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Apostila Ambiencia Construcoes Rurais PDF
Apostila Ambiencia Construcoes Rurais PDF
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 05
2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 07
2.1. HOMEOTERMIA 07
5.1. CONDUÇÂO 14
5.2. CONVECÇÃO 16
5.3. RADIAÇÃO 18
9. VENTILAÇÃO 27
9.3.1. Ventiladores 34
10.1.1. Sombreamento 37
10.1.2. Quebra-ventos 41
10.2.2. Resfriamento 43
10.2.3. Aquecimento 48
12. BIBLIOGRAFIA 52
3
1. INTRODUÇÃO
2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2.1. HOMEOTERMIA
Para que a atividade celular seja normal, o animal precisa ter seu
ambiente interno estável com relação às flutuações externas, processo definido
como HOMOTERMIA, HOMEOSTASE ou HOMEOCINESE (BAÊTA, 1997).
É considerado homeotermo o animal que mantém a temperatura do
núcleo corporal dentro de limites estreitos, mesmo que a temperatura ambiental
flutue e que a sua atividade varie intensamente. É um processo mais comum em
mamíferos e aves (BAÊTA, 1997).
Portanto, a HOMEOTERMIA refere-se ao processo por meio do qual o
animal mantém a temperatura do núcleo corporal aproximadamente constante, por
meio de processos de aumento e dissipação de taxas de calor, mediante as
flutuações ocorridas no meio ambiente externo (BAÊTA, 1997).
De acordo com INGRAM e MOUNT (1975), nesse tipo de animal a
temperatura do núcleo corporal mantém-se bastante estável, ou seja, não flutua
rapidamente quando ocorrem variações de temperatura nas diferentes partes do
organismo do animal, as quais são associadas a variações na quantidade de calor
6
Tc = 0,65Tr + 0,35Ts
Onde:
Tabela 2. Valores comuns de TCI (B), de TCS (B’) e de temperaturas na ZCT para
alguns animais
Fonte: CURTIS, 1983; HAFEZ, 1968; MOUNT, 1979, citados por Baêta
(1997).
5.1. CONDUÇÂO
molécula vizinha, fria, e transfere parte de sua energia cinética a esta molécula e
assim por diante, tendendo ao equilíbrio (NÃÃS, 1989; BAÊTA, 1997).
A condutividade térmica é o fator físico do fluxo de calor por condução,
o qual caracteriza a quantidade de calor transmitida através de um corpo
considerado homogêneo, num regime estacionário, por unidade de espessura, de
área e de tempo, quando o gradiente térmico é igual à unidade. A condutividade
térmica é expressa em W.m/(m2.°C) ou cal.cm/(cm2.°C.s) ou outras unidades
equivalentes (BAÊTA, 1997).
Na Tabela 3, HOLMAN (1983) apresenta alguns valores de
condutividade térmica. Observa-se que a água tem maior condutividade térmica
que o ar, o que significa que os materiais que contêm ar em seus intertíscios
funcionam como isolantes térmicos, isto é, são menos capazes de conduzir calor.
Se a água ocupa os poros do material, o ar é deslocado e é reduzido o isolamento
5.2. CONVECÇÃO
Onde,
5.3. RADIAÇÃO
Comprimento - µm Classificação
10-8 – 10-7 Raios cósmicos
10-7 – 10-5 Raios gama
-5
10 – 0,04 Raios X
0,04 – 0,28 Longínquos ultravioletas
0,28 – 0,32 Biológicos
0,32 – 0,40 Próximos
0,40 – 0,78 Visível
0,78 – 1,50 Próximos
1,50 – 10 Médios
10 - 103 Longínquos Infravermelhos
103 - 106 Microondas
106 - 108 Radar
8 10
10 – 3.10 TV, rádio
Fonte: RIVERO (1986)
Figura 5. Fluxos de energia entre o animal e seu ambiente natural (BAÊTA, 1997).
Espécie Glândulas/cm2*
Homem 80 a 200
Bovinos + 1800
Bubalinos + 180
Ovinos 240 a 300
Suínos 25**
* Valor médio para várias partes do corpo.
** Distribuídas no focinho e umas poucas espalhadas pelo corpo (a maioria com função
termorregulatória desprezível).
Onde,
Ta = temperatura do ambiente
To = temperatura de orvalho
...Continuação
Índice de Temperatura de Globo e Umidade – ITGU
Foi desenvolvido com base no Índice de Temperatura e Umidade, mas
usando a temperatura de globo negro no lugar da temperatura de bulbo
seco. O fundamento da utilização desse índice está na consideração que (BUFFINGTON et al.,
o estresse devido ao calor por irradiação solar é uma parcela significativa 1981)
da troca térmica seca.
Índice de Temperatura Baixa e Vento – ITBV (ROSENBERG et al.,
Descreve o efeito do vento combinado com baixas temperaturas. 1983)
Índice de Temperatura Equivalente – ITE
Foi desenvolvido para condições de temperatura do ar (T) entre 16 e
41°C, umidade do ar (UR) entre 40 e 90% e velocidade do ar (V) entre 0,5
e 6,5 m/s, resultando na seguinte equação: ITE = 27,88 – 0,456.T + (BAÊTA, 1985)
2 2 2
0,0100754.T – 0,4905.UR + 0,00088.UR + 1,1507.V – 0,126447.V +
0,019876.T.UR – 0,046313.
Adaptada de BAÊTA (1997).
9. VENTILAÇÃO
m3/indivíduo/hora
Local Preferível Mínima
Apartamentos 35 25
Bancos 25 17
Barbearias 25 17
Escritórios 25 17
Quartos (hotéis) 25 17
Residências 35 25
Salas de aula 50 40
Salas de reuniões 35 25
Estábulos 25 15
Aplicações gerais:
Por pessoa (não-fumante) 13 8
Por pessoa (fumante) 50 40
Fonte: COSTA, 1982; RIVERO, 1986.
∆t
Qvent = 0,26.N.V.∆
Onde,
Qv = EAV
Onde,
9.3.1. Ventiladores
Figura 10. Ventilador axial com esquema anexo da configuração das hélices
(BAÊTA, 1997).
10.1.1. Sombreamento
Figura 13. Fluxos de energia entre o animal e o ambiente, sem sombreamento (a)
e com sombreamento (b) (BAÊTA, 1997).
para outro o que permite limpar e secar os diferentes locais na medida das
necessidades. A tela é resistente aos raios ultravioleta podendo prover de 30 a
90% de sombra (de acordo com o espaçamento da rede) e tem boa durabilidade
se mantida propriamente estendida. Em geral, recomenda-se a tela para provisão
de 80% de sombra.
SILVA e NÃÃS (1998), estudando a influência da arborização no
desempenho térmico de aviários, concluíram que a arborização reduziu a
temperatura interna dos aviários em aproximadamente 10,3%. A produção unitária
de ovos foi 23,1% superior na região arborizada em relação a não arborizada.
O material de cobertura também exerce grande influência na qualidade
da sombra. BAÊTA (1997) afirma que um bom material de cobertura apresenta
temperaturas superficiais amenas, devendo possuir alta refletividade solar
conjugada à alta emissividade térmica na parte superior da superfície e baixa
absortividade conjugada à baixa emissividade térmica na parte inferior.
KRAVCHENKO e GONÇALVES (1980) conduziram esperimento para
verificar a eficiência de materiais de cobertura para instalações animais, em
Goiânia-GO. Utilizaram cinco abrigos cobertos com diferentes tipos de materiais:
1) fibrocimento vermelho; 2) fibrocimento cinza; 3) alumínio ondulado; 4) telha de
argila, tipo francesa; e 5) capim-jaraguá (Hyparrhenia rufa). As condições mais
favoráveis foram observadas nos ambientes cobertos com capim, telha francesa e
alumínio, respectivamente. As telhas de fibrocimento vermelho e cinza foram as
menos eficientes.
Segundo pesquisadores da ETERNIT (1981), do IPT - Instituto de
Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (1978) e BAÊTA (1997), outra alternativa
para melhor desempenho da cobertura, além da escolha do material, é a utilização
do forro e da pintura. Na maioria dos casos, pelo caráter temporário de sua ação,
a pintura na cobertura é empregada em conjunto com a utilização do forro como
evidencia a Figura 14
38
10.1.2. Quebra-ventos
10.2.2. Resfriamento
Figura 20. Representação das disposições vertical (a) e horizontal (b) das
esponjas utilizadas no sistema de resfriamento adiabático evaporativo
(BAÊTA, 1997).
45
10.2.3. Aquecimento
Figura 24. Vista frontal do círculo de proteção das placas aquecidas eletricamente
(ABRÊU et al., 1995).
49
12. BIBLIOGRAFIA
ABREU, P.G., BAÊTA, F.C., SOARES, P.R. ABREU, V.M.N., MACIEL, N.F.
Utilização de piso aquecido eletricamente na criação de aves. Engenharia na
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AEAMG/DEA/UFV, 1995, v.4, n.12, 19p.
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Anais. Goiânia: Sociedade Brasileira de Biometereologia, 1998. p. 136-161.
BAÊTA, F.C. & SOUZA, C.F. Ambiência em Edificações Rurais – Conforto Animal.
Viçosa, Ed. UFV, 1997. 246p.
ETERNIT. O vento nas construções. São Paulo, Eternit, out. 1981. (Boletim n° 66).
GATES, D.M. Physical environment. In: Adaptation of domestic animals. Lea &
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51
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HINKLE, C.N. & STOMBAUGH, D.P. Quantity of air flow for livestock ventilation.
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INGRAM, D.L. & MOUNT , L.E. Man and animals in hot environments. New york,
Springer-Verlag, 1975. 185 p.
MORAES, S.R.P., TINÔCO, I.F.F., BAÊTA, F.C., CECON, P.R. Conforto térmico
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associações. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental,
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MOUNT, L.E. Adaptation of swine. In: Adaptation of domestic animals. Lea &
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NÃÃS, I.A. Ambiência animal. In: CORTEZ, L.A. & MAGALHÃES, P.S.B (coords.)
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NÃÃS, I.A. Princípios do conforto térmico na produção animal. São Paulo, Ícone
Editora, 1989. 183 p.