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INTRODUÇÃO À

AURICULOTERAPIA CHINESA
AURICULOTERAPIA CHINESA

SUMÁRIO

1- ANATOMIA DA ORELHA 3

2- CORRELAÇÃO DOS PONTOS AURICULARES 11

3- LOCALIZAÇÃO E FUNÇÃO DOS PONTOS AURICULARES 14

4- LÓBULO 23

5- RECURSOS NÃO INVASIVOS 25

6- A DOENÇA DE PARKINSON NA VISÃO DA MEDICINA CHINESA 29

7- PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES (PICS):

QUAIS SÃO E PARA QUE SERVEM 32

REFERÊNCIAS

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1- ANATOMIA DA ORELHA

O órgão responsável pela audição é a orelha (antigamente denominado ouvido),


também chamada órgão vestíbulo-coclear ou estato-acústico.

A maior parte da orelha fica no osso temporal, que se localiza na caixa craniana.
Além da função de ouvir, o ouvido também é responsável pelo equilíbrio.

A orelha está dividida em três partes:

orelhas externa, média e interna (antigamente denominadas ouvido externo, ouvido


médio e ouvido interno).

Imagem: CÉSAR & CEZAR. Biologia. São Paulo, Ed Saraiva, 2002

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ORELHA EXTERNA

A orelha externa é formada pelo pavilhão auditivo (antigamente denominado


orelha) e pelo canal auditivo externo ou meato auditivo.

Todo o pavilhão auditivo (exceto o lobo ou lóbulo) é constituído por tecido


cartilaginoso recoberto por pele, tendo como função captar e canalizar os sons para
a orelha média.

O canal auditivo externo estabelece a comunicação entre a orelha média e o meio


externo, tem cerca de três centímetros de comprimento e está escavado em nosso
osso temporal. É revestido internamente por pêlos e glândulas, que fabricam uma
substância gordurosa e amarelada, denominada cerume ou cera.

Tanto os pêlos como o cerume retêm poeira e micróbios que normalmente existem
no ar e eventualmente entram nos ouvidos.

O canal auditivo externo termina numa delicada membrana - tímpano ou membrana


timpânica - firmemente fixada ao conduto auditivo externo por um anel de tecido
fibroso, chamado anel timpânico.

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ORELHA MÉDIA

A orelha média começa na membrana timpânica e consiste, em sua totalidade, de


um espaço aéreo – a cavidade timpânica – no osso temporal. Dentro dela estão três
ossículos articulados entre si, cujos nomes descrevem sua
forma: martelo, bigorna e estribo. Esses ossículos encontram-se suspensos na
orelha média, através de ligamentos.

O cabo do martelo está encostado no tímpano; o estribo apóia-se na janela


oval, um dos orifícios dotados de membrana da orelha interna que estabelecem
comunicação com a orelha média. O outro orifício é a janela redonda. A orelha
média comunica-se também com a faringe, através de um canal denominado tuba
auditiva (antigamente denominada trompa de Eustáquio). Esse canal permite que o
ar penetre no ouvido médio. Dessa forma, de um lado e de outro do tímpano, a
pressão do ar atmosférico é igual. Quando essas pressões ficam diferentes, não
ouvimos bem, até que o equilíbrio seja reestabelecido.

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ORELHA INTERNA

A orelha interna, chamada labirinto, é formada por escavações no osso temporal,


revestidas por membrana e preenchidas por líquido. Limita-se com a orelha média
pelas janelas oval e a redonda. O labirinto apresenta uma parte anterior,
a cóclea ou caracol - relacionada com a audição, e uma parte posterior -
relacionada com o equilíbrio e constituída pelo vestíbulo e pelos canais
semicirculares.

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A cóclea é um aparelho membranoso formado por tubos espiralados.

O diagrama da secção transversal (ao


lado), mostra que a cóclea é composta
por três tubos individuais, colados um
ao lado do outro:
as escalas ou rampas timpânica,
média ou coclear e vestibular. Todos
esses tubos são separados um do
Imagens: GUYTON, A.C. Fisiologia outro por membranas. A membrana

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Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. existente entre a escala vestibular e a


Interamericana, 1981. escala média é tão fina que não
oferece obstáculo para a passagem
das ondas sonoras. Sua função é
simplesmente separar os líquidos das
escalas média e vestibular, pois esses
têm origem e composição química
distintas entre si e são importantes
para o adequado funcionamento das
células receptoras de som. Por outro
lado, a membrana que separa a escala
média da escala timpânica –
chamada membrana basilar – é uma
estrutura bastante resistente, que
bloqueia as ondas sonoras. Essa
membrana é sustentada por cerca de
25.000 estruturas finas, com a forma
de palheta, as quais se projetam de um
dos lados da membrana e aparecem
ao longo de toda a sua extensão –
as fibras basilares.

As fibras basilares próximas à janela oval na base da cóclea são curtas, mas
tornam-se progressivamente mais longas à medida que se aproximam da porção
superior da cóclea,. Na parte final da cóclea, essas fibras são aproximadamente
duas vezes mais longas do que as basais.

Na superfície da membrana basilar localiza-se o órgão de Corti, onde há células


nervosas ciliares (células sensoriais). Sobre o órgão de Corti há uma estrutura
membranosa, chamada membrana tectórica, que se apóia, como se fosse um teto,
sobre os cílios das células sensoriais.

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Cóclea Órgão de Corti

1- escala ou rampa média ou coclear

2- escala ou rampa vestibular

3- escala ou rampa timpânica

4- gânglio espiral
Imagem inferior: GUYTON, A.C.
5- nervo coclear (partindo da membrana Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de
basilar) Janeiro, Ed. Interamericana, 1981.

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O labirinto posterior (ou vestibular) é constituído pelos canais semicirculares e


pelo vestíbulo. Na parte posterior do vestíbulo estão as cinco aberturas dos canais
semicirculares, e na parte anterior, a abertura para o canal coclear.

Os canais semicirculares não têm função auditiva, mas são importantes na


manutenção do equilíbrio do corpo. São pequenos tubos circulares (três tubos em
forma de semicírculo) que contêm líquido e estão colocados, respectivamente, em
três planos espaciais (um horizontal e dois verticais) no labitinto posterior, em cada
lado da cabeça. No término de cada canal semicircular existe uma válvula com a
forma de uma folha - a crista ampular. Essa estrutura contém tufos pilosos (cílios)
que se projetam de células ciliares semelhantes às maculares.

Entre os canais semicirculares e a cóclea está uma grande cavidade cheia de um


líquido chamado perilinfa - o vestíbulo. No interior dessa cavidade existem
duas bolsas membranáceas, contendo outro líquido – a endolinfa: uma póstero-
superior, o utrículo, e uma ântero-inferior, o sáculo. Tanto o utrículo quanto o
sáculo contêm células sensoriais agrupadas em estruturas denominadas máculas.
Células nervosas da base da mácula projetam cílios sobre uma massa gelatinosa na
qual estão localizados minúsculos grânulos calcificados, semelhantes a pequenos
grãos de areia - os otólitos ou otocônios.

O utrículo e o sáculo comunicam-se através dos ductos utricular e sacular.

Imagens: GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed.


Interamericana, 1981.
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2- CORRELAÇÃO DOS PONTOS AURICULARES

Antes de se iniciar o tratamento com auriculoterapia é muito importante fazer uma


consulta com um terapeuta especializado para identificar os principais sintomas e
tentar entender quais os órgãos afetados.

Depois disso, o terapeuta selecionar os pontos mais adequados e faz pressão sobre
o ponto. A pressão pode ser feita utilizando-se:

 Agulhas filiformes: são aplicadas sobre os pontos durante 10 a 30 minutos;


 Agulhas intradérmicas: são colocadas debaixo da pele por cerca de 7 dias;
 Esferas magnéticas: são coladas na pele por aproximadamente 5 dias;
 Sementes de mostarda: podem ser aquecidas ou não, e são coladas na pele
durante 5 dias.

A estimulação dos pontos específicos da orelha para aliviar dores ou tratar diversos
problemas físicos ou psicológicos, como ansiedade, enxaqueca, obesidade ou
contraturas, por exemplo.

Além disso, a auriculoterapia ajuda a diagnosticar e a prevenir algumas doenças


através da observação dos pontos específicos da orelha que se encontram
alterados.

Pontos de auriculoterapia

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A auriculoterapia francesa e a auriculoterapia chinesa, apesar de consistirem na


mesma técnica, são muito diferentes, pois cada país elaborou um mapa diferente da
orelha com os pontos específicos a serem estimulados.

Quem pode fazer auriculoterapia

A auriculoterapia está indicada no tratamento de:

 Dores por torções, contraturas ou distensões musculares, por exemplo;


 Problemas reumáticos, respiratórios, cardíacos, urinários, digestivos, hormonais,
como obesidade, anorexia ou doenças da tireoide, por exemplo, e psicológicos,
como ansiedade ou depressão.
Além disso, a auriculoterapia também pode ser utilizada para tratar a hipertensão,
vertigens ou palpitações, por exemplo.
Como fazer auriculoterapia para emagrecer
A auriculoterapia também pode ser usada para emagrecer, pois certos pontos
específicos da orelha responsáveis pelo intestino, estômago, retenção de líquidos,
ansiedade, estresse, sono ou vontade de comer, por exemplo, são estimulados de
forma que o organismo atue na perda de peso.

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É importante que, aliada à auriculoterapia, também se faça uma dieta para


emagrecer indicada por um nutricionista, de preferência, e pratique exercício físico
regularmente.

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3- LOCALIZAÇÃO E FUNÇÃO DOS PONTOS AURICULARES

Funções dos pontos auriculares

(de acordo com a Escola Chinesa)

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As funções dos pontos auriculares serão apresentadas segundo a sua localização


no pavilhão auricular. Com exceção dos pontos novos.

1- Funções dos pontos no lóbulo da orelha

- Dente 1 e 2: odontalgia, analgesia

- Palato superior e inferior: analgesia dentária, inchaço das gengivas, rigidez na


articulação temporomandibular, úlcera na boca, inchaço das glândulas linfáticas;

analgesia para extração de dentes

- Língua: glossite, afazia nervosa

- Maxilar e mandíbula: igual ao anterior

- Olho: distúrbio dos olhos

- Orelha interna: vertigem, tinidos e surdez

- Amídala: amigdalite, faringite

- Região da face: paralisia facial, espasmos músculos faciais, neuralgia do trigêmeo,


parotidite

- Região de tumor 1: efeito analgésico para dor causada por tumor


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2- Funções dos pontos na hélice

- Reto: disenteria, enterite, prolapso do ânus, fissura anal, hemorróidas, constipação


- Uretra: infecção urinária

- Genitália externa: disfunção sexual, inflamação escrotal, inflamação peniana,


lombalgia e ciatalgia

- Ânus: fissura anal, prolapso anal e prurido anal

- Hemorróidas: hemorróidas, fissura anal

- Âpice da hélice: ponto de sangria para casos febris, hipertensão, coma hepático,
inflamação, analgesia e sedativo

- Yang 1 e 2 do Fígado: hepatite crônica

- Hélice de 1-6: amigdalite, faringite, energia

- Região de tumor: efeito analgésico para dor decorrente ao tumor

3- Funções dos pontos na antélice

- Vértebras lombares, torácicas, cervicais e sacro: corresponde à dor ou disfunção


da região da coluna vertebral correspondente a cada segmento citado.

- Tórax: opressão torácica ou irritabilidade e intercostalgia

- Pescoço: dor ou limitação de movimento do pescoço

- Abdome: dor no meio ou baixo ventre

- Ponto do calor: disfunções genitais

- Glândulas mamárias: mastite aguda

- Tireóide: disfunção da tireóide

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- Lombalgia: lombalgia crônica ou torção aguda da região lombar

4- Funções dos pontos no ramo da hélice

- Orelha média: parte correspondente

- Diafragma: espasmos do diafragma, hemorróidas, prurido, distúrbios hematológicos


e desordens hemorrágicas

5- Funções dos pontos do ramo superior da antélice

- Quadril: dor ou limitação de movimentos na área correspondente, iniciativa

- Joelhos: dor ou limitação de movimentos na área correspondente

- Fossa poplítea: dor ou limitação de movimentos nas áreas correspondente

- Gastrocnêmio: dor ou limitação de movimentos na área correspondente

- Tornozelo: dor ou limitação de movimentos na área correspondente

- Calcanhar: dor ou limitação de movimentos na área correspondente

- Dedos dos pés: dor ou limitação de movimento na área correspondente

6- Funções dos pontos do ramo inferior da antélice

- Quadril: dor no quadril e nas articulações sacroílicas, hipotrofia dos músculos


glúteos
- Nervo ciático: ciatalgia

- Simpático: para diversos distúrbios relacionados a alterações e disfunções do


sistema nervoso autônomo (tanto simpático e parassimpático) é um ponto
importante para analgesia, transpiração excessiva, ponto relaxante principalmente
nos órgão internos, inflamação, dilata vasos sangüíneos (regularisa funções), atua
no alívio da dor associadas às úlceras, calculo biliar e uretral

7- Funções dos pontos na escafa


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- Dedo: dor ou limitação dos movimentos dos dedos

- Punho: dor ou limitação de movimentos dos punhos

- Cotovelo: dor na articulação do cotovelo (cúbito)

- Ombro: dor ou limitação de movimentos no ombro

- Articulação do ombro: dor ou limitação de movimentos do ombro

- Clavícula: ponto correspondente

- Tireóide: regula a função da tireóide, estado de choque (eleva a pressão arterial)

- Nefrite: nefrite, pielonefrite

- Região de alergia: distúrbios alérgicos

8- Funções dos pontos na fossa triangular

- Shenmen: regula a excitação e a inibição do córtex cerebral, efeitos sedativos,


analgésico, antialérgico, desordens neuropsiquiátricas, dor, ponto importante para
analgesia, hipertensão, todo sistema digestório e circulatório, antiinflamatório,
irritabilidade, nervosismo e ansiedade

- Hipertensão: cefaléia hipertensiva, hipertensão arterial- dispnéia: ponto


correspondente à dispnéia
- Útero: distúrbios ginecológicos e obstétricos, disfunção sexual feminino

- Pélvis: dismenorréia, inflamação da cavidade pélvica

- Hepatite: hepatite aguda e crônica

- Articulação do quadril: para dor nas articulações dos membros inferiores ou dor nos
glúteos

- Região de constipação: constipação, hemorragia decorrente a hemorróidas

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9- Funções dos pontos na concha, parte superior

- Bexiga: micção freqüente e urgente, retenção urinária, enurese, cistite, lombalgia,


cervicalgia
- Uretra: cálculos renais

- Próstata: prostatite, micção dolorosa, infecção do trato urinário, hematúria,


ejaculação precoce e espermatorréia

- Rim: ponto benéfico ao cérebro, rins, sistema hematopoiético, amnésia,


neurastenia, vertigens, cefaléia, lassitude, surdez progressiva, queda de cabelo,
distúrbios do sistema urogenital e ginecológico, perda óssea e afrouxamento do
dentes, anemia aplástica, leucemia, edema, faringite crônica, desequilíbrio
eletrolítico
- Pâncreas: indigestão, pancreatite, diabetes, colecistite, dor torácica no dorso
- Vesícula biliar: indigestão, cálculos biliares, nemalteminto no canal biliar, flanco
estufado, dor de cabeça temporal

- Fígado: hepatite aguda e crônica, distúrbios nos olhos, anemia ferropriva e outras
alterações no sangue, neuralgia, cefaléia, dor decorrente artrite, vertigem, gases, e
gastralgia, hemiplegia, convulsões, espasmos musculares, cãibras
- Região de flatulência abdominal: ponto correspondente
- Região de tumor no fígado: ponto correspondente

10-Funções dos pontos na porta da concha

- Pulmão: vários distúrbios e alterações no sistema respiratório e da pele, rinite,


mutismo, suor noturno, suor espontâneo
- Brônquios: bronquite aguda e crônica, asma

- Traquéia: distúrbios e alterações na traquéia

- Coração: regula a pressão sangüínea, tonifica o coração, distúrbios do coração,


trata estado de choque, usados nos distúrbios mentais, glossite, anemia

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- Triplo aquecedor: função diurética, hepatite, desordens da traquéia, distúrbios


afetando o mesentério ou o peritônio

- Baço: indigestão, distúrbios sangüíneos, hipotrofia muscular, fraqueza muscular,


prolapso anal, prolapso da víscera, hemorragia uterina disfuncional
- Região de tumor no baço: ponto correspondente, problemas de tumor no baço

11-Funções dos pontos na porta da concha

- Boca: úlcera na boca, rigidez na articulação temporomandibular, casos de


compulsão alimentar

- Estômago: distúrbios no estômago, úlcera, distensão abdominal, gastrite aguda e


crônica, eructação, indigestão, insônia

- Esôfago: eructação, espasmo funcional da laringe, dificuldade de deglutir devido a


nervosismo
- Duodeno: úlcera duodenal, espasmo pilórico, baixa acidez estomacal

- Apêndice: apendicite aguda e crônica

- Intestino delgado: indigestão, enterite, distensão do intestino por gases, distúrbios


do coração

- Intestino grosso: disenteria, diarréia, constipação, enterite, hemorróidas, distúrbios


do sistema respiratório

- Cárdia: ponto correspondente

12-Funções dos pontos no trago

- Ápice do trago: inflamação, febre, hipertensão arterial, dor em geral (sangrar o


ponto)
- Adrenal: estimula as funções da adrenalina e da adrenocorticol; usado nos casos
de inflamação, choque, alergia, reumatismo e sintomas sérios de intoxicação
resultantes de infecção bacteriana; afeta a dilatação e constrição de vasos

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sangüíneos, hipertensão ou hipotensão arterial, hemorragia capilar, regula a


excitação ou inibição da função respiratória, usado nos quadros de febre e doenças
crônicas
- Nariz externo: rinorréia, alergias

- Nariz interno: rinite, epistaxe, alergias

- Ponto da fome: alivia a fome, diabetes, compulsão por comida

- Ponto da sede: alivia a sede, diabetes, poliúria

- Ponto do coração: taquicardia, arritmia e outras desordens do coração


- Faringite e garganta: faringite e amigdalite

13- Funções dos pontos no antitrago

- Asma: ponto correspondente ao problema

- Parótida: obstrução dos ductos da parótida; eficaz no alívio dos sistemas do prurido
de vários distúrbios da pele

- Frontal: cefaléia da região frontal, rinite

- Temporal: cefaléia temporal, cefaléia vasculogênica, vertigem, lassitude


- Occipital: para desordens neuropsiquiátricas e sintomas devidos à irritação da
meninge, convulsões, trismo, rigidez da nuca, psicose, prevenção de enjôo marítimo,
para distúrbios de pele e dos olhos, dor, coma

- Ponto do cérebro: regula a excitação ou inibição do córtex cerebral, distúrbios do


sistema nervoso, digestório, endócrino e urogenital e hemoragias

- Subcórtex: regula a excitação e a inibição do córtex cerebral, para insônia,


lassitude e outras desordens neuropsíquicas, inflamação, transpiração excessiva e
dor
- Região de tontura: ponto correspondente ao problema

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- Região de depressão: ponto correspondente ao problema

- Epilepsia: para epilepsia ponto correspondente

- Ponto do ânimo: narcolepsia, depressão, timidez

- Testículos: disfunção sexual, eczema de escroto e orquite

14-Funções dos pontos na incisura supra-trágica

- Orelha externa: ponto correspondente aos problemas da orelha externa

15- Funções dos pontos na incisura intertrágica

- Endócrino: regula distúrbios da função endócrina, ajuda na função metabólica de


absorção e excreção; função antialérgica e anti reumática; distúrbios ginecológicos e
urogenitais, para disfunção do sistema digestório, distúrbios do sangue e pele
- Ovário: menstruação irregular, infertilidade, dismenorréia, desordens ginecológicas
evolutivas
- Hipotensão: regula a pressão arterial, desmaio, choque

- Vista 1: glaucoma, hipotrofia do nervo ótico, distúrbios abaixo dos olhos


- Vista 2: astigmatismo e outras desordens oftalmológicas

16- Funções dos pontos na incisura da antélice e do antítrago

- Tronco do cérebro: desordens dos vasos sangüíneos cerebrais e das meninges,


seqüelas de coma, desenvolvimento incompleto do cérebro

17- Funções dos pontos localizados na parte posterior da orelha

- Hemiplegia: ponto correspondente

- Sulco hipotensor: hipertensão arterial (fazer sangria), dores de cabeça

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- Cefaléia: cefaléia, entorse agudo da região lombar, lombalgia, prurido


- Ansiedade: ponto correspondente

- Região correspondente a póstero-superior: dor nas costas, lumbago, enfermidades


da pele

- Região médio-posterior: dor nas costas, enfermidades na pele, tosse, pigarro, falta
de ar

- Região ínfero-posterior: dores intercostais, enfermidades da pele, falta de ar

- Raiz do nervo vago auricular: dificuldade de engolir, dores de cabeça, hérnia de


hiato

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4- LÓBULO

O lóbulo da orelha é um tipo de pequena proeminência, conhecidas em anatomia


como lobos (diminutivo "lóbulo"), que se situa na região inferior da orelha dos seres
humanos. Eventualmente, em diversos contextos sociais distintos, pessoas criam
buracos nos lóbulos através da utilização de brincos, piercings e alargadores. No
âmbito da genética, o lóbulo solto das orelhas é uma característica condicionada por
um alelo dominante; o homozigótico recessivo, por sua vez, tem os lobos presos. No
caso de um heterozigótico, aquele que expressa a sua informação é o dominante, ou
seja, o alelo para o lóbulo solto. Em muitas pessoas que possuem problemas
com acne, é notavelmente constatada a presença de cistos sebáceos dentro de
seus lóbulos auriculares subcutâneos , podem inchar-los e/ou inflamar-
los (causando pouca ou muita dor), os quais podem (ou não) concluir esse processo
com abcessos e pústulas tipicamente benignas.

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Diferença entre um lóbulo solto (esquerda)


e um preso (direita).

lobulus auriculae (singular), lobuli


Latim
auricularum (plural)

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5- RECURSOS NÃO INVASIVOS (SEMENTES, CRISTAIS, ESFERAS,


MAGNETOS, MOXABUSTÃO, LASER, CROMOPUNTURA, MASSAGEM)

As esferas são utilizadas na auriculoterapia, que também é conhecida como auriculoacupuntura.

A auriculoterapia é um método de tratamento que considera os pontos reflexos presentes no


pavilhão auricular, em que cada um corresponde aos órgãos, regiões e sistemas do corpo todo. A
relação entre o pavilhão auricular e tais pontos é considerada uma técnica de reequilíbrio
energético de excelência e é utilizada principalmente pela Medicina Tradicional Chinesa. Assim,
através da estimulação desses pontos, é possível trabalhar o equilíbrio energético do corpo.

A estimulação pode ser feita através de agulhas e também através de pontos esferas. Essa última
é a maneira mais fácil de se praticar a acupuntura auricular, não é um método invasivo e é
indicado principalmente para pessoas que têm aversão a agulhas.

Normalmente, a semente de mostarda é a mais conhecida e utilizada. No entanto, existem


também as opções: prata, ouro, inox e cristal. Você sabe a diferença entre eles e como utilizá-
los?

Nas áreas em que há demanda de reequilíbrio energético, o tipo de ponto esfera vai depender da
necessidade do tratamento.

 Os pontos que estão em deficiência e precisam de tonificação, a recomendação é utilizar o


ponto esfera de ouro;

 Os pontos em que há excesso de energia acumulada e que é preciso sedar, o ideal é o ponto
esfera de prata;

 E ainda há os pontos neutros, que podem ser trabalhados com conjunto: cristal, semente de
mostarda e inox.

A aplicação é feita assim como as agulhas: nos pontos a serem tratados. O ponto esfera
permanece fixado no pavilhão auricular com micropore, e a pressão e o tempo de permanência
na orelha vai variar conforme necessidade do paciente e indicação do profissional.

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AURICULOTERAPIA CHINESA

Consideramos importante ressaltar que independente do material utilizado como ponto esfera, é
preciso que tanto o paciente quanto o profissional fique atento às reações alérgicas - quando
ocorrer reação, a orientação é de retirada dos pontos.

Se o tratamento for aplicado de maneira correta e com a frequência ideal, a eficácia chega a 90%.
Indica-se que, caso não haja melhora alguma na média de 3 atendimentos, trocar o protocolo é o
ideal!

O estímulo a ser realizado nas áreas pretendidas pode ser feito de diversas formas,
cabe ao terapeuta avaliar a mais adequada para cada caso, mas as mais
comumente utilizadas são com o uso de sementes de mostarda, magnetos, esferas
de cristal, prata ou ouro e agulhas intradérmicas.
Na prática clínica a utilização de esferas de cristal ou sementes de mostarda é a
mais usual, sendo imprescindível que o terapeuta oriente seu paciente sobre os
principais cuidados que este deve ter com sua orelha, para que a terapia seja segura
e, consequentemente, o resultado seja o esperado.
A Auriculoterapia Chinesa possui várias vantagens, entre elas podemos citar: a
comprovada eficácia clínica; o custo do material é bastante acessível; pode ser
utilizada sozinha ou associada a outras técnicas; pode ser aplicada a inúmeros
problemas de saúde e é extremamente eficaz não apenas no tratamento como
também no diagnóstico e prevenção de doenças.
Sua aplicação é muito ampla com relato de mais de 200 sintomas diferentes que
podem ser tratados com essa técnica, mas ela é particularmente eficaz no
tratamento de dor, contratura muscular, cefaleia, enxaqueca, insônia, ansiedade,
depressão, vícios como o tabagismo e auxiliar no tratamento da obesidade.
Vale lembrar que, como em todas as técnicas, é essencial que você procure sempre
um terapeuta habilitado para atendê-lo e orientá-lo, pois apesar de não ser invasiva,
ela possui contraindicações, tais como: reação alérgica aos materiais utilizados para
estimulação dos pontos, sendo necessário que o terapeuta escolha o material
levando em consideração o histórico do paciente; feridas ou reações inflamatórias
locais, que podem impossibilitar a aplicação da técnica e restrição na utilização de
certos pontos em situações específicas, como por exemplo em gestantes

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AURICULOTERAPIA CHINESA

Enfim, a auriculoterapia chinesa é um instrumento muito eficaz de tratamento,


prevenção e promoção da saúde, desde que utilizado por profissional habilitado.
Encontre um profissional com o qual você tenha empatia e aproveite tudo que essa
técnica pode te oferecer!

TUINÁ – a arte da massagem chinesa


15 jul, 2013 | Artigos

“Dedos
delicados passeiam pela cabeça. Suas pontas apertam de forma suave todo couro
cabeludo e sinais de tensão se dissipam no ar. As mãos hábeis deslizam para a
nuca e continuam o trabalho, pressionando a pele com moderado vigor. Chegando
ao pescoço, as sensações de alívio tornam-se mais fortes. A energia represada
entre os ombros e a parte superior do corpo começa escapulir com o simples e lento
massagear”.
O TUINÁ é uma técnica de massagem terapêutica chinesa praticada há quase cinco
mil anos e que até hoje é utilizada nos hospitais e clínicas da China. TUI significa
empurrar e NA significa agarrar. Através de manobras específicas realizadas nos
pontos ao longo dos meridianos da Acupuntura, dispersa o excesso de Energia
concentrada e revigora as partes enfraquecidas; desbloqueia Canais de Energia

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AURICULOTERAPIA CHINESA

obstruídos e libera fluxos de Sangue e Energia; reativa a circulação, devolvendo sua


capacidade máxima de funcionamento e contribuindo diretamente para o melhor
desempenho dos órgãos.
A prática da massagem TUINÁ é preventiva, pois ajuda a evitar que os processos
de adoecimento se instalem, uma vez que, na visão da Medicina Tradicional
Chinesa, antes que qualquer doença se manifeste fisicamente, ocorre um
desequilíbrio energético que se traduz sob a forma de dor, mal-estar, tontura e
outros sintomas, que funcionam como um alerta de que algo está em desarmonia no
nosso corpo. A massagem serve também para atenuar inúmeros problemas já
existentes ao mesmo tempo em que promove a serenidade e acalma o espírito.
Numa sessão de TUINÁ, de início, o terapeuta realiza uma análise da
condição energética do indivíduo, à luz das teorias da Medicina Tradicional Chinesa,
toma conhecimento de suas queixas e assim direciona o atendimento. A massagem
TUINÁ promove vários efeitos terapêuticos sobre os sistemas nervoso, circulatório,
linfático, respiratório, digestivo e metabólico, além de efeitos sobre a pele, tecido
muscular, tendões e juntas.
Esta técnica é indicada principalmente para o tratamento da queda de imunidade,
alívio de dores musculares, problemas menstruais, emagrecimento, diabetes,
bronquite, menopausa, dor de cabeça e controle do estresse.
Resumindo, a massagem TUINÁ concentra-se em trazer os sistemas orgânicos
internos de volta à harmonia, fortalecendo os mecanismos de defesa naturais do
indivíduo e propiciando que o corpo cure a si próprio. Mostra-se como um caminho
de tratamento, de transformação e uma opção de vida aos que optam pela busca do
equilíbrio físico-mental-emocional.

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AURICULOTERAPIA CHINESA

6- A DOENÇA DE PARKINSON NA VISÃO DA MEDICINA CHINESA

A Doença de Parkinson é uma doença neurológica, degenerativa, crônica e


progressiva que acomete, geralmente, pessoas a partir dos 60 anos. Ela ocorre pela
degeneração de neurônios do Sistema Nervoso Central, mais especificamente em
uma região conhecida como Substância Negra (ou Nigra). Os neurônios dessa
região sintetizam o neurotransmissor dopamina, cuja diminuição nessa área provoca
sintomas predominantemente motores, porém, sintomas não motores, como
depressão, alterações do sono, comprometimento da memória e distúrbios do
sistema nervoso autônomo, também estão frequentemente presentes nos pacientes
com essa patologia.

Ela é caracterizada por quatro sinais que são considerados essenciais ou clássicos:
rigidez, tremor, lentidão, dificuldade ou perda de movimentos, e instabilidade
postural. Estes sintomas geralmente começam gradualmente e pioram com o tempo.
Na medida que se tornam mais evidentes, os pacientes podem ter dificuldades para
andar, falar, escrever ou completar outras tarefas rotineiras. Sua evolução varia de
paciente para paciente, sendo que os sintomas sensitivos são muito comuns,
principalmente dor, ardência e formigamento que geralmente ocorrem na região do
comprometimento motor.
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AURICULOTERAPIA CHINESA

Na Medicina Tradicional Chinesa (MTC) a Doença de Parkinson aparece sob o


sintoma de “tremores”, sendo sempre relacionada a “Vento de Fígado”. O Vento, na
MTC, é o fator patogênico mais comum nas desarmonias e tem a característica
intrínseca de se espalhar com rapidez, podendo ser comparado ao vento da
natureza. Segundo CHUNCAI “O vento é a causa de muitas doenças. É dinâmico e
mutável por natureza. Quando invade o corpo haverá muitas manifestações
patológicas”.

Dessa forma, existem quatro principais fatores que geram os padrões de


desequilíbrio que estão ligados aos sintomas característicos da Doença de
Parkinson, todos relacionados ao Fígado: sobrecarga de trabalho, atividade sexual
excessiva, dieta inadequada e tensão emocional. A exposição prolongada e
contínua aos fatores que geram o desequilíbrio torna-se um ponto determinante para
o agravamento da doença.

Por isso, como em várias outras patologias, a prevenção deve ser o caminho
adotado para evitar o surgimento do desequilíbrio. Neste sentido, o tratamento com
base na acupuntura e fitoterapia chinesa busca prevenir, amenizar e/ou estabilizar
os sintomas da doença.

Faz-se necessário destacar que, diferentemente da medicina Ocidental, na Medicina


Tradicional Chinesa a Doença de Parkinson apresenta-se em vários padrões
diferentes, sendo o diagnóstico correto do padrão que afeta um determinado
paciente um fator relevante para o acompanhamento eficaz do mesmo. Logo,
procurar um profissional capacitado para realizar o processo de avaliação,
diagnóstico e tratamento correto é essencial nesse processo.

É inegável que, considerando-se que os excessos de trabalho, atividade sexual e


alimentação inadequada, associados a um ambiente de estresse continuo, são
fatores que contribuem diretamente para o desenvolvimento dos padrões de
desarmonia, a reavaliação dos hábitos de vida é determinante para influenciarmos
nos fatores ambientais que geram esses desequilíbrios. Fazer escolhas conscientes

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AURICULOTERAPIA CHINESA

sobre esses quatro aspectos é fundamental para mantermos nosso equilíbrio físico,
mental e emocional.

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AURICULOTERAPIA CHINESA

7- PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES (PICS): QUAIS SÃO E PARA

QUE SERVEM

O que são as Práticas Integrativas e Complementares (PICS)?

As Práticas Integrativas e Complementares (PICS) são tratamentos que utilizam


recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para
prevenir diversas doenças como depressão e hipertensão. Em alguns casos,
também podem ser usadas como tratamentos paliativos em algumas doenças
crônicas.

Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, de forma integral e gratuita,


29 procedimentos de Práticas Integrativas e Complementares (PICS) à população.
Os atendimentos começam na Atenção Básica, principal porta de entrada para o
SUS.

Evidências científicas têm mostrado os benefícios do tratamento integrado entre


medicina convencional e práticas integrativas e complementares. Além disso, há
crescente número de profissionais capacitados e habilitados e maior valorização
dos conhecimentos tradicionais de onde se originam grande parte dessas práticas.

IMPORTANTE: As Práticas Integrativas e Complementares não substituem o


tratamento tradicional. Elas são um adicional, um complemento no tratamento e
indicadas por profissionais específicos conforme as necessidades de cada caso.

Onde tem Práticas Integrativas e Complementares (PICS)?

Considerando a atenção básica e os serviços de média e alta complexidade,


existem atualmente 9.350 estabelecimentos de saúde no país ofertando 56% dos
atendimentos individuais e coletivos em Práticas Integrativas e Complementares
nos municípios brasileiros, compondo 8.239 (19%) estabelecimentos na Atenção
Básica que ofertam PICS, distribuídos em 3.173 municípios.

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AURICULOTERAPIA CHINESA

As Práticas Integrativas e Complementares estão presentes em quase 54%


dos municípios brasileiros, distribuídos pelos 27 estados e Distrito Federal e
todas as capitais brasileiras.
 Número de municípios que ofertaram atendimentos individuais em PICS: 3.024
(54%), estando presente em 100% das capitais.
 Distribuição dos serviços de PICS por nível de complexidade:
=> Atenção Básica 78%.
=> Media 18%.
=> Alta 4%.
 2 milhões de atendimentos das PICs nas UBS.
 Mais de 1 milhão de atendimentos na Medicina Tradicional Chinesa, incluindo
acupuntura.
 85 mil fitoterapias.
 13 mil de homeopatias.
 926 mil de outras práticas integrativas que não possuíam código próprio para
registro, que com a publicação da portaria nº145/2017 passam a ter.

Brasil é referência mundial

O Brasil é referência mundial na área de práticas integrativas e complementares na


atenção básica. É uma modalidade que invete em prevenção e promoção à saúde
com o objetivo de evitar que as pessoas fiquem doentes.

Além disso, quando necessário, as PICS também podem ser usadas para aliviar
sintomas e tratar pessoas que já estão com algum tipo de enfermidade.

Histórico - Práticas Integrativas e Complementares

No Brasil, o debate sobre as práticas integrativas e complementares começou a


despontar no final de década de 70, após a declaração de Alma Ata e validada,
principalmente, em meados dos anos 80 com a 8ª Conferência Nacional de Saúde,
um espaço legítimo de visibilidade das demandas e necessidades da população
por uma nova cultura de saúde que questionasse o ainda latente modelo

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AURICULOTERAPIA CHINESA

hegemônico de ofertar cuidado, que excluía outras formas de produzir e legitimar


saberes e práticas.

Com esse cenário, tanto sociedade civil quanto governo federal iniciaram um
movimento, até então tímido, por busca e oferta de outros jeitos de praticar o
cuidado e o autocuidado, considerando o bem-estar físico, mental e social, como
fatores determinantes e condicionantes da saúde.

Em vista disso, ao Governo Federal, garantir a atenção integral à saúde através


das práticas integrativas e complementares implicou pensar - em conjunto com
gestores de saúde, entidades de classe, conselhos, academia e usuários do SUS -
uma política pública permanente que considerasse não só os mecanismos naturais
de prevenção de agravos e recuperação da saúde, mas a abordagem ampliada do
processo saúde-doença e a promoção global do cuidado humano.

A partir de então, à medida que os debates se aprofundavam acerca das


dificuldades impostas à efetiva implementação desse novo modelo de produzir
saúde, o Departamento de Atenção Básica elaborava um documento normatizador
para institucionalizar as experiências com essas práticas na rede pública e induzir
políticas, programas e legislação nas três instâncias de governo.

Assim, sob um olhar atento e consensual e respaldado pelas diretrizes da OMS , o


Ministério da Saúde aprova, então, através da Portaria GM/MS no 971, de 3 de
maio de 2006, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em
Saúde (PNPIC).

→ Acesse: Assistência Farmacêutica

Quais são as Práticas Integrativas e Complementares?

Abaixo estão listadas as 29 Práticas Integrativas e Complementares oferecidas, de


forma integral e gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Para ler a
descrição de cada uma delas, basta clicar sobre o nome.

Apiterapia

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Aromaterapia

Arteterapia

Ayurveda

Biodança

Bioenergética

Constelação familiar

Cromoterapia

Dança circular

Geoterapia

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AURICULOTERAPIA CHINESA

Hipnoterapia

Homeopatia

Imposição de mãos

Medicina antroposófica/antroposofia aplicada à saúde

Medicina Tradicional Chinesa – acupuntura

Meditação

Musicoterapia

Naturopatia

Osteopatia

Ozonioterapia

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AURICULOTERAPIA CHINESA

Plantas medicinais – fitoterapia

Quiropraxia

Reflexoterapia

Reiki

Shantala

Terapia Comunitária Integrativa

Terapia de florais

Termalismo social/crenoterapia

Yoga

Como implantar as Práticas Integrativas e Complementares?

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AURICULOTERAPIA CHINESA

A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), publicada


em 2006, instituiu no SUS abordagens de cuidado integral à população por meio
de outras práticas que envolvem recursos terapêuticos diversos. Desde a
implantação, o acesso dos usuários tem crescido.

A política traz diretrizes gerais para a incorporação das práticas nos serviços e
compete ao gestor municipal elaborar normas para inserção da PNPIC na rede
municipal de saúde. Os recursos para as PICS integram o Piso da Atenção Básica
(PAB) de cada município, podendo o gestor local aplicá-los de acordo com sua
prioridade. Alguns tratamentos específicos, como acupuntura recebem outro tipo
de financiamento, que compõe o bloco de média e alta complexidade. Estados e
municípios também podem instituir sua própria política, considerando suas
necessidades locais, sua rede e processos de trabalho.

As práticas integrativas e complementares são ações de cuidado transversais,


podendo ser realizadas na atenção básica, na média e alta complexidade. Não
existe uma adesão à PNPIC: a política traz diretrizes gerais para a incorporação
das práticas nos diversos serviços.

Compete ao gestor municipal elaborar normas técnicas para inserção da PNPIC na


rede municipal de Saúde e definir recursos orçamentários e financeiros para a
implementação das práticas integrativas. Dessa maneira, é de competência
exclusiva do município a contratação dos profissionais e a definição das práticas a
serem ofertadas.

Mesmo com todo avanço da PNPIC na última década, continua sendo condição
fundamental para sua efetiva implantação, estimular, nos territórios, espaços de
fortalecimento do debate sobre as práticas e trocar experiências com gestores de
outros municípios/estados que tenham as PICS ofertadas pelo SUS.

Na Atenção Básica, o pagamento é realizado pelo piso da atenção básica (PAB)


fixo (per capita), ou por PAB variável, que corresponde ao pagamento por equipes
de saúde da família, agentes comunitários e núcleos de saúde da família, ou ainda
o programa de melhoria do acesso e da qualidade (PMAQ). Dessa forma, os
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AURICULOTERAPIA CHINESA

procedimentos ofertados através da Portaria nº145/2017 estão dentro do


financiamento do PAB e não geram recursos por produção. Alguns outros,
específicos, são financiados pelo bloco da Média e Alta Complexidade*.

Cooperação Brasil e México

A institucionalização das Práticas Integrativas e Complementares no SUS pela


Política Nacional de Práticas Integrativas (PNPIC) ampliou o acesso a serviços e
produtos antes restritos à área privada, assim como trouxe o desafio de integrar
saberes e práticas nas diversas áreas do conhecimento para desenvolvimento de
projetos humanizados, integrais e transdisciplinares. Neste aspecto, a PNPIC
contempla, entre suas diretrizes, a promoção de cooperação nacional e
internacional para troca de experiências nos campos da atenção, da educação
permanente e da pesquisa em saúde.

Assim, firmou-se, em 2009, o projeto de cooperação Brasil/México para


intercâmbio de experiências sobre PICs e competência intercultural na oferta de
serviços de saúde. Entre as atividades realizadas destacam-se a missão técnica
brasileira ao México para troca de experiências, o curso à distância sobre
“Competência Intercultural na oferta de serviços de saúde”, além do seminário de
capacitação presencial sobre competência intercultural, promovido pelo DAB, com
a presença dos representantes mexicanos.

Na consolidação da cooperação, levantou-se a necessidade de aprofundamento e


intercâmbio junto às áreas de Saúde da Mulher, Humanização, Alimentação e
Nutrição e Saúde do Homem além de conhecer mais profundamente as
experiências locais, municipais ou estaduais, sobre a inserção e ofertas das PICs
no SUS. Diante disso, em 2011 teve início a pactuação de novo termo de
cooperação incluindo as áreas demandadas.

Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares

Em virtude da crescente demanda da população brasileira, por meio das


Conferências Nacionais de Saúde e das recomendações da Organização Mundial

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AURICULOTERAPIA CHINESA

da Saúde (OMS) aos Estados membros para formulação de políticas visando a


integração de sistemas médicos complexos e recursos terapêuticos (também
chamados de Medicina Tradicional e Complementar/Alternativa MT/MCA ou
Práticas Integrativas e Complementares) aos Sistemas Oficiais de Saúde, além da
necessidade de normatização das experiências existentes no SUS, o Ministério da
Saúde aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
(PNPIC) no SUS, contemplando as áreas de homeopatia, plantas medicinais e
fitoterapia, medicina tradicional chinesa/acupuntura, medicina antroposófica e
termalismo social – crenoterapia, promovendo a institucionalização destas práticas
no Sistema Único de Saúde (SUS).

Objetivos

A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares tem como objetivos:

1. Incorporar e implementar as Práticas Integrativas e Complementares no SUS, na


perspectiva da prevenção de agravos e da promoção e recuperação da saúde, com
ênfase na atenção básica, voltada ao cuidado continuado, humanizado e integral
em saúde.

2. Contribuir ao aumento da resolubilidade do Sistema e ampliação do acesso à


PNPIC, garantindo qualidade, eficácia, eficiência e segurança no uso.

3. Promover a racionalização das ações de saúde, estimulando alternativas


inovadoras e socialmente contributivas ao desenvolvimento sustentável de
comunidades.

4. Estimular as ações referentes ao controle/participação social, promovendo o


envolvimento responsável e continuado dos usuários, gestores e trabalhadores nas
diferentes instâncias de efetivação das políticas de saúde.

Diretrizes

Entre suas diretrizes, destacam-se:

1. Estruturação e fortalecimento da atenção em PIC no SUS.

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AURICULOTERAPIA CHINESA

2. Desenvolvimento de estratégias de qualificação em PIC para profissionais o


SUS, em conformidade com os princípios e diretrizes estabelecidos para educação
permanente.

3. Divulgação e informação dos conhecimentos básicos da PIC para profissionais


de saúde, gestores e usuários do SUS, considerando as metodologias
participativas e o saber popular e tradicional.

4. Estímulo às ações intersetoriais, buscando parcerias que propiciem o


desenvolvimento integral das ações.

5. Fortalecimento da participação social.

6. Provimento do acesso a medicamentos homeopáticos e fitoterápicos na


perspectiva da ampliação da produção pública, assegurando as especificidades da
assistência farmacêutica nestes âmbitos na regulamentação sanitária.

7. Garantia do acesso aos demais insumos estratégicos da PNPIC, com qualidade


e segurança das ações.

8. Incentivo à pesquisa em PIC com vistas ao aprimoramento da atenção à saúde,


avaliando eficiência, eficácia, efetividade e segurança dos cuidados prestados.

9. Desenvolvimento de ações de acompanhamento e avaliação da PIC, para


instrumentalização de processos de gestão.

10. Promoção de cooperação nacional e internacional das experiências da PIC nos


campos da atenção, da educação permanente e da pesquisa em saúde.

11. Garantia do monitoramento da qualidade dos fitoterápicos pelo Sistema


Nacional de Vigilância Sanitária.

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AURICULOTERAPIA CHINESA

REFERÊNCIAS

https://afh.bio.br/sistemas/sensorial/3.php>acesso em 18 de outubro de 2019

https://www.tuasaude.com/auriculoterapia/>acesso em 18 de outubro de 2019

http://www.meihuanet.com/auriculo/Funcchinesa.htm>acesso em 18 de outubro de
2019

https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%B3bulo_da_orelha>acesso em 18 de outubro de
2019

https://www.multiterapias.com.br/noticias/31/08/2017/pontos-esferas-
auriculoterapia/>acesso em 18 de outubro de 2019

https://chenliterapias.com.br/artigos/index-html/>acesso em 18 de outubro de 2019

https://chenliterapias.com.br/artigos/1-html/>acesso em 18 de outubro de 2019

https://chenliterapias.com.br/artigos/a-doenca-de-parkinson-na-visao-da-medicina-
chinesa/>acesso em 18 de outubro de 2019

http://saude.gov.br/saude-de-a-z/praticas-integrativas-e-complementares>acesso em
18 de outubro de 2019

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