Omulu e Pombagira Rainha das Almas ou Rei e Rainha
da Lomba, Governam todos os Exus que trabalham em locais altos. Os Exus deste reino
também trabalham em hospitais, morgues, etc.. São deste reino:

Povo das Almas da Lomba - Chefe Exu 7 Lombas

Povo das Almas do Cativeiro- Chefe Exu Pemba

Povo das Almas do Velório- Chefe Exu Marabá

Povo das Almas dos Hospitais - Chefe Exu Curadô

Povo das Almas da Praia - Chefe Exu Giramundo

Povo das Almas das Igrejas e Templos .- Chefe Exu Nove Luzes
Povo das Almas do Mato - Chefe Exu 7 Montanhas

Povo das Almas da Kalunga - Chefe Exu Tatá Caveira

Povo das Almas do Oriente - Chefe Exu 7 Poeiras

6. Reino da Lira

Os chefes deste reino são muito mais conhecidos por seus nomes sincréticos: Exu Lúcifer e
Maria Padilha. Seus nomes quimbanda: Exu Rei das Sete Liras e Rainha do Candomblé (ou
Rainha das Marias). Os apelidos referem-se à sua afinidade com a dança, a música e a arte
(lira e candomblé). Dentro do reino da Lira, que também às vezes é chamado "reino do
candomblé" não pelo culto africano aos orixás, mas por ser essa palavra, "Lira", relacionada
de dança e música ritual. Trabalham aqui todos os Exus que têm afinidade com a arte, a
música, poesia, boemia, artes ciganas, malandragem, etc.. Pertencem a este reino:

Povo dos Infernos - Chefiado por Exu dos Infernos

Povo dos Cabarés - Chefiado por Exu do Cabaré

Povo da Lira - Chefiado por Exu Sete Liras

Povo dos Ciganos - Chefiado por Exu Cigano

Povo do Oriente - Chefiado por Exu Pagão

Povo dos Malandros - Chefiado por Exu Zé Pelintra

Povo do Lixo - Chefiado por Exu Ganga

Povo do Luar - Chefiado por Exu Malé

Povo do Comércio - Chefiado por Exu Chama Dinheiro


* Lira é, também, uma cidade africana, que fica nas fronteiras orientais do Reino Baganda,
atualmente, região de Kampala, capital de Uganda - África. Esta referência parece ser mais
precisa no que se refere à denominação Reino da Lira.

7. Reino da Praia

Governado por Exu Rei da Praia e Rainha da Praia. Inclui todos os Exus que trabalham nas
praias, perto das águas ou dentro delas, salgadas ou doces. São seus povos:

Povo dos Rios - Chefiado por Exu dos Rios

Povo das Cachoeiras - Chefiado por Exu das Cachoeiras

Povo da Pedreira - Chefiado por Exu da Pedra Preta

Povo do Marinheiros - Chefiado por Exu Marinheiro

Povo do Mar - Chefiado por Exu Maré

Povo do Lodo - Chefiado por Exu do Lodo

Povo dos Baianos - Chefiado por Exu Baiano

Povo dos Ventos - Chefiado por Exu dos Ventos

Povo da Ilha.- Chefiado por Exu do Côco

Os sete reinos referem-se aos sete caminhos que uma pessoa deve percorrer ao longo de sua
vida, sete vivências que são experimentadas, sete metas a serem cumpridas:

1. Desenvolvimento da Espiritualidade

2. A relação com as coisas materiais


3. O nascimento das crianças, os filhos, a reprodução

4. A riqueza, a prosperidade e a saúde

5. O trabalho físico em todos os seus aspectos

6. O prazer em geral

7. O amor em todas as suas manifestações

Evocando o Exu Pessoal

Por Ligia Cabús:

Assim como no Candomblé, onde cada pessoa tem seu destino regido por determinados
orixás, na Quimbanda, reino de numerosos Exus, cada pessoa tem afinidade com uma
entidade específica. O Exu pessoal, preferencialmente, deve ser descoberto por um
Quimbandeiro, porém, (Morte Súbita) trásemos até você uma cerimônia que pode ser
realizada sem o auxílio dos sacerdotes. Os procedimentos desse ritual são descritos abaixo:

Ritual
Em uma sexta-feira, depois do por do sol, à noite, reúna os seguintes materiais: uma vela
vermelha, uma velha negra, uma xícara de café forte, um copo de rum branco. coloque
todas essas coisas no chão: são oferendas.

Acenda as velas e bata no chão três vezes, como se estivesse batendo em uma porta. Diga
ou chame: "Exu, Exu, Exu.... Levante-se e, mantendo uma postura ereta, apresente-se: diga
simplesmente seu nome, a data e o local de seu nascimento.
Continue o ritual convidando seu Exu pessoal para trabalhar com você. Fale porquê deseja
a colaboração dele e mostre que trouxe as oferendas para ele. peça que o Exu apareça em
seus sonhos, que lhe ensine seus mistérios e reitere seu pedido de colaboração. Prometa que
daquela noite em diante oferecerá as velas e as bebidas em todas as noites de sexta-feira.
Peça-lhe que abra seus caminhos para que possa aprender a tradição da Quimbanda
apropriadamente e, que se for necessário, que você seja guiado até uma casa ou terreiro, se
você achar que isso é necessário ou se o Exu achar que é o certo para você.

Vire-se de costas para a oferenda e, sem olhar para trás, vá dormir. Deixe as velas
queimando. Pela manhã, remova as oferendas e deposite os restos em uma encruzilhada
próxima à sua casa. Seja fiel à promessa e não deixe de oferecer as velas e bebidas todas as
sextas-feiras à noite. (DOS VENTOS, Mario. Na Gira do Exu: The Brazilian Cult of
Quimbanda, Trad. Ligia Cabús.)

ATENÇÃO: Se depois de fazer este ritual o leitor começar a ver coisas, ouvir vozes, se
seus sonhos se transformarem em pesadelos, a responsabilidade será inteiramente daquele
que resolveu apelar para o sobrenatural, buscando soluções fáceis na magia primeva, ao
invés de encarar seus problemas com um mínimo de bom senso.

Sobre as Encruzilhadas

A tradição da Quimbanda indica encruzilhadas e cemitérios como locais adequados para


fazer os despachos, embora haja exceções, como as oferendas a determinadas pombasgiras,
depositadas nas praias. Segundo o autor umbandista W.W. da Matta e Silva [Mestre
Yapacany], esses procedimentos são extremamente perigosos para a saúde física e mental.

Isso porque as encruzilhadas são pontos de concentração do que há de "mais baixo no astral
inferior", "sugadouros" de pensamentos e não raro, abrigam estabelecimentos que
comerciam bebidas alcoólicas e onde se reúnem as pessoas para compartilham
comportamento pouco edificante.
Os cemitérios são ainda piores: ali habitam larvas, cascões astrais, espíritos presos à carne
putrefatas dos próprios corpos aprisionados em sepulcros, ansiosos por contato com os
vivos de quem sugam a energia vital. São almas penadas, de suicidas, homicidas, vítimas de
mortes violentas, espíritos tomados por sentimentos de ódio, culpa, remorso, vingança.

Ritual de Desbloqueio para Ver as Entidades

Por Luiz V:

Visualização de Entidades Existe uma serie de “bloqueios” e “travas” tanto no


subconsciente como no consciente humano que impossibilitam que vejamos ou sentimos
alguns fenômenos que acontecem durante os rituais que praticamos. Com o tempo e com a
evolução eles vão se extinguindo, mas quando se trata de um iniciante na magia isto é
latente e é uma barreira que ele deve superar. Algum tempo atrás um iniciante me pediu
para tentar retirar alguns de seus “bloqueios” ou “travas” conscientes, inconscientes ou
psicológicos para que pudesse enxergar e sentir o que acontece através de um ritual.

De fato ele estava tendo problemas com isso e o mesmo era dedicado e com grande força
de vontade. Então criei o ritual abaixo com o intuito de amenizar o que estava limitando
este iniciante em alguns aspectos e obtive sucesso. Caso julgue alguém merecedor de sua
ajuda nesse ponto, segue o ritual.

Preparação
Não coma carne vermelha, não faça sexo nem desperdice energia vital (sêmen) nos três dias
que antecedem o ritual. Prepare todo material para ser consagrado em um cemitério e faça
o pedido as entidades do local com suas próprias palavras.

Material:

06 velas pretas

pemba vermelha

um litro de pinga

um pouco de óleo

Tudo deve ser enterrado ou escondido três dias antes.

Prepare seu pupilo esclarecendo todos os pontos de duvida que os cercam. Converse com o
mesmo para que conheça mais o mecanismo de travamento para retirar qualquer empecilho.
Oriente e cobre a auto consagração dele.

Dia do ritual

Faça uma auto consagração : acenda uma vela preta ofereça fluido vital (sangue) e medite
pedindo esclarecimento e êxito no ritual. Na cerimônia proceda da seguinte forma:
Risque o local com a pemba vermelha, faça um pentagrama em cada uma das pontas
coloque uma vela preta, molhe o desenho com a pinga e posicione seu comandado no
centro do pentagrama "ajoelhado".

Feito isto molhe a ponta de seu indicador direito com o óleo consagrado e toque fazendo
uma cruz invertida nos pontos que considerar necessários.

As invocações:

Destravamento

Presto louvores e honrarias a todas entidades presentes eu venho exaltar e engrandecer


todos os demônios que operam neste local, que minha voz ecoe no plano espiritual a fim de
que as setas que atuam neste horário e neste território sejam louvados e engrandecidos,
escutem meu clamor e em nome de Satan o grande adversário.

“Eu .............................. invoco os exus as hostes e os principados em nome de seu rei e


rainha para que seja retirado todo e qualquer bloqueio - travamento, do consciente -
subconsciente - ou psicológico "agora".

Neste meu amigo (a) .............................................. E declaro este trabalho como um


trabalho de destravamento e desbloqueio total.

Realizações para o pupilo

Presto louvores e honrarias a todas entidades presentes


Eu venho exaltar e engrandecer todos os demônios que operam neste local, que minha voz
ecoe no plano espiritual afim de que as setas que atuam neste horário e neste território
sejam louvados e engrandecidos, escutem meu clamor e em nome de Satan o grande
adversário.

Eu ............................ Invoco os exus as hostes e os principados em nome de seu rei e rainha


para que seja realizado as vontades deste meu amigo(a) .......................................................

E declaro este trabalho como um trabalho de contemplação e mérito pela conduta.

Destruição

Presto louvores e honrarias a todas entidades presentes

Eu venho exaltar e engrandecer todos os demônios que operam neste local, que minha voz
ecoe no plano espiritual afim de que as setas que atuam neste horário e neste território
sejam louvados e engrandecidos, escutem meu clamor e em nome de Satan o grande
adversário

Eu ................................ invoco os exus as hostes e os principados em nome de seu rei e


rainha para que nossos inimigos sejam destruídos - aniquilados e amaldiçoados e declaro
este trabalho como um trabalho de destruição de nossos inimigos.
Em nome de seu rei e rainha agradeço e me despeço de todos os demônios - hostes - exus e
principados. E declaro este ritual encerrado.

Obs 1: Se tiver contato com seu mensageiro, invoque-o antes do inicio.

Obs 2: Se tiver os nomes infernais do rei e da rainha dos exus, use-os nas invocações e
escreva os nomes ao redor do pentagrama.

Obs 3: Caso você se encaixe nas observações 1 e 2, realize as invocações dentro de um


triangulo desenhado com pemba vermelha.

Fim

Você também pode gostar